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CONHECENDO A BICICLETA

Existe uma grande diversidade de modelos de bicicleta disponível no mercado,


cada um contendo um conjunto de características próprias a uma modalidade de
ciclismo. Também é possível “montar” uma bicicleta personalizada, escolhendo os
componentes mais adequados ao ciclista e seus objetivos.
Diante de tantas opções, conhecimentos básicos sobre os principais
componentes contribuem para a escolha da bicicleta adequada. O tamanho do quadro,
o formato do guidom, o tamanho das rodas, a espessura dos pneus, o desenho do
selim... Cada modelo é desenvolvido de forma a oferecer ao ciclista o melhor
desempenho e/ou maior conforto, conforme suas pretensões.
Essa cartilha tem o objetivo de apresentar, de maneira simplificada, os principais
componentes e características das bicicletas, buscando auxiliar na escolha do modelo
mais adequado.

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Componentes básicos

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Quadro
É o “esqueleto” da bicicleta, onde são fixadas todas
as outras partes estruturais (guidom, selim, pedais, rodas,
etc.). Ele pode ser feito com diversos materiais, divergindo
entre si com relação ao peso, custo, absorção de impacto,
duração, dentre outros. A tabela a seguir apresenta um
comparativo, considerando alguns materiais utilizados na
fabricação de quadros.

ABSORÇÃO DE
MATERIAL CUSTO DURABILIDADE PESO OXIDAÇÃO
IMPACTO
FERRO O mais Alta (+15 anos) O mais Ruim (o pior) O que mais oxida
baixo pesado
AÇO Baixo Alta (+20 anos) Pesado Bom (mais que o de Oxida menos que o de
CARBONO alumínio) ferro
CROMO- Médio/ Ótima (+30 anos) Leve Ótimo (o melhor) Oxida pouco, mas mais
MOLIBDÊNIO alto que o de alumínio
ALUMÍNIO Baixo/ Boa (+10 anos) Leve Médio (menos que o de Oxida pouco, só perde
médio aço) para o de titânio
TITÂNIO Alto Ótima (+100 Leve Bom (menos que o de Não oxida
anos) cromo-molibdênio)
FIBRA DE Alto Média (2 a 5 Leve Médio (semelhante ao Não oxida
CARBONO (o anos) de alumínio)
maior)
MADEIRA/ Alto Baixa Leve Ruim (menos que o de Não oxida
BAMBU fibra de carbono)

Os quadros de ferro são muito raros atualmente, em função do baixo custo-


benefício. As bicicletas mais comuns e com preços mais acessíveis encontradas no
mercado brasileiro possuem quadros de aço de carbono ou de alumínio.
Existem quadros rígidos (sem articulação) e quadros com amortecedor ou
suspensão traseira, que amortecem os impactos e, por isso, são ideais para circulação
em terrenos irregulares (como a prática de mountain bike).
Quando o quadro possui suspensão traseira, provavelmente será acompanhado
de um garfo com suspensão dianteira, e então a bicicleta é chamada de full
suspension.

Tamanho do quadro
Para que a pedalada seja confortável e não exija esforço desnecessário, o
tamanho do quadro da bicicleta deve ser adequado às medidas corporais do ciclista,
em especial à altura do seu cavalo, conforme a ilustração.
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Os fabricantes adotam algumas medidas padrão para
construir os quadros e os ajustes finais devem ser feitos pelo
ciclista, alterando a altura do selim e a inclinação e altura do
guidom. Esses ajustes finais geralmente são suficientes para
adequar a bicicleta ao tamanho do ciclista, e somente no caso
de medidas corporais extremas, como pernas muito curtas ou
braços muito compridos, é necessário um quadro sob medida.
O tamanho do quadro pode ser apresentado em centímetros, polegadas ou
letras (S, M, L, XL, como em roupas), dependendo do tipo de bicicleta (modalidade) e
do fabricante.
É importante testar a bicicleta para averiguar se o tamanho do quadro está
confortável. Se necessário, é possível consultar especialistas no assunto, que farão
medições precisas e indicarão a melhor opção.

Garfo

Formado por duas hastes (canelas) ligadas por um arco, é a peça que
permite o controle da direção, ligando o guidom à roda dianteira. Alguns garfos
contém sistema de suspensão, amortecendo os impactos decorrentes de
superfícies irregulares, e são bastante comuns em mountain bikes.

Selim

É o assento da bicicleta, conectado ao quadro através


do canote de selim (dispositivo que permite a regulagem da
altura). Existem diversos modelos, variando com relação ao
tamanho, formato e superfície. O modelo adequado é aquele
sobre o qual o ciclista fica confortável, sem sentir dor,
dormência ou pressão.
Para os homens, é importante que utilizem selins que
não comprimam a região do períneo, o que pode causar
distúrbios urogenitais. Existem alguns modelos projetados para evitar essa compressão
(por exemplo, aqueles que são aprofundados na parte central). No caso das mulheres,

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selins mais curtos e largos na parte de trás são geralmente mais confortáveis, em
função da sua anatomia (ísquios mais distantes do que os dos homens).
A regulagem da altura do selim é de fundamental importância para o conforto
durante a pedalada. Pouco adianta um quadro adequado se o selim não estiver bem
posicionado. Pedalar com a altura desajustada provoca esforço desnecessário e
sobrecarrega os joelhos, podendo resultar em lesões graves.
A altura correta do selim está relacionada à medida do cavalo do ciclista, que
deve ser igual à soma das medidas do selim até a caixa do movimento central e do
pedivela como ilustrado na imagem abaixo.

Pedalando corretamente, apoiando a parte frontal do pé no pedal, as pernas


nunca devem esticar completamente. Se esticarem, é sinal de que o selim está muito
alto, e se permanecerem sempre muito dobradas, o selim está baixo.
Uma maneira simples de regular corretamente a altura é a seguinte: pedir para
alguém segurar a bicicleta, montar, apoiar os calcanhares no pedal e pedalar para
trás. Se as pernas esticarem completamente em algum momento, a altura está correta.
Se nunca esticarem, é sinal de que o selim está baixo, e se em algum momento o
pedal sair de baixo dos pés, está muito alto.
Estando o selim na posição correta, o ciclista não consegue colocar os pés no
chão se estiver montado na bicicleta (nem a ponta dos pés!); precisará descer do selim
sempre que parar.

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Não é confiável ajustar a altura do selim a partir da altura do osso da bacia do
ciclista (em pé, desmontado), pois as bicicletas têm medidas diferentes com relação ao
quadro, à altura da caixa do movimento central, ao pedivela e à espessura dos pneus,
dentre outros.

Guidom

É a parte da bicicleta responsável pela dirigibilidade, permitindo ao ciclista virar à


esquerda e à direita. Sua altura deve ser ajustada considerando o conforto e a altura do
ciclista, bem como a modalidade de ciclismo praticada. Quando se deseja mais
velocidade, o guidom deve ser mais baixo, e quando a prioridade é o conforto, guidons
mais altos são mais apropriados.

Existem vários modelos de guidom, bem como de mesa (ou avanço), peça que
conecta o guidom ao garfo da bicicleta. O modelo dessas duas “partes” e a forma como
são ajustadas interferem na posição do ciclista ao pedalar.
No guidom são fixados os passadores de marcha, os manetes de freio e as
manoplas, aquelas peças de borracha ou espuma colocadas nas extremidades, onde
o ciclista apoia as mãos, proporcionando maior conforto. Alguns acessórios adicionais
também podem ser acoplados ao guidom, como os ciclocomputadores, buzinas e
faróis.

Rodas

As rodas são formadas por um aro, raios e


cubo (peça localizada no meio das rodas, onde são
presos os aros), e são fixadas ao quadro (roda
traseira) e ao garfo (dianteira) através de uma
blocagem ou parafuso e porca.
O tamanho da roda é classificado pela medida
do diâmetro do aro, geralmente expresso em

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polegadas ou milímetros. Os tamanhos mais comuns encontrados atualmente são:

20” – utilizadas em modelos infantis e dobráveis;


24” – modelos para adolescentes e dobráveis;
26” – comuns no Brasil, muito utilizadas em mountain bikes;
27,5” – medida mais “moderna”, utilizada em algumas mountain bikes;
29” – utilizadas em algumas mountain bikes;
700C (70 cm) – utilizadas na maioria das bicicletas de corrida (speed) e nas
híbridas.

Quanto maior a roda, maior a tração nas pedaladas e menor será o impacto ao
passar por obstáculos ou irregularidades na pista, porém a estrutura será mais frágil,
seu peso será maior, as mudanças de direção e a aceleração serão mais lentas.
Assim, as vantagens das rodas menores são a estabilidade, maior resistência
estrutural e agilidade na aceleração e nas mudanças de direção, no entanto a absorção
de impactos é pior, dificultando a passagem por obstáculos.

Pneus

Feitos de borracha, os mais comuns se


encaixam nos aros das rodas e recebem dentro deles
câmaras que devem ser calibradas (infladas) de
forma a suportar o peso da bicicleta e do ciclista.
Existem diferentes tipos de pneus, conforme a
espessura e a banda de rodagem. Em geral, pneus
mais finos e sem cravos são recomendados para
superfícies lisas e “limpas”, como o asfalto, e pneus
mais largos e com cravos são indicados para terrenos
irregulares e escorregadios (lama, terra).
A pressão a ser usada nos pneus deve considerar os limites definidos pelo
fabricante, geralmente indicados no próprio pneu, o peso do ciclista, o tipo de pneu, a
superfície sobre a qual ele rodará e as condições climáticas (na chuva, por exemplo, é
aconselhável reduzir a pressão dos pneus para melhorar sua aderência ao solo).

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Pneus muito cheios ou muito vazios são mais suscetíveis a furos, por isso o
ciclista deve verificar e ajustar a calibragem com frequência (o ideal é fazê-lo
diariamente).
É possível instalar uma fita antifurto entre o pneu e a câmara, para melhor
protege-la.

Sistema de freios

Existem vários tipos de freios para bicicleta, como o cantilever, v-brake,


hidráulico e a disco. Veremos a seguir algumas características dos três tipos mais
comuns.

Freio v-brake
É composto por cabos de aço, alavancas, conduítes (capas
que cobrem os cabos) e pastilhas (ou sapatas), e é acionado pelos
manetes de freio, fixados ao guidom.
Seu funcionamento é simples e mais eficiente que os
cantilevers (do qual surgiu): ao acionar o manete, o cabo de aço,
tensionado, aciona os dois braços da pastilha, puxando um lado e
empurrando o outro ao mesmo tempo, fazendo uma alavanca,
friccionando o aro da roda e fazendo-a parar. Em condições adversas, como chuva ou
lama, pode perder eficiência, assim como ocorre quando o aro da roda está amassado
ou empenado. É um freio de fácil manutenção e baixo custo.

Freio a disco
Nos freios a disco (mecânicos ou hidráulicos), as pastilhas agem no disco (rotor),
localizado no meio da roda (cubo) e não no aro, como os freios v-brake (e similares), o
que facilita a frenagem.

Freio a disco mecânico


O freio a disco mecânico é composto por cabos de
aço, rotores presos nos cubos (centros da roda), manetes
mecânicos, conduítes e calipers (estruturas que contêm as
pastilhas). Os tamanhos dos rotores mais comuns variam

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entre 140mm e 200mm; quanto maior, mais eficiente é o freio, mas mais pesado
também. É mais eficiente que o v-brake, porém mais pesado, mais caro e exige maior
manutenção e cuidado, por ter um sistema mais complexo.

Freio a disco hidráulico


Composto por manetes, rotores, conduítes, calipers
e óleo de freio, tem o sistema de funcionamento todo
hidráulico: ao acionar os manetes, é exercida uma pressão
no fluido (óleo de freio), que pressiona os pistões, que
empurram as pastilhas contra o rotor, fazendo com que a
roda pare.
É o freio mais eficiente, suave e preciso, exigindo
pouca força para ser acionado (bem menos que os freios
com cabo de aço), porém a manutenção é complexa e o custo elevado.

Sistema de marchas (ou sistema de transmissão)

As marchas da bicicleta servem para facilitar a pedalada, amenizando algumas


condições adversas (como subidas e cansaço). São determinadas a partir da relação
entre as coroas e a catraca, ligadas através de uma corrente.
As diferentes combinações possíveis existentes entre as coroas e a catraca
permitem ao ciclista escolher a força necessária e a velocidade, considerando a
situação. Em uma subida, por exemplo, é possível diminuir o esforço necessário
escolhendo marchas leves, e em terrenos planos pode-se aumentar a velocidade
escolhendo marchas mais pesadas.
Para sabermos quantas marchas uma bicicleta tem, basta
multiplicarmos o número de coroas pelo número de engrenagens
da catraca. Por exemplo, uma bicicleta com 21 marchas possui,
necessariamente, 3 coroas e 7 engrenagens traseiras (3x7=21).
Antigamente, o esforço necessário era regulado a partir do
tamanho da roda dianteira, sobre a qual incide diretamente a
força da pedalada. Por isso é comum vermos bicicletas antigas
https://asbicicletas.wordpress
com a roda dianteira muito maior do que a traseira. .com/2010/ 1

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Veremos a seguir os componentes que formam o sistema de transmissão.

Passadores: acoplados ao guidom, é através deles que trocamos as marchas. Podem


ser de alavanca simples, duas alavancas (rapidfire, EZ-fire, trigger shifter) ou de girar
(grip shift, revoshift), e são conectados às outras partes do sistema através de cabos
de aço.

Coroas: engrenagens fixadas no pedivela (onde se pedala), com tamanhos diversos. A


menor coroa é a que exige menos esforço.

Pedivela: são as duas alavancas que conectam os pedais ao eixo do movimento


central. É comum considerar as coroas como parte do pedivela, além das alavancas.

Movimento central: fixado ao quadro da bicicleta, é a peça responsável pelo


movimento rotacional do pedivela.

Catraca/cassete/pinhão: conjunto de engrenagens localizadas perto da roda traseira,


com tamanhos variados. A menor engrenagem é a que exige maior esforço.

Corrente: formada por elos, é responsável por transmitir o movimento do pedivela para
a catraca, fazendo a conexão entre a coroa e a catraca.

Câmbios: controlados pelos passadores, são eles que movimentam a corrente


lateralmente, entre coroas (câmbio dianteiro) e catraca (câmbio traseiro), mudando as
marchas da bicicleta.

Pedal

Os principais tipos são:

Plataforma: existem desde as primeiras bicicletas com pedal e ainda hoje são os mais
populares. Podem ser lisos ou possuir ranhuras ou borracha, para evitar que os pés
escorreguem.

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De grampo ou firma-pé: contém presilhas e fivelas que prendem o pé ao pedal,
possibilitando maior desempenho e eficácia na aplicação da força, uma vez que o
ciclista consegue puxar o pedal, além de empurrar. Apesar de melhorar o desempenho,
é um sistema que oferece grande risco em caso de acidentes, pois impede que o
ciclista se desprenda da bicicleta com agilidade e, assim, aumenta as chances de se
ferir com gravidade. Atualmente esse tipo de pedal é pouco usado.

De encaixe: possuem um sistema de encaixe mais eficiente e seguro dos pés nos
pedais do que os anteriores, pois o “desencaixe” é mais fácil: basta movimentar os pés
lateralmente (esquerda ou direita). Além disso, este sistema evita que o pé escorregue
dos pedais, principalmente na lama ou chuva. Exige a fixação de uma peça (taquinho)
à sapatilha do ciclista. Embora não seja difícil se “soltar”, é necessário que o ciclista
tenha familiaridade com o sistema para conseguir reagir a tempo (tirando os pés do
pedal) em caso de acidentes ou outros imprevistos.

Posição adequada

Tão importante quanto ter uma bicicleta adequada ao porte físico e tipo de uso, é
a postura do ciclista ao pedalar. Bem posicionado, seu peso é distribuído
adequadamente entre os três pontos de contato com a bicicleta – glúteos, pés e mãos
–, permitindo mais conforto e não sobrecarregando nenhuma parte do corpo. Caso
contrário, é comum o aparecimento de dores musculares e problemas nas articulações.
A posição adequada vai depender do modelo da bicicleta, que é relacionado à
modalidade de ciclismo praticada. Quando se pretende pedalar com velocidade, por
exemplo, a bicicleta é projetada de forma a favorecer a aerodinâmica, diminuindo o
atrito do corpo com o ar. Neste modelo, o tronco do ciclista fica mais inclinado em
direção ao guidom. Já nas bicicletas de passeio o tronco fica mais ereto, perpendicular
ao chão.
Durante a pedalada, o ciclista não deve esticar completamente as pernas e os
braços, mantendo-os sempre levemente flexionados, para evitar sobrecarga nas
articulações. Vale reforçar que as partes da bicicleta devem estar ajustadas às medidas
do ciclista para garantir uma pedalada saudável e prazerosa.

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Algumas lojas especializadas oferecem o serviço de bike fit, uma técnica
baseada na biomecânica que visa a ajustar a bicicleta ao ciclista, garantindo melhor
aproveitamento de energia e, consequentemente, melhor performance.

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Acessórios

Além dos componentes básicos, existe uma grande quantidade de acessórios


disponíveis, que, embora não sejam essenciais para o funcionamento da bicicleta,
podem proporcionar maior conforto, praticidade e segurança.

Paralamas: em dias de chuva, protegem o ciclista da água lançada pelos pneus.

Descanso: facilita o estacionamento temporário da bicicleta, mantendo-a em pé


quando não há suporte/parede onde apoiá-la.

Cestinha: utilizada para transportar pequenas bagagens.

Bagageiro/garupa: são úteis para transportar, além de pessoas, pequenas bagagens,


com auxílio de extensores (redes elásticas com ganchos) para prendê-la.

Bolsas de selim ou de quadro: podem ser acopladas abaixo do selim ou no quadro,


para armazenar pequenos objetos como chaves, smartphones, ferramentas, etc.

Alforjes: são bolsas maiores, presas ao bagageiro, utilizadas para transportar volumes
maiores como livros, vestimentas, etc.

Bomba de ar: os pneus da bicicleta podem esvaziar, mesmo que não estejam furados,
por isso pode ser bastante útil ter uma bomba junto à bicicleta, especialmente quando
não houver posto ou loja que ofereça calibrador por perto.

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Ferramentas: a regulagem da bicicleta é simples; se o ciclista tiver disposição para
fazer ajustes, um kit de ferramentas contendo chaves allen e lubrificante são
indispensáveis.

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Modelos de bicicleta

Mountain Bike – MTB


(em Portugal: BTT = “bicicleta todo terreno”)

 É o modelo mais versátil, apropriado para qualquer tipo de terreno, inclusive


acidentado, trilha, montanha, neve e lama;
 Os pneus são largos e com cravos, para maior aderência e estabilidade;
 As rodas geralmente têm tamanho 26” ou 29”;
 O quadro e as rodas são bastante resistentes;
 Pode ser rígida (sem suspensão), com suspensão dianteira ou full suspension
(suspensão dianteira e traseira);
 É o modelo mais popular no Brasil.

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Bicicleta de corrida/estrada
(Speed/Road Bike)

 É feita para rodar no asfalto e alta velocidade;


 Tem quadro e rodas bastante leves (aro 700);
 Não é indicada para terrenos escorregadios e/ou acidentados;
 Tem pneus finos e de alta pressão, para diminuir a aderência ao solo;
 O banco é mais alto que o guidom e este é curvo, exigindo do ciclista uma
posição não muito confortável, porém favorecendo a aerodinâmica;
 Exige técnica e habilidade, por isso não é recomendada para iniciantes.

Híbrida/Conforto/Passeio

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 Mistura características das MTBs (quadro) e das speeds (rodas), unindo conforto
e agilidade;
 Geralmente tem pneus mais grossos que os da speed e mais finos que as MTB
(ou sem cravos), mesclando aderência e agilidade;
 São indicadas para uso urbano, lazer e cicloturismo, não para competições;
 O guidom é mais alto que o selim, exigindo que o ciclista mantenha uma posição
“em pé”, geralmente mais confortável;
 Geralmente contêm acessórios como bagageiro, paralamas, descanso e
cestinha.

Fixa

 A roda traseira não é livre, girando junto com os pedais, para frente e para trás;
 É necessário pedalar o tempo todo, não há como ficar “na banguela”;
 Não possui sistema de transmissão (marchas);
 Não possui sistema de freios traseiro, o travamento da roda de trás é feito
através do controle do pedal, o que exige habilidade específica;
 Alguns modelos possuem freios dianteiros;
 Geralmente é leve, proporcionando agilidade;
 Demanda pouca manutenção, pois é uma bicicleta bastante simples.

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Dobrável

 Geralmente possui rodas menores (aro 20 ou 24), para ficarem mais compactas
quando dobradas;
 Seu tamanho compacto, quando dobrada, permite que seja transportada em
ônibus, trens, metrôs e barcos (com bolsa própria para transporte), favorecendo
a intermodalidade;
 Ocupa pouco espaço para ser guardada pode ser transportada em porta-malas;
 Tem o guidom mais estreito e mais alto que os modelos convencionais;
 Exige mais equilíbrio e esforço nas subidas;
 Indicada para deslocamentos urbanos de curta distância, pois as rodas menores
oferecem menos estabilidade e conforto.

Elétrica (E-bike)

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 Possibilita o auxílio do motor durante as pedaladas, facilitando o deslocamento
em trajetos longos;
 O motor só funciona com o pedal, não tem funcionamento independente;
 Não polui o meio ambiente, pois não utiliza combustível fóssil;
 É movida à bateria recarregável, de lítio (mais leve) ou chumbo, com autonomia
de até 40km;
 Costuma pesar entre 25 e 34 kg;
 Atendendo aos critérios determinados na Resolução CONTRAN 465/13, pode
circular em ciclovias e ciclofaixas (em velocidade máxima de 25km/h) e não
exige carteira de habilitação (são equiparadas às bicicletas sem motor);
 Exige o uso de capacete pelo ciclista, espelho retrovisor dos dois lados e
velocímetro;
 O custo de manutenção é mais alto que das bicicletas sem motor;
 Indicada para ciclistas que não têm bom condicionamento físico, para longos
percursos e/ou para uso em cidades onde a topografia não é plana, exigindo
maior esforço em subidas.

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Referências

ADAMI, Marcos. Guia para comprar a primeira bike: o modelo ideal. Bikemagazine.
Disponível em: <https://www.bikemagazine.com.br/2013/07/guia-para-comprar-
primeira-bike/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

ESCOLA DE BICICLETA. Tipos básicos de bicicletas. Disponível em:


<http://www.escoladebicicleta.com.br/bicicletatipos.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

REVISTA BICICLETA. Bicicletas e suas modalidades: o modelo de bicicleta certo


para cada tipo de uso. Disponível em:
<http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?bicicletas_e_suas_modalidade
s_o_modelo_de_bicicleta_certo_para_cada_tipo_de_uso&id=33096>. Acesso em: 03
de set. 2018.

SANCHES, Renato. Conheça os tipos e modelos de bicicleta. Núcleo Bike. Disponível


em: <http://www.nucleobike.com.br/dicas/conheca-os-tipos-e-modelos-de-bicicleta/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

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