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A lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância apropriada entre
superfícies sólidas que estejam em contato entre si e que executam movimentos relativos. Essa
substância apropriada normalmente é um óleo ou uma graxa que impede o contato direto
entre as superfícies sólidas. Quando recobertos por um lubrificante, os pontos de atrito das
superfícies sólidas fazem com que o atrito sólido seja substituído pelo atrito fluido, ou seja, em
atrito entre uma superfície sólida e um fluido. Nessas condições, o desgaste entre as superfícies
será bastante reduzido.
Além dessa redução do atrito, outros objetivos são alcançados com a lubrificação, se a
substância lubrificante for selecionada corretamente:
· redução da corrosão;
· redução do desgaste.
Lubrificantes
Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos como os óleos em geral; semi-sólidos
como as graxas e sólidos como a grafita, o talco, a mica etc. Contudo, os lubrificantes mais
práticos e de uso diário são os líquidos e os semi-sólidos, isto é, os óleos e as graxas.
Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias: óleos minerais, óleos
vegetais, óleos animais e óleos sintéticos.
Óleos minerais
Óleos minerais - São substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura
molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos naftênicos. Óleos vegetais Óleos
vegetais - São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona, oiticica,
babaçu etc.
Óleos animais
São extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc. Óleos sintéticos
Óleos sintéticos - São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e
inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas
dentre outros.
Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubrificantes, por causa
da sua baixa resistência à oxidação, quando comparados a outros tipos de lubrificantes. Em
vista disso, eles geralmente são adicionados aos óleos minerais com a função de atuar como
agentes de oleosidade. A mistura obtida apresenta características eficientes para lubrificação,
especialmente em regiões de difícil lubrificação.
Os óleos sintéticos são utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm
atuação eficiente. Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo
obtidos em larga escala a partir do petróleo.
Os óleos lubrificantes, antes de serem colocados à venda pelo fabricante, são submetidos a
ensaios físicos padronizados que, além de controlarem a qualidade do produto, servem como
parâmetros para os usuários. Os principais ensaios físicos padronizados para os óleos
lubrificantes encontram-se resumidos na Tabela 1.
As graxas são compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de óleo,
aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de alumínio, cálcio, sódio,
lítio e bário. Elas são utilizadas onde o uso de óleos não é recomendado.
Tipos de graxa
Os tipos de graxa são classificados com base no sabão utilizado em sua fabricação.
Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa; resistente à água; boa estabilidade
estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71°C. É utilizada em mancais
de rolamento de baixa velocidade e em chassis.
Graxa à base de cálcio: vaselinada; resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em
uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode trabalhar em temperaturas de até 77°C. É
aplicada em chassis e em bombas d’água.
Geralmente fibrosa; em geral não resiste à água; boa estabilidade estrutural quando em uso.
Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150°C. É aplicada em mancais de
rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc.
Características gerais semelhantes às graxas à base de lítio. Graxa mista: Graxa mista: é Graxa
mista: constituída por uma mistura de sabões. Assim, temos graxas mistas à base de sódio-
cálcio, sódio-alumínio etc. Além dessas graxas, há graxas de múltiplas aplicações, graxas
especiais e graxas sintéticas.
Lubrificantes sólidos
Embora tais características não sejam sempre atendidas por todas as substâncias sólidas
utilizadas como lubrificantes, elas aparecem de maneira satisfatória nos carbonos cristalinos,
como a grafita, e no bissulfeto de molibdênio, que são, por isso mesmo, aquelas mais
comumente usadas para tal finalidade.
A grafita, após tratamentos especiais, dá origem à grafita coloidal, que pode ser utilizada na
forma de pó finamente dividido ou em dispersões com água, óleos minerais e animais e alguns
tipos de solventes. É crescente a utilização do bissulfeto de molibdênio (MoS2 ) como
lubrificante. A ação do enxofre (símbolo químico = S) existente em sua estrutura propicia uma
excelente aderência da substância com a superfície metálica, e seu uso é recomendado
sobretudo para partes metálicas submetidas a condições severas de pressão e temperaturas
elevadas.
Pode ser usado em forma de pó dividido ou em dispersão com óleos minerais e alguns tipos de
solventes. A utilização de sólidos como lubrificantes é recomendada para serviços em condições
especiais, sobretudo aquelas em que as partes a lubrificar estão submetidas a pressões ou
temperaturas elevadas ou se encontram sob a ação de cargas intermitentes ou em meios
agressivos. Os meios agressivos são comuns nas refinarias de petróleo, nas indústrias químicas
e petroquímicas.
Aditivos
Aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-lhes certas
propriedades. A presença de aditivos em lubrificantes tem os seguintes objetivos:
· aumentar a adesividade;
· aumentar o índice de viscosidade.
Ferrografia
Conceito de ferrografia A ferrografia é uma técnica de avaliação das condições de desgaste dos
componentes de uma máquina por meio da quantificação e observação das partículas em
suspensão no lubrificante. Essa técnica satisfaz todos os requisitos exigidos pela manutenção
preditiva e também pode ser empregada na análise de falhas e na avaliação rápida do
desempenho de lubrificantes.
Vibração mecânica
A análise das vibrações também permite, por meio de comparação, identificar o aparecimento
de esforços dinâmicos novos, consecutivos a uma degrada- ção em processo de
desenvolvimento.
As anomalias espectrais podem ser classificadas em três categorias: Picos que aparecem nas
freqüências múltiplas ou como múltiplos da velocidade desenvolvida pelo rotor Dentro dessa
categoria, os picos são causados pelos seguintes fenômenos:
· desalinhamento;
· mau ajuste mecânico;
· excitação hidrodinâmica;
Quando se tem um mau ajuste mecânico de um mancal, por exemplo, ou quando ocorre a
possibilidade de um movimento parcial dele, no plano radial surge uma vibração numa
frequência duas vezes maior que a velocidade de rotação do eixo. Essa vibração aparece por
causa do efeito de desbalanceamento inicial e pode adquirir uma grande amplitude em função
do desgaste do mancal. No caso de engrenamento entre uma coroa e um pinhão, por exemplo,
ocorrerá sempre um choque entre os dentes das engrenagens. Isto gera uma vibração no
conjunto, cuja freqüência é igual à velocidade de rotação do pinhão multiplicado pelo seu
número de dentes.
O mau estado de uma correia em “V” provoca variação de largura, sua deformação etc., e como
conseqüência faz surgir variações de tensão que, por sua vez, criam vibrações de freqüência
iguais àquela da rotação da correia. Se as polias não estiverem bem alinhadas, haverá um
grande componente axial nessa vibração. Picos que aparecem em velocidades independentes
da velocidade desenvolvida pelo rotor.
Os principais fenômenos que podem criar picos com freqüências não relacionadas à freqüência
do rotor são causados pelos seguintes fatores:
Vibração de máquinas vizinhas - O solo, bem como o apoio de alvenaria que fixa a máquina,
pode transmitir vibração de uma máquina para outra.
Vibrações de origem elétrica - As vibrações das partes metálicas do estator e do rotor, sob
excitação do campo eletromagnético, produzem picos com freqüências iguais às daquele rotor.
O aumento dos picos pode ser um indício de degradação do motor; por exemplo, diferenças no
campo magnético do indutor devido ao número desigual de espiras no enrolamento do motor.
Este tópico irá se concentrar nos cuidados com o fluido hidráulico, com os elementos filtrantes
e com as bombas, a fim de orientar quais os procedimentos necessários para aumentar a vida
útil dos sistemas hidráulicos, minimizar manutenções corretivas e aumentar a disponibilidade
desses sistemas. A tabela 4 mostra como se divide a frequência de defeitos em equipamentos
dos sistemas hidráulicos.
Equipamento Percentual
Bomba 35%
Atuadores 15%
Controladoras de pressão 15%
Válvulas direcionais 10%
Tubulações 10%
Outros 5%
Os filtros são aparatos para separar substâncias sólidas. Para a separação de substâncias sólidas
de líquidos ou para separar gases se empregam meios fibrosos ou granulados. A substância
retida denomina-se resíduo. Para a separação de partículas empregam-se diversos
procedimentos de filtração. A escolha dos procedimentos depende da finura de filtro exigida.
Uma das condições par o serviço sem falhas de uma instalação hidráulica é a filtração do fluido
hidráulico e do ar que se encontra em contato com o tanque.
A sujeira a eliminar com o filtro vem desde o meio ambiente ao sistema hidráulico através dos
tubos de abastecimento e também passando por juntas. Este tipo de contaminação denomina-
se de contaminação externa. O grau de contaminação a esperar depende exclusivamente da
contaminação do meio ambiente e da operação do sistema e dos componentes.
As peças móveis no sistema hidráulico, como por exemplo, bombas, pistões, válvulas,, também
produzem partículas (abrasão). Este tipo de contaminação denomina-se de contaminação
interna. Em especial, no momento em que é dada a partida da instalação, existe o risco de que
certos componentes se deteriorem como conseqüência de partículas de sólidos que
ingressaram no sistema durante a montagem.
Grande parte de problemas de serviço em sistemas hidráulicos se origina por fluidos sujos. O
fluido hidráulico novo que se introduz na instalação hidráulica, freqüentemente, apresenta uma
contaminação inadmissivelmente elevado.
Origens da contaminação
a) Filtros de pressão
Na lubrificação por pressão o fluido hidráulico passa através de um meio filtrante como
conseqüência de uma queda de pressão entre o lado da sujeira e o lado limpo.
Este método se emprega para a filtração de fluido hidráulico.
b) Centrífugas
Nas centrífugas se emprega a força centrífuga para separar a parte sólida do líquido.
Este método se emprega em caso de grande contaminação do fluido hidráulico e para a
separação da água.
As exigências a elementos filtrantes de alta qualidade podem ser extraídas da norma DIN24550.
Fator x :
x Grau de separação
2 50%
20 95%
75 98,6%
100 99%
Seleção da finura do filtro
Símbolos
Deve-se utilizar esta disposição quando o risco de deterioração da bomba por partículas grossas
for muito alto.
Tal é o caso quando:
- distintos circuitos hidráulicos empregam a mesma fonte de fluido;
- quando os tanques, como conseqüência de sua forma não têm como autolimpar-se.
Dado que as bombas são sensíveis à depressão, a diferença de pressão não deve ser muito
grande. Logo, os filtros nesta disposição devem ter grande superfície filtrante.
No mais, é altamente recomendável empregar uma válvula bypass e um indicador de
contaminação.
Vantagens Desvantagens
Símbolos
Filtro de Retorno
Símbolos
Para evitar tempo de parada, pode-se utilizar um filtro Esquema de filtro de retorno em
com dois elementos filtrantes paralelos. corte
Filtro de Ventilação
Símbolos
sem bypass com bypass
No passado dava-se pouca importância a este tipo de filtro em instalações hidráulicas. Segundo
novos conhecimentos resultam ser umas das conexões mais importantes na filtração de fluido
em instalações hidráulicas.
Uma grande parte da sujeira chega ao tanque por meio de equipamentos inadequados de
ventilação.
Certas medidas construtivas, como por exemplo, carga de pressão de recipientes hidráulicos
para evitar troca de ar com o meio-ambiente, resulta pouco econômica frente aos filtros de
ventilação, altamente eficazes, existentes hoje em dia. O filtro de ventilação compõe-se de um
filtro de ar e de um uma malha metálica para conter as partículas maiores. As exigências a este
tipo de filtro podem ser extraídas da Norma DIN 24557.
Símbolos
Reservatórios
Chicana
Assim, a chicana:
- Evita a turbulência no tanque;
- Permite o assentamento de materiais estranhos;
- Ajuda a separar o ar do fluido;
- Ajuda a dissipar o calor por meio das paredes do tnauque.
Dependendo da necessidade, pode ser introduzido um maior número de chicanas verticais para
forçar mais a circulação do fluido, aumentando a troca térmica por convecção. Entretanto, se
ainda assim não houver uma boa troca térmica e conseqüente redução de temperatura do fluido,
a fim de manter sua viscosidade dentro dos parâmetros aceitáveis, será necessário adotar a
utilização de um trocador de calor.
Trocadores de calor
As chicanas são uma alternativa para aumentar a área de troca térmica, uma vez que a área do
reservatório é insuficiente. Se, por outro lado, o uso de chicanas é ainda insuficiente para
melhorar a troca de calor, então os trocadores de calor são utilizados.
Também conhecidos como resfriadores a ar ou radiadores, são usados onde a água não é
disponível, ou a unidade hidráulica é móvel, como no caso de empilhadeiras industriais,
escavadoras, etc. O fluido passa através de tubos aletados, normalmente de alumínio ou latão, os
quais transferem o calor ao ar externo. O resfriador pode incorporar um ventilador para
aumentar a transferência de calor.
b) Trocadores de Calor (óleo-água)
Também conhecidos como "Shell and Tube", nesse trocador circula água ao redor dos tubos
por onde passa o fluido hidráulico. A água pode ser termostaticamente regulada para manter
uma temperatura desejada. Usando água quente, essa unidade pode ser utilizada como um
aquecedor, como em regiões frias em que devido ao baixo índice de viscosidade do fluido, ele
não flua facilmente.
Respiros
Todo reservatório deve possui no mínimo um respiro (filtro de ar) instalado em sua base
superior. Seu objetivo é manter a pressão atmosférica no interior do tanque, esteja ele cheio ou
vazio. Em geral, quanto maior for a vazão, tanto maior deve ser o respiro.
Reservatórios de grande capacidade necessitam de vários respiros, para que possa ser mantida
a pressão atmosférica no interior do reservatório. A norma NFPA dita que o filtro do respiro
contra danos físicos. Um reservatório pressurizado, naturalmente, não utiliza respiro, e sim
uma válvula para regular a pressão interna.
Indicadores de Nível
Geralmente em número de dois, devem estar localizados no reservatório de tal forma que
indiquem os níveis máximo e mínimo permitidos de fluido.
0 traço indicador de mínimo deve estar a 75 mm da extremidade inferior do indicador de nível,
e o traço de nível máximo a 75 mm da extremidade superior.
São recomendados medidores de nível com visor pirex, que resistem melhor a variações de
temperatura e a pequenos impactos.
Magnetos
São ímãs utilizados para a captação de limalhas contidas no fluido, provenientes do desgaste do
equipamento hidráulico, ou mesmo de um ambiente contaminado com esse tipo de impureza.
Procedimento de troca
a) procure sempre utilizar o óleo recomendado pelo fabricante do equipamento hidráulico;
b) nunca misture diferentes marcas de óleo, pois os aditivos e inibidores de um, podem não
combinar com os do outro;
c) Armazene o óleo a ser utilizado em latas limpas, fechadas e longe da poeira;
d) Marque todas as latas para evitar enganos;
e) No momento da troca, drene o óleo usado em ambos os lados do cilindro;
f) drene o óleo do tanque;
g) limpe o reservatório com um jato de alta pressão diesel e seque-o com panos secos até
ficar limpo (não use estopa!);
h) se houver filtro de sucção limpe-o;
i) coloque um novo elemento filtrante no filtro de retorno, encha o reservatório com óleo
novo;
j) dê a partida na máquina e faça o óleo circular da bomba diretamente para o tanque
durante 20 minutos;
k) preencha o sistema com o óleo novo e termine de encher o reservatório;
l) faça o óleo circular através de todo o circuito, sem carga, durante 30 minutos;
m) instale um novo elemento filtrante no filtro de retorno e pode começar a operar a
máquina.
Vibrações no sistema
Um sistema hidráulico mal balanceado provoca vibrações mecânicas. Essas vibrações
também, desintegram o papel do elemento filtrante, assim como, determinar a falência de t
vedações.
Magnetos
Mergulhados no fluido contido no reservatório os magnetos não deixam de ser um tipo de
filtro. O desgaste excessivo do equipamento hidráulico formação de limalhas. Às vezes, essas
limalhas são menores do que 10mm e passam pelo retorno, porém, ficam retidas no magneto
A hora da troca
Em um sistema hidráulico novo, após 50 horas de uso, os filtros devem ser retirados e limpos,
ou trocados. Após 500 horas, repetir novamente essa operação, para realizá-la, novamente,
após 1000 horas, sob condições normais de trabalho, nunca excedendo a 2000 horas. Para
serviços mais pesados, estabeleça uma escala de troca de 500 horas ou 90 dias.
Toda vez que entre esses intervalos for efetuada a troca do fluido, é recomendável fazer-se,
também, uma inspeção dos elementos filtrantes.
Atualmente os filtros já vêm com um indicador de sujidade, que informam a hora da troca dos
elementos filtrantes.
Cuidados com as bombas
Quando, por qualquer motivo, ocorre a quebra da bomba, tome como norma o seguinte:
n) determine a causa da quebra;
o) elimine a causa da quebra;
p) retraia todos os cilindros e drene o reservatório;
q) limpe o reservatório com jato de óleo diesel e panos limpos. Não use estopas, pois fiapos
podem se alojar no reservatório e, posteriormente, entupirem o filtro de sucção ou serem
succionados pela bomba;
r) instale novos elementos filtrantes;
s) instale a bomba nova ou a antiga, fazendo seu alinhamento;
t) preencha o reservatório com fluido novo;
u) desconecte todas as linhas que vão para cilindros e/ou motores hidráulicos;
v) ponha o sistema em funcionamento, ativando cada parte do circuito através das válvulas de
controle direcionais, a fim de que ocorra o preenchimento das linhas com o novo fluido
w) conecte os cilindros no lado oposto ao da haste e todos os motores hidráulicos. No caso de
cilindro, deixe o lado da haste desconectado, assim, o fluido antigo será drenado e o lado
oposto da haste será preenchido com fluido novo;
x) conecte, agora, o lado da haste;
y) opere cada cilindro e/ou motores hidráulicos do circuito durante 30 minutos
alternadamente;
z) troque o elemento filtrante do filtro de retorno e adicione mais fluido ao reservatório, se
necessário.
Para se assegurar um bom funcionamento do equipamento, obtendo uma vida útil longa, faça
sempre uma manutenção preventiva simples de ser seguida;
a) verifique o nível do fluido no reservatório freqüentemente;
b) certifique-se diariamente de que não existem vazamentos;
c) troque o elemento filtrante e o fluido dentro dos intervalos recomendados;
d) use o filtro adequado para cada situação;
e) verifique a viscosidade do fluido (ver recomendação do fabricante da bomba);
f) opere o equipamento de maneira correta.
g) Verifique se há cavitação na bomba (ruído parecido com o estalar de pipocas na panela);
A Energia Pneumática
A produtividade industrial tem aumentado de forma extraordinária nos últimos anos, fato
conhecido por todos. Este aumento na produtividade é, em grande parte, impulsionado pela
presença de atuadores pneumáticos. Os elementos pneumáticos de potência – motores e
cilindros, possuem enormes vantagens sobre os acionamentos mecânicos. Porém, existe um
fato negativo nesse aspecto que é importante: seu custo energético, visto que a energia
pneumática é a mais cara em relação à elétrica.
Sem um filtro de ar é quase impossível excluir as impurezas das tubulações que, com o passar
do tempo, danificam internamente as tubulações que ligam o compressor à máquina. Isso
porque a condensação que se deposita na superfície interna dos tubos provoca a formação de
ferrugem a certos depósitos de impurezas que, com o tempo, se desprendem e atingem o
circuito pneumático, provocando avarias graves nas válvulas e nos cilindros do sistema.
Outros cuidados que evitam manutenções corretivas devem ser tomados por ocasião de
montagem e desmontagem dos equipamentos pneumáticos que possuem guarnições e
superfícies lisas de todo tipo.
Numa segunda etapa, deve-se cuidar para que toda guarnição seja desmontada ou montada
sem esforços demasiados, pois a ocorrência destes indica que algo está errado e tal erro deve
ser localizado. Ao montar uma guarnição tipo “O” Ringe em um fixo, deve-se tomar todas as
precauções caso a guarnição tenha que passar por uma aresta cortante.
- Se a válvula tiver pés para montagem, coloque-os com segurança em uma superfície plana.
Não coloque um esforço sobre o corpo da válvula montando esta em uma superfície desigual.
- Instale a válvula de forma que o atuador esteja prontamente acessível ao operador. Não lhe
exija procurar em todo o mecanismo de movimento para alcançar o atuador da válvula;
- Instale a válvula de forma que ela não esteja sujeita a jatos quentes. O calor extremo produz
um efeito nocivo na maioria das vedações;
- Instale a válvula de forma que ela não fique coberta de sujidade. As válvulas freqüentemente
ficam cobertas e são difíceis de achar;
- Faça ligações com os orifícios da válvula de forma que não vazem, mas não aplique muita
força ao apertar essas ligações para que as aberturas não se quebrem;
- Instale as válvulas de forma que se possam ser facilmente acessíveis ao operador, contudo,
altas o suficiente para que não sejam atingidas por elementos móveis;
- Quando instalar as válvulas certifique-se de que a sujidade não entrou nas válvulas antes de
serem operadas.
- A válvula deve ser montada numa boa superfície plana. Essa válvula deve suportar esforços de
roletes, braços de disparo, pinos e outros meios de operação mecânica. Os parafusos de
montagem devem ser colocados uniforme e firmemente;
- Certifique-se de que a válvula esteja limpa antes que seja instalada;
- Instale a válvula, de forma que funcione melhor na disposição dos tubos. Em outras palavras,
elimine curvas na tubulação tanto quanto possível;
- Se a válvula for do tipo projetado para montagem em tubulação, certifique-se de que a válvula
esta montada para cima, de forma que não vaze, já que muitas válvulas montadas em linha
possuem corpos de ferro fundido ou latão, certifique-se de que os canos não estão parafusados
no corpo da válvula de tal maneira que rachem o corpo da válvula;
- Nas atmosferas explosivas, instale válvulas de solenóides que tenham invólucros à prova de
explosão;
- Certifique-se de que o interior da válvula está limpo quando esta for instalada;
- Monte a válvula do solenóide de forma que esteja protegida de carros de oficina, caçambas e
outros objetos que possam danificar a válvula;
- Certifique-se de que as tampas do solenóide estão no lugar antes que a válvula seja posta em
funcionamento; isso evita a entrada de sujidade e partículas.
- Se a válvula tiver pés para montagem, monte-a com segurança numa superfície plana
uniforme. Se a válvula for montada em tubulação, os tubos deverão ser seguramente apertados
no corpo da válvula;
- Monte a válvula, quando possível, numa posição horizontal. Embora isso não seja necessário
para algumas válvulas, não ocorre o mesmo para outras.
- Certifique-se de haver selecionado a válvula de piloto correta para acionar a válvula operada a
piloto;
CAUSAS DE FALHAS EM VÁLVULAS PNEUMÁTICAS
- Sujidade – Esta é a causa principal de falha nas válvulas. A sujidade das linhas sem filtros ou de
sistemas sujos pode incrustar-se nas vedações das válvulas, arranhar revestimentos de válvulas
e êmbolos metálicos, bloquear a passagem de fluidos e causar vários tipos de danos;
- Peças danificadas – Algumas válvulas possuem mola para retorno do atuador à posição inicial.
Se o atuador não retornar a mola pode estar danificada;
- As válvulas são construídas para trabalhar em certas faixas de pressão nominal e o fabricante
recomenda que se respeitadas as especificações mínima e máxima de pressão, a válvula
funcionará satisfatoriamente. Nunca exceda essas recomendações de pressão.
- O mau funcionamento das válvulas acionadas por solenóides pode ser ocasionado por uma
queda de tensão na rede. Verifique a tensão elétrica na bobina usando um voltímetro;
- Uma bobina curto-circuitada fará a válvula falhar. Troque a bobina do solenóide não
esquecendo da tensão de alimentação da rede elétrica;
- Um condutor quebrado faz com que a bobina não seja energizada, logo o solenóide não
funcionará.
- Use sempre a voltagem correta na bobina do solenóide, caso contrário o solenóide não
acionará ou a bobina queimará;
- Nunca retire as vedações ou peças do solenóide, pois ele poderá não funcionar
- Se o solenóide for acionado numa freqüência muito alta, a bobina poderá superaquecer-se,
causando falhas.
VÁLVULAS OPERADAS POR PILOTO
- As causas de falhas nas válvulas operadas a piloto são similares às outras estudadas como, por
exemplo, temperatura de operação adequada, sujidade, vedações defeituosas, molas
quebradas, etc;
- A câmara piloto deve estar sempre bem lubrificada para não formar encrustrações.
- Cuidado na desmontagem das válvulas ou cilindros (na maioria das vezes trata-se de
elementos mecanicamente perfeitos que necessitam apenas de limpeza), já que a falta de
cuidado pode produzir avaria de uma guarnição ou peça, implicando a sua substituição;
- Verificação atenta do estado das guarnições que devem trabalhar perfeitamente até a
próxima manutenção (uma guarnição que ainda não apresentou vazamento, mas tem indícios
de desgaste deve ser substituída);
- Exame cuidadoso das superfícies metálicas de trabalho onde deslizam eixos, tubos,
verificando se não apresentam ranhuras pancadas ou rebarbas;
- Deve-se ter como sobressalente um mínimo de 10% dos equipamentos instalados para que se
possa fazer a rotatividade do equipamento durante as manutenções preventivas, sem a
necessidade de expor ao risco de uma paralisação da produção por falta de equipamento
sobressalente. Pela ficha de manutenção determina-se, com antecedência, quantos conjuntos
deve-se ter prontos para a próxima manutenção preventiva. Como peças de reposição, deve-se
ter os “kits” de reparo para as válvulas, reguladores de pressão e os cilindros;
ESTOCAGEM DE SOBRESSALENTES
Todo equipamento pneumático deve ser estocado em lugar limpo e seco. Os equipamentos
recuperados devem ficar em prateleiras limpas e secas e com batoques (tampões de plástico)
nos orifícios das válvulas, cilindros, filtros, lubrificadores, reguladores de pressão, etc., para
prevenir a entrada de poeira, limalhas, carepas e outros detritos. Os equipamentos devem ser
armazenados um ao lado do outro e nunca um sobre o outro exceto se estiverem
acondicionados em embalagens próprias de papelão ou madeira.
Os “kits” de reparo também devem ser armazenados em prateleiras limpas e secas, e em local
arejado para que as guarnições não ressequem. Normalmente os “kits” são embalados em
sacos plásticos e guardados também em caixas de papelão ou madeira, o que facilita sua
localização dentro do almoxarifado. É necessário observar, ainda, que em casos de “kits” para
cilindros é bom verificar o diâmetro do cilindro, o diâmetro do eixo e o tipo do cilindro (se
simples ou dupla ação/duplex contínuo ou geminado/eixo simples ou passante).
VEDAÇÕES
Existem, basicamente, dois tipos de vedações: as estáticas, que vedam a passagem de ar entre
duas superfícies que não possuem movimento relativo (entre o tubo e os cabeçotes do cilindro,
entre o eixo e o embolo do pistão), e as dinâmicas, que evitam vazamento de ar entre as
superfícies que possuem movimento relativo (entre o eixo e o mancal do cilindro, entre o
embolo do pistão e tubo). Normalmente, as vedações utilizadas em aplicações pneumáticas são
feitas de borracha sintética.
Quanto ao formato, o mais simples e mais comum é o anel “O” usado tanto para vedações
dinâmicas como, estáticas. Geralmente são alojadas em sulcos do componente e sofrem uma
pré-compressão em uma direção, para efetuar a vedação desejada. O maior problema com
esses anéis é sua constante tendência à extrusão, quando sujeitos a altas pressões, ou seja, de
serem esmagados ao entrarem na folga entre duas superfícies.
O problema, que inutiliza rapidamente a vedação, pode ser evitado ao se recorrer a um anel de
resina termoplástica fluorcarbono entre o fim do rasgo onde se aloja e a folga, pois esse
material é resistente a altas pressões. A função do anel, no caso, é a de impedir a entrada do
material na vedação entre a folga das superfícies em contato.
A mais simples das vedações para uso dinâmico é a guarnição de limpeza ou separadora do
eixo. Embora sem finalidade precípua de vedação, serve para manter seu mancal livre de poeira
e de outros materiais abrasivos, evitando o rápido desgaste. Outros tipos dessa mesma classe
são as vedações em forma de “L”, cuja principal vantagem é serem fixas, evitando qualquer
possibilidade de enrolamento. Sua maior desvantagem é que as peças montadas devem possuir
duas partes separadas, que serão acopladas, acarretando maior trabalho de ajustagem e
montagem.
As vedações em forma de “U” estão incluídas na classe das dinâmicas e sua característica
principal é a montagem do êmbolo em uma só peça, facilitando sua ajustagem. Essas vedações,
porém, ficam soltas dentro de seu rebaixo e podem provocar dificuldades quando sujeitas a
altas pressões.
Embora possa ser usado com vantagens nas guarnições de limpeza, o Neoprene está sendo
substituído totalmente pela Buna N, que apresenta grandes vantagens na aplicação em
produtos hidropneumáticos.
O Neoprene possui boa resistência à ação do tempo e também é superior à borracha natural no
rendimento a altas temperaturas, mas tende a endurecer e se tornar rijo a baixas
temperaturas, chegando a cristalizar-se quando submetido a esforços dinâmicos. Esta borracha
mantém suas propriedades numa faixa de temperatura de 54C a 149C.
Já o Teflon pode ser usado sem perigo de engripamento dos equipamentos, evitando os
inconvenientes da lubrificação, enquanto não for ultrapassada a velocidade limite de 100
mm/min para o Teflon seco, pois lubrificado, essa velocidade pode ser maior.
Esta matéria-prima tem sua aplicação principal nesses produtos como anel de encosto (“back-
up”) das guarnições, “O” Ring dos pistões e mancais hidráulicos, porque os anéis de borracha
fluorcarbono colocados nos dois lados do “O” Ring impedem a extrusão dos mesmos sob alta
pressão, devido a sua alta resistência. Também evitam que o pistão arranhe e toque o tubo,
prolongando-lhe a vida e a das vedações, já que o coeficiente de atrito entre a superfície do
tubo e o Teflon é quase desprezível.
EXEMPLOS DE MONTAGENS DE VEDAÇÕES EM ATUADORES PNEUMÁTICOS
PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM UMA INSTALAÇÃO PNEUMÁTICA
MANUTENÇÃO PROCEDIMENTO
VERIFICADO PROVÁVEL