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Assim, não existe dúvida que a pessoa física do médico ou a pessoa jurídica do
hospital ou da clínica, autorizados a realizar procedimentos médicos, configuram
prestadores de serviços para o Código de Defesa do Consumidor.
A medicina impõe, em regra, uma obrigação de meio, não sendo possível exigir do
médico uma obrigação de resultado (sucesso do tratamento), ressalvadas as
hipóteses de cirurgias plásticas de natureza exclusivamente estética, conforme
entende o Superior Tribunal de Justiça:
Por fim, cumpre mencionar que STJ já definiu que o médico possui o dever anexo
decorrente da boa-fé objetiva de informação ao paciente (artigo 6º, III do CDC) sobre
os riscos do tratamento, suas vantagens e desvantagens, técnicas a serem
empregadas, prognósticos e quadros clínicos e cirúrgicos, salvo quando esta
informação puder afetá-lo psicologicamente (situação em que a informação deve ser
repassada ao representante legal). O dever é baseado também no princípio da
autonomia da vontade (autodeterminação) e no direito ao consentimento livre e
informado do paciente.
O STJ entende que a informação genérica (blanket consent) não supre o dever de
informação, que deve ser individualizado e que a violação caracteriza
inadimplemento contratual, sendo fonte de responsabilidade civil de per se. A
indenização, nesses casos, é devida pela privação sofrida pelo paciente em sua
autodeterminação, por lhe ter sido retirada a oportunidade de ponderar os riscos e
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