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A RAÇA HUMANA – ORIGEM, QUEDA E REDENÇÃO

Domingo, 23 de fevereiro de 2020


O INICIO DA CIVILIZAÇÃO HUMANA

INTRODUÇÃO DA LIÇÃO

Nesta lição, conceituaremos a origem da civilização humana, fundamentados na visão bíblica. Aprenderemos as
principais características que marcaram a primeira civilização. Por fim, demonstraremos que Deus intervém na história
humana. Desse modo, cumpriremos o objetivo geral de nossa lição que é “Esclarecer que Deus intervém na civilização
humana”.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 Texto áureo_ “E ele edificou uma cidade”. Obstinado no pecado e duro de coração, Caim corta seus laços com o
Criador saindo de diante de sua face e indo morar na terra de Nobe (Gn 4.16). (1) Ele edificou uma cidade em
sinal da sua permanente separação da comunhão com Deus, à qual ele jamais pensaria em retornar. (2) Esta
cidade estava destinada a ser o quartel general da apostasia. (3) Caim escolheu um assentamento neste mundo,
como seu descanso eterno. No entanto, os servos de Deus, caminham neste mundo como estrangeiros, esperando
e almejando a cidade de Deus, não feita por mãos de homens, (Hb 11.9-10,13).
 Verdade prática_ A verdade prática apresenta a vontade de Deus revelada ao ser humano na forma de
imperativos que devem ser observados e praticados pelo homem. (1) Povoar a terra. Essa missão pode ser
traduzida como criar famílias, igrejas, escolas, nações, etc. (2) Dominar os segredos da criação. Todos os dias
novas descobertas tornam--se conhecidas dos homens. Tomando o campo da ciência como exemplo, percebemos
que doenças antes consideradas sem cura e sem tratamento, hoje, são completamente curáveis ou tratadas por
medicamentos. Há muitas coisas que existem, mas não foram descobertas pelos homens; Deus nos chama a
explorar, pesquisar e dominar os mistérios da criação. (3) Uma sociedade que glorifica a Deus. Um dos objetivos
primários pelos quais Deus queira que toda a terra fosse povoada, era que em todos os lugares, suas criaturas,
criadas a sua imagem e semelhança, proclamassem sua glória, sabedoria e misericórdia.
 Ponto central_ O salmista entoa “Feliz é a nação cujo o Deus é o Senhor (Sl 33.12)”. Histórica e biblicamente, todas
as vezes em que os governadores do povo se voltavam para Deus, a nação sempre desfrutava de vitória sobre os
inimigos, paz prolongada, prosperidade econômica, espiritualidade salutar e justiça sem partido. O contrário
também era e continua sendo verdadeiro; as consequências de uma nação sem Deus, são: Violência crescente,
imoralidade desenfreada, idolatria, injustiça e corrupção.

ASSUNTOS SÉCUNDÁRIOS E PERIFÉRICOS

 Quem foi a esposa de Caim? Caim provavelmente casou-se com uma de suas irmãs ou primas (Gn 1.28; 5.4).
Levando em conta que a bíblia se detém apenas na genealogia de Caim e Sete.
 O que era a marca colocada pelo Senhor em Caim? Existem muitas especulações, porém, saberemos apenas
com certeza, quando estivermos no céu com nosso Senhor (Dt 29.29).

Conceitos

 O que é civilização? O termo “civilização” vem do latim civis, “cidadão”. Originou-se na França, tendo sido
usado pela primeira vez 1756. O termo envolve, de modo geral, a ideia de progresso do homem desde as formas
primitivas até as formas aprimoradas.
I – A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA

1.1 Como ponto de partida para estudarmos as particularidades de cada tópico de nossa lição, iniciamos esse
ponto enfatizando a diferença entre a civilização humana e a civilização celeste. (1) A civilização humana, está sujeita as
consequências do pecado e é geralmente marcada pela maldade, desobediência, dureza de coração, idolatria e
imoralidade. Nisso, percebe-se claramente a necessidade do evangelho como antidoto para essa sociedade doente com o
contagioso vírus do pecado. (2) A civilização celeste, é marcada, em primeiro lugar, pela adoração, pois nos céus o louvor
é constante (Is 6.3; Ap 4.8-11), e aqueles vivem aqui como peregrinos, mas têm uma cidadania divina, vivem em
constante adoração (Jo 4. 23). Em segundo lugar, pela comunhão perfeita dos santos; “somos um só corpo em Cristo (Rm

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12.5)”. A terceira marca é o conhecimento de Deus, porquanto sobre isso, escreveu o apóstolo Paulo “Conhecerei assim
como sou conhecido (1 Co 13.12).

1.2 É importante afirmar que no princípio (Gn 2.24), o Senhor celebrou o primeiro casamento, como também,
estabeleceu suas diretrizes. O casamento deve ser heterossexual, monogâmico e indissolúvel, portanto, com essas
premissas o Criador estava assentando a pedra fundamental da família, sociedade e do Estado. O casamento é diferente da
união amigável, porquanto a união amigável é considerada biblicamente como fornicação, isto é, sexo entre pessoas
solteiras.

1.3 O trabalho nunca foi uma consequência do pecado (Gn 2.15), porém o enfado, cansaço, improdutividade e a
escravidão são consequências da desobediência de Adão (Gn 3.17-19). Mesmo em decorrência de todos os agravantes
relativos a queda, o homem deve trabalhar para o mantimento de sua família e para provisão das necessidades do lar. Os
crentes devem trabalhar com empenho e fidelidade (Ef 5.6) em seus empregos e profissões seculares para glória de Deus.
Entretanto, não podem esquecerem do trabalho espiritual, pois é uma ordenança divina. Muitos cristãos só querem laborar
no âmbito material, certa vez Jesus disse “ grande é a ceara e poucos são os ceifeiros (Mt 9.37)”.

II – CIVILIZAÇÃO E CONFLITO

2.1 A primeira civilização foi marcada por características que podem ser divididas em gerais e especificas. Em
termos gerais, a primeira civilização compartilha com todas as gerações a propagação do pecado, como a mentira, inveja,
desordem social, poligamia e homicídios. Nas questões especificas e singulares, desfrutavam de (1) fatura de pão (Mt
24.38-39). (2) Saúde perfeita, pois a vida era contada em séculos e não em anos, tendo vivido os homens daquela geração
quase 1mil anos (Gn 5.27). (3) Uma beleza perfeita, conforme aponta o pastor Claudionor de Andrade em “Gêneses 6.2”.

2.2 O relato dos capítulos 5 e 6, de Gênesis se refere à linhagem familiar de Adão, mais particularmente à
geração de Sete. Essa genealogia, faz um contraste com a linhagem de Caim descrita no capítulo anterior (Gn 4. 17-
24). Neste contraste há a presença de dois “Lameques”, um no capítulo 4 (vv.28-31) e outro no capítulo 5 (vv.28-31).
Qual a diferença entre esses dois “Lameques”? (1) O Lameque descendente de Caim, trata-se de um homem violento e
odioso que louvava a impiedade. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração. (2) O Lameque descendente de
Sete buscava a face do Senhor e tinha uma espeça soteriológica e escatológica, de que um dia, Deus removeria a
maldição da terra dando descanso aos homens dos trabalhos de suas mãos.

2.3 Os homens da primeira civilização nada tinham que haver com a descrição da posição histórica-secular, a
qual infelizmente é vista com as lentes embasadas do evolucionismo. O homem primitivo não era um ser débil,
animalesco e estupido. A bíblia apresenta uma geração extremamente inteligente, pois os descendentes de Caim,
tinham talentos e vocações para dominarem a arte, música, agropecuária, imobiliária, construção civil e a metalúrgica.
O renomado professor Adalto Lourenço diz que “O homem dos dias atuais, passa em média 5 anos cursando uma faculdade e
pratica esse conhecimento por cerca de 35 anos. No mundo existem cerca de 120 curso universitários distintos, com uma média de
5 anos de duração cada. Se o homem moderno vivesse 900 anos, assim como viveram os homens da primeira civilização, em 600
anos estudaríamos todos os cursos existentes no mundo e ainda sobrariam mais ou menos 300 anos para colocarmos em prática
todo conhecimento adquirido”. Aquela primeira civilização, era realmente extraordinária, no entanto, usaram seus dons
para promoverem o pecado.

III – O DEUS QUE INTERVÉM NA CIVILIZAÇÃO

3.1 Intervir significa_ Participar, Tomar parte, Modificar, Torna-se mediador. Quando falamos que Deus intervém
em alguma situação, fica claro que ele tem o direto de intervir, pois ele é Deus, Senhor e Criador de tudo. Sua autoridade,
sabedoria e soberania se manifestam através de suas ações na linha do tempo da história humana (1 Sm 2.6-10; Dn 2.21).

3.2 Deus participa ativamente da história biográfica de cada homem, como também da história geral da
humanidade. O Senhor tomou parte em algumas situações em determinados momentos da história, por exemplo: “Nesta
batalha não tereis que pelejar (2 Cr 20.17).” Às vezes, Deus modifica os planos dos homens como aconteceu no episódio
da torre de Babel (Gn 11.7-9), do Senhor vem a última palavra final (Pv 16.1). Por fim, temos Jesus, o nosso mediador (1
Tm 2.5) o qual nos abriu um novo e vivo caminho nos levando por meio de sua mediação, isto é, seu sacrifício expiatório,
ao reino de seu amor, pois antes andávamos em trevas, mas graças à intervenção Divina, agora andamos na luz.

CONCLUSÃO

Agradecemos a Deus por este momento em que desfrutamos de sua palavra. Portanto, concluiremos nosso estudo
enumerando algumas verdades que aprendemos com a lição de hoje. Em primeiro lugar, a posição bíblica é totalmente
contraria a manca visão histórica evolucionista. Em segundo lugar, a primeira civilização foi marcada por muitos

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pecados sucumbindo, então, no dilúvio. Em terceiro lugar, Deus intervém na história humana demonstrando sua
autoridade, sabedoria e soberania. Desejo a todos uma ótima aula. Paz do Senhor Jesus.

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