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DELORENZO po BRASIL. CLP SITEMA DIDATICO PARA ESTUDO DE CONTROLADOR LOGICO PROGRAMAVEL DELORENZO LP Gula DIREITOS AUTORAIS E proibida a reprodugao total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorizagdo por escrito da empresa De Lorenzo do Brasil Ltda De Lorenzo do Brasil Ltda. Rua Paes Leme, 524 conj. 72, Pinheiros, Sao Paulo - SP - CEP 05424-010 site : www.delorenzo.com.br / www.delorenzoglobal.com e-mail: delorenzo@delorenzo.com.br Revisdo 11/2013 Guia CLP APRESENTACAO Caro aluno; Neste momento vocé esta iniciando seus estudos na area de Automagao Industrial, O objetivo deste estudo € fazer com que 0 profissional técnico de Automagao Industrial estara capacitado para diversas etapas que compdem um proceso industrial ou uma pesquisa, planejar, coordenar, executar ou avaliar atividades relacionadas Automagéo, ou areas correlatas, profissionais empreendedores, possibilitando a ampliagao no campo de atuagdo e atendendo as necessidades da sociedade. Essa apostila foi elaborada de maneira a contribuir para qualidade daqueles que, por meio do Ensino Técnico, buscam novos caminhos, novos conhecimentos e nova vida produtiva, © controle de produgdo industrial a partir de sistemas automatizados envolve atividades de instalagao, funcionamento e manutengao de sistemas. Sua esfera de atuacdo esta diretamente atrelado & produgdo industrial ou realizagao de testes aferigao de instrumentos e equipamentos. O sistema didatico, 6 formado por bastidor vertical e varios médulos apropriados para varias fungées envolvidas. Foi elaborado no intuito de agilizar e garantir aos docentes e discentes, condigses necessérias para o estudo e desenvolvimento de atividades laboratoriais, sem uso de ferramentas ou qualquer outro tipo de material para montagem dos experimentos. (Os médulos so compostos por diversos componentes utilizados no mercado, com seus terminais de ligagdo, dispostos em bornes de 4 ou 2 mm conforme a utilizagao, deixando assim uma facil interligagao, através de cabos apropriados, entre os médulos e possibilitando ao aluno interagir e manusear o componente a ser utilizado. Todos os médulos sao identificados com sua respectiva simbologia impressas em silk-screen, para facilitar a identificagao nos experimentos que estarao sempre atribuidos a um diagrama elétrico. Salientamos que o conhecimento nao se limita somente a elaboragéo das atividades aqui sugeridas, mas sim a participagao frequente em cursos de atualizacao, leituras de livros e catélogos especializados. Esperamos que esta apostila contribua para tornar mais facil o trabalho dos estudantes e profissionais, DE LORENZO Guia 25 BRASIL Segue relagdo dos médulos que compéem 0 conjunto; 01 Bastidor Vertical para fixagao de médulos de simulagéo. 01 Médulo de CLP Siemens $7 1200 (01 Médulo Colorido grafico (IHM) 01 Médulo Fonte 01 Médulo de Protecao 01 Médulo de mediggo de sinais de tens&o (0 a 10 VCC) e corrente (4 a 20 mA) 01 Médulo de acionamnto de motor de passo 01 Médulo de motor DC com encoder acoplado 01 Médulo de indicag&o luminosa para sinal digital de oito bits (leds) 01 Médulo de conversor Analdgico/ Digital A/D 01 Médulo de conversor Digital Analégico A/D 01 Médulo simulador de entradas com chave de retengao 01 Médulo simulador de entradas com chave alavanca pulsadora 02 Médulos de chave BCD 01 Médulo de relés 01 Médulo de com 2 Poténciomentros 01 Médulo para simulagao de processo industrial Acess6rios: 04 Cabos bananas de 4mm 80 cm de comprimento cor amarelo 10 Cabos bananas de 2mm 100 cm de comprimento cor vermelho 10 Cabos bananas de 2mm 100 cm de comprimento cor preto 10 Cabos bananas de 2mm 100 om de comprimento cor azul 05 Cabos bananas de 2mm 140 om de comprimento cor vermelho 05 Cabos bananas de 2mm 140 cm de comprimento cor preto 10 Cabos bananas de 2mm 140 cm de comprimento cor azul 05 Cabos bananas de 2mm 80 cm de comprimento cor vermelho 05 Cabos bananas de 2mm 80 cm de comprimento cor preto 10 Cabos bananas de 2mm 60 cm de comprimento cor azul 10 Cabos bananas de 2mm 60 cm de comprimento cor preto 05 Cabos bananas de 2mm 60 cm de comprimento cor vermelho 01 Midia contendo: Software de programagao 01 Midia contendo: Apresentacéio do produto Apostila Manuais Técnicos (Data Sheet) DELORENZO Guia ; Pamaki! cur. Sumario 1 Automagao 9 14. Tipo de Sistema de Controle 10 1-2. Sistemas de controle em malha fechada 10 1-3, Sistema de Automagao Flexivel "1 2 Introdugdo sobre CLP 13 241. Principio de Funcionamento 15 3 Tipos de CLP 17 341. CLP Modular 7 3-2, Médulo da CPU 18 3-3. WDT— WatchDog Timer: 20 3-4. Canais de comunicagao serial: 20 3-5. Médulos de Entrada e Saida 20 3-6. Tipos de Entradas Digitais 2 3-7. Médulo de Entrada Digital em C.C. 22 3-8. Médulo de Entrada Digital em C.A. 23 3-9. Tipos de Saidas Digitais 24 3-10. Médulos de Saida Digital em C.C. 25 3-11, Médulos de Saida Digitais de C.A. com TRIAC 25 3-42. Médulos de Saidas Digitais a Relé 26 3-43. Entradas Analégicas 27 3-14. Saidas Analégicas 28 4 Fontes de Alimentago 29 5 Médulos Especiais 30 6 Programagao do CLP 31 6-1. Norma IEC 1131 31 6-2. Diagrama Ladder 32 6-3. Linguagens de programagao 33 7 Apresentagao do Produto 35 8 Médulo de cip 35 8-1, SWITCH ETHERNET (SIEMENS - COMPACT SWITCH MODULE CSM 1277) 36 8-2. CLP (SIEMENS - $7-1200 CPU 1214C DC/DC/DC) 36 DE LORENZO ula cee EEN ZO cur 9 fonte 40 O41 Médulo fonte : 40 9:2. Médulo de Protegao e Alimentagao a 10 Amperimetro 42 11 Voltimetro 42 11-1. Médulo de medigao de sinais: 43 42 Motor de Passo 43 12-1. Médulo de motor de passo: 44 13. Introdugdo sobre Motor DC 45 13-1. Encoder 46 14 Optoacoplador 47 14-1. Médulo de Motor DC com Incoder: 48 15 Médulo de chave BCD 49 15-1, Médulo relé: 50 15-2. Conversor Digital-Analégico 50 46 Médulo Digital-Analégico DIA: 52 16-1. Conversor Andlogico-Digital 52 17 Médulo Analégico - Digital A/D : 56 48 LED 87 19 Médulo de Led: 58 20 Potenciémetro, 59 20-1. Médulo de Potenciémetro: 60 21 Médulos de Micro chaves. 61 22 Simulador de Proceso Industrial : 62 22-1. Tanque Superior 63 22-2. Tanque Inferior 63 22-3. Painel do Simulador] 64 22-4. Medidor de Vazéo 64 22-5. Bomba d’Agua 65 22-6. Valvula Solenoide 68 Guia DELORENZO 22-7. 22-8. 22-9. 22-10. 22-11 22-12 22-13. 22-14. 22-15. Sensor de Nivel Minimo Tanque Inferior Medida de Nivel dos Reservatérios Sensor de Temperatura Transmissor de Temperatura Ponto de Entrada do Sensor de Presséo Transmissor de Presséo Resistor de Aquecimento Relé para controle do resistor de aquecimento, Fonte de Alimentagao CLP 67 68 68 69 69 70 70 n 1 DE LORENZO Guia oo BRAS LP. GUIA TEORICO Podemos dizer que as operagées relacionadas a métodos de controle de processos existem na natureza desde o surgimento da primeira criatura na face da terra, alguns exemplos disso podemos encontrar em nés mesmos como a pressdo sanguinea, a intensidade de luz na retina, o equilibrio de liquidos no corpo, etc. Com 0 passar do tempo, 0 homem para melhorar suas condigdes de vida, foi sentindo cada vez mais a necessidade de aperfeigoar suas invengdes a comecar pelos sistemas de produgdo com maquinas completamente manuais. Depois maquinas que produzem com a supervisdo e algumas interferéncias humanas até o ponto de criar sistemas de produgao com maquinas que trabalham sozinhas e dependem do homem somente para algumas manuteng6es preventivas. LORENZO os BRAS cLe 4 AUTOMAGAO No inicio da industrializagao, os processos industriais utilizavam 0 maximo da forga de mao-de-obra humana, a produgdo era composta por etapas ou estégios nos quais as pessoas desenvolviam sempre as mesmas fungoes, especializando-se em uma certa tarefa ou etapa de producdo dando assim o principio da produgao seriada Com os avangos tecnolégicos, 0 homem foi aperfeigoando cada vez mais a construgéo das méquinas, claro que num processo lento, estas cada vez mais iam tornando-se automaticas 0 que até hoje vem caminhando para um sistema perfeito onde a intervengdo humana seja zero. Anecessidade de aumentar a produgao, para garantir a competitividade, levou as ‘empresas brasileiras a investir pesado em novas tecnologias. Essa tendéncia fez com que 0 setor de Automacdo Industrial assumisse um papel no cenério econémico e, por consequéncia, no mercado de trabalho. A Automagao ¢ a aplicada de técnicas, softwares ou equipamentos especificos em determinado equipamento ou proceso industrial, com o objetivo de, aumentar a sua eficiéncia, elevar a produgao com baixo consumo de energia e de matérias primas, reduzir a emissdo de residuos de qualquer espécie, garantir melhores condigées de seguranga, seja material, humana ou das informagées referentes ao proceso. Quando afirmamos que uma maquina ou sistema produz tomando sozinho as suas préprias decis6es e as vezes até se comunica com outras maquinas, estamos falando de um sistema automatico, para tal foi necessario transformar essas acées & decisées que eram manuais (de controle humano) em acées e decisées que agora sao realizadas automaticamente (de controle automatico). Para que essas mudangas ocorram em méquinas e sistemas, sao aplicadas técnicas de Automagao, palavra que ja traz consigo seu significado, Automacao, ou seja, tomar automatica uma agao. Essas técnicas de automagao ou automatizagao (flexionando o verbo) séo aplicadas em maquinas ou sistemas através de algumas etapas que em principio de uma maneira bem pratica e genérica podemos classificar em: Definicao do tipo de trabalho a se realizar, com 0 maximo de detalhes possiveis; Tipo de controle ou sistema de controle; Definigdo do controlador a ser utilizado. Guia 1-1. TIPO DE SISTEMA DE CONTROLE O que é um sistema de controle? Um sistema de controle pode ser entendido simplesmente como uma caixa preta com uma entrada e uma saida, j4 que néo se sabe o que existe em seu interior. O termo sistema é utilizado para definir uma série de componentes que interagem ‘em tomo de uma condi¢ao predeterminada, mas em resumo, o aspecto importante de um sistema de controle é a relagdo entre as entradas e saldas. Basicamente pode ocorrer de duas formas: + Sistemas de controle em malha aberta; * Sistemas de controle em malha fechada + Sistemas de controle em matha aberta Consiste num conjunto de elementos interligados em malha aberta, isto 6, as informagées processadas nesses elementos apresentam-se num nico sentido, da entrada para a saida. eran cena aemenit,, ces ta eerie” Penne | Sat» l me, 1-2. SISTEMAS DE CONTROLE EM MALHA FECHADA Consiste num conjunto de elementos interligados em matha fechada, isto é, além do fluxo de informacao no sentido direto (da entrada para a saida), existe outro no sentido contrario (da saida para a entrada), chamado de realimentagao ou feedback. me FF mon ee a [Fa ose cacy co ee DELORENZO Sistema de Automagao Rigida X Sistema de Automagao Flexivel Automagao Rigida * Sistemas mec&nicos; * Sistemas mec4nicos de inverso de curso e rotagao; * Sistemas limitadores. Figura 11 Automagio Rigida © Componentes Eletromecanicos; * Relés € contatores; * Circuitos logicos a relés néo programaveis. Figura 12 - Automaco Rigida 1-3, SISTEMA DE AUTOMAGAO FLEXIVEL Sistemas Mecanicos com operagées automatizadas; Maquina de tear de Jaquard; Sistemas Eletrénicos de Controle; Controle Légico por memérias programéveis (EPROM); Controle por circuitos légicos programaveis; Controle por microprocessador dedicado; Controladores Légicos Programaveis. pat tig) Automagio Flexivel CLP DE LORENZO __Gula apenas cup Os primeiros sistemas de automag4o operavam por meio de componentes eletromecdnicos, como relés ¢ contatores, neste caso, os sinais acoplados & maquina ou equipamento a ser automatizado acionam circuitos légicos a relés que disparam as cargas e os atuadores. ‘As méquinas de tear sao bons exemplos da transig¢ao de um sistema de automagao rigida para automagao flexivel. As primeiras maquinas de tear eram acionadas manualmente, depois passaram a serem acionadas por comandos automaticos, entretanto, estes comandos sé produziam um modelo de tecido, desenho ou estampa. A introdugao de um sistema automatico flexivel do tipo “placas perfuradas” no mecanismo de uma maquina de tear, pelo francés Jaquard, tornou-se possivel produzir diversos padrées de tecido em um mesmo equipamento. Com o avango da eletrénica, as unidades de meméria que armazenam os modelos de tecido a serem produzidos ganharam maior capacidade, permitindo armazenar mais informagées e 0s circuitos légicos tornaram-se mais rapids, compactos e capazes de receber mais informagées de entrada, atuando sobre um maior numero de dispositivos de saida Em seqiiéncia os microcontroladores responsdveis por receber informagdes das entradas, associé-las as informagdes contidas na meméria e a partir destas desenvolver uma légica para acionar as saidas. Toda esta evolugdo nos levou a sistemas compactos com alta capacidade de controle, que permitem acionar intimeras saidas em funcdo de diversos sinais de entradas combinados logicamente. A parte mais interessante desta evolugdo 6 que toda a légica de acionamento em fungao das entradas pode ser desenvolvida através de software que determina ao controlador a seqiiéncia de acionamento a ser desenvolvida, sendo assim, se a légica pode ser alterada, podemos dizer que o sistema de controle, com esta caracteristica, 6 um sistema flexivel. Os Controladores Légicos Programaveis s4o equipamentos eletrénicos de controle que atuam a partir desta filosofia, DE LORENZO Guia emacs CLP 2 INTRODUGAO SOBRE CLP Os Controladores Légicos Programaveis (CLPs) séo equipamentos eletrénicos de tiltima geragao utilizados em sistemas de automagdo flexivel, pois permitem desenvolver e alterar facialmente a ldgica para acionamento das saidas em fungdo das condigées das entradas, desta forma, podemos associar diversos sinais de entrada para controlar diversas cargas ligadas em pontos de saida. © Controlador Légico Programdvel nasceu praticamente dentro da industria automobilistica americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a légica de controle de paingis de comando a cada mudanga na linha de montagem. Tais mudangas implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro. Sob a lideranga do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificagéo que refletia as necessidades de muitos usuarios de circuitos e relés, nao s6 da industria automobilistica como de toda a industria manufatureira Nasceu entao, um equipamento bastante versatile de facil utilizagéo, que ver se aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicagées, 0 que justifica hoje um mercado mundial estimado em 4 bilhdes de dolares anuais. Em 1978 a National Electrical Manufactures Association (NEMA) determinou a seguinte definicao para CLP, denominada NEMA Standard ICS3-1978: “Equipamento de légica digital, operando eletronicamente que usa meméria programavel para armazenamento interno das instrugdes de implementagao especifica, tais como: légica seqiiencial, temporizagéo, contagem e operagées aritméticas, para controle de maquinas e processos industriais com varios modelos de médulos de entradas e saidas digitais e analégicas em maquinas ou processos.” Um grande problema destes equipamentos era que sua arquitetura (chips conexées) e programagao (software) eram proprietarios, ou seja, cada fabricante fazia da maneira que mais the adequava, porém, hoje todos os fabricantes esto caminhando para uma linguagem comum de acordo com a IEC 1131 - 3. Desde 0 seu aparecimento até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores légicos, como por exemplo, a variedade de tipos de entradas e saidas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusdo de blocos légicos complexos para tratamento das entradas e de médulos de interface com o usuario. DE LORENZO : Guia aenasin’ 5 Nos inicios dos anos 90, gragas aos baixos custos das CPU's de mercado, deu-se grande énfase ao desenvolvimento de CLP com microprocessadores comuns, além disso, 0 prego destes componentes baixou muito, principalmente pela atuacdo da microeletrénica e otimizagao de hardware (equipamentos poderosos em pequenissimos espago fisico e baixo consumo de poténcia). Vantagens dos CLPs em relagéo aos sistemas de controle automatico convencionais: Os Controladores Légicos Programaveis apresentam uma estrutura funcional muito peculiar que é a facilidade com que podem ser acoplados a sistemas de comando de maquinas e a rapidez com que podem ser imptantadas légicas simples ou complexas - de acionamento através de um software de programacao. + Apresentam ainda as seguintes vantagens: + Requerem menor poténcia elétrica; + Economia de tempo na elaboracao e implantacao dos projetos; + Apresentam maior Confiabilidade; + Podem ser reutilizados; + So reprograméveis, permitindo alterar os parametros de controle; + Manutengao mais facil; * Oferecem maior flexibilidade; + Ocupam menor espago; # Oferecem a possibilidade de comunicagao com outros CLPs e computa- a dores de controle. Podemos afirmar que projetos de automacao e controle envolvendo CLPs reduzem 0 trabalho de desenvolvimento de hardware dos circuitos légicos de acionamento, bem como os dispositivos e poténcia para acionamento das cargas e dos atuadores, uma vez que podemos escolher médulos de saida jé prontos, adequados ao tipo de carga que queremos acionar. DE LORENZO Guia, DE bDanasiN 20 cup. 2-1. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Como o proprio nome ja diz, o CLP (Controlador Légico Programavel) € um ‘equipamento que realiza um comando ou controle de uma maquina a partir de um programa pré - definido. Assim se desejamos que o CLP realizasse alguma espécie de tarefa de controle em um sistema, devemos previamente programé-lo para tal. Essa programagao nao vem pronta do fabricante do CLP, pois é definida pelo usudrio do equipamento. © CLP seguird rigidamente passo a passo a execugao do programa do usuario € o resultado dependeré téo somente da programagéo a ser executada. Existem diversos tipos de médulos de entrada e de saida que se adéquam aos sinais desejados. Na maioria dos casos os fabricantes associam os médulos de entrada e saidas digitais em grupos de 8 bits (1 byte), & muito importante entender como é feito o enderegamento das entradas, pois, é necessario se definir isto para entéo fazermos a declarago de todas as entradas e saidas do equipamento. Ja as entradas analdgicas correspondem a modulos conversores analégico/digital, - de forma a converter 0 sinal de entrada em um valor digital, normalmente de 12 bits (4098 combinagées) para que a CPU do controlador possa consideré-las e traté-las. As saidas analégicas séo médulos conversores digital para analdgico com a mesma caracteristica de preciséo, ou seja, na maioria séo conversores de 12 bits, assim 0 controlador disponibiliza um valor binario que tera o seu correspondente na saida digital. Os sinais dos sensores ou transdutores acoplados 4 maquina ou equipamento sdo aplicados as entradas do controlador. A cada ciclo (denominado de varredura) todos os sinais vindos do meio externo e aplicados as entradas, sao lidos e transferidos para a uma determinada area da unidade de meméria interna do CLP. Aesta area denominamos tabela imagem de entrada. DELORENZO Guia 09 BRAS cLP Estes sinais sao combinados entre si e combinados também aos sinais internos. Esta combinagao corresponde a légica funcional que é determinada pelo programa do usuario. © programa do usuario também se encontra armazenado numa area da meméria intema do CLP denominada tabela de programagao. ‘Ao término do ciclo de varredura, os resultados da légica funcional séo transferidos & tabela imagem de salda e entéo aplicados aos terminais de saida, provocando as. atuagées no meio externo. Podemos dizer que o CLP 6 um “microcontrolador” acrescido de dispositivos de E/S (Entrada/Saida), aplicado ao controle de um sistema ou de um processo. Para realizar a tarefa de controle, 0 processador do CLP simplesmente executa asso a passo 0 roteiro de instrugées contido na tabela de programagao que o usuario elaborou, Em detalhes, o provesso de execugao segue, aproxinadamente, a rotina mostrada no fluxograma a seguir: (~ icoaa >) Execute [Tes Enraiaa | Se | Atualize Tabela imagem Entec cxecuta Lina a Liana Progra Usa Lee Wont nia | "Tavou tragen t Enuada coat ee Atualize Tabela 7 vragen 0 San | eeeeeeae oa iiaiza Tania rage ay uatza ot ‘a Sucacomas |—————*(_} adie a 1s Satan Retoces DE LORENZO Guia oo BRAS cup. 3 TIPOS DE CLP Basicamente os CLPs se dividem em dois tipos, os compactos que normalmente so utilizados para pequenos automatismos e a linha dos CLPs modulares que sdo muito utilizados em médias e grandes aplicagoes. Detalhemos um pouco mais 0 segundo caso que nos dard uma maior nogao dessa diferenga, 3-1. CLP MODULAR Os controladores l6gicos programaveis de médio e grande porte séo equipamentos disponibilizados em médulos, ou seja, cada configuragéo pode ser montada pelo usuario de acordo com a sua necessidade. Esta arquitetura também contribui para que a manutengdo seja facilitada, uma vez que no caso de falha, sera trocado apenas o cartao defeituoso. Em termos de arquitetura funcional, podemos apresentar a estrutura de um CLP divida em 5 partes: + Unidade Central de Processamento (CPU); + Meméria; + Médulo de Entrada; + Médulo de Saida; + Fonte de Alimentagao. A figura abaixo nos da uma visao geral das relagées entre os diversos médulos que compéem o CLP. Podemos dizer que o CLP é um “microcomputador’ acrescido de dispositivos de E/S (Entrada/Saida), aplicado ao controle de um sistema ou processo. DE LORENZO Os sinais aplicados as entradas dos CLPs podem ser digitais ou analégicos, bem como os sinais de saida podem apresentar estas mesmas condigées. 3-2. MODULO DA CPU © médulo da GPU (ou UGP - unidade central de processamento) é 0 principal médulo responsavel pelo processamento dos dados e das tomadas de decisdes em fungao do roteiro contido no seu software de base ou firmware. Basicamente seus blocos ou elementos internos so; o microprocessador, a UART e sistemas de comunicagéo, memérias RAM com bateria, ROM e EEPROM. Para o médulo da CPU, devemos observar algumas caracteristicas importantes. Scan Rate ou Tempo de Varredura: Como jé discutimos anteriormente, os sinais dos sensores e transdutores alojados 4 maquina ou equipamento sao aplicados as entradas do CLP. Acada ciclo (denominado de varredura) todos os sinais aplicados as entradas séo lidos e transferidos para a unidade de meméria interna denominada meméria imagem de entrada, estes sinais sao associados entre si e aos sinais internos, esta associacao corresponde a légica de funcionamento que é programada pelo usuério. ‘Ao término do ciclo de varredura, os resultados da légica de acionamento sdo transferidos 4 meméria imagem de saida e entao aplicados aos circuitos de saida. DE LORENZO Guia os BRAC cLP (“eee*) — v Lettura das |], Ernades ‘Atualzaggo da | [.Meméria imagem ¥ Programa do Usuario ¥ Atvalizagao das “| Saicas referidas & Imagem © “Scan rate" ou “tempo de varredura" significa 0 tempo de execugéo de um programa desde a primeira até a ultima instrugdo. Agrosso modo neste tempo esto incluidos os seguintes procedimentos de leitura e atualizagao das entradas na meméria, execugdo do programa de usuario e atualizagao de saidas na meméria e aplicagdo das mesmas aos terminais de saida A importancia do scan rate aumenta a medida que os programas se tornam extensos (acima de 500 linhas de programa) ou 0 processo possua movimentos muito rapides (exemplo: maquinas de embalagens) ou o programa contenha blocos de fungdes complexas em grandes quantidades. O scan rate dos CLPs varia de 10 ms/1 kbyte de programagao até 1 ms/1 kbyte. © que significa que em 1 segundo, o controlador executa de 100 a 1000 ciclos respectivamente para cada 1 kbyte de programagao. Um programa bem elaborado também contribui para diminuir 0 scan rate do controlador, assim, 0 usuario sempre deve ter 0 hdbito de trabalhar de maneira estruturada, valendo-se do recurso de sub-rotinas, blocos de fungées e légicas que otimizam desta forma a seqiiéncia das instrugées. DE LORENZO Guia 25 BRAN cLP 3-3. WDT - WATCHDOG TIMER: Outra caracteristica importante de um CLP presente na CPU é a existéncia de um WATCHDOG TIMER. O WOT contribui para aumentar a seguranca do sistema, trata- se de um temporizador que monitora o tempo de varredura do CLP, se esse tempo for maior que 0 do WATCHDOG TIMER, o CLP seré ressetado automaticamente, na reinicializagaio do mesmo seré indicada a falha, que pode ter origem no hardware, ou no programa desenvolvido pelo usuario. 3-4. CANAIS DE COMUNICAGAO SERIAL: Amaioria dos controladores do mercado recebe 0 programa diretamente através do canal de comunicacao, podendo em alguns modelos apresentar 2 ou trés canais no proprio CPU e até permitir a expanséo deste visando atender aplicagdes em rede, para comunicagao entre CLPs, software de controle ou IHM (Interface Homem Maquina). O usuario deverd ficar atento quanto a necessidade dos canais seriais, observando os padrées elétricos disponiveis, sendo os mais usuais 0 RS232 (comunicagao direta com o computador) e RS485, utilizado quando é necessario se comunicar com o CLP a longas distancias, podendo chegar a um maximo de 1000 m sem repetidores. E através do canal serial que iremos mudar a programagéo do CLP, podendo monitorar ou mudar valores do processo. 3-5. MODULOS DE ENTRADA E SAIDA As entradas e saidas so os elementos intermediarios entre a CPU e os elementos transdutores e atuadores do campo. Existem diversos tipos de médulos de entrada e de saida que se adéquam aos sinais desejados. Os médulos de entrada e saidas so compostos de grupos de bits associados em conjuntos de 8 bits (1 byte) para os médulos digitais ou conjuntos de 16 bits (1 word) para os médulos analogicos. Veremos a seguir mais detalhes sobre os tipos de médulos. DELORENZO Guia ‘ehasic! 3-6. TIPOS DE ENTRADAS DIGITAIS Detectam e convertem sinais de comutagao de entrada em niveis ldgicos de tensao usados na via de dados interna do CLP. Os médulos de entradas e saidas digitais trabalham tanto com sinais de tensao continua, quanto sinais alternados. Para os niveis de C.C., 0 padréo adotado é de 24 V, o qual possui uma relagéo sinal/ruido adequada para ambientes industriais e 110 220 V, para niveis CA. A figura abaixo nos da uma visdo geral do percurso feito pelo sinal da entrada digital Duto Interno i Sistema a = Ieolagio Entradas a nteetsoe "Bes ide Estados|— ser Controlado Um aspecto importante a ser considerado no esquema das entradas é que a parte logica do circuito 6 desacoplada do sinal de entrada através de um acoplador éptico, 0 que assegura a integridade do circuito, caso ocorram problemas com 0 sinal de entrada, além de aumentar a imunidade a ruidos do sistema. Entre os diversos tipos de dispositivos (transdutores), que podem ser ligados nas entradas digitais, podemos citar: + Microchaves; ¢ Chaves de fim de curso; + Sensores de proximidade; + Termostatos; + Pressostatos; * Botées pulsadores. DE LORENZO i cup Toda entrada possui um LED, com a fungao de sinalizar no médulo que a entrada < esta acionada pela presenca do sinal de campo. @No24 3-7. MODULO DE ENTRADA DIGITAL EM C.C. A comutagao executada por um transdutor digital de corrente continua pode ser do tipo *P* ou do tipo “N*, ou seja, 0 acionamento pode ser légica positiva (comum negativo) ou légica negativa (comum positivo). Nao existe nenhuma vantagem de um tipo sobre o outro, mas o leitor deve sempre adotar apenas um deles, pois se pensarmos numa empresa, com a padronizagéo teremos uma redugdo de itens de estoque, além de evitarmos incompatibilidades ‘em fungdo de termos comprado um cartdo “P” e termos somente sensores “N’, por exemplo. DELGRENZO Guia CLP. A figura abaixo exemplifica um circuito de entrada digital tipo P. ay Como ja foi dito para acionar a entrada tipo N é necessario fornecer 0 potencial do bore negativo da fonte auxiliar ao borne da entrada, Para ser ativado esse tipo de entrada espera um sinal negativo. Alimenta-se 0 comum das entradas com 24 V e quando o dispositive enviar um sinal negativo, a entrada ¢ ativada. Quando o dispositive mandar um sinal positivo, a entrada é desativada. Em ambos 08 tipos, apés 0 fotoacoplador existe um filtro formado por C1, R3 & R4, este filtro far com que ruidos existentes na alimentagéo, tipicas de ambientes de redes elétricas industriais, nao causem um acionamento indevido no CLP, devido a filtro, normalmente as entradas digitais nao iréo responder a uma frequéncia maior que 1 kHz, exceto naquelas entradas especiais de contadores rapidos. 3-8. MODULO DE ENTRADA DIGITAL EM C.A. Da mesma maneira que as entradas de corrente continua, as entradas digitais alternadas Iéem sinais do processo, com a vantagem de podermos ter uma distancia maior entre 0 CLP e 0 transdutor, pois a relacao sinal / ruido é mais elevada em se tratando de sinais 110 V ou 220 V. Via de regra, se os atuadores estdo a uma distancia superior a 50 m do controlador, devemos comegar a pensar e trabalhar com entradas CA E importante lembrar que trabalhando com niveis CA, devemnos tomar mais cuidado com relagao a isolagao geral da instalacao. DE LORENZO ——— cup Um bom exemplo de aplicagao de médulos de entrada CA esta em usinas hidroelétricas. a ented RS. ai 2 7 ae es 3-9. TIPOS DE SAIDAS DIGITAIS Converte sinais légicos usados no Controlador Programavel em sinais proprios capazes de energizar atuadores, normalmente possuem uma capacidade nominal de acionamento de 2A. A figura 3.8 nos da uma visao geral do percurso feito pelo sinal de saida digital. Duto interno stema a Is0lag30, Safdade 2] mean =O] "BGR Rtn gd Doe ae do Controlador Dentre os diversos tipos de atuadores, podemos citar: + Contatores; + Solenéides; + Relés; + Lampadas; ¢ Indicadores. A comutacao executada por uma unidade de saida pode ser em corrente continua, corrente alternada ou a relés. DELORENZO Sula eS BREIL cup. 3-10. MODULOS DE SAIDA DIGITAL EM C.C. Tipo P: Nesta configuragéo devemos ligar a carga entre o potencial negative da fonte de alimentagao de 24 VCC e 0 borne de saida. A figura a seguir exemplifica 0 circuito de uma safda digital tipo P. 260 DeSHDA py OBS: No caso da saida ser do tipo N devemos ligar a carga entre o potencial positivo e o borne de saida. 3-11. MODULOS DE SAIDA DIGITAIS DE C.A. COM TRIAC Os médulos de saida em corrente alternada sao usados para acionar diretamente bobinas de contatores. A alimentagdo normalmente é do tipo full range, ou seja, é possivel ligar cargas cuja alimentagao esteja entre 90 VAC a 240 VAC. A figura abaixo exemplifica o circuito de uma saida digital em corrente alternada. ORORTAL ESA py DE LORENZO Guia se eRe, cup No circuito observamos alguns elementos importantes descritos a seguir: Varistor: Protege contra o surto de tensao. RC: Protege contra disparo indevido do TRIAC que esta isolado do sistema por acoplador ético. TRIAC Isolado: normalmente ¢ utilizado TRIAC Isolado com fungao de zero crossing; assim, s6 teremos acionamento ou desacionamento quando, passarmos pelo “0” da sendide, evitando, por exemplo, a formagao de faiscas quando chaveamos cargas indutivas 3-12, MODULOS DE SAIDAS DIGITAIS A RELE Muito utilizado, em fungao da versatilidade quanto aos sinais a serem comutados, podendo ser ligadas tanto cargas em C.C. ou C.A. Apresentam desgaste mecanico proporcional ao niimero de chaveamentos realizados e a corrente que passa pelos contatos. Para aumentarmos a vida Util dos reles, devemos utilizé-los como contatos auxiliares, ou seja, intercalar entre a salda do CLP e a carga, outro relé de maior poténcia, ou uma chave estatica, conseguindo assim “poupar’ os contatos do relé interno do CLP. As saidas a relé em geral possuem tempo de resposta mais lento do que a as saidas a transistor ou a triac. A figura abaixo exempilifica o circuito de uma saida a relé. +e eoroRTAL TESSIDA py me ot 1 26 DELORENZ 3-13. ENTRADAS ANALOGICAS LP Existem diversas variéveis em sistemas a seem controlados que precisam de um sensoriamento analégico, estes sensores, para fornecerem informagées a um CLP necessitam ser ligados a interfaces especiais, que convertam o sinal analégico (de tensdo e corrente) em sinais digitais para serem tratados pelo CLP. Estes médulos sdo chamados de I/O analégicos e estas interfaces permitem o controle de sinais como pressao, temperatura, velocidade, vazéo e etc. Existem médulos de entrada analdgica, de saida analégica e com entradas e saidas analégicas. As grandezas elétricas tratadas nestes médulos sao a tensdo ou a corrente e normalmente identificamos estes médulos pelo ntimero de entradas ou saidas, pelo tipo de grandeza a ser tratada e pelo ntimero de bits que correspondera a um valor analégico de entrada ou de saida. Na maioria dos casos os sinais analégicos de entrada séo de 0 a 10 VCC ou 4 a 20 mA, em valores numéricos sao informados na forma binaria e armazenados em registros para serem utilizados pelo controlador programével. Aresolugao das entradas analgicas é normalmente de 12 bits, ou seja, com uma escala de 4096 pontos, o que garante uma sensibilidade de 2,442 mV para o sistema analégico de 0 a 10 VCC, desta forma teremos: Entradas (em volts) Registro do CLP (em valor decimal) 0 0000 4.9988 2047 : 5,0012 2048 10 4095 DE LORENZO Guia ‘erase! 3-14. SAIDAS ANALOGICAS Possui um conversor D/A que converte valores numéricos na forma bindria que se encontram alocados nos registros do CLP em grandezas analégicas (pré-set de pressées, velocidade ou qualquer outro parametro em sinal elétrico variavel), em geral na forma de tensdo de 0 a 10 VCC ou de corrente 4 a 20 mA. A resolugao do conversor é tipicamente de 12 bits 0 que permite discretizar até 4096 pontos. Por ser um sistema isolado, a quantidade de foto acopladores proporcional ao numero de bits do conversor. Uma saida analégica se presta, basicamente a fornecer sinal analégico para comandar atuadores analégicos, Dentre os diversos tipos de atuadores analégicos, podemos citar: + Motores de CC; + Inversores de frequéncia; ¢ Valvulas proporcionais. DE LORENZO Guia oemasiv ap 4 FONTES DE ALIMENTAGAO As fontes de alimentacao séo encontradas em médulos externos, independentes das unidades centrais de processamento e dos médulos de entrada e de saida. Normalmente, as fontes sao do , tipo chaveadas, sendo alimentadas com tensao AC (90 V a 240 V) ou DC (18V a 36V). Outra preocupagao € quanto as tensdes fornecidas para o CLP pois além do padrao 5 VCC, alguns modelos também alimentam os médulos analégicos com +12 VCC e -12 VCC © consumo € por fim outro fator que deve ser analisado, pois em fungao da quantidade de pontos a serem utilizados, 6 que teremos condigdes de dimensionar a fonte. Portanto, a fonte deve ser escolhida por Ultimo, descobrindo junto ao fabricante qual o modelo de fonte mais adequado ao processo que se deseja automatizar. Para os CLPs de baixo custo, a fonte é incorporada ao médulo da CPU, visando diminuir encaixes e conseqiientemente, barateando o produto. Neste caso a preocupagdo se resume a alimentagdo do conjunto, uma vez que tanto as tensdes quanto poténcias envolvidas serdo logicamente compativeis com o produto. DELORENZO LP. 5 MODULOS ESPECIAIS Os Controladores Programaveis aceitam uma infinidade de médulos especiais, os quais serdo alvo de discussao em artigos futuros, para que tenhamos uma viséo geral, eis alguns médulos especiais que poderemos encontrar : + Médulo de entrada para termopares (medigao de temperatura); + Médulo de entrada para PT100 (medicao de temperatura); + Médulos de contagem rapida; 4 Médulos para controle de motor de passo; + Médulos para medicao de parametros elétricos (cos @, V, | , Pot. ativa, Pot. reativa, Energia, ete.); + Médulos de comunicagao com redes. Para encerrar, podemos dizer que o melhor modelo de CLP € aquele que se adéqua & necessidade e, portanto, apresenta as interfaces compativeis com os sensores e atuadores a serem interligados. Adiferenca entre os modelos esta basicamente em sua nomenclatura, simbologia, na programagao. Sendo assim, podemos dizer que os Controladores Légicos Programaveis séo muito titeis, mas devem ter suas caracteristicas bem especificadas para que possam - funcionar a contento no controle de sistemas. 7 DE LORENZO Guia Seas! cLP 6 PROGRAMAGAO DO CLP 6-1. NORMA IEC 1131 A “International Electrotechnical Commission" (IEC) designa ao “Comité de Investigagao 65A” a definigdo de uma norma especifica referente aos Controladores Légicos Programaveis com 0 objetivo de responder a crescente complexidade dos sistemas de controle e a diversidade de controladores incompativeis entre si. Contendo: IEC 1131-1- Informagoes gerais (1992) IEC 1131-2- Especificagdes e ensaios de equipamentos (1992); IEC 1131-3- Linguagens de programagao (1993); IEC 1131-4- Recomendac6es ao usuério IEC 1131-5- Especificagées de servicos de mensagem. A norma define para todas as linguagens de programagao (LAD, list, grafcet...) basicamente a sintaxe e representagao grafica dos objetos, estrutura de programas e declaragdo de variaveis. Vantagens da norma IEC 1131-3 ¢ Diminuigao dos problemas de formagao; ¢ Homogeneidade na documentagao das aplicagées: estrutura de progra- mas idénticas, objetos pré definidos, etc. ; + Variedade de linguagens standard; + Cada fungao de uma aplicagdo pode ser programada na linguagem que melhor se adapte para assegurar o melhor resultado; + Facilidade para a portabilidade dos programas. + Linguagens normalizadas LADDER DIAGRAM (LD) - Linguagem (diagrama) de contatos; FUNCTION BLOCK DIAGRAM (FBD) - Esquema de blocos funcionais; INSTRUCTION LIST (IL) - Lista de instrugses; STRUCTURED TEXT (ST) - Texto estruturado; SEQUENTIAL FUNCTION CHART (SFC) - Diagrama Funcional de Sequéncias. DE LORE Guia WDE bens 29 oie 6-2. DIAGRAMA LADDER E uma representagéo que se assemelha muito com a tradicional notagéo de diagramas elétricos, E normalizada através da norma IEC1131. ou10.0 %90.0 BOTAO 1 FELE OL Exemplo de uma légica do diagrama Ladder. Ladder em inglés é escada tipo de mao, e como o diagrama da programacao assemelha-se a uma escada, esse nome foi adotado. Objetos linguagem Os objetos pré definidos deveram ter o nome e o tipo deciarado pelo programador € esto definidos praticamente em 3 zonas: Zona de meméria (%M); Zona de entradas (%!); Zona de saidas (%Q). Essas zonas podem ser declaradas através do software de programagao das seguintes maneiras: bits (X); bytes (B); words (W); double word (D); word long (L) de 64 bits. Seguem alguns exemplos dessas declaragées: Word da zona de entradas: %IW53; Word da zona meméria: %MW30; Bit da zona meméria: %MX41 ou %M41; Double word da zona meméria: %MD48; Tabela de 8 words: %MW4:8; Bit extraido de word: %MWO:X4; Bit da zona de saidas: %QX21 ou %021. DE LORENZO Guia . esi cue 6-3. LINGUAGENS DE PROGRAMAGAO. Abaixo esto desoritas as principals caracteristicas das principais linguagens de programagao: Ladder Diagram (LD) Elementos graficos organizados em linhas conectadas por barras de alimentagao; Forma grafica dos elementos imposta; Elementos utiizados - contatos , bobinas , fungdes , blocos funcionais; Elementos de controle de programa (salto , retum,...). Exemplo Function Block Diagram (FBD) Representagao de fungées por blocos ligados um a outro; Nenhuma conexao entre saidas de blocos de funcao; Formagao de uma rede: da saida de um bloco funcional a entrada de outro; Nome da rede definida a direita por *” PUN QO puro cH Instruction List (IL) Séries de instrugdes: cada uma deve comegar em uma nova linha; Uma instrugao = um operador + um ou mais operandos separados por virgulas; Nomes opcionais seguidos por * Comentario opcional deve formar o ultimo elemento de uma linha e ser definido entre (*); Blocos de fungao ligados por um operador especifico (CAL) utilizando entradas do bloco funcionando como operadores CLP Exemplo: LD BIX1 ANDN %MX5 sT %OX2 LD IW12 ADD 4 st %MWA41 Structured Text (ST) Sintaxe similar ao PASCAL, permitindo a descricgéo de estruturas algoritmicas complexas; ‘Sucesséo de enunciados para a destinagao de variaveis, o controle de fungées e blocos de fungao usando operadores, repeticdes, execugdes condicionais; Os enunciados devem terminar com *:”, Exemplo = WHILE J<=100 & X1<>X2 DO adt2; END_WHILE; ‘Sequential Function Chart (SFC) Descrever fungées de controle seqiencial; Responsavel pelo ponto de partida: a norma GRAFCET IEC 848; Etapas representadas graficamente por um bloco ou literalmente por uma construgao comum as linguagens IL e ST; Transigdes representadas graficamente por uma linha horizontal ou literalmente pela construgao; Condigdo de transigao em linguagem LD , FBD , IL ou ST; Agées associadas as etapas: variéveis booleanas ou um trecho de programa escrito em uma das cinco linguagens; Associagao entre agdes e etapas de forma gréfica ou literal; Propriedades (qualificagées) de a¢ao que permitem temporizar a acao, criar pulsos, de memorizar, ete. Exemplo vat Nor. FILL p | sTo_vAWvE [senor DE LORENZO As cLP Guia 7 APRESENTAGAO DO PRODUTO Este kit foi desenvolvido a fim de possibilitar a0 usuario um contato com varios recursos que CLP S7 1200 proporciona através de médulos de entradas e saidas. Para um melhor funcionamento, é sugerido que interligue as referéncias (GND) entre as fontes de 10VDC, 24VDC e a de alguma fonte externa, IMADO PEL 4 8 MODULO DE CLP Formado por um CLP da familia Siemens S7-1200, que abriga 0 programa aplicativo, verifica 0 estado das entradas e utilizando a ldgica interna, determina o momento e 08 tipos de atuadores que devem ser chamados a trabalhar; Um monitor colorido grafico (IHM) tipo Touch Screen que possibilita o acompanhamento dos processos que estdo se desenvolvendo; Um software para editoragao e parametrizacao para escrever o programa aplicativo e editora-lo O modulo de CLP é formado pelos seguintes componentes: 1X $7-1200 CPU 1214C DC/DC/DC, 1X STEP7 BASIC, SINGLE LIC., 1 XANALOG OUTPUT $81232, 1 AQ, 4X SIMULATOR MOD. SIM1274 8CH, 3X RU45 CABLE, LENGTH 6 M, 1X KTP600 BASIC COLOR PN 5,7”, 1X COMPACT SWITCH MODULE CSM 1277, DE LORENZO Guia sennsie 8-1. SWITCH ETHERNET (SIEMENS - COMPACT SWITCH MO- DULE CSM 1277) Para conetar 0 PC 0 CLP e 0 IHM é utilizado o switch ethernet industrial de varias camadas, com quatro portas RJ45 e alimentacéo 24VDC, modelo CSM 1277 da Siemens. O switch Ethernet (CSM 1277) interconeta 4 dispositivos no barramento Profinet (Ethernet Industrial) de 10/100 Mbit/s: 1-0 CLP $7-1200 2- O PC para editoragao do aplicativo 3- O monitor IHM de 5,7" a cores 4- Disponivel 8-2. CLP (SIEMENS - S7-1200 CPU 1214C DC/DC/DC) Este controlador (CLP), modelo S7-1200 da Siemens contem um processador, uma fonte de alimentacao, 0s circuitos de entrada e saida, controle bidirecional de acionamentos, entradas analégicas e o barramento Profinet (tipo Ethernet Industrial). Uma vez carregado 0 programa aplicativo 0 controlador esta apto a monitorar ¢ controlar os dispositives previstos no projeto. OCLP monitora as entradas e muda as saidas de acordo coma légica do programa aplicativo que pode incluir Idgica Booleana, contadores, temporizagéo, operacées matematicas complexas e comunicagao com os dispositivos inteligentes existentes. As caracteristicas do CLP (com a CPU 1214C) sao: Meméria de trabalho/retentiva: 75+10 Kbbytes Entradas digitais 24VDC:14 Saidas digitais 24VDC:10 Entradas analégicas DE 12 BITS: 0-10V E 0-20MA: 2 Placas de expansdo SM: 8 Placas de expansao SB/BB/CB:1 Expansdo disponiveis de cartdes de comunicagao tipo CM: 3 Contadores de alta velocidade: 6 (3 de 100KHz e 3 de 30 KHz) Porta Ethemet/Profinet: 4 Saidas pulsadas (com Placas SB):4 DELORENZO Guia LP © controlador $7- 1200 tem: Alta velocidade de /O com entradas analégicas (jé inclusas nele) e com capacidade de acionar motores Fungao PID com controle de 8 malhas Barramento Ethernet Industrial utilzando conector RU45 Entrada para médulo de expansao de sinal Entrada para placa simuladora de 8 chaves e permite adicionar (nao incluso), entre outros: Médulo de converséo PROFINET para PROFIBUS, Médulo de converséo PROFINET para AS-i e Can Open Médulo de conversdo PROFINET para I/O generico ( ET 200). Médulo Inversor de frequéncia com protocolo PROFINET EXPANSAO DE SAIDAANALOGICA (SIEMENS - ANALOG OUTPUT $81232, 1 AO) Este médulo de expansdo possui uma saida analégica: 0-10V (12 bits) e 0-20mA (11 bits) para ser conectada a CPU. MODULO IHM COLORIDO, GRAFICO COM TOUCH SCREEN (SIEMENS - KTP600 BASIC COLOR PN 5,7") Este IHM permite acompanhar o proceso graficamente. Ele tem tamanho de 5,7 polegadas TFT, colorido e compativel com o CLP, sendo conetado ao barramento Ethernet/Profinet através de sua porta RU45, DE LORENZO Guia i! I = CH} Este simulador permite similar até 8 posig6es de entradas para a CPU S7-1200 “STEP id iS - STEP: Este software, entre outros 6 utilizado para desenvolver 0 programa aplicatico da rede industrial, Com a sua vasta gama de fungées faceis de usar, o software STEP 7 aumenta significativamente a eficiéncia em todas as tarefas de automagao. Nao importa se é para a configuragéo de hardware, o estabelecimento de comunicagées, programagao, testes, comissionamento e fungdes de servio, documentagao e arquivamento e de diagnéstico, este software & uma referéncia neste campo, Mesmo a verséo bdsica do STEP 7 da um acesso facil a todo o potencial dos controladores da Siemens. O STEP 7 Professional abre ainda mais possibilidades gragas a uma grande variedade de editores de programas, enquanto a versao Basica fomece uma plataforma comum para a programagao do controladore $7-1200 e dos monitores HMI. Ele entrosa perfeitamente o SIMATIC 87 e SIMATIC WinAC facilitando 0 acesso a0 software controlador no Portal TIA, ao software de programacao STEP 7, as op¢des para programagdo e projeto, as opgdes para diagnéstico e servicos. Ele fornece fungdes convenientes para todas as fases de um projeto de automacao: Planejamento, configuragdo e parametrizagao de hardware e comunicagao. Criagao de um programa do usuario. Documentagao. Teste, partida e servigo. Controle de Processos. Arquivamento DE LORENZO Guia OF Eons cLP O STEP 7 utiliza o standard DIN EN 6.1131-3 reduzindo assim o tempo de familiarizagao e sendo baseado no Windows reduce o tempo de teinamento. Todos os dados de projeto (symbol tables, configuration data and parameter assignment data) sao armazenados em um database central e esto disponiveis para todas as ferramentas. Ele 6 orientado para aplicag6es e os programas s4o armazenados em ‘librarias” sendo possivel copia-los para 0 projeto sucessivo. As rotinas de diagnostico inclusas como ferramentas reduzem os tempos e custos de projeto. Guia CLP 9 FONTE Fontes de alimentagdo lineares de corrente continua contam com um transformador que reduz a entrada de corrente alternada para uma tensao mais baixa e também atua como uma barreira de seguranga para a saida de baixa tensao da entrada de CA. A corrente altemada de saida 6 entao convertida em baixa tensdo de saida CC, que é regulada na tenséo de saida necessaria. Esta tensdo se transforma em uma alta tenséo CC, sendo convertido em uma baixa tensao de seguranga com alta frequéncia. fonte de CC. 9-1. MODULO FONTE : Neste médulo esta disponibilizado 3 fontes de alimentagao independente com protegao contra inversao de polos e sobre corrente, tendo uma saida fixa de 12 VCC, uma saida fixa de 24 VCC e saida variavel de 0 a 24 VCC corrente de 1A. Sua alimentago & de 220 VCA. DELORENZO Guia ao eRasie cLP 9-2. MODULO DE PROTEGAO E ALIMENTAGAO : © painel de acionamento e protecdo é uma unidade projetada para comandar, monitorar e sinalizar 0 funcionamento do sistema, composto por protege por disjuntor e sinaleiro. Alimentagdo e saida de forga 220 VCA. DE LORENZO Guia et RA cup, 10 AMPERIMETRO © amperimetro é um instrumento utilizado para fazer a medida da intensidade no fluxo da corrente elétrica que passa através da sessdo transversal de um condutor. Aunidade usada é o Ampére. Como a corrente elétrica passa através dos condutores e dispositivos ligados a eles, para aferir a corrente que passa por alguma regido de algum circuito, deve-se colocar o amperimetro em série, sendo necessario abrir o circuito no local da medida Por isso, para as medig6es serem precisas, é esperado que o amperimetro tenha uma resisténcia muito pequena comparada as do circulto. 11 VOLTIMETRO © voltimetro é um aparelho que realiza medigées de tensao elétrica em um circuito. Ele exibe essas medigées, geralmente, por meio de um ponteiro mével ou um mostrador digital, de cristal liquido (LCD) por exemplo. Aunidade apresentada geralmente é 0 volt. Muitos voltimetros, na verdade, nao sao nada mais do que amperimetros com alta resisténcia interna. O projeto dos voltimetros é tal que, com sua alta resisténcia interna, introduzam o minimo de alteragdes no circuito que esta sendo monitorado. Assim como um amperimetro indica a corrente que passa por ele, um voltimetro indica a tenso entre seus terminais. Para aferir a diferenga de tensdo entre dois pontos de um circuito, convém colocar © voltimetro em paralelo com a segdo do circuito compreendida entre estes dois pontos Por isso, para as medigdes serem precisa, ¢ esperado que o voltimetro tenha uma resisténcia muito grande comparada as do circuito. DE LORENZO Guia J Somasie CLP. 41-1, MODULO DE MEDICAO DE SINAIS: Este médulo foi desenvolvido para permitir a medigao de sinais simultaneamente, uma das entradas é adequada para sinais de corrente (4 a 20 mA) e outra para sinais de tensdo (0 a 10 VCC). Sua alimentagao é de 24 VCC. 12 MOTOR DE PASSO © motor de passo 6 um dispositive eletromecanico que converte uma série de pulsos elétricos em deslocagées angulares discretos, o que significa é que é capaz de avangar uma série de graus (passos) dependendo de suas entradas de controle. © motor apresenta as vantagens de ter alta precisao e repetibilidade. Um motor de passo é um tipo de motor elétrico usado quando algo tem que ser posicionado muito precisamente ou rotacionado em um 4ngulo exato. Motores de passo ndo usam escovas ou comutadores e possuem um numero fixo de pélos magnéticos que determinam o numero de passos por resolugao. Guia DE LORENZO Controladores avangados de motores de passo podem utilizar modulacdo por largura de pulso para realizarem micropassos, obtendo uma maior resolugao de posigao © operago mais macia, em detrimento de outras caracteristicas. Os motores de passo sao clasificados pelo torque que produzem. Para atingir todo 0 seu torque, suas bobinas devem receber toda a corrente marcada durante cada passo. Os seus controladores devem possuir circuitos reguladores de corrente para poderem fazer isto. O controle computadorizado de motores de passo é uma das formas mais versateis de sistemas de posicionamento, particulamente quando digitalmente controlado como parte de um servo sistema. 12-1. MODULO DE MOTOR DE PASSO: Este médulo foi desenvolvido para o acionar e posicionar o motor , através de drive de 4 bits, com indicagao luminosa para cada bits acionado. Sua alimentagao é de 24 vec. DE LORENZO Guia Cofasial LP 43 INTRODUGAO SOBRE MOTOR DC Também conhecido como maquina de corrente continua, ele converte energia elétrica em mecdnica no uso como Motor, ou pode converter energia mecanica em energia elétrica no uso como gerador. © motor DC (Direct Current ou Corrente Continua — CC) é formado por duas estruturas principais, sendo eles o rotor e o estator. rotor, conhecido como armadura, é a parte girante do motor. Construido de um material ferromagnético € envolto em um enrolamento de armadura de alta poténcia, onde suporta uma alta corrente que passa no transporte da energia proveniente da fonte de energia. Nele é acoplado o anel comutador que gira junto com o mesmo. O Anel comutador é responsdvel pela inverséo do sentido da corrente no enrolamento do rotor. constituido por um material condutor, segmentado por um material isolante, fechando o circuito entre as bobinas do rotor e as escovas no momento adequado. O estator, conhecido como Campo ou Excitagao, € a parte estatica do motor. ‘Também é construido de um material ferromagnético, porém é envolto em enrolamento de baixa poténcia cuja fungao basica é produzir um campo magnético fixo para interagir com a armadura. Os motores DC so encontrados tanto com ou sem escovas, pedagos de carvao. Elas so responsaveis por conduzir a energia para 0 circuito do rotor. Os motores DC sem escovas, chamados de Brushless DC ou BLDC, possuem vantagens como uma confiabilidade mais elevada, um ruido reduzido, uma redugao total de interferéncia eletromagnética, uma vida ttl mais longa pela auséncia da escova ea eliminagao da ionizagao do comutador. Por ser assim mais eficiente, seu custo se torna mais elevado devido aos fatores de requererem dispositivos de alta poténcia na fabricago do controlado eletrénico de velocidade, e por muitos projetos necessitarem de trabalho manual no caso de fixagdo das bobinas do estator. Isto ndo ocorre nos motores com escovas por usarem enrolamentos que podem ser bobinados por m4quina tornando-os mais econémicos. DE LORENZO Guia LP Os motores sem escovas podem ser aplicados nas mesmas tarefas que os motores com escovas trabalham. Ao aplicarmos uma tenséo nos terminais do estator uma corrente elétrica ira circular em seu enrolamento produzindo um campo magnético no mesmo. Com isso, hé a intensificago dos pélos magnéticos — Norte e Sul — por toda a extensdo do estator. Com a circulagao da corrente também no ane! comutador, hé uma interagao entre 08 campos magnéticos do rotor e do estator. Com isso eles irao tentar se alinhar, 0 pélo norte de um dos campos ird se aproximar do pélo sul do outro, produzindo assim um torque no eixo girando-o por estar livre. Entao 0 anel comutador muda o sentido de aplicagao da tensao provocando uma alteragéo do sentido da corrente, isto é, ira mudar o sentido do campo magnético produzido e consequentemente o movimento do eixo da maquina. 13-1. ENCODER © Encoder é um sensor de movimento e de posicionamento. E utilizado quando se necessita de uma alta preciso. E encontrado largamente nas industrias e na drea de Robética. Através de um disco (mascara perfurada) intemamente do encoder, passa um feixe de luz infravermelha gerado por um emissor de um lado deste disco e captado por um receptor do outro lado do mesmo. Cada sinal enviado ao receptor € registrado e com apoio de um circuito eletronico este sinal 6 transformado em informagées binarias e trabalhado por um programa que ird gerar os resultados. Assim este resultado é interpretado tanto como posicionamento, distancia e ou velocidade. ‘840 encontrados Encoder: Linear e Rotativo, podendo ser eles Incrementais ou Absolutos. Encoder Incremental necesita de referéncia do ponto zero toda vez que o encoder DELORENZO Guia eSeRagi cLP 6 ligado para ter o resultado correto de posicionamento. Séo gerados dois pulsos quadrados defasados em 90° (canal A e canal B). A leitura de um canal fornece a velocidade, e a leitura de ambos fornece o sentido de movimento. Jd 0 Encoder Absoluto, por ter varios sensores combinados gera um cédigo binario. para cada posigao. Isto faz que nao haja a necessidade de referenciamento toda vez que 0 encoder é ligado, E utilizado quando se ha a precisdo da posigdo. 0 cédigo binario utiizado é o Cédigo Gray por ter em sua caracteristica a alteracao de apenas um bit por pulso, isto evita erros de leitura quando ha a alteragao de varios bits ao mesmo tempo como no caso de 7 (0111) para 8 (1000). 14 OPTOACOPLADOR um componente eletrénico bastante utilizado em estruturas onde se deseja um isolamento total de sinal entre a entrada e a saida. Em diversas aplicagdes o terra da entrada néoéomesmo terra da saida. Entéo, a necessidade de uso de optoacopladores. Circuito Integrado de um Optoacoplador 47 DE LORENZO cLP 14-1. MODULO DE MOTOR DC COM INCODER: Desenvolvido didaticamente, sua alimentacdo se da por uma tensao de 24 VCC, no médulo s4o encontrados um drive do motor e um encoder, o driver tem como entrada de sinal DC de 0 a 10 VDe, que por meio de PWM ird controlar a frequéncia de giro do motor entre 0 a 4800 RPM Para fins de teste, podera ser ligado o sinal do potenciémetro 4 entrada do driver para controlar o motor. Na ponta do eixo do motor é fixo um disco perfurado, ha entéo uma leitura de frequéncia de giro e apés um condicionador do sinal,ou seja Sensor Optico, a saida tem um sinal 4KHz. Este sinal podera ser lidos pelos contatores rapidos a fim de monitorar ou até mesmo controlar 0 motor, via programagao (Feedback). DELORENZO Guia cLP 15 MODULO DE CHAVE BCD E uma chave onde através de seus contatos gera uma combinagao de dados para a saida. Isto faz que o valor em decimal seja convertido em oédigo binario BCD 8421. O quarto bit mais significativo tem valor igual a 8, e o bit menos significative tem valor igual a 1, resultando em (8 + 4 + 2 + 1 = 18), Cada chave tem 10 posigées, isto 6, varia de 0a 9. RELE E um interruptor acionado eletricamente. Amovimentagao fisica deste interruptor ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé, criando assim um campo magnético que por sua vez atrai a alavanca responsavel pela mudanga do estado dos contatos. DE LORENZO Guia ae PASE cL ‘Seus contatos podem ser: C - Comum; NA~ Normal Aberto (NO — Normal Open); NF — Normal Fechado (NC — Normal Closed). O relé (relay) € constituido de eletroima, armadura de ferro mével; conjuntos de contatos, mola de rearme e terminais (Faston, Sockets, ou para PCI). 15-1. MODULO RELE: E um médulo constituido por 4 relés independent sua alimentagao se da por 24 VCC, suporta uma corrente de até 10 A adequado para clcp’s com saida NPN ou PNP. 15-2. CONVERSOR DIGITAL-ANALOGICO Esse circuito é utilizado quando necessitamos converter uma variével digital em analégica. A informagao digitalizada, geralmente, é codificada no cédigo BCD 8421 e € a DE LORENZO ee CLP partir deste que faremos a conversa para uma saida analdgica. Na saida analégica, teremos esta mesma informacéo em niveis de tenséo correspondentes ao valor bindrio, injetado na entrada. Esquematicamente temos: Entrada Digital Saida (Cod. BCD 8421), Analégica Be——] Conversor Digital = Analégica ou Vs *—_ Conversor D/A De—4 O circuito, apresentado a seguir, é 0 mais simples que efetua a conversao digital- analégica. Trata-se de um circuito que utiliza como componentes resistores e diodos apenas. Entrada Digital Salda Digital (Céd. BCD 8421) (Nivel de Tensao) R' Vs A 6 0 bit mais significativo, para entendermos o funcionamento do circuito, devemos lembrar que o nivel zero de tensao corresponde a zero volts, ou seja, equivale a ligarmos 0 ponto ao terra e o nivel 1 de tensdo corresponde a uma tensdo pré- determinada, geralmente igual a Vcc. Outra consideragao que devemos fazer é que R’, é 0 resistor no qual iremos ter a tensdo de saida, tera que ser muito menor que R. Se tivermos nivel 1 em Ae zero nas demais entradas (1000), a tensdo R’ sera: DE LORENZO ee Le 16 MODULO DIGITAL-ANALOGICO D/A: Aalimentagao do médulo € de 24 VCC, onde a entrada (BO a B3) 6 de 24 VDC & a saida sera convertida de 0 a 10 VDC ou 4 a 20 mA, essa comutagao pode ser feita através de chave comutadora. O range da saida sera de 0,666VDC a cada incremento dos bits (BO a B3 - valores de 0 a 15). 16-1. CONVERSOR ANALOGICO-DIGITAL © processo de conversao analégica-digital consiste, basicamente, em entrarmos com a informagao de forma analégica e recolhermos na saida essa mesma informagao de forma digital. © circuito que efetua essa conversdo 6 um pouco mais sofisticado que dos conversores digital-analégicos, pois necessita-se de um contador e um conversor digital-analégico para efetuar a conversao. Sua configuraao basica é esquematizada na figura: DELORENZO CLEAR ! b> | 8A 1 coKe—— | cx] CONTADOR K ' DE ' DECADA ' I lp |= eB P| 1 a Hex ! py ! r lb o-rec i = Hc« i “|__VR] CONVERSOR. r s DiA Hl ‘ E attep t \ eck 1 eet 1 | ' Entrada Analégica Saida Digital Aé obit mais significativo da saida. O circuito , basicamente, constituido por um contador de década que gera 0 cédigo BCD 8421 nas saidas A’, B’, C’ e D’. Essas saidas serao injetadas num conversor digital-analogico, fazendo com que este apresente na saida uma tensdo de referéncia. Esta por sua vez, é injetada em uma das entradas de um circuito comparador, montado a partir de um amplificador operacional, a outra entrada injetaremos o sinal analégico que queremos converter. A saida desse comparador geraré 0 clock dos flip-flops do circuito de saida e também acionard a entrada do clock do contador de década. © contador de década, que possui o funcionamento conhecido, executaré a contagem. A ligagao das saidas A’, B’, C’ e D' do contador nas entradas de um conversor digital-analogico, fara com que este transforme esta informagao digital em analégia. A tensdo de saida do conversor, que servird de referéncia para a compador. © comparador possui na sua entrada nao inversora, o sinal analégico @ ser Guia —— convertido (Ve), e na outra entrada o sinal de referéncia, fornecido circuito conversor digital-analégico (VR). ‘A comparagao desses sinais resultaré na saida do comparador, uma tensao de nivel zero (0), quando VR for maior que Ve e apresentara nivel um (1) quando VR for menor que Ve. A chave digital (porta E) tem em uma entrada o clock e na outra entrada a saida do comparador. Enquanto a saida do comparador estiver em nivel 1 (VR < Ve), a chave dara passagem ao pulso de clock que aciona as mudangas de estado do contador. Apartir do momento que a saida do comparador for para zero, essa chave bloqueara a passagem do clock, fazendo com que o contador permaneca no seu estado que sera, numericamente, igual 4 tensao de entrada analégica Asaida S do comparador também funciona como clock dos flip-flops tipo D, sendo que, no instante em que S passa de 1 para zero estes armazenarao a informacao contida nas saidas A’, B’, C’ e D’, que € o valor codificado de tensao analégica de entrada. As saidas desses flip-flops permenacerao nesse estado até que seja reiniciado © processo. Para reiniciarmos 0 processo de conversao basta aplicarmos um pulso de zero & entrada clear do contador. Isso faré com que este assuma estado zero, fazendo com que VR retome a zero, S volte a nivel 1 e por fim libere a passagem do clock do contador, reiniciando assim 0 proceso de conversao do novo valor de Ve. Uma das caracteristicas que deve ser previamente estudada, dependendo da aplicagao do circuito, é a sensibilidade, pois o circuito como foi apresentado arredondaré © valor analégico, resultando na saida apenas nuimeros inteiros. Quando a entrada analégica for um valor fracionério, esse valor sera arrendondado para o nlimero imediatamente superior, € na saida, teremos esse valor convertido em digital na forma do c6digo BCD 8421. Podemos perceber que dependendo do valor analégico de entrada, o erro de converséo serd elevado Um meio de solucionarmos esse problema, é 0 de trocamos o contador de década DE LORENZO CLP por 2 contadores, de forma a efetuar a contagem de 0 a 99. Isso fara com que na saida do conversor digital-analégico, a tensdio VR possua dez divisées em cada um de seus degraus de tensdo, obviamente isso fard com que o erro seja diminuido. Por exemplo com Ve = 1,2V, 0 contador de 0 a 99 ird parar a contagem no estado 12, dai podemos converter a saida do contador do algarismo mais significativo e, separadamente, a do algarismo menos significativo, gerando na saida: Podemos notar no exemplo, que a conversao apresenta mais um algarismo de precisdo. O circuito que efetua essa conversao é visto na figura a seguir. E se necessitarmos de mais algarismos de preciséo, basta alteramos 0 circuito, inserindo mais contadores de década e, consequentemente, mais 4 flip-fips de saida para cada algarismo. | J Bhan Poon ‘Alba poaLaariow wane Sighiscarno DE LORENZO Guia CLP 17 MODULO ANALOGICO - DIGITAL, AID : . A alimentago do médulo é de 24 VCC, onde a entrada de sinal analégico pode ser de tens4o ou corrente ( 0 210 VCC ou 4 a 20 mA), essa comutacao pode ser feita através de chave de comutacao, por ser um conversor de 4 bits, tem-se valores de 0 a5. Uma vez que a entrada deve ser de 10 VDC, o range é de 0,666VDC para o valor da saida, quando o bit for acionado (B0 a B3) este passa por um amplificador tendo na saida de seu borne 24VDC. DELORENZO Guia 18 LED LP Odiodo emissor de luz também é conhecido pela sigla em inglés LED (Light Emitting Diode), Sua funcionalidade basica é a emissao de luz em locais e instrumentos onde se torna mais conveniente a sua utilizagao no lugar de uma lampada Especialmente utilizado em produtos de microeletrénica como sinalizador de avisos, também pode ser encontrado em tamanho maior, como em alguns modelos de semaforos. OLED é um diodo semicondutor (jungao P-N) que quando é energizado emite luz. A luz nao é monocromatica (como em um laser), mas consiste de uma banda espectral relativamente estreita e é produzida pelas interagdes energéticas do eletron. © processo de emissdo de luz pela aplicagéo de uma fonte elétrica de energia é chamado eletroluminescéncia. Em qualquer jungao P-N polarizada diretamente, dentro da estrutura, proximo a junc, ocorrem recombinagées de lacunas e elétrons. Essa recombinagao exige que a energia possuida pelos elétrons seja liberada, o que ocorre na forma de calor ou fétons de luz. No silicio € no germanio, que s4o os elementos basicos dos diodos e transistores, entre outros componentes electrénicos, a maior parte da energia é liberada na forma de calor, sendo insignificante a luz emitida (devido a opacidade do material), e os componentes que trabalham com maior capacidade de corrente chegam a precisar de irradiadores de calor (dissipadores) para ajudar na manutengo dessa temperatura em um patamar toleravel DE LORENZO Guia LP 419 MODULO DE LED: Médulo desenvolvido, didaticamente para indicagao luminosa de sinal de saida digital de oito bits, na cor vermelha, adequado para CLP,s com saidas NPN ou PNP, devendo ser usado somente para tensdo de 24 VDC. DE LORENZO _Gula oo BRASIL cup 20 POTENCIOMETRO. © potencidmetro é um componente eletronico que possui resisténcia elétrica ajustavel, Geralmente, é um resistor de trés terminais onde a conexao central é deslizante e manipulavel. Se todos os trés terminais sao usados, ele atua como um divisor de tensao. Existem comercialmente, potenciémetros confeccionados com substrato em fio ¢ carvao condutivo, a depender da corrente elétrica que circula nestes. Ha potenciémetros cujo giro é de 270 graus e outros de maior precisdo chamados multivoltas. Em relagdo a curva de resposta em fungao do Angulo de giro do eixo, existem dois tipos de potenciémetros, os lineares (sufixo B ao final do cédigo) e os logaritmicos (sufixo A ao final do cédigo comercial do valor). Os potenciémetros lineares possuem curva de variagdo de resisténcia constante (linear) em relagao ao angulo de giro do eixo. Os potenciémetros logaritmicos, por sua vez, apresentam uma variagao de resisténcia ao Angulo de giro do eixo mais adaptada a curva de resposta de audibilidade do ouvide humano. Considerando um aparelho de som, os potenciometros lineares séo recomendados para uso em controle de tonalidade (graves, médios e agudos) ja os logaritmicos sao mais recomendados para controles de volume. DE LORENZO Guia ee SE LP 20-1. MODULO DE POTENCIOMETRO: Desenvolvido, com o intuito de variar tenso e corrente, utilizando potenciémetro de 10 K linear, para nos auxiliar nos programas de sinais analégicos de entrada ou sada do CLP. s DELORENZO Guia DE Domai =O gp 21 MODULOS DE MICRO CHAVES. Uma micro chave, ou do inglés microswitch, € um termo genético usado para referir-se a um comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma forca fisica Os chaves no kit, foram desenvol entradas, digitais e so composta por: ladas em blocos para simulagao de sinal de 1 Médulo formado por oito chaves de contato momentanio NA/NF. ‘1 Médulo composto por quatro chaves de alavanca pulsadora e mais quatro chave de retengao todas com contatos NA/NF. DELORENZO Guia cP, 22 SIMULADOR DE PROCESSO INDUSTRIAL : © modulo 6 constituido de uma estrutura de aluminio que acomoda dois reservatorios de 20 Iitros interligados por uma bomba hidraulica e equipamentos com sensores e valvulas. Possibilita a execugao de experimentos, envolvendo variaveis digitais e analégicas € simulagao de controle de processos industriais envolvendo as variéveis de press4o, temperatura, nivel e vazao. Sua alimentagao é de 220 VCA. DE LORENZO Guia DE Ee Denasi SO 22-1. TANQUE SUPERIOR Possui duas béias para controle de nivel, um sensor de pressao e uma valvula de dreno assistida por uma bomba d’agua. 22-2. TANQUE INFERIOR Possui duas boias para controle de nivel, um sensor de temperatura, uma resisténcia de aquecimento, um medidor de temperatura e uma bomba d’agua.

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