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Roteiro para dimensionamento pelo limite de queda de tensão
A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores dos circuitos de
uma instalação deve estar dentro de determinados limites máximos, a fim de não prejudicar o
funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos terminais.
Uma tensão inferior ao valor nominal pode provocar redução de iluminância em circuitos de
iluminação, redução de torque ou impossibilidade de partida de motores além de poder reduzir a vida
útil dos equipamentos.
A faixa I do anexo A fixa os valores limites de 50V, em CA, e de 120V, em CC, correspondendo
à chamada “extrabaixa tensão”. Circuitos sob tensões que se enquadrem uma(s) na faixa I e outra(s)
na faixa II definidas no anexo A não devem compartilhar a mesma linha elétrica, a menos que todos
os condutores sejam isolados para a tensão mais elevada presente ou, então, que seja atendida uma
das seguintes condições:
a) os condutores com isolação apenas suficiente para a aplicação a que se destinam forem instalados
em compartimentos separados do conduto a ser compartilhado;
NOTA Esses requisitos não levam em conta cuidados específicos visando compatibilidade
eletromagnética. Sobre proteção contra perturbações eletromagnéticas, ver 5.4 e 6.4.
Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não deve ser superior
aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da instalação:
c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com
fornecimento em tensão secundária de distribuição;
d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.
Notas: Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos
de utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.
Nos casos das alíneas a), b) e d), quando as linhas principais da instalação tiverem um
comprimento superior a 100 m, as quedas de tensão podem ser aumentadas de 0,005% por metro de
linha superior a 100 m, sem que, no entanto, essa suplementação seja superior a 0,5%.
Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.
Quedas de tensão maiores que as indicadas são permitidas para equipamentos com corrente de
partida elevada, durante o período de partida, desde que dentro dos limites permitidos em suas
normas respectivas.
Muitas vezes as concessionárias estabelecem percentuais limites mais rigorosos. Ex.: COPEL
estabelece 5,5%.
Figura 51: Sugestão de aplicação de percentuais de queda de tensão nos diversos trechos de uma
instalação alimentada diretamente por subestação de transformação, de forma a obter-se o limite
máximo admissível de 7% de queda de tensão (conforme NBR 5410).
Figura 52: Sugestão de aplicação de percentuais de queda de tensão nos diversos trechos de uma
instalação alimentada diretamente por subestação de transformação, de forma a obter-se o limite
máximo admissível de 5,5% de queda de tensão (conforme NTC 9-01110 - COPEL).
a) Dados necessários:
• Comprimento, l, do circuito;
• Tensão, V, do circuito;
e(% ) V
A queda de tensão unitária, em volts/ampère km, do circuito, é: ΔVunit =
Ipl
c) Escolha do condutor:
Com o valor de ΔVunit calculado, através das tabelas dos fabricantes de condutores, que apresenta
as condições de instalação indicadas no item a), encontra-se o valor cuja queda de tensão seja igual
ou imediatamente inferior à calculada, encontra-se então a bitola nominal do condutor
correspondente.
Tabela 29: Queda de tensão unitária, em Volt/Ampère km, condutores com isolação em PVC
(Siemens S/A).
Tabela 30: Queda de tensão unitária, em Volt/Ampère km, condutores com isolação em XLPE
(Siemens S/A).
Tabela 31: Queda de tensão unitária, em Volt/Ampère km, condutores com isolação em EPR
(Siemens S/A).
Exercício 20.
15 m
Exercício 21.
25 m
35 m
Cálculo da queda de tensão pelo método dos Watts metros
Pode-se utilizar um método simplificado para calcular a queda de tensão em circuitos com
pequenas cargas. Esse método pode ser aplicado a circuitos terminais de instalações de casas e
apartamentos, nos quais tem-se diversas cargas (lâmpadas e tomadas) distribuídas ao longo deles.
O método tem por base o emprego das tabelas Watts metros (tabelas 32 e 33) referentes
respectivamente às tensões 110 V e 220 V. O valor Σ(P(Watts) l(metros)), representa:
Esse método considera apenas a resistência ôhmica dos condutores, não considerando a reatância
indutiva, que também influi na queda de tensão. Também parte do princípio de que a corrente
elétrica distribui-se de forma homogênea pelo condutor, o que não ocorre na realidade, devido ao
efeito pelicular, criado pelo campo magnético gerado pela própria corrente elétrica que passa pelo
condutor. Como conseqüência do efeito pelicular, a densidade de corrente é maior na periferia do
condutor. Para condutores com diâmetros relativamente pequenos, a reatância indutiva e o efeito
pelicular têm influência limitada e esse método produz uma aproximação aceitável.
Tabela 32: Soma dos produtos potências (Watts) x Distâncias (m) e = 110 Volts (V) Circuito a 2
condutores.
Tabela 33: Soma dos produtos potências (Watts) x Distâncias (m) e = 220 Volts (V).
A queda acumulada tem que ser menor ou igual que e(%) estabelecido como limite máximo, se
estiver maior deve-se calcular as quedas por trecho, considerando o condutor de bitola
imediatamente superior.
Exercício 22.
Seção mínima do condutor fase
A seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada, e dos condutores vivos, em
circuitos de corrente contínua, não deve ser inferior ao valor pertinente dado na tabela 47.
Seção do condutor neutro
O condutor neutro, em um sistema elétrico de distribuição secundária (BT), tem por finalidade o
equilíbrio e a proteção desse sistema elétrico.
Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção superior a 25
mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos condutores de fase, sem ser inferior aos
valores indicados na tabela 48, em função da seção dos condutores de fase, quando as três condições
seguintes forem simultaneamente atendidas:
b) a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior a 15%; e
Os valores da tabela 48 são aplicáveis quando os condutores de fase e o condutor neutro forem
do mesmo metal.
2. O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor de fase.
3. Quando, num circuito trifásico com neutro, a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for
superior a 15%, a seção do condutor neutro não deve ser inferior à dos condutores de fase,
podendo ser igual à dos condutores de fase se essa taxa não for superior a 33%. Tais níveis de
correntes harmônicas são encontrados, por exemplo, em circuitos que alimentam luminárias com
lâmpadas de descarga, incluindo as fluorescentes.
4. A seção do condutor neutro de um circuito com duas fases e neutro não deve ser inferior à seção
dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores de fase se a taxa de terceira
harmônica e seus múltiplos não for superior a 33%.
5. Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas fases e neutro, a taxa de
terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33%, pode ser necessário um condutor neutro
com seção superior à dos condutores de fase. Tais níveis de correntes harmônicas são
Para se determinar a seção do condutor neutro, com confiança, é necessária uma estimativa
segura do conteúdo de terceira harmônica das correntes de fase e do comportamento imposto à
corrente de neutro pelas condições de desequilíbrio em que o circuito pode vir a operar. O anexo F
fornece subsídios para esse dimensionamento.
Determinação da corrente de neutro
Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas fases e neutro, a taxa de
terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33%, a corrente que circula pelo neutro, em
serviço normal, é superior à corrente das fases. A seção do condutor neutro pode ser determinada
calculando-se a corrente no neutro sob a forma:
IN = fh IB
onde:
I B = I12 + I i2 + I 2j + L + I 2n
sendo:
fh é o fator pertinente dado na tabela F.1, em função da taxa de terceira harmônica e do tipo de
circuito (circuito trifásico com neutro ou circuito com duas fases e neutro). Na falta de uma
estimativa mais precisa da taxa de terceira harmônica esperada, recomenda-se a adoção de um fh
igual a 1,73 no caso de circuito trifásico com neutro e igual a 1,41 no caso de circuito com duas fases
e neutro.
Tabela 36: Fator fh para a determinação da corrente de neutro – tabela F.1 da NBR 5410.
Seção do condutor de proteção (PE)
A tabela 58 é valida apenas se o condutor de proteção for constituído do mesmo metal que os
condutores de fase. Quando este não for o caso, ver IEC 60364-5-54.
A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja
contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase não deve ser inferior a:
a) 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida proteção contra danos mecânicos;
b) 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida proteção contra danos mecânicos.
Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que esteja instalado no
mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e sua seção seja dimensionada conforme as
seguintes opções:
a) calculada de acordo com 6.4.3.1.2, para a mais severa corrente de falta presumida e o mais
longo tempo
b) selecionada conforme a tabela 58, com base na maior seção de condutor de fase desses
circuitos.
a) sua continuidade elétrica deve ser assegurada por disposições construtivas ou conexões
adequadas, que constituam proteção contra deteriorações de natureza mecânica, química ou
eletroquímica;
Exercício 23.
Seção do condutor de aterramento ‐ Terminal de aterramento principal
Em toda instalação deve ser previsto um terminal (ou barra) de aterramento principal e os
seguintes condutores devem ser a ele ligados:
1. condutores de aterramento;
2. condutores de proteção;
Condutores de aterramento