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"CAPACITANDO AO APOIO FRATERNO: GRUPO DE AUTOAJUDA ‘A DEPENDENTES QUIMICOS E CODEPENDENTES" contém uma viséo panoramica sobre as principais substancias pale com potencial gerador de dependéncia quimica, orientagbes del de como formar um grupo Apoio Fraterno, os doze principios do} (reformulados), sua dinamica de atendimento, a forma de compr seu processo terapéutico, a farmacologia e a neurobiolog dependéncia quimica,a dependéncia quimica e codependéncia ha cientifica e espiritual, uma leitura juridico-espirita da depend ‘quimica e da infanto-adolescéncia e uma abordagem sobre o} ppassos de Alcodlicos Anénimos. A obra é extremamente didatica destina-se as pessoas que buscam aprimorar seus conhecimento: 0s transtornos por uso de substdncias e/ou desejam trabalhar proposta do Apoio Fraterno. O livro ¢ acompanhado de um DVB demonstra a dinamica de atendimento do grupo Apoio Fraterno = Angelo/Rs. tI | re APOIO FRATERNO 1UPO DE AUTOAJUDA A DEPENDENTES OUIMICOS E CODEPENDENTES CAPACITANDO AO APOIO FRATERNO GRUPO DE AUTOAJUDA A DEPENDENTHS QUIMICOS E CODEPENDENTES Edson Luis Cardovo ) x APRESE ‘ACAD, |: Grupo Apoio Fraterno: Formagio, Prinipios, Dinémica ¢ Resultados, 1.1 Estrutura Funcional do Apoio Fra 0,. |.2 Os Doze Principios do Apoio Fratemo 1.3 Perfil, Fungdo e Formagiio do Volun io do Apoio Fraterno... '.4 Dindmica, Pritica ¢ Funcionamente Jo Apoio Fraterno., '.5 Apoio Fratemoe o Trabalho om Rede Fora da Casa E spirita... 1-¢,Gomo Funciona o Processo de Recuperayilo dos Dependentes Quimicos © Codependentes no Gi » Apoio Fraterno Tragando um Paralelo Com os: Fatores Terapéuticos de Yalom, 57 ?. Dependéneia Quimica na Visio Cientifioa ¢ Hypiritual oe ?-1 Dependéncia Quimica na Visto do Psiquiatra lypirita 65 ? Codependéncia - Entendendo a Familia do Dependente Ouimic, 15 2.3 Farmacologia da Dependéncia Quimioa 85 a Quimica 103 WW » Dependéncia Quimica e Infantoadolescdincla Nua Leitura uridice-t splrita Perspespectivas Atuais de Enfrentamento ¢ Superaio, 3 Anexo Conhecendo os 12 Passos de Alcovlicos Andinimoy, 7 ©268¢ Cardoso, Edson Luis Capacitando / Edson Luis Cardoso. ~ Santo Angelo : FuRI, 2014. 156 p. ; 23 cm ISBN 978-85-7223-353-8 1. Dependéneia quimica - Terapia 2. Espiritismo 1. Titulo. Rosponsvel pela catlogagic: Fernanda Ribeiro Paz = CRB 107 1720 AGRADECIME! FOS Agradecemos a Deus pela vida e oportunidade do trabalho; A Jesus pelo exemplo de caridade a ser seguido por todos nos voluntarios; Aos Benfeitores Espirituais que dirigem as agdes dos grupos de auxilio a de- pendentes quimicos e codependentes; re auxiliar A Associagio Médico-Espirita do Rio Gi na difuso e crescimento do grupo Apoio Fraterno junto ao movimento Espi- inde do Sul por aeredi APRESENTACAO Assim, como a existéncia esta assentada num dinamismo constante su- ada & Lei de Evoluedo, toda a tarefa exige boa-vontade e aprimoramento bord continuo, ia que todo o 10 dos seus Dentro desse entendimento, ¢ de fundamental importin« 1lho que venhamos a desenvolver tenha como base a capaci colaboradores. Capacitar é tomar alguém capa para desempenhar uma fungao, isto «, habilitar a pessoa para determinado tipo de tarefi, para que tenha condigdes de realizar 0 diagndstico correto de cada situagio envolvida e superar desafios cencontrados. O processo de capacitagilo agrega novos valores aos colaboradores, tor- indo © grupo mais dindmico e qualificado, A eapacitagilo gera conscientiza- o, favorece a multiplicagao do conhecimento ¢ o desenvolvimento de novas integragilo ¢ a sinergia entre seus colaborado- A Federago Espirita Brasileira tem a eapacitagiio do trabalhador espi- rita como uma das propostas que integram as Diretrizes do Plano de Trabalho do Movimento Espirita. Sensivel a problematica grave da dependéneia quimica, Edson Cardoso vem se debrugando sobre essas questies hii muitos anos, buseando integrar 0 conhecimento técnico com a Doutrina Espirita, para atender a essa problemi {ica no seu contexto fisico, emocional, social e espiritual Tendo pleno conhecimento da complexidade que a tarefa com a de- pendéncia quimica exige, preocupado com a organizagiio © a qualificagaio dos rupos para atender a esse compromisso, é que Edson organizou esse material dle capacitagio dos voluntarios, 1 tr@s fundamentos basicos, que constituem os seus referenciais: «) conhecimento doutrindrio, extraido das obras codificadas por Alla c, das suplementares figis as orientagdes da Doutrina Espirita b) conduta espirita, ética e moral, segundo as orientagbes de Jesus, contida ro seu Evangelho; ©) conhecimento técnico. Abramos os coragdes e as mentes ao convite que nos chega através des- s paginas, nos sensibilizando frente problemuitica da dependéncia quimica © oferecendo nossa parcela de cooperagiio, lembrando a mensagem de Vianna de Carvalho através de Divaldo Pereira Franco: “Quando os ensinos espiritas sustentado e Kardee, Soren bem compreendidos, examinados, absorvidos pelos homens, estes mu- ‘imo 0 comportamento social, em razdo da modificagao moral que cada ser se impor, erjuendo-se uma comunidade paeifica e justa, a espraiar-se, generosa, Hor toda parte, auxiliando a transformagao da Terra, regenerada e luminosa, ‘ue seguir no rumo da destinagao que a espera como aos seus habitantes, hoje ‘mn lulias eruentas e rudes, por haverem abdicado das armas do amor, da man- widio © da fraternidade”. (Enfoques espiritas, cap. 4) Gilson Luis Roberto Presidente da Asssociagtio Médico-Espirita do Rio Grande do Sul Vice-presidente da Asssociagao Médico-Espirita do Brasil AO VOLUNTARIO 0 escritor Leon Denis nos fala que devemos “Dar ao corpo o que the € hnecessirio, a fim de torné-lo servidor e itil e nfo tirano, tal & a regra do homem criterioso, Reduzir a soma das necessidades materiais, comprimir os sentidos, domar os apetites vis ¢ libertar-se do jugo das forgas interiores, & preparar a emaneipagao do espirito”. O trabalho como yoluntirio no grupo de autoaju- «da Apoio Fraternonos da a oportunidade de participarmos dessa emancipacao espiritual, auxitiando almas que softem devido a dependéneia quimica, e a0 mesmo tempo possibilita que trabalhemos a nossa propria evolugao, O grupo de autoajuda Apoio Fraterno surgi hi mais de doze anos, e desde entio vem sendo norteado pela obra Apoio Fraterno 4 Vencer a Dependéncia Quimica, As constantes atualiz (os sio imprescindiveis para o bom andamento do trabalho, pois quando se trata de saiide, os novos estudos surgem a todo o momento, E com base nisso, os 05, através dos seguintes capitulos: Grupo Apoio Fraterno: Formagio, Prineipios, Dinémica ¢ Resultados; Reformulagio doy 12 prineipios do grupo Apoio Fraterno; Descrigao das Principais Substincias Psicoativas; Dependén- ccia Quimica na Visdo Cientifica e Espiritual, Dependéneia Quimica ¢ Infan- toadolescéneia - Uma Leitura Juridicoespirita ¢ Conhecendo os 12 Pass Alcodlicos Anénimos. Sua abordagem ¢ pritica e objetiva, todos os interligam-se ¢ correlacionam-se com o firme proposito do aprendizado espect- fico, que exige a tarefa de auxiliar os dependentes e codependentes a vencerem 4 problematica da drogadigfo. A partir dai, esta obra: Capacitando 0 voluntirio espirita ao trabalho no ‘:rupo de autoajuda Apoio Fraterno, vem contribuir como mais uma ferramenta ue se faz necesséria 4 formagao do voluntirio; agregado a este, também esto © DVD ¢ 0 seminario teérico-pritico, ministrado por tenicos de AMEs, Embora ninguém possa voltar atrds ¢ fazer wn novo comeco, qualquer um pode comegar agora e fazer um novo fim. Chico Xavier de Oliv Cardoso 1. GRUPO APOIO FRATERNO: FORMAGAO, PRINCIPIOS, DINAMICA E RESULTADOS 1,1 ESTRUTURAGAO FUNCIONAL DO APOIO FRATERN Jane Machado Mildner Este capitulo trataré de algumas medidas priticas que iro nortear os jprosidentes das AMEs e os coordenadores de AF's no desempenho das tarefas de iniciar ¢ estruturar um Grupo Apoio Fraterno, Os presidentes de AMES, além de auxliar ia funda S, 16 dosejem capacitar-se, para entdo auxiliarem nessa tarefi, b 0 de novos jyupos AF, devem buscar junto as suas AME ‘08 dat drea da savide que m como ajudarem is conhecimentos, os tecnicos {hw manutengdo dos grupos jé existentes, Com muito nw firea da saiide, que participam ativamente do movimento espiri Y Jem contribuir nessa questo to grave e urgente da depe quimica, se) como um formador de grupos AF ¢ de voluntirios ao trabalho, como ole proprio sendo um voluntirio desse grupo de autoajuda aos dependentes uimicos e seus familiares. ‘Apés uma formago de voluntirios, a fungilo de cada AME é orientar que 0 novo grupo visite os grupos AF jd em funcionamento, inclusive 0 grupo de Santo Angelo/RS, para adicionai (e6ricos, recentemente adquiridos, a fim de colo propriedade, essa ferramenta em favor das alt vivéncia pritica aos conhecimentos , com seguranga © \contram na aflitas, que se dependéncia quimica, bem como, aos scus familiares © amigos, igualmente doentes e sofredores, devido as consequéncias da drogadigao 1. GRUPO APOIO FRATERNO: FORMAGAO, PRINCIPIOS, DINAMICA E RESULTADOS 1,1 ESTRUTURAGAO FUNCIONAL DO APOIO FRATERN Jane Machado Mildner Este capitulo trataré de algumas medidas priticas que iro nortear os jprosidentes das AMEs e os coordenadores de AF's no desempenho das tarefas de iniciar ¢ estruturar um Grupo Apoio Fraterno, Os presidentes de AMES, além de auxliar ia funda S, 16 dosejem capacitar-se, para entdo auxiliarem nessa tarefi, b 0 de novos jyupos AF, devem buscar junto as suas AME ‘08 dat drea da savide que m como ajudarem is conhecimentos, os tecnicos {hw manutengdo dos grupos jé existentes, Com muito nw firea da saiide, que participam ativamente do movimento espiri Y Jem contribuir nessa questo to grave e urgente da depe quimica, se) como um formador de grupos AF ¢ de voluntirios ao trabalho, como ole proprio sendo um voluntirio desse grupo de autoajuda aos dependentes uimicos e seus familiares. ‘Apés uma formago de voluntirios, a fungilo de cada AME é orientar que 0 novo grupo visite os grupos AF jd em funcionamento, inclusive 0 grupo de Santo Angelo/RS, para adicionai (e6ricos, recentemente adquiridos, a fim de colo propriedade, essa ferramenta em favor das alt vivéncia pritica aos conhecimentos , com seguranga © \contram na aflitas, que se dependéncia quimica, bem como, aos scus familiares © amigos, igualmente doentes e sofredores, devido as consequéncias da drogadigao ‘ de escolher 0 espaco fisico e 0 dia das reunides do 0, deverilo ser levados em consideracao fatores como: 1, Os grupos Apoio Fraterno devem funcionar preferencialmente em Centros aso haja a possibilidade de funcionamento em Instituigies sedes das Associagdes Médico-Espiritas ou outros loca nportante que haja vinculago em parceria préxima a um Centro Espirita devidamente estruturado, Em caso de dividas, sugere= se buscar orientagdo junto a AME mais préxima, familiarizada com as atividades do AF, Dia © hordrio que facilite a frequéncia dos dependentes e codependenies © alenda a disponibilidade da maioria dos voluntérios e que ndo interfira © no seja interfirido por outros trabalhos da casa espirita. De acordo com a experiéneia, sugere-se um horsrio de inicio das atividades com como Hospit disponiveis, & 09 assistidos, de segunda a sexta-feira, a partir das 19 horas e no final de 4 tarde, porém essa decisio fica a critério de cada grupo. \. Acessibilidade ¢ seguranga. 1, 0 local das reuniées deverd ser composto por duas salas que estejam acusticamente uma da outra, 5, Uma das salas deveré ter capacidade de acolher a totalidade de participantes (devido a primeira parte da atividade ser realizada com voluntitios, 's € codependentes juntos) dependent 6 Aout dos voluntarios. As salas deverio possuir boa iluminago, bem como aberturas suficientes a proporcionar um ambiente com boas condigdes de renovagao do ar. Um banheiro préximo ao ambiente da atividade do grupo, ¥. Um nimero suficiente de cadeiras de modo que todos possam participar los na reunido, ser 10, Também sugere-se que haja um mével a ser usado para guardar o material de apoio do grupo. 1), Una mesa para eventuais reunides dos voluntarios. ala, deve comportar um dos segmentos dos assistidos, mas parte. 0 08 (criais necessérios sugerimos: | Aquisigiio, em quantidade suficiente, do livro “Apoio Fratemo~Auxiliando Almas a Vencer a Dependéncia Quimica”, para todos os frequentadores do 0s e assistidos) interessados em adquiri-l. apacitando o Voluntirio grupo (volunté } Aquisigao (somente para os voluntatios) do livro, Fispirita a0 Trabalho no Grupo Apoio Fratemno”. DE COMPROMISSO e outros trés com a ORAGAO DA SERENIDADE, de, no minimo, seis banners (cartazes), sendo tres com 0 LEMA. ‘os quais devem ser distribuidos nas salas. Estes banners deverio ser confeccionados de forma a serem vistos por todos os participantes com clareza, podendo as letras contrastar com o fundo, |. Todos os participantes da reunido deveriio portar eracha constando somente io, coordenador, © seu nome, evitando diferenciagdes do tipo: volunt Visitante, dependente, entre outras. Sugerimos, também, formar estoque de utilizagaio de “pincel his. Para a confecgao dos crach vis, sugerin smico”. servida Disponibilizar uma jarra para colocagiio de gua a ser fuidificada ‘0s participantes, por ocasidio da pritica do Evangelho no Lar 6, Formar estoque de copos (pequenos) para servir a dgua fluidificada, Dis ‘O Livangetho Segundo o E voluntério traga 0 seu exempla onibilizar, 20 menos, um exemplar de piritismo” para uso nas reunides do grupo, f! importante que cada Hscolha do Coordenador Geral ¢ Suas Fungées: O coordenador geral de um grupo AF deve ser eseolhido entre e pelos os. O mandato seri, de priprios voluntaries, todos podem votar e se ho maximo, 2 anos; também é escolhido um vice-coordenador, que além de lo para ser o proximo coordenador do grupo. fungdes do coorden: Crave distribuir a cada voluntério um cronograma semestral das atividades «do grupo, constando o programa de coordenaggio das reunides semanais do AF (podendo também ser afixado no mural da casa espfrita), o qual deveri eonstar a data do trabalho, o tema a ser abordado no dia e o voluntérig responsavel. Flaborar um formulério para comprovagdo de frequéncia ao grupo, quando solicitado pelo participante. Ii extremamente importante confeccionar um carimbo para identificagaa do grapo, pois nas visitas as fazendas ¢ solicitado ao codependente esta frequéncia, Manter uma relagdo atualizada dos dados essenciais de cada voluntério (nome, telefone, enderego, e-mail, dia de aniversério). Manter o grupo trabathando de uma forma sempre atualizada, isto &, em concordancia com a capacitagao ¢ orientagdes passadas pelos técnicos das AMEs, no mais recente seminétio anual do Grupo Apoio Fraterno, para isso se faz necessério a presenga de todos os voluntirios do grupo nesse igagdo entre o AF e a casa espirita a que pertencem. 4 ligagao entre o AF e a AME mais préxima, familiarizando-as com ‘ atividade do grupo. Deveres do Voluntério do AF: Por bas enos prineipios da doutrina espirita, o voluntario, para trabalhar no Apoio Fraterno, deve, obrigatoriamente, fazer parte de grupo de estudo em um Centro Espirita. Tendo em vista que este grupo tem a finalidade de auxiliar na recuperagao de dependentes ¢ codependentes, todo voluntirio deve instruir-se sobre quimica, além de ter conhecimento dos 12 principios contidos no livro do Apoio Fraterno. star ciente de suas tarefas, bem como do que lhe cabe dependéne! O voluntirio dever ‘ oxanizagio, para que set trabalho seja executado com éxito, 4H Inportante que © voluntirio seja aisiduo, disciptinado © comparega Hontualmente no horirio acordado @ ajustado, frente ao compromisso wud, 4 Que permanega no grupo de estucdo na casa espirita a que pertence, procurar {liar 96 em caso de urgéncia, 6 Sempre avisar ao coordenador geral em caso de faltar d reunido, Heparar-se para exercer todas as fungdes (coordenador geral, coordenador do dia, acothimento, ete.) que a dinimica do grupo requer ¢ deve ter Iniclativa para executar as tarefas de voluntirio. 4 f muito importante que aguarde, na hora da saida, para a reunio final dos Voluntirios, ¥ Lombrar sempre que estamos em constante aprendizado e devemos aceitar, \quilidade, criticas ¢ sugestOes, aprender com os erros e sermos s mudangas. Ficar atento aos nossos melindres. 1) Hivitar envolvimentos pessoais com os assistidos, durante e apés 0 encontro, flexiveis bem como em outros locais (internet, msn) i conselhos, opinides proprias, criticar e, principalmente, nao julgar. 4 empatia sem trazer para si os problemas de outra pessoa. |) Cooperar em todas as atividades, estando atento para auxiliar em qualquer momento da reunidio. 14. Lvitar termos como: “E muito dificil!” ou “Nao é fécill”, pois devemos ser polos geradores de motivagao, lembrando a todos que tudo pode melhorar; evitar também o uso de verbos no condicional. Ex: eu gostaria que. lesejaria que... Em lugar disso, dizer: Eu quero, Eu desejo. eu 5. Respeitar os assistidos que tenham diferentes maneirs de pensar, nio apenas em relago a crengas religiosas, lembrando sempre que nio queremos modificar as pessoas a nosso modo, mas sim, incentivé-los a refletir € agir por conta propria. Vestir-se discretamente, hébito que deve ser seguido dentro da casa espitita. 17. Quando estiver na fungi de coordenador do dia (isso de acordo com © eronograma que recebeu do coordenador geral), 0 voluntirio Tosponsabilidade de abrir as salas e arrumar os banners, trazer os ara a recepedo, © quando for dia da exemplificagao do evang provideneiar copos e jarra com agua. 1,2. OS DOZE PRINCIPIOS DO APOIO FRATERNO Denise de Oliveira Cardoso Edson Luis Cardoso 1° Prineipio SEMELHANGAS FiSICAS Noste primeiro prinefpio busca-se a quebra de alguns paradigmas ‘peetos pela sociedade atual as familias, ¢ em altima instincia ao individuo, ‘ uuuls conduzem o ser a viver uma vida voltada mais ao materialismo e 20 ‘Siwumiamo vigente, esquecendo do objetivo principal da reencarnagao, que Pavivene Hibitos, eho an ca consequente evolugao espiritual. Objetiva-se uma mudanga de »rteada por um relacionamento baseado no respeito, na compreens20 r entre as pessoas. {\ preciso pensar, refletir e questionar antes de tomar posigao; trabalhar ‘ objetivos de cada membro da familia, definindo claramente os papéis, as {wpdes de cada um, para que se ajudem mutuamente. f preciso lembrar que as leis de Deus sao imutaveis. O respeito, a siio € © amor devem noriear nosso relacionamento com o mundo. O homem conserva, em suas novas existéncias, os tracos do cardter moral de suas vidas anteriores? ‘Sim. isso pode acontecer. Mas, melhorando-se, ele muda. Sua posigdo social pode, também, ndo ser a mesma, Se de senhor passa a escravo, ‘seus gostas sero muito diferentes eterieis dificuldade em reconhece-.o. Sendoo Espirito sempre o mesmo nas diversas encarnages, podem exisiir ‘certas analogias entre as suas manifestacdes, se bem que modificadas pelos hbitos da sua nova posicao, até que um aperfeicoamento notivel Yvenha mudar completamente 0 seu cartier, pois, de ongulhos pode tornar-se humilde e humano, se se arrependeu.” (Q Espiritos, questio 216) ‘Obs superidas CAMARGO, Javon de. Eaducagto dos Sentimentos. 7, ed, Porto Alegre: Letras de Luz, 2 HAKDIC, Allan. O tiveo dos Espiritos. Cap V, Pluralidade das existéncias. Rio de J Veleragio Uspirita Bra 2° Principio CARACTERES DA PERFEIGAO Neste principio, os codependentes so estimulados a ndo assumi \wna postura falsa de serem infaliveis e capazes de tudo, e sim agirem conto Jesus nos ensinou nesta proposigao: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso a qual é explicada no Evangelho segundo o Espiritismo, capi XVII, item 2, como algo que nao deve ser tomado ao pé da letra, e sim coi busca de um modelo que todo ser deve esforgar-se por alcangar. Essa po: em retirar ambos, codependentes ¢ dependentes do comodismo impulsioné-los rumo & reforma intima, is que Deus possui a perfeigio infinita em todas as coisas, proposigio: “Sede perfeitos, como perfeito € 0 vosso Pai celes tomada a0 pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perf absoluta. Se a criatura fosse dado ser to perfeita quanto o Criador, se-iaela igual a este, o que ¢ inadmissivel. Mas, os homens a quem J falava no compreenderiam essa nuanea, pelo que ele se limitou a apresentar um modelo a dizer-Ihes que se esforeassem por alcangé (0 Evangelho segundo 0 Expiritismo. Caracteres da perfeigao, c XVI, item 2) Obras sugeridas KARDEC, Allan, © Evangetho segundo o espiritismo. 112 ed. Rio de Janeiro: Fede Fspirita Brasileira, 1996, p. 220-21, cap. XVIL LOPES, Sergio da Silva. As leis morais e satide mental. Porto Alegre: Federagaio Espirita Rio Grande do Sul, 2007. FRANCO, Diva, Auiodescobrimento: uma busca interior. Salvador Livraria Espii Alvorada, 1995. ‘Compreendendo a saiide espiritual e mental, Salvador: Livraria Espirita Alv 2008; XAVIER Brasil Francisco Candido. No mundo mator. 26. ed. Rio de Janeiro: Federasao Esp 3° Principio MISSAO DOS PAIS A mnisstlo dos pais & abordada neste principio, em que se propde-se a facilmente os {iho uprendem a obter direitos e vantagens, os quais se nfio forem trabalhados ‘Willow a entenderem seus deveres e responsabilidades, poi Wehlamente, podem levar a desgostos futuros, que segundo O Higpinit ivro dos io 892, resultam, frequentemente, dos maus hibitos que os Mm que seus filhos tomassem desde o bergo. Colhem, entiio, 0 que 1 larefa dos pais 0 preparo de seus filhos para a vida que os aguarca, J lar deve-se primar pelo amor, carinho, compreensiio ¢ harmonia; condigies Wportuntes para que as boas influéncias espi permeie o ambiente, E hada 4) bem educar os filhos, temos que ter sempre em mente que o exemplo, 0 ‘WO, © 0 diilogo so imprescindiveis neste proc ‘Sono “mola mestre” que nos impulsiona a a gir 08 objetivos na e: >, Os pais que tém filhos que thes causam desgostos nio sito desculpaveis pole futo de nao thes dispensarem a ternura a que teriam direito, em caso sonirdrio? “Nao, porque é wm encargo que thes & confiado e a missdo deies consiste em se esforcarem por encaminhar as filhos para 0 bem (582- 583). Ademais, esses desgosios resullam, fiequontemente, dos maus ‘habitos que os pais deixarum que seus fills tomassem desde 0 bergo, Cothem, entiio, 0 que semearam.” (O Livro dos Espiritos, questio 892) | ARVALHO, Célia Maria Rey de. Familia ¢ espiritismo. 6, ed, ampl. Sio P Ft, 2000, | ANCO, Divaldo. SOS Familia. Salvador: Livraria Espirita Alvorada, 2002, he (C, Allan. livro dos Espiritos. Cap. XI, Lei de justiga, amor ¢ caridade, ulo: Edigtes Rio de Wo: FederagGo Espirita Brasileira, 2002, HINFIRA, Raul. Desafios da vida familiar, 2. ed. Nit 4 Principio J, 1H) HulHOH Momentos a situagao inverte-se ¢ © dependente sofre es AMOR MATERNAL E FILIAL wieluy de seus proprios atos em forma de uma consciéncia culpada, ¢ aslonle lambém percebe isso e coloca sobre o dependente as culpas de ‘© Hvwelas fimiliares. A Doutrina Espfrita vem nesse momento terminar 1) jogo paralisante © infrutifero da culpa, ensinando aos participantes hip que Jesus nos apresentou um Deus, que ¢ todo amor e perdio, ¢ devemos otha Wes tlo cisco que vemos no olho do nosso proximo, pois solvemos a indulgéncia, a humildade em reconhecer nossas faltas ¢ Os pais sto orientados neste principio a nfo se tratarem de igual igual com os filhos e nem se colocarem numa posig&o de amigos dos filhos, ‘08 pais slio aqueles que necessitam amar incondicionalmente, educar, oriei colocar regras ¢ limites. Para esse fim, além da missio dos pais, segun Livro dos Espiritos, desenvolve-se no grupo o capitulo XIV do E Segundo 0 Espiritismo, cujo titulo é “A Ingratidao dos Filhos e os Lagos Familia”. primeiramente, para o argueiro que trazemos ao olho forma Brie vibes © através da responsabilidade nos colocar, como fez Saulo no “Quando os pais ho feito tudo 0 que devem pelo adiantamento de seus filhos, se nfo alcangam éxito, nfo tém de que se inculpar_ ‘mesmos ¢ podem conservar tranquila a consciéncia. A amargura, natural, que entéo Ihes advém da improdutividade de seus esforgos, reserva grande e imensa consolagao, na certeza de que se trata apeni um retardamento, que concedido thes seri concluir noutra exi obra agora comegada e que um dia o filho ingato os recompensat seu amor.” (O Evangelho segundo o Espiritismo. A ingratiddo dos, 0s lagas de familia, capitulo XIV, item 9) ‘ih dle Damasco, numa posigao espiritual de sincero arrependimento em 4 Wivedinta da reparago, a qual realmente pode ajudar na libertagio de w\uinentos nocivos que mantém os vicios morais e, consequentemente, ‘quitiivos dentro do lar. Vrequentemente os pais transmitem aos fithos uma semethanca Transmitirdo também alguma semelhanca moral? FRANCO, Divaldo. SOS Familia Salvador: Livraria Espirita Alvorada, 2002. KARDEC, Allan, O Evangelho segundo o espirtismo. 112. ed. Rio de Janei Uspiita Brasileira, 1996. p. 187-96, cap. XIV ‘THIXEIRA, Raul Desaflos da vida familiar. 2. ed. Niteri, RJ: Fréter, 2003. Nao, pois tém almas ou Espiritoy diferentes. O corpo procede do Pip, mas 0 “id apenas consanguinidade.”” Espirito nao procede do Espirito. Entre os descendentes das Fim que se baseia a duragao dos sofrimentos do culpado? & Principio: “No tempo necessério ao seu melhoramento. Sendo 0 estado de fimento ow de jlicidade proporcionas ao raw de puriicacto > CULPA X RESPONSABILIDADE Seria canaea satan fe eee tobonton tempo em que ele gaste em methorar-se. A medida que progride ¢ que seus sentimentas se depuram, diminuem ¢ mudam de natureza os seus sofrimentos.” (O Livro dos Espiritos, questo 1004) ‘A familia que tem em seu seio o drama da dependéncia quimica, jo exaustivamente 0 “jogo da culpa”, em que, por vezes, o codependente sent culpado pelo fato de seu dependente usar 0 alcool ou outra substéncia quimi Wi syporidas 415, Lcon. O problema do ser, do destino ¢ da dor. 28. ed. Rio de Janeiro: Federagio (is brasileira, 2005, DUC, Allan. O livro dos Espiritos. Cap. VII Retomo & vida corporal. ¢ livro LV, cap. I 10708 futuros, Rio de Janeiro: Federago Espirita Brasileira, 2002. © por conta dessa culpa tenta compensar suas supostas faltas, sendo permissi © deixando-se manipular pelo dependente que percebe essa fragilidade

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