RESTITUIÇÃO DO

ICMS NA CONTA
DE ENERGIA
ELÉTRICA

"O intuito é informar uma incrível possibilidade da diminuição

da conta de energia elétrica. Quem não deseja se livrar de vez
dos encargos tributários que apenas sugam as finanças e não
garantem nenhum retorno adequado?"

ESTHÉFANE FARIAS
SUMÁRIO
02. UMA OPORTUNIDADE PARA ECONOMIZAR

03. RESTITUIÇÃO DO ICMS NA ENERGIA ELÉTRICA

05. QUEM PODE RECUPERAR

07. ESPECIFICAÇÕES
07. Restituição dos valores pagos nos 5 anos anteriores
07. Correção dos valores para as cobranças futuras

08. SUSPENSÃO DOS PROCESSOS E POR QUE ISSO É BOM

09. APRENDENDO A IDENTIFICAR NA SUA FATURA

10. PERGUNTAS E RESPOSTAS
11. CONCLUSÃO
12. QUEM SOMOS
13. DEPOIMENTOS
 1. UMA OPORTUNIDADE PARA
ECONOMIZAR!

Não há dúvida que o país está Se o leitor fizer uma pesquisa rápida
enfrentando um momento na internet, verá que há vários
delicado, principalmente em seu sites, blogs, artigos, reportagens
aspecto econômico.   A dívida anunciando essa oportunidade.
pública atingiu enormes Então, não se trata de uma
patamares, aumentando “aventura jurídica” para conseguir
consequentemente a carga uma renda extra. É algo legal,
tributária e elevando o preço de possível e que muitas pessoas já
produtos e serviços. No fim das conseguiram.
contas, quem arca tudo isso sou eu
e você, meros cidadãos. A energia elétrica é um setor
estratégico na qual muitos estados
Diante disso, toda espécie de utilizam para ampliar sua
economia é bem-vinda e é por essa arrecadação, por isso não é raro o
razão que escolhi editar este mini aumento do ICMS (Imposto sobre
e-book para informar uma incrível Operações relativas à Circulação de
possibilidade de diminuir sua conta Mercadorias e Prestação de
de energia elétrica em até 15% e Serviços de Transporte
ainda requerer a restituição dos Interestadual e Intermunicipal e de
valores pagos a maior nos últimos 5 Comunicação) incidente sobre essa
anos. mercadoria, fazendo com que o
valor da sua conta mensal seja
Ou seja, além de economizar nas superior ao valor justo. 
futuras cobranças, também é
possível receber valores para A seguir, vou explicar sobre a
incrementar sua renda. transmissão e a distribuição da
energia elétrica e porque o modo
Isso acontece porque atualmente a que ocorre a cobrança do ICMS é
forma como a cobrança ocorre é indevido.
considerada ilegal por muitos
tribunais do país. Boa leitura!

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2. RESTITUIÇÃO DO ICMS
NA ENERGIA ELÉTRICA

Vamos começar esclarecendo uma coisa: a

energia elétrica, para fins legais, é
considerada como mercadoria e não
serviço, por isso há a incidência do ICMS.

Para que o produto chegue até ao seu

destinatário final, ela passa por
procedimento próprio. Primeiro ela é
formada nas usinas pelos geradores e
depois transmitida através de cabos aéreos
envolvidos por camadas isolantes fixados
em grandes torres de metal. Esse conjunto
de cabos e torres é chamado de rede de
transmissão. No percurso, a eletricidade
passa por várias subestações responsáveis
por diminuir a tensão elétrica para
posteriormente ser distribuída aos
consumidores.

Observa-se que há 2 etapas: a transmissão

e a distribuição. Apesar de serem
expressões sinônimas, não se confundem.
A transmissão é o ato de envio da
eletricidade das usinas até as
concessionárias distribuidoras. Nesse
momento, acontece a repartição da energia
para os consumidores (distribuição).

Em cada uma desses procedimentos há a

cobrança de tarifas, que são: Tust (Tarifa
de Utilização de Serviços de Transmissão)
e a Tusd (Tarifa de Utilização de Serviços
de Distribuição).

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Contudo, o erro está na inclusão
dessas tarifas na base de cálculo do
ICMS, fazendo com que o valor dado
seja maior que o devido. Ora, a
cobrança das tarifas é correta,
porém elas não se confundem com a
mercadoria em si, que é a energia
elétrica. Logo não devem ser
contabilizadas no montante do
imposto. Os valores das tarifas
estão sendo incluídas no cálculo do
ICMS e isso é ilegal.
Sobre isso, o STJ editou a Súmula
391 que diz:
“O ICMS incide sobre o valor da
tarifa de energia elétrica
correspondente à demanda de
potência efetivamente utilizada”.
Infelizmente essa ilegalidade
ocorre em todos os estados da
federação, pois eles alegam que
essa prática é fundamentada nos
Convênios ICMS 147/2004 e 95/2005,
porém não há qualquer permissão
constitucional ou
infraconstitucional nesse sentido.
É por essa questão que muitas
empresas e pessoas físicas estão
recorrendo ao judiciário para
reaver os valores pagos a maior.
Ao ingressar com a ação, é possível
ser restituído pelos últimos 5 anos
em que recolheu a mais.

Isso quer dizer que o tributo deve

recair sobre a energia consumida e
não sobre a contratada.

Entenda, o fato gerador do ICMS

ocorre quando há a transferência
efetiva da propriedade da
mercadoria, não bastando para
tanto seu simples deslocamento. Ou
seja, na fase de transmissão e
distribuição da energia elétrica (que
é o simples deslocamento da
mercadoria), a hipótese de
incidência do imposto não acontece.
Sendo assim, porque se deve
tributá-las?

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 3. QUEM PODE RECUPERAR
Todos os consumidores de energia
elétrica tem direito a requer a
restituição do ICMS incidênte,
desde comprovem seus respectivos
pagamentos. Então, tanto pessoas
físicas, quanto pessoas jurídicas
possuem o direito de atuar como
polo ativo na demanda judicial
para requerer o ressarcimento dos
valores.
No entanto, importante frisar que,
dentre as ações de recuperação de
tributos existentes, ela possui uma
característica que representa uma
oportunidade única para o classificados em: direito e indireto.
contribuinte interessado.
Explico.
Todos os consumidores de energia
elétrica pagam ICMS, não porque
são contribuintes de direito, mas
porque as concessionárias incluem
o imposto no valor da mercadoria e
quem arca com ônus econômico
são os consumidores finais (ou
contribuintes de fato).
Ou seja, os consumidores da
energia elétrica pagam o ICMS,
mas quem são os verdadeiros
contribuintes de direito são as
concessionárias.
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Pergunta-se:
“Se o contribuinte de direito do
ICMS na energia elétrica é a
concessionária, então por que
quem paga sou eu, mero
consumidor?”
Responda-se:
Porque o ICMS é tributo
INDIRETO.
No estudo do direito tributário, os
tributos (também) podem ser
 Os tributos direitos são aqueles em
que o sujeito que pratica o fato
gerador é o mesmo que arca com o
ônus econômico, ou seja, tanto
quem pratica o ato descrito na lei
tributária, como quem paga, se
trata da mesma pessoa. É o caso,
por exemplo, do IPVA. O indivíduo
que praticou o fato gerador
(adquirir o veículo) será o mesmo
responsável pelo seu pagamento.
Já os tributos indiretos são
caracterizados pela possibilidade
do contribuinte
de direito repassar o valor do tributo Sua função é apenas “meter a
para o consumidor final. mão no bolso”.

Observe que o elemento que Em termos práticos, sempre o

distingue um do outro é a
“repercussão tributária”, que é a
transferência do encargo econômico
de um para outrem. No caso do ICMS
energia elétrica, a concessionária
repassa o valor do imposto para os
consumidores, embutindo-o no
preço da mercadoria. A mesma coisa
acontece quando adquirimos
produtos do supermercado, lojas,
etc.
“Esse fenômeno somente acontece
com o ICMS?”
Não, também podemos citar o IPI,
PIS e COFINS como tributos
indiretos.
Essa realidade nos permite concluir
que há 2 tipos de contribuintes,
quais sejam: o contribuinte de
direito e o contribuinte de fato.
contribuinte de direito repassará
o encargo econômico para o
contribuinte de fato.
Essa distinção é importante
quando se pretende buscar o
ressarcimento de algum tributo
pago indevidamente.
Em regra, o contribuinte de fato
não pode pleitear Ação de
Restituição, pois ele não tem
relação jurídica tributária com o
fisco.  A única exceção aceita pela
jurisprudência é a quando se
tratar da restituição do ICMS na
energia elétrica.
Como eu disse, excelente
oportunidade!

O contribuinte de direito é aquele

apontado pela lei como o praticante
do fato gerador, ou seja, aquele que
pratica o ato descrito em lei, criando
a relação jurídica entre o sujeito e o
fisco.

O contribuinte de fato é o último da

cadeia de produção, o consumidor
final. Ele que paga os tributos,
mesmo sem ter relação jurídica com
o fisco.

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4. ESPECIFICAÇÕES

A Ação Judicial de Restituição apresenta duas vertentes:

a)Restituição dos valores pagos nos 5 anos anteriores:

Se acolhido o pedido, o contribuinte terá o direito de receber os

valores pagos a maior nos últimos 5 anos, o que corresponde a 60
faturas.   Essa é uma grande oportunidade para os contribuintes
em geral aumentar sua renda.

b)Correção dos valores para as cobranças futuras

Além do ressarcimento, o contribuinte também tem direito de

obter a correção das cobranças futuras, pagando valor menor.
Consequentemente, este irá economizar sempre que efetuar o
pagamento do tributo, vez que terá seu valor diminuído.

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5. SUSPENSÃO DOS PROCESSOS E POR
QUE ISSO É BOM

Devido à quantidade de ingressos requerendo a restituição do ICMS na

energia elétrica na via judicial, em certos estados da federação, o
poder judiciário (em alguns casos em cumplicidade com o governo
estadual) começou a indeferir os pedidos.

Dessa forma, para pacificar o tema, o STJ suspendeu todos os

processos que versem sobre a matéria, em cede se afetação. Assim,
todos os processos estão aguardando o julgamento definitivo da Corte,
sendo esse o lado negativo (pois o seu julgamento está sem previsão).

O lado bom é que a suspensão impede a análise dos tribunais

estaduais, impossibilitando seu indeferimento.

Hoje, cabe ao Ministro Hermann Benjamin, o relator dos EREsp

1163020/RS, REsp 1699851/TO e REsp 1692023/MT (os recursos afetados
que versem sobre a matéria), a decisão sobre a incidência ou não das
tarifas no cálculo do imposto de uma vez por todas.

Cumpre mencionar que, ao analisar antigas decisões sobre o mesmo

assunto, seu posicionamento foi favorável ao contribuinte, gerando
boas expectativas sobre seu deferimento.

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 06. APRENDENDO A IDENTIFICAR NA
SUA FATURA
Agora que você entendeu a teoria, aqui vou te falar algumas dicas
práticas. É bom esclarecer que a concessionária de energia elétrica
tem a liberdade de decidir como apresentar a composição do consumo,
ficando a cargo do contribuinte identificá-la. Ou seja, não é
obrigatório que a concessionária indique todas as informações
necessárias de forma clara na conta de energia e por isso, às vezes é
preciso que o interessado busque por si mesmo.   No entanto, na
maioria dos casos é possível identificar todos os dados importantes
para o ingresso na ação.

Abaixo irei explicar como detectar tudo que for fundamental. Vou
utilizar, para tanto, o modelo da fatura da empresa da região
“CEMAR” (atualmente chamada de “Equatorial Energia”), tanto a
primeira como a segunda via.

Perceba que as informações que nos interessam estão tituladas de

“transmissão” e “distribuição” · São esses valores que serão
considerados para o cálculo da restituição.

1ª via do talão de energia elétrica CEMAR

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 7. PERGUNTAS E RESPOSTAS

a) Como eu faço para conseguir as faturas dos últimos 5 anos?

O titular da unidade consumidora pode se dirigir até a concessionária de

energia elétrica, munido de todas as suas documentações pessoais e
fazer o requerimento administrativo das últimas 60 contas
(correspondente aos últimos 5 anos). A concessionária da região
“CEMAR”, costuma enviar por tudo e-mail em até 30 dias. Algumas
informações também são disponibilizadas pelo site da mesma, bastando
que o interessado realize seu cadastro.

b)Moro de aluguel, mas sou eu que pago a conta de energia.

Posso entrar com a ação?

O locatário que deseja ingressar com ação deve comprovar que arca os
custos do consumo da energia elétrica. Para tanto, é aconselhável juntar
ao processo a cópia do contrato de locação e uma autorização por escrito
do locador.

c) Quem tem a maior probabilidade de receber quantias

vultosas?

Quanto maior o consumo, maior a possibilidade de se obter consideráveis

quantias. Vai de pessoa física até pessoas jurídicas que utilizam grande
parte da energia elétrica para desempenhar suas funções. Por exemplo:
supermercados, academias, frigoríficos, padarias, etc.

d) A ação é contra a concessionária?

Apesar da documentação está em mãos da concessionária, a ação será

ajuizada contra o Estado, ou seja, o ente público responsável pelo
recolhimento do imposto em questão.

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 11. CONCLUSÃO

Não há dúvidas que a presente tese gera bastante expectativa para

quem optar pelo seu ingresso. Sabemos que muitos contribuintes são
alvos da má política de arrecadação, mas essa é uma excelente
oportunidade para impulsionar os negócios e economizar.

O intuito é informar uma incrível possibilidade da diminuição da conta

de energia elétrica. Quem não deseja se livrar de vez dos encargos
tributários que apenas sugam as finanças e não garantem nenhum
retorno adequado?

Através desse mini e-book, assumimos esse compromisso com todos

os contribuintes lesados, mostrando tanto os aspectos positivos,
quantos os negativos da solução apresentada.

Espero que eu tenha ajudado você a entender o tema e quem sabe,

buscar seus direitos.

Se você chegou até aqui, meu muito obrigada!

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 12. QUEM SOMOS

Esthéfane Farias
Advogada especialista em Direito
Tributário; Atuação no contencioso e
preventivo;
Articulista; escreve artigos periódicos
nos sites: JusBrasil e BrDireito
OAB/MA n° 19.106
E-mail: farias.advtributaria@gmail.com
@esthefanefarias

Deliane Coelho
Advogada;
Conciliadora do Tribunal do Consumidor;
Atuação em Direito Civil, Consumidor e
Previdenciário;
OAB/MA n° 19.101

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13. DEPOIMENTOS

"Tive a oportunidade de conhecer a jovem

advogada Esthéfane Farias. A partir do nosso
contato eu venho acompanhando seu crescimento
e evolução. Embora eu diga jovem advogada, a
Drª Esthéfane Farias impressiona pela seriedade e
determinação. Penso ser ela vocacionada para a
profissão que atua, e antenada, está em processo
contínuo de estudo e evolução na área que ela
escolheu, qual seja, a área empresarial e tributária.
Mas a Drª Esthéfane Farias sempre pode nos
surpreender quando a vejo, por exemplo,
buscando atuar em outras áreas voltadas para os
direitos do cidadão. Ligada nas novas tecnologias,
busca levar seu conhecimento e seu estudo
através de programas de entrevistas e também
usando de forma eficiente as redes sociais,
entretanto sempre atenta ao nosso rígido Código
de Ética, ao qual também estou vinculado. Falar
sobre a Dr.ª Esthéfane Farias é para mim motivo
para elogio, elogio e elogio."

Dr. Artur Rocha

Advogado e professor da UFMA lotado no
curso de Direito CCSST

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"Sinto-me afortunado de dar um depoimento tão sincero a
respeito das postagens da Drª Esthéfane. Ela tem postado
assuntos relevantes de uma forma bem clara e objetiva
que facilita ao leitor o entendimento claro, preciso de
assuntos bem atuais. Meus parabéns, Drª Esthéfane! Pois
Deus tem lhe dado esse dom, esse potencial de colocar
assuntos interessantes de forma esclarecedora."
Dr. Ezequiel II
Advogado

"Considero super relevante acompanhar as

postagens da Drª Esthéfane Farias, pois nos
atualizam sobre novas alterações em vários
ramos da legislação brasileira, bem como,
informam, tiram dúvidas e até ensinam de forma
resumida sobre questões do cotidiano que
podem trazer benefícios ao cidadão"

Reginaldo Jansen
Vereador do Município de Coroatá

"Eu gosto de acompanhar o

conteúdo da Drª Esthéfane, pois
tem uma abordagem mais direta e
simples, de uma maneira fácil de
entender para as pessoas que não
estão inclusas no meio jurídico"
Seguidor 01
"Vida inteligente no instagram"
Seguidor 02

"Gosto muito de acompanhar as postagens da

Drª. Esthéfane, não só porque sou da área,
mas principalmente porque me ajuda com
questões que muitas das vezes eu não tinha
muito conhecimento. Por exemplo, a
restituição do ICMS da conta de luz. Continue
com esse bom trabalho!"
Amiga e seguidora

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