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Ficha 1

1. Este excerto integra o momento da particularização da crítica aos peixes.


Depois de o orador ter exposto os louvores e as repreensões de caráter geral,
neste capítulo, apresenta uma crítica individualizada aos voadores: “Com os
voadores tenho também uma palavra, e não é pequena a queixa.” (l.1).

2. O orador considera que os voadores, sendo peixes, não deveriam ter a ambição
de voar: “Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos
meteis a ser aves?” (ll. 1-2).

3. O orador explicita vários argumentos para fundamentar o seu ponto de vista.


Um dos argumentos apresentados relaciona-se com a natureza dos voadores -
foram criados peixes e não aves: “olhai para as vossas espinhas e para as vossas
escamas, e conhecereis que não sois aves, senão peixes” (l.4-5). O facto de os
voadores poderem ser pescados como peixes e caçados como aves é outro
argumento selecionado: “O voador fê-lo Deus peixe, e ele quis ser ave, e
permite o mesmo Deus que tenha os perigos de ave e mais os de peixe.” (l.18-
19).

4. O orador utiliza a alegoria dos peixes para realçar, de modo mais expressivo e
significativo, os defeitos dos homens. Assim, os voadores representam os
homens demasiado ambiciosos que se deixam arrastar pela presunção e pelo
capricho: “Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem.”
(l.28-29).

5. O tema desta composição poética é o baile como sedução, uma vez que a
donzela baila para seduzir o amigo: “Bailava corpo velido, / que nunca ouver'
amigo” (vv.7-8).

6. Esta cantiga é constituída por seis estrofes em dístico com refrão monóstico. A
cantiga é paralelística perfeita, pois apresenta diversos versos repetidos em
pares de estrofes. Os versos dos dísticos são setissílabos e os do refrão são
trissílabos. O esquema rimático é o seguinte: aaR/bbR/aaR/bbR/aaR/bbR//.

Ficha 2

1. Madalena é uma personagem permanentemente angustiada que vive


essencialmente para si própria. É, primeiro que tudo, uma mulher sensível que
vive só para o seu amor. Não consegue abstrair-se nunca do sentimento de
remorso que os agoiros de Telmo agudizam.
2. Madalena lê Os Lusíadas, a epopeia que enaltece o valor dos portugueses e que
os iguala a deuses. O enaltecimento constante da figura de D. Sebastião e o
facto de a personagem estar a ler esta obra são aspetos que valorizam a
dimensão patriótica da peça.

3. O facto de Madalena estar a ler uma estância do episódio de Inês de Castro,


que relata a tragicidade do seu amor, permite-nos estabelecer um paralelo com
a personagem. Assim, poderemos considerar esta cena inicial como um indício
trágico.

4. Este excerto apresenta várias marcas características do texto dramático: a


divisão em atos e cenas; a presença de um texto principal e de um texto
secundário denominado didascálias.

5. Esta composição poética está organizada em duas partes. A primeira parte é


constituída pelas duas quadras e o primeiro terceto e a segunda pelo segundo
terceto. O sujeito poético realça que todas as belezas da paisagem já não
podem alegrar os seus olhos. Na chave de ouro, salienta que, nesses lugares
que outrora o viram feliz, semeará lembranças tristes e dessas sementes,
regadas com lágrimas, nascerão saudades da amada.

6. Este poema é um soneto, constituído por catorze versos distribuídos por duas
quadras e dois tercetos. Os versos são decassilábicos e o esquema rimático é o
seguinte: abba/abba/cde/cde//.

Ficha 3

1. Teresa e Tadeu Albuquerque são as personagens que dialogam. São pai e filha,
no entanto, através do diálogo, ficam evidentes as posições antagónicas que
defendem. Tadeu representa uma visão tradicional e autoritária, enquanto
Teresa reage a essa prepotência de forma decidida.

2. Teresa mostra ser determinada, firme, corajosa e até mesmo rebelde, já que
contraria o pai e recusa casar com Baltasar Coutinho. Também evidencia
alguma astúcia, pois procura, pelas palavras e ações, comover o pai.

3. Tadeu de Albuquerque apresenta o sobrinho como o marido ideal para a sua


filha, uma vez que é gentil, rico, erudito e possuidor de inúmeras virtudes.
Contudo, o narrador revela a sua opinião sobre a personagem, na última frase
do excerto, expondo ironicamente a sua única “quebra”, isto é, falha: “a
absoluta carência de brios”. Esta completa falta de caráter, de dignidade, retira
qualquer valor à personagem, tão enaltecida pelo tio.
4. O conflito de gerações evidente neste diálogo entre pai e filha revela uma
mudança de mentalidades numa sociedade decadente e retrógrada. A jovem
Teresa não se conforma com um casamento escolhido por vontade paterna.

5. As personagens em cena são Inês Pereira e a mãe. Estas personagens têm


opiniões opostas relativamente ao futuro de Inês, sendo evidente o conflito
entre as duas gerações distintas. Inês, na perspetiva da mãe, é preguiçosa e
impaciente: “como queres tu casar / com fama de preguiçosa?” (vv. 15-16),
enquanto Inês considera a mãe autoritária e prepotente: “Praza a Deos que
algum quebranto / me tire do cativeiro” (vv. 8-9).

6. A farsa é um género satírico, que privilegia a ironia, como se pode verificar em:
“Logo eu adivinhei/ lá na missa onde eu estava / como a minha Inês lavrava/ a
tarefa que lhe eu dei” (vv. 1-4). O excerto apresenta várias marcas
características do texto dramático: o texto principal em diálogo e o texto
secundário que o acompanha denominado didascálias.

Ficha 4

1. Carlos e Maria Eduarda são as personagens que visitam a Toca. Carlos é


médico, uma figura discordante e superior numa Lisboa decadente. Neste
excerto, é uma personagem pouco sensível aos indícios trágicos e até um
pouco leviana, se atentarmos no comentário final. Maria Eduarda é uma
mulher emotiva e sedutora, dominada pelo sentimento e muito sensível ao
trágico: “O amor que se tem por um monstro − disse Maria − é mais meritório,
não é verdade?” (l.23).

2. Todo o episódio da visita à Toca apresenta vários indícios trágicos. Neste


excerto, podemos realçar a simbologia trágica das imagens pintadas na taça
persa: “com um renque de negros ciprestes, cada um abrigando uma flor de cor
viva: e aquilo fazia lembrar breves sorrisos reaparecendo entre longas
tristezas” (ll. 4-6) e o caráter animalesco da relação amorosa entre os dois
amantes plasmado no ídolo japonês.

3. Nesta frase, encontramos a adjetivação expressiva (“bestial, nu, pelado, obeso


(…) faceto”), a enumeração (“uma larga peanha, um ídolo japonês de bronze,
um deus bestial”) e a metáfora (“na indigestão de todo um universo”) utilizadas
para descrever todo o grotesco do ídolo japonês e a respetiva simbologia
trágica associada à relação incestuosa dos dois amantes.

4. 4.1. Uso expressivo dos adjetivos.

4.2. Uso expressivo do advérbio.


5. O destinatário destes versos é D. Sebastião: “Vós, poderoso Rei” (v.1). Ao
dedicar o poema ao Rei, Camões exalta-o como um herói mítico, encarnando o
imaginário épico português, como demostra a primeira estância.

6. Os Lusíadas, relativamente à estrutura interna, apresentam proposição,


invocação, dedicatória e narração. Estas estâncias fazem parte da Dedicatória
da epopeia.

Ficha 5

1. A visão de mulher presente no soneto é a de uma figura maternal protetora:


“Mãe − que adormente este viver dorido,/E me vele esta noite de tal frio” (vv.
1-2).

2. O sujeito poético, num mundo hostil, procura a paz, o aconchego e a


serenidade que uma figura feminina, semelhante à maternal, lhe possa
proporcionar: “Que me leve consigo, adormecido, /Ao passar pelo sítio mais
sombrio...” (vv. 5-6).

3. A mulher amada é aquela em que o sujeito busca o apoio maternal, aquela que
é capaz de “velar”, “atar o fio do existir, quase partido”, de o conduzir através
de sítios sombrios, de “lavar a alma” dorida e magoada, que confessa desejar
para tornar-se de novo “débil criancinha”.

4. Neste verso está presente uma apóstrofe. O sujeito interpela a mulher amada e
deseja que ela lhe ofereça o conforto e a proteção materna.

5. A população de Lisboa demonstra, inicialmente, curiosidade e solidariedade,


prontificando-se a participar nos preparativos para a ação de ajudar o Mestre.
Vivem-se momentos de tensão e de alguma confusão, mas ninguém hesita em
ajudar.

6. Esta expressão compara o povo de Lisboa a uma viúva indefesa. O povo


considerava o Mestre o seu líder e ajudá-lo-iam sem reservas.

Ficha 6

1. No poema, estão presentes muitos vocábulos do campo lexical de campo:


“leiras”, “eiras”, “debulhas”, “agrícolas”, “aldeias”.
2. As personagens que deambulam pelo campo são o sujeito poético e a sua
prima. O “eu” está perfeitamente familiarizado com o ambiente do campo, a
jovem está vestida de uma forma citadina: “A arregaçar a chita, alegre e lisa /
Da tua cauda um poucochinho a rastos” (vv. 34-35) e demonstra o seu
desconhecimento pela vida campestre: “E perguntavas sobre os últimos
inventos / Agrícolas” (vv. 16-17).

3. Neste poema, estão presentes várias sensações. Encontramos sensações visuais


nos versos: “Os saloios vivos, corpulentos, / Como nos fazem grandes
barretadas!” (vv. 19-20) e sensações auditivas: “Andam cantando aos bois”
(v.11).

4. Neste verso está presente um aliteração do “v”, que realça a verdura e


fertilidade que a paisagem apresenta.

5. Este excerto constitui o início da narrativa das aventuras de Jorge de


Albuquerque Coelho. Aqui narram-se os seus antecedentes familiares e o modo
como lhe foi entregue uma capitania no Brasil. No último parágrafo, inicia-se a
narrativa da viagem que fez de Olinda para Lisboa.

6. Enquanto a epopeia relata os acontecimentos gloriosos do povo português e se


centra na narração do sucesso da viagem à Índia, esta obra relata as aventuras
e desventuras dos Descobrimentos, enfatizando os vários perigos que os
portuguese tiveram de ultrapassar. Pode considerar-se que Os Lusíadas
apresentam uma versão épica dos descobrimentos e a História Trágico-
Marítima apresenta uma versão antiépica.

Ficha 7

1.1 .D

1.2 . A

1.3 . D

1.4 . D

1.5 . D

1.6 . C

1.7 . D

2.1.

Oração subordinada adverbial temporal: ”Quando a porta protetora se abriu”


Oração subordinante: “o telescópio ficou de tal maneira perturbado”

Oração subordinada adverbial consecutiva: “que entrou em coma eletrónico”.

2.2. Sujeito; Complemento direto.

2.3. Oração subordinada substantiva completiva.

Ficha 8

1.1.B

1.2. A

1.3. C

1.4. D

1.5. D

1.6. B

1.7 B

2.1. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

2.2. Sujeito

2.3. Sujeito; Modificador do nome restritivo.

Ficha 9

1.1. A

1.2. C

1.3. C

1.4. B

1.5. A
1.6. A

1.7. B

2.1. Complemento do adjetivo.

2.2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

2.3. Complemento direto.

Ficha 10

1.1. C

1.2. B

1.3. B

1.4. B

1.5. B

1.6. A

1.7. B

2.1. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

2.2- Predicativo do sujeito.

2.3- Modificador; Sujeito.


Ficha 11

1.1. C

1.2. D

1.3. D

1.4. B

1.5. C

1.6. A

1.7. B

2.1. Oração subordinada adverbial temporal

2.2. Complemento oblíquo

2.3. Oração coordenada: “Arranjei lugar no primeiro assento do autocarro”

Oração coordenada adversativa: “mas o vidro está coberto por um lençol de água”.

Ficha 12

1.1. D

1.2. A

1.3. A

1.4. C

1.5. A

1.6. C

1.7. B

2.1. Oração subordinante: “O novo lirismo (…), não se alçava apenas contra a tirania do
gosto literário vigente, exercida por Castilho”

Oração subordinada adjetiva relativa restritiva: “que aparecia, social, humanitário e


crítico”.

2.2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

2.3. Complemento direto; predicativo do complemento direto.

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