Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
de
Ifá
O rácu l o 1
1
Èjìogbè
O Odù Èj ì ogb e fal a de i l um i na ção, bem est ar ge ral , vi t óri a sobre os i ni mi gos,
despert ar espi ri t ual , vi da lon ga e paz m ent al .
Observ ação oci dent al : Novos ne gó ci os ou i nt ensi fi c açõ es nos ne góci os ex i st ent es,
novos rel aci onam ent os, ou ex peri ên ci as espi ri t uai s podem ser espe rad as. Ex ist e um a
possi bi l i dade de com port am ent o supe rz el oso que requ er bom senso para ser supe rado.
Ej i ogb e é o Odù m ai s im port ant e. El e si m bol i z a o pri ncí pi o m ascul i no e, port ant o é
consi de rado o pai dos odùs. Na ordem fix ada por Òrúnm ì l à, Ej i ogb e ocup a a prim ei r a posi ção.
Em Eji o gbe, os doi s l ados do Odù são i dênt i cos: Ogbe est á em am bos os l ados di rei t o e
esqu erdo. O Odù deve ri a ser cham ado “O gb em ej i ”, m as el e é uni vers al m ent e conh eci do com o
Ej i ogb e porqu e ej i t am bém si gni fi ca “doi s”. Há um equil í bri o de forç as em Ej i ogb e, que é
sem pr e um a boa profe ci a.
Dur ant e um a sessão di vi nat óri a, o cl i ent e par a quem Ej i ogb e é di vi nado est á buscando por paz
e prosperi dad e. O cli ent e consul t ou If á porque el e ou el a quer fil hos ou des ej a se engaj a r em
um novo proj et o. If á diz que se o cl i ent e fiz e r um a of erend a, todas as suas ex i gênci as se rão
sat i sfei t as e t odos os seus em pre endi m ent os serão bem sucedi dos. É necess ári o o sac ri fí ci o
pa ra obt er vit óri a sobr e os i nim i gos que pode ri am est ar bl oqueando os c am i nhos do cl i ent e.
S e el e ou el a t em t rabal hado sem pro gr esso ou fei t o negóci os sem l ucro, If á pr evê
prospe ri dade ou ri quez a se a pesso a fiz er os sacri fí ci os ne cessá ri os. Em Eji o gbe, If á pr evê
vi da l on ga desde que o cl i ent e cui de m ui t o bem de sua saúde.
P essoas en ca rnadas pel o Odù Ej i ogb e dev em sem pre consul t ar o or ácul o de If á ant es de tom ar
qual que r de ci são i m port ant e na vi da.
1 – 1 (t r adução do verso)
2
a serem usad as par a sat i sfaz e r o If á de sua cri an ça.
Di sser am que sua vi da seri a prósper a.
El a obedec eu e fez o sacri fí ci o.
Owo t ’ar a, Ese t ’a ra, e Ot ar at ar a são os nom es dos t rês di vi nado res que consul t aram o orácul o
de If á para El erem oj u, a m ãe de A gbonni r egun (um dos t ít ul os de louva ção de Òrúnm ì l à).
El er em oj u est av a enfr ent ando probl em as. El a concordou em faz e r o sac ri fí ci o e sati sf az e r o
If á de sua cri ança ( i ki n If á - d ezessei s f ru tos d e pal mei ra ). El a se t ornou prósper a porque
sa cri fi cou as coi sas que If á presc rev eu.
O sac ri fí ci o desem penha um papel essenci al no si st em a Yo rùbá de cr enças e t radi ç ão
r el i gi osa. De m odo a vi ver l onga e paci fi c am ent e na t err a, espe ra- se que os seres hum anos
f açam os sacri fí ci os necess ári os que at r ai rão boa sort e e af ast ar ão as des gr aç as.
1 – 2 (t r adução do verso)
Out ro di vi nador, cham ado Ot it ol om i fi -nt e l e- isa t am bém consul t ou If á para El erem oj u, a
m ãe de Agbonni re gun. If á confi rm ou que o iki n de sua cri an ça (frut o de pal m a sa gr ado) a
aj uda ri a se el a cont i nuasse a f az er seus sacri fí ci os.
Os di vi nador es de If á são t am bém espe ci al i st as em erv as. S upõe-se que el es est ej am bem
fund am ent ados na m edi ci na t radi ci onal . Ac redi t a- se que todas as pl ant as, erv as, e fol has do
m undo pert en cem a If á . Os conh eci m ent os sobre seus val ores espi ri t uai s e m edi ci nai s podem
ser encont r ados nos ensi nam ent os de If á. Assi m , em m uit as ocasi ões, os di vi nador es de If á
pr escr evem ervas e pl ant as par a a cura ou preven ção de doen ças e enfe rm i dades. Em seu verso
Odù, fol has egbe e são recom end adas para l avar a cab eç a do cl i ent e ( Orí ), a qual se ac redi t a
cont rol a r o dest i no da pessoa.
1 – 3 (t r adução do verso)
3
Ot ot oot o
Oro rooro
S epa radam ent e nós com em os f rut os da t err a.
S epa radam ent e nós com em os i m um u (frut o esp eci al ).
Nós est am os com a c abeç a a ci m a dos cal c anha res em am or com Oba ‘Maki n.
Todos el es di vi na ram par a Agbonni re gun.
Foi di t o que se el e fi z esse sacri fí ci o, el e seri a
ab ençoado com fi l hos; el e nem sab eri a
o núm ero de seus fi l hos
dur ant e e após sua vi da.
Foi pedi do a el e que sac ri fi cass e
um a c abr a e fol has de If á .
S e el e ofer ec esse o sa cri fí ci o, el e deve ri a coz i nhar fol has de If á para suas esposas com er em .
El e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
Fol h as de Ifá : Fol has m oí das ye n m e yenm e (a gbon yi n ),
i ru gba, ou ogi ri (condi m ent os) com c ravos e out ros condi m ent os.
C oz i nhe- os j unt am ent e com os t rom pas de fal ópi o da c abr a.
C ol oque o pot e de sopa em fr ent e ao t rono de Ifá
e deix e que suas esposas a com am al i .
Quando el as t erm i na ram de t om a r a sopa, el as t i veram
m ui t os fi l hos.
As espos as de Agbonni re gun est avam t endo di fi cul dad e em engravi da r e dar a l uz . Os ci nco
Awo que di vi naram pa ra A gbonni re gun enf at iz ar am a i m port ânci a do sacri fí ci o. El es di sseram
que se el e conco rdasse em faz e r o sac ri fí ci o, el e t eri a m ui t os fil hos durant e sua vi da e após a
sua mort e. Adi ci onal m ent e, os sac erdot es ti ver am que f az er uso de seu conhe ci m ent o sobre
m edi ci na t radi ci on al pa ra coz i nhar fol has de agbon yi n com as t rom pas de fal ópi o da c abra
sa cri fi c ada. Est e rem édi o foi consum i do pel as esposas de A gbonni re gun ant es que el e pudess e
t er os fi l hos pr edi t os por If á .
1 – 4 (t r adução do verso)
4
El e se re cusou à sa cri fi c ar,
Eni unkokunj u - o nom e com o qual cham am os o f az endei ro.
Todas as boas coi sas que O ged e ( a banan a) forne ceu
pa ra o f az endei ro não for am apre ci adas.
O faz endei ro por fi m dec api t ou Ogede.
If á m ui t as vez es fal a por pa rábol as. Est a est óri a apr esent a um r el aci onam ent o ent r e a banana
(O ge de ) e, pe rsoni fi cad a com o al guém que foi ge nt il com o faz end ei ro (agbe ), um i ngr at o que
r et ri bui u a gent i l ez a com o m al . Não im port a o quão grand e sej a o rel a ci onam ent o, a banana é
dest ruí da ao fi nal .
Nos t em pos ant i gos, qual que r um enc arnado por est e Odù poderi a ser de capi t ado ao fi m de sua
vi da na t err a. Em t em pos m odernos, i st o se re fer e m ai s à “p erd er- se a cabe ça ” e pa ga r um al t o
cust o.
O rácu l o 2
Oyekumeji
O Odù O ye ku Mej i si gni fi ca escuri d ão e inf el i ci dade, e adve rt e sobre m ort e, doen ças,
pr eocupa ções e um m au pressa gi o, m as t am bém ca rre ga com t udo i sso a sol ução de
t odos esses probl em as.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e com m á sort e encont r a bl oquei o; o cl i ent e com boa
sort e possui fort e suport e ancest r al .
O yek um ej i é o se gundo Odù (ol odu) pri nci pal . El e sim bol iz a o pri ncí pi o fem i ni no. Os odùs
Ej i ogb e e O ye kum ej i de ram nas ci m ent o aos quat orz e odùs pri nci pai s rest ant es.
No Odù O ye kum ej i , há um O ye ku no l ado di r ei t o, que é a forç a m ascul i na, e out ro O yek u no
l ado esqu erdo, que é a forç a f em i ni na.
As pesso as par a quem est e Odù é di vi nado dev eri am form ar um hábi t o de ofer ec er sa cri fí ci os
e sat i sfaz er suas cab eç as (ori ) de t em pos em t em pos de m odo à evi t ar est ados de depr essão.
5
Adi ci onal m ent e, dev eri am ouvi r e respei t ar as opi ni ões de seus m ai s vel hos. El as nec essit am
honr ar seus ancest r ai s re gul a rm ent e.
No Odù O ye kum ej i , Ifá adv ert e cont ra o peri go de m ant er r el aci onam ent os com m ui t as
m ul heres. As mul her es se t orna rão ci um ent as, e os probl em as ge rados i m pedi rão o progresso
do cl i ent e. Dest e Odù, nós aprend em os que é m el hor t er um m ari do, um a esposa.
2 – 1 (t r adução do verso)
O ye dudu awo ori Bi j e consult ou Ifá pa ra Ol ofi n.
Nós pedi m os pa ra el e ofe rec er
um t eci do pr et o, um a cab ra, e fol has e sem ent es de bij e.
Nós di ssem os a el e que est a m ort e i m i nent e
não i ri a m at á- lo, não i ri a m at ar seus fi l hos
se el e fi z esse a ofer enda.
El e obedec eu e fez sacri fí ci o.
S e est e Odù é l an çado, a fam í l i a do cl i ent e deve apl i c ar bi j e (um a e rva af ri can a) sobre suas
f aces e cobri r o If á dos m esm os com t eci do pr et o e fol has de bi j e. El es est ão assegur ados de
que mort e, doenç as, e todos os out ros m al es não serão cap az es de r econhe cê -l os, um a vez que
a mort e não r econhe ce Oni bij e (al guém que faz uso do rem édi o bi j e presc ri t o pel o di vi nador ).
2 – 2 (t r adução do verso)
A fol hagem de pal m ei ra nunc a é afet ada por vent os ou t ornados porqu e el a real i z ou o
sa cri fí ci o r equeri do nest e Odù. Todos os pe ri gos são desvi ados da pal m ei ra.
2 – 3 (t r adução do verso)
Vo cê é o ye
6
Eu sou o ye
Doi s o ye consul t aram If á para Ol ofi n.
El es di sser am
doi s de seus fil hos i ri am f rat ura r [ os ossos] das cox as,
m as el e não dev eri a fi car preo cupado
porqu e el es seri am bem suc edi dos na vi da.
Foi pedi do à el e que sac ri fi cass e t eci do kel eku,
pa ra se r usado com o um a prot eç ão par a as cri anç as.
El e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
If á pr edi sse que o aci d ent e que os fi l hos de Ol ofi n i ri am sofr er não i m pedi ri a o sucesso
dest es na vi da. Tudo o que el e necessi t ava f az er er a real i z ar um sac ri fí ci o e forne cer o t eci do
esp eci fi c ado com o cob ert ura prot et ora.
2 – 4 (t r adução do verso)
7
O rácu l o 3
Iworimeji
Est e Odù fal a das pessoas present e adas com a habi l i dade de ver coi sas com suas
própri as perspe ct i vas. El as m uit as vez es sonham , t êm visões cl a ras, cr escem e t ornam -
se "adi vi nhos " ou espi ri t ual i st as. Cl i ent es com esse Odù devem ser acons el hados a
cul t uar If á. Is so i rá lhes t raz er boas pe rspect i vas, vi da l onga (i r e ai ku), prosperi dad e
(i r e aj e ), um a esposa (i re a ya ) e fil hos (i r e om o).
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á cui dadosam ent e ex am i nando e r eaval i ando t ant o
os c am i nhos t em por ai s com o espi ri t uai s/ em oci onai s.
Odù Iwo ri m ej i ocupa o t erc ei ro l ugar na ordem dos odùs. C om o um ol odu, Iw or i m ej i consi st e
de Iw ori no l ado di r ei t o (o pri ncí pi o m ascul i no) e Iw ori no l ado esqu erdo (o pri ncí pi o
f em i ni no).
If á di z que se al gum a coi sa foi perdi d a, o cl i ent e será assegur ado de que a coi sa será vi st a ou
r ecupe rad a. As chanc es pa ra um a prom oção no t rabal ho são boas, m as o cl i ent e ne cessi t a
of ere cer sac ri fí ci o par a evi t ar que c al uni adores causem sua dem i ssão. S e o cl i ent e desej a
vi aj a r par a for a da ci dade onde resi de ou i r par a out ros paí ses, el e dev e faz er sac ri fí ci o de
m odo que seus ol hos não vej am qual que r m al . Quando o sacri fí ci o co rret o é re al iz ado, um a
pessoa enf erm a segu ram ent e i rá fi car bem de novo.
If á con fi rm a no Odù Iw ori m ej i que os dez essei s frut os da pal m a sagrad a (i ki n If á ) são a
r epres ent aç ão de Òrúnm ìl à e seu obj et o de ado ra ção na t err a. Ei s o porqu e do sac erdot e de If á
( Bab al awo) as ut il i z a par a rev el ar os mi st éri os da vi da.
3 – 1 (t r adução do verso)
8
P ar a evi t ar que el e adoec esse,
foi ori ent ado a el e que sa cri fi c asse
vi nt e anz ói s de pesc a e vi nt e pom bas.
El e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para el e
pa ra se rem usad as par a l ava r sua c abe ça (o ri ),
pa ra se rem usad as par a l ava r seu Ifá .
Opak er e nunca fi ca ri a doent e.
3 – 2 (t r adução do verso)
Ode consul t ou If á a respei t o do que el e pode ri a faz er par a se li vra r de seu ini m i go Awasa.
El e se gui u o consel ho do di vi nador e of ere ceu al guns inham es e um bordão, que foi usado
pa ra m at a r seu i ni mi go.
3 – 3 (t r adução do verso)
9
S ua esposa j am ai s seri a est éri l .
Um a gal i nh a foi o sac ri fí ci o.
Foi di t o que am bas as pal m ei r as m acho e fêm ea
j am ai s se ri am est ér ei s.
P orque Iw ori m ej i re al iz ou o sac ri fí ci o necess ári o, as pessoas nasci das por est e Odù j am ai s
seri am i nfért ei s ou est érei s. El as seri am sem pr e aben çoad as com fi l hos.
3 – 4 (t r adução do verso)
As pessoas vi ri am sem pre re goz i j ar ou c el ebr ar com Ode. Mas porque Ode negl i genci ou o
sa cri fí ci o ne cessá ri o, ni ngu ém j am ai s fi ca ri a com el e. C onsequent em ent e, as pesso as que são
en carn adas por est e Odù t em apen as sucesso t em porári o. Nad a pare ce dura r m ui t o. Suas
ri quez as e praz er es t em sem pre curt a dura ção.
10
O rácu l o 4
Idimeji
Est e Odù fal a dos que t em i ni mi gos se cret os t ent ando l ança r enc ant am ent os sobr e el es
ou os que t êm sonhos rui ns a m ai or part e do t em po. El es preci sam apaz i guar If á par a
poderem vence r essas obst ruções mundan as.
Observ ação oci dent al : O cl i ent e est á sent i ndo aum ent o de pressõ es t ant o nas quest ões
t em porai s com o em oci on ai s.
Id i m ej i é o quart o Odù na ordem fi x ada por Òrúnm ìl à. Est e Odù é fundam ent al porque el e
com pl et a os quat ro pont os ca rdeai s do uni ve rso : Eji o gbe ( Le st e), O yekum ej i (O est e),
Iw ori m ej i (No rt e), e Id i m ej i (S ul ). Odù Id i m ej i si m bol iz a a m at erni dad e. A i nt er ação de um
Id i m ascul i no no l ado di rei t o com um Idi f em i ni no no l ado esque rdo resul t a em r eproduç ão —
o nas ci m ent o de um a c ri anç a.
S e um a pesso a esti ve r encont r ando di fi cul dad e em se est ab el ec er na vi da e esti ve r se mudando
de casa em cas a sem r esi dênci a perm an ent e, Idi m ej i diz que a pessoa dev e r et ornar à ci dad e
ou paí s de seu nasci m ent o. C om o sa cri fí ci o aprop ri ado ao ori ( cabe ça ) ou el ed a (cri ado r) da
pessoa, a vi da poderá faci l m ent e ret orna r ao norm al .
Em Odù Odi m ej i , If á vê boa sort e e vi da l onga para um hom em ou um a m ul her. Mas o cl i ent e
ne cessi t a cul t uar If á par a evi t ar m ort e súbi t a. O cl i ent e poderá se el ev ar à um a boa posi ç ão
na vi da m as dev er á ser cui dadoso com c al uni adores. É possí vel t rab al har duro no com e ço da
vi da e perd er t udo no fi nal . P ar a prosper ar, devem ser fei t as const ant es of erend as aos
an cest rai s do cl i ent e. S e al guém pl anej a vi aj a r, deve ser fei t o sacri fí ci o a Ò gún pa ra asse gur ar
um a j orn ada se gu ra e fel i z . Quando um a m ul her est i ver des esper ada para t er um fi l ho, el a é
a consel had a a sat i sfaz e r Òrúnm ìl à. Ifá di z que el a t er á um a cri ança e que est a c ri anç a será
um a m eni na.
P ar a serem bem suc edi das na vi da, as pessoas en carn adas por Odù Id i m ej i dever ão ser
con fi ávei s, honest as, e fr anc as em seus ne gó ci os com os out ros. El as deve rão t er os pés no
ch ão e serem pr át i cas em sua at i t ude com rel ação à vi da.
4 – 1 (t r adução do verso)
11
At el e wo-abi nut el u consult ou Ifá pa ra It e re.
Foi di t o que suas i déi as i ri am sem pre se m at eri al iz ar;
port ant o el e deve sac ri fi ca r
pr egos, t rês bodes, e t rês gal os.
It er e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
Fo ram pr epar adas fol has de If á para el e beb er.
Ent re os m at eri ai s pr escri t os par a o sa cri fí ci o est av am os pre gos. P regos, que t em c abeç as,
c apaci t a ri am os sonhos de It er e a se r eal iz a rem ou suas idéi as a se concr et iz ar em .
4 – 2 (t r adução do verso)
A m ort e pe rsoni fi cad a est ava m at ando a todos em Il e - If e . If á foi consul t ado. O B abal awo
a consel hou os resi dent es a f az er um sac ri fí ci o que incl uí a um a sim pl es co rrent e que nunc a
pode ser queb rada. Ei s com o a m ão m al évol a da m ort e pode ser det i da.
4 – 3 (t r adução do verso)
4 – 4 (t r adução do verso)
12
Eu sou eni - odi
Vo cê é eni -odi
Doi s eni - odi di vi nar am par a o odi (fort al ez a)
dur ant e hos t il i dades polí t i cas.
Foi di t o: O odi ci rcund ará a ci dad e.
P ort ant o el e deve ofer ece r doi s t eci dos de em bal ar.
E assi m el e fez .
Dur ant e hosti l i dades pol ít i cas ent r e duas ci dades, é de i ncum bênci a dos resi dent es const rui r
um a fo rt al ez a, que os prot eger á de seus i ni m i gos. Iss o t am bém deve ri a se apl i car à um
i ndi ví duo ou um a fam í li a que est ej a sendo am e aç ada de al gum a fo rm a.
O rácu l o 5
Irosumeji
Esse Odù fal a dos que são sem pr e popul ar es e que são t i dos em gr and e est i m a
pêl os am i gos. El es pre ci sam t om ar cui dado com sua saúde, t ant o apl a cando suas
c abeç as ( Orí ), com o ocasi onal m ent e apaz i gu ando Èsù , ou o corpo de assi st ent es de
If á . S e el es se sent em desani m ados e com eç am a perde r int er esse em qual quer coi sa
13
que faç am , If á deve ser consult ado e ap azi guado para el es. Esse Odù denot a
di fi cul dad es em oci onai s e fi nanc ei ros. Mas não im port a o quant o di fí ci l a vi da possa
pa rec er, o cl i ent e pode t ri unf ar pel o ofer eci m ent o dos sac ri fí ci os cor ret os e pel a r ecusa
em gua rdar o m al no cor ação em pensam ent os e i déi as.
Obse rva ção oci dent al : As coi sas não est ão fl ui ndo fa ci lm ent e — i sso requ er m ai s
t rab al ho que o norm al para se re al iz ar qual quer coi sa.
Ir osum ej i é o qui nt o Odù na ord em i nal t er ável de Òrúnm ì l à. El e ped e por um a cui dados a
r efl ex ão sobre nosso fut uro. Nós não podem os fal har em per cebe r que “O hom em propõ e,
Deus di spõe.”
Em Odù Iro sum ej i , If á ped e que um ri t ual f am il i ar sej a r eal i z ado anual m ent e. O cl i ent e
dev eri a cont i nuar a prát i ca e t am bém honr ar e respei t a r os anc est rai s, pa rt i cul arm ent e o pai ,
est ej a vi vo ou m ort o.
Aquel es nasci dos por Iro sum ej i dev eri am f az er [ as coi sas urge nt es] deva ga r, ap rende r [ a t er]
pa ci ênci a, e a a gu arda r que os m om ent os di fí cei s se di ssi pem . El es dev eri am sem pre se
l em bra r que nenhum a condi ç ão é perm an ent e.
O sac ri fí ci o apropri ado dev erá se r ex ecut ado por um a m ul her que est ej a ansi osa par a t er um
beb ê. Ir osum ej i diz que el a engra vi dar á e t er á um bebê. A cri ança ser á um m eni no, que
dev eri a se t ornar um Bab al awo.
5 – 1 (t r adução do verso)
14
e, com o resul t ado, não m orreu.
A chuva não pode ri a dest rui r Iko (r áfi a) porque el e e ra o úni co ent re os t rês i rm ãos que
of ere ceu a est ei r a com o sac ri fí ci o. Iko usava a est ei ra com o prot eç ão cont ra a chuva. Ik o foi
port ant o capaz de m ant er o t í t ul o de seu pai por um l on go t em po.
5 – 2 (t r adução do verso)
Fi l hos de Iro sum ej i sem pre ach ar ão a vi da di fí ci l porqu e Iro su nest e verso de Odù se r ecusou
a faz er o sacri fí ci o requi si t ado.
5 – 3 (t r adução do verso)
O gal o se recusou à sac ri fi ca r seu gor ro verm el ho porque el e t i nha acei t ado a m ort e com o um a
obri ga ção da vi da
5 – 4 (t r adução do verso)
15
Adei si consul t ou If á pa ra At apa ri (c abeç a).
At ap ari i a r eceb er um gor ro do Ori sa.
Foi di t o que ni n guém pode ri a a rran ca r o gorro del e
sem san gr am ent o;
é im possí vel t er doi s gorros.
Ei s o porque as pessoas nasci das por Iro sum ej i
sem pr e ach ar ão a vi da di fí ci l .
O rácu l o 6
Owonrinmeji
Na ord em est ab el eci d a de Òrunm ìl á, est e é o sex t o Odù. Esse Odù pede pel a m odera ção
em t odas as coi sas. Est e Odù predi z duas gr and es bênçãos par a qual quer um que se
en cont ra na m isé ri a, provendo el e ou el a os cor ret os sacri fí ci os. A pessoa ser á
ben efi ci ad a com di nhei ro e um a esposa ao m esm o t em po. If á nest e Odù enf at iz a a
i m port ânci a do sacri fí ci o. Qu ando um sacri fí ci o é of ere ci do, el e não deve ser som ent e
dest i nado aos Òrì sà ou para os ancest r ai s, m as t am bém usado pa ra al im ent a r a boca de
di vers as pessoas. Essa é um a m anei ra de faz er sac ri fí ci os ac ei t ávei s.
Obse rva ção oci d ent al : P ensam ent os cl aros são nec essári os para obt en ção de sucesso.
O cul t i vo da t err a é a oport uni dade m ai s grat i fi c ant e par a os fi l hos de Owon ri nm ej i . C ult i vos
bem suc edi dos e col hei t as com ga nhos em di nhei ro aux i li a rão à prom over suas fi nanç as. P ara
16
suc esso na vi da, os fi l hos de Owonri nm ej i dev em apr ender a propi ci a r suas c abe ças (o ri ) de
t em pos em t em pos, ouvi r seus pai s, respei t ar os m ai s vel hos, e rev er enci ar seus an cest rai s
( egungun).
S e um a pesso a pl anej a vi aj ar, If á diz que sa cri fí ci o dev e ser re al iz ado pa ra ga rant i r
se gur anç a e um a vi aj em praz eros a. P ara l onga vi da, é ne cessá ri o of ere cer sa cri fí ci o a If á e
t am bém sat i sfaz e r o el ed a (c ri ador).
6 – 1 (t r adução do verso)
(...)
A di vi nação de If á foi r eal i z ada por Ol ogbo Oji gol o (o gat o ),
que i a vi si t ar a ci dad e das brux as (Aj e).
Foi di t o a el e que el e ret orn ari a com se gur ança se el e pudesse sacri fi c ar
um a ovel h a, duas pom bas, e fol has de If á
(t ri t ure al guns fi l et es de m et al bronz e e chum bo com sem ent es de wer ej ej e,
e esfr egue ist o sobre um a i nci são fei t a sob as pál pebr as).
El e at endeu ao consel ho e fez o sac ri fí ci o.
O rem édi o de If á foi apl i cado com o indi c ado aci m a,
depoi s de el e t er sacri fi cado.
6 – 2 (t r adução do verso)
17
Goorom aafi yun, Goorom aa fi bo ...
Dos 165 ani m ai s que foram na vi aj em , o gat o foi o úni co que vol t ou para c asa sadi o e bem
di spost o. Isso porque el e re al iz ou t odos os sacri fí ci os presc ri t os por If á .
6 – 3 (t r adução do verso)
Ol oi rekoi r e Ol oorunkoorun,
consul t ou If á par a Op aket e
quando el a est av a se di ri gi ndo à sal a de pa rt o.
El a foi aconsel had a à sacri fi car
duz ent os Ikot i , duz ent as agul h as, duz ent os rat os,
e duz ent os pei x es.
Opak et e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
El a se t ornou fé rt il com o If á predi sse.
Opak et e foi consult a r If á devi do à f al t a de fi l hos. Foi di t o à el a que r eal i z asse sacri fí ci o. El a
of ere ceu o sacri fí ci o e t eve mui t os fi l hos com o predi t o por Ifá .
18
O rácu l o 7
Obarameji
Est e Odù denot a [ que a pesso a est á em] um est ado de i ncert ez a ou suspense, i ncap az de
t om ar deci sões. Os fil hos dest e Odù t êm um a t endên ci a em com pr ar por i m pul so e
m ui t as vez es t ornam - se ví t im as de i l usões. El es l am ent am a m ai ori a de suas de ci sões
por tom a- l as nervos am ent e e às press as. P ara prosper ar na vi da, os fi l hos dest e Odù
i rão preci s ar apl a ca r suas c abe ças ( Orí ) de t em pos em t em pos.
Obse rva ção oci dent al : Bl oquei os ou di fi cul dad es t em por ai s ou espi ri t uai s/ em oci onai s
dev em ser di scurs adas.
Odù Obar am ej i ocupa o séti m o l ugar na ordem fix ada por Òrúnm ì l à. P ara um cl i ent e que
est ej a l i dando com ne góci os, If á di z que pa ra t er um a cas a ch ei a de cl i ent es e ami gos, el e ou
el a t erá que ofe re cer sacri fí ci os e t am bém se gui r Òrúnm ì l à.
S e o Odù Obar am ej i for ap ar ece r no j o go para al guém , el e diz que à part e das di fi cul dades
fi nan cei r as, o cl i ent e est á rode ado de ini m i gos que quer em f az er um a t oc ai a cont ra el e ou
f az e r um at aque de surpr esa em sua vi da ou na sua casa. A di fi cul dade fi nan cei r a se am eniz a rá
e os ini m i gos serão derrot ados quando o cl i ent e concord ar em real i z ar todos os sac ri fí ci os
pr escri t os por If á. P or fi m , a pessoa descobri rá quem são seus i nim i gos e será cap az de
i dent i fi ca r o que ge rou seus probl em as.
7 – 1 (t r adução do verso)
19
Ot unwesi n (“a m ão di rei t a l av a a esqu erda ”).
Osi nwet un (“a m ão esque rda l ava a di r ei t a”).
Ei s o que l i m pa as m ãos.
El as fo ram as que re al iz ar am di vi nações de If á
pa ra a árvor e Awun
quando Awun i a l avar a cab eç a (ori ) de Onde ro.
Foi di t o que el e prospe rari a.
El e deveri a port ant o ofe re cer
um a ovel h a, um a pom ba, e cont as de coral .
El e obedec eu e fez o sacri fí ci o.
Foi pedi do à el e que am a rrass e as cont as
na esponj a que el e usari a par a se l avar.
7 – 2 (t r adução do verso)
P ort ant o, qual que r um que re ceb er est e Odù ser á ori ent ado a usa r roupas branc as.
7 – 3 (t r adução do verso)
20
um a ovel h a par a evi t ar doenç a.
El e se re cusou a of ere ce r o sac ri fí ci o.
Quando Ej i -Obar a ch egou em If e ,
el e est ava ent ret i do com a carn e de um a ovel ha.
El e a com eu e fi cou t ão t erri vel m ent e doent e que seu t órax
por fim est av a gra nde de um a form a anorm al .
Desd e ent ão, aquel es que são nasci dos par a est e If á sem pre t erão
o t órax ex t rao rdi nari am ent e grand e.
Tab u : Aquel es que são nasci dos por Odù Obar am ej i não dev em com er carn e de ovel ha.
7 – 4 (t r adução do verso)
Do m esm o m odo, est e rem édi o pode ser cozi nhado pa ra cl i ent es par a quem est e If á sej a
l anç ado e que j á t enham real i z ado o sac ri fí ci o pr escri t o por If á .
21
O rácu l o 8
Okanranmeji
Est e Odù si gni fi c a probl em as, casos t ri bunai s, sofri m ent os e m ás vi braçõ es. Fi l hos
desse Odù, i rão sem pre ace rt ar em chei o por faz er em ou diz er em o que é ex at am ent e
c ert o. As pessoas pensam fr eqüent em ent e que os fi l hos desse Odù são agressi vos e
m andonas devi do a el es t ent arem prev al ec er ap esar de t odos as probabi l i dades. Em
m ui t as si t uaçõ es el e s i rão se rebel ar cont ra as conv enções da soci ed ade e
cons equent em ent e cri am probl em as par a el es m esm os. P ropensos a i nfe cções, os fi l hos
desse Odù dev em t om a r cui dado com sua saúde de form a a não se t orna rem doen ças
c rôni cas.
Obse rva ção oci d ent al : É hora de com prom et e r-se a al i vi ar probl em as.
Okan ranm ej i é o oi t avo Odù na ord em i nalt e ráv el de Òrúnm ì l à. S e Okan ranm ej i é l ançado
pa ra um cl i ent e, If á diz que o cl i ent e est á sofr endo por fal t a de fi l hos, di nhei ro, e out ras
coi sas boas da vi da. Mas se o cl i ent e cre r em Òrúnm ì l à e cul t uar If á , t odos os seus probl em as
ser ão resol vi dos. P ar a vence r os i nim i gos e t er cont rol e sobre t odas as di fi cul dad es, o cl i ent e
t er á que ofer ece r sa cri fí ci os à S àngó e Èsù .
8 – 1 (t r adução do verso)
22
8 – 2 (t r adução do verso)
Osunsun- i gbó- yi - kos’oj e, Oburokos’ej e for am aquel es que di vi naram If á para S akot o quando
el e i a par a a ci dade de Owa.
Foi ori ent ado a el e que sacri fi casse um a pom ba, um a ovel ha e t rês bol os de fei j ão.
El e at end eu ao cons el ho e f ez o sacri fí ci o. Os Bab al awo o aconsel h aram ai nda a com er os
bol os de f ei j ão e não dá- los pa ra Èsù . Enquant o el e part i a em sua j ornada, el e l evav a os bol os
de fei j ão consi go. El e encont rou o pri m ei ro Èsù e di sse, “S e eu desse a você est e bol o de
f ei j ão, você fari a a chuva m e ati n gi r at é que eu che ga sse à ci dade de Ow a.” Ent ão el e m esm o
com eu o bol o de fei j ão e prosse gui u.
El e passou pel o segundo Èsù , est i cou sua m ão com um bol o de fei j ão pa ra Èsù , e rep et i u o que
havi a di t o pa ra o prim ei ro. Ent ão el e com eu o bol o de fei j ão. El e fez a m esm a coi sa com o
t er cei ro Èsù .
Enfu reci do, o t ercei ro Èsù fez com que a chuva at i ngi sse S akot o at é que el e che ga sse à
ci dad e de Owa.
Os Ba bal awo havi am predi t o que e próx i m a pessoa a ser i nst al ad a com o r ei da ci dad e de Owa
ch egari a bast ant e mol had a pel a chuva. Os habi t ant es de Ow a fiz e ram dest e est ranho
en char cado [pel a chuva] seu rei .
8 – 3 (t r adução do verso)
23
Ol u- i gbo ent ão aspe rgi u o rem édi o de If á sobre In á t al com o i nst ruí do pel o B abal a wo . El e
r eci t ou t rês vez es: Mo da a per e o se pere.
O fogo ( Iná ) se ex t i ngui u, de form a que Ewu est av a di sponí vel para Ol u-i gbo.
Ol u- i gbo, a fl orest a densa, ai nd a hoj e r et ém a es curi dão que el e sacri fi cou.
8 – 4 (t r adução do verso)
O rácu l o 9
24
Ogundameji
Est e Odù adv ert e cont ra bri gas, di sput as e host i li dad es im i nent es. Durant e um a sessão
de di vi na ção, se esse Odù apar ec e para um a pessoa el a dev e ser avi sada par a t er
cui dado com t rai dores ou am i gos en ga nador es. If á di z que a pessoa deve t er con fi ado
em al guém i ndi gno de confi ança. S e o cl i ent e est á em bat al ha com probl em as
fi nanc ei ros e oposi ç ão de i ni mi gos, est e Odù di z que a pessoa dev e ofer ece r o
sacri fí ci o ce rt o a Ò gún e t am bém apl ac ar a sua c abe ça ( Orí ) para que t enha êx i t o e
prosperi dad e.
Observ ação oci d ent al : O cl i ent e est á sobre car re gado com t rab al ho e probl em as
pessoai s de out r as pessoas.
Na ord em de Òrúnm ì l à, o Odù Ogundam ej i ocupa o nono l ugar. El e é o Odù que en ca rna
Ò gún , o deus do fe rro e da gu err a. A m ai or pa rt e dos fi l hos de O gundam ej i são ador ador es de
Ò gún , que são re conhe ci dos por seu poder, cor agem e t al ent os c ri at i vos. C om suas habi l i dades
i m agi n at i vas incom uns el es abr em port as e c ri am oport uni dad es de em pr ego par a os out ros.
P essoas en ca rnadas por O gundam ej i são sem pre aben çoad as com m uit os fi l hos.
9 – 1 (t r adução do verso)
25
O prim ei ro hom em o agrad ec eu e pedi u a el e que abri sse um a t ri l ha de l á at é a ci dade onde
r esi di a.
O hom em prom et eu enri qu ece r a vi da de Ò gún se el e at endesse o seu des ej o.
O hom em gar ant i u a Ò gún que el e t am bém re cebe ri a coi sas val i osas que i ri am el ev ar sua
con fi anç a.
O segundo hom em i gual m ent e a gr ade ceu a Ògún e fez um pedi do si m i l ar.
Ò gún concordou em faz e r t al com o el es pedi ram .
Ò gún t em si do sem pr e ch am ado de O gundam ej i desde o di a em que el e di vi di u um peix e pa ra
duas pessoas que est avam bri gando.
9 – 2 (t r adução do verso)
9 – 3 (t r adução do verso)
26
9 – 4 (t r adução do verso)
O rácu l o 10
Osameji
Est e é um Odù que si gni fi ca fal t a de cora ge m e fu ga de bri gas ou oposi ções. Fi l hos
desse Odù re al iz am um a gr ande quant i dad e de vi a ge ns, ou a negóci os ou por praz e r.
El es cr escem e t ornam - se bons adm i nist rado res se el es ge st am os ne góci os dos out ros.
C om o el es são faci l m ent e am edront ados, el es não i rão cor rer ri scos.
27
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra m udan ça i nespe rad am ent e em t ranst ornos t ant o
10 – 1 (t r adução do verso)
10 – 2 (t r adução do verso)
28
Qual qu er um par a quem est e If á é di vi nado t er á m ui t os fil hos.
10 – 3 (t r adução do verso)
É a consel háv el a qual que r um par a quem est e If á sej a di vi nado se casa r com um a e apen as
um a m ul her.
10 – 4 (t r adução do verso)
29
O rácu l o 11
Ikameji
Est e Odù si gni fi c a m uit as preocup açõ es e port ant o pede por m odera ção. Com o cor ret o
sa cri fí ci o é possí vel ex er cer cont rol e. Fi l hos desse Odù est ão sem pre cer cados por
pessoas que são predi spost as a im por dor aos out ros ou que t em pr az e r no sofri m ent o
dos out ros. El es t êm que est a r const ant em ent e prev eni dos devi do a el es não poder em
cont a r com f am íl i a ou ami gos pa ra aj udar.
Obse rva ção oci d ent al : Esse é um bom m om ent o para conc epção.
30
com a fal t a de fi l hos confi áv ei s e com ne cessi dades fi nanc ei ras. Mas se o cl i ent e real i z ar os
sa cri fí ci os apropri ados pa ra If á e Ògún , el e ou el a t er á oport uni dades il i m it ad as para se
t orna r produt i vo(a ) e bem sucedi do(a ).
11 – 1 (t raduç ão do verso )
11 – 2 (t raduç ão do verso )
Et usese fi ’nu- i gbose’l e, Oni wak awak afi ’nu -i sase ‘budo
quando aquel es que consul t ar am If á par a B ara A gbonni r egun,
que est ava indo a If e para com eç ar um pa rt o.
Foi di t o a el e par a sa cri fi c ar doi s grãos de m il ho e duas gal i nhas.
El e real i z ou o sacri fí ci o.
El e pl ant ou o m i l ho, o qual
el e col heu quando fi cou m aduro par a propi ci a r sua c abe ça (o ri ).
El es di sser am : Aquel e que co rt ou duas fol has (pal has) de m i l ho para
dei fi c ar sua cab eç a deve ri a se r cham ado Ik am ej i .
Qual qu er um par a quem est e Odù é di vi nado t erá mui t os fi l hos.
ou se torn ará bem sucedi do no mundo.
11 – 3 (t raduç ão do verso )
31
pa ra evi t a r que as pessoas seduz i ssem sua esposa.
El e segui u o consel ho e real i z ou o sacri fí ci o.
O ye e Owore eram ri vai s de Òrúnm ì l à.
El es e ram i ncap az es de seduz i r a esposa de Òrúnm ì l à porque
Òrúnm ì l à ti nha r eal i z ado o sac ri fí ci o.
A esposa de Òrúnm ì l à se cham a Ope.
11 – 4 (t raduç ão do verso )
32
O rácu l o 12
Oturuponmeji (Ologbonmeji)
A car act e rí st i c a m ai s im port ant e das pesso as nas ci das nest e Odù é a pe rsi st ên ci a. El es
são vi gorosos e resol ut os e i rão m ost r ar det erm i naç ão apes ar de t rat am ent o rude.
Obse rva ção oci d ent al : Quest ões r el aci onad as aos fil hos est ão na m esa .
Ot uruponm ej i , t am bém ch am ado de Ol ogbonm ej i , é o déci m o se gundo Odù pri nci pal na ordem
i nal t er ável de Òrúnm ì l à. Est e Odù si m boli z a a cri aç ão de fi l hos. P ar a t er fi l hos saud ávei s e
bem com port ados, Ot uruponm ej i diz que é nec essári o of ere ce r sac ri fí ci os aos e gun gun
( ant epassados ) e a O ri sa-nl a. Os fi l hos de Ot uruponm ej i t endem a se t orna rem com pl ac ent es.
P ar a tom ar de ci sões sábi as, el es devem ouvi r e resp ei t ar as opi ni ões de seus pai s e os pont os
de vi st a dos m ai s vel hos em ge ral .
Os fi l hos de Ot uruponm ej i t êm for ça para suport ar as nec essi dades ou a dor.
C onsequent em ent e, el es se torn am dem asi ado i m prudent es, t ei m osos, e fa ci l m ent e confusos.
S e for pa ra el es perm anec er em con cent r ados e não pe rder em suas posi ções na vi da, dever ão
ser f ei t os esfo rços persi st ent es par a propi ci ar suas cab eç as (o ri ) e sacri fí ci os a If á
r egul arm ent e.
12 – 1 (t r adução do verso)
33
quando el es est av am prest es a desc er para If e .
Foi predi t o que am bos
i ri am se sobressai r em If e .
Foi pedi do a el es para sacri fi car dez essei s ca ra cói s, dez essei s t art aru ga s,
dez essei s ped ra de rai os (doi s de cad a é sufi ci ent e),
e fol has de If á (fol has de okunpal e e abo- i gbo ou a gbos awa e
out ros condi m ent os, pa ra se rem m oí dos e coz i nhados com o sopa e
dados ao cl i ent e para com er; qual que r um que des ej asse usar
o r em édi o par a prospe ri dade t am bém poderi a com ê- lo).
Após com er o r em édi o,
o cl i ent e dever á deposi t ar os
edun -aa ra (pedr a de rai os) sobre seu If á .
12 – 2 (t r adução do verso)
12 – 3 (t r adução do verso)
34
f erve r o ca ra col , e coz i nhá- los j unt os;
est e rem édi o dev e ser dado ao cl i ent e pa ra com er ou pa ra
qual que r out ro que quei ra usá-l o).
Odo segui u o consel ho e fez o sacri fí ci o.
O rem édi o de If á foi cozi nhado para el e t al com o descri t o a ci m a,
de form a que el e pudesse est a r se gur am ent e ass ent ado.
C om o o gb egi é profund am ent e enrai z ado, Odo sem pre
est a rá fi rm em ent e ass ent ado em qual qu er l u ga r.
12 – 4 (t r adução do verso)
35
Or ácul o 13
Oturameji
Est e Odù sugere paz m ent al e l i berdad e de todas as i nqui et ações (ansi ed ades). Fi l hos
dest e Odù são m ei gos e mode rados em car át er.
Obse rva ção oci d ent al : Est e é o m om ent o par a novos sucessos em negóci os e
r el aci onam ent os.
36
Ot ur am ej i diz que el e deve ri a f az e r sac ri fí ci o à Ò gún , Yem onj a, e If á . El e dev eri a ent ão se r
c apaz de ven cer seus i nim i gos, ganha r al gum di nhei ro, e fi nal m ent e t er um a esposa e fi l hos.
13 – 1 (t r adução do verso)
13 – 2 (t r adução do verso)
(...)
consul t ou If á par a Òrúnm ì l à
quando el e i a des cobri r e est abel ece r um a ci d ade.
Foi di t o a el e par a sa cri fi c ar
um grupo de form i gas- sol dado (owo i j am j a), sabão ne gr o,
qua rent a búz i os j á prep arados em um cordão no escuro,
um peda ço de pano bran co, e um a árvor e odan.
Òrúnm ì l à at endeu ao consel ho e fez o sac ri fí ci o.
Os B abal a wo s a consel har am Òrúnm ì l à a pl ant ar a árvor e Odan
num m at agal e am ar rar as búzi os nel a.
El e deveri a l avar seu corpo com o sabão negro prepa rado com fol has de Od an e
c arr ei ras de form i gas.
El e deveri a usar o pano bran co par a se cobri r.
S e est e If á enc arna al guém , dev e ser di t o à est e al guém pa ra faz er da m esm a form a.
Os B abal a wo s di ri am a el e com se gu ranç a que o lu ga r
onde el e pl ant ou a árvor e odan t al com o descri t o a ci m a
ev ent ual m ent e se torn ari a um m er cado.
13 – 3 (t r adução do verso)
37
Foi di t o a el e par a of ere cer
duas t art aru gas de m odo a se t ornar ri co.
Ot u ouvi u e f ez o sacri fí ci o.
Os B abal a wo s adv ert i ram Ot u pa ra não m at ar as t art aru ga s
m as pa ra vendê- l as. Por m ei o de um sort ei o, el e deveri a
de ci di r onde i r pa ra vendê- l as.
Quando el e chegou na ci dade, foi ofer eci do à el e oi t ent a bol sas
de di nhei ro pel as t art arugas.
Èsù a consel hou Ot u à não ac ei t ar o preço.
Èsù est á sem pre a favo r de qual quer pesso a que real i z e sac ri fí ci os.
Quando o pre ço foi el ev ado par a vá ri as c ent enas de bol sas
de di nhei ro, Èsù o aconsel hou a ac ei t ar a ofe rt a.
Ei s com o Ot u se tornou ri co.
Os B abal a wo s di sseram : O di a que Ot u com prou duas t art a rugas
dev eri a ser ch am ado Ot ur am ej i .
13 – 4 (t r adução do verso)
(...)
consul t ou If á par a Òrúnm ì l à.
Foi di t o a el e par a r eal iz a r sac ri fí ci o de modo
que el e pudesse gov ern ar sua ci dade adequ adam ent e.
Òrúnm ì l à di sse: “ Qual é o sacri fí ci o? ”
Os B abal a wo s di sseram : S ei s est ei r as , sei s penas de pap agai o, sei s c abras,
e mi l e duz ent os búz i os.
Foi di t o a el e que pessoas de toda part e do mundo vi ri am
pa ra honr á- lo sobre a est ei r a.
Òrúnm ì l à real i z ou o sacri fí ci o t ão rápi do quant o possí vel ,
e pessoas de toda part e do m undo vi e ram par a honr á-l o sobre a
est ei r a t al com o pr edi t o.
Desd e aqu el e di a, os B abal a wo s t em se sent ado sobre a est ei r a par a
r eal iz a r di vi nação de If á .
38
O rácu l o 14
Iretemeji
Est e Odù di z que pa ga para se i ncl i nar par a conqui st ar. Hum i l dade é um a vi rt ude m ui t o
i m port ant e. Est e Odù avi sa cont r a i nt ri gas e i nim i gos que est ão t ent ando desp acha r
pront am ent e nossas ch ances de suc esso na vi da.
Obse rva ção oci d ent al : Est a pessoa m archa pel o seu próp ri o t am bor e t em probl em a em
subm et er-se.
Na ordem fi x a de Òrúnm ì l à, Odù Ir et em ej i ocupa a déci m a -quart a posi ção. Est e Odù pede por
t ot al dedi ca ção a If á . Todos os fi l hos de Ir e t em ej i dev em ser devot os de Òrúnm ì l à. As
c ri anç as do sex o m ascul i no dev em ser ini ci ad as par a se t orna rem Bab al awo s. S e as cri an ças
c rer em em If á , Òrúnm ì l à conc eder á a el as boa sort e para di nhei ro, esposas, fi l hos, vi da
l on ga, e fel i ci dad e.
De t em pos em t em pos el es dever ão propi ci ar suas cab eç as (ori ) de m odo a evi t ar es t ress e
em oci on al ou humi l haç ão por forç as m al éfi c as. S e Ir e t em ej i for l ançado par a um cl i ent e que
est i ver doent e, If á di z que par a um a r ápi da r ecupe ra ção o cli ent e deve rá real i z ar os sa cri fí ci os
co rret os a Obal uwai ye (S anponn a) e aos fei t i cei ros (aj e ).
Os fi l hos de Ir et em ej i deveri am apr ender a rel ax ar, porque é fá ci l para el es fi c ar am fat i gados,
abo rre ci dos, e i m paci ent es quando est ão sob pressão.
14 – 1 (t r adução do verso)
39
Okan awo Ol ui gbo consul t ou If á pa ra Ò rúnm ìl à
quando el e est av a i ndo par a If e .
Foi di t o a el e que qual quer pesso a que el e i ni ci asse não m orre ri a j ovem .
Fol h as de t et e e duas pom bas devem ser sacri fi cadas.
El e ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o.
O t et e foi am assado na á gu a par a ser usado par a l ava r sua
c abeç a.
14 – 2 (t r adução do verso)
14 – 3 (t r adução do verso)
Odan -ab ’ori pe gunpe gun consul t ou If á par a Akon (o ca ran gu ej o).
Foi di t o a el e que el e nunca i ri a se acost um ar com as pessoas
no m er cado m as se el e qui sesse cor ri gi r est a f al ha em si m esm o, el e
dev eri a sacri fi c ar um pot e de az ei t e (at a-epo ) e um x al e.
Akon se re cusou a f az er o sa cri fí ci o num di a de m erc ado.
Akon equil i brou seu pot e de az ei t e- de- dendê na sua c abeç a.
Quando el e t ent ou se em brul har com seu x al e,
o pot e c ai u de sua cab eça e
o az ei t e m an chou suas roup as.
O az ei t e -de- dendê que m anchou o corpo
de Akon naqu el e di a perm ane ceu nas suas cost as at é hoj e.
S e qual que r um nasc er por est e If á ,
est e deveri a ser advert i do a nunca usar um x al e
pa ra cob ri r seu corpo.
40
14 – 4 (t r adução do verso)
41
O rácu l o 15
42
Osemeji
Est e Odù im pl i ca em vi t óri a sobre i ni mi gos e cont rol e sobr e di fi cul dades.
Obse rva ção oci dent al : Est e é o m om ent o de i ncert ez a ou de mudan ça de condi çõ es em
ne gó ci os e rel aci onam ent os. É um bom m om ent o para am or e di nhei ro.
Osem ej i é o dé ci m o-qui nt o Odù na ordem inal t er ável de Òrúnm ì l à. S e os sac ri fí ci os cor ret os
for em ex ecut ados, os fi l hos de Osem ej i vi verão at é um a i dad e l onga, desde que el es cui dem
de sua saúde. El es t am bém devem fort al e cer sua cr enç a em If á e suas própri as cap aci dad es de
m odo a prosp era r na vi da. P ar a am or, um casam ent o f el iz , e prosp eri dad e fi nancei r a,
sa cri fí ci os ad equados dev em ser real i z ados à Osun.
S e Osem ej i é l ançado par a um cl i ent e, If á diz que o cl i ent e t em mui t os i ni mi gos e, para
ven cer os i ni m i gos, deve ofer ece r sac ri fí ci os a S àngó e Òrúnm ì l à. Acr edi t a- se que Òrúnm ì l à
t em enorm es poder es par a ven cer t odos os i ni mi gos t ant o na t erra com o no céu.
Em Osem ej i , If á nos ensi na que apenas sacri fí ci os podem sal var os seres hum anos. A vi da é
des agrad ável sem sa cri fí ci o. Fal t a de fé ou aut o-confi ança é sem pr e um a t ra gé di a.
15 – 1 (t r adução do verso)
15 – 2 (t r adução do verso)
43
Aj e segui u o consel ho e sacri fi cou.
O mundo i nt ei ro est á fel i z por est ar em busca de Aj e.
15 – 3 (t r adução do verso)
15 – 4 (t r adução do verso)
O rácu l o 16
Ofunmeji (Orangunmeji)
Est e Odù si gni fi c a boa fo rt una. El e pede por paci ên ci a e t ransi gênci a — um a vi da de
da r e r ec eber. C om cert os sacri fí ci os, suc esso é ga rant i do.
44
Obse rva ção oci d ent al : As coi sas est ão fl ui ndo.
16 – 1 (t r adução do verso)
16 – 2 (t r adução do verso)
45
(odùs pri nci pai s).
Foi predi t o que os fi l hos seri am pobres.
S e el e qui sesse que el es conse gui ssem di nhei ro, el e t eri a que
sa cri fi c ar dez essei s caba ças de fa ri nha de mi l ho, dez essei s cab aç as
de ekuru, dez essei s ol el e (f ei t o de fei j ões verm el hos), e dez essei s ovel has.
Ol ofi n se recusou à re al iz a r o sac ri fí ci o.
El e di sse que est ava sat i sfei t o apen as por f az er nas cer as cri anças.
El e sacri fi cou apen as par a si m esm o e i gno rou as cri anç as.
P ort ant o, os B abal a wo nunc a devem fi car ansi osos por
j unt ar di nhei ro ao i nvés de adqui ri r sab edori a e poder ao l ongo de
suas vi das.
16 – 3 (...)
consul t ou If á par a Ej i o gbe e os rest ant es dez essei s odùs
pri nci pai s.
Foi pedi do a el es para pagar em o débi t o de sacri fí ci o devi do por sua
m ãe.
El es se recus ar am a re al iz a r o sac ri fí ci o.
Ei s o porque os Bab al awo nunca foram ri cos,
em bor a el es sej am ri cos em sabedori a.
16 - 4
A gba gb a- il uf ’i di kodi consul t ou pa ra Or angunm ej i , à quem foi pedi do sac ri fi ca r um a ovel h a,
dez essei s pom bas, e t rês m i l duz ent os búzi os. El e se gui u o consel ho e sa cri fi cou. O B abal a wo
di vi di u os m at e ri ai s de sa cri fí ci o em duas pa rt es, rese rvando m et ade pa ra si própri o e dando a
out ra m et ade para Oran gunm ej i pa ra usar pa ra propi ci ar sua cab eça (ori ) quando el e
r et ornasse para cas a.
Ao che ga r em casa, foi di t o a Oran gunm ej i que sua m ãe gost ari a de vê- l o e a seus i rm ãos m ai s
vel hos na faz enda. Assi m , el e est av a i ncap aci t ado de re al iz ar o sac ri fí ci o de propi ci ar seu ori
em c asa. C arre ga ndo os m at eri ai s com el e, el e se j unt ou à seus i rm ãos m ai s vel hos de form a
que todos pudess em visi t ar sua m ãe com o dit o. Quando el es ch egar am na front ei ra, o
fun ci onári o da al fând ega pedi u a el es para pa ga rem um a t ax a de al fând ega. Ej i ogb e, o l í der
dos odùs, não t i nha os duz ent os búz i os ex i gi dos, e nenhum out ro dos quat orz e odùs ti nha
di nhei ro para pagar. Apenas Oran gunm ej i , o déci m o-sext o Odù, ti nha o di nhei ro, que el e
pa gou por t odos el es ant es que el es pudessem at rav essar [ a front ei ra] par a i r à faz end a.
Assi m , quando el es ch egar am à f az enda, os quat orz e odùs rest ant es deci di r am t orna r a am bos
Ej i ogb e e Oran gunm ej i os ch ef es da f am íl i a. Desde aquel e di a, nós sem pre ch am am os
46
Or angunm ej i de “ Ofunm ej i ”. Desd e aquel e di a, fal am os, “N enhum Ifá é m ai or do que
Ej i ogb e, e nenhum If á é m ai or do que Ofunm ej i .”
P or est a raz ão, ao l ança r a sort e (i bo) na di vi nação de Ifá , se Ej i ogb e ou Ofunm ej i for em
l anç ados, nós sem pre deci di m os a sort e em favo r del es.
O rácu l o 17
Ogbe‘Yeku
Ness e Odù som os acons el hados a usar a i nt el i gên ci a ao cont rári o da for ça ou
con front aç ão par a supe rar obst ácul os ou ini m i gos. Não i m port a quant o i m port ant e
al guém sej a, est a pessoa ne cessi t a obt er e se gui r o consel hos de um B abal a wo. C ren ça
i nabal ável em Ifá i rá sem pre recom p ensar o "cl i ent e".
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á ge ral m ent e dedi c ando m uit a ene rgi a a quest ões
t em porai s e pre ci sa se "ab ri r" espi ri t ual m ent e e em oci onal m ent e.
No Odù Ogbe’ Yeku, Ogbe est á na di r ei t a, repr esent ando o pri ncí pi o m ascul i no, e O ye ku est á
na esquerd a, rep res ent ando o pri ncí pi o fem i ni no. Quando O gbe vai vi si t ar com O yeku, as
t rans form açõ es r esult ant es dest e m ovi m ent o são si m bol i z adas por Odù Ogbe’ Yeku. (C om o
ant e ri orm ent e di scut i do, exi st em 256 odùs no si st em a If á de di vi naç ão: dez essei s odùs
47
pri nci pai s e 240 ram i fi c açõ es ou com bi naçõ es de Odù. Odù Ogbe’ Yeku é o pri m ei ro das
com bi na ções de odùs e el e ocupa o déci m o-sét i m o l uga r na ordem fi x a de Òrúnm ì l à.)
17 – 1 (t r adução do verso)
48
ao Bab al awo que consul t ou If á par a el e: sua
j ovem r ai nha, duas cabr as grand es, e quat ro m il e quat roc ent os búz i os.
O oba re al iz ou o sac ri fí ci o. Ol ukot un Aj am l ol o
c arr egou os m at eri ai s do sacri fí ci o para cas a e c ant ou a
se gui nt e canç ão: Ekum i ni , Ekum i ni , ei s com o If á
pode ser f avoráv el , e assi m por di ant e.
C om est e Odù nós ap rendem os com o Ol ukot un Aj am l ol o foi bel am ent e recom p ensado e
f avore ci do devi do à sua i nabal áv el cren ça em If á .
17 – 2 (t r adução do verso)
(...)
(...) consul t ou If á par a Al a gem o (c am al e ão) quando el e i a cel ebr ar as fest i vi dades anuai s com
Ol okun.
Foi pedi do a el e para sac ri fi ca r vi nt e mi l búzi os,
duz ent os pom bos, e um a vari ed ade de t eci dos. El e segui u o
cons el ho. Os di vi nado res prepa rar am rem édi o de If á par a el e.
Al a gem o ent ão envi ou um a m ensagem pa ra Ol okun di z endo que
el e i a part i ci pa r das fest i vi dad es.
El e gost ari a de com pet i r com Ol okun ao usa r
roup as i dênt i cas. Ol okun r espondeu, “ Tudo bem ! C om o voc ê
se at reve, Al a ge m o? ” El e di sse que a gu ard ari a a che ga da
de Al a gem o. Al a gem o che gou no di a propost o. Ol okun
i ni ci ou a com pet i ç ão. Qual qu er roup a que Ol okun
usasse, Al a gem o usari a a m esm a e as i gu al ari a.
Após um curt o t em po, Ol okun fi cou z angado e deci di u
que el e t ent ari a bl oquea r o cam i nho de form a que Al agem o
a chari a i m possí vel r et ornar par a cas a. El e foi
busc ar o aux íl i o dos fei t i cei ros e brux as par a col oc ar
obst ácul os no c am i nho de Al agem o. Al agem o por sua vez foi
consul t ar os Bab al awo s sobre o que el e dev eri a faz er para evi t ar
qual que r i m pedi m ent o em seu c am i nho para casa. El e foi ori ent ado a
sa cri fi c ar eni - agba fi (um a est ei r a de ráfi a ), i gba- ewo (um a cab aç a [ com ]
i nham es assados am assados ), e al gum as out ras coi sas.
El e segui u o consel ho. O r em édi o de If á foi prepa rado para
el e. Foi ensi nado a el e a se gui nt e c anç ão:
49
Oso i be e j owo m i . Aj e ibe e j owo m i . Bi Igun ba j ’ebo
a j ooegb a. (P ossam as fei t i cei ras aqui m e dei x ar em paz
P ossam as brux as aqui m e dei x arem em paz
S e um abut re com e o sacri fí ci o, el e dei x a a c abaç a aqui ).
Foi ai nda pedi do a el e que est i casse a est ei r a
no ri o e se sent asse sobre el a. Al agem o fez com o foi di t o
por seus Bab al awo e el e foi cap az de volt a r par a c asa.
Al a gem o re al iz ou os sacri fí ci os presc ri t os por seus Bab al awo e foi port ant o capaz de supera r
os obst ácul os que Ol okun am ea çou col oc ar em seu cam i nho.
Or ácul o 18
Oyekulogbe
Est e Odù sugere que o cl i ent e i rá encont r ar um confl i t o. Ao i nvés de envol ve r- se, o
cl i ent e dev e ser um m edi ador. E assi m faz endo, el e ou el a i rá t er vant a ge m . Est e Odù
t am bém nos pr evi ne para se rm os cui dadosos com am i gos que possam causa r dest rui ção
da c asa/ fam í l i a. Um c am i nho de t rabal ho ou car rei r a apar ec em bl oqueados ou
di fi cul t osos.
Na fi l osofi a Yo rùbá , não há i da sem vol t a. Odù O ye kul o gbe , o déci m o-oi t avo Odù na ordem
fi x a de Òrúnm ì l à, r epres ent a a vi si t a de ret orno de O yeku, no l ado di rei t o do Odù, à Ogbe,
a go ra na esquerd a. Port ant o est e Odù com pl et a o ci cl o de m ovim ent os de Ogbe a O ye ku e de
O yek u de vol t a a Ogbe.
18 – 1 (t r adução do verso)
50
Òrúnm ì l à foi o úni co que re al iz ou o sa cri fí ci o.
Quando os est ranhos chegar am , el es ent ra ram na casa de Al ara
e com eç aram a bat er um no out ro. Al a ra os col ocou par a for a. Os
est r anhos t am bém vi er am para a c asa de Aj e ro e para as [ casas] dos quat orz e
r ei s rest ant es. Todos el es puser am os est ranhos para for a. Mas quando os
est r anhos che ga ram à c asa de Òrúnm ì l à e com eça ram a bat er um
no out ro, Òrúnm ì l à t ent ou paci fi c á-l os. Di nhei ro e cont as
est av am cai ndo dest es est ranhos em l ut a. Òrúnm ì l à est ava
ocup ado re col hendo t odo o di nhei ro e cont as e j ói as preci osas.
A l ut a ent re os est ranhos conti nuou por di as, at é que
a casa de Òrúnm ì l à est ava r epl et a de di nhei ro e todas as coi sas boas.
O yek ul ogb e ! Edu se t ranqui l iz ou. Os nom es dos dez essei s
r ei s pri nci pai s são: Ol owu, Ol i bi ni , Al ar a, Aj ero, Oran gun,
Ewi , Al aa fi n-O yo, Owore, El epe, Ob a-Ad ada, Al aaj o gun, Ol u-
O yi nbo, Ol u- S abe, Ol owo, Ol u- Tapa, e Ol oko ou Osi nl e.
Os r ei s possuem ri quez as e todas as boas coi sas, m as não t em paz .
Òrúnm ì l à, o úni co a re al iz ar o sac ri fí ci o, t eve paz
com pl et a.
Est a é a r az ão porque todos os rei s devem m ant er Bab al awo com o
cons el hei ros, espe ci al m ent e quando el es se confront am com probl em as ou
pr eocupa ções.
18 – 2 (t r adução do verso)
51
Or ácul o 19
Ogbewehin
Est e Odù fal a de confus ão em oci onal . Tam bém asse gu ra concl usões bem sucedi das. El e
nos fal a par a con fi ar em ex peri ênci as ant eri ores.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e est á f reqüent em ent e com eç ando ou t erm i nando um
r el aci onam ent o.
19 – 1 (t r adução do verso)
(...)
r eal iz ou di vi naç ão de If á para Ogbe
quando el e i a vi si t ar com Iwo ri .
Foi pedi do a el e para sac ri fi ca r
t rês bodes, t rês gal os, a roupa que el e est ava vesti ndo,
e um r at o do m at o (o rat o deve ser m ant i do em pé at r ás de Èsù ).
P orque el e ret o rnari a com ri quez as, el e deve ri a se assegur ar que
a ri quez a não es cap ari a del e.
El e fez o sacri fí ci o.
Qual qu er pessoa par a quem est e Odù é l anç ado deve sem pre of ere cer sa cri fí ci o par a ga rant i r
um fi nal f el iz ou bem sucedi do.
19 – 2 (t r adução do verso)
52
Foi di t o a el e par a sa cri fi c ar as duas úni cas roupas que el e possuí a (um a pret a, um a branc a),
um bode, e um carn ei ro de modo à não enl ouquec er, e se el e desej ass e ser t rat ado pel os
B abal a wo .
O rem édi o de If á (se el e fiz ess e o sac ri fí ci o) :
De rr am ar o sangu e do bode dent ro de um pot e grand e ant es de col ocar m asi nwi n (ogbo e
fol has de esusu) dent ro do pot e. Adi ci one á gu a pa ra el e se l ava r.
Al ukunri n se recusou a faz e r o sac ri fí ci o.
Aquel es nasci dos por est e Odù ge ral m ent e enl ouquec em .
53
O rácu l o 20
Iworibogbe
Est e Odù fal a prim ei r am ent e de fi l hos e en coraj a um a at m osfe ra soci al posit i va pa ra
m ant er o bem est ar da f am íl i a.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e é m ui t o séri o e pre ci sa de "r ecr ei o" — Ter al gum a
di vers ão si m pl es e pueri l pa ra r est aur ar o equi l í bri o.
20 – 1 (t r adução do verso)
(...)
El e di sse que al go deve ri a se r ofe re ci do à
c ri anç a de fo rm a que a cri ança não vi esse a m orre r:
i nham e am assado, um a gal i nha, e t rês mi l e duz ent os búz i os.
If á di sse que el es dev eri am coz i nhar a com i da e a gal i nha
pr escri t os, reuni r t odas as c ri anç as,
e perm i ti r que os com panh ei ros de rec rea ção da cri ança doent e com am
da com i da ofe reci d a. If á di sse que a cri an ça doent e i ri a
fi c ar bem se um a fest a fosse fei t a pa ra seus com panhei ro de re cr eaç ão.
20 – 2 (t r adução do verso)
(...)
consul t ou If á par a Erukuku -i l e (pom bo) e Erukuku- oko
(pom ba ).
Am bos est av am sofrendo por fal t a de fi l hot es.
Foi pedi do a el es para sacri fi car qui abo, bast ant e i nham e, um fei x e de var et as, um pot e
gra nde, e t rês m i l e duz ent os búz i os.
O pom bo r eal iz ou o sa cri fí ci o
m as a pom ba se r ecusou.
A pom ba t eve dois fi l hot es e o pom bo t eve doi s fi l hot es.
A pom ba di sse que el a não sacri fi cou e ai nda assi m t eve doi s fi l hot es.
El a foi const rui r seu ni nho na árvor e e gun gun.
54
Vei o um a t em pest ade, a árvo re egun gun foi ar ranc ada com raí z es, e os fil hot es da
pom ba m orr er am .
El a gri t ou, “ O pri m ei ro e o segundo eu não vi .”
O pom bo gri t ou, “Eu fi quei de cost as para o pot e e não
m orri .”
O pot e era um dos m at e ri ai s que o pom bo t i nha sac ri fi cado. El e foi c apaz de prot e ge r seus
fi l hot es com o pot e. El es sobrevi ver am .
O rácu l o 21
Ogbedi
55
Est e Odù fal a da necessi dad e de ex ecut ar o sa cri fí ci o co rret o para que se evi t e
confusões ou zom bari a.
Observ ação oci d ent al : O cl i ent e est á sent i ndo ou est á com m edo de pressõ es
em oci onai s. Possi bil i dades pr at i cas não podem se r real i z adas at é que est a pressão sej a
al i vi ad a. A pressão vem mui t as vez es de quest ões de rel a ci onam ent os.
21 – 1 (t r adução do verso)
21 – 2 (t r adução do verso)
O gbedi k aka, Ogb edi l el e consul t ar am If á par a Èsù quando el e est av a sat i sfaz endo
um perí odo de t rabal ho duro com Òrúnm ì l à, Ori s a-nl a, Ori sa- oko, e Ògún. A Èsù foi pedi do
que ofe re cesse Ees an, nove pom bos e oi t o mi l búz i os. O rem édi o de If á dev eri a ser pr epar ado
pa ra pe rm it i - lo pa ga r seus débi t os.
Èsù se recusou a sac ri fi ca r.
56
Èsù foi um pescado r naquel es t em pos. S em pre que el e pe ga va m uit o peix e em sua a rm adi l ha,
os Ir unm ol e (as quat ro cent as dei dades ) sent i am i nvej a del e. El es pens aram que l ogo Èsù
ganh ari a di nhei ro sufi ci ent e para se afi ança r dest es di l em as fi nancei ros. P or est a r az ão, el es
de ci di ram envi a -l o em mi ssão a l ugar es di st ant es no m esm o di a. Após o envi o da m ensa gem
Òrúnm ì l à pensou em consul t ar o orácul o de If á sobre o assunt o. El e cham ou os bab al awo que
consul t ar am If á e di sseram O gbedi kak a. Òrúnm ì l à foi ori ent ado a sac ri fi ca r sei s co el hos, sei s
pom bos e doz e m il búz i os.
El e ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o.
O rem édi o de If á foi prepa rado para el e am arr ando os sei s coel hos na bol sa. El es o adv ert i ram
a sem pr e l evar a bol sa com el e. Ori sa -nl a pedi u a Èsù i ra at é Ìrà nj e e t raz er seu bordão (op a-
osoro) e sua sacol a. Òrì sà- oko envi ou Èsù a Òde- Ir aw o. Ògún pedi u a Èsù i r à Òde -Ir e e
t raz er seu gbam da ri (um al fanj e l argo). R api dam ent e Èsù se l evant ou e foi at é um arbust o
pe rt o onde el e supl i cou e obt eve todas as coi sas pedi d as. Lo go após Èsù part i r, t odos os
Ir unm ol e fo ram col et ar os peix es da arm adi l ha del e. Assi m que el e ret ornou, encont rou el es
pa rt il hando seus peix es. Quando el e ap are ceu i nesper adam ent e, todo o m undo em bolsou o
pei x e. El e ent r egou todos os i t ens que el es pedi r am para el e i r busca r. Èsù ent ão com e çou a
quest i onar t odo mundo, “Ond e voces obti ve ram o pei x e que est av am r epart i ndo? ”. Al guns
est av am se des cul pando; out ros não souberam o que di z er. Ent ão i m pl orando o pe rdão del e,
de ci di ram abri r m ão do seus di rei t os sobre di nhei ro el e os devi a. El e não dev eri a dei x ar
ni n guém ouvi r que el es o t i nham roubado. Era cost um e em If e naquel es t em pos que ni ngu ém
devi a roub ar. Ò rúnm ìl à di sse que el e não roubou o peix e de Èsù . Èsù di sse que Òrúnm ì l à
devi a t er roub ado o pei x e que foi col ocado na bol sa que el e est ava se gur ando. Èsù pensou que
o na riz do pei x e est ava sai ndo para for a da bol sa. El es l evar am o assunt o para cort e na ci dad e
de If e. El es di scut i ram . O t ri bunal de ci di u pedi r par a Òrúnm ì l à que desvel ass e o cont eúdo de
sua bol sa. El e solt ou a bolsa e el es vi ram os sei s coel hos que el e j o gou pa ra fo ra. El es
com e ça ram a cul par Èsù . Èsù i m pl orou pe rdão a Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à se r ecusou a descul pa -l o.
Èsù em penhou sua c asa e out ras possessões para Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à ai nda re cusou ac ei t ar o
a rgum ent o del e. Os Ot u If e (os an ci ões de If e) pe rgunt ar am para Èsù o que el e pr et endi a
f az e r. Èsù respondeu que el e i ri a par a casa com Òrúnm ì l à e cont i nuari a l he servi ndo para
sem pr e. El es ent r egar am Èsù para Òrúnm ì l à. Quando el es ch egar am à casa de Òrúnm ì l à, Èsù
qui s ent ra r com Òrúnm ì l à. Òrúnm ìl à re cusou e pedi u para Èsù que se sent asse do l ado de fo ra.
Òrúnm ì l à di sse que o que el e com esse dent ro da c asa, el e com part i l hari a do l ado de fora com
Èsù .
Èsù t em vi vi do ent ão desd e aquel e di a do l ado de fora.
57
O rácu l o 22
Idigbe
Est e Odù fal a do present e ou probl em a i mi nent e e det e rm i na o sac ri fí ci o necess ári o
pa ra ven ce r.
Obse rva ção oci d ent al : Medos t em porai s, m ui t as vez es rel a ci onados a servi ços ou part e
m onet ári a, devem ser t rat ados. Muit as vez es rel a ci onam ent os em oci onai s est ão
c aus ando i nqui et aç ão e desequi l í bri o.
58
22 – 1 (t r adução do verso)
22 – 2 (t r adução do verso)
59
O rácu l o 23
Ogbe’rosu
Est e Odù det erm i na a sol ução pa ra a am e aça de m ort e, doença, casos j udi ci ai s, pe rdas
e inf ert i l i dade.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e est á sem pr e m eti do em al gum t i po de probl em a.
S om ent e a ção espi ri t ual pode rest au rar o equi l í bri o.
23 – 1 (t r adução do verso)
60
que a m ol ésti a (àrùn ) i ri a derrot a -l o,
que casos j udi ci ai s (ej o ) não i ri a derrot a-l o,
que prej uíz o (o fo) não i ri a der rot a- lo.
A el e foi pedi do sacri fi car um carn ei ro e fol has de If á.
El e obedec eu e ex ecut ou o sacri fí ci o.
O rácu l o 24
Irosu-ogbe
Est e Odù enfat i z a que rel aci on am ent os espi ri t uai s pessoai s são cont rári os àquel es
m onet ári os ou com erci ai s.
Obse rva ção oci d ent al : Em oções t êm pre fe rênci a enquant o t rabal ho pes ado cam i nha a
pa ços l ent os.
24 – 1 (t r adução do verso)
61
Doi s rat os, doi s pei x es, um a ga l i nha e 3 200 búz i os.
If á di z: A jovem deveri a ser dada a um babal awo com o esposa.
24 – 2 (t r adução do verso)
62
O rácu l o 25
Ogbewonri (Ogbèwúnlé)
Est e Odù fal a da escol ha ent r e m ari dos ou esposas pot enci ai s. S acri fí ci os asse gu ram a
es col ha cor ret a e a associ aç ão bem suc edi da.
Obse rva ção oci d ent al : Um gr ande m om ent o para capi t al iz a r, t ant o com er ci al com o
em oci on al m ent e, nos at rat i vos dos cl i ent es para os out ros.
25 – 1 (t r adução do verso)
25 – 2 (t r adução do verso)
63
Oki t i -bam ba -t ii pekun -opopo consul t ou If á par a Ol ofi n.
El e foi ori ent ado of ere cer sac ri fí ci o de m an ei ra que Ogbè dari a
a el e boas com apni as.
Três gal os, t rês bol as de inham e pil ado,
e sopa deve ri a se r ofe reci do.
El e real i z ou o sacri fí ci o.
O rácu l o 26
Owonrinsogbe
Est e Odù fal a de fei t i ça ri a ou vi bra ções ne gat i vas i nt erf eri ndo com a paz m ent al do
cl i ent e.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á m ui t as vez es envol vi do em um rel aci on am ent o
em oci on al que t em nubl ado seu jul gam ent o.
26 – 1 (t r adução do verso)
Bon ron yi n awo Òde- Ido , O goronbi awo Òde -Esa, Eri gi dúdú awo.
Il ú S akon foi que consul t ou If á para Ol ofi n Obel ej e
quando el e foi dorm i r e despe rt ou com m ás vi braçõ es.
Foi di t o a el e dorm i r for a de casa e de suas redond ez as,
m at ar um cabri t o sobr e o l ix o, e l evar t udo isso
pa ra a fl orest a.
Di sser am a el e que se um a pessoa l evasse o m al pa ra a fl orest a,
el e volt a ri a pa ra c asa com o bem .
A fol ha se m ost rou ser ol owonr an-nsan -san.
Hoj e Al ad e ex pul sou o m al par a a fl orest a.
S ac ri fí ci o par a P rosperi dad e (Aj é): 2 pom bos — um del es dev e ser usado par a ap az i guar a
c abeç a (o rí ) do cl i ent e.
64
S ac ri fí ci o par a um a espos a (a ya ): 2 gal i nhas — um a del as dev e ser usada usado par a
ap azi gua r a c abe ça (orí ) do cl i ent e, cont ant o que el e t enha sacri fi cado um c abri t o.
O cli ent e deve varr er sua cas a com fol has de ol owonran -nsan- san (osokot u) com o presc ri t o
a ci m a.
26 – 2 (t r adução do verso)
65
O rácu l o 27
Ogbe’bara
Est e Odù fal a de enf erm i dades t al com o al ergi as peri ódi c as.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em se esfor çado mui t o no servi ço.
27 – 1 (t r adução do verso)
27 – 2 (t r adução do verso)
66
O rácu l o 28
Obarabogbe
Est e Odù fal a de grand e respei t o e poder par a o cl i ent e que fi el m ent e se gui r as
pr evi sões de If á.
Obse rva ção oci d ent al : O cept i ci sm o ger al do cl i ent e est á bl oqueando o sucesso.
28 – 1 (t r adução do verso)
28 – 2 (t r adução do verso)
Ir of á- abe enúj i gi ni , o advi nho de Òrúnm ì l à, foi quem consul t ou If á pa ra Adi fal a, que est av a
i ndo di vi nar pa ra Osi n. Adi fal a pedi u a Osi n f az e r sac ri fí ci o de m anei ra a af ast ar m ort e
r epent i na dent ro dos set e di as se gui nt es. S et e carn ei ros e 1 000 búz i os deveri am ser
of ere ci dos. Osi n não re al iz ou o sa cri fí ci o m as a ga rrou Adi f al a e o am ar rou. Adi fal a c ant ou a
se gui nt e can ção: Eu, um adi vi nho cuj as pr edi ções de If á passarão i m edi at am ent e na t ábu a de
adi vi nha ção (opon), Ib ar at i el e, Ib ar at i el e. C ert am ent e Osi n m orre rá am anh ã, Iba rat i el e,
Ib a rat i el e. Osi n pegar á um pot e e i rá at é o ri o, Ib ar at i el e, Ib ar at i el e. El e pegar á um a vassoura
e varr erá o chão, Ib ar at i el e, Ib a rat i el e. El e pe ga rá um a esc ada e subi rá no t el hado, e assi m por
di ant e.
67
O babal awo cant ou ess a can ção todos os di as at é que um di a quando el es est av am t raz endo
um a noi va nova (i yà wó) pa ra Osi n de um lu ga r di st ant e. Osi n di sse que el e var reri a a c asa
r api dam ent e ant es da ch egad a da noi va. El e pegou a vassoura e var reu a cas a. Assim que
t erm i nou, de ci di u subi r no t el hado par a espi a- l os. El e pegou um a es cad a e foi ao t el hado pa ra
ve r a noi va que vi nha ao lon ge. El e cai u e a pa red e desm oronou sobr e el e. El es envi ar am
pessoas par a l i bert ar e t raz er Adi f al a. Adi fal a di sse que el es deveri am ofer ec er r api dam ent e
um sacri fí ci o de dez ovel has, dez gal os, dez vacas, e a esposa nova que est av a vi ndo a Osi n.
Osi n despe rt ou enquant o el es est av am ex e cut ando o sac ri fí ci o.
If á di z que nós nunca devem os duvi dar das predi çõ es de um bab al awo.
O rácu l o 29
68
Ogbe’kanran
Est e Odù fal a de possí vel perda de l ucros ant eri or es devi do à fal ha ao ex ecut ar um
com pl et o sa cri fí ci o. Mei as m edi das sem pre resul t ar ão em pe rdas.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á com m uit a pressa, el e pr eci sa cam i nhar m ai s
dev agar e com cui d ado.
29 – 1 (t r adução do verso)
Oki t i bam ba- ti i -pekun -opopo consult ou If á fo r Ogb è quando Ogb è foi a Òt uuf è. A el e foi
pedi do que sacri fi casse quat ro pr egos (S eri n) e 8 000 búzi os. El e sacri fi cou apen as t rês
pr egos e 6 000 búz i os. O babal awo di sse que el e deve ri a c rava r os pre gos no chão da rua
pri nci pal , um por vez . El e se di ri gi u à rua pri nci p al e pr egou o pri m ei ro pre go no chão. Um a
por ção de di nhei ro apa re ceu e el e a pegou. El e pregou o se gundo prego no ch ão. Um pequ eno
grupo de garot as ap are ce ram e el e as reuni u ao seu r edor. El e ent ão esp erou por um curt o
pe rí odo de t em po e pregou o t er cei ro prego no ch ão. V ári as cri anç as ap are cer am e el e as
r euni u ao seu redor. El e di sse: Há ! O que acont e ceri a se eu ti vess e re al iz ado o sacri fí ci o
com pl et am ent e? Eu t eri a ti do mui t o m ai s. El e vol t ou e r et i rou o pri m ei ro pre go. El e ent ão o
c ravou de front e a el e e casos j udi ci ai s (ej o), prej uíz os (ofo ) e out ros m al es apa rec er am para
el e.
A part i r dest e di a O gbe encont rou di fi cul dades, e est e odù t em si do cham ado de Ogb e’K anran.
O rácu l o 30
Okanransode
69
Est e Odù fal a de sobrepuj a r nossos i nim i gos ou com pet i dores par a conse gui r um a
posi ção de proem i nên ci a.
Obse rva ção oci d ent al : Um novo t rabal ho, um a prom oção ou um aum ent o est ão em um
fut uro próx i m o.
30 – 1 (t r adução do verso)
30 – 2 (t r adução do verso)
O rácu l o 31
Ogbe’gunda (Ogbeyonu)
70
Obse rva ção oci d ent al : Um a oport uni dade de ne gó ci os i rá se apres ent ar. A pri ncí pi o o
cl i ent e i rá r ej ei t ar com o se não val esse a pena. Um a séri a consi de raç ão da
oport uni dade l evar á a gr ande sucesso.
31 – 1 (t r adução do verso)
31 – 2 (t r adução do verso)
1
N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m
e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .
71
O rácu l o 32
Ògúndábèdé
Est e Odù enf at iz a a nec essi dade de honest i dade e i nt egri dad e.
Observ ação oci dent al : A quest ão de i nfi del i dade m at ri m oni al em um rel aci on am ent o
m ui t as vez es apar ece.
32 – 1 (t r adução do verso)
O m ent i roso vi aj ou por vi nt e anos e não foi cap az de ret orn ar.
O m ent i roso vi aj ou por m ai s sei s m eses e não foi cap az de ret orn ar.
72
A Honest i dade -é -a- m el hor-di ret ri z consul t ou If á par a B aba Ìm àl e,
que est ava t raj ado em roupões. Foi di t o par a el e que el e seri a um m ent i roso por toda sua vi da.
P ar a el e foi pedi do sacri fi car m as el e se re cusou. At é hoj e, os ì m àl e (Muçul m anos ) ai nda
est ão m enti ndo. El es est ão sem pre diz endo que anual m ent e j ej uam por D eus. Um di a, Èsù os
quest i onou do porque di zi am el es que j ej uavam a Deus anual m ent e. Vocês est ão diz endo que
Deus est á m ort o? Ou est á Deus t ri st e? Vocês não com pr eend em que Deus é a verd ade
con gê ni t a? El e ( Èsù ) di sse: Hen! vocês j ej uam por Deus; Deus j am ai s m orr erá. Edùm are nunca
ado ece rá. Ol ódùnm ar è nunca fi ca rá t ri st e. Èsù foi forç ado a dispe rsa- l os. A can ção que Èsù
c ant ou naquel e di a foi : Nós nunca ouvim os f al ar sobr e a mort e de Ol ódùnm ar è, senão aqui l o
que provem da boca dos m ent i rosos, e assim por di ant e.
32 – 2 (t r adução do verso)
73
O rácu l o 33
Ogbèsá
Est e Odù fal a de fal si dad e de am i gos e da necessi dad e de t erm i nar qual quer coi sa
com e çad a.
Obse rva ção oci dent al : É um a sit ua ção di fí ci l que a go ra est á che ga ndo, m as se você não
se ent re ga r nem desi st i r t ri unfa rá no fi nal .
33 – 1 (t r adução do verso)
74
33 – 2 (t r adução do verso)
75
Após al guns mom ent os, o ca rnei ro sa cudi u p reci pi ent e e ouvi u o som dos brac el et es de fe rro
e pensou que fosse Ik i . Quando el e che gou na cas a de Ol ofi n est e of ere ceu aj uda com o
r eci pi ent e. El e recusou e di sse que preci sav a i r at é o qui nt al dos fundos.
Quando el es fo ram pa ra os fundos, el es aj uda ram o c arnei ro com o re ci pi ent e.
Abri ndo o reci pi ent e, el e des cobri u que iki não est ava dent ro. Ol ofi n di sse que devi do o
c arnei ro t ent a r engana -l o, el e seri a sacri fi cado a Ee gun. Desd e esse di a, um carn ei ro sem pre é
of ere ci do a Ee gun com o sac ri fí ci o.
O rácu l o 34
Oságbè
Est e Odù fal a da nec essi dade t om ar o seu t em po e do uso da pe rc epção espi ri t ual par a
se apre ci ar os praz eres da vi da.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á ar ri scando tudo pôr est ar sendo dem asi adam ent e
t em poral e perd endo seu equi lí bri o espi ri t ual .
34 – 1 (t r adução do verso)
34 – 2 (t r adução do verso)
76
dent ro ou fora de c asa ou em Èsù.
O rácu l o 35
Ogbèká
Est e Odù fal a de t er que super ar ci úm e e i nvej a para al can çar fam a e resp ei t o.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pr eci sa i nj et ar m ai s senso com um e m enos i m agi n aç ão
nas at i vi dad es cot i di anas.
35 – 1 (t r adução do verso)
35 – 2 (t r adução do verso)
77
O rácu l o 36
Ikagbè
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e dev e aprend er a m oder ar suas pal avras e a ções quando
ex por um pont o de vi st a.
36 – 1 (t r adução do verso)
El e di sse gross eri a, eu di sse insol ênci a. El e di sse que nunca é possí vel rol ar pano se co no
fo go. Eu di sse que não é possí vel ut il i z ar um a cobra com o ci nt o. El es não devem ser t ão rude
quant o o gol pe do fil ho do ch ef e na c abe ça. que eu sej a resp ei t ado ent ão at é hoj e. In voqu e
est e If á no i yè - i ròsù que t enha si do m ar cado com o Odù Ìk á gb è e esfre gu e na sua cab eç a
(orí ).
36 – 2 (t r adução do verso)
78
O rácu l o 37
Ogbètúrúpòn
Est e Odù fal a sobre o cl i ent e fi ca r para t rás em um a com p et i ção. El e pode vence r
at r avés do sacri fí ci o.
Obse rva ção oci dent al : Um novo rel a ci onam ent o ou despe rt ar espi ri t ual i rá al i vi a r o
fo co t em poral co rrent e do cl i ent e.
37 – 1 (t r adução do verso)
Ji gbi nni consul t ou If á pa ra o caval o (esi n) e t am bém para a va ca (er anl a).
A vaca foi acons el hada a ofe rec er sac ri fí ci o de m anei ra que a el a seri a dada a posi ç ão soci al
do c aval o.
Três enx adas e 6 600 búzi os dev eri am ser usados com sa cri fí ci o.
A vac a ouvi u porém não re al iz ou o sac ri fí ci o.
O caval o ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o.
Nos t em pos que passar am , a va ca ocupava um a posi ção soci al superi or ao cav al o.
Èsù pe rsuadi u as pesso as a t rat arem o caval o com o um bom com panh ei ro
porqu e Èsù é sem pr e a favor de qual que r um que r eal iz a seus sac ri fí ci os.
If á c ant a: Ji gbi nni o (sí m bol o de c argo) est á no pes coço do caval o / est á no pescoço do
c aval o.
37 – 2 (t r adução do verso)
79
O rácu l o 38
Òtúrúpòngbè
Esse Odù fal a de probl em as que est ão por vi r ou i nqui et aç ão em c asa caus ada pôr
c ri anç as.
Obse rva ção oci d ent al : Est e é um bom m om ent o pa ra concep ção.
Do’ni doni - o-gbodo fori -oko- ba-i ná, Osoro- o-gbodo yi -wo ’nu-e gun -soro, O
j opurut upar at ani i l em okuro- l ’al ede consul t ar am If á par a o cri ado de Ol ofi n, um f am oso
a crobat a (at aki t i - gba -e gb ewá ). Di sser am que probl em as despont avam m ai s adi ant e; l ogo,
dev eri a sacri fi c ar doi s gal os, 12 000 búz i os e um a cord a.
El e ouvi u m as não real i z ou o sacri fí ci o.
A m ãe do rapaz re al iz ou o sa cri fí ci o quando seu fi l ho t eve probl em as.
A hi st ori a de If á: Er a um a vez , um hom em ent rou na cas a do Ol ofi n e dorm i u com as esposa
del e. Est e at o cruel surpr eendeu o Ol ofi n que des ej ou saber com o al gu ém poderi a ser t ão
co raj oso a pont o de ent ra r no apa rt am ent o de sua esposa, desde que havi a ap enas um port ão
que l evava at é a sua ár ea. Por isso, el e ini ci ou um a invest i gaç ão. A invest i ga ção f rac assou em
r evel ar a pesso a m al i nt en ci onada. El e convocou t odos os habi t ant es da ci dade, col ocou no
ch ão 20 000 búzi os e um c abri t o, e of ere ceu ent ão um prêm i o pa ra a pessoa que pudesse pul a r
por sua par ede e che ga r at é a sua ár ea. AS pessoas t ent a ram e fal har am ; porém um rap az da
c asa de Ol ofi n t om ou a f rent e e fa ci lm ent e pul ou at é a áre a. O Ol ofi n a ga rrou o rapaz , que foi
consi de rado com o sendo o seu of ensor, e o am ar rou. Quando a m ãe do rapaz soube do
a cont eci do, rapi dam ent e real i z ou o sacri fí ci o que seu fi l ho havi a negl i gen ci ado. Tão rápi do
quant o el a re al iz ou o sac ri fí ci o, Èsù col ocou as segui nt es pal av ras na boca dos fi l hos de
Ol ofi n: Vo cê. Ol ofi n, foi o úni co que dorm i u com sua esposa. P or que am arr ari a o fi l ho de
al guém e desej ari a m at a- lo? Ol ofi n Quando el e desam arrou o rapaz e fi nal m ent e l he deu o
c abri t o e os 20 000 búzi os.
O rácu l o 39
80
Ogbètúrá
Esse Odù fal a de sac ri fí ci o gar ant i ndo paz e fel i ci d ade.
Obse rva ção oci d ent al : Um confl i t o no servi ço será resol vi do a favo r do cl i ent e.
O rácu l o 40
Òtùrà-Oríkò
81
Est e Odù fal a que o cl i ent e est á nec essi t ando de aut o confi anç a, poi s el e t em sof ri do
pe rdas.
Obse rva ção oci dent al : S e a cl i ent e est á gravi d a, um a ofe rend a para gar ant i r um a
c ri anç a saudáv el deve ser f ei t a.
O rácu l o 41
Ogbèatè
Est e Odù fal a sobre evi t ar probl em as e pot enci al c ri at i vo em vi agens e esfor ços que
est ão pôr vi r.
82
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra possí vel perd a de em pre go ou rel a ci onam ent o.
83
O rácu l o 42
Ireteogbe
Est e Odù fal a de prospe ri dade, fel i ci dade e sat i sfa ção sex ual .
Obse rva ção oci d ent al : Um novo rel a ci onam ent o ou um aum ent o na int ensi dad e do
r el aci onam ent o corr ent e é provável .
84
Foi predi t o que el e seri a ri co e t eri a m ui t os fi l hos.
El e ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o
El e fi cou ri co e t eve mui t os fi l hos.
O rácu l o 43
Ogbese
Est e Odù fal a de boas not í ci as e real i z açõ es que ch am am por cel ebr açõ es.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pode esp era r mudan ças posi ti vas em seu
r el aci onam ent o em oci onal .
85
provi den ci assem vi nho de pal m a e out ras bebi das al coól i cas e assi m pôr di ant e. No di a
apont ado, t odos os páss aros da fl orest a se j unt aram com o vi nho de pal m a requi si t ado. Depoi s
de t erem t erm i nado de beb er e de com e r, o papa ga i o (Odi de re) pôs-se de pé e m ost rou a m arc a
em sua caud a (am i ) para t odos os páss aros. El e cant ou e dançou: Eu vi m para l he m ost r ar ami ,
Ol oi de. Eu vi m par a l he m ost rar am i , Ol oi de. Eu vi m para lhe m ost r ar am i aos pássaros da
fl or est a. Fi c ar am t odos el es fel i z es e j unt ar am -se a el e a cant ar e danç ar.
Oso-Ogbe (Osomina)
Est e Odù previ ne cont r a associ açõ es com pessoas m ás. Um l i gei ro sofri m ent o será
subst it uí do pôr prosp eri dad e.
Obse rva ção oci d ent al : At ra ções em oci onai s resul t am em revol t a t em porá ri a.
86
Ir e - yu e consul t ou If á par a Ol oj a- eru.
El e foi ori ent ado a sacri fi car
um cab ri t o e 6 600 búzi os de m anei ra a evi t ar pessoas
que ret ri bui ri am a el e com o m al .
El e se re cusou a of ere ce r sac ri fí ci o.
El e aj udou a c arr egar peso at é a fei ra e a sua ge nerosi dad e foi r et ri buí da com m al .
O rácu l o 45
Ogbèfún
Est e Odù fal a de i nst rum ent os que quando soam afugent am a m ort e e os m aus espí ri t os.
Obse rva ção oci d ent al : Com port am ent o não m onógam o pode c ausar gr ande dano.
87
l evad as pôr el e. Assi m que el e foi para o cam i nho que l evava à cas a de Ori sa, el e ouvi u
al guém cant ando o segui nt e cant o:
S e eu ver Ik ú, eu i rei l ut ar com el e. Ol i wowoj i , Ol i wowoj i wo.
S e eu ver Ik ú, eu i rei l ut ar com el e. Ol i wowoj i , Ol i wowoj i wo.
Quando Ikú , col ocou as 201 c abeç as no ch ão e sai u corr endo, espant ado que al guém seri a
sufi ci ent em ent e co raj oso pa ra am eaç ar a el e e a Arun. El e não sabi a que Arun est av a pôr t rás
dest e at o di aból i co. Arun t i nha ac abado de i r ver um babal awo par a est e o aux i li asse im a gi n ar
um a m an ei ra de conse gui r que La sunwont an fi l ha de Ori sa se torn asse sua esposa. O babal awo
di sse a el e pa ra que conse gui sse 200 conchas de c aram uj o, os quai s el e provi denci ou. O
bab al awo fi ou as conch as, col ocou -as ao redor do pesco ço de Arun e di sse ensi nou a el e a
c ant i ga que el e deve ri a c ant ar. Quando Ikú j o gou as 201 c abe ças fo ra e fugi u, A run j unt ou as
201 cab eças e as l evou para Ori s a. Ori sa por sua vez deu Las unwont an, sua fi l ha, a Arun.
Ent ão nós t em os um di t ado que di z: “A Mort e t i nha sacri fi cado par a a doença pa ra t er
suc esso”. Est a hi st ori a nos cont a que qual que r inst rum ent o sonoro afugent a rá a m ort e ou
out ros espí ri t os m al i gnos.
Est a é a r az ão pel a qual a m edi ci na t radi ci onal as pesso as col oc am i nst rum ent os dest a
nat ur ez a no àbì kù (nas ci do par a m orr er) ou nout r as cri anças doent es.
88
O rácu l o 46
Òfún’gbè
Est e Odù fal a de um poderoso i ni mi go. Um a bri ga ou probl em a é est á par a acont ece r.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e f reqüent em ent e enc ara con fl it os l egai s e/ ou
gove rnam ent ai s.
89
O rácu l o 47
Oyekubiworilodo
Est e Odù ofer ec e sol uções pa ra est eri l i dade e im pot ên ci a sex ual .
Obse rva ção oci d ent al : É um mom ent o per fei t o par a gra vi dez .
O rácu l o 48
90
Iwori-Yeku
Esse Odù fal a sobre pe ri gos im i nent es e com o evi t ar ou mi ni m iz ar as conseqü ênci as.
Obse rva ção oci d ent al : Bl oquei os em oci onai s preci sam ser el i m i nados at rav és do C ult o
Anc est ral ou ofer endas.
Ohun- ti yooseni ki i gbai se’ni , Èn yì à n-kan -dand an-l i o-m aabi - Aye kun- om o
consul t ou If á par a Ol ofi n.
El es di sser am que um re cém - nasci do ado ece ri a. Após um perí odo prol on gado de t rat am ent o,
el e t eri a m el hor as m as fi c ari a al ei j ado.
El es a consel ha ram pa ra que Ol ofi n não fi c asse zan gado; se el e of ere cess e sac ri fí ci o, o bebê
ai nda prosper ari a.
O sac ri fí ci o: um a ovel ha, 440 000 búzi os, e o rem édi o de If á (qui nar fol has de i ro yi n e de
ewu ro na água com sabão pa ra banhar a pessoa par a quem If á foi consul t ado).
O rácu l o 49
Oyekuf ’oworadi
91
Em i re esse Odù fal a de sucesso pesso al e fi nan cei ro com m ul he res. Mas em i bi el e
ped e sac ri fí ci o par a evi t a r m ort e.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á dando m ui t a i m port ânci a em at i vi dad e sex ual
am e aç ando o bem est a r.
O rácu l o 50
Idiyeku
Em i re, esse Odù fal a de sucesso fi nan cei ro at rav és da propi ci aç ão do Orí . Em i bi ,
esp eci fi c a sac ri fí ci o par a evi t a r m ort e.
92
Obse rva ção oci d ent al : É nec essári o se com uni car com os An cest rai s para aux i li a r os
ne gó ci os ou al i vi a r pressõ es quot i di an as.
Oyeku’rosu
Esse Odù fal a da i m port ânci a de se obedec er If á para obt er suc esso e evi t ar m ort e.
Obse rva ção oci d ent al : Bom pensam ent o devem se r t raduz i dos em boas açõ es pa ra
evi t ar probl em as.
93
Aj a wesol a, At e- i ye -i rosu- se-ol a
consul t ou If á par a Gb ere fu, o fi l ho m ai s vel ho de Òrúnm ì l à.
El es di sser am que seus iki n o enri qu ece ri a.
Foi pedi do que el e sacri fi casse um rat o, um peix e e um a cab ra.
El e segui u a ori ent a ção e fez o sac ri fí ci o.
O rácu l o 52
Irosu Takeleku
Esse Odù fal a de i nvej a e seduç ão e pede pôr sacri fí ci os pa ra evi t ar grav es
cons eqüênci as.
Obse rva ção oci d ent al : Um a m udanç a de servi ço i rá t raz er m el hor am ent o.
94
t rês cabri t os e 6 600 búz i os.
El e ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o.
95
O rácu l o 53
Oyeku Wonrin
Esse Odù ofer ec e cur a pa ra possí vei s conseqü ênci as séri as de adul t éri o e peri go de
vi a gens dist ant es.
Obse rva ção oci d ent al : Açõ es i m pensadas i rão r esult a r em bl oquei os nos ne góci os.
96
J afi ri j afi Kem kej ade, A gad agi di wonu -odo- ef ’ar abo- om i
consul t ou If á par a o c aç ador (od e), consul t ou If á pa ra Òrúnm ìl à.
O caç ador se di ri gi a à fl or est a de Oli koroboj o.
Foi pedi do a el e que sac ri fi cass e de m anei ra a evi t ar que al i el e mor resse:
set e gal os e 14 400 búzi os.
O caç ador real i z ou o sacri fí ci o.
Òrúnm ì l à est ava em jorn ada a um l ocal di st ant e.
Foi pedi do a el e que sac ri fi cass e de m anei ra a evi t ar que al i el e mor resse:
um bar ri l de az ei t e- de-dend ê, nove gal os, nove cab ri t os, nove rat os, nove peix es e pom bos.
Òrúnm ì l à segui u a ori ent a ção e fez o sac ri fí ci o.
O rácu l o 54
Owonrin Yeku
Obse rva ção oci dent al : P ensam ent os i rr aci onai s resul t ar ão em r eper cussões em oci onai s
séri as.
97
Aj al orum I kukut eku awo eba’no
consul t ou If á par a Kut e runbe, quando est e se di ri gi a à
ro ça de Al oro para o fest i val anu al .
El e foi advert i do que se el e não tom asse pre cau ções aquel e ano, el e seri a m ort o pel o produt o
de sua roç a.
O sacri fí ci o: t odo o produt o da roça. set e gal os e 14 000 búz i os.
El e se re cusou a sa cri fi c ar.
O rácu l o 55
Oyekubara
Esse Odù pede por sac ri fí ci os par a evi t ar as conseqü ênci as de at i vi dades norm ai s do
di a- a- di a.
Obse rva ção oci dent al : Esse Odù of ere ce ao cl i ent e a oport uni dade de evi t ar as
cons eqüênci as de m ás a ções ant eri or es.
98
55 – 2 ( Tradu ção do verso)
99
O rácu l o 56
Obara Yeku
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e é enc arado com o sendo o pa rcei ro dom i nant e.
Al ukoso Oba (rei ) di sse que el e provav el m ent e não servi ri a ao rei .
Ib a ra -O yeku, você al gum a vez ouvi u coi sa assi m?
Al u’l u- Oba (o percussi oni st a do r ei ) di sse que el e possi vel m ent e não
servi ri a ao rei .
Oba ra -O yeku você al gum a vez ouvi u coi sa assi m?
Erú (um escr avo) di sse que el a possi vel m ent e não servi ri a seu m est re.
If á dev eri a ser propi ci ado com um a gal i nha.
S e nós ap az i guássem os If á com um a ga l i nha,
If á a cei t ari a nossa of erend a.
100
O rácu l o 57
Oyekupelekan
Esse Odù fal a de com o o sa cri fí ci o pode nos prot e ge r cont ra m ás i nt enções e perd a de
pr estí gi o.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e é t ei m oso e re cusa bons cons el hos.
O rácu l o 58
101
Okanran Yeku
Esse Odù fal a de sac ri fí ci os propor ci onando ri quez as e sac ri fí ci o não real i z ados
t raz endo dest rui ção.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e gost a de cor rer ri scos ou " cam i nha r por ex t rem os" e
dev e t rab al har com seus anc es t rai s pa ra evi t a r di fi cul dades.
O rácu l o 59
Oyeku-Eguntan
102
Obse rva ção oci d ent al : Um servi ço ou rel aci on am ent o peri ga t erm i nar devi do a bat al has
em oci on ai s.
O rácu l o 60
Ogunda’Yeku
Esse Odù fal a de bondad e e gen erosi dad e t raz endo con fort o, c resci m ent o e
prospe ri dade.
103
Obse rva ção oci dent al : Um fort e aux il i o ancest r al proporci ona um fim par a
di fi cul dad es.
104
O rácu l o 61
Oyeku Gasa
Obse rva ção oci dent al : Esse Odù m ui t as vez es denot a confl i t o na soci edade ou no
r el aci onam ent o.
105
Il e- ewu -ab’oj usokot o
consul t ou If á par a as pessoas em O ge re -e gb e.
Foi pedi do que el es sacri fi cassem de m anei ra
a evi t ar pes ares em suas vi das.
O sacri fí ci o: um a caba ça de vi nho de pal m a, quat ro pom bos
e 8 000 búz i os.
El es se recus ar am a re al iz a r o sac ri fí ci o.
O rácu l o 62
Osa Yeku
Esse Odù pede sacri fí ci o para asse gur ar lon gevi d ade e par a evi t ar possí vei s
t urbul ênci as.
Obse rva ção oci d ent al : P rocessos j udi ci ai s ou servi ços duvi dosos com bi nam com
bl oquei os em oci onai s cri ando si t uaçõ es caót i c as.
106
Osa ye ku consul t ou If á pa ra Onagbooro.
Foi predi t o que os di as de est rada da vi da seri am prol on gados.
Lo go dev eri a ofer ec er sa cri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 4 200 búz i os.
el es ouvi ram e r eal i z aram o sa cri fí ci o.
O rácu l o 63
Oyekubeka
Esse Odù fal a da ne cessi dade do babal a wo di vi di r seus sa cri fí ci os com Esu e out ros.
S ac ri fí ci os ga ra nt i ndo segu ran ça.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa dar m ai s ên fase em sua nat ur ez a espi ri t ual e
m enos nas "coi s as" ou di nhei ro.
Gbi n gbi n er eke, Adi vi nho do l ado do cór re go, consult ou Ifá pa ra
O yek u e Eka. Foi pedi do que sac ri fi cassem duas gal i nha, m i l ho e
3 200 búzi os.
O yek u não real i z ou o sacri fí ci o.
107
A hi st ori a de Ifá :
Tant o O ye ku quant o Eka for am em um a per egri na ção di vi nat óri a.
Eka t eve suc esso m as O yeku não. Eka disse, “Vam os para casa ”. Assim que el es est av am
r et ornando, el es cont rat aram um ba rquei ro. O ye ku, o pri m ei ro em che ga r l á, pedi u par a o
ba rquei ro que aj udasse a em pur rar Eka no ri o. A pri m ei ra pesso a pa gou ao barqu ei ro 2 000
búzi os. Qu em ordenou Eri nwo If è fosse jo gado na á gu a? A água nunca l eva ri a um c aran gu ej o
em bor a. El e nad ari a pa ra segur ança. O yek u inst i gou o barqu ei ro a deix ar Eka cai r na á gu a.
Edun (m a ca co) foi aquel e quem resgat ou Eka.
108
O rácu l o 64
Ika yeku
Esse Odù ofer ec e um a sol ução pa ra est eri l i dade m ascul i na e ped e m ais posit i vi dade na
nat ur ez a do cl i ent e.
Obse rva ção oci d ent al : Um rel a ci onam ent o est á acab ando ou a cabou. El e pode ser
r est abel e ci do.
Akusab a- Iya nda, o Advi nho de Oni m eri -ap al a, consul t ou If á par a Onim e ri -apal a quando el e
est av a est éri l e t odas m enos um a de suas 1 440 m ul he res o havi a abandonado. Foi pedi do um
sa cri fí ci o de dez essei s pom bos, dez ess ei s car am uj os, dez essei s gal i nhas e fol has de If á (com
12 000 búzi os pre ço do sabão, vá e t am bém col et e as form i gas de Al adi n e um a pa rt e do
form i guei ro; pi l e junt o com as fol has de ol usesaj u, sawe repep e e ori ji ; ponha sabão em um a
c abaç a que t enha um a t am pa; m at e um a gal i nha e vert a seu san gue ni st o, pa ra t om ar banho).
Is so perm i t i rá que t odas suas m ul heres que o abandona ram ret orn ar par a el e, cont i nuem
f ért ei s e dêem a luz a cri anças. El e se gui u a ori ent aç ão e real i z ou o sacri fí ci o. O rem édi o de
If á ci t ado aci m a foi prepa rado par a el e banhar-se. Num inst ant e, a úni ca m ul her que
109
pe rm ane ceu com el e engravi dou e t eve um beb ê. Aquel as que o havi am deix ado ret orn aram à
c asa de Oni m eri quando ouvi r am as boas novas. El as t am bém en gr avi dar am e t i veram fi l hos.
Ari sa -i ná, Akot a- gi ri - ej o consul t ou If á par a a cobra e par a um ani m al da fl orest a especi al
( ai ka) quando as pessoas os ri di cul a riz ar am pel a fal t a de cora ge m del es. fossem des afi ados
pa ra um com bat e, el es fu gi am par a evi t ar des gr aça, i nj uri as e m ort e. S e fossem am ea çados
pel as pessoas e pel a m ort e, el es se encol he ri am . era assi m que el es prot egi am a si m esm o
cont r a at aques e m ort e. Devi do a essa condut a el es er am despr ez ados pel as pessoas. Depoi s de
al gum t em po, el es com e çar am a sent i r- se i nsat i sf ei t os e m ui t o inf el iz es com a si t uaç ão. el es
convi da ram os Advi nhos para consul t ar o or ácul o pa ra el es. Os Advi nhos di sser am que se el es
des ej assem ser em resp ei t ados na vi da. deveri am ofer ec er sa cri fí ci os e rec ebe r o rem édi o de
If á . El es pergunt ar a, “qual é o sa cri fí ci o? ”. Os Advi nhos di sser am que el es dev eri am ofer ec er
um a fl e cha, um a fa ca, um a pedra de r ai o, um gal o, pi m ent a -da- cost a, 2 400 búz i os e rem édi o
de If á (pul veri z ar l im al ha de f erro com pim ent a -da -cost a que seri a t om ado com um mi n gau; a
ped ra de rai o aque ci da at é fi ca r verm el ha, dev e ser col ocad a no m i ngau, que dev e ser cobe rt o
com koko – fol has de i nham e na caba ça; o r em édi o deve ser bebi do pel o cl i ent e. Apenas a
cob ra r eal i z ou o sacri fí ci o, porém sem a fl echa. C ert o di a t eve el a l ut ou com al gum as pesso as.
Um a del as a ga rrou a cobr a de m anei ra a der ruba -l a com o de cost um e. Èsù pergunt ou à cobra,
“P or que você sa cri fi c a a fac a? ”. S e al guém i a de rruba -l o ou t ocar sua c al da, el e devi a
cont i nuar o at aque seus assal t ant es com a fa ca que el e sac ri fi cou. A cobra at a cou ent ão.
Quando duas das pessoas c aí ram ao sol o, os dem ai s fu gi ram . O ani m al da fl or est a (ai ka ), após
prol on gado sofri m ent o, foi ao fim pa ra real i z ar pa rt e do sa cri fí ci o pr escri t o. El e ofer eceu um
c aco de l ouça e out ras coi sas. S eu corpo foi cobert o com escam as duras que t ornar am
i m possí vel às pessoas i nfri n gi r al gum puni m ent o a el e. Não havi a nenhum peri go par a ai ka no
passado.
110
O rácu l o 65
Oyeku Batutu
Esse Odù ofer ec e fuga de cas t i go por m ás açõ es m as i nsi st e no com port am ent o m oral
no fut uro.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e en ca ra probl em as l e gai s, possi vel m ent e com o
gove rno.
O yi n- won yi n won yi n, o Advi nho da cas a de Ol ufon, j unt o com Ib ar aj uba. Ib a raj ub a consul t ou
If á par a Ari bi j o, o j ovem prov eni ent e de Oke- Apa. El e foi a consel hado a nunc a faz er aco rdos
se cret os com rel aç ão a di nhei ro ou out ros assunt os par a sem pre. C ada a cordo monet á ri o deve
ser f ei t o ab ert am ent e e em públi co. Um cab ri t o, um r at o, um peix e duas gal i nhas, vi nho, obì e
6 000 búzi os dev em ser sacri fi c ados.
111
O rácu l o 66
Oturupon yeku
Esse Odù fal a que o cl i ent e sacri fi cou al e gri as em sua busc a pôr di nhei ro.
Obse rva ção oci d ent al : Fix aç ão por negóci os resul t am em desaven ça fam i li a r.
Okeb eeb ee, o Advi nho do m undo, consul t ou para o j ogo a yo e par a as cri an ças. el es foram
a consel hados a sem pre j o gar em o j ogo a yo. J ogando com as cri an ças a pessoa pode part i l har
de sua al e gri a. Foi i sso que foi di vi nado por If á, a um hom em ri co que er a m uit o i nfel i z .
O sacri fí ci o: Um a cab aça de i nham e pi l ado, um pot e de sopa, vári os it ens de com er,
2 000 búzi os e sem ent es de a yo em suas bandej as. Convi de vari as pesso as par a um a f est a par a
j o gar a yo com você em sua cas a par a bani r a t ri st ez a e evi t a r a m ort e.
112
O rácu l o 67
Oyeku Batuye
Esse Odù fal a sobre r em oção de cul pa e rest aura ção da l i berdad e de ati vi dad es.
Obse rva ção oci dent al : Quest ões l egai s são r esol vi das e suc edi das por di ve rt im ent o
soci al .
O rácu l o 68
113
Òtúrá-àikú
Esse Odù nos previ ne cont ra a t ent aç ão de ent rar em um rel a ci onam ent o dest rut i vo.
Obse rva ção oci d ent al : Apa rent em ent e oport uni dades at rat i vas dev em ser evi t adas.
Fo ri l aku, o Advi nho de Òt ú, Òt ú um barquei ro. Foi pr edi t o que um a m ul her, j unt o com seus
passa ge i ros, vi ri a a bordo. A mul her er a m uit o boni t a e el e qui s desposa- l a. S e el e fiz esse um a
propost a a el e, est a a ac ei t ari a. A m ul her se cham av a O ye . El e deveri a ex ecut a r sacri fí ci o t ão
dep ressa quant o possí vel par a im pedi r Èsù de inst i ga- lo a fal a r à m ul her que poderi a causa r a
m ort e del e. O sacri fí ci o: Dend ê à vont ad e, 2 400 búz i os e r em édi o de Ifá (qui nar fol has de
ol usesaj u e eso na água e mi st ura -l as com sab ão para banh ar- se). Òt ú se r ecusou a sacri fi ca r.
el e ac redi t ou que seus sacri fí ci os prévi os for am ac ei t os. El e não pôde faz er sem casa r com
um a m ul her boni t a.
O rácu l o 69
Oyeku-Irete
114
69 – 1 ( Tradu ção do verso)
Afi nj u yel e, Okunrun -koj eke wafu yi , e Awowonsan, o Advi nho da c asa de Kuseru, for am os t rês
Advi nhos que consult a ram If á pa ra Kuse ru. Os Advi nhos di sseram que em sua casa havi a um
j ovem que est eve fr aco. El e foi at acado por um a doenç a que fez suas m ãos, pernas, ol hos e
na riz i nchass em . Foi pedi do a Kuseru que ofe rec esse um sa cri fí ci o porqu e If á pr edi sse que
aqu el e r apaz i ri a se r est abel e ce r.
O sac ri fí ci o: quat ro pom bos, 4 400 búz i os e rem édi o de If á (água de chuv a em c asca de um a
á rvore a ye , fol ha de asunrun, um pouco de sal e al gum as pi m ent as verm el has pequenas;
coz i nhe em um a panel a e use o r em édi o com o banho e t am bém par a beb er).
O rácu l o 70
Irete’yeku
Esse Odù pede pôr i ni ci ação e ri goroso com port am ent o m oral .
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e prov avel m ent e com port ou- se de m anei ra
aut om edi t at i va que agor a am e aça dest rui r seu negóci o.
115
70 – 1 ( Tradu ção do verso)
Ori fusi , o pai de El u, di sse que el e est ava procu rando um m ei o par a pr eveni r que a m ort e
l evass e el e, seus fi l hos e sua espos a de surp resa, ao pa ço que el es est avam se t ornando
f am osos e renom ados. Muj i m uwa o Advi nho de Opak er e, Bonron yi n o Advi nho do Est ado de
Id o, Ogo rom bi , o Advi nho de do Est ado de Esa, Gbem i ni yi o Advi nho de Il uj um oke,
Ku yi nm i nu o Advi nho da pal m ei ra, consul t aram If á para Ori fusi e P er egun, am bos que rendo
es capa r da mort e. Os Advi nhos di sseram : S e voc ê desej a esc apar da m ort e deve of ere ce r
sa cri fí ci o e se i ni ci ar. O sa cri fí ci o consi st e de dez pom bos, dez gal i nhas, 20 000 búz i os e
az ei t e- de- dendê em gr ande quant i dade ao l ado de Èsù.
If á i rá sem pre l he m ost r ar com o se conduz i r e a condut a que afast a a m ort e de você. Al ém
di sso, voc ê real i z ará o sac ri fí ci o, você com eç ari a cul t i vando o hábi t o desfaz e r o bem com o
nunc a t enha fei t o ant es. S eri a i nút il se após você Ter r eal i z ado os sacri fí ci os r eduzi sse sua
ben evol ênci a; você m orr eri a. Voc ê deve pegar os pom bos e as gal i nhas, e sol t a-l os e se
abst enh a dos m at a- l os, m as lhes dê com i da sem pr e que el es vol t arem à sua c asa. C om eç ando
por hoj e, você deve se abst er de m at ar qual quer coi sa, poi s qual quer um que não des ej a se r
l evado pel a m ort e, não deve l evar a m ort e a ni ngu ém , com ex ceç ão das cob ras venenosas.
P er egun se gui u a ori ent aç ão e r eal i z ou o sacri fí ci o.
A cant i ga de If á :
Mort e, não l eve mi nha casa à ruí na. Eu não prat i quei o m al . Doenç a, não l ev e m i nha cas a à
ruí na. Eu não prat i quei o m al . Eu sou bom par a com am i gos e i ni mi gos. Eu não pr at i quei o
m al . Quando as pessoas foram envol vi das em l it í gi o em Ak e, m e api ed ei e os aj ud ei . Eu não
pr at i quei o m al . Quando as pessoas for am envol vi das em li t í gi o em Oko, m e api ed ei e os
aj udei . Eu não prat i quei o m al . Li t i gi o, não l eve m i nha casa à ruí na. Eu não prat i quei o m al .
Eu en cont rei duas pessoas bri gando; m e api edei e os aj udei . Eu não prat i quei o m al . Mi séri a,
não l eve m i nha casa à ruí na. Eu nunca fui pre gui çoso. Èsù-Òd àrà não com e pi m ent a. Èsù-
Òdà rà não com e adi n. Eu dei az ei t e- de-dend ê para o m ol est ado r da hum ani dad e. Eu não
pr at i quei o m al . P rej uíz o, não l eve mi nha cas a à ruí na. Eu nunca furt a rei .
116
O rácu l o 71
Oyeku-Ise
Esse Odù ex pl i ca a nec essi dade da m ort e com o part e da ordem nat ur al .
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e est á r el ut ant e em a cei t ar o fi m de um r el aci onam ent o
ou soci ed ade.
117
P orque a m ort e dev e m at ar as pessoas e ni ngu ém al gum a vez a superou? Os babal a wo
di sser am : If á indi cou que Am uni wa yé cri ou a m ort e para o bem da hum ani dad e. A á gu a que
não fl ui se t ransform a em a çude — um a çude com água pol uí da; um açud e com á gu a que pode
c ausar doen ças. A água ca rre ga as pessoas faci l m ent e e á gu a os devol ve fa ci lm ent e. Que o
doent e ret orn e à casa para cur a e r enova ção do co rpo, e o m au para renov ação do ca rát e r. O
l ouco se preocupou com sua fam í l i a. Os bab al awo pergunt aram : O que é des agrad ável sobre
i st o? Os sábi os se curva ram par a Ifá di z endo: Òrúnm ì l à! Ib or u, Ib o ye, Ibo si se. Todos el es se
di spers aram e nunca m ai s consi dera ram m ai s a m ort e com o um probl em a. Òrì sà- nl a é aquel e
ch am ado Am uni wa yé .
O rácu l o 72
Ose-Yeku
Obse rva ção oci d ent al : O di a-a -di a na vi da do cl i ent e est á fl ui ndo.
Aj i se gi ri , Ani kansekosunwon consul t ou If á para Ose, que pedi u par a el e sacri fi car de m anei r a
a torn ar- se popul ar e não pobre.
El e foi ori ent ado a sacri fi car:
Um a c abaç a com az ei t e- de- dendê, um a caba ça de banh a de òrí , 3 200 búzi os e rem édi o de If á
(pi l ar a c asca da r aiz da árvor e i ro yi n com o i nt eri or do ari dan); mi st urar o com post o com
sab ão-da -cost a; col oque um pi ngo de dend ê e de òrí na base do sabão na cab aç a). O rem édi o
dev e ser uti l iz ado para banhar-se.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
118
O rácu l o 73
Oyeku’fuu
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra um obst ácul o i nespe rado no di a -a- di a nos
ne gó ci os.
119
O rácu l o 74
Ofun’yeku
Esse Odù asse gur a l ongevi d ade, resp ei t o e bons r el aci onam ent os com os sa cri fí ci os e
com port am ent os apropri ados.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode agua rdar um perí odo de c al m a e de re al iz aç ão.
120
O rácu l o 75
Iwori wo’di
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa de fi l hos par a encont r ar equi lí bri o espi ri t ual .
Não ex i st e um a só m ul her gr ávi da que não quei r a dar a l uz a um sace rdot e de If á. Não ex i st e
um a só grá vi da que não quei r a dar a l uz a Òrúnm ì l à. Nosso pai , se el e deu- nos o nasci m ent o,
i nevi t avel m ent e ao seu t em po nós em t roca darem os nas ci m ent o a el e. Nossa m ãe, se el a deu-
nos o nasci m ent o, i nevi t avel m ent e ao seu t em po nós em t roc a dar em os nasci m ent o a el a. O
or ácul o de If á foi consul t ado para Òrúnm ì l à, que afi rm ou que el e deve ri a t raz er os c éus para a
t er ra, que el e deve ri a l evar a t er ra de volt a aos céus. A fi m de cum pri r com sua mi ssão, foi
pedi do a el e que ofer ec esse t udo em par es, um m acho e um a f êm ea — um ca rnei ro e um a
ovel ha, um cabri t o e um a c abri t a, um gal o e um a gal i nha e assi m por di ant e. Òrúnm ì l à segui u
a ori ent aç ão e real i z ou o sacri fí ci o. Assi m a t er ra tornou- se f ért i l se m ul t i pli cou gr and em ent e.
121
O rácu l o 76
Idi’wori
Esse Odù fal a da ne cessi dade de des envol ver nosso i nt el ect o e previ ne cont r a
associ ações com m al fei t ores.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á i gno rando os ri vai s pot en ci ai s em ne góci os ou em
um a r el aç ão.
122
Iwori’rosu
Esse Odù fal a da ne cessi dade de pa ci ênci a par a obt er sol uçõ es e al c anç ar obj et i vos.
Obse rva ção oci dent al : Ger al m ent e o cl i ent e est á " enc al hado" , i ncapaz de segui r em
fr ent e na vi da.
Irosu wori
Esse Odù fal a sobre não ex ist i r praz er, paz ou ganho ge nuí no proveni ent e de m ás
a ções. Di fi cul d ades e m udanças são part e do cr esci m ent o e conheci m ent o.
2
o s ù , o s ù n : p ó e x t r a í d o d a B a p h i a n i t i d a , p a p i l i o n á c e a , o u P t e ro c a r p u s o s u n , p a p i l i o n á c e a .
123
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pr eci sa con cent ra r- se nos obj et i vos e desej os de l ongo
pr az o do que nas sat i sfa ções de curt o pr az o.
F aç am os as coi sas com al egri a. Aqui l o que desej a que se vá, i rá. Aquil o que desej a que
r et orne, ret orna rá. Defi ni t i vam ent e os ser es hum anos t em escol hi do t raz e r boa sort e ao
m undo. Oni sci ênci a o Advi nho de Òrúnm ì l à, consul t ou If á par a Òrúnm ì l à, que di sse que os
ser es hum anos vi ri am e fari am um a pergunt a a el e. El e foi acons el hado a ofer ece r um
sa cri fí ci o de peix es e de 2 000 grãos de fa ri nha de mi l ho (a gi di ). Òrúnm ì l à segui u a
ori ent a ção e re al iz ou o sa cri fí ci o.
C ert o di a todo t i po de pessoas, i ncl ui ndo l adrões e out ro m al fei t ores, se reuni r am e fo ram t er
com Ò rúnm ìl à para re cl am ar em que el es est avam “ cans ados de da rem c abe çadas pel a t er ra;
Òrúnm ì l à! P erm it a -nos re fugi arm os nos C éus”.
Òrúnm ì l à di sse que não podi a evit a r que dessem cab eç adas pel a t err a at é que el es
conqui st assem a boa posi ção que Odudua ordenou para cad a i ndi ví duo; só ent ão poderi am el es
r esi di r em nos céus. El es pergunt a ram , “o que é boa posi ç ão? ”. Òrúnm ì l à pedi u a el es que
con fessassem sua i gno rênci a. El es di sser am , “nós som os i gnorant es e gost arí am os de obt er
conh eci m ent o de Ol odunm a re”.
Òrúnm ì l à di sse: A boa posi ção é o m undo. Um m undo no qual haver á conheci m ent o com pl et o
de t odas as coi sas, al egri a em t odos l ugares, vi da sem ansi edade ou m edo de i ni mi gos, at aque
de serpent es ou out ros ani m ai s peri gosos. S em m edo da mort e, doenç a, l it í gi o, perdas, brux os,
brux as ou Esu, peri go de aci dent es com á gua ou fogo, sem o m edo da mi sé ri a ou pobr ez a,
devi do ao seu poder i nt e rno, bom ca rát e r e sab edori a. Quando voc ê se abst ém de rouba r por
c ausa do sof ri m ent o pel o qual o dono passa e a desonra com est e com port am ent o é t rat ado na
pr esenç a de Odudua e out ros espí ri t os bons no c éu que são sem pre am i gávei s e
fr eqüent em ent e nos desej am o bem . Est as for ças podem ret orn ar sobr e vocês e perm i ti r com
que ret o rnem à escuri dão do m undo. Tenh am em m ent e que vocês não re ceb em nenhum favo r e
t udo que é roub ado será re em bol sado. Todos at os m al i gnos t em suas rep er cusões.
In di vi dual m ent e o que será nec essári o par a al can ça r a boa posi ção é: sabedo ri a que pode
gove rnar adequ adam ent e o m undo com o um t odo; sac ri fi que ou cul t i ve o hábi t o de faz er
coi sas boas par a os pobres ou para àquel es que ne cessi t am de sua aj uda; um desej o de
al m ent a r a prosperi dad e do m undo m ai or do que dest rui -l o.
As pessoas cont i nuar ão a i r aos céus e vi r para a t er ra após a m ort e at é que todos al can cem a
boa posi ç ão. Há um a grand e quant i dade de coi sas boas no par ai so que ai nda não est ão
di sponí vei s na t er ra e serão obti das ao devi do cu rso. Quando todos os fi l hos de Odudu a
124
est i ver em reuni dos, aqu el es sel e ci onados pa ra t ransfe ri r as boas coi sas par a o m undo ser ão
ch am ados de èni yà n ou se res hum anos.
Um a vi da de doçu ra sem am argur a é m assant e. Qu al quer um que não t enha esperi m ent ado
pri va ção nunca ap re ci ará a prosp eri dade.
Est as foram as pal avr as de If á aos faz end ei ros, que di sser am que se t odas as est açõ es foss e
est a ções de chuva, o m undo seri a a gr adáv el . Di sse ram el es que ofer ec eri am ascri fí ci o e
cl am ari am a Ba ra A gbonni re gum por aux í l i o.
Òrúnm ì l à di sse que el es dev eri am re al iz ar sa cri fí ci o deavi do à l oucura del es e que o mundo
pe rm ane ceri a i nal t erado com o orden ado por Oòdu a: a est a ção chuvosa e a est a ção seca.
O sacri fí ci o: quat ro cab ras, 8 000 búz i os e assi m por di ant e. El es se recus ar am a sac ri fi ca r.
Òrúnm ì l à fez com que chov esse pes ado durant e o ano i nt eri o sem nenhum a l uz do sol . As
pessoas ado ec eram e vári as m orr eram aquel e ano; as col hei t as não vi ngaram . El e foram de
vol t a a Òrúnm ìl à par a se des cul par em e re al iz a r o sac ri fí ci o. Òrúnm ì l à di sse que o m at eri al de
sa cri fí ci o fo ram dobrados. O sac ri fí ci o t ornou- se oit o c abr as e 16 000 búz i os.
O rácu l o 79
Iwori’wonrin
Esse Odù fal a de prot e ção cont ra des ast res nat urai s e re cuper aç ão de qual quer coi sa
que se t enha perdi do.
Obse rva ção oci d ent al : Um vel ho rel a ci onam ent o pode ser r eac endi do.
125
If á voi consul t ado pa ra Joworo,
que est a i ndo em um a vi a gem .
El e foi aconsel hado a sa cri fi c ar
c am arõ es, um a ovel ha e 4 000 búzi os.
El e ouvi u as pal avras e r eal iz ou o sa cri fí ci o.
Os Advi nhos di sse ram que Joworo nunca seri a m ort o pel a água; el e sem pre nad ará e sem pr e
fl ut uar á.
Iw ori ’wonri n
foi o Ifá di vi nado pa ra o povo de Ot u-If è
quando procur avam por cert a pessoa.
El es est av am se guros de si que el es sorri ri am no fi nal ,
poi s a pesso a seri a encont r ada.
O sacri fí ci o: quat ro pom bos e 8 000 búz i os.
El es r eal i z aram o sa cri fí ci o.
O rácu l o 80
Owonrin’wori
Esse Odù fal a de t rab al ho árduo com o o rem édi o que cur a a pobr ez a. El e t am bém
of ere ce rem édi os par a en ferm i dad es em oci onai s.
Obse rva ção oci d ent al : Fr equent em ent e o cl i ent e é pre gui çoso com o resul t ado da
i nqui et aç ão espi ri t ual .
In ham es er am ca ros, dendê er a ca ro, m i l ho e out ras com i das eram caros.
Foi real i z ado um j ogo di vi nat óri o pa ra Iwo ri ,
Foi observado que t odos os it ens eram c aros.
Lh e foi re com endado que ofe rec esse sacri fí ci o de form a que os i t ens se t ornass em ac essí vei s.
126
O sacri fí ci o: 2 000 enx adas, 2 000 foi ces, r at os, peix es e 12 000 búz i os.
El e real i z ou o sacri fí ci o.
O babal awo disse que t odos os hom ens dev eri am pegar suas enx adas e foi ces e i r t rabal ha r na
ro ça de form a que os i t ens se t ornassem acessí vei s.
Apen as t rab al ho árduo pode m oder ar a i ndi gên ci a.
O rácu l o 81
Iwori’bara
Esse Odù i nsi st e na boa condut a e ofe re ce sol uçõ es par a a educa ção de cri an ças
con fi ávei s.
Obse rva ção oci d ent al : O foco do cl i ent e dev eri a ser quest ões prát i cas.
127
81 – 2 ( Tradu ção do verso)
O rácu l o 82
Obara’wori
Esse Odù est abel e ce o conc ei t o de di nhei ro com o sendo i m port ant e, m as nunc a t ão
i m port ant e quant o a sabedo ri a, conh eci m ent o, saúde e bom ca rát e r.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e ne cessi t a pôr m ai s ênf ase no desenvol vi m ent o
espi ri t ual e equi lí bri o em oci onal .
128
sa cri fí ci o i ncl ue rat os, peix es, cabri t os, um a c aba ça de fari nh a de mi l ho ( ewo; cornm eal ), um a
c abaç a de ekuru e 20 000 búz i os. el es se r ecusa ram a sacri fi ca r. El es insul t aram e
ri cul a riz a ram os bab al awo e out ros pr at i cant es da m edi ci na t radi ci onal . Após al guns
m om ent osel es com eç ar am a passa r m al . El es est avam doent es e t ri st es e não t i veram ni ngu ém
pa ra cui dar del es. El es for am m orr endo a cada di a. El es se defront a ram com probl em as fí si cos
e não puder am pedi r aux íl i o aos babal awo e par a os out ros. Quando não pude ram m asi
suport a r a a fl i ção, for am se descul p ar com os babal awo. Desde aqu el e di a, os babal a wo t em
si do sem pre t rat ados com honra no m undo.
O rácu l o 83
Iwori-Okanran
Esse Odù est abel e ce a ne cessi dade de pri va ci dade ent re o babal awo e o cl i ent e. Iss o
ên fat i sa a im port ân ci a de pl an ej am ent o pr évi o.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e m ui t as vez es não é si ncero com o babal awo.
129
Foi predi t o que o que el e est av a pl anej ando i ni ci ar não cri a ri a di fi cul dad e par a el e se el e
ex ecut asse sac ri fí ci o.
O sac ri fí ci o: um a cab ra, um a gal i nh a, 8 000 búz i os e rem édi o de If á (col oque quat ro
c aram uj os em águ a l i m pa par a o cl i ent e beber e di ga a el e que seus pensam ent os sem pre vi r ão
à cabe ça ).
El e segui u a ori ent a ção e re al iz ou o sac ri fí ci o.
O rácu l o 84
Okanran-Iwori
Esse Odù avi sa o cl i ent e par a di vi di r seus probl em as com os out ros. Tam bém fal a de
um vi si t ant e im i nent e.
Obse rva ção oci d ent al : Medos e um a inc apaci d ade de di vi di - los est ão bl oque ando o
c am i nho do cl i ent e.
Bi a dake t ’ar a eni a bani dake. Bi a ko wi t ’enu eni f ’Aye gbo a ki i n’a gbo randun
consul t ou If á par a o l a ga rt o e pa ra t odos os dem ai s r épt ei s. El e [ o l a gart o] que não
ex pressa ri a seus probl em as a ni n guém . El e bat eu com a cab eça cont ra a pal m ei r a e cont r a a
pa rede. Foi di t oent ão que ni n guém si m pat iz a ri a com el e.
O sacri fí ci o: um cab ri t o, um gal o, um pom bo e 8 000 búz i os.
El e se re cusou a sa cri fi c ar.
130
O rácu l o 85
Iwori-Eguntan
Esse Odù fal a sobre a ção ad equada com o sendo im port ant e para um a m udança posi t i va
na sort e.
Obse rva ção oci d ent al : A i ncapa ci bi li dad e do cl ent e em "pux ar o gat i l ho " est á causando
pe rda da di reç ão.
131
O rácu l o 86
Ògúndá’wòrì
Esse Odù fal a de enf erm i dad es em oci onai s e m ent ai s causad as por espí ri t os m al i gnos.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne cessi t a de li m pez a espi ri t ual .
O rácu l o 87
132
Iwori-Osa
Esse Odù fal a da ne cessi dade de se t er respons abi li dad e pel as nossas at i vi dades.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e t em o conh eci m ent o ou habi l i dade de resol v er seu
probl em a m as se r ecusa a ve r ou a ut i li z ar isso.
Eni a S a, Ol a a S a
consul t ou If á par a a t art aru ga (obahun i j apa)
que fugi u para a fl or est a devi do à sua m á condut a.
Foi deci di do que quando a t art a ruga fosse c apt urada
seri a el a presa l evada de vol t a par a c asa.
El a foi aconsel had a a sacri fi car de m anei r a que ser pr esa e
l evad a de vol t a para casa.
O sacri fí ci o: um pom bo, 3 200 búz i os e fol has de If á .
El a ouvi u as pal avras porém não fez o sac ri fí ci o.
133
O rácu l o 88
Osa’wòrì
Esse Odù fal a de boa sort e ex cepci onal . E t am bém ex pl i c a a posi ção sa gr ada do Igú n
em If á.
134
Ose rva ção oci dent al : O cl i ent e i rá en cont ra r sucesso m at eri al at rav és de a ção
espi ri t ual .
Tem i gbusi , o Advi nho de Aj et unm obi , predi ce boa sort e vi nda do m ar ou l agoa par a
Aj et unm obi . Di nhei ro, vi ri a para sua c asa.
S orri ndo, el e ol hou para o babal a wo e di sse, “ Voc ê não sabe que é por i sso que t enho m e
esfo rç ado? . Foi pedi do que el e sa cri fí ci o par a obt e r a com pl et a fel i ci dade: um a ovel ha,
pom bos, banan a m adur a e 4 400 búz i os. El e segui u a ori ent ação e f ez o sa cri fí ci o. Lhe foi
dado al gum as das banan as que el e of ere ceu e foi pedi do que el e as com e ce. Foi - l he
r ecom end ado a com er ban anas frequ ent em ent e.
Osa woo, Iw ori woo consul t ou Ifá par a o abut r e. O m undo int ei ro vei o esper ando para com e r
Igún. O hom em sábi o foi envi ado ao C éu par a quest i onar, Igú n foi a consel hado a sac ri fi ca r
um pacot e de obì um a ovel ha e 86 000 búz i os pa ra evi t ar que seus i ni m i gos o com esse t al qual
os out ros pássa ros. El e se gui u a ori ent aç ão e real i z ou o sacri fí ci o. Quando Om o chegou ao
C éu, el e ent re gou a Ol odum ar e as m ensagem sas pesso as. Ol odunm a re di sse que não est av a
ápt o a responde r por est ar m ui t o ocupado e que ne cessi t ava de al gum obì par a t erm i nar sua
t ar efa. El e ent ã ord enou a Om o que fosse procu rar por obì . Qu ando chegou à encruz i l hada
ent r e os C éus e a Ter ra, ao l ado de Èsù el e en cont ro al guns obì que Igún havi a of ere ci do em
sa cri fí ci o. El e l evou os obì pa ra Ol odunm a re. Após al guns i nst ant es, o própri o Igún foi at é o
pa rai so vi sit a r Ol odunm are, que o r ecep ci onou com al guns dos obì que Om o t i nha t raz i do.
Igún ex am i nou o obì e di sse que est e se pa reci a com o que el e havi a ofer eci do no out ro di a.
Ent ão el e nar raou a Ol odunm are a se gui nt e hi st óri a: El e foi ao babal awo pa ra um a consult a
quando ouvi u que as pessoas est avam di scut i ndo se Igún deveri a ser mort o e com i do com o os
dem ai s pássaros. El e di sse, “Devi do à cont rove rci a que se segui u, as pessoas foram fo rçad as a
envi a r Om o ao C éu pergunt a r a você se Igú n deveri a com i do ou m anti do i nt a ct o. Após eu
r eal iz a r o sac ri fí ci o, Èsù m e i nt rui u a vi r ao par ai so vi si t a- lo.”. Ol odum are pedi u que Igún
r et ornasse à Te rra. El e di sse, “S e as pessoas fra cassa ram em ve r Om o, não são cap az er de
m at ar você. S eu sacri fí ci o foi ac ei t o. Om o ent re gou a m ensa gem del es m as não haver á
nenhum a r espost a. Om o perm anec er á no C éu. Você pode r et ornar à Terr a”. Enquant o as
pessoas esp erav am em vão pel o ret orno de Om o, Èsù orgul hosam ent e foi anunci ando que
135
“ni n guém com eri a Igú n na Terr a”. Èsù aux i li a t odo aquel e que ofe rec e sa cri fí ci o. Foi por i sso
que Èsù foi at r ás de Igún prot e ge ndo- lhe. Desd e aquel e di a, o se gui nt e prové rbi o t em si do
usado: S e nós não vem os Ol um o, nós não com em os Igú n; Igún est á na t er ra, Ol um o no C éu.
O rácu l o 89
Iworioka
Obse rva ção oci d ent al : O foco do cl i ent e é monet á ri o em um m om ent o em que novos
r el aci onam ent os ou ní vei s de um rel aci onam ent o cor rent e ofe re cem gr ande
oport uni dade.
136
Ani kanj a -ol e- ej o, Aj um oj a- ol e-ej o, Ij ot i ab am ’ol e
Ol e -a’ -ka ´r awon consul t ou If á para Kusi ka e seu bando,
que ti nhao o hábi t o de furt a r à noi t e sob o m ant o da escuri dão.
El es fo ram adv ert i dos que em br eve seri am presos.
S e el es não desej assem ser em presos,
t eri am que sac ri fi ca r t odos os bens furt ados que t i nham em suas c asas,
um a gra nde cabr a e 8 000 búz i os.
S e el es real i z asse o sacri fí ci o, seri am ori ent ados a deposi t ar t odos os bens furt ados
na encruz i l hada à m ei a noi t e.
Dev eri am el es abri r m ão de prat i car at os m al dosos.
O rácu l o 90
Ika’wori
Esse Odù adve rt e sobre as repe rcussões de at os m al évol os. Tam b ém f al a sobre prot eç ão
dos ent es fam í li a res cont ra a di ssi m i nação de en ferm i dad e.
Obse rva ção oci d ent al : O cam i nho m undano do cl i ent e est á bl oque ado por cól e ra.
137
If á foi consul t ado para Inú kogun,
que pranej ava prat i car o m al .
El e foi advert i do de que suas m ás a ções pl an ej adas t rari am
r eper cusões danos as a el e.
El e foi ori ent ado a ofer ec er sa cri fí ci o e abri r m ão de seu fei t o m al i gno.
O sacri fí ci o: doi s pom bos, 4 000 búz i os e fol has de If á .
138
O rácu l o 91
Ìwòrì’túrúpòn
Esse Odù fal a sobre gra vi dez bem sucedi da e da t ransform a ção de si t uações noci vas em
suc esso at rav és de sacri fí ci o.
Obse rva ção oci d ent al : O "n asci m ent o " espi ri t ual ou em oci onal i rá t raz er fi m a m edos
m undanos.
Ìw òrì [ foi] o m ari do de Òt úrúpòn, que t eve um bebê que m orr eu. If á di sse que est a mul her
en gr avi dari a novam ent e e que car re ga ri a o bebê em suas cost as. Ìw òrì foi ori ent ado a ofe rec er
sa cri fí ci o par a evit a r que seu fi l ho m orresse pr em at uram ent e: um a gal i nha, um a cabr a, peix e
a ro, 80 000 búzi os e fol has de Ifá (t ri t ur ar dez fol has de el a com um pouco de sem ent es i ye ré;
coz i nhe em um a sopa j unt o com o peix e; a sopa deve ser consum i da ao al vore ce r daí a
gra vi dês vi r á em ci nco m eses ). el e vouvi u as pal avr as e r eal i z ou o sacri fí ci o. Foi observ ado
que el a j am ai s dei x ari a c ai r suas fol has, quando a out ras [ pl ant as] si m .
139
91 – 2 ( Tradu ção do verso)
Eki t i bababa consul t ou If á para Òrúnm ì l à quando el e est av a econom i z ando di nhei ro para
com pr ar um es cravo. El e foi ori ent ado a sac ri fi ca r um a c abr a e 3 200 búz i os. El e se re cusou a
sa cri fi c ar. Òrúnm ì l à com prou o escr avo sem re al iz a r o sac ri fí ci o pres cri t o. O es cravo era um a
m ul her. El a m orr eu t rês di as após a aqui si ç ão. As pessoas da casa de Òrúnm ì l à com eça ram a
cho rar. Èsù vei o at é a c asa e ouvi u a l am ent a ção.
El e pergunt ou, “po rque voc ês est ão chorando dest a m anei ra? ”.
Òrúnm ì l à di sse, “a es crav a que com prei t rês di as at rás ac abou de m orr er ”.
Èsù di sse, “m eu senhor, você consul t ou o Or ácul o de If á ant es de com pra r? .
140
O rácu l o 92
Òtúrúpòn’wòrì
Esse Odù fal a de m ort e r esul t ant e da fal t a de cum pri m ent o do sacri fí ci o pres cri t o.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e est á se pr eocupando dem ai s ac er ca de um novo fi l ho
ou ne gó ci o.
Abam o -ni -n gbehi n- oran, Igb á l i -a- nm u- re- eri , Aki m u-a wo-r e- eri foi o If á di vi nado para as
pessoas em Ot u-Ife no di a em que el es i am l eva r um pot e de c erâm i c a para o ri o. El es for am
a consel hados a l evar de pr efe rênci a um a c abaç a do que um pot e de ce râm i c a que i ri a cai r.
El es i gnora ram o cons el ho e l eva ram um pot e. Qu ando el es est ava ap anhando água, um del es
dei xou c ai r o pot e. No desej o de sal va- lo, el e cai u no ri o e afundou. El es di sseram , “ Há! Nós
sabi a -m os que dev eri am os t er t razi do um a caba ça par a apanh ar água !”. Desde aqu el e di a um a
c abaç a t em si do ut i li z ada par a apanh ar água. El es sac ri fi ca ram 16 000 búz i os e fol has de If á;
el es nunca devi am t er f ei t o l am et ável coi sa. As fol has de Ifá dev em ser prepa rad as: Tri t ur ar
fol has de eso em água e quebr ar um ca ram uj o nel a. Todas as pessoas da ci dade dev eri am
esf re ga r seus corpos com a mi st ura par a evi t ar al go que el es vi essem a l am ent a r.
A gbe rupon consul t ou If á para À gb àdo (mi l ho). El a foi ori ent ad a a ofer ec er um sac ri fí ci o de
m anei r a a t er um part o segu ro.
O sacri fí ci o: um pom bo, 3 200 búz i os, um ci nt urão (oj a -i kal e) e fol has de If á .
El a ouvi u e se re cusou a sacri fi c ar.
141
O rácu l o 93
Ìwòrì Wotúrá
Obse rva ção oci dent al : Os cl i ent es est ão t endo probl em as com seus fi l hos. P erceb endo
el es isso ou não.
O rácu l o 94
142
Òtúrá’wòrì
Esse Odù fal a de não a gi r i m pet uosam ent e, com o se t odas as coi sas boas est ej am em
nosso cam i nho.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e não deve acei t a r de car a a prim ei r a of ert a.
O rácu l o 95
Ìwòrì-Ate
143
Esse Odù sobre ini ci a ção em If á com o um modo de m el horar a vi da.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e consi de rar seri am ent e sua i ni ci aç ão.
Os i ni ci e cui dadosam ent e, os ini ci e cui dadosam ent e de fo rm a que as pessoas do mundo não se
port em m al . Qu al quer um que f az o bem , o faz por si só. Qual quer um que faz o m al , o faz por
si só.. Est e foi o If á di vi nado par a o Mundo. Vo cês l adrõ es dev em pri var-se do fu rt o. El es
di sser am que não podem se abst er do fu rt o. Qu al quer um que roube se rá t rat ado com
z om ba ri a. Qual que r um que roube um m il perd erá doi s mi l em sua vi da. Qu al quer um que ve r
um m endi n go deve ri a dar- l he esm ol as. Qual qu er um que fa ça m il boas ações obt er á duas mi l .
Oòduà At erí gbej i , m eu senhor, recom p ensar á boas ações. El es foram a consel hados a
sa cri fi c arem car am uj os, bagre e 3 200 búzi os.
144
O rácu l o 96
Irete’wòrì
Obse rva ção oci d ent al : P aci ênci a ao i nvés de rai va ou frust ra ção i rá produz i r sucesso
m at eri al .
145
96 – 1 ( Tradu ção do verso)
146
O rácu l o 97
Iwori-Ose
Obse rva ção oci d ent al : Mul he r de m ei a i dade pode engra vi dar.
S ofri m ernt o não vem sem seus bons asp ect os..
O bem e o m al sem pre est ão j unt os.
If á foi consul t ado para Owokosi -en yi a n-kosunwon.
147
Lh e aconsel h aram que não fi c asse abat i do porque el e est av a na pobrez a.
el e deve ri a m ant er seu bom nom e. Doçu ra norm al m ent e t erm i na o gost o de um a fol ha am a rga.
Foi fal ado para el e of ere cer sac ri fí ci o de m an ei ra que sua des gr aç a pudesse se t ransfo rm ar em
prospe ri dade: pom bos, 3 200 búzi os e fol has de If á (pi l ar as fol has am a rgas de ol useaj u;
adi ci on ar ao sabão).
Aum a mul her bonit a que não m enst rua, com o pode t er fi l hos?
Est e foi o If á di vi nado para Oj u-oj e deus a da bel ez a.
El a foi ori ent ada a sac ri fi ca r de m anei ra a poder t er fi l hos.
O sacri fí ci o: um a gal i nha, um a cab ra, 2 400 búz i os e fol has de If á .
O rácu l o 98
Ose’wori
Esse Odù fal a de poder e gra ndez a, por ém adve rt e que o m au em pre go desses pode
dest rui r o l ar ou f am íl i a.
Obse rva ção oci dent al : Mui t o t em po ou ênfas e no t rabal ho est á am e aç ando o
r el aci onam ent o e a fam í li a do cl i ent e.
148
O sacri fí ci o: um ca rnei ro, 2 000 pedras, 2 200 búz i os,
e fol has de If á (m oer gra ni t o e pi m ent a- da-cost a at é vi ra r pó par a se r t om ado no mi n gal )
El e ouvi u e real i z ou o sacri fí ci o.
Iwori-Ofun
Obse rva ção oci d ent al : As pr eocupa ções monet ári as ou com erci ai s do cl i ent e i rão lo go
des apar ec er.
149
O rácu l o 100
Ofun’wori
Esse Odù ex pl i ca que o uso cor ret o do di nhei ro ass egura re al iz aç ão na vi da.
Obse rva ção oci d ent al : Quest ões m onet á ri as podem c ausar cont rove rsi a em oci onal .
S e t em os bom cor ação nos podem os adot ar os fi l hos de out ras pessoas consul t ou para
Obonhunbonhun, que foi ri co m as desprovi do de fi l hos, e por est a raz ão fi cou m al -a fam ado.
Foi pedi do que el e sacri fi casse dez rat os, dez peix es, dez pom bos e 2 000 búzi os. Assim el e
150
f ez . Masi t ard e, Èsù que sem pr e apoi a aquel es que re al iz am o sa cri fí ci o, o en cont rou no
c am i nho da roç a e di sse a Obonhunbonhun (besouro ) que pegasse qual que r um dos j ovens
i nset os que el e at rai u at é sua casa e cobri sse com ar ei a. El e di sse que Odudua os
t rans form ari am em cri an ças par a el e. Obonhunbonhun segui u est e consel ho e i sso é o que el e
ai nda faz at é hoj e.
O rácu l o 101
Ìdí-Rosù
Esse Odù adve rt e cont r a um a en ferm i dad e na áre a da ci nt ur a ou nád ega. Tam bém
pro gnost i ca um inc rem ent o nos ne gó ci os.
Obse rva çaõ oci dent al : Um a cl i ent e frequ ent em ent e encont rar á di fi cul d ades m enst ruai s
ou ut eri nas.
151
az ei t e- de- dendê, um rat o, um pei x e, 20 000 búz i os e um osù (bord ão de ofí ci o de If á )
dev eri am se r sac ri fi cados.
El e real i z ou o sacri fí ci o.
O osù foi pl ant ado de front e À c asa de Òrúnm ì l à. Out ros m at e ri ai s de sa cri fí ci o fo ram
col oc ados al i , nos quai s o az ei t e- de-dend ê er a ve rt i do.
152
O rácu l o 102
Ìrosù’dí
Esse Odù fal a de um a pessoa que t em um t al ent o par a cur a e of ere ce sol uções par a
con cepç ão.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e m edi t ar sobre um a car rei ra di fer ent e.
Bi m oba wondi -a- san consul t ou If á par a Ìrosù que t i nha assum i do que t odas as feri d as
en faix ad as por el e ci cat ri z ari am . Foi pedi do que el e sa cri fi c asse band agem , um pei x e ara,
quat orz e mi l búz i os e fol has de If á ( esm agar fol has de Ìro sù em á gu a; ut il i z ar a mi st ura para
l ava r os i ki n do cl i ent e). el e se t orna ri a m édi co. S e esse Ifá é di vi nado em um esent a ye ou
It ef á, o cli ent e o cl i ent e sse t ornar á um especi al i st a em cur ar m achu cados.
O rácu l o 103
153
Ìdí’owonrin
Esse Odù fal a da ch egada do re conheci m ent o e da i m port ânci a da c arr ei ra do cl i ent e.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á sendo pr essi onado no t rabal ho.
Id i wonri nwon - Idi wonri nwon consul t ou pa ra Obahun Ij ap a. Foi pedi do a el a que sac ri fi cass e
de m anei ra de form a que el e fosse honrado em todo l u gar que fosse t ocar. O sa cri fí ci o: cont as
de cor al , quat ro pom bos e 8 000 búz i os. El e fez o sac ri fí ci o. Obahun se t ornou um im port ant e
t ocado r. El e sac ri fi cou co ral devi do ao i nt e rt eni m ent o.
Em i kom aaku- Yi ye nni nm a a ye consul t ou If á para Ope, que foi ori ent ado a faz e r sac ri fí ci o
de form a que el e pudesse t er t er um a bas e fi rm e e evi t asse a m ort e. O sacri fí ci o: um a ovel ha,
um ago go, 4 400 búz i os e fol has de If á. El e ouvi u as pal av ras e sacri fi cou. Ope foi ass egura co
com um base fi rm e e vi da l onga. Fol h as de Ifá : La ve os i ki n If á com fol has de kut i e col oque
o a go go no iki n de If á. C anti ga de If á: Eu est ou enve rgonhado da m ort e; em l u gar de m orr er
eu m e t ransform ei na fol ha kuti (r epet i r quat ro vez ). O ago go deve acom panh ar est a cant i ga
O rácu l o 104
Owonrin’di
Esse Odù fal a da gen erosi dade e honest i dade com o fórm ul a de sucesso e am o r.
Obse rva ção oci d ent al : Os negóci os ap arent am est ar de "p ern as par a o ar ".
154
104 – 1 ( Tradu ção do verso)
Owo ri n-di m owo, Owonri n- dim es e foi a consel hado a prat i c ar a cari d ade de form a a re ceb er
bêns ãos. El e não agi ri a assi m . If á foi consul t ado pa ra Obahun Ij ap a, que foi ori ent ada a
sa cri fi c ar de form a que el a não fi cass e desam par ada: um a pacot ed e obì , um a gr ande t i gel a de
i nham e pi l ado, um gra nde pot e de sopa, quat ro pom bos e 2 000 búz i os.
S e gur e est a coi sa, m ant enha seguro. S e voc ê é quest i onado, a coi sa deve ri a ser produzi da em
dem and a. If á foi consul t ado para c est as e sacol as. C ada um a del as foi ori end ada a dar
sa cri fí ci o de form a que as pessoas cont i nuari am as am ando. O sacri fí ci o: doi s pom bos e 2 400
búzi os. El as sacri fi c ar am . Foi decl arado que qual que r um que devol vess e coi sas a seus
propri et ári os i ri a sem pre prosp era r.
O rácu l o 105
Ìdí’bàrà
Esse Odù fal a sobre a nec essi dade de rem ove r obst ácul os e m au ent endi dos at r avés de
sa cri fí ci o.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e se depar a com probl em as no rel aci onam ent o.
C om prom iss é nec essári o pa ra sal va-l o.
155
Edi di os at rap al ha, Obar a os dá cobe rt ura foi di vi nado par a a árvor e em um arbust o espi nhoso
que foi aconsel h ado para sa cri fi c ar os se gui nt es m at eri ai s de form a que et i (di fi cul dades)
seri am r em ovi das de seu c am i nho. Tam bém foi di vi nado pra Op e e foi pedi do que sacri fi que:
um a foi ce, um m achado, um ci nt o para suport e (i gba ), um a pr eá, um pei x e a ro, pom bos e 18
000 búz i os. El a[ a árvor e em um arbust o espi nhoso] se r ecusou a re al iz ar o sacri fí ci o dest as
coi sas, m as Ope sa cri fi cou. Fol has de If á for am prepa rad as par a Ope e foi di t o que el e não
seri a at rasado pel os arbust os. Èsù est á sem pr e ao l ado de quem sacri fi ca. Um di a, Èsù di sse
ao faz end ei ro pegar seus ap et rechos e i r a Ope e vest i r Ope, porque Èsù de a go ra em di ant e
t orna ri a Ope bené fi co ao faz endei ro. O faz end ei ro se gui u a ori ent aç ão e vesti u Op e. Ope ao
seu t em po se t ornou bené fi co às pessoas.
Edi di o Advi nho de Oko (o a rbust o), Obar a o Advi nho de Il é (a c asa). If á foi consul t ado par a
am bos e foi pedi do par a sac ri fi ca rem de form a a evi t ar em m al -ent endi dos ent r e el es par a
sem pr e. O sa cri fí ci o: duas aves(um ga l o e um a gal i nha), um a cab ra, um c abri t o e 20 000
búzi os. Edi di se r ecusou a sacri fi car, m as Obar a não. Com o de cost um e, Edi di foi a cas a de
seus par ent es, na casa de Ol ofi n, par a cum pri m ent a-l os após um di a de t rab al ho na ro ça.
Event ual m ent e el e foi a consel hado a vi r e pedi r sua noi va em casam ent o, assi m que el a
pudesse c asa r. S ua prom et i da, Ob ara, não gost a de Edi di , o qual el a ri di cul ari z a com o sendo
um l enhado r. El a pergunt ou, “o que devo eu faz e r com um l enhador? ”. Em se gui da, el e
com e çou a supl i ca r Oba ra para enc ara -l o com bons ol hos. Obar a não qui s vê- l o. Edi di ,
fi nal m ent e re al iz ou o sac ri fí ci o que l he foi pedi do, poi s de out ra m an ei ra perde ri a sua esposa.
156
O rácu l o 106
Obara’di
Obse rva ção oci d ent al : O rel a ci onam ent o do cl i ent e est á se desequi l i brando devi do a
r ecl am a ções do parc ei ro.
Eesi n- war a consul t ou If á par a Ol ofi n, que foi adve rt i do que al gum ex t ran gei ros est av am por
vi r. El es prend eri am as pessoas nas casas e na faz end a e os l evari a pra ci dades ext r angei r as.
Foi pedi do que Ol ofi n sa cri fi c asse az ei t e- de dend ê a se r veri t do sobr e Èsù, e dez essei s
pom bos, um del es par a se r usado pa ra a propi ci a ção da cab eça do cl i ent e. Esm a gu e as fol has
de ol usesaj u e ori j i em água; pe rm it a que o sangu e do pom bo got ej e na m i st ura; l eve est e
pot e de rem édi o de If á ao m er ca ado de form a que t odas as pessoas da ci dad e possam esf re ga -
l a em seus corpos.
157
106 – 2 ( Tradu ção do verso)
Igbá orí -am i , o Advi nho das m ul heres, consul t ou If á para um a prost i t ut a que est av a i ndo pra
c am a com t odos os hom ens. El a foi adv ert i da que est ava faz endo um a coi sa ar ri scad a. Um a
prost i t ut a perd e o resp ei t o. Nenhum a mul her pode prospe rar pra sem pre na prost it ui ç ão. El a
foi a consel had a a confessa r sua i gnor ânci a e a sacri fi c ar doi s pom bos, doi s car am uj os, banha
de òrí , 8 000 búz i os, e fol has de If á (esm ague fol has de eso com i yr e; coz i nhe a mi st ura com
um ca ram uj o faz endo um a sopa pa ra el a com er; você t am bém pode m ist ura r eso moi do com
banh a de òrí par a esfr egar na va gi na; as fol has de eso podem se r pi l adas com sabão par a
banh ar- se).
O rácu l o 107
Idi-Okanran
Esse Odù adve rt e que qual quer um que prat i ca at os desonest os i rá cert am ent e se r pe go
e puni do.
Obse rva ção oci d ent al : Tr ai ção por aquel es que o cl i ent e confi a l evar á a probl em as.
Id i konr andi konran, Id i konran am arrou doi s i nham es j unt os di vi nou par a dois l adrões que se
di ri gi am à sua rond a norm al . El es for am a consel hados a sac ri fi ca rem para evi t a r serem presos
por fort e co rda enquant o procu rav am sua av ent ura. A t err a prend e o l adr ão em nom e do dono.
R oubo é um at o desonroso. El es fal a ram , ‘qu al é o sa cri fí ci o? ’. Foi di t o: quat ro c aram uj os, 3
200 búzi os e fol has de If á (esm a ga r fol has de eso e ol usesaj u em á gu a e l avar o co rpo com
i sso). Os l adrõ es se recus aram a sac ri fi ca r. el e for am capt ur ados e am arr ados com co rdas e
l am ent a ram por não t erem fei t o o sac ri fí ci o.
158
O rácu l o 108
Okanran-Di
Esse Odù fal a de um rel a ci onam ent o que i rá ev ent ual m ent e da ra cert o.
Obse rva ção oci d ent al : Um a soci ed ade ou r el aci onam ent o ant eri or é r eac eso.
Um a panel a pret a tom a cui dado com t odo o m undo al ém de si m esm a. If á foi consult ado par a
Òrúnm ì l à, que est ava i ndo desposar Ehi nm ol a. Todas as dei dad es ( Ir únm al e) t ent aram seduz i r
Ehi nm ol a sem sucesso. Òrúnm ì l à foi acons el hado a sacri fi car pom bos e 12 000 búz i os.
Òrúnm ì l à ouvi u at ent am ent e o cons el ho e sa cri fi cou. El e m ai s a di ant e foi aconsel hado a não
pe rder a pa ci ênci a se a mul her não l he dess e at en ção i m edi at am ent e. El a busc ari a por el e
onde quer que el e pudess e est a r. El a am al di çoar á o di a em recusou a propost a de Òrúnm ì l à.
Òrúnm ì l à part i u para Ado Ayi wo. Um ano depoi s depoi s que Ò rúnm ìl à part i u, Ehi nm ol a
m udou sua opi ni ão. El a desej ou se c asa r. El a foi por t oda pa rt e com as dei dades, m as ni n guém
cons egui u a m al di ção que Òrúnm ì l à j o gou sobre el a. Todos os esforços se m ost rar am i nút ei s.
Ehi nm ol a event u al m ent e ar rum ou suas m al as e se di ri gi u à c asa de Òrúnm ì l à em Ado.
Òrúnm ì l à est ava f est ej ando o Fest i val do In ham e Novo quando Ehi nm ol a ch egou. O az ei t e -de-
dend ê e o sal de Òrúnm ìl à t i nham se es got ado, o que Ehi nm ol a proveu al e gr em ent e quando el a
desf ez suas m al as. Quando Òrúnm ì l à t erm i nou a ofe rend a, el e pergunt ou a Ehi nm ol a, “o que
voc ê faz aqui? ”. Ehi nm ol a respond eu, “é você ”. Ent ão Ò rúnm ìl à ap anhou duas f at i as de
i nham e que el e sacri fi cou. El e esf re gou um a na out ra e as deu a Ehi nm ol a diz endo, “el e est á
pront o pa ra ser com i do, Ehi nm ol a. El e est á pront o para ser bebi do, Ehi nm ol a”.
159
Foi assim que Ehi nm ol a se t ornou esposa de Òrúnm ì l à. Desd e ent ão, se quest i onam os ac er ca
de quem conhe ce o fut uro, el es di ri am , “ Òrúnm ì l à conh ece o fut uro”.
O rácu l o 109
Ìdí-Ògúndá
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sab edori a e ca rát e r par a equi l i brar a fo rça fí si ca.
Obse rva ção oci d ent al : P rom i scui dad e sexual l evarão ao des ast re.
160
O rácu l o 110
Ògúndá’Dí
Esse Odù fal a de um a j ornada bem sucedi da, por ém adv ert e sobre possí vel desconfo rt o
i nt est i nal .
Obse rva ção oci dent al : Um a cl i ent e gr ávi da t em f reqüent em ent e al gum a hem orr agi a
pl ac ent al . S acri fí ci o i rá cu rar o probl em a.
Oj o- surusuru (vaz am ent os const ant es), Advi nho do par aí so,
consul t ou If á par a um a caba ça nova (ke re gbe ).
Foi predi t o que a caba ça i ri a vaz ar.
P ar a bl oquear o vaz am ent o, el a foi ori ent ada a sa cri fi c ar past a de c al ef ação (at e ),
espi nhos, 3 200 búzi os e fol has de If á (esm a gue fol has de daguro e coz i nhe com pei x e aro
pa ra o cl i ent e com er ).
If á di z: se esse odù for di vi nado, o cl i ent e sofr e de disent eri a.
O rácu l o 111
161
Ìdí’sá
Obse rva ção oci d ent al : P ressões di ári as est ão c ausando t ranst orno em oci onal .
Ìd í ( as náde ga s) ent rou, Ìd í foi sent a r-se, Ìdí não pode sent ar- se, Ìd í se l evant ou, Ìdí não pôde
des cansa r. Foi pedi do a Ìdí sacri fi c asse para poder descans ar. O sac ri fí ci o: um pom bo, 3 200
búzi os e fol has de If á (esm ague fol has de esò e jokoj e e m ist ure com sabão -da- cost a; para o
cl i ent e usar sem pr e pa ra l av ar seu corpo).
Òrúnm ì l à di sse Ìdí - Òsá, eu di sse Ìdí -Òsá. Ìdí cor reu para t ão l onge que el a est ava sendo
pro curad a para se t orna r um a ch efe. Ìd í (as náde ga s) par a lon ge; ni ngu ém a pro curou m ai s.
El a se t ornou m ot i vo de desonr a e de vergonha. Ìd í foi aconsel had a a sacri fi car dez fol has de
owa, dez pom bos, dez ovel has, 20 000 búz i os e fol has de If á que el a dev eri a procur ar. El a fez
com o foi aconsel hado. É por i sso que t odo m undo est a a procur a de Ìdí .
O rácu l o 112
Osa’di
Esse Odù sobre rem oção de bl oquei os par a obt er um rel aci on am ent o bem sucedi do.
162
Obse rva ção oci d ent al : O m edo da car êci a de rel aci onam ent o do cli ent e t erm i nar á com
o ap are ci m ent o de um a nova pessoa.
Os cam i nhos de Òsá não est ão abert os. Os cam i nhos de Òsá est ão bl oqueados. Òrúnm ì l à di sse
que um sa cri fí ci o t em que ser ex ecut ado par a abri r os cam i nhos par a Òsá. Um a l am pari n a de
ba rro, az ei t e-de -dendê, 8 000 búz i os e fol has de If á (pul ve riz a r fol has de qui abo e m ist ura r
com são para banha r-se ). A l am pad a deve ser aces a no m om ent o do sacri fí ci o.
Òrúnm ì l à di sse que boas not í ci as são mot i vo de al e gri a. Eu di sse boas notí ci as. P or favor
di a ga a ot do m undo que a pessoa que est ávam os pro curando che gou. Obì , orogbo, pim ent a-da -
cost a, vi nhi de pal m a e 3 200 búz i os devem ser sacri fi cados. Os com ponent es do sa cri fí ci o
dev em ser ut i l iz ados pa ra i nt ret e r a pessoa.
O rácu l o 113
Ìdí’ká
Esse Odù adve rt e cont r a puni m ent os severos por m ás fa çanh as.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e se depar a com possí vei s t rai çõ es em ne gó ci os ou
se gr edos pessoai s.
163
Nós i nvest i gam os fei t i cei ros, brux as e quem c ausa danos a out r em ; Ai da form i ga que t em
f err ão e ferro a quando for pê ga . Is t o foi di vi nado pa ra Abat eni j e, Osi kapa- adi ye - adugbo- run,
At ’ eni ya n- at ’er anko- kon’ee wo, que di sse que seu fi m est av a próx im o. O sacri fí ci o: Qual que r
coi sa que o bab al awo pe ça e fol has de If á (esm a gu e fol has de ori j i e ol usesaj u em água;
ut i li z e um a esponj a kanri nkan nova e sabão- da-cost a par a l ava r o corpo do cl i ent e). O cl i ent e
t am bém t êm que at end er a a adve rt ênci a e dar a m ai ori a de suas posses com o esm ol as ou se
i ni ci ar em If á.
Asi ri bom om o consul t ou If á par a Ol okun e Ol osa. Fo ram ori ent ados a cada um del es sacri fi car
quat ro pot es de barro, dez essei s pom bos, 80 000 búzi os e fol has de If á. Assi m fiz er am . El es
for am asse gu rados de que ni n guém veri a ou conhe ce ri a os se gr edos del es.
O rácu l o 114
Ìká’dí
Esse Odù fal a sobre m ost rar resp ei t o para evi t ar probl em as na vi da.
Obse rva ção oci dent al : A f al t a de espi rit ual i dad e do cl i ent e est á bl oqueando as
at i vi dades mundan as.
Bi aba- ro- li -a roj u, La i s e-l ai ro- bi -om i nu-nko’ni , I ya Ki i gb ai j e’ni consult ou If á para Kodunm i -
A gba. Foi pedi do que el e sa cri fi c asse de m odo que não sof resse puni ç ão nã vi da.
164
O sac ri fí ci o: dez ovos ce gal i nha,b anha de òrí , pedras de rai o, 4 400 búzi os e fol has de If á
(t ri t ura r ori j i e ol usesaj u com pim ent a do rei no; faz e r um a sopa com essa m i st ura com um
ovo; col oque as pedr as de r ai o na sopa após el a est ar pront a; Aco rdar aao rom per do di a e
t om ar esse rem édi o). Agb a se recusou a sac ri fi ca r.
S e um j ovem hom em que é desca rado en cont ra um vel ho awo, el e o bofet e ará. S e el e encont r a
um vel ho herbol ári o, el e o cast i gar á seve ram ent e. S e el e encont ra um vel ho sac erdot e que se
aj oel h a em pr ece, aci dent al m ent e el e o l ança rá ao sol o. If á foi consul t ado par a os
desob edi ent es, que di sse que ni ngu ém poderi a re form a- l os. “P or quê? Vo cê não sabe que um a
c ri anç a que bat e em um sa cerdot e que est á rez ando est á procur ando por sua própri a mort e?
Ve rm es m orr em rapi dam ent e, m uit o r api dam ent e ”.
O rácu l o 115
Idi-Oturupon
Esse Odù fal a de sol uções para probl em as m édi cos que i m possi bi li t am a gr avi dez .
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pode ex peri m ent ar um despert a r em oci onal ou
espi ri t ual .
Id i t i ri pon, Idi t i ri pon, Idi abi ya m o t i ri pon-t i ri pon foi consul t ado par a Ol u- Ogan,
Que foi ori ent ad a a sacri fi c ar dez ess ei s sem ent es de okoro, dez essei s i nham es fêm ea (ewu ra),
quat ro cabr as e 3 200 búz i os de m odo que el a possa pari r m uit os fi l hos.
El a fez o que foi pedi do.
165
115 – 1 (Tr aduç ão do verso )
Osunsun, o a wo de Ol úi gbo,
consul t ou If á par a Odun gb e,
que foi pedi u par a sac ri fi ca r
de modo que el e não sej a at acado por doen ças nas náde gas.
O sacri fí ci o: doi s gal os, um cão, 6 600 búz i os e fol has de If á .
E, se el e j á ti vesse si do at a cado, que el e poderi a ser cu rado.
Or ácul o 116
Oturupon’Di
Esse Odù fal a de um a pesso a que est á espi ri t ual m ent e ab andonad a e em necessi dad e de
um a r enova ção espi ri t ual .
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á se aut oconsum i ndo e sofrendo devi do a i st o.
O m undo é bel o. O parai so é m aravi l hoso. Odùdùa a ori ent ou as pesso as do m undo vol t arem a
el e at r avés da re enc arna ção. as cri an ças se re cusar am a i r. As pessoas idosas t am bém se
r ecusa ram a i r. el e pergunt ou a raz ão. El es di sse ram , “Não é f áci l i r ao par ai so e vol t ar”.
Òrúnm ì l à sai d, “O pa rai so é gr aci oso e é o l ar da bel ez a ”. Odùdùa j am ai s vi veri a em um l u gar
despr ez í vel .O O ri sa é sem preen cont rado em l ugares desc ent es. Qual que r um que é cham ado
dev e responde r ao ch am ado.. Nenhum a m ãe ch am ari a seu fi l ho para sofr er. As pessoas do
m undo ai nda est avam esi t ant es. El es for am ori ent ados a sacri fi c ar de m odo que seus véus de
e curi dão pudessem ser rem ovi dos. S e el es est ão t rab al hando, el es devem sem pre ol har pa ra o
pa rai so. O sa cri fí ci o: Efun, um peda ço de t eci do br anco, 20 000 búzi os e fol has de Ifá . S e o
166
sa cri fí ci o pr escri t o fosse re al iz ado, el es se abst e ri am de san gu e. El es se recus aram a
sa cri fi c ar.
Hoj e voc ê recl am a que Ot urupon'Di é cul pado. Am anhã voc ê recl am ará que Èl à não est á
adm i ni st rando o m undo corr et am ent e. El e fez Odundun o rei do t odas as fol has e Tet e seu
r epres ent ant e. Você ai nda est á re cl am ando que Èl à não adm i ni st ra o mundo co rret am ent e. No
fi m ., Èl à est i rou a sua co rda e asc endeu aos C éus. Èl à est i rari a a sua cord a e des ceri a par a
r eceb er bênç ãos, Èl à! O sacri fí ci o: um pom bo, um peix e aro e fol has de If á (t ri t ur ar fol has de
ori j i com sabão e da r ao cl i ent e ao qual est e If á foi di vi nado; el e dev er á se l ava r com ess a
m i st ur a após real i z ar o sa cri fí ci o de m odo que suas boas faç anhas no mundo não sej am vi st as
com o m ás).
167
Or ácul o 117
Ìdí-Òtúrá
Esse Odù fal a de rest ri ções di et ét i c as par a saúde e sa cri fí ci o pa ra harm oni a f am il i a r.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e f reqüent em ent e t em probl em as de saúd e t al com o
pr essão al t a ou col est erol .
Um pai des ej a o bem ao seu fi l ho. Um a m ãe desej a o bem ao seu fil ho. Lon gevi dad e e i dad e
av ançad a depend e de Èdú. If á foi consul t ado par a Ol u ye m i , que foi ori ent ado a sacri fi car pa ra
pr eveni r doenç a nas nádegas. O sac ri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha, um gal o, um peix e aro, 18
000 búzi os e fol has de If á. No esent a ye ou i t ef á, essa cri an ça não deve se uni r em m at ri m ôni o
sem o cons ent im ent o de seu pai ou de sua m ãe. Eewo: O cli ent e não dev e com er noz de col a
ou c arnem as deve uti l iz ar pix e ou ca ram uj os em sua sopa.
168
Lh e foi asse gur ado que seri a fel iz par a sem pr e.
Al á ra se t ornou bem sucedi do.
Or ácul o 118
Òtúra’dí
Esse Odù fal a sobre um a cri ança suc edendo seu pai e um rel a ci onam ent o com um
pa rcei ro domi nant e.
Obse rva ção oci d ent al : O out ro par cei ro no rel a ci onam ent o é cont rol ador em dem asi a.
169
Or ácul o 119
Ìdí-Irete
Esse Odù fal a da ne cessi dade de t rab al ho árduo para al can ça r um a posi ção el evad a.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e t em um a prom oção ou novo t rabal ho em seu cam i nho
por ém o m edo pode bl oquea -l o.
Or ácul o 120
170
Irete’di
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa reav al i ar um r el aci onam ent o que não est á
dando m ai s cert o.
Or ácul o 121
Ìdí-Ose
Esse Odù fal a sobre possí vei s probl em as proveni ent es de orga ni sm os m i croscópi cos.
171
Obse rva ção oci d ent al : P rom i scui dad e i rá resul t ar em doença.
Os ol hos prot e gem a c abeç a; um a pequ ena coi sa pode caus ar confusão i nc al cul ável . If á foi
consul t ado para 165 árvor es. El as for am ori ent ad as a faz er sa cri fí ci o para evi t ar r eceb er um
est r anho peri gosos. Qu at ro fa cas, az eit e -de- dendê, banha de òrí e 18 000 búz i os deveri am ser
sa cri fi c ados. El as ouvi ram o cons el ho, porém não sacri fi car am . Ope sacri fi cou m et ade do que
foi pedi do e P er egun segui u a ori ent a ção e re al iz ou pl en am ent e o sacri fí ci o. Àquel es que
sa cri fi c aram foram dad as fol has de If á . Ent ão foi de cl ar ado que parasi t as nunc a a rrui nari am
Ope e nem P eregun. P ar asit as t eim osos que t ent am at ac ar P eregun não sobrevi vem .
El es sof rer am um desast re e qui ser am saber qual foi a causa, m as ni ngu ém soube com o el a
vei o at é que re al iz ar am sa cri fí ci o previ st o por Ba al e- ero, que aconsel hou a sac ri fi ca r quat ro
gal i nhas, 8 000 búz i os e fol has de If á par a perm i t i r a descove rt a.
Or ácul o 122
Ose’dí
Esse Odù adve rt e cont r a ser m ui t o am áv el , para que um i nim i go der rot ado não ret orn e.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e en ca ra um confl i t o ao qual el e dev e se com port ar
a gr essi vam ent e.
172
122 – 1 ( Tradu ção do verso)
Nós não apanh am os um gat uno e o dei x am os sem um a úni c a m ar ca. S e nós som os vi t ori osos,
nós devem os prende r o t rai do r. S e nós não prende rm os o t rai dor, a pessoa que nós
coqui st am os, depoi s de desc anç ar um pouco, cl am a rá vi t óri a sobre nós. If á foi consul t ado
pa ra S aanu- ot e, que foi ori ent ado a sac ri fi ca r para evi t ar de t rat a r um a f al t a com com pai x ão.
Deus am a a t odas as coi sas não em ex cesso. O sacri fí ci o: quat ro gr and es sacol as, 3 200 búz i os
e Fol has de If á; Um a sacol a prend e seu cont eudo.
Or ácul o 123
Ìdí-Òfún
Obse rva ção oci dent al : Os ne gó ci os do cl i ent e est ão i ndo m al ; é re com endado a t om ada
de um a nova l i nha de ação.
173
de m anei ra que t i vessem sucesso nessa j ornad a.
O sac ri fí ci o: um a ovel ha, um pom bo, 18 000 búz i os e fol has de If á (faz er um a sopa com
fol has de ai kuj e gunr e t ri t urad as, um pom bo e um pei x e aro; t eve ser com i da bem cedo pel a
m anha pel a pesso a ou por qual qu er um na casa ).
Or ácul o 124
Òfún’dí
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á se pro cupando dem ai s com seus ne góci os; i sso
r esult a em di fi cul dades de rel aci onam ent o.
Òfún l i mi t a sua bondade, W àrà gb à age depr essa de form a que Òfún não possa nos m at a r. If á
foi consul t ado para Ol orí - Oga. El e di sse: Qual que r um que li m it e a ben eval ên ci a em sua c asa
nunc a rec eber á bondade da out ra part e. El e foi ori ent ado a sa cri fi c ar um pom bo, um a ovel ha,
um a por ção de ob `e 20 000 búz i os par a perm i t i r que a bondade fl ua pa ra dent ro da c asa.
174
Or ácul o 125
Ìrosù’wonrin
Esse Odù adve rt e para des frut ar a prospe ri dade que ch ega, devem os conse rvar a paz e
ha rm oni a.
Obse rva ção oci d ent al : O sucesso que che ga pode causa r probl em as fam i li a res ou de
pa rce ri a.
Ìr osù wónrí n, Ìr osù wóri nwon consul t ou If á pa ra as pessoas de Al ed e-Ow a. Foi pedi doa a el es
que sac ri fi cass em dez essei s pom bos, um a ovel ha, dez essei s car am uj os e 16 000 ou 160 000
búzi os de m odo que pudessem ap azi gua r a m ent e e evi t ar em guer ra ci vil .
175
Eri nt unde, nós est am os prosper ando. If á foi consul t ado para as pessoas de If e -Oo ye. El e
di sse: Est e é um ano de di nhei ro e fi l hos. Um a ovel has, um pom bo e 16 000 búz i os deve ri am
ser sac ri fi cados. Assi m el es fi z eram .
Or ácul o 126
Oworin’rosu
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e ne cessi t a de cont at o int i m o com sua ene rgi a ancest r al
pa ra co rri gi r di fi cul dad es m undanas.
Eri nm u ye o Advi nho de bom co ra ção, consul t ou If á pa ra Ol awunm i quando Ol awunm i dorm i u
e sonhou. P el a m anhã, pedi u que um sace rdot e de If á vi sse di vi na r par a el e. Eri nm u ye o
Advi nho de bom cor ação, vei o, consul t ou If á e encont rou Owon ri n’rosu. Após curt a refl ex ão,
el e di sse: Ol awunm i ! você t eve um sonho na ul t i m a noi t e. Est a é a raz ão de t er convi d ado um
bab al awo. No sonho voc ê ouvi u o som de si nos de dan ça e vi u al guém sorri do par a você. O
sonho que você t ev e t rás bons au gú ri os. Lo go, voê dev e sac ri fi ca r: doi s pom bos, duas
gal i nhas, doi s pa cot es de obì , 2 400 búzi os. El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou. S ua c abe ça
foi cul t uad a com um pom bo. Foi decl arado que “ Ol awum i sem pre seri a respei t ado ”.
176
Or ácul o 127
Ìrosù-Obara
Esse Odù fal a de di vi di r com os out ros de m anei r a a ga rant i r prosperi dad e e fel i ci dad e.
Obse rva ção oci dent al : Um en cont ro de negó ci os ou oport uni dade que est á por vi r será
bem suc edi do.
Om o ko Al aj é, ot a nt a wàr à
consul t ou If á par a O yi nbo.
O yi nbo foi aconsel hado a sa cri fi c ar de m odo a cap aci t a- l o a
com e rci a r abundant em ent e.
O sacri fí ci o: um a quanti dad e de sal equi val ent e ao val or de 200 búzi os,
um a gal i nha branc a, um pom bo bran co e 20 000 búz i os.
177
O yi nbo sa cri fi cou e se tornou prospero.
Or ácul o 128
Obara-Ìrosù
Esse Odù pede por i ni ci ação em If á par a ass egura r benç ão.
Obse rva ção oci d ent al : O sucesso do cli ent e depend e de cres ci m ent o espi ri t ual .
O rei t eve um fi l ho; el e o cham ou de Ade (a coro a). O ri co t eve um fi l ho; o cham ou de Aj é
(di nhei ro ). Nós ol ham os em nosso qui nt al ant es de nom earm os um a cri anç a. Voc ê não sabe
que o fi l ho de Obar a- Ìro sù é um babal a wo? Est e foi o If á di vi nado ára as pessoas no di a que
nós vi m os Obar a-Ìrosù no sant uári o de If á . Foi pedi do que sac ri fi cassem dez rat os, dea
pei x es, osùn e 20 000 búzi os. O cl i ent e deve sr i ni ci ado em If á . Enquant o el e se torn a
t ot al m ent e ve rsado em If á, um osùn dev e ser pl ant ado par a el e.
178
Or ácul o 129
Ìrosù’kanran
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e é ti m i do e f aci l m ent e dom i nado no t rab al ho.
179
Or ácul o 130
Okanran’rosù
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e f requent em ent e t em probl em as com seu com p anhei ro
ou fi l hos.
Or ácul o 131
180
Ìrosù-Egúntán
Esse Odù enf at iz a a nec essi dade de sacri fí ci o e do uso da m edi ci na herb al . P ede para
que a pessoa se cont enh a em f az e r m al e se dedi ca r ao cul ti vo do bom ca rát e r.
Obse rva ção oci d ent al : As coi sas não est ão fl ui ndo para o cl i ent e.
Um c achor ro é agrad ável at é os dent es em sua boca. Um carn ei ro é agrad ável at é seus chi f res.
If á foi consul t ado par a a pessoa m al vada. Deus i nst rui u às pessoas do mundo a re al iz ar em
sa cri fí ci o. Òrúnm ì l à inst rui u no uso da m edi ci na. El e di sse que se as pessoas r eal i z am
sa cri fi ci o e ofer endas, el as deve ri am im pl ora r a El e gb ara pa ra que est e l eve os sa cri fí ci os at é
Ol odunm ar e. Deus não torn a o sac ri fí ci o obri gat óri o. Qual quer um que des ej a t er sucesso fa rá
o sacri fí ci o. Ori s a-nl a i nst rui u as pessoas a pri var-se de envi ar a Èsù m ensagens m al i gn as,
devi do às suas rep ercusõ es. Quat ro pom bos, sabão- da-cost a, osùn e 3 200 búzi os dev eri am se r
sa cri fi c ados. El as re al iz ar am o sac ri fí ci o e desde ent ão. Òrúnm ì l à t em fal ado às pesso as o
hábi t o de tom ar em seus banhos a cad a quat ro di as e o uso de osùn para esfr egar no corpo.
Eki t i pet e consul t ou If á para Ode -a ye e para Od e-Orun, que fo ram ori ent ados a sacri fi car
quat ro pom bos e 8 000 búz i os de m odo que a ca çad a del es t eri am suc esso. Ode- a ye se re cusou
a faz e r o sac ri fí ci o, Ode- Orun real i z ou o sacri fí ci o. A Hi st óri a de If á: Um di a enqu ant o
c açav am , Ode- Orun deu de car a com ci nco gr and es ovos sob al gum as fol has. el e os pe gou.
Quando el e al cançou um a enc ruzi l had a, el e cham ou por por seu col e ga e di sse, “Od e- a ye ,
venh a e pegu e o que eu dei x ei para você aqui ”. El e ent ão ret ornou à sua caç ada. Ode- a ye não
cons egui u nada aquel e di a. Quando el e ret ornou à en cruz il had a e encont rou doi s grand es ovos,
el e os pegou com al e gr i a. Im edi at am ent e após el e vol t ar à c açad a, el e cozi nho os ovos e os
com eu. No di a segui nt e, Ode- Orun foi par a o l ocal que el e havi a col et ado os ovos. P ar a sua
gra nde surp resa, el e en cont rou 20 000 búzi os deb aix o de c ada ovo. El e rapi dam ent e em bol sou
as t rês porçõ es de di nhei ro no pri m ei ro, se gundo e t erc ei ro di a. Ent ão el e en cont rou Ode -a ye
e pergunt ou a el e, “o que voc ê fez com os ovoos do out ro di a? ”
Ode -a ye r espondeu, “ eu os coz i e com i ”.
“ Com o? ”
181
“ El es est avam del i ci osos”.
Ent ão Ode- Orun di sse, “H á! est á t erm i nado. Você est á m ort o.
Vo cê Od e-a ye nunc a prospe ra rá”.
Hoj e nos di z em os: “Òrúnm ì l à”, que si gni fi ca “S ó Deus possui prosperi d ade. El e é aquel e que
pode ri a dar a qual que r pessoa de a cordo com sua vont ade ".
Or ácul o 132
Ògúndá-Rosù
Obse rva ção oci dent al : Esse é o m om ent o par a um novo negó ci o, um novo
r el aci onam ent o e novo sucesso.
182
132 – 1 ( Tradu ção do verso)
Ò gún est ava pro curando por sua esposa. El e a encont r ari a.
If á foi consul t ado para Òrúnm ì l à.
Òrúnm ì l à foi ori ent ado a sacri fi car e l he foi gar ant i do que
en cont rari a sua espos a queest ava des apar eci da.
O sacri fí ci o: um rat o, um c am ar ão. um ca ram uj o e 2 000 búz i os.
Foi decr et ado que, da m esm a m an ei ra que a pesso a bat e em um car acol ,
Ede t rari a de vol t a a sesposa de Òrúnm ìl à.
183
Or ácul o 133
Ìrosù-Osa
Obse rva ção oci d ent al : Há pesso as que est ão const ant em ent e conspi rando para
at r apal ha r o cl i ent e.
Af ef ese- ori -i gi - her eher e, Efun funl el eni i ti - ewé -a gbon- ni koroni koro
consul t ou If á par a Òrúnm ì l à.
184
Foi pedi do que el e sacri fi casse um cabri t o de modo a ser vi t ori oso sobre seus i ni m i gos e
ven cer t odos os obst ácul os.
El e segui u a ori ent a ção e fez o sac ri fí ci o.
Or ácul o 134
Osa-Rosù
Esse Odù fal a de paz e di nhei ro com o sendo os i ngredi ent es essenci ai s para o sucesso e
prospe ri dade.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e se dep ara com um a mudan ça rep ent i na em c asa ou nos
ne go ci os.
185
Foi pedi do a el e que vi vesse um a vi da pací fi ca e qui et a.
A vi da de Al a gem o seri a cal m a.
Foi pedi do que el e sacri fi casse az ei t e-de -dendê, banha de òrí , um gr and e pei x e aro e
18 000 búzi os.
El e fez o sacri fí ci o.
Qual qu er um que t em di nhei ro est á apt o a com pra r coi sas boas.
If á foi consul t ado para Eeka -Al aj e.
Eki ka foi assegur ado que se t ornari a próspero. El e t eve mui t os fi l hos.
Quat ro gal i nhas e 3 200 búz i os seri am sa cri fi c ados.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Or ácul o 135
Ìrosù’Ká
Esse Odù fal a de paz m ent al e sacri fí ci o para evi t ar doen ça -do-sono.
Obse rva ção oci d ent al : Os negóci os est ão m ai s di fí c ei s do que dev eri am ser. Mi ut o
t rab al ho par a conse gui r resul t ados m i nim os.
186
135 – 2 ( Tradu ção do verso)
Or ácul o 136
Ìká’rosù
Obse rva ção oci d ent al : Com pet i ção em um rel a ci onam ent o pode ser r esol vi do a favor
do cl i ent e.
187
Ayi nka, o Adi vi nho de Ìrosù,
consul t ou If á par a Ìrosù.
Foi pedi do a Ìr osù que sac ri fi cass e de modo que ti vesse vi da l onga.
O sacri fí ci o: ovel ha, pepe reku e 3 200 búz i os.
El a sacri fi cou.
Foi decr et ado: “P ep ereku vi verá lon gam ent e”.
Or ácul o 137
Ìrosù’Túrúpòn
Esse Odù adve rt e cont r a m al ca rat e r e ofer ece um a sai da para se t er fil hos saud ávei s.
Obse rva ção oci d ent al : Esse Odù aj uda as m ul heres a evi t ar abort os.
P upadam ofun fun consul t ou If á par a S òpònná Af ’ol ugbo roda’j u -oran -ru,
cuj o ca rát e r não deix ava que as pessoas fal ass em de seu nom e. Foi pedi do a el e que
sa cri fi c asse de form a que Òrúnm ì l à pudesse aj uda- l o a am eni z ar seu ca rat e r.
O sacri fí ci o: um pom bo (sem m anch as), 1 800 búz i os e fol has de If á. S òpònná se
r ecusou a sacri fi ca r. S e el e t i vesse fei ro o sac ri fí ci o, Òrúnm ìl à t eri a am eniz ado seu ca rát e r de
form a que seu nom e fosse bem fal ado no mundo.
Ìr osù ’Tu rupon consul t ou If á par a Abim oku. Abi m oku foi ori ent dado a faz er sacri fí ci o.
Abi m oku sem pre dari a a l uz a cri na ças que sobrevi ve ri am . O sac ri fí ci o: um a t art a ruga e 16
000 búz i os. El a sac ri fi cou. Foi aconsel h ado que o nom e del a fosse m udado para Mol a (um a
c ri anç a sobrevi ve ). " É proi bi do. Um a t art aruga j ovem nunca mor re" .
188
Or ácul o 138
Oturupon’Rosù
Obse rva ção oci dent al : Esse Odù ped e por m ai or i nti m i dade, r el aç ão abert a com o
com panh ei ro da pessoa.
Esuru awo Ir e
consul t ou If á par a Ot urupon quando est e est ava indo desposa r Ìr osù.
Lh e foi asse gur ado que el e t eri a m ui t os fi l hos e net os pel o casam ent o.
Um a porção de obì , um a gal i nha e 3 200 búz i os deve ri am ser sacri fi cados.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
189
Or ácul o 139
Ìrosù’Túrá
Esse Odù fal a de coi sas que são- nos boas m esm o que não gost em os del as.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em um a desagra dável porém nec essári a t ar efa a
cum pri r.
Há di as em que nós louvam os as pessoas m ás. Ifá foi consult ado para Ol odunm are, que foi
a consel hado a sac ri fi ca r para asse gu ra r que a pesso a que el e pl an ej ava envi a r em m i ssão não
r ecusass e a t ar ef a de faz er do m undo um l ocal pací fi co. Du as t art arugas, fol has de o gbo e 6
600 búz i os fo ram sacri fi cados. Após o sacri fí ci o, el e envi ou Ìr osù’Tú rá ao m undo. As pesso as
quei x aram - se que o ca rát e r de Ìro sù’Túr á não era bom . Odùdùa di sse que el e envi ou
Ìr osù ’Túr á para o bem da hum ani dad e; ent ão el e não o subst i t ui ri a por out ro qual que r. El e
di sse: S e um grupo de pessoas se reun e, após al gum t em po o m esm o se di spersa. Qual
i m pressão dari a se as pesso as se r euni ssem durant e um t em po m ui t o lon go, at é fi ca rem
i m possi bi l it ados de se di spers ar e i r par a suas r espect i vas casas?
190
Or ácul o 140
Òtúrá-Ìrosù
Esse Odù fal a de a honesti dad e ser o úni co cam i nho pa ra se conse gui r paz -de- espí ri t o e
ha rm oni a.
Obse rva ção oci dent al : Fr eqüent em ent e, as r el açõ es com erci ai s do cl i ent e est ão em
pe ri go.
191
Or ácul o 141
Irosu-Ate
Esse Odù pede por i ni ci ação em If á par a cons egui r sucesso e vi da l on ga.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa segui r um cam i nho espi ri t ual .
Or ácul o 142
192
Irete’Rosù
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e com freqü ênci a est á sent i ndo press ão — sem um a
c aus a f aci l m ent e i dent i fi c ável .
Or ácul o 143
Irosu-Ose
Esse Odù fal a de ven cer di fi cul dades e m el horar os negóci os.
193
Obse rva ção oci d ent al : C ami nhos novos ou aprox im a ções resul t am em sucesso.
Or ácul o 144
Ose-Rosù
Obse rva ção oci d ent al : At i vi dade mundan a caót i c a est á resul t ando em inf el i ci dade.
194
144 – 1 ( Tradu ção do verso)
Obi yenm e ye nm e
consul t ou If á par a o gal o e par a a gal i nha.
As av es cont i nuari am a ser produt i vas.
Foi pedi do que sac ri fi cass em um a cab ra e 20 000 búzi os.
El es sa cri fi c aram .
Or ácul o 145
Ìrosù’fún
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á se pr eocupando dem ai s com r el aci onam ent os
pr ej udi cando os ne gó ci os.
195
Ìr osù ’fún, o som da chuva é ouvi do em t odo lu ga r.
If á foi consul t ado para Ekun (o l eopa rdo). Lhe foi pedi do que
sa cri fi c asse de form a quenão pudess e ser at ac ado por S ònpònná.
O sac ri fí ci o: ve rt a az ei t e-de -dendê em um a ti j el a, m il ho t orrado e eko m ist urado com á gua em
um a c aba ça.
Ekun sa cri fi cou m as não fez co rret am ent e.
El ese ga bou que não t i nha ce rt ez a que al gu ém poderi a derrot a-l o em com bat e.
El e foi info rm ado que Sònpònná o at ac ari a m as não poderi a m at a- lo.
Or ácul o 146
Òfún’Rosù
Obse rva ção oci d ent al : Esse Odù é um a boa i ndi ca ção pa ra novos e i nt i m os
r el aci onam ent os.
196
O sacri fí ci o: Um a ga rr af a de m el e 14 000 búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Or ácul o 147
Owonrin’Bara
Esse Odù pede para ol harm os dent ro de nós m esm os para obt erm os respost as para
nossos probl em as.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode esper ar um a m udança posit i va na sort e.
197
possa most ra r-nos.
Òrúnm ì l à, Test em unha do D est i no, S egundo S er Supr em o de
Ol odunm ar e di sse:
O que est am os procu rando est á pert o de nós; nada nos i m pede de ver
que el e sal va da i gno rân ci a.
O sacri fí ci o: um a gal i nha, 20 000 búz i os e r em édi o de If á (duas Orí awonri won).
El e sacri fi cou.
Foi di t o ent ão que Oow a sem pre encont r ari a o que el e procur asse.
Obara’Wonrin
Em i bi , esse Odù fal a de um a pessoa agi ndo i rra ci onal m ent e; em i ré fal a de
prospe ri dade pot enci al .
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa se t ranqui l iz ar-se para obt er suc esso.
198
( esi n). O ven eno fez Esi n fi ca r furi oso e cor re r. D esde ent ão, o veneno fez esi n fu gi r
r epent i nam ent e com m edo e co rre r sem ni n guém o gui ar.
Or ácul o 149
Owonrun’Konran
Em ibi esse Odù fal a da nec essi dade de sac ri fí ci o para evi t ar a cusaçõ es cont ra o
cl i ent e. Em i ré fal a de m om ent os de pr az er pa ra o cli ent e.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne cessi t a se r m ai s re al i st a com respei t o assunt os
cot i di anos.
199
dad as fol has de If á (t ri t urar as fol has com out ros i ngr edi ent es m enci onados a ci m a com sabão
pa ra o cl i ent e uti l iz a r no banho).
Okanra’wonrin
Esse Odù fal a sobre probl em as j udi ci ai s e de suas rep ercussõ es. C ri m es serão puni dos.
Obse rva ção oci d ent al : Com fr equên ci a, o cl i ent e enca ra probl em as j udi ci ai s — com o
gove rno ou com a R ecei t a F ede ral , por ex em pl o.
S ofri m ent o prol on gado foi di vi nado para Okanr an cont r a quem pro cessos j udi ci ai s for am
i nsti gados. El es di sseram que sacri fí ci o dev eri a ser f ei t o de form a que Ok anran não fal ecess e
dur ant e o proc esso. O sa cri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 2 200 búz i os. El e sa cri fi cou. Foi
di t o que: Okanr an desc ança rá. P om bos j unt am bênç ãos a tort o e a di rei t o em cas a. Lo ngo é o
t em po de vi da da ovel ha; el a re ceb eu a bênção de um a ex ist ên ci a pa cí fi ca. O m undo int ei ro
gost a de di nhei ro. Not a: A m ai or part e do di nhei ro de sa cri fí ci o deve ser dad a aos out ros;
ap enas um a pequena porç ão ser á do babal awo.
200
If á foi consul t ado par a o pet ul ant e, que di z que Òrúnm ì l à é chei o de advert ên ci as m as que
f ará o que l he de r na t el ha. El es est ão prat i cando o m al; el es est ão f az endo m al dade; as coi sas
m undanas são boas pa ra el es. Is t o foi rel at ado a Òrúnm ì l à, que di sse, “P or ém , quant o t em po
possa l evar, vi n gan ça est á por vi r, da m esm a m anei r a que as ondas d’oc eano quebram ,
suav em ent e a rruí na a ca rga e os ne goci os enquant o t rab al ha. Quando a hor a che ga r, el es
fu gi r ão". Um sac ri fí ci o deve ser fei t o para im pedi r Jekosek a e J ekosebi adent r arem em nós,
de form a que sem el hant es não nos esc arne ça no fi m .
O sacri fí ci o: dez essei s car am uj os, az ei t e -de- dendê e 18 000 búzi os.
El es ouvi ram e sac ri fi ca ram .
201
Or ácul o 151
202
Oworin-Egúntán
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á envol vi do em um confl i t o que não pode venc er.
Dev e co rt ar gast os.
Or ácul o 152
Ogunda Wonrin
Esse Odù fal a depossí vel i nvej a, ci úm es e confl i t os devi do ao suc esso do cl i ent e.
203
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e evi t ou um a confront a ção. A confront ação dev e se
r eal iz a r.
Um a pessoa pr egui çosa dorm e enquant o um ope rári o t rabal ha; o t rabal hador fi nda sua j ornada
e out ros com eç am a i nvej a -l o. Is t o foi di vi nado para Ò gún. Foi pedi do que el e sacri fi casse de
m odo que aqu el es que o i nvej av am fossem dest rui dos. O sacri fí ci o: um pot e d’á gua, um
c arnei ro, 2 400 búz i os e fol has de If á. El e sac ri fi cou. Foi dit o que “A c aba ça que faz do pot e
d’ água um i nim i go, quebr ar á a cam i nho do ri o; aquel es que t em ave rsão por você mor rer ão”.
Or ácul o 153
Owonrin-Osa
Esse Odù fal a da ne cessi dade de co ragem em confl i t os que est ão por vi r e t er c aut el a
com novos r el aci onam ent os.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t om ar cui dado no rel aci onam ent o com um a
pessoa ”pobr e”.
204
153 – 1 ( Tradu ção do verso)
Owon ri n-Osa: El e gb ara não fu gi r á no di a de um a bat al ha. Um a gl o ri osa bat al h a par a El e gba ra.
Àà rá não fu gi rá no di a de um a bat al ha. Um a gl ori osa bat al ha pa ra Ààr á . Ekun (o l eão) não
fu gi r á no di a de um a bat al ha. Um a gl o ri osa bat al ha par a Ekun. Eu não fugi rei no di a de um a
bat al h a; que m eus sol dados não fuj am no di a de um a bat al ha. Not a: P ronunci e as pal avras
a ci m a sobre o i ye -ì rosù m ar cado com Owonri n- Osa. Tri t ure ipe -el e, col oque em um a caba ça e
m i st ur e com a gi di (fub á) e beba com seus sol dados.
Ik un, o Awo da est rad a, di vi nou para Owon ri n, al e rt ando- o que um a m ul he r fugi t i va vi ri a a
ser sua esposa. Foi pedi do que sacri fi casse par a que el a pudesse adent r ar à sua cas a com
cui dado. O sac ri fí ci o: ca ram uj o, 2 000 búzi os e fol has de If á (cozi nha r um cal do com fol has
de èso com c aram uj os pa ra se r t om ado pel o cl i ent e ). el e ouvi u e ascri fi cou.
Or ácul o 154
Osawonrin
Esse Odù fal a sobre a i nut i l i dade de se fu gi r de probl em as e quest ões ve rgonhosas.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pode en cont ra r mudan ças subit as desa gr ad ávei s nos
r el aci onam ent os.
Ew é Om o di vi nou par a Osa, al ert ando -o que fugi r seri a i nút i l porqu e o m undo o veri a e ri ri a
del e. Lhe foi a consel hado faz er sacri fí ci o de m odo que os assunt os ve rgonhosos não pudess em
205
sobrevi r. O sacri fí ci o: um c aram uj o, um pom bo e 3 200 búz i os. El e fez com o acons el hado.
Após o sa cri fí ci o, o babal awo ouvi u a segui nt e c ant i ga de Ifá : Osa não roubou, hen! Osa não
ut i li z ou fei t i ços m al éfi cos, hen! Osa não cont ou os segredos de seus am i gos, he! Os a não
m ent i u, hen! Mi nha quest ão se tornou honrada; Eu ofer eci um pássa ro em sa cri fí ci o (t r ês
vez es). Mi nha quest ão se tornou honr ada, e assi m por di ant e. Todas as pessoas que est avam
al i c ant aram em coro.
At ewo gb a ( consent i m ent o) di vi nou para Asol e (sent i nel a; c ão). Asol e foi ori ent ado a
sa cri fi c ar de m anei ra que seu ca rát e r pudesse ser ac ei t ável pel as pessoas do m undo. O
sa cri fí ci o: m el , um a gal i nha e 2 000 búz i os. El e se gui u a ori ent aç ão e sacri fi cou.
Or ácul o 155
Owonrin’Ká (Erinsija)
Esse Odù ga ra nt e sucesso at rav és da m oder aç ão. Em i bi , el e prev ê sol uções at rav és de
sa cri fí ci os, pa ra m ort e e host il i dade.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e pens ar cui dados am ent e ant es de agi r.
Òrúnm ì l à di sse Owonri n’K á, eu di sse Owonri n’ Ká. Eu pergunt ei por que Owon est á ri ndo
ani m ad am ent e. Òrúnm ì l à di sse: H á di nhei ro, um a espos a, fi l hos e coi sas boas em sua casa. A
vi da de Owon é perf ei t a. Owon col ocou t udo em equi lí bri o. Owon não com e sem ant esaval i a r
aqui l o que com e. Owon não bebe água sem ant es av al i ar aqui l o que bebe. Owon não usa
roup as sem ant es aval i ar aqui l o que vest e. Owon não const roi um a casa sem ant esav al i ar
aqui l o que const roi . Ist o foi di vi nado por Afi won- se-ohun- gbo gbo em If e- Oo ye, e t am bém
206
pa ra O yi nbo. Foi pedi do que el es sac ri fi cass em pa ra que nunca perd esse o equi lí bri o. O
sa cri fí ci o: quat ro pi m ent as- da- cost a, quat ro bol sas, fol has de m eu, quat ro mor ce gos e 4 200
búzi os. El es sacri fi c ar am . Lh es for am dadas fol has de If á com a ga rant i a que qual que r coi sa
que el es se gur assem , não deix ari am cai r. Um a m orce go não se prend e em um a árvo re par a
depoi s desi st i r e cai r.
Ka ri nl o, Ka ri m bowal e. S e um a c ri anç a não c am i nha, não pare cer á ex pe rt a. Ist o foi di vi nado
pa ra par a Adem oori n Aya nkal e. Lh e foi pedi do que sacri fi c asse de m anei r a a não t rope ça r nas
m ão da m ort e, ou se el e se sent i sse nas m ãos da m ort e, que est a não pudesse l eva-l o. O
sa cri fí ci o: um a t art a ruga, eso- i ku (um ti po de sem ent e) e 20 000 búzi os. El e se gui u a
ori ent a ção e sac ri fi cou.
Owon ri n’Ká di vi nou pa ra Òrúnm ì l à, que est ari a c am i nhando ao r edor do m undo. Foi pedi do
que sacri fi casse para que as m ãos daquel es que o m enosprez a não t i vessem poder sobre el e. O
sa cri fí ci o: noz es de kol a se cas, orogbo, om o-a yo (um ti po de sem ent e), um pom bo, um a
gal i nha, 20 000 búzi os e fol has de If á. El e ouvi u e sac ri fi cou. El es di sser am : as unhas dos
hom ens não i nfect am as noz es de kol a, orogbo, om o- a yo ; as m ãos dos que m enospr ez am a t i
não t e af et arão.
207
Or ácul o 156
Ìká’wonrin
Esse Odù pede para evi t ar ações preci pi t adas par a que se evi t ar des gost os.
Obse rva ção oci d ent al : Desequi l í bri o em oci onal causa rá pe rdas a t rabal ho.
A pessoa m á não pes a suas a ções. Ist o foi di vi nado pa ra Al abam o (aquel e que pes a), que foi
ori ent ado a sa cri fi c ar quat ro ca ram uj os, 3 200 búz i os e fol has de If á pa ra que el e possa faz er
coi sas boas. El e ouvi u as pal av ras m as não sac ri fi cou.
Ìk á -npo yi nka ’won (m al fei t or es são dando vol t as em t orno de si ); Òwon est ava gargal hando.
Is t o foi di vi nado para as pessoas em If e -Oo ye. El as fo ram ori ent adas a sac ri fi ca r de m anei ra
que seus i ni m i gos não as ret i rassem de sua posi ção ou as rel egassem a t are fas secundá ri as. O
sa cri fí ci o: efun, osùn, um pom bo, um a ovel h a e 2 400 búz i os. El es ouvi r am e sa cri fi c aram . O
bab al awo di sse: Foi Abari won que di sse que If e não deve ri a se ex pandi r na t err a poi s seri a
208
dest ruí da. Òrúnm ì l à! Nós não di ssem os que If e não se ex pandi ri a. Que vi vam os lon ga vi da.
Que nossas pe gad as no m undo não sej am apa ga das.
Or ácul o 157
Owonrin-Oturupon
Esse Odù propõe t ant o sol uçõ es pa ra m ort es prem at ur as de cri anç as, quant o pa ra o
suc esso de um a vi a gem que est á por vi r.
Obse rva ção oci d ent al : Esse Odù of ere ce ao cl i ent e preven ção cont ra abo rt o.
S im pat i z ant es di vi naram para Eku-de’d e (o l am uri ant e não faz nada )
devi do `m ort e prem at u ra de seu fi l ho.
El e foi ori ent ado a faz er sacri fí ci o para cap aci t a- l o a fi ndar as
m ort es pr em at uras de seus fi l hos.
O sacri fí ci o: quat ro ga l i nhas, 2 800 búzi os e fol has de If á.
Owo ri n est ava i ndo em um a j ornada; el e en cont rou Ot urupon pel o cam i nho.
Is t o foi di vi nado por Òrúnm ìl à.
El es di sser am : Òrúnm ì l à ret ri bui r á com bondad e.
O sacri fí ci o: doi s pom bos e 4 000 búzi os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
209
Or ácul o 158
Oturupon-Owonrin
Esse Odù fal a de al e gri a que est á por vi r e da ne cessi dad e de prot eger sua reput ação.
Obse rva ção oci d ent al : Um rel a ci onam ent o não mono gâm i co pode caus ar probl em as.
Ot urupon- Owonri n, nós est am os dançando, nós est am os nos re goz i j ando.
Ot urupon- Owonri n nós est am os bri ncando.
Is t o foi di vi nado pa ra aqu el es em O yo.
El es di sseram : Al go que cont ent ar á os cor açõ es del es est á próx im o. S e ap rox i m ando r ápi do,
m as el es deve ri am sac ri fi ca r quat ro pom bos, bast ant e az ei t e-de -dendê e 8 000 búz i os.
El es ouvi ram e sac ri fi ca ram .
El es di sser am : Èsù não ser á c apaz de t i rar sua al e gri a.
210
Or ácul o 159
Owonrin-Òtúrá
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e dev e evi t ar um confl i t o fí si co ou um desej o de "i r a
desfo rr a" com al guém .
Ij am j a sem pre est á prep ar ado di vi nou para Ìgbí n (c aram uj o) Om eso quando el e est ava i ndo
l ut ar com Ekun (l eopa rdo).
El es di seram : O l eopardo est á sem pre pr epar ado e o ca ram uj o não deveri a se av ent ura r [a
des afi a- l o] . Nós dei x am os por cont a daqu el e que é m ai s poderoso que nós, Ol orun.
El e foi aconsel hado a f az er sa cri fí ci o de form a que dest i no poderi a l ut a r por el e.
O sacri fí ci o: um abahun -ì j apá (t art a ruga) e 3 200 búzi os.
O car am uj o sacri fi cou.
Or ácul o 160
211
Otura-Wonrin
Esse Odù fal a da m ort e com o part e da ordem cósm i ca com o t am bém da ne cessi dade de
cons ci ent iz aç ão fí si ca e espi ri t ual .
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e não est á sendo at enci osos ou am oroso o sufi ci ent e
com seus fi l hos.
O Onisci ent e conh ece aquel es que t rat am o próx im o com m al dade. P essoas do cam po
r econhe cem pessoas da ci dade. Vi aj ant es da Ter ra e vi aj ant es do C éu, nós ve rem os cad a um
del es novam ent e. Cupi ns não se di spersam sem lo go em segui d a se r ea grup ar em . Is t o foi
di vi nado par a nós ser es hum anos que se l am ent am pel o o mort o.
As pessoas da t err a est ão ret ornando pa ra onde el es vi eram . P ara quê as l a gri m as? P ar a quê
t ri st ez a? P ar a quê move r a si m esm o par a ci m a e par a bai xo? P ara quê j ej uar? Aqu el e que nos
envi a é o m esm o que nos ch am a de volt a à c asa. Aqui l o que nos agra da na t err a não agrad a a
Edùm ar è. As pessoas na t err a se reunem e faz em o m al . Edùm ar è não gost a di sso; Edùm arè
não acei t a i sso. Ent ão, se eu di go vai , voc ê vai e se eu di go vem , voc ê vem . S e um a cri anç a
não conh ece seu pai , a t err a não est á c ert a. A m ort e é aqui l o que l eva um a cri an ça a conhe cer
o C éu. Qu em est á pens ando em Edùm ar è? S e não houvesse Èsù, o que pensa ri am os pobres?
Todo m undo est á pensando em si m esm o; el es est ão pro curando com i da e bebi da. Mi st é ri o da
es curi dão! Um a c ri anç a não conh ec e seu pai ! Fal e com i go par a que eu fal e com você; por
nossas voz es re conhe cem os um ao out ro na escu ri dão. S e um a c ri anç a não conhec e seu pai , a
t er ra não est á c ert a. O sac ri fí ci o: quat ro pom bos bran cos, quat ro ovel has e 8 000 búz i os. El es
ouvi ram e sac ri fi ca ram de modo que puderam t er vi da l on ga e ver a bondade e bên çãos.
Or ácul o 161
Owonrin-Irete
212
Obse rva ção oci d ent al : É nec essári o que o cl i ent e m edi t e sobr e seus obj et i vos e aj a de
m anei r a a at i ngi - l os.
Owon ri u desdenhosam ent e de Ir et e, o desa fi ando a agi r, pe rgunt ando, " o que f ará Ir et e? ”.
El es di sser am que Ire t e pode pi sot e ar e pode o subm e rgi r.
Is t o foi di vi nado por Afi ’ni s’ egan (z om bet ei ro ),
Que foi acons el hado a sacri fi car de m odo que Èsù não o j ogasse cont r a al guém m ais pode roso.
O sacri fí ci o: um a caba ça de i gb a ewo (i nham e pi l ado e assado) e nove car am uj os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Or ácul o 162
Irete Wonrin
213
Ir e t e Wonri n di vi nou para Òrúnm ì l à, que di sse que t odos aquel es que conspi ram cont ra el e,
c ai ri am em ve rgonha e que nós não ouvi rí am os m ai s os seus nom es, m as si m , nós ouvi rem os
pa ra sem pr e com honr a o nom e de Òrúnm ì l à pel o m undo.
O sacri fí ci o: um a ovel ha, um a gal i nha d’angol a e 3 200 búz i os.
El e sacri fi cou.
A gbe est á t raz endo bondade à cas a; Ir et e est á apent ando -os na m ão.
Is t o foi di vi nado pa ra Tem it a yo, a quem foi pedi do sacri fi car par a t er
vi da l onga na t erra. O sac ri fí ci o: um a ovel ha, um pom bo, peper eku (t i po de erv a) e 4 400
búzi os.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Or ácul o 163
Owonrin-Se
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e sem pr e ser á a cusado de prom i scui dade sex ual .
214
El e foi ori ent ado a sacri fi car um pom bo e 3 200 búz i os.
el e sacri fi cou.
Or ácul o 164
Esse Odù fal a de sac ri fí ci os par a r epar ar nossa forç a e prot eç ão.
Obse rva ção oci d ent al : Desassosse go no negóci o ou c arr ei ra do cl i ent e pode ser
equi l i brado at rav és de r enovaç ão espi ri t ual .
215
P okol aka é o nom e pel o qual ch am am os um a forqui l ha.
C ol oque i ye - ì rosù que foi m ar cado com o Odù Ose- Oni wo em em um pot e gra nde; adi ci on e
um a quant i dad e gen erosa de rai z es de it o e de eenu (t i po de frut a); vert er á gu a dent ro e cobri r
o pot e; m i st ur e ci nz as à á gu a e l acr ar a mi st ura por set e di as. Am ar re nove ee ru com l i nhas
pr et as e branc as no pesco ço do pot e. Abr a o a gbo (i nfus ão) no sét i m o di a par a t om a r banho.
S eu efei t o: Enquant o voc ê est á usando est e agbo, nenhum fei t i ço nem enc ant o o afet arão, e
t odas suas bênçãos serão re cebi das.
Or ácul o 165
Owonrin Fú
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e não pode fi c ar focando em qual quer coi sa.
216
165 – 2 ( Tradu ção do verso)
Or ácul o 166
Òfún-Wonrin
Esse Odù fal a de boas ações que t raz em suas próp ri as re com pensas.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e se sent e dep reci ado em l ugar de sat i sfei t o.
217
166 – 2 ( Tradu ção do verso)
Or ácul o 167
Òbàràkànràn
Esse Odù fal a de um a possí vel di scordân ci a com am i gos e sóci os e de sol uções par a as
cont rol a r.
218
na qual um rat o foi tost ado, um oro gbo e fol has de El em berun. Est es el em ent os devem ser
am a rrados em faz end a de al god ão com l i nhas pret as e branc as. O pacot e deve fi c ar bem
ap ert ado. A prep ara ção deve se r m anti da no bol so do dono, e o usuári o sem pr e deve m asti ga r
pi m ent a- da-cost a, nove grã os em núm ero, para os enc ant am ent os.
Or ácul o 168
Òkànràn-Bàrà
Esse Odù fal a de af ast am ent o de m ort e prem at ura e da pr evenç ão de desast re nat ur al
que pode abat er nossas casas.
Obse rva ção oci dent al : Esse Odù i ndi ca um a fort e possi bi l i dade de confl i t os com
c ri anç as e pai s.
Òkàn ràn -B àrà di vi nou pa ra Ol a-Ò gún, que foi ori ent ado
a sacri fi car de m odo que o r ai o não di st rui sse sua c asa.
O sacri fí ci o: um ca rnei ro, ge neros a quant i dad e de az ei t e- de- dendê,
pequ enas banan as m aduras, 2 400 búz i os e fol has de If á . C ave um bura co no ch ão da casa,
ve rt a o az ei t e- de-dend ê nel e e col oque o r est ant e dos i t ens descri t os aci m a. C ubra t udo com
a rei a e suavi se o l u gar com á gua.
219
Or ácul o 169
Òbàrà-Ògùndà
Est e Odù fal a da nec essi dade de se rep ara r um a m á reput a ção de form a a gar ant i r
suc esso.
Obse rva ção oci dent al : O t rab al ho do cl i ent e est á fi c ando pra t rás. Aç ão espi ri t ual i rá
cons ert ar i sso.
220
El es di sser am : O ruí do de i fosi (sem ent e) não dani fi c a el et i (fol ha ). Vo cê não ser á m ovi do
pel as fofoc as da t erra.
221
Or ácul o 170
222
Ògúndá-Bàrà
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sa cri fí ci o pa ra m ant e r um rel a ci onam ent o.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á envol vi do em um i nt enso m as fút il
r el aci onam ent o.
Um sol o em que há danç a sem pr e est á i rregul ar; um c am po de bat al h a t am bém é desar rum ado.
Is t o foi di vi nado pa ra Ò gún quando el e est ava indo l ut ar com Òbàr à.
El e foi assegur ado que t eri a sucesso m as que dev eri a sacri fi c ar de m odo a evi t ar a m ort e de
Òbà rà na bri ga.
O sacri fí ci o: doi s cest os com papel sol t o e fol has, duas gal i nh as e 4 000 búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
El es di sser am : Duas gal i nhas não m orrem por l ut a r. C est os ch ei os de pap el e fol has não m orre
quando car re ga dos.
Or ácul o 171
Òbàrà-Òsá
Obse rva ção oci d ent al : Desassosse go em oci onal conduz a erros prát i cos..
223
171 – 1 ( Tradu ção do verso)
Òbà rà -Òsá di vi nou par a Et a, que foi i nform ado que um de seus cl i ent es est ava pl anej ando
fu gi r com seu di nhei ro. El e foi ori ent ado a sacri fi car de m odo que seu cl i ent e
prov avel m ent e pa gass e seus débi t os. O sa cri fí ci o: pom bos, um a gal i nha, 2 200
búzi os e fol has de If á (pi l ar j unt o fol has de eesi n e t agi ri com sabão- da- cost a;
que o sangue da ga l i nha sej a vert i do na m i st ura).
El e sacri fi cou.
Foi - l he di t o que Eesi n não fr ac assari a em obt er seu di nhei ro na dem anda. Est e sabão é para
banho.
Tri t ure fol has de j àsókè com sabão -da- cost a. C ol oque a mi st ura em um a cab aça li m pa e
esp arr am e sobre el e o pó da pl ant a se ca e run (obo). Tr ac e o Odù Òb àrà -Òsá nel e e reci t e o
se gui nt e encant am ent o: Quando o f ei ti c ei ro m e vi u, pe rgunt ou que eu era. Eu di sse, “eu sou o
fi l ho de Òbàrà -Òsá ”. Quando a brux a, a m ort e e Èsù m e vi ram e quest i onar am que eu er a, eu
di sse a cada um del es, “ eu sou o fi l ho de Òbà rà -Òsá ”. O fi l ho de Òbàrà -Òsá não co rre; O fi l ho
de Òbà rà- Òsá nunca m orr e; el e nunca adoe ce; ”. “O fi l ho de Òbà rà- Òsá nunca l eva m á
r eput aç ão”. Not a: Ponha a cab aç a em um a sacol a de pano bran co e pendure -a no t et o se você
pr efe ri r. Ist o é par a ser usado no banho.
Or ácul o 172
Òsá-Bàrà
Esse Odù fal a do peri go de pat roci nado res pe rdi dos ou de um i ndi ví duo.
Obse rva ção oci dent al : Esse Odù m ost ra par a o cl i ent e com o rea cend er cham as
ap arent em ent e m ort as.
224
172 – 1 ( Tradu ção do verso)
Os cov ard es ced em ao sofri m ent o foi di vi nado para Ake re gb e (a cab aça ),
que dependeu das m ul heres e c ri anç as j ovens.
El e foi ori ent ado a sacri fi car um pom bo, um a gal i nha e 6 600 búzi os de m anei ra que el e não
se decep ci onasse de rep ent e com seus part i dári os enquant o el e est ava em gl óri a.
El e ouvi u as pal avras m as não sa cri fi cou.
Òsá ret orn a rapi d am ent e se el e fu gi u; el e ret orna à c asa rapi dam ent e;
despr ez í vel vol t a à cas a rapi d am et e. Um a cri an ça pequena sai cor rendo r api dam ent e do cam po
e esi n. Desp rez í vel r et orna à cas a rapi dam ent e. Fol has de If á; P art a um obì de sei s gom os;
pe gu e sei s fol has de eesi n bran cas (e esi n-wà rà); t ra ce o Odù Òsáb àrà no t abul ei ro de If á com
i ye- ì rosù. com o m enci onado a ci m a, usando o nom e da pessoa que part i u. Ent ão col oque um
pouco de I ye - ì rosù na fol ha de eesi n com um dos gom os do obì e l evar i st o a Èsù fora ou no
port ão da ci dad e. R epit a i sso sei s vez es. Is t o é uti l iz ado par a t raz er um fu gi t i vo de vol t a à
c asa. A coi sa surpr eend ent e a crc a di st o é que, não im port a a di st ânci a do fugi t i vo, el e é
obri gado a ouvi r seu nom e sendo cham ado. Um a fol ha de e esi n, um gom o de obì e um pouco
de i ye -ì rosù usado sei s vez es é sufi ci ent e a ess e propósi t o. Vert er az ei t e- de- dendê assim que
com pl et a r a opera ção.
Or ácul o 173
Òbàrà-Ká
Obse rva ção oci dent al : Di fi cul dades m undanas podem ser evi t adas at r avés de um a nova
ex peri ên ci a espi ri t ual ou em oci on al .
225
que fal ou que que el e seri a um a pessoa i m port ant e e am ada por vári as pessoas m as que
dev eri a faz er sacri fí ci o de m odo a evi t ar perd a de bens.
O sacri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha, um a t art aru ga e 3 200 búz i os.
El e sacri fi cou.
Após sac ri fi ca r el e cant ou: Eu est ou fel iz , Òbàr à- Ká. Nós est am os danç ando e regoz ij ando,
Òbà rà -Ká.
Kow ee, o Adi vi nho da t er ra; O gbi gbi , o Adi vi nho dos C éus. S e Kow ee, indi ca a ch egada do
j ovem em t er ra. O pé do R ei é com um; O pé do R ei é com um . El es ut i li z aram enc ant am ent o
pa ra Òrúnm ì l à, que foi rode ado por ant agoni st as. El e foi asse gur ado da vi t óri a sobre el es. Foi
de cret ado que as fol has ewo dra ga ri am seus ant agoni st as par a o C éu, e eeru l evari a a des gr aç a
a seus i ni m i gos. Òb àrà -Ká se gur ari a as m ãos del es. As fol has de If á: Le ve fol has de e wo de
c asa (as pequen as, arr anc adas com seus dent es, não suas m ãos). C onsi ga t am bém eeru a woi ka
( aquel e que pi nga sem a rran car, um só) e um ca ram uj o. Tor rar t udo j unt o, pul veri z e e gu arde
em um a àdó. S e você t em um ou m ai s i ni mi gos, esp al he o pó no ch ão l im po de sua cas a. Tra ce
o Odù Òbàrà -Ká e r eci t e a i nvocaç ão aci m a. Espar ram e em ge nufl ex ão. Fei t o isso, você deve
pi n gar az ei t e-de -dendê em vol t a da m edi ci na. Fa ça isso por um m ês.
Or ácul o 174
Ìká-Bàrà
Obse rva ção oci dent al : Há a probabi l i dade de conc epç ão. O cl i ent e dev e ser cui dadoso
se a conc epç ão não for desej ada; grat o se fo r.
C am i nhe r api dam ent e que nós podem os fugi r ao t em po. Voe rapi dam ent e que nós podem os
r et ornar no t em po. Ist o foi di vi nado t ant o para Asa quent o par a Awodi . For am -l hes pedi do que
sa cri fi c assem de m odo que fossem am ados por t odos os hom ens.
O sacri fí ci o: oi t o ca ram uj os, 16 000 búz i os e fol has de If á .
El es ouvi ram as pal avr as m as não acri fi car am .
226
174 – 2 ( Tradu ção do verso)
Kek e pode danç ar, o páss aro pode voar foi di vi nado para Lek el ek e e sua esposa.
Lh es foi fal ado que o pom bo sem pre os consult a ri a em qual quer coi sa que el e qui sesse f az e r,
se el es sac ri fi cass em doi s Efun, doi s m ecani sm os de fi a ção e 2 400 búzi os.
El es sa cri fi c aram .
Not a: Desde ent ão, nós diz em os, “voc ê não vê a bel ez a de Le kel eke, cuj a el e gâ nci a a fet ou a
pom ba? ”.
Or ácul o 175
Òbàràtúrúpòn
Esse Odù fal a das sol uções para inf ert i l i dade e abort os.
Obse rva ção oci d ent al : S acri fí ci o ao Òrì sà é i ndi c ado pa ra a conc epção.
Ol adi pupo di vi nou par a Aroko (qui abo ), que est av a chor ando porque sua esposa não ti nha
fi l hos.
Lh e foi dit o que sacri fi casse um a cab ra e 16 000 búz i os de m odo que seus des ej os fossem
con cedi dos.
El e ouvi u e sacri fi cou.
227
Om o- Maar a di vi nou para Ol ofi n, que est av a i ndo com pra r um a es crav a.
el e foi adve rt i do a sac ri fi ca r de modo que não perdess e di nhei ro com a escr ava devi do a
const ant e perd a de cri anç as del a.
O sacri fí ci o: um a t art aru ga, um a ovel ha e 16 000 búzi os.
El e sacri fi cou.
El e foi assegur ado que a m ul he r seri a fé rt il e que el e ga nhari a por el a sem pesa res.
Or ácul o 176
Òtúrúpòn’Bàrà
Esse Odù fal a da i m port ânci a de m ant er a saúd e par a asse gu rar um a vi da l on ga.
Obse rva ção oci d ent al : Os Fi l hos são host i s a um novo rel a ci onam ent o dos pai s.
Mari dos louvam as suas esposas; os m ari dos de out ras pesso as nunca nos louva ri am .
Is t o foi di vi nado pa ra Teni m aasunwon, o m ari do de Aj em oori n.
228
Foi di t o a Teni m a asunwon que a mul her que el e est av a propondo casam ent o seri a um a boa
esposa m as que dev eri a sacri fi car de m odo que el a não m orr esse jovem .
O sacri fí ci o: um a ovel ha, um ca ram uj o e 3 200 búz i os.
El e ouvi u as pal avras e sa cri fi cou.
Or ácul o 177
Òbàrà-Túrá
Obse rva ção oci d ent al : Um rel a ci onam ent o est á causando desarm oni a.
229
se sai ssem de cas a pa ra o c am po, el e os perse gui ri a, m as
m as se sacri fi cassem , t ri um fa ri am .
O sac ri fí ci o: um car am uj o, 3 200 búzi os e fol has de If á (f az er um c al do com fol has de owo
m oi das e com o car am uj o e t om ar).
foi decl a rado que: O fal cão não dani fi c ari a um car am uj o; t udo que el e pode faz e r é obse rva-
l o. Voc ê se rá r espei t ado.
Or ácul o 178
Òtúrá-Bàrà
Obse rva ção oci d ent al : A opi ni ão ou deci são do cl i ent e ser ão quest i onados.
230
ent e rra -l o com o um se r hum ano, em confo rm i dade com os ri t os fune rá ri os. El e t am bém os
a consel hou a não toc ar qual quer coi sa onde que r que el es a chassem m ar cada com aal e (um a
m ar ca para um a coi sa não ser toc ado por ni n guém com ex cess ão do dono). A m esm a
adv ert ên ci a foi passad a ao redor da ci dad e, que el es nunc a deve ri am m ex er com qual que r
coi sa m arc ada com aal e.
Or ácul o 179
Òbàrà-Retè
Esse Odù fal a de sucesso e est abi l i dade se sac ri fí ci o for re al iz ado.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em boas perspe ct i vas par a um novo t rabal ho ou
ne gó ci os.
231
179 – 2 ( Tradu ção do verso)
Oba ra -ret e di vi nou pa ra Aki nt el u a quem foi di t o que deve ri a sac ri fi ca r de m odo que o
vi l arej o que el e fundou t i vesse suc esso.
Oi t o ca ram uj os, um a ovel ha, 16 000 búz i os e fol has de If á dev eri am se r sac ri fi cados.
El e sacri fi cou.
232
Or ácul o 180
Irete-Òbàrà
Esse Odù fal a do uso de fei t i ço para cont rol ar di fi cul d ades.
Obse rva ção oci d ent al : Cui dado com pessoa t rap ac ei ra.
Asej ej esa ye, Asej ej es a ye , Asej ej esa ye, War awa ram ase,
Wara war am ase, Waraw aram ase, Ir et e -Oba ra t ra ga t oda bondade
pa ra as fol has de If á. Coz i nhe fol has de t et e at et ed a ye com o um a sopa para ser com i da em
t oda com i da. Ou t ri t ure fol has de woro e i yer e e as coz i nhe em um a sopa para vel hacos, com
pei x e a ro para com i da. Quando a sopa esf ri ar, t rac e o odù Ir et e-Ob ara no i ye - ì rosù, re ci t e a
i nvoca ção aci m a e ac resc ent e à sopa.
Or ácul o 181
233
Òbàrà-Òsé
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne cessi t a de puri fi ca ção para se l i vrar de en ergi as
ne gat i v as.
El es di sser am , “onde est á m eu pai? ”. Eu di sse “m eu pai m orr eu”. “Onde est á m i nha m ãe? ”. Eu
di sse “Mi nha m ãe est á na c at acum ba e f al a rui dosam ent e”. El es di sser am , “vo cê é fi l ho de
quem? ”. Eu di sse ” eu sou o fi l ho de Oba ra -Ose, que i gno rou as r egras ”. Eu fui esp anc ado
sev eram ent e e fui esbof et eado aqui e l á, li vrem ent e com o as cab ras com em . O fi l ho de Obar a-
Ose nunca sofre, Obar a-Os e não pe rm it e que seu fil ho pad eç a sem ne cessi dade. Fol has de If á:
P ul veri se fol has de ej a (ha ri ha) e fol has de àrè re que for am col hi das da árvo re m ãe. P onha o
pó na fac e de um c ar am uj o e t rac e o odu Ob ara -Ose nel e. R eci t e o encant am ent o aci m a e o
em brul he com um ped aço de t eci do pret o e com l i nha pret a. F ech e os ol hos e j ogu e em um
a rbust o.
Ai si re f ’a gbon i sal e pal e. S e a chuva foi i nvoc ada, el a deve c ai r. S e a pausa da chuva é
i nvocad a, el a deve cessa r. Ist o foi di vi nado para Òrúnm ì l à, que foi assegurado que Eri nwo
Osi n nunca seri a m ol hada pel a chuv a. Obar a-Ose, eu t e i nvoco, sal ve est e boni t o vest i do de
ser ab at i do pel a chuv a. C anti ga: Não dei x e chov er, não deix e chove r, Obara -Ose não dei x e
chov er. Fol has de If á: P egu e um peda ço de t eci do bran co e t race o odù Obar a- Ose com i ye-
ì rosù em sol o seco do l ado de for a [do l ocal ] . R eci t e o enc ant am ent o aci m a e ent ão am ar re
est e i ye -ì rosù com o t eci do bran co e pendure a t roux a em um a arvo re. N ão chove rá nesse di a.
S e ni n guém j o gar água naquel e m esm o l u gar onde o Ifá foi pl ant ado, não chov erá aquel e di a.
Or ácul o 182
Òsébàrà
Esse Odù fal a de m ei os de gar ant i r o fut uro suc esso de um a cri an ça e adv ert e adul t os sobr e
qual que r j ornad a que possa apa rec er.
234
Obse rva ção oci d ent al : Há m ui t a ba gunç a nas at i vi dad es quot i di an as dos cl i ent es. El e ou el a
pr eci sa vol t ar passo e r econsi de rar suas at i vi dades.
Òséb àr à di vi nou para um r ec ém -nasci do, cuj os pai s foram ori ent ados a faz er um sa cri fí ci o de
m odo que a cri an ça não sofr esse por fal t a de mor adi a quando cres cesse.
O sac ri fí ci o: ba gr e, 2 400 búzi os e fol has de Ifá que a cri an ça de form a que a cri ança possa
l eva r um a vi da próspera.
Òséb àr à di vi nou para o est al aj ad ei ro que est ava i ndo à resi dênci a de out ro hom em em um a
t er ra ex t rangei r a. Foi -l he di t o que sua j orn ada não t eri a suc esso; l ogo, não deve ri a i r. Foi - lhe
pedi do que sacri fi casse duas gal i nhas, 8 000 búz i os e fol has de If á.
Or ácul o 183
Òbàrà-Òfún
Obse rva ção oci d ent al : Esse é um ót im o m om ent o par a um novo t rabal ho ou um ri sco
com e rci al .
235
183 – 1 ( Tradu ção do verso)
It un est á refo rm ando- m e, If á est á os at r ai ndo com seus di nhei ros. Vi sit ant es de um a l onga
di st ânci a est ão procu rando -m e.
Is t o foi di vi nado por Òrúnm ìl à, que ori ent ou a sac ri fi ca r de m odo que el e vi sse coi sas boas
t odos os di as de sua vi da.
O sacri fí ci o: um peda ço de pano bran co, um pom bo bran co um a gal i nha branc a e 4 400 búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
3
É uma planta de orige m africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentaçã o animal,
principalmente de bovinos (guinea corn).
236
di nhei ro ci ngi ndo, espos a ce rc ando. di vi nou para Tewo gbol a,
que foi ori ent ado a sacri fi car quat ro pom bos, um a gal i nha e 16 000 búzi os, poque
foi pr evi st o que um pássaro t rari a bondade a el e.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Or ácul o 184
Òfún’Bàrà
Obse rva ção oci d ent al : Condi ções de ne gó ci o favor ávei s podem sofrer por c ausa de um
i ndi ví duo indi gno de con fi anç a.
237
El e ouvi u e sacri fi cou.
Òfún est av a dando Obar a, Òfún est ava dando ca ri nho à um a i ngrat a. Is t o foi di vi nado para um
hom em a quem foi dit o que um a c ert a m ul her que el e gost ou, pl anej ou furt a -l o e ab andona -l o.
El e deveri a sacri fi car um cabri t o, az ei t e, obì e fol has de If á.
Òfún est av a dando Obar a di vi nou para um hom em cuj os pert enc es est avam sendo ex i gi dos por
um i m post o r. El e foi ori ent ado a sa cri fi c ar um c abri t o, ax ei t e -de- dendê, obì e fol has de If á de
m odo que el e não foss e seduz i do por Èsù a con cede r os pert ences ao i m post o r.
Or ácul o 185
Òkànràn-Egúntán
Obse rva ção oci dent al : Est e é um mom ent o auspi ci oso pa ra um novo t rabal ho ou
r el aci onam ent o se for ini ci ado com caut el a.
Um a corr ent e c ai e f az o som woroj o. Ist o foi di vi nado para Òrúnm ì l à e os quat ro cent os
Ir únm al e quando Ol odunm a re reuni u t oda sua ri quesa em um úni co lu ga r. El e convocou todos
os Ir únm ol e para que el es a l evass em par a t err a.
Foi pedi do a el es que fi z essem sac ri fí ci o porque Ol odunm are desej ou i ncum bi -l os de um a
t ar efa. O sac ri fí ci o: um a gen erosa quant i dade de i nham e pi l ado, um a pan el a ch ei a de sopa,
bast ant e obì , ovel ha, um pom bo, gal i nh a e 3 200 búz i os. El es deveri am ent ret e r os vi sit ant es
com a com i da usada par a o sac ri fí ci o. Apenas Òrúnm ì l à re al iz ou o sac ri fí ci o. Após al guns
238
di as, Ol odunm are j unt ou seus pert ences e os envi ou pa ra os quat ro cent os Ir únm al e. O
m ensa gei ro de Ol odunm a re procu rou os quat ro cent os Irú nm al e e ent re gou a m ensa ge m , porém
nenhum del es o re cepci onou com com i da. Quando el e foi à cas a de Òrúnm ìl à, ent ret ant o,
Òrúnm ì l à anim ad am ent e deu-l he boas vi ndas e o r ecep ci onou com com i da. Devi do a ess a
gent i l ez a o m ensa gei ro revel ou a Òrúnm ì l à que el e não deveri a fi car ansi oso em l ev ar as
c argas r euni das na frent e de Ol odunm ar e, desde que a ca rga m ai s i m port ant e est av a debaix o
do assent o de Ol odunm ar e. Quando todso os Ir únm al e se reuni ram , rec eber am a m ensagem de
Ol odunm ar e. El es se l evant ar am e com e ça ram a bri gar pel as ca rgas; al guns pegar am di nhei ro,
out ros al gum as roupas e assim suc essi vam ent e, m as o m ensagei ro de Ol odunm are est ava
f al ando pel a sua t rom bet a a Òrúnm ì l à, diz endo, "Ò rúnm ìl à, apen as fi que qui et o sent ado. A
coi sa m ai s im port ant e est á na concha do ca racol ”. Assi m Òrúnm ì l à se sent ou e pa ci ent em ent e
assi st i u os out ros Ir únm al e que l ei vav am para t er ra t oda a ri quez a, prosp eri dade, e out ros
a rt i gos de vári os ti pos. Assi m que t odos os Irú nm al e pa rt i ram , Òrúnm ìl à se l evant ou e foi
di ret am ent e para a c adei r a de Ol odunm a re; el e pegou a concha do ca racol e part i u em di re ção
à t erra. Òrúnm ì l à en cont rou os out ros Ir únm al e ao fi nal da est rad a que conduz ao céu e
pe rgunt ou-l hes o que est av a err ado. El es l he fal a ram que a t err a est ava cobe rt a com á gu a e
não havi a nenhum l ugar seco onde el es pudessem at er ri ssar. Òrúnm ìl à m et eu a m ão del e na
con cha do car am uj o, t i rou um a red e, e a l ançou em ci m a da á gu a. El e m et eu a m ão del e
novam ent e e t i rou t err a que el e l ançou em ci m a da red e. Ent ão el e m et eu a m ão del e um a
t er cei r a vez , el e t i rou um a gal i nha de ci nco dedos, e a l ançou na rede par a espar ram a r a t erra
na red e e na água. A água est av a ret roc edendo e o sol o est ava se ex pandi ndo. Quando par ec eu
que o t rabal ho cam i nhav a mui l ent o, o próp ri o Òrúnm ì l à desc eu e m andou a pequ ena quant i a
de t er ra aum ent a r: S e espal he depr essa, se espal he dep ressa, se espal h e depressa !!! ". El e
pa rou, e o m undo se expandi u. Havi a gra nde al e gri a em c éu. O l u gar onde Òrúnm ì l à m andou o
m undo se ex pandi r é at é hoj e cham ado de If e -Wara, em Il e- If e . Todos os dem ai s Irú nm al e
des cer am após Òrúnm ì l à. Foi Òrúnm ì l à quem c ri ou a t er ra e foi el e quem pri m ei ro nel a
c am i nhou. C om o t al , el e não pe rm it i u naque nenhum dos Ir únm al e descess e na t er ra at é que
el e t i vesse pê go t udo el es t roux eram e dado a c ada um del es o que el e j ul gou j ust o. El es
r eceb er am al e gr em ent e as suas porçõ es. Ent ão Òrúnm ì l à com e çou a cant ar, " O m undo exi st i u,
exi st ênci a na frent e, ex i st ênci a at rás ".
Not a: O 256 odù são cham ados Ir únm al e nest e c aso; at é m esm o um úni co i m al e se ri a ch am ado
Ir únm al e, com o el e est á fora dos quat rocent os Im al e.
239
Quem é rápi do ge ral m ent e é auxi l i ado por Ògun a se r vi t ori oso durant e as l ut as. Aquel e que
não conse gu e l ut a r nem f al ar não pode cam i nhar na t er ra por m ui t o t em po. O com bat e pode
t raz er ri quez a e honra. Is t o foi di vi nado par a Ògún -gbem i , que foi ori ent ado a não fu gi r,
m esm o que não sent i sse cor agem o bast ant e para desa fi ar al guém durant e um a bri ga. É o
pode roso que des frut a o mundo; ni n guém resp ei t a um a pessoa fr ac a. É o varoni l que cont rol a
a t erra; as pessoas não dão at enção aos cov ardes. Lhe pedi r am que fi z esse sa cri fí ci o de form a
que el e não rel ax asse e pudesse se r fi si cam ent e fort e. O sac ri fí ci o: um gal o, t rês fa cas, um a
pi m ent a- da-cost a, 3 200 búz i os e fol has de If á (ponh a um gr ão de pi m ent a-da -cost a na á gua
em um a caba ça; dê a água par a o gal o bebe r; o cl i ent e deve ent ão beb er a água rem anesc ent e
na caba ça e com e r a pi m ent a- da- cost a e m ais al guns gr ãos).
Or ácul o 186
Ògúndá-Kànràn
Esse Odù fal a de se usar as cap aci dad es t ant o espi ri t uai s com o i nt el ect uai s par a se
obt er sucesso.
Obse rva ção oci d ent al : Esse é o m om ent o par a o cl i ent e m udar de t rabal ho.
240
Or ácul o 187
Òkànràn-Sá
Obse rva ção oci d ent al : Confl i t os em um a soci ed ade devem ser deci di dos paci fi cam ent e.
Enx adas não cult i vam um a roça por si só. Nós, seres hum anos som os a forç a por det rás del as.
Ma chados não podem em pre ende r nada com êxi t o. Nós, ser es hum anos som os a for ça que os
põem a t rabal ha r. Os al fan ge s não podem por si só abri r um a cl ar ei ra. Nós, seres hum anos
som os o seu auxí l i o. Um i nham e col oc ado dent ro de um pil ão não pode moe r a si m esm o, m as
nós seres hum anos o aj udam os. Mas, quai s fo rças est ão t rab al hando no aux íl i o à hum ani dad e,
di fe rent es de Ol orun e dos própri os ser es hum anos? Is t o foi di vi nado pa ra o el efant e e para os
241
ser es hum anos. Foi pedi do ao el ef ant e que fiz esse sa cri fí ci o de m odo que os se res hum anos
não pudesse c api t ura- l o.
O sac ri fí ci o: dez essei s ca ram uj os, 660 búzi os e fol has de If á (as fol has de owo e os ca ram uj os
dev em ser coz i dos e com i dos de m anhã, ant es que o cl i ent e fal e com qual quer out r a pessoa ).
O el ef ant e se re cusou a f az er o sa cri fí ci o. Os seres hum anos segui ram a ori ent aç ão e
sa cri fi c aram .
242
Or ácul o 188
Òsákànràn
Esse Odù fal a do sacri fí ci o de form a a evit a r i nfort úni o e assegura r t ranqui l i dade.
A pessoa que não pode sofre r i nsult os dev e const rui r sua cas a em um a áre a sepa rad a.
Is t o foi di vi nado pa ra o Ìgbí n (ca ram uj o),
a quem foi pedi do que sacri fi c asse um a t art aru ga e 18 000 búz i os.
Ìgbí n sa cri fi cou, e el e foi assegur ado que el e goz ari a de paz e t ranqui l i dade na c asa que el e
const rui u.
É di t o que as pessoas nunc a j ej uam na casa do ca ram uj o e que ni ngu ém chora na c asa de Ahun
(t a rt aru ga ).
Or ácul o 189
Òkànràn-Ká
Esse Odù fal a de cor agem e honest i dade para se prev eni r de i nfort úni o.
243
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em que sust ent a r o que el e a credi t a.
Lu t ando na fr ent e, l ut ando na ret agua rda, se não r esul t a na m ort e da pessoa, norm al m ent e f az
del a um com panhei ro val ent e que, por l ut ar, adqui r e honr a e ri quez a. Ist o foi di vi nado par a a
t art a ruga, a quem foi pedi do que sac ri fi casse um carn ei ro, 2 400 búz i os e fol has de If á de
m anei r a a não m orr er com o resul t ado de um a lut a.
El a ouvi u e sacri fi cou.
Fol h as de Ifá for am pr epar adas par a el a com a prom e ça de que el a nunca m orr eri a dur ant e
um a bat al ha. Foi di t o que el a nunca seri a mort a durant e l ut as que são conh eci das pel o m undo.
Nunc a fo ram m ort os ca rnei ros durant e bri gas.
Não há ni n guém cuj a cas a sej a inc apaz de se t ornar um a faz enda. Não há ni ngu ém cuj a
f az end a sej a i ncapaz de se t ornar um a faz end a enorm e e vel ha. A honest i dade em m im não
pe rm it i rá que a faz end a se t orne um t erreno bal di o. Não há ni ngu ém cuj a mort e não possa
l eva r, e não há ni n guém cuj o o fi l ho a m ort e não possa l evar, ex cet o Orunm i l a, m eu senhor,
àbi kú- ji gbo, e aquel es dent re os fil hos de Edùm arè que são honr ados.
If á foi consul t ado para Ap at a (ro cha ), que pedi u um sa cri fí ci o pa ra que el e nunca pudess e
m orr er, de form a que as gram a pode ri a c resc er.
O sacri fí ci o: um a ovel ha, 2 200 búzi os e fol has de If á.
El a segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Or ácul o 190
Ìká-Kònràn
Obse rva ção oci dent al : Um a im port ant e es col ha est á pendent e — Um a deci são deve se r
t om ada sobre o que é ce rt o e bom .
244
190 – 1 ( Tradu ção do verso)
Ìk á -Kònr àn foi di vi nado par a Eka, a quem foi di t o que a mort e est av a chendo par a el e devi do
aos seus m aus at os. S e Eka não desej ass e m orr er, dev eri a el e sa cri fi c ar um a ovel ha e as
roup as pret as que est av a usando. El e deveri a t am bém par ar de ser m au e vest i r roup as bran cas
dal i pra fr ent e.
El e ouvi u as pal avras m as se r ecusou a sacri fi ca r.
Or ácul o 191
Òkànràn’Túrúpòn
Esse Odù fal a do conhe ci m ent o de Òrúnm ì l à sobre t odas as coi sas, i ncl ui ndo a a rt e da
m edi ci na t radi ci onal .
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e não est á sendo honest o com o Ba bal áwo.
245
È at rav és do est udo de If á que a pessoa ent end e If á. É perd endo-se pel o cam i nho que a pessoa
se fam i l i ari z a com o m esm o. A pessoa sem pre pe ram bul a ao l ongo de um a est rad a que el a
nunc a passou. Ifá foi consult ado pa ra Osan yi n no di a em que Ol odunm a re cobri u um a cab aça e
convi dou a Orunm i l a i r e descob ri r- l a at r avés da consul t a ao orácul o. Osan yi n i nsi st i u em
a com panha r Orunm il a, m esm o sendo a consel hado a fi c ar porque el e est av a em di fi cul dad e.
Osan yi n, por ém , foi i nfl ex í vel . Ant es que el es che gass em l á, Ol odunm ar e tocou o sangue de
sua esposa com um t eci do branco de al godão, gu ardou em um a cab aça sobre a est ei ra na qual
Orunm i l a foi se sent ar enquant o consul t av a If á . Orunm i l a consul t ou If á e di sse,
“ Okanr an’ Turupon”. Após a di vi na ção Orunm i l a soube o que ti nha dent ro da caba ça branc a.
Ol odunm ar e o l ouvou. O runm il a ent ão pedi u que Ol odunm are sa cri fi c ar um cão e um a cab ra.
Ol odunm ar e sacri fi cou. Osan yi n em oci onadam ent e se j unt ou a Orunm i l a na procu ra dos
m at eri ai s pa ra o sa cri fí ci o. Enquant o est ava se esfo rçando pa ra aj uda r a m at a r o ca chor ro, a
f aca que el e est ava segurando esc apou de sua m ão e c ai u sobre a sua pe rna fez endo um a f eri da
m ui t o grand e. Orunm i l a pedi u que l evassem Osan yi n par a a casa de Orunm i l a. Orunm i l a o
cu rou, m as Osan yi n nunca pode ri a usa r novam ent e a pern a pa ra t rabal hos árduos. Orunm i l a
t eve pena del e e deu-l he vi nt e fol has de Ifá pa ra cada ti po de enfe rm i dade, para proporci on ar-
l he um a font e de renda. Foi assi m que Osan yi n se t ornou um herbol á ri o.
Or ácul o 192
Òtúrúpòn Kòràn
Esse Odù fal a de se evit a r pos sí vei s di fi cul dades com as cri anças e i nim i gos.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t er cui dado em procedi m ent os em pr esari ai s.
246
S e t i vesse s a cri fi c ado, a el a seri am dadas fol has de Ifá pa ra banhar a cri ança.
Fol h as de Ifá : Masc er e ol usesaj u e eso em á gu a, ou pi l e as fol has e m i st ur e com sabão -da -
cost a para o uso da c ri anç a quando el a for m ai s vel ha.
247
Or ácul o 193
Òkànràn-Òtúrá
Esse Odù fal a de confl i t os em f am íl i a e em out ros rel a ci onam ent os.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e en frent a um confl i t o com par ent es com r el aç ão a
possessões m at eri ai s.
“ O que voc ê faz pa ra m im , eu faço pa ra você ” sem pre di fí cul t a a resol uç ão rápi da de um a
di sput a.
Is t o foi di vi nado pa ra Ol úko ya,
que foi aconsel h ado a sacri fi c ar par a que a di sput a ent re el e e seus paent es não pr ej udi casse
suas ami z ades.
O sacri fí ci o: quat ro ga l i nhas, az ei t e- de-dend ê e 16 000 búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Òkàn ràn -Òt úrá foi di vi nado pa ra a lí de r das cob ras, que foi avi sado a não ent r ar em um a bri ga
que resul t a ri a em não t er m ai s am i gos ent re seus própri os par ent es. S e a l í der das cobras
248
des ej asse est ar em condi çõ es am i gáv ei s com os seus par ent es, deve ri a sacri fi car ven enos e
fl ex as, um a al j av a, fei t i ços pe ri gosos, um cabri t o e 2 000 búz i os. El a ouvi u as pal avr as m as
não sacri fi cou. C om o r esul t ado, as cob ras nunc a for am am i gas um as das out ras.
Or ácul o 194
Òtúrákònràn
Ésse Odù fal a de se evit a r as conseqüên ci as de m aus com port am ent os.
Obse rva ção oci d ent al : A "bo ca gr ande " do cl i ent e t em caus ado prej uí z o.
Ori j i , o Adi vi nho das coi sas boas, consult ou Ifá pa ra Òt ú, que desej ava
desposa r Òkòràn, a fi l ha do Ol ofi n. As pessoas est av am di z endo que i st o c ausari a um a
di sput a. O hom em a quem Òkòràn foi prom et i da com o esposa t i nha gast ado mui t o nel a.
Mas Ori ji , o Adi vi nho das coi sas boas, disse que Òt ú c asari a com Òkòr àn; no ent ant o, el e
dev eri a sacri fi c ar oi t o c aram uj os. um pom bo, 16 000 búz i os e fol has de If á .
El e sacri fi cou.
249
Or ácul o 195
Òkànràn-Atè
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t rab al har sua espi ri t ual i dade.
250
Or ácul o 196
Irete-Okanran
Esse Odù fal a da ne cessi dade de c aut el a com rel aç ão a um a conspi r aç ão ent re pessoas
da m esm a i dade da pessoa.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t er cui dado com com pet i ções no t rab al ho.
Ir e t e- Okanr an foi di vi nado para O runm il a no di a em que os bab al awo se reuni r am na c asa do
Ol ofi n pa ra prepa rar veneno com o qual o m at ari am quando al i che ga sse. Foi -l he pedi do que
j ej eu asse ao l ongo daquel e di a pa ra evi t ar ser env enenado. El e dev eri a sac ri fi ca r 3 200 búz i os
e az ei t e- de-dend ê. El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou. Naquel e di a, os babal awo que se
r euni ram na casa deo Ol ofi n ch am ar am Orunm i l a par a que fosse pa rt i ci par com el es de um
banqu et e. Tendo conspi rado j unt o com o Ol ofi n, el es col oc aram veneno nos vi nhos e t am bém
puser am at ara gb a (ven eno que c ausa m ort e) no t eci do e na est ei r a par a Orunm il a. Quando
Orunm i l a che gou na c asa de Ol ofi n, el es l he der am vi nho para beb er.El e ol hou par a aqui l o por
al guns m om ent os e di sse, “o que est á boi ando no pot e (oru )? É veneno que est á boi ando no
pot e. Ir et e- Okanran, não beb erá hoj e, Ir e t e- Okanr an”. Após um curt o espaço de t em po, el es
t roux eram ogu ro (vi nho) para el e, m as Orunm i l a ol hou e disse a m esm a coi sa. Após i sso, o
Ol ofi n col ocou seu If á no chão par a consul t a em nom e do fi l ho pri m ogêni t o del e que est ava
fi n gi ndo est ar doent e. Todos os babal awo present es di sseram que a c ri anç a não morr eri a.
Quando o Ol ofi n pergunt ou a opi ni ão de O runm il a, el e di sse que a cri ança m orre ri a a m enos
que Ol ofi n ent re ga sse seu vest uári o r eal e a est ei r a que habi t ual m ent e est ende em seu t rono de
form a que el es poderi am ser ut i li z ados na fabri c aç ão de um m edi cam ent o par a a c ri anç a.
Ol ofi n que est ava procur ando por m ei os de m at ar O runm il a, pensou t er encont rado um a
ch ance, poi s poderi a pôr at ar agba dent ro do vest uári o e na est ei ra ant es dos ent re ga r para
Orunm i l a. Mas assi m que el es fo ram t raz i dos, um pássaro com eçou a gri t arm pe rsi st et em ent e,
di z endo a Orunm i l a, “Orunm i l a, não sent e- se na est ei r a hoj e, não sent e- se na est ei ra hoj e.
S ent e- se no i fi n, sent e -se no i fi n! ”. Quando el es t erm i nar am de t raz er o vest uári o e a est ei ra,
Orunm i l a pedi u que el es usassem a est ei r a pa ra se sent ar em . El es obede ce ram e foram
env enenados. Orunm i l a dei xou o l ocal sem ser pr ej udi cado.
251
Or ácul o 197
Okànràn’Se
Esse Odù fal a da ne cessi dade de des envol vim ent o espi ri t ual para evi t ar an gust i a e
t ri bul açõ es.
252
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e sof reu um rev és fi nan cei ro.
Quest õ es de an gúst i a não são bons; um a quest ão probl em át i ca é um m au espet á cul o. Is t o foi
di vi nado para o fi l ho de um hom em abast ado, a quem foi pedi do sac ri fi ca r de modo que el e
não sofresse t ri bul ações.
O fil ho do hom em ri co pergunt ou, “o que é sofri m ent o? ”
El es di sser am : O at o de abran ge r é sofri m ent o; a vont ade das pessoas é an gúst i a.
El e di sse que i sso era bast ant e.
O fil ho do hom em ri co pergunt ou qual seri a o sa cri fí ci o.
El es di sser am : um t e ci do branco, um pom bo, um a ovel ha, um a gal i nha e 20 000 búzi os.
Le m br e- se do P ossesso r.
Nós nos l em br am os do Possessor, nós ai nda est am os vi vos.
Le m br e- se do P ossesso r.
Nós nos l em br am os do Possessor, nós est am os re goz i j ando.
O Possessor nunca ap al pa no es curo; Edum ar e nunc a t em prej ui z os.
Não há nenhum a t ri st ez a l á na c asa do P ossessor, nenhum a pobrez a ou penúri a.
Orunm i l a Ol owa Ai ye re di sse que se nós nos depar ássem os com qual que r t ri bul a ção,
dev erí am os nos l em bra r do P ossessor.
O Possessor nunca se ent ri st eceu.
O P ossesso r sacri fi cou um pom bo, duas cabe ças de i gu ana, 20 000 búzi os e fol has de If á (a
ser em dadas À pessoa que é apl i cada em seu t rab al ho).
253
Or ácul o 198
ÒséKòràn
Obse rva ção oci dent al : Condi ções de t rab al ho i nconst ant es ne cessi t am de equi l i bri o
em oci on al para se ha rm oniz ar em .
254
Vo cê não gost a del e, Eu não gost o del e.
A pobrez a cam i nhou por si m esm a.
Is t o foi di vi nado pa ra um a pessoa des afort unad a,
que foi aconsel h ada sacri fi c ar para que pudesse adi qui ri r um a com panh ei ra.
O sacri fí ci o: duas gal i nh as, doi s chapéus ou dois t urbant es fem i ni nos, 2 000 búz i os e fol has
de If á.
El e não sac ri fi cou.
Or ácul o 199
Okanran-Òfún
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e i rá ex pe ri m ent ar um novo r el aci onam ent o ou aum ent ar
a int ensi dad e de um r el aci onam ent o corr ent e.
S e al guém t eve m á sort e por l ongo t em po, ist o ser á m udado pa ra boa sort e. Is t o foi di vi nado
pa ra Ok anran -Abas ewol u, que foi aconsel h ado a sa cri fi c ar um pom bo, um a gal i nha e 12 000
búzi os.
255
El e sacri fi cou.
Or ácul o 200
Òfún’Konran
Òfún ’Kònr àn foi di vi nado par a Ol odunm ar e quando el e est av a se prepa rando pa ra envi ar as
pessoas par a a Terr a.
El es di sseram que Ol odunm are est av a refl et i ndo no c ast i go que os poderosos infl i gi ri am aos
fr acos, no cast i go que os r ei s e che fes infl i gi ri am às pessoas que foram di st it ui das ou em
pe ri go. El e vi u pessoas i nocent es sendo m ort as na Ter ra e desej ou defend er aquel es que não
t i nham chan ce de se vi n ga r.
256
Foi pedi do para El e sac ri fi ca r um a t art aruga, um a fa ca, um a rco e um a fl echa, um a pi m ent a e
18 000 búzi os. S e El e sacri fi c asse, poderi a os dei x ar l i vre na Te rra.
El e sacri fi cou.
Or ácul o 201
Ògúndá’Sá
Est e Odù fal a de ganho m onet á ri o par a a pesso a verd adei r am ent e espi rit ual .
Obse rva ção oci d ent al : For ça no t rab al ho conduz a ganho si gni fi c ant e.
C el i bat o foi di vi nado par a If á quando o mundo t odo est av a diz endo que i fá est ava só. F oi
pedi do a If á que es col hesse um a com panhei r a. If á di sse que escol heu di nhei ro com o sua
com panh ei ra. Foi pedi do a el e que sacri fi casse um pom bo e 24 000 búz i os. El e sac ri fi cou.
257
O sacri fí ci o: um a gal i nha d’Angol a, um pom bo e 24 000 búz i os.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Or ácul o 202
Òsá’Gúndá
Esse Odù fal a de boa sort e que não vem sem sac ri fí ci o.
Obse rva ção oci d ent al : Há al guém que o cl i ent e não deve confi a r.
Osa ’Gunda pode l ut ar. Oi der e, o awo de Igba do, Al uko, o awo de Igba do, Ai j agogorogo, o
awo de Ol i bar a, t odos di vi na ram pa ra Oli ba ra. Oi de re, o awo de Igb ado, di sse que descobri u
boa sort e par a Ol i bara. ent ão Ol i bar a deveri a sacri fi c ar um pom bo, um a ovel ha e 44 000
búzi os. El e sacri fi cou. Al uko, o awo de Igb ado, di sse que el e vi u nasci m ent o de fi l hos (t ant o
Oi de re quant o Al uko er am ext ran ge i ros); ent ão, Ol i bara deve ri a sa cri fi c ar um a gal i nha, um a
c abra e 32 000 búzi os. Ol i bara sa cri fi cou. Aij a go go rogo, o awo da c asa de Ol i bara, que previ u
um a gu er ra. El e t am bém pedi u que Ol i bara sa cri fi c asse: um carn ei ro e 66 000 búz i os. el e
di sse que se Oli ba ra não ofer ec esse o sa cri fí ci o, have ri a gu err a em onz e di as. Ol i bar a não
of ere ceu o sacri fí ci o. No déci m o pri m ei ro di a, a guer ra vei o. Ol i bara fugi u da ci dad e.
258
S un-m i s’ebe, S un-m i s’aporo consul t ou para Ai kuj egun re (t i po de e rva) e Ol oko ( faz endei ro ).
Ai kuj e gunr e foi a consel hado a sac ri fi ca r um ca ram uj o, um a gal i nha e um carn ei ro. El es
di sser am a Ai kuj egun re que não m orre ri a m as est a ri a enr aiz ado e col oc ado em um alt o obj et o
a ci m a do chão.
Ai kuj e gunr e sacri fi cou. Ao faz endei ro foi pedi do que ofer ecess e em sa cri fí ci o um c arnei ro,
um al fan ge e 66 000 búz i os de m odo que el e não m orr esse. El e sacri fi cou. Quando o
f az end ei ro est av a c api nando, el e j unt ou Ai kuj egunre com o al f ange em um l u ga r. Ai kuj egunre
di sse, “Eu m e fa ço not ar sendo reuni do, assim m e aj ud e a fal ar para m eus pai s no C éu”.
Quando o faz endei ro fi nal iz ou a c api nagem e j unt ou a erv a cham ad a Ai kuj egunr e com um
al f ange e o col ocou em um t ronco, a e rva di sse, “di ga- m e pai do C éu que eu sou not ável ”.
Ent ão, as ult i m as pal avr as usual m ent e f al adas pel a erv a são: “qu e ofaz endei ro não m orr a. Que
eu t am bém não m orr a, de fo rm a que am bos perm an eçam para sem pre ”.
259
Or ácul o 203
Ògúndá’Kaa
Esse Odù fal a da ne cessi dade de c aut el a e sacri fí ci o pa ra sol uci onar probl em as
m onet ári os.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e se depar a com confl i t os ou a cusa ções no t rab al ho.
O gunda ’Ka a foi di vi nado pa ra Orunm il a, o rei , que est ava com probl em as.
Foi - l he asse gu rado que conse gui ri a al gum di nhei ro l ogo.
O sacri fí ci o: doi s pom bos e 2 000 búzi os,
el e sacri fi cou.
260
Or ácul o 204
Ìká-Ògúndá
Esse Odù fal a de sac ri fí ci o a Ogun par a desenvol v er co ra gem em al guém t ím i do.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á fi ngi ndo um probl em a que não exi st e.
Or ácul o 205
261
Ògúndá-Òtúrúpòn
Esse Odù fal a de boa fort una r esul t ant e de m el hora de com port am ent o.
Obse rva ção oci d ent al : Di fi cul dades e bl oquei os são di ssol vi dos com des envol vim ent o
espi ri t ual .
Or ácul o 206
Òtúrúpòn-Egúntán
Esse Odù fal a do present e, sendo um m al m om ent o par a um a nova c ri anç a, m as m ant ém
um a gra nde prom essa pa ra o fut uro.
262
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e t ev e rec ent em ent e perd eu um a c ri anç a, ant es ou l ogo
depoi s do nas ci m ent o. Al gum a coi sa est ava err ada com a c ri anç a.
Os ram os do i roko deve ri am ser podados enquant o a árvor e é j ovem . Quando fi c a vel ha e alt a,
seus gal hos j á não podem ser fa ci l m ent e cort ados. Ist o foi di vi nado pa ra Òt ú, a m ãe de um
beb ê novo. El es disse ram que a cri anç a seri a um l a crão quando cr esc esse. Foi pedi do pa ra que
os pai s of ere cessem sacri fí ci o para que a cri an ça pudess em obede ce- l os. O sacri fí ci o: um
c aram uj o, um pei x e a ro, um pom bo, um a banana, 66 000 búz i os e fol has de i fá. S e o sacri fí ci o
for r eal i z ado, as fol has eso são as fol has de If á a ser em usad as. Esprem er as fol has em água
com fl ui do do car am uj o e banh ar a cri an ça. S e a cri anç a cr esce r, dar- lhe um a sopa fei t a com
fol ha eso, ca ram uj o ou pei x e aro para com er. El a t am bém deve com e r ban anas.
Or ácul o 207
Ògúndá-Túrá
Esse Odù fal a da saúde do cl i ent e, el e sent i ndo-se fi si c am ent e doent e com o resul t ado
de pressão e i nim i gos.
263
207 – 1 ( Tradu ção do verso)
S akam da (Eu sou bast ant e li m po) foi di vi nado pa ra Ot a (ped ra) na á gu a.
Nós t em em os a doenç a. Foi pedi do a Ot a- mi não t em ar a doenç a e l he foi pedi do que
of ere cesse sacri fí ci o de fo rm a que el e perm anec esse fix o.
O sacri fí ci o: um ca ram uj o, um pom bo, 32 000 búz i os e fol has de If á .
El e sacri fi cou e se vi u l i vre de doenç as.
O gunda -Tu ra. É bom que perm i t e à pessoa supe rar um ini m i go. Um a pessoa m al favor eci da
pode ser f aci l m ent e at r ai da pel o seu i ni m i go.
Quem m e pari u?
Ò gúndát at úráp a, faç a com que m eus i ni m i gos c ai am um após o out ro e m at e -os em gra nde
quant i dad e. Eu não deveri a conhe cer qual quer i ni m i go ou qual quer oponent e.
Quem é um a pessoa m al favor eci da?
Um a pessoa m al favor eci da é aqu el a a quem a m ai ori a das pessoas ac redi t a est ar a rrui nad a e
el a ai nda pens a que é m uit o am ado. Em vent os fort es, pl ant a egbe e cai um a sobre as out ras;
de cert a form a, m eus i ni m i gos m orre rão um após out ro. El es nunca se aj udar ão m ut uam ent e;
os l a ga rt os m achos não aj udam uns aos out ros em um cu rt o espaço de t em po.
Fol h as de Ifá : Tr ac e o Odù Ogunda- Tur a no pó de ì rosù e i nvoque If á com o det erm i nado
a ci m a. Um a pequ ena porção do pó deve ser col oc ado no t opo da cabe ça e esf regado da t est a à
pa rt e inf ero- post eri or da cab eça. Is t o deve ser f ei t o pel a m anhã, à t ard e ou a noi t e at é o pó
a caba r. É par a ser ut i l iz ado apenas um a vez ao di a.
264
Or ácul o 208
Òtúrá-Egúntán
Esse Odù fal a da ne cessi dade de r em over energi as negat i vas do cl i ent e.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e ne cessi t a de puri fi ca ção par a rem ove r energi a
espi ri t ual ne gat i v a.
265
um a vi da m el hor. El e di sse que m i nha vi da seri a prósper a. É Ot ur a- Egunt an que que l ava
m i nha c abeç a de m anei ra que nenhum a m al di ç ão, m al edi c ênci a, fei t i ço ou en cant o m e a fet e.
Fol h as de Ifá : Quei m ar j unt o fol has ol usesaj u, i fen e eso. Mi st ure o pó com sabão- da- cost ae
col oque -o em um a caba ça. Jogue um pouco de pó de i yè - ì rosù sobre o sab ão, t rac e o odù sobr e
el e e i nvoque o en cant am ent o aci m a. Uti l iz ar par a t om ar banho.
Or ácul o 209
Ògúndáketè
Esse Odù fal a de doi s conc ei t os im port ant es: o pap el de El e gb ara (E s u) com o um
m ensa gei ro ent r e os ser es hum anos e Deus; e E gúngun ( anc est rai s) com o o cam i nho
dos ser es hum anos pa ra a suprem a ci a.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á sendo dom i nado por um a fem e a.
Os pesc adores não sabem em qual lu ga r o m ar obt em suas á gu as nem a ori gem da l ago a. Ist o
foi di vi nado pa ra El egbar a, a quem foi di t o que el es deve ri am supl i ca r a el e um a va ri edad e de
coi sas de m odo que el e ca rre ga sse seus sacri fí ci os para o C éu.
Orunm i l a pergunt ou com o El e gb ara conse gui ri a m ost ra r pa ra el es que os seus sacri fí ci os
t i nham al can çado o C éu. El egbar a di sse que qual quer um cuj o sacri fí ci o t enha si do ac ei t o
sab eri a por si só que el e foi ac ei t o. Quando as pessoas que nunc a ofer ece ram sac ri fí ci o
266
fi z erem um a ofert a, el es t êm que diz er: Meu sac ri fí ci o che gou ao m ar e à l agun a. El e se rá
a cei t o. Mas qual que r um que t enha ofe reci do sac ri fí ci o, e o sac ri fí ci o foi a cei t o, t em que
di z er: Meu sa cri fí ci o al can çou o C éu. Foi pedi do a El e gba ra que sac ri fi cass e de form a que as
pessoas do m undo o obedec essem .O sacri fí ci o: um a palm ei r a, um a corda de esc al ar, um gal o,
um òkét é e 66 000 búzi os. el e ouvi u e ac ei t ou.
S e nós desej am os m ent i r, nós pare ce rem os est a r a gi t ados. S e nós desej am os diz er a verd ade,
nós pare ce rem os est ar confo rt ávei s. Nós não podem os engan ar um ao out ro quando es t am os
c ara a c ara. Ist o foi di vi nado par a Ò gún, que est ava indo r eal i sar os rit uai s prescri t os pel a
I ya l od e nas ruas. Todas as m ul he res est avam cast i gando t odos os hom ens. Foi pedi do que
Ò gún sacri fi c asse um boné, um c ão, 14 000 e al gum as out ras coi sas desconhe ci das por não
i ni ci ados. El e sacri fi cou.
Depoi s di sso, o m i st é ri o de E gúngún e de out ros cul t os que cob rem as suas fa ces, c abe ças ou
co rpos i nt ei ros ti ve ram i ní ci o. As mul her es er am ant i gam ent e as cont rol ado ras dest e mi st éri o.
El as assust ar am os hom ens com el e e não obede cer am os hom ens mui t o. Os hom ens,
esp eci al m ent e Ògún, descob ri ram um m odo m el hor que o m odo das mul her es.
267
Or ácul o 210
Irete-Egúntán
Obse rva ção oci dent al : Desenvol vi m ent o espi ri t ual az -se é necess ári o para paz e
prospe ri dade.
268
Is t o foi di vi nado por Orunm il a ao r ei quedo el e est ava em desgra ça.
El e di sse que um ano de sort e est ava por vi r.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse um pom bo, um a gal i nha, um c am ar ão (ed e) e 2 000 búzi os.
El e sacri fi cou.
Or ácul o 211
Egúntán’sé
Esse Odù fal a para não c ast i gar pesso as por suas car act e rí st i c as fí si cas.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e m ar cha pel a t oque de seu própri o t am bor.
Ò gúndá ofend eu a ni n guém , Ò gúnd á não m achucou ni n guém . É proi bi do, não é bom cast i gar
Ò gúndá.
Is t o foi di vi nado pa ra Ol ówó,
a quem foi pedi do que ofer ecess e sac ri fí ci o par a não ser puni do durant e sua vi da.
O sacri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 44 000 búzi os.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Honr ai s e r espei t ai s os out ros; é m el hor deix ar o fi l ho de um hom em honrado im pune. Um a
á rvore é resp ei t ada por caus a de seus nós [de m adei ra] ; Ent ão t am bém é um resp ei t ado um
hom em al bi no por c ausa do Òrì sà. Vo cê deve t oda a honra mi m .
269
Or ácul o 212
Òsé-Egúntán
Obse rva ção oci dent al : Mudanças r ápi das em at i vi dades t em porai s i rão resul t ar em
ganhos.
270
Or ácul o 213
Ògúndá-Fú
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á se dep arando com al gum a esp éci e de di st ri bui ç ão
de heran ça ou cri an ças que sent em que os pai s não os est ão t rat ando i gu al m ent e.
Ò gúndá, dê o cont r at o ao dono. S e voc ê não der o cont r at o ao dono, tom al o- ei de t i à for ça e
bri ga rei , em bor a eu não t er adent rado à sua casa procur ando bri ga.
Is t o foi di vi nado pa ra um vi aj ant e que se hosped ari a na c asa de um hom em av aro. Foi pedi do
que el e of ere cesse sacri fí ci o par a que não perd esse seus pert enc es pa ra o pat r ão av aro.
O sac ri fí ci o: um a gal i nha, 12 000 búz i os e fol has de If á (pi l ar fol has de t agi ri e eesi n- war a e
um a quant i dade de sabão -da- cost a equi val ent e a 12 000 búzi os: col ocar em um c ant o da c asa e
ve rt er o sangu e da gal i nh a nel e; usa r par a banho).
Dê par a m im , eu não vou dá- l o a você. Nós não podem os lut ar em ci m a de cont as t odo o
c am i nho para O yo e at é que nós chegam os à cas a do Ol ofi n. S e nós l ut am os secr et am ent e, nós
dev em os fal a r a ve rdad e no di a em que a bri ga al can ça o rei ..
Is t o foi di vi nado pa ra o r ei quando um saco de cont as foi t raz i do por gu ardi ões e que m ai s
t ard e deci di ram enven ena r o propri et ári o das cont as de m odo que as m esm as fi cass em pa ra
el es.
Foi pedi do que sac ri fi cass e um pom bo e 2 000 búzi os.
A hi st óri a da quest ão: Havi a um hom em com doi s fi l hos. É um cost um e em nossa t erra que os
f am il i ar es não perm i t am aos fi l hos de um pai fal eci do t er qual quer coi sa for a do propri edade
do pai del es. P or est a r az ão, a f am íl i a do pai dos doi s fi l hos fal e ci do t om aram a propri ed ade e
a di vi di ram t ot al m ent e ent r e el es.
271
Est es doi s fi l hos roub aram um a bol sa de cont as e a m ant i veram escondi d a em al gum lu ga r, e
vend eram as val i osas cont as um a a um a. quando a bol sa fi cou quase vaz i a, e m ai s da m et ade
j á se fora, o fi l ho m ai s vel ho quis en ga na r seu i rm ão. El e l evou as cont as rest ant es ao rei para
cust ódi a e fal ou pa ra seu i rm ão que as cont as t i nham si do roubadas. Al ém di sso, o rei t am bém
est av a pensando em um m odo de m at ar o fi l ho m ai s vel ho de form a a poder m ant er as cont as
consi go.
Or ácul o 214
Òfún-Egúntán
272
Esse Odù fal a das consequ ênci as de se i gnor ar com port am ent o m oral e sacri fí ci o.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á envol vi do ou desej oso de um possí vel
r el aci onam ent o sex ual noci vo.
Osupaj erej ere, advi nho de Oni bar a, di vi nou para Oni ba ra, a quem foi pedi do que sacri fi casse
um ca rnei ro e 22 000 búzi os de modo que el e não ent rasse em probl em as por caus a de um a
m er et riz .
Oni ba ra não ofer ec eu o sac ri fí ci o.
El e pergunt ou que ti po de probl em a poderi a ofe re cer um a m eret ri z a el e, o l í der de um a
na ção?
A hi st ori a de Oni ba ra após el e t er re cusado sa cri fi c ar: No ano que Ifá foi consult ado para
Oni ba ra, um a mul her ch egou de um a t er ra l ongí qua pa ra desposa -l o. A m ul her foi prost i t ut a.
Vá ri as pess oas que a conhe ci am e aqu el as que ouvi r am f al ar sobre el a vi er am para pr eveni - lo
a não se c asar com el a. Oni bara sendo um rei , r egei t ou a advert ê ci a das pessoas. El e se
r ecusou a desprez a r a m ul her poi s el a er a m uit o boni t a. A im a gem dest a m ul her ocupou a
m ent e do rei de m anei ra que el e não er a capaz de repel i r ou m udar os pedi dos da mul he r. A
m ul her di sse ao r ei que não com i a out ra coi sa senão c arne, ent ão o rei m at ou t odas as aves,
c arnei ros e c apri nos que el e ti nha par a a causa da m ul her. Ent ão o rei com eçou a arm ar
a rapuc as par a as aves, c arn ei ros e c apri nos que pudessem ent r ar no seu pal áci o. Qu ando o
dono vi esse procur ar o anim al no di a segui nt e, o rei di ri a que el e l he est ava cham ando de
l adr ão. Mas quando não t i nha m ai s aves, c arnei ros e c apri nos na vi zi nhan ça, o rei pensou em
um a out rra m anei r a par a obt e r carn e para a m ul her. ent ão el e consegui u um fei t i ço com o qual
as pessoas se t ransform av am em t i gr es. Após i sso, o rei i a t oda m anhã at é os post es onde os
ani m ai s eram presos pa ra ao abat e e os l evavam dal i . C onsequent em ent e, as pessoas
com e ça ram se cansa ram com os horro res que o t i gr e est av a c ausando pel o assassí ni o de seus
ani m ai s dom ést i cos. Os c aç adores da viz i nhanç a fi z eram um a vi gi l i a e at i rar am no ti gr e.
Quando el e foi at i n gi do pel as fl ex as, fugi u e foi cai r na fr ent e da casa de Oni ba ra. Int o
oco rreu nas pri m ei ras horas da noit e à l uz da l ua. Quando am anhe ceu, Oni ba ra foi encont r ado
na pel e do t i gre; t odas as fac as que el e usou par a pe rfur ar as vít i m as est av am em suas m ãos e
o ani m al que el e havi a ab at i do est av a ao l ado del e. As pessoas se surp reend er am em ver que o
r ei del as t eve t al hábi t o rui m . Ent ão el as a char am um l uga r depress a para o ent er rar
se cret am ent e. El as l ev aram cabo da m ul her, a m at ar am , e a ent e rra ram na abóbada de Ob a.
Desd e est e t em po, se um t i gre é m ort o, sua fa ce é cobe rt a, e será l ev ado para um l u gar se cret o
273
ant es de ser esfol ado. Isso é por que um ti gr e é ch am ado de rei . P rové rbi o: Um ti gre, apesa r
de sua m al dade, pedi u par a as pesso as que não deix em sua fac e descob ert a.
Or ácul o 214
Òsá-Ká
Esse Odù prev ê um novo bebê e fal a da prot e ção do segredo de al guém .
Obse rva ção oci dent al : Um com ent á ri o sobr e um ant i go em pr egado pode caus ar
probl em a par a o cl i ent e.
274
Òsá c am i nha ao redor di vi nou par a um re cém - nasci do. Foi predi t o que el e seri a um
ap aix onado por vi aj ar pel o mundo quando el e fosse m ai s vel ho.
el es disse ram : Um sac ri fí ci o deve ser fei t o de m odo que el e possa t er um a habi t aç ão em t er ra
e possa est ar m ui t o bem .
O sacri fí ci o: um ca ram uj o, um ai ka (ani m al espe ci al do m at o), sab ão-da -cost a, 32 000 búz i os
e fol has de If á . As fol has de If á dev em ser m oi das e cozi das na sopa com ai ka ou ca ram uj o
pa ra o cl i ent e bebe r e as fol has de If á devem se r m ist urad as no sab ão-da -cost a.
P al avr as part i cul ar es torn a-se -ão públ i cas foi di vi nado por Ayéko gb ej e. Um con fi dent e est á
r evel ando segredos. Foi pedi do que sacri fi c asse para que não fiz esse coi sas ve rgonhosas em
se gr edo, e que seus se gr edos não fossem di vul gados.
O sac ri fí ci o: um car am uj o, az ei t e- de- dênde, banha de òri , um pom bo, 66 000 búzi os e fol has
de If á.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Or ácul o 216
Ìká-Sá
Obse rva ção oci d ent al : Confus ão em oci onal pode l evar a de ci sões peri gosas.
275
O sac ri fí ci o: quat ro c aram uj os, 8 000 búz i os e fol has de If á (woro e èso par a serem coz i das e
com i das com os car am uj os).
el e não sa cri fi cou.
O mundo é fri o. Nós est am os des can çando; pessoas fra cas deix am a ci dad e.
Is so foi di vi nado par a Jokoj e que desej ou des canç ar, el e dev eri a sac ri fi ca r pano branco, um
pom bo, um a ovel ha e 20 000 búzi os.
El e sacri fi cou.
El es f al ar am que el e est ari a usando verd e com o pano prot et or.
Or ácul o 217
Òsá-Òtúrúpòn
Obse rva ção oci d ent al : Esse é o m om ent o par a sa cri fi c ar a Ògún par a con cepç ão.
El a- não- car re ga -c ri anç a-em - suas-cost as foi di vi nado par a Òsá At i nusoj o,
a quem foi pedi do que sacri fi c asse de m odo a poder dar a l uz .
O sacri fí ci o: um a cabr a, um a gal i nha, 16 000 búz i os e fol has de If á .
El a se re cusou a sa cri fi c ar.
276
Òsá -Òt úrúpòn, Òsá-Òt úrúpòn
foi di vi nado pa ra a pel e de um ani m al .
el es disse ram que a pel e seri a saudável e vi veri a m ai s que qual quer out ro ani m al no m undo.
O sacri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha, obì e 44 000 búz i os.
A pel e sacri fi cou.
Or ácul o 218
Òtúrúpòn-Òsá
Obse rva ção oci d ent al : Um a nova cri anç a ou novas responsabi l i dades est ão cri ando um a
pr eocupa ção t em porári a.
277
El es di sser am que t odos os bebes nasci dos naquel e ano seri am ca rr egados nas cost as de suas
m ães enquant o est as fugi ri am de um a bat al ha.
As pessoas pergunt aram o que deveri am sac ri fi ca r e foi respondi do: az ei t e-de -dendê, ban anas
m adur as, banha de ori , fol has If en, fol has j okoj e, fol has woro e 42 000búz i os.
El es não sacri fi car am .
Or ácul o 219
Òsa-Òtúrá
Esse Odù fal a dos deuses f avore cendo aquel es que fal am a verd ade.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e con front ar um probl em a que el e vem evi t ando.
278
m i st ur e- o com eko e beba- o, ou col óque- o no az ei t e -de- denê e o com a, de modo que srá fá ci l
ser honest o e ve rdad ei rao.
C ant i ga de If á: Fal e a verd ade, di ga os fat os. F al e a verdad e, di ga os f at os. Aqu el es que fal am
a verdad e são aquel es a quem as dei d ades aux il i am .
Or ácul o 220
Òtúrá-Sá
Esse Odù fal a das consequ enci as de se fal har com os sacri fí ci os e da recom p ensa
daqu el es que faz em sac ri fi ci o.
Obse rva ção oci d ent al : O t em per am ent o do cl i ent e est á caus ando probl em as.
Eu não t enho m edo, eu não sou m edroso. Meu corpo é fres co. Is so foi di vi nado pa ra Ol ókun a
quem foi pedi do sacri fi car de m odo que seu corpo pudess es est ar sem pre fres co.
O sacri fí ci o: um a caba ça de az ei t e- de-dend ê, um a c abaç a de banha de ori , um a c abaç a de adi n,
um car am uj o, um a ovel ha, um pom bo, um carn ei ro, um a pedra -de- rai o, 44 000 búz i os e fol has
de If á.
El e sacri fi cou.
279
ni n guém se una à soci ed ade de a gbebom arú ( esses que foram ori ent ados à sacri fi c ar m as assi m
não proced er am ).
Or ácul o 221
Òsá-Retè
Esse Odù i ndi c a que a úni cas sol uç ão par a os probl em as corr ent es vem das dei dades.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e não est á r eceb endo suport e prát i co nem mor al de seu
com panh ei ro.
S e a pessoa que dorm e sozi nha dorm e m al , som ent e deus pode di spert a -l a.
Is so foi di vi nado pa ra um est r angei ro que est av a i ndo para o cam po (ej uj u) pa ra esp era r.
De form a que a consegui r al gu ém para l he aj uda r a l evar o f ardo em sua cab eç a, l he pedi r am
que sacri fi casse um a ave, 3 200 búz i os e fol has de If á (fol has ol usesaj u par a ser em
espr em i das em á gu a par a banho com sabão ).
El e ouvi u o cons el ho e sac ri fi cou.
O est ranho foi ao cam po e prep arou o seu fa rdo. El e ol hou para di rei t a e pa ra a esquerd a, par a
fr ent e e par a t rás, e não vi u ni ngu ém .
El e di sse, “Est e fardo é a gor a o f ardo de Deus. Ent ão, Efuful el e auxi l i a- m e a c arr egar est a
c arga em m i nha cab eç a, Efuful el e. Vo cê não sabe que aqu el es que não t êm pessoas deposi t a rão
sua confi anç a no S enhor t eu Deus? ”.
Or ácul o 222
280
Ìretè-Sá
Esse Odù fal a que prev eni r é m el hor que rem edi a r.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e pode se dep ara r com com pet i ç ão no seu
r el aci onam ent o am oroso.
Aquel e que gua rda cont r a mot i m não é um cov arde. As ab el has part i ram m as deix ar am o seu
f avo de m el ; as fo rm i gas sol dado part i r am e dei ch aram seus rem an esc ent es.
Is t o foi di vi nado para o povo da t er ra e no parai so quando ent ra ram em gue rra. Foi pedi do que
am bos sa cri fi c assem um j arro de m el e um a caba ça de eko. Apen as as pesso as do C éu
sa cri fi c aram ; as pessoas da t erra não.
A hi st óri a: As pesso as da t er ra fora para um a bat al ha com as pessoas do C éu, m as assi m que
ch egar am ao port ão do C éu, el es vi r am um pot e de eko m ist urado col m el . Não sabendo que
el e est av a mi st urado com veneno, el es beb eram a mi st ura, e t odos aqu el es que beber am
m orr eram al i m esm o. As pessoas do C éu m arch aram at é os port ões do out ro l ado do C éu e
en cont rar am corpos no ch ão. El es bat e ram em set e corpos com um a var a aos quat ro cant os da
c abana del es. El es m anda ra aquel es set e c arr egar em os corpos dos out ros m ort os pa ra l onge
do port ão.
Após os set e t er em car regado seus cam arad as para l on ge do port ão as pesso as do C éu
com e ça ram a cant ar e es carn ec er- l os vergonhos am ent e assi m : “Nós beb em os m el e não
com bat em os as pessoas do C éu; nós beb em os m el . Todos os povos pre gui çosos est ão em
bat al h a. Nós beb em os m el e não com b at em os as pessoas do C éu. Todos os povos pre gui çosos
est ão em bat al ha. Nós bebem os m el e não com bat em os as pessoas do C éu; nós beb em os m el ”.
At é hoj e, você não vê as pessoas na t err a car re ga ndo seus m ort os aqui e al i? Os mort os est ão
c arr egando os mort os.
281
El e sacri fi cou.
El es di sser am que Aduroj à -Aba yak o ven ceri a seus i ni mi gos.
Or ácul o 223
Òsá-Sé
282
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode se dep ara r rep ent i nam ent e com mudan ças em seu
servi ço ou t rab al ho.
Òsá não of endeu. Òs á não m a guou. A pessoa que pensam os t er nos ofendi do, não nos ofendeu.
Is t o foi di vi nado pa ra Ow a que est ava procur ando por um hom em com o se fosse um l adrão
m as na verdad e e ra inoc ent e.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse de m odo que Èsù não o im pul si onasse a acusa r fal s am ent e um
hom em i nocent e.
O sacri fí ci o: doi s pom bos, um a cab aça de i nham e pi l ado e t orrado (ewo ) e 4 400 búz i os.
Or ácul o 224
Òsé-Sá
Esse Odù fal a fal a de conci l i a ção em lu ga r de confront a ção para resol ver di sput as.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e est á num a di sput a — m ui t as vez es com o gov erno. O
pa gam ent o est á em ordem .
283
Òsé -S á foi di vi nado par a El é gb árá.
Foi pedi do a El é gbá rá que sac ri fi cass e de m odo a não m orra devi do a probl em as de t ri bunal .
O sacri fí ci o: pano, um obì de t rês gom os, az ei t e-de -dendê, 6 600 búz i os e fol has de If á .
El e ouvi u e sacri fi caou.
Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para el e. El es di sser am -l he: Òsé -S á obì nunca mor re em um
c aso com o t al ; El égbár á não mor rer á em um c aso.
Aki n (um a brava pesso a) est á associ ad a com o pri ncí pi o de “l ut a e esqui va ”. Isso foi di vi nado
pa ra Ol obahun Ìj a pá ( a t art aru ga ). Foi - lhe pedi do que sacri fi casse de m odo a não t er que l ut ar
e m orr er e perm an ece r respi t ado onde quer que fosse. O sacri fí ci o: oro gbo, sal , sem ent es a yo ,
um gal o e 3 200 búzi os. El e se gui u a ori ent a ção e sacri fi cou e foi -l he dado fol has de If á. El es
di sser am que as pal avr as de sua boca nunca i ri a abor reç er as pessoas do mundo. As pessoas
sem pr e procu rar ão por di nhei ro e sal . Qu ando nós vem os awun (um a t art a ruga) , nenhum
bast ão é ne cessá ri o.
Or ácul o 225
Òsá-Fú
Obse rva ção oci d ent al : C aos nas at i vi dades di ári as est á di st orc endo o j ul gam ent o do
cl i ent e.
Òrunm i l a di sse Òsá-F ú, Eu di sse Òsá- Fú. Nós est am os fugi ndo da pi c ada da cobr a. Nós
est am os fu gi ndo de m anei r a que o el efant e não nos pe gu e. Nós est am os fu gi ndo de m anei r a
que o búfal o (e fòn) não l ut e conosco. Nós est am os fu gi ndo de m anei ra que o fo go não nos
quei m e. Nós est am os fu gi ndo das dí vi das de m anei r a que as pesso as da t er ra não nos esca rne.
284
Nós est am os fugi ndo da propri ed ade de out ras pessoas par a não nos torn arm os l adrõ es, de
m odo que as pessoas de repent e não el evem suas voz es cont r a nós um di a. Nós est am os
fu gi ndo do am ul et o de m odo que sua pal avr a m á não nos afet e. Não há praz er par a aquel es
que di z em que não fugi rão de nada na t er ra.
Is so foi di vi nado pa ra os fil hos dos hom ens, que di sse ram vi r e sacri fi car de form a que el es
soubessem evi t ar t udo aqui l o que é èèwò (um at o proi bi do).
O sac ri fí ci o: dez essei s ca ram uj os, fol has om o, az ei t e-de -dendê, sal e 32 000 búz i os. Apen as
al guns del es sacri fi car am .
El es di sseram : Aquel es dent r e vocês que sac ri fi ca ram , t erão vi da l onga na t er ra e a t err a será
boa para vocês.
Oráculo 226
Òfún-Sá
Obse rva ção oci d ent al : Enquant o t udo pare ce bom no m om ent o, desast r e se aprox i m a.
Ot ooro! A Te rra gi ra em t orno de si no esp aço. Ogba ara ! A Terr a é rasgad a ex pondo seu
núcl eo. S e o m undo fi ca podre em nossa época, é porqu e nós j á não sabem os nos com port a r.
If á foi consul t ado par a os an ci ões de If è quando a sober ani a de If è assem el hava -se a um a
c abaç a r achado. Nós di ssem os: Quem nos aux i l i ará a rest au ra ri a a soberani a de If è t al qual
r epar am os um a cab aç a rach ada? Nós m andam os cham a r Ol ot a da ci dad e de Ado. El e vei o —
pode rosos sa cerdot e — m as nada pôde faz e r. Nós m and am os ch am ar Eri nm i da ci dad e de Owo.
285
el e vei o m as nada pôde f az er. Mesm o sendo Ado o domi cí l i o de If á e Owo o ass ent o da sábi a
Et u. Nós m andam os cham ar Ògún em Ir e a fi m de rest au rar a sobe rani a de If è . El e vei o m as
t ent ou em vão. OS hom ens t orna ra- se árvor es secas em suas raiz es, a chuv a se r ecusav a a cai r,
a fom e vei o; hom ens e ani m ai s pere cer am . El es cho rar am em desesp ero: Quem acab ari a com
nossa mi séri a e r est aura ri a o est ado perdi do de If è? . Um a voz di sse: Voc ês ai nda não
ch am ar am por Obal ufon em I yi n de, Láb éri j o em Ido , Ji gún rè em Ot unm oba, e Ese gb a, o Awo
de È gbá. Vo cês ai nda não m andar am cham ar Asada em Ij esa e Akódá e As èdá em Il e -If è par a
vi rem aj udar a rest au rar If è. Quando el es for am cham ados, el es vi er am e t ent at am , porém
f al haram . Foi t udo em vão.
. . .
Ent ão nós ch am am os pro Akoni l ogbon, nós envi am os em i ssári os a Af ’òn àhan ’ni . Nós
pro curam os o aux íl i o del es. El es vi eram e di sse ram pa ra nós ch am ar Ot ot o-en yi an, o sace rdot e
da ci dade Arufi n, par a el e vi r e soar a t robet a pa ra cham ar Al aj ó gun, cham ar por Ol ofi n m eu
senhor Àj àl á yé e m eu S enhor Àj àl órun e m eu S enhor A gi ri - Il ó gbón, a cri an ça nasci da na
m ont anha It ase, o l ugar de onde o sol nas ce. P oi s el e soz i nho pode r est aur ar If è. Ot ot o- en yi a n
( “o hom em per fei t o”) vei o. El e pergunt ou: P orque vocês m e cham a ram pa ra seu m undo? Nós
r espondem os: Vós podei s t oca r a t rom bet a par a cham ar Al áj ogun e que el e por sua vez cham e
o Che fe Úni co. Ot ot o-en yi an r ecusou- se di z endo: Eu não t ocar ei . Buscando des esper adam ent e
m udar deci são del e, nós di ssem os: O esqui l o não anunci a a vi nda do ji bói a? El e novam ent e se
r ecusou: Eu não toc arei a t rom bet a. Nós di ssem os: O sapo não procl am a a presen ça da ví bora?
El e não se rende ri a. Ai nda el e di sse: Eu não sopra rei .Foi ent ão que nós di ssem os a el e: A
286
gal i nhol a soz i nha procl am a o deus de m ar. O àl ùkò soz i nho anun ci a a deusa do ri o. O ol oburo
sozi nho anun ci a os ci dad ãos doe céu. Você soz i nho, do am anhe ce r de t em po, sem pr e ch am ou
Al áj o gun (o capi t ão das Host es Mi li t ar es do c éu).
A gor a, o Hom em P er fei t o respond eu. El e t om ou sua t rom bet a e t ocou. Os Gr andes do C éus
des cer am . O pâni co envol veu os fi l hos da Terr a. El ef ant es co rre ram pa ra suas casas nas
fl or est as. Bú fal os fu gi r am para a fl or est a. As aves al adas buscar am seu própri o hábi t at; os
r épt ei s, os poderosos ani m ai s da á gu a acel era ram às suas r egi õ es pel o m a r. Os cacho rros
for am di r et o pa ra a t err a dos ca chor ros, as ovel ha pa ra a t err a das ovel has, os ser es hum anos
pa ra o l u gar dos hum anos. C onfusão absol ut a rei nava; al guns ent rar am nas c asas err adas e
out ros se gui r am as di re ções e rrad as. Fo ram r asgadas roupas em fra gm ent os. O anci ão disse:
r ei na! Eu respondi : C aos rei na. Vo cê est á i ncom pl et o, eu est ou i ncom pl et o, at é m esm o os di as
do m ês l unar est ão i ncom pl et os.
El es di vi na ram par a o S enhor dos P oder es da Terr a. El es di vi naram par a os pode res do C éu e
pa ra m eu S enhor, o S enhor da P erfei t a S abedori a, a cri an ça nasci da na m ont anha de It a se, a
C asa do Al vore ce r. Foi el e quem di sse: S e r eal m ent e If è deve ser cu rada e r est abel e ci da,
dep ressa a fol ha de al asuw al u ( a fol ha que refo rm a o c arát e r do hom em , li m pa- o e puri fi c a-o)
dev e ser cul ti vad a. Ent ão e não ant es a paz ret orn ar á par a a t erra. Fr enet i c am ent e nós
busc am os a fol ha al asuwal u. Nós l evam os um a fol ha a el e. El e di sse: não é a fol ha. Nós
l evam os out ra fol ha a el e. Is so não é a fol ha. Ent ão, em com paix ão el e di sse a nós: Conf esse
sua m al dade que eu posso cobri r sua nudez . Dep ressa nós respondem os: Nós con fessam os
nossa m al dade, S enhor, cubr a nossa nudez . Ent ão el e m et eu sua m ão na bol sa de S abedo ri a
P ri m ordi al e t i rou a fol ha al asuw al u. Nós est áv am os l ado a l ado com al í vi o e com al e gri a. Nós
dan çam os.Nós nos r egoz i j am os. Nós c ant am os:
287
Naqu el e di a, a chuva cai u de céu. A sober ani a de If è foi renov ada, se re gen erou. Foi
r est abel e ci da a caba ça que ra chou.
Oráculo 227
Ìká-Òtúrúpòn
Esse Odù fal a da ne cessi dade de um rel a ci onam ent o espi ri t ual .
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e vem abri ndo m áo de um r el aci onam ent o que pode ri a
ser bené fi co.
A t art aru ga est á r ecol hendo o benefí ci o do cas co em sua part e de t rás. Ir e re t em um pei t o bem
gra nde. Um vel ho Ài rá ( redem oi nho de vent o) freqü ent em ent e co rt a o t opo da cop a de um a
á rvore i rókò. Iss o foi di vi nado para um a propri et á ri a de t err as que const rui u um a m ansão de
dez essei s quart os. foi pedi do que el a sac ri fi cass e de modo que el a pudesse encont r ar um a boa
e honest a pessoas que i ri a prot e ge - l a cont ra o roubo de sua propri ed ade, fat o que l he t rari a
gra nde dor. O sac ri fí ci o: dez essei s pom bos, doi s pat os, dez essei s car am uj os, 3 200 búzi os e
fol has de If á . A prop ri et ári a de t er ras se re cusou a sa cri fi c ar. El a di sse que não nec essi t ava de
um segu ran ça. Donde um l adr ão vi ri a roubar a sua propri ed ade com dez essei s qua rt os?
Obal ù fòn t ent ou desposa- l a e el a recusou. Ò gún t ent ou despos a-l a e el a re cusou. Orunm il a
t ent ou e el a recusou. A propri et ári a de t err as cost um av a dorm i r nos dez essei s quart os de m odo
que não pudesse ser c apt urad a por nenhum a pessoa m á. El a t am bém f echa ri a à noit e as port as
da c asa quando el a qui sesse dorm i r. No di a em que Orunm i l a est ava prep arado pa ra
env ergonh ar a m ul he r, com o i rofá em sua m ão e decl ara ções de If á em sua boca, O runm il a
ab ri u t odas as port as e che gou at é à m ul he r. Durant e t udo aquil o que Orunm i l a fez à casa e a
m ul her, ni ngu ém desp ert ou. El a ol hou o co rpo del a e vi u t udo aqui l o que t i nha si do fei t o a
el a, e el a não soube quem ti nha fei t o i st o. El a pergunt ou pa ra os vi gi l ant es da casa; el es só
pude ram lhe f al ar que el es t i nham dorm i do at é de m anhã. El a com andou par a todas as
288
c ri anç as da c asa del a sai r soando os si nos e j ura r naquel e hom em que ti nha vi ndo par a a casa
del a pa ra ex ecut ar t al ação m á durant e a noi t e. El es di sser am tudo que el es puderam , e rai o
t udo que que el es pude ram , m as el es não adqui ri r am ni ngu ém par a respond er a el es. Mui t o
c edo a m anhã que vem . Orunm i l a s ai u com os cam arad as del e, soa o si no e c ant a t husl y:
S wea rl i ng wi ll ki l l the swea rer - aw erep epe, swea ri ng wi ll ki l l the swea rer - aw er epepe, and
so on. quando a m ul her soube que er a Orunm i l a que ti nha t ent ado a casa r er a um a vez , el a o
ch am ou e l he f al ou que el e só poderi a ser o m ari do e ent ão el e dev e, venha par a a casa del a.
O si gni fi c ado dest e If á: S e est e If á é di vi ned durant e o gbi gbo- ri ou esent a ye de um a m eni na,
pa ra o pai deve ri a ser fal ado que a m eni na dev e ser a esposa de um babal a wo. El a se rá
próspe ra, e est ar t ranqüi l o em vi da, a deix e si do dado a um babal awo.
289
Oráculo 228
Òtúrúpòn-Ká
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á preo cupado com doença.
Aum ent o na cas a, aum ent o m ai or na faz end a foi di vi nado par a Òt ú.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse; suas esposas en gr avi dar am e os f rut os das árvo res de sua ro ça
de ram bons frut os em gr ande quant i dade.
O sacri fí ci o: um a banana, bast ant e obì , bast ant e orogbo, ar ei a e fol has de If á.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou t odos os ít ens.
Osan ge de gb e b’okunri n- j á di vi nou para Dej ugbe Okunrunt agobol e, Awuwol ap a. El es di sser am
que se Dej u gbe desej ass e que seu bra ço fosse curado, el e dev eri a sacri fi car doi s pom bos, duas
gal i nhas, 8 000 búzi os e fol has de Ifá (t ri t urar fol has i t apà ra mi st ura r com sab ão-da -cost a e
az ei t e- de- dendê; esf re ga r no co rpo).
El e segui u a i nst ru ção e sac ri fi cou.
Oráculo 229
290
Ìká-Òtúrá
Obse rva ção oci d ent al : A sort e do cl i ent e est á a pont o de m udar de m á par a boa sort e.
Ìk á m e em pur rou; Eu nunca c aí . Ìk á est á envi ando m al es pa ra m i nha c asa; mi nha c asa não
di spersou. Todas as coi sas boas est avam acum ul and as. Ist o foi di vi nado par a Orunm i l a. El es
di sser am que o mot i m cont r a Orunm il a se ri a mot i vo de ve rgonha. Foi pedi do que el e
sa cri fi c asse sei s pom bos, 12 000 búz i os, pi m ent a-da -cost a e fol has de If á (t orr ar fol has kuti ,
fol has it o e pi m ent a -da- cost a t udo j unt o; m i st urar com sabão- da- cost a. Usa r par a banho).
El e sacri fi cou.
Ìk á -Òt úr á, O a cum ul ador, o r euni dor, aux i li a -m e a j unt a r di nhei ro, aux il i a- m e a r euni r
esposas, aux i l i a-m e a t er m ui t os fil hos. Venha e reun a t oda as coi sas boas em m i nha vi da.
Fol h as de Ifá : Tr aç ar o Odù Ìk à- Òt úrá no Ìr osù; i nvoque com o m ost rado aci m a sobre o pó;
usar par a m ar car a c abeç a ou col oc ar no az ei t e e com e r.
Oráculo 230
Òtúrá-Ká
Esse Odù fal a de di spersa r nossos i nim i gos par a gar ant i r nossa prosp eri dade.
291
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa ser l i m po espi ri t ualm ent e das en ergi as
ne gat i v as.
292
Oráculo 231
Ìká-Ìretè
Esse Odù fal a de a gi r indep endent em ent e par a gar ant i r prosp eri dade.
Obse rva ção oci d ent al : Um novo negóci o não deve envol ver um a soci edade.
293
Ìk á -Ìre t è foi di vi nado para Awofusi .
El es di sser am que em qual quer l u gar que el e fosse, boas coi sas est a ri am em su cam i nho.
Foi - l he pedi do que sac ri fi cass e um pom bo, um a ga l i nha, 12 000 búz i os e fol has de If á (t orra r
a c abeç a de um a cob ra [ oká] com ol usesaj u e fol has èso; m i st ure o pó com sabão- da-cost a;
usar par a banho).
El e sacri fi cou.
Oráculo 232
Ìretè-Ká
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e i rá t ri unfar num a di sput a corr ent e (at ual ).
294
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Ìr e t è- Ká foi di vi nado para o rei de Beni n, À gbÀ Il e si Adaket e -pem pe pari akun.
El es di sser am que o r ei de B eni n est ari a apt o à gov erna r o seu paí s.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse um a cord a de es cal a r fei t a de pal m ei r a e 24 000 búz i os.
El e sacri fi cou.
Oráculo 233
Ìká-Sé
Obse rva ção oci d ent al : Mudanças em oci onai s est ão causando resul t ados m at e ri ai s
ne gat i vos.
295
233 – 2 ( Tradu ção do verso)
El es est av am acus ando f al sam ent e um hom em que era inoc ent e de qual quer cri m e. D epoi s de
m ui t o t em po, o vi n gador l evari am vi ngan ça nesses que acusou um hom em i nocent e
f al sam ent e.
Is t o foi di vi nado para Ol abosi po, a quem as pesso as ol hav am vi am com o sendo um hom em
m ui t o cruel . F oi -l he pedi do que sacri fi casse form a que seus i ni mi gos pudessem ser pê gos
pel as forç as da t erra.
O sagri fí ci o: cas ca de ca roço de dendê, nove pom bos, um gal o e dez oi t o mi l búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Oráculo 234
Òsé-Ká
Est e Odù fal a do cont rol e das di fi cul d ades e vit óri as sobre os i ni mi gos.
Obse rva ção oci d ent al : Há um a possí vel am e aç a l e gal pa ra o cl i ent e de associ açõ es ou
ne gó ci os do passado.
296
Òsé superando o m undo foi di vi nado para Orunm i l a. El es di sser am que Orunm i l a ven ce ri a
t odos seus i nim i gos por t odo o m undo.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse um c arn ei ro, um a ped ra- de- rai o e 22 000 búz i os.
Oráculo 235
Ìká-Fú
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em e est ar em oci onal m ent e " ab ert o" (ou ex post o).
Ìk á -Fú foi di vi nado pa ra a t art a ruga, a qual foi pedi do que sacri fi casse de e m anei ra que seus
dev edores pagassem o di nhei ro q l he devi am .
297
O sacri fí ci o: um pom bo, 2 000 búz i os e fol has de If á ( esfr egar a t est a com fol has bran cas
e esi n; as fol has dev em ser torr adas com pim ent a -da -cost a e usadas para m asrc ar a cab eça;
gua rde o pr epar ado em um a ado e cubra -a com t eci do et u; uti l iz a r quando fo r cobr ar o
di nhei ro de um devedor ).
Oráculo 236
Òfún-Ká
Esse Odù fal a do fi m de di fi cul dades fi nanc ei ras e o com eço de pro em i nênci a.
Obse rva ção oci dent al : O t rab al ho do cl i ent e ou sua c arr ei ra est á a pont o de m el hor ar
si gni fi cam ent e.
Ò gún di fundi u coi sas boas foi di vi nado par a Orunm i l a o prí nci pe que est ava sof rendo com a
pobr ez a.
El es di sseram que Orunm i l a rec eberi a di nhei ro m as que deve ri a sacri fi car um pom bo, obì em
abund ânci a (par a ser em di st ri buí dos com o pr esent es), az ei t e-de -dendê e 32 000 búz i os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou. O az ei t e deve ser vert i do sobr e Èsù. O cl i ent e deve
ado rnar sua cab eç a com o pom bo após t om ar banho e col ocar um a boa roup a).
Òfún -Ká foi di vi nado par a Dek asi (o hom em que o r ei não qui s re conhe cer ), a quem foi dit o
que deveri a ocupa r o t rono de seu pai .
Foi - l he pedi do que sacri fi casse sei s pom bos, 12 000 búz i os e fol has de If á.
El e sacri fi cou.
298
Oráculo 237
Òtúrúpòn-Túrá
Esse Odù fal a do est abel e ci m ent o da ord em e da im port ân ci a (ou si gni fi cado ) dos di as
da sem ana.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e dev e pl anej ar suas a ções de acordo com di as
f avoráv ei s nos Odù.
Al akon eri ( “um sonho não t em nenhum a t est em unh a”), o advi nho de Al ár á.
Um a pessoa não se com port a i m paci ent em ent e e im pl ora aos pés de out ro hom em para pa rar
com sua im pa ci êci a.
Est a foi a base de adi vi nhaç ão pa ra O runm il a que i a i m pl orar luz do di a (sol ) pa ra
Ol odunm ar e (D eus) de form a que el e pudesse t er poder sobre o sol .
Foi - l he di t o que sac ri fi cass e dez essei s c aram uj os, dez essei s gal i nhas, dez essei s cab ras e 32
000 búzi os.
Orunm i l a obedec eu e sacri fi cou.
Ent ão Ol odum a re di sse que não l he pode ri a da r o cont rol e sobre a l uz do di a, porém o
dei x ari a conh ec er os nom es dos di as e as coi sas que est ão m ai s de acordo par a re al iz ar nel es.
Est es quat ro di as são os di as ut i li z ados par a cul t uar t odos os Ò rì sà nas t er ras Yorubas: Ij e bu,
È gbá e assi m por di ant e. Ent ão, há quat ro di as na sem an a. Mas nossos pai s di zi am que el es
299
cul t uav am seus Òrì sà t odo qui nt o di a; são os quat ro di as que el es cham ar am de ci nco. P ara
uni fi ca r os di as dos Òrì sà, os di as de m er cado de t oda a t erra ou ci dades m enci on adas de Il é -
If è são quat ro di as que per faz um a sem an a. Em out ro arr anj o, nossos pai s t êm out ros set e di as
com os seus si gni fi cados:
Oj ó Ài kú — O di a da i m ort al i dade.
Oj ó Aj é — O di a da deusa das ri quez as.
Oj ó Is é gun — O di a da vit óri a.
Oj ó’ rú — O di a de abri r a port a e sai r.
Oj ó’bo — O di a do ret orno do sol em seu curso norm al .
Oj ó Et i — O di a das di fi cul d ades ou di sput a.
Oj ó Aba- (Eem o) — O di a dos t rês desej os ou o di a das t rês m aravi l has.
S ai ba poi s que só um Òrì sà t em um di a com seu nom e dent ro dess es set e di as. Est e é Aj é (a
deus a das ri quez as). O runm il a não cri ou est es set e di as para cul t uar qual qu er Òrì sà. El e os
c ri ou com a fi nal i dade de observ ar m at ri m ôni os e ani vers ári os, para com e ça r um negóci o ou
pa ara se m udar para um a cas a nova, e assi m por di ant e. Os di as da sem an a dos Òrì sà est ão em
um ci cl o dent ro dest es di as em favor de observ ânci a im port ant e de t udo que pode acont e ce r no
di a do Ò rì sà. Vi nt e e oit o di as, que form am sem an as de set e di as dos Òrì sà, form am um m ês.
Oráculo 238
300
Òtúrá-Tutu
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode t er probl em as de subst ânci a -abuso.
Az ei t e- de-dend ê separ adam ent e, t e ci do br anco sepa radam ent e, foi di vi nado para Ob at al a
Òse er è-Igbo quando el e est ava chegando de Ìr à nj e (C éu) pa ra ser ent ron ado no m undo.
Di sser am -l he que sac ri fi casse um pano de envolt ur a bran co, um ca ra col e vi nt e m il búz i os.
Lh e l he acons el har am que não bebesse vi nho de pal m a nad a. El e obed eceu e sa cri fi cou a m ei o
c am i nho. Di sse ram - lhe que se vesti ss e em pano br anco que é a vest im ent a do Òrì sà. Disse ram -
l he que usasse i st o no m undo. El e usou o pano bran co, m as el e não at endeu a adve rt ênci a
cont r a vi nho de pal m a. El e se em beb edou e dendê espi rrou -l he nas roupas del e. El e ent ão
fi nal m ent e sacri fi cou um ca racol e com ve rgonha jurou nunca m ais beb er vi nhos.
Not a: P ar a qual que r um quem est e é di vi nado em sua i ni ci aç ão, t em que se pri var t ot al m ent e
de ál cool .
301
Oráculo 239
Òtúrúpòn-Retè
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sa cri fí ci o com a fi nal i dade de evi t ar doenç a e
i ni mi gos.
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e ne cessi t a de est rat é gi a e pl an ej am ent o para al c anç ar o
suc esso.
302
239 – 1 ( Tradu ção do verso)
Oráculo 240
Ìretè-Tutu
Esse Odù fal a da ne cessi dade de obed ece r a aut ori dade e sac ri fi ca r de form a a t er
m ui t os fi l hos.
Obse rva ção oci d ent al : a pal av ra ou i déi as do cl i ent e ser ão consi de radas seri am ent e.
303
El es f al ar am par a sac ri fi ca r de m anei ra que el as ti vessem ui t os fi l hos no mundo.
O sacri fí ci o: duas gal i nh as, duas c abras, e 32 000 búzi os.
El es ouvi ram e sac ri fi ca ram .
A grand e serp ent e (ok á) vi ve na cas a do pai e t em sua própri a peçonh a em sua boca.
Er e vi ve na casa do pai e t em sua própri a vendit a (owun).
A honra dada ao el ef ant e é a r az ão de que, em bora não al t o, el e t em um a boca lon ga.
E yo é a qual i dad e de m ari wo (fol ha ge m j ovem de pal m ei r a).
Is t o foi di vi nado pa ra Ob at al a Òs eer e- i gbó que i a se sent a r em um l ugar e ser ali m ent ado
pel os quat ro cent os Irú nm al è.
El e di sse que se desse par a qual que r um del es um a ord em que não fosse obed eci da, el es i ri am
t odos j unt os quest i ona -l o.
El e sacri fi cou um gal o, vi nt e mi l búz i os e fol has de If á .
Oráculo 241
Òtúrúpòn-Sé
Obse rva ção oci dent al : O cl i ent e ne cessi t a rel ax ar e expe ri m ent ar praz e res posit i vos,
i nocent es.
O mundo não é doce o bast ant e para vi ver pr a sem pre nel e. S ó um a cri ança diz que o mundo é
a gr adáv el .
Is t o foi di vi nado pa ra O runm il a e par a as pessoas.
Foi - l he pedi do que sacri fi casse de m anei r a que o mundo fosse agra dável aos ser es hum anos.
O sacri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha d’An gol a, m el e 42 000 búz i os.
304
Orunm i l a di sse que se el es não fi z essem por si m esm os, com o poderi am el es conhec er a
al e gri a do m undo? “ Um a c ri anç a com e aqui l o que ganha, em bora o pai da c ri anç a t enha que
ganh ar pri m ei ro para que a cri an ça com a”.
Orunm i l a obedecu e sac ri fi cou.
Ent ão os se res hum anos foram ori ent ados a sa cri fi c arem por sua vez . Apenas al guns poucos
sa cri fi c aram . Aquel es que sac ri fi ca ram t i ver am um a vi da a gr adáv el .
Òt úrúpòn- S é foi di vi nado par a a árvor e j ewe re, que t eve um beb ê. El es di sser am que t ant o a
m ãe quant o o bebê par asari am por pri vaçõ es. S e el es não qui sesse pad ec er, dev eri am
sa cri fi c ar sei s pom bos, sei s gal i nhas, 12 000 búz i os e fol has de If á . A á rvore j ew er e é o nom e
pel o qual cham am os as pi m ent ei r a.
El a não sac ri fi cou.
Oráculo 242
Òsé-Òtúrúpòn
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e est á envol vi do em um rel a ci onam ent o sem ven cedor es.
305
El es di sser am que um hom em que el a est ava a pont o de desposar i ri a deix a- l a pobre e i a faz e -
l a sof rer, em bora el a est i vesse gr ávi da.
Foi pedi do que el a sacri fi casse para se pr eveni r cont ra i sso.
Foi - l he di t o que sacri fi c asse doi s c aram uj os, t eci do et u, um pot e de az ei t e- de-dend ê e 18 000
búzi os. El es di sser am : “Doi s c aram uj os nunc a di sput am ”.
El a não sac ri fi cou.
El a di sse, “Voc ê di sse que eu t erei fi l hos. Is so é o bast ant e ".
Oráculo 243
Òtúrúpòn-Fún
Obse rva ção oci dent al : A vi da do cl i ent e est á repl et a de boa sort e, m onet ari am ent e e
em oci on al m ent e.
306
El es di sser am que o prop ri et ári o r ec eberi a l ogo um a est ranh a, um a m ul her em l act aç ão.
Foi - l he di t o que sac ri fi cass e de m an ei ra que el e adent rass e à sua cas a com bons pés (so rt e).
O sacri fí ci o: doi s pom bos e 44 000 búzi os.
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Oráculo 244
Òfún-Òtúrúpòn
Esse Odù fal a da fe rt i li dad e e da ne cessi dad e de sacri fí ci o par a se evi t ar disput as em
r el aci onam ent os.
Obse rva ção oci dent al : C ri an ças i rão t raz er al e gri a, m as um rel a ci onam ent o preci sa de
aj uda.
Òfún -Òt úrúpòn foi di vi nado par a Obat al a Òse erè -i gbó, a quem foi di t o que t eri a m ui t os
fi l hos.
O mundo i nt ei ro vi ri a im pl orar as cri anças del a.
Mai s à frent e foi -l he di t o que el a seri a l ouvada por est as cri anças.
Obat al a di sse, “ Orunm i l a os t rei nar á”.
Foi - l he di t o que sac ri fi cass e de m odo que Orunm il a pudesse est ar f el iz com seu t rabal ho.
El a sacri fi cou m el , sal , vári os pom bos e 42 000 búz i os.
Òfún -Òt úrúpòn foi di vi nado para um a m ul he r que est ava pro curando por um m ari do.
El es di sseram que o hom em que el a est ava i ndo despos ar a surra ri a const ant em ent e se el a não
sa cri fi c asse um ai ka, doi s c aram uj os (Doi s car am uj os nunca bri gam ent re si ) e 32 000 búzi os.
El a ouvi u as pal avras m as não sa cri fi cou, di z endo que seu m ari do e ra m ui t o boni t o par a bri ga r
com ni n guém . Um a pessoa boni t a não bri ga ou sua bel ez a ser á di st rui da.
307
Oráculo 245
Òtúrá-Retè
Òrú rá- R et è l evant e -se novam ent e. S e voc ê nasc e, t ent e ge ra r a si m esm o novam ent e.
Òrú rá- R et è, Am uwon,Am uwon, aqu el e que conhec e a mode ra ção nunc a c ai rá em desgra ça.
Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão?
Orunm i l a di z: Aquel e que est á t rabal hando.
Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão?
Orunm i l a di z: Aquel e que não desperdi ç ar á seu di nhei ro.
Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão?
Orunm i l a di z: Aquel e que não rouba.
Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão?
Orunm i l a di z: Aquel e que não t em dí vi das.
Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão?
Orunm i l a di z: Aquel e que nunc a bebe al cool , aqu el e que nunca queb ra sua pal avr a com os
am i gos. Òrú rá- R et è, aquel e que l ev ant a bem c edo e m edit a em suas at i vi dades! Ent re os
espi nhos e cardos, a j ovem fol hagem de pal m a cres cer á, Joworo nunca usar á todo o seu
di nhei ro, j okoj e nunca cont rai r á dí vi das. S e Eesan deve m ui t o di nhei ro, el e pagar á a dí vi da.
Am uwon é o am eso ( aquel e que t em senso do que é cor ret o).
Fol h as de Ifá : Moer fol has de j owóro, èso e j okoj e j unt os e mi st ura r com sab ão-da -cost a no
val or do preço de 120 ou 200 búz i os.C ol oque nove búzi os um a um no sabão. Trac e o Odù
Òt úr á-R et è em i yè -ì rosù sobr e o sabão na c abaç a. B anha r- se com el e.
308
Òrú rá- R et è foi di vi nado par a Ewi na ci dade Ado. El e foi re cent em ent e ent ronado rei .
El es di sser am : S e Ewi pode sac ri fi ca r, não haver á gue rra ou desent endi m ent os dur ant e o seu
r ei nado.
O sacri fí ci o: duas gal i nh as d’An gol a e doi s ou quat ro pom bos (br ancos).
El e segui u a ori ent a ção e sac ri fi cou.
Oráculo 246
309
Ìretè-Túrá
Esse Odù fal a da i ncant a ção nec essári a para evi t ar si t uaçõ es (prox im as da m ort e).
Obse rva ção oci d ent al : Esse Odù of ere ce um a sol uç ão pa ra doen ça/ en ferm i dad e.
Oráculo 247
Òtúrá-Sé
310
Obse rva ção oci d ent al : Mudanças em oci onai s dev em ser t rat adas cui d adosam ent e.
Òsé os prej udi cou foi di vi nado para as pessoas da ci dad e de O yo. Foi pedi do que el es
sa cri fi c assem um cest o de esuru, sabão, um c arnei ro, um pom bo, um a gal i nh a e 20 000 búz i os.
El es sa cri fi c aram tudo. El es não sofr eram m asi i nfort úni os. Òsé não m ai s os prej udi cou. O
sab ão l avaou todos os seus probl em as.
Òsé os prej udi cou seri am ent e foi di vi nado para par a el es quando Iku m i j a foi si ti a r a ci d ade de
E yó. Foi -l hes pedi do que sacri fi cassem nove cab ri t os e 180 000 búzi os.
El es não sacri fi car am .
Oráculo 248
Òsétúrá
Obse rva ção oci d ent al : Nada acont e ce sem a aj uda de Èsú.
311
Enc ant am ent o:
Akak ani ka, Akak ani ka, Al akak ani ka, Al apasap a- ij ak a’l u.
um pássa ro voa vi ol ent am ent e par a dent ro da cas a.
Akak ani ka é o nom e dado a If á .
Al ak akani ka é o nom e dado aos Odù.
Al ap asapa -i j aka’l u é o nome dado a Èsú- Òdàr à.
um pássa ro voa vi ol ent am ent e par a dent ro da cas a, é o nom e dado à Aj é,
o fi l ho de Ol ókun-sande, o rei das á gu as abund ant es, Ò gò- Owoni .
Èsú- Òdàr à, t u fundast e est a ci dad e.
Tu li vr ast e os babal áwo da ci dade da fom e.
Tu li vr ast e os os m édi cos da ci dade da fom e, e o m esm o fiz est es com os herb al ist as.
Eu sou o bab al áwo da ci dade.
Eu sou o m édi co da ci dad e.
Eu sou o he rbal i st a da ci d ade.
Èsú- Òdàr à, não dei x ai que eu passe fom e.
Fol h as de Ifá : P egu e um a fol has de abam od a, arei a de um a l oj a de f err ei ro, efun e osùn.
Marqu e o Odù Òset úr á na fol ha de abam oda. Mi st ur e efun com a a rei a da l oj a de fer rei ro,
m arqu e o Odù Òs é e osùn com a ar ei a e m arque Òt úrá na fol ha de abam oda. P art a um obì de
quat ro gom os. Ut i l iz e set e grãos de at a are e um gom o de obì par a i nvoca arna fol ha de
ab am oda di ári am ent e, com o a ci m a. pendur e a fol ha com l i nhas br ancas e pret as na c asa.
312
Adubul ef ’ agad a i de j u’r a. Ol owu Odu ru . . ., t u dest e Ol of a-Ari nni l u Ayi nki nni bo om o l ’enu,
e assim por di ant e. Oh! Jal a, dê- m e; Èsù-Òdà rà, dê-m e; B ar a-P et u, dê- m e coi sas boas.
Fol h as de Ifá : Tr ac e o Odù Òsét úrá no i yè - ì rosù em fi no ól eo e l am ber o dedo m édi o. Todas as
coi sas boas vi rão a ti . Hon ra e respei t o est a rão cont i go at ravés dos anos quando você usa r
esse enc ant am ent o.
Oráculo 249
Òtúrá-Fún
Esse Odù fal a de boa sort e i mi nent e se o cl i ent e evi t ar m aus at os.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e r esi st i r à prát i ca de adul t é ri o.
Òt úr á dá. Òt úr á com prou pra el e foi di vi nado par a Ol új i mi Um a pessoa i m port ant e i rá nos
con cede r boas coi sas. Foi - lhe pedi do que sa cri fi c asse, pa ra a fort una da deus as do di nhei ro
est a r à m ão.
O sacri fí ci o: um t eci do br anco, i fere (sem ent e ), doi s pom bos brancos e 2 000 búzi os.
El e ouvi u e sacri fi cou.
Foi - l he di t o que não com et esse adul t é ri o.
313
249 – 2 ( Tradu ção do verso)
Oráculo 250
Òfún-Túrá
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sa cri fí ci o pa ra est abi li z ar um rel aci onam ent o.
Obse rva ção oci dent al : C asam ent o com at ual par cei ro do cl i ent e é apropri ado e
ben éfi co.
Òfún provou az ei t e, Òfún der rubou ol el e (bol o fei t o de fei j ão) no sal . Òfún pro curou por
t odas as coi sas agrad ávei s para com er. Is t o foi di vi nado par a Èsù-Òdàr à que i a despos ar Epo
( az ei t e -de- dendê ). Foi -l he acons el hado a sacri fi c ar de m odo que el es nunc a se sep arass em . O
sa cri fí ci o: t rês gal os e 6 000 búzi os.
El e sacri fi cou.
314
Ar er em are, A rer em ar e foi di vi nado par a Ol ówu.
El es di sser am que t udo i a t ão bem para Ol ówu que el e deve ri a sa cri fi c ar de m anei ra a t orna r- se
um hom em do cam po.
O sacri fí ci o: t rês carn ei ros, t rês enx ad a, t rês foi c es e 6 000 búz i os.
El e sacri fi cou.
Oráculo 251
Ìretè-Sé
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sa cri fí ci o pa ra evit a r fei t i ç ari a e t odos as out ras
en ergi as negat i vas.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e se depar a com um con fl it o gove rnam ent al ou em sua
soci ed ade.
315
251 – 2 ( Tradu ção do verso)
Ij al a, Ij al a, Ij a l a.
Al a ge re -i de, Al ager e- i de, Al a ge re -i de.
Owo roni koko, Oworoni koko, Owo roni koko.
Ondes e é sua m ãe. Quando el es desce ram em duas coi sas col ossai s, Ol odunm are est ab el ec eu a
r egra que duas coi sas col ossai s não c aem um a sobre a out r a. O beb ê t art a ruga não se gue a
t art a ruga de m ãe; O bebÊ c aram uj o não segue a m ãe car am uj o; o beb ê serp ent e não segue a
m ãe serpent e; e assi m por di ant e. Um hom em mort o de If á não a fet a o fi l ho de out ro hom em .
Que t oda fei t i ça ri a l an çada sobre mi m sej am i naf et i va.
Fol h as de Ifá : Tom e um a t art aru ga , um ca ram uj o, um a cob ra, a cas ca de duas árvo res Iro ko e
If á okú (m ort o de If á ). Torra r t uodos os el em ent os j unt os e m ant er o pó em um ado. P egu e
um a pequ ena porção na oc asi ão e t race o Odù Ir u- Ekùn (Odù Ìr et è-S é) nel e, e reci t e o
en cant am ent o um pouco ant es de m i st ur ar com dendê e l am be- lo. Tam bém pode ser usado
com o un güent o para esfr egar no corpo. Um pouco del e pode ser dado par a out ra pessoa usa r.
Est e If á é um a pre cau ção cont ra f ei ti ç ari a.
316
Oráculo 252
Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé
Esse Odù fal a de boa fort una pa ra di nhei ro, respei t o e i nfl uenci a.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev eri a proced er confi den ci al m ent e com pe rspect i vas
e rel a ci onam ent os.
317
252 – 2a (Tr aduç ão do verso )
318
Oráculo 253
Ìretè-Òfún
Obse rva ção oci d ent al : Os negóci os do cl i ent e ou seu t rab al ho i rão c resc er.
Oráculo 254
319
Òfún-Retè
Esse Odù fal a da ne cessi dade de sa cri fí ci o pa ra obt e r resp ei t o e prot eç ão.
Obse rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci sa quebra r um a si t uaç ão e se r m ai s seguro.
Oráculo 255
Òséfú
Esse Odù fal a da habi l i dade de If á em r esol ver todos os probl em as.
320
Obse rva ção oci d ent al : Qual quer que sej a o probl em a do cli ent e, exi st e um a sol ução.
Orunm i l a di sse Arol e, Eu di sse Arol e, foi di vi nado par a um as c ri anci nhas que se di ri gi am pa ra
o m undo que est av am sendo m and ados de vol t a pel o port ei ro e m orr endo com o beb ês.
el es pergut a ram a raz ão.
Is t o porqu e não esp eram por Orunm i l a. Orunm i l a questi onou doi s del es (um m eni no e a out ra
m eni na). diz endo, “P or quem vocês esper am? ”.
El es di sser am , “P or Orunm i l a ”.
321
El e di sse, “Bom , ent ão si gam -m e”. Ent ão el esse gui r am Orunm i l a at é o port ão, é o port ei ro
qui s m anda- l os de volt a. Orunm i l a i nt erc edeu e pa gou 240 búz i os por cad a um del es. Est a é a
quant i a que nós pagam os hoj e em res gat e par a um bebê re cém - nasci do.
Oráculo 256
Òfún-Sé
Obse rva ção oci d ent al : Aquel es que est ão t ent ando i m pedi r o pro gr esso do cl i ent e i rão
sofr er.
322
Òfún -S é foi di vi nado par a o eni m ani da ci dade de Osó.
Foi - l he pedi do um sac ri fí ci o de modo que suas pri m ei ras possessõ es não foss em perdi dad as..
O sacri fí ci o: um a t art aru ga, um car am uj o, 66 000 búz i os e fol has de If á .
El e não sac ri fi cou.
323