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NOV 1995 NBR 13533


Coleta de dados de campo relativos à
confiabilidade, mantenabilidade,
ABNT-Associação
Brasileira de
disponibilidade e suporte à
Normas Técnicas manutenção
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento

Origem: Projeto 03:056.01-013/1993


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:056.01 - Comissão de Estudo de Confiabilidade
NBR 13533 - Collection of data in field related to reliability, maintainability,
availability and maintenance support - Procedure
Copyright © 1995, Descriptors: Reliability. Maintainability
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Válida a partir de 29.12.1995
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Confiabilidade. Mantenabilidade 7 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO ISO 7873 - Control charts for arithmetic average with


1 Objetivo warning limits
2 Documentos complementares
3 Definições ISO 7966 - Acceptance control charts
4 Generalidades
5 Necessidade de coleta de dados ISO 8258 - Shewhart control charts
6 Fontes e meios de coletar dados
7 Medidas de desempenho 3 Definições
8 Dados necessários
9 Análise preliminar dos dados coletados Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
10 Métodos estatísticos para o tratamento dos dados na NBR 5462.
11 Apresentação dos resultados
4 Generalidades
1 Objetivo
Esta Norma fornece diretrizes para a coleta de dados
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para organizar relativos à confiabilidade, mantenabilidade, disponibi-
a coleta de dados de campo relativos à confiabilidade, lidade e suporte à manutenção, isto é, dados de desem-
mantenabilidade, disponibilidade e suporte à manutenção penho de itens em operação no campo.
e os formatos dos relatórios que possam ser aplicados
durante a monitoração de amostras ou, com base mais 4.1 Finalidade da coleta
ampla, à quase totalidade dos itens de um mesmo tipo.
Estas diretrizes visam à obtenção de relatórios confiáveis,
1.2 Esta Norma trata em termos gerais dos aspectos prá- corretos e completos, contribuindo para melhorar a quali-
ticos da coleta e apresentação de dados e aborda superfi- dade dos itens monitorados e facilitando a troca de infor-
cialmente tópicos relacionados com a análise preliminar mações entre usuários e fornecedores.
e métodos estatísticos para o tratamento dos dados.
4.2 Campo de aplicação das diretrizes
2 Documentos complementares
As diretrizes não fazem distinção entre dados de falhas,
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: de operação sem falhas ou panes. Elas são aplicáveis,
sem qualquer restrição, a diferentes tipos de itens, desde
NBR 5462 - Confiabilidade e mantenabilidade - Ter- componentes até sistemas e redes, incluindo hardware,
minologia software e interações homem/máquina.
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4.3 Coordenação do sistema de coleta c) comparar as características estimadas ou espe-


cificadas do(s) item(ns) com o desempenho veri-
Para maior eficiência do sistema de coleta de dados, os ficado em campo;
relatórios, as análises e a divulgação dos resultados
devem ser cuidadosamente coordenados. A cooperação d) melhorar futuros projetos;
daqueles que fornecem os dados de campo é fundamen-
e) melhorar as estimativas (procedimentos e bancos
tal, sendo fator decisivo que eles estejam cientes de sua
de dados);
própria importância para o sistema e que sejam man-
tidos informados sobre o progresso e resultado do tra- f) informar o fornecedor sobre o desempenho dos
balho. seus itens;

4.4 Origem dos itens a serem monitorados g) ter subsídios para melhorar os processos de aqui-
sição;
Os itens considerados podem ter sido projetados, fa-
bricados, instalados e operados por uma ou mais orga- h) identificar modos, mecanismos e possíveis causas
nizações. Esta Norma se aplica a todas as possíveis re- de falhas.
lações entre fornecedores e usuários.
6 Fontes e meios de coletar dados
4.5 Origem dos dados Os relatórios de dados de campo podem ser limitados,
por restrições econômicas, ao mínimo necessário para
Nota-se que nenhuma recomendação é feita sobre como satisfazer os requisitos estabelecidos, embora reconhe-
organizar o suporte de manutenção. É, no entanto, en- cendo que os sistemas de coleta de dados devam ser ca-
tendido que alguns itens podem ser reparados no próprio pazes de expansão futura. Deve ser compreendido que
local em que operam, enquanto outros podem ser subs- as informações a serem obtidas devem ser limitadas
tituídos e reparados em instalações centralizadas. Os da- àquelas coletadas e é essencial que, desde o início, os
dos de campo podem ser obtidos em qualquer destes objetivos sejam claramente estabelecidos. Levando-se
casos. em conta que certos dados podem ser necessários para
mais de uma finalidade, é possível elaborar um plano de
5 Necessidade de coleta de dados coleta com melhor relação custo/benefício.
Há vantagens óbvias de fazer essa coleta tão robusta e 6.1 Precisão desejada da análise estatística dos dados
ampla quanto possível, mas convém estar ciente de que
algumas observações podem ser inadvertidamente ex- Um dos pontos mais importantes relacionados com os
cluídas no ponto de coleta. Por essa razão, antes do início dados de campo é a precisão da análise estatística deles
do trabalho de coleta, é importante identificar, definir e resultante. O tamanho da amostra deve ser escolhido pa-
documentar claramente suas finalidades primárias. É ra fornecer a precisão desejada a um custo econômico.
verdade que justificativas adicionais para a coleta devem Exemplos de determinação do tamanho das amostras
ocorrer quando ela estiver em andamento. Esses bene- podem ser encontrados em normas e literatura técnica.
fícios podem ser de grande valor para atender às neces-
6.2 Suposições adotadas
sidades de informação que venham a surgir, ou para
prover percepções novas dos sistemas físicos. Entretan- Todo esforço deve ser feito para evitar suposições (tanto
to, é preciso ter em mente que um esquema de coleta implícitas como explícitas) que possam levar a erros de
ideal para certos objetivos e critérios pode não ser ade- estimativas e de previsões baseadas nos dados de confia-
quado para outros. bilidade. Para se investigar tais suposições, é necessário,
sempre que possível, basear a coleta de dados de confia-
5.1 Objetivos específicos da coleta bilidade em eventos e não em períodos de monitoração.
A penalidade para isto é que se necessita de uma arma-
Os objetivos específicos da coleta de dados de campo e zenagem de dados consideravelmente maior para garan-
a sua apresentação são os seguintes:
tir a informação sobre os instantes reais dos eventos.
a) fornecer informações de desempenho dos itens 6.3 Fontes de dados
de interesse às áreas de administração, projeto,
operação e planejamento, suporte à manutenção, Algumas das fontes de dados que podem ser utilizadas
treinamento de pessoal, etc.; são:

b) indicar uma possível necessidade de melhorar: a) atividades de manutenção preventiva;

b) atividades de manutenção corretiva: reparos no


- itens já instalados e em operação;
local ou em centros de recuperação ou reparos;
- itens entregues e não instalados; c) atividades de medidas de desempenho (por
exemplo: relatório de não-conformidade, medidas
- itens a serem entregues; de tráfego, livro de registro operacional, medidas
ambientais, etc.);
- a estrutura do sistema;
d) informações de inventários (por exemplo: lista de
- as estratégias e procedimentos de manutenção estoque, modificações, dados atualizados regu-
e operação; larmente para controle de configuração, etc.).
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6.4 Reunião de diferentes conjuntos de dados 6.5.3 Relatório de manutenção

Para aumentar a precisão ou confiança da estimação, é O relatório de manutenção deve conter todas as infor-
possível reunir diferentes conjuntos de dados, desde que mações relativas às ações realizadas para reparar e/ou
tenham sido aplicados os mesmos critérios de escolha a reconstituir o item. A informação deve incluir o tempo gas-
cada conjunto. to, a quantidade e tipo de pessoal e o estado do sistema
(desligado, modo simplex, etc.). Estas informações devem
aparecer em relatórios de manutenção corretiva ou pre-
6.5 Meios de coletar dados ventiva, conforme o caso.

O registro e o armazenamento de dados podem ser feitos 6.5.4 Experiência pessoal


de maneira manual ou automática. Uma prévia consi-
deração sobre o formato do registro é importante para a A contribuição que o pessoal de operação e manutenção
implantação de um plano efetivo de coleta. É importante pode fazer à completa certeza e precisão da coleta de
considerar a experiência individual, a objetividade e a dados não deve ser subestimada.
posição da pessoa responsável pela coleta no seu pla-
nejamento. Freqüentemente, a anotação dos dados deve 6.6 Procedimento de verificação, atualização e
ser feita manualmente, mas devem também ser levados armazenamento de dados
em conta sistemas de coleta de dados interativos e auto-
máticos. As vantagens a serem ganhas em se manter os Qualquer banco de dados precisa de um estudo rigoroso,
dados em uma forma apropriada para processamento apropriado às suas exigências específicas, para definir o
eletrônico incluem a facilidade e precisão da atualização método mais indicado de verificar, atualizar e armazenar
das informações e a possibilidade de se fazer análises os dados.
novas e mais extensas. Os dados podem ser coletados
6.6.1 Validade dos dados
por um ou vários meios de registros, descritos em 6.5.1 a
6.5.4.
Independentemente da estrutura escolhida para ar-
mazenar os dados, estes devem ser verificados quanto à
6.5.1 Relatório de operação sua validade antes da entrada no banco de dados. Em
um nível básico, pode-se verificar se um dado valor numé-
O registro de dados deve ser apoiado por informações rico cai dentro de uma faixa permitida. Métodos gráficos e
sobre o uso dos itens. Onde os itens têm uma missão analíticos simples devem estar também disponíveis para
com perfil composto (por exemplo: operação e configura- verificar e identificar comportamentos anormais nos dados
ção, inatividade, armazenagem, transporte, ensaio, etc.), de confiabilidade.
é necessário coletar dados dos diferentes tipos de uso.
7 Medidas de desempenho
6.5.2 Relatório de falhas
A escolha dos dados a coletar depende dos parâmetros
a serem avaliados e estimados. Alguns parâmetros que
Em qualquer nível, o relatório de falhas depende dos re- podem ser levados em consideração estão descritos em
cursos de ensaios existentes para a identificação da falha. 7.1 a 7.3.
Casos como “pane não identificada” ou “perfeito quando
ensaiado” devem ser claramente mencionados. 7.1 No desempenho de confiabilidade devem ser
considerados:
6.5.2.1 O relatório deve cobrir todas as falhas observadas.
Deve também conter informações suficientes para pos- a) número de alarmes (número acumulado de alar-
sibilitar a identificação futura de falhas da mesma natureza mes por item durante um dado período de tempo);
e apontar suas prováveis causas.
b) número acumulado de falhas por item durante um
dado período de tempo;
6.5.2.2 O relatório de falhas deve ser suficientemente
abrangente para atender às exigências de uma inves- c) taxa de falhas;
tigação detalhada de uma falha individual e da pane re-
sultante. d) intensidade de falhas;

6.5.2.3 Quando, por motivos econômicos ou por falta de e) taxa de panes;


meios, tornar-se indesejável coletar todos os dados de
falha, pode-se adotar um plano condensado que pode f) número de panes não identificadas;
ser usado para coletar dados limitados sobre falhas
g) número de reposições;
relevantes, permanecendo a opção de utilizar o relatório
completo em casos específicos. A finalidade da forma
h) tempo médio entre falhas;
condensada é a de prover o máximo de informações não
ambíguas com o mínimo de esforço. Para isto, o formulário i) (.) tempo de disponibilidade.
deve ser de fácil preenchimento, com as informações re-
queridas sendo agrupadas em forma de questões de múl- Nota: O símbolo (.) indica um valor médio ou uma fração,
tipla escolha, requerendo respostas do tipo “sim/não”. de acordo com as aplicações específicas.
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7.1.1 No desempenho em função do tempo devem ser 8 Dados necessários


considerados:
8.1 Escolha dos tipos de dados
a) (.) tempo de indisponibilidade;
A escolha dos tipos de dados a serem coletados e a ela-
b) (.) atraso técnico; boração do procedimento da referida coleta dependem
de muitos fatores, como:
c) (.) tempo de diagnóstico;
a) identificação dos itens;
d) (.) tempo de correção;
b) condições ambientais;
e) (.) tempo de reinicialização;
c) condições operacionais;
f) (.) tempo de verificação;
d) falhas e panes com os instantes e locais de
g) (.) tempo de reparo efetivo;
ocorrência;
h) (.) tempo de manutenção corretiva;
e) condições do suporte de manutenção.
i) (.) tempo no modo simplex.
Nota: Para cada item devem ser registradas informações
suficientes para identificar claramente o próprio item e as
7.1.2 Nas probabilidades devem ser consideradas:
condições em que opera.

a) probabilidade de detecção de pane;


8.2 Informações para identificação do item
b) probabilidade de alarme falso;
Dependendo do tipo do item considerado (por exemplo:
c) probabilidade de não detecção de pane; equipamento, componente, circuito impresso, pessoal),
da profundidade e do tipo de análise a ser realizada, os
d) probabilidade de não atuação do alarme; dados utilizados para identificação devem ser determi-
nados caso a caso. A identificação do item deve também
e) probabilidade de uma falha estar localizada dentro permitir a análise das inter-relações entre os itens cujos
de um certo número de itens substituíveis. dados foram coletados. As seguintes informações, se
necessárias, podem ser coletadas ou obtidas de fontes
7.2 No desempenho do sistema de suporte de manuten- já existentes:
ção deve ser obedecido o prescrito em 7.2.1 e 7.2.2.
a) tipo;
7.2.1 Desempenho em função do tempo
b) fabricante;
Os seguintes parâmetros devem ser considerados:
c) configuração;
a) (.) atraso logístico;
d) número individual ou número de série;
b) (.) atraso administrativo.
e) data de fabricação;
7.2.2 Probabilidades
f) fornecedor;
Os seguintes parâmetros devem ser considerados:
g) data de entrega;
a) probabilidade de faltar peças de reposição;
h) montadora/instaladora;
b) probabilidade de faltar recursos para ensaios;
i) data de montagem/instalação;
c) probabilidade de faltar recursos humanos.

7.3 No desempenho de disponibilidade devem ser j) data de entrada em serviço;


considerados:
l) cliente (nome);
a) disponibilidade em regime;
m) local (geográfico);
b) (.) tempo de disponibilidade acumulado durante
um dado período. n) sistema.

Notas: a) Quando se calcular a disponibilidade a partir dos Nota: Devem-se levar em consideração as possíveis limitações
dados coletados, todos os componentes relevantes devidas à imperfeição/insuficiência dos dados coletados,
devem ser considerados (por exemplo: atraso logís- possíveis dificuldades em coletar dados ou suposições
tico, atraso administrativo, etc.). particulares feitas para a própria coleta.
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8.3 Informações sobre os itens em consideração 8.3.2.4 Quanto ao modo de controle:

8.3.1 Condições ambientais a) local ou remoto;


8.3.1.1 Quanto ao tipo de instalação: b) automático ou manual.
a) fixos (ao ar livre, em ambientes fechados, sub-
8.3.2.5 Quanto ao modo de entrada:
terrâneos, submarinos, a pouca distância da praia,
etc.); a) batch;
b) portáteis (item especialmente feito para ser trans-
b) tempo real;
portado facilmente por um só homem);

c) móveis (em veículo motorizado, em navio e em c) interativo.


avião);
8.4 Descrição da falha e da pane
d) outros (especificar).
Deve constar o seguinte:
8.3.1.2 Quanto aos dados do ambiente específico:
a) detecção da pane (sintomas e indicações): pane
a) condições climáticas: detectada, pane não detectada, alarme falso;

- protegido contra o tempo; b) data e instante da falha;


- não protegido contra o tempo; c) modo da pane (identificação das funções afetadas);
- temperatura do ar;
d) causas da falha:
- pressão do ar;
- inerente ao item sob observação;
- umidade;
- por uso indevido;
b) ambiente elétrico (compatibilidade eletromagné-
tica); - induzida pela manutenção ou ação administrativa;

c) condições mecânicas (vibrações, choques e sola- - externa ao item sob observação;


vancos);
- secundária (causada por item relacionado);
d) presença de areia, poeira, etc.;
- deadlock (o sistema não é capaz de se reconfi-
e) presença de substâncias químicas poluentes; gurar);
f) condições biológicas;
- outras (especificar);
g) condições relativas à radioatividade.
Nota: Em casos onde a falha ocorre imediatamente após
8.3.2 Condições de operação um período de transporte, armazenamento ou
prontidão, as condições relevantes devem ser
8.3.2.1 Quanto ao modo de operação: informadas.

a) contínuo; e) conseqüências da pane;

b) intermitente (informar o ciclo); f) precisão do diagnóstico (número de itens iden-


tificados, número de itens em pane);
c) prontidão (stand-by);
Nota: Se necessário, itens (peças, meios de armaze-
d) operação única (por exemplo: descartável, dis- nagem de informações relacionadas) devem ser
positivos de um só disparo). retidos para investigações futuras.
8.3.2.2 Quanto às condições de carga:
g) evidência e documentação da pane (registros, foto-
a) carga nominal; grafias, etc.);

b) sobrecarga; h) tempo de manutenção efetiva (tempo de recon-


figuração, tempo de reparo, tempo de verificação,
c) outras (especificar). tempo de reinicialização);

8.3.2.3 Quanto às condições de alimentação: Notas: a) No tempo requerido para reconfiguração


automática, se forem necessárias operações
a) normal; manuais, estas devem ser integradas no
tempo de atraso técnico.

b) emergência; b) Depois do restabelecimento completado, é o


tempo necessário para o sistema retornar a
c) prontidão, etc. um estado de operação.
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i) tempo de indisponibilidade, especificando, quando 9.2 Distribuição estatística dos dados


possível:
Os procedimentos apresentados no Capítulo 10 implicam
- tempo de detecção da pane; hipóteses sobre as distribuições das variáveis aleatórias
em consideração. Além disso, os dados a serem ana-
lisados devem ser extraídos do conjunto dos dados cole-
- tempo de localização da pane;
tados, de acordo com a necessidade. A distribuição das
variáveis aleatórias em consideração pode seguir mo-
- atraso administrativo;
delos simples ou compostos. Exemplos de modelos sim-
ples são:
- atraso logístico;
a) distribuição exponencial;
- atraso técnico;
b) distribuição de Weibull;
- tempo de reparo efetivo;
c) distribuição normal;

j) data do término do reparo; d) distribuição log-normal;

l) data da instalação após o reparo. e) distribuição gama.

Nota: Os modelos de distribuição compostos podem ser uma


8.5 Dados relativos ao suporte de manutenção combinação de distribuições simples.

São os seguintes: 9.2.1 Identificação do tipo de distribuição

a) falta de itens de reposição; Para identificar o tipo de distribuição que melhor se ajusta
aos dados coletados, três métodos podem ser usados:
b) falta de meios de ensaios; a) avaliação técnica baseada na análise da estrutura
do processo físico gerador dos dados em con-
c) falta de recursos humanos. sideração;

9 Análise preliminar dos dados coletados b) métodos gráficos consistindo no uso de gráficos
especiais, resultando em nomogramas;
A aplicação de um determinado método estatístico
usualmente exige o preenchimento de algumas con- c) testes estatísticos provendo uma medida quan-
dições gerais e premissas que devem ser cuidadosa- titativa dos desvios da distribuição da amostra em
mente estabelecidas. Algumas destas investigações re- relação à distribuição assumida.
ferem-se diretamente às características do processo de Nota: Nos casos de distribuições, para as quais não existam
coleta, enquanto outras referem-se à distribuição esta- normas específicas, as informações pertinentes podem
tística que melhor representa os dados. Para esta análise ser encontradas na literatura técnica.
preliminar, é útil considerar vários tipos de processos es-
tatísticos matematicamente definidos, como, por exemplo: 10 Métodos estatísticos para o tratamento dos
processo de Poisson, processo de Markov, etc. dados
No contexto da confiabilidade, os dados devem ser mais
9.1 Análise de processo
freqüentemente usados para auxiliar as seguintes ativi-
dades:
O tratamento dos dados e sua conseqüente avaliação re-
querem algumas investigações a priori sobre o processo a) estimação de parâmetros;
gerador de dados. Estas investigações visam principal-
mente a análise das características gerais do processo, b) avaliação de conformidade;
para que se possa fazer o melhor uso possível dos dados
c) monitoração de parâmetros;
coletados.
d) comparação de desempenho.
9.1.1 Identificação do conjunto de causas
10.1 Métodos mais usados
Devem ser tomadas precauções para garantir que seja
Existem muitos métodos estatísticos que podem ser usa-
identificado um único conjunto de causas relacionadas
dos para o tratamento dos dados. Estes métodos são
diretamente com os dados coletados. A presença simul-
descritos em normas e na literatura técnica. Os indicados
tânea de outras causas não identificadas pode levar a
em 10.1.1 a 10.1.3 são exemplos mais comumente em-
uma interpretação incorreta dos resultados.
pregados.
9.1.2 Dependência do processo com o tempo
10.1.1 Processo de estimação

O mesmo cuidado é necessário para analisar uma pos- Este processo leva a estimativa de um parâmetro de uma
sível dependência do processo com o tempo, o que pode distribuição estatística. Esta pode ser por ponto ou por
exigir métodos apropriados de avaliação. intervalo de confiança, para o parâmetro sob investigação.
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10.1.2 Teste de hipótese b) qual precisão é necessária ? (isto é, qual deve ser
o tamanho da amostra ?).
Em situações nas quais devam ser tomadas decisões,
existe freqüentemente a necessidade de um pronun-
ciamento bem fundamentado “a melhor decisão”, prefe- Nota: Respostas a estas questões podem ser encontradas em
normas e literatura técnica.
rencialmente baseado em regras simples e razoáveis.
Um dos métodos mais comumente empregados para
estas decisões é o teste de hipóteses. Neste, as hipóteses 11 Apresentação dos resultados
são previamente formuladas, sendo uma delas supos-
tamente a verdadeira. O valor observado é comparado Quando os resultados forem entregues, todas as con-
com um valor crítico, e o resultado da comparação leva dições para sua compreensão e seu uso correto devem
diretamente à aceitação (ou rejeição) da hipótese admi- estar claramente indicadas. Estas condições devem
tida como verdadeira. Deve-se determinar a grandeza englobar a finalidade da coleta, especialmente com res-
dos erros resultantes da possível decisão a ser tomada. peito ao tipo e à variação dos dados escolhidos. Também
devem ser fornecidas informações sobre as circuns-
10.1.3 Gráficos de controle
tâncias relacionadas à coleta, como: “quando” (por exem-
Estes gráficos têm como objetivo o controle contínuo de plo: hora de maior ocupação), “onde” (por exemplo: con-
um dado parâmetro e a detecção de valores numéricos a dições geográficas) e sua “duração”. As situações es-
ele associados que ultrapassam certos limites, indicando pecíficas que possam limitar a aplicação e o uso dos dados
a necessidade de ações preventivas ou corretivas. Estes devem ser indicadas (por exemplo: dificuldades en-
métodos são descritos em normas e literatura técnica, contradas, suposições específicas que tenham sido feitas,
como, por exemplo, nas ISO 7873, ISO 7966 e ISO 8258. dados incompletos, etc.).
10.2 Tratamento dos dados e tamanho da amostra
11.1 Forma de apresentação
O tratamento dos dados e o tamanho da amostra devem
estar estreitamente relacionados. Antes de iniciar um pro-
A forma de apresentação também deve ser considerada.
jeto de coleta, devem-se procurar respostas para duas
Quando apropriada, uma forma condensada (por exem-
questões:
plo: diagramas, histogramas, apresentações gráficas)
a) como usar os dados ? (isto é, quais as decisões a pode ser mais conveniente que uma apresentação numé-
tomar ?); rica detalhada.

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