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NAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO
1
Graduação em Tecnólogo em Redes de Computadores
2
Graduação em Psicologia e Gestão de Turismo
INTRODUÇÃO
Neste sentido, o presente artigo tem por objetivo identificar a perspectiva do liderado
com relação ao papel do líder, e em decorrência, as possíveis influências da atuação
da liderança frente ao desempenho do liderado.
Deste modo, considera-se que, diante do cenário atual de competitividade cada vez
mais acirrada entre as organizações por liderança e as transformações de mercado,
destacando que os colaboradores são peça fundamental neste processo, na
efetivação de metas estabelecidas e consequentemente no crescimento de uma
organização, justifica-se aqui traçar um perfil sobre a perspectiva do colaborador em
relação à figura do líder, pois que a partir desta relação interpessoal na qual o poder
é elemento intrínseco, e a qual proporciona um clima favorável ou não ao
cumprimento de metas, busca-se refletir sobre o conceito de liderança vivenciado
pelo liderado nas organizações.
LIDERANÇA
Depreende-se, com base nestes estudos, que liderança envolve vários aspectos,
características e um determinado aporte do líder para que seja considerado e visto,
de maneira natural, como alguém com pode ocupar o lugar daquele que conduz
seus liderados a um determinado fim, ou, no caso, a vários fins simultaneamente.
TEORIAS DA LIDERANÇA
A partir de muitos estudos e pesquisas sobre o tema emergiram diversas teorias que
pudessem abranger a complexidade que envolve as relações interpessoais
estabelecidas entre o líder e o liderado. Dentre elas:
Teoria dos traços da personalidade
Essa teoria vê a liderança como algo nato ao indivíduo, a pessoa já nasce líder. É
uma combinação de aspectos e habilidades físicos, intelectuais, sociais e
motivacionais, não havendo a possibilidade de desenvolvimento pessoal.
Segundo Robbins (2008), a teoria da liderança diferencia líderes de não líderes com
base nas qualidades e características intrínsecas. O fato de o indivíduo apresentar
determinadas características e ser considerado um líder pelos demais não significa,
necessariamente, que ele será bem sucedido em liderar qualquer grupo na busca
por atingir determinados objetivos.
Assim como, para Vergara (2003), o líder já nasce líder por possuir determinadas
características, sejam físicas, intelectuais, traços sociais e traços relacionados com a
tarefa (motivação). Desta forma, aqueles que não nascem com algumas dessas
características seriam apenas liderados. Não se exclui a importância de
determinadas características de personalidade para o exercício da liderança, porém
não ficou evidenciado nesta teoria o sucesso da liderança.
Teoria comportamental
Para Chiavenato (2003), o líder deve utilizar os três estilos de liderança, Autocrática,
Democrática e Liberal de acordo com as pessoas, com a situação e com a tarefa a
ser executada, como: a forma como mandam e cumprem ordens, como consulta os
subordinados antes de tomar uma decisão e delega algumas funções na realização
das tarefas a serem executadas pelos colaboradores.
Ainda, Chiavenato (2005) descreve liderança autocrática com forte ênfase no líder,
enquanto que na liderança liberal a ênfase recai sobre os subordinados. Na prática,
o líder utiliza os três estilos de acordo com a situação, com a dinâmica da equipe e
com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como sugere aos
subordinados a realização de tarefas, como ainda consulta os subordinados antes
de tomar alguma decisão. Ele utiliza coerentemente os três estilos de liderança a
medida que tenha domínio sobre a principal problemática da liderança que é saber
quando aplicar qual estilo com quem e dentro de qual circunstância e tarefas a
serem desenvolvidas, assim como, os objetivos a serem atingidos.
Teoria situacional
Borges e Baylão (2007) propõem que o líder deve partir do princípio de que não
existe um único estilo de liderança válido para e toda e qualquer situação, ou seja,
cada tipo de situação requer um estilo de liderança diferente para se alcançar a
eficácia da equipe de trabalho. O líder precisa ter flexibilidade na relação com seus
liderados alterando seu estilo de atuação em função dos aspectos situacionais. O
exercício da liderança é em função de três variáveis: o líder, os liderados e a
situação em que se encontram.
Com base no conteúdo até aqui apresentado, acredita-se que para o liderado, sentir-
se apoiado por seu líder reflete em sua motivação para o trabalho, em sua
perspectiva de crescimento futuro, em oportunidade de desenvolvimento de
competências, ideias, habilidades técnicas, comportamentais e emocionais, na
busca por alcançar crescimento profissional. Neste sentido, é inegável o papel do
líder na promoção de desempenhos favoráveis de seus liderados,
consequentemente, no crescimento da organização.
Para Borges e Baylão (2007), cada pessoa é um ser único, sistêmico, com
personalidade, características, habilidades e conhecimentos diferentes uns dos
outros. Para o líder é necessário sentir as pessoas, suas necessidades, aspirações
e anseios, conciliando aos interesses das organizações, objetivando um ambiente
favorável ao desenvolvimento. Se os líderes não tiverem consciência do seu desafio,
a empresa se transforma num navio sem rumo, o desempenho de suas atividades
depende do grau de envolvimento com sua equipe de trabalho, no sentido de
impulsionar os esforços em uma mesma direção, fazendo com que todos possam
atingir um mesmo objetivo.
Os líderes são ativos durante os processos de mudança, o que indica ação e não
apenas discursos ou ordens por parte de quem está no comando. Ações que são
observadas e avaliadas pelos que são comandados. E em seus estudos descrevem
que mesmo os funcionários em níveis inferiores da estrutura organizacional,
frequentemente fazem avaliações, ainda que indiretamente, de seus superiores
hierárquicos, baseados na observação do comportamento. Ou seja, os
comportamentos do líder são observados e analisados e a percepção dos
empregados terá influência direta neste processo (BENEDETTI, HANASHIRO E
POPADIUK, 2004).
Já com relação a avaliação dos líderes sobre seus liderados, em pesquisa realizada
por Souza e Rodrigues (2007), apesar da pequenas amostra contando com 5 líderes
e 5 liderados, trabalhadores de um instituto de pesquisa, foi possível constatar que
na visão dos líderes entrevistados, eles atribuíam grande importância ao “feedback”,
no entanto percebeu-se que na maioria dos entrevistados, estes ainda não
conseguem utilizar desse instrumento para manter uma boa comunicação
interpessoal com seus liderados. Eles relatam que nos serviços do dia a dia é muito
difícil dar feedback, muitas vezes por falta de tempo ou porque não se dão conta da
importância dessa ação e creem que seus liderados são capazes de perceber por
meio de suas atitudes se o trabalho foi bem realizado ou não. Por outro lado, os
liderados entrevistados demonstraram grande ansiedade em receberem um retorno
de seus desempenhos, da qualidade de seus trabalhos e sobre como proceder para
melhorar.
Foi possível observar, desta forma, que independente do estilo de liderança adotado
pelo líder, e independente da teoria que alicerça seus conhecimentos, cada qual
com suas peculiaridades, vantagens e desvantagens. Um líder comprometido e
integrado com sua equipe adota ações que levam em consideração todos os fatores
envolvidos na complexidade do processo de liderança.
Vale salientar que uma gama de valores positivos foram apontados nas pesquisas
aqui descritas como identificados pelos liderados em seus líderes, seja em
conhecimentos técnicos, organizacionais, habilidades no estabelecimento de das
relações interpessoais, promoção do desenvolvimento dos liderados, valores de
justiça e comprometimento, assim como cumprimento de acordos, posicionamento
firme, realização de feedback, persistência, coerência, autoconfiança, coragem,
diálogo franco, elogios sinceros, justiça, reconhecimento dos valores e crenças dos
liderados. Ficando claro que o liderado, consciente ou inconscientemente, avalia seu
líder e é profundamente influenciado por suas ações. No entanto, determinado grupo
apontou descontentamento com a falta de comprometimento do líder com o
desenvolvimento de carreira e oportunidades de crescimento dos liderados dentro
da organização. Assim como, determinada pesquisa apontou para a necessidade de
feedback por parte dos liderados e a não percepção dos líderes dessa necessidade.