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OS PRESSUPOSTOS DO TEMPO

Muitos dos membros dos corpos – discente e docente – do curso de Letras têm
conhecimento da Teoria da Enunciação do linguista francês, Émile Benveniste, como ficou
conhecido por sua obra: Problemas de Linguística Geral I. Quando o autor trata das categorias de
instância entre língua e fala – pessoa, espaço, tempo (ego-hic-nunc) –, o tempo é classificado e
distinguido a partir de três outras categorias, visto que, existe o tempo físico (fenômeno natural, dia,
tarde e noite); o tempo cronológico (invenção humana, calendário, relógio etc); e o tempo
linguístico (o tempo da enunciação, presente, pretérito perfeito, futuro do presente etc).
Vimos então que é possível, axiologicamente, sistematizar o tempo, do ponto de vista da
Linguística Pragmática, isto é, valorar sua logicidade em uso, num contexto específico. Entretanto,
o tempo não é só uma preocupação dos linguistas pragmáticos, os filósofos da Grécia Antiga já se
ocupavam de tentar explicá-lo. Por exemplo, Platão com a sua metafísica, diz que o tempo é a
imagem da eternidade, que vivemos um ciclo constante – a lei do eterno retorno. E a querela não se
resume a como, subjetivamente, percebemos o tempo. Dado que, para física (ciência da natureza), o
tempo é considerado uma grandeza real do mundo físico, que existe de maneira independente dos
sujeitos conscientes.
E para compreendermos mais sobre a Filosofia do Tempo, podemos visitar o ensaio de John
McTaggart, A Irrealidade do Tempo, de 1927. Lá, ele diz que há duas maneiras de diferenciar o
tempo: a [Série B], onde cada posição é temporalmente anterior a algumas e temporalmente
posterior a algumas das outras posições; em segundo lugar...

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