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DA SITUAÇÃO FÁTICA:
De todo certo, por se tratar de Empresa idônea que sempre honrou, e honra, com seus
pagamentos com a Requerida, pois que é serviço essencial ao desenvolvimento regular
de suas atividades comerciais.
Ocorre Exa. Que este valor de R$ 26.068,33 cobrado em relação à conta do mês de
dezembro de 2013 é totalmente indevido uma vez que não existiu esse consumo pela
Requerente, conforme contrato de locação a empresa autora so passou a funcionar na
localidade em outubro de 2014, e todas as contas encontram-se devidamente pagas,
conforme anexo, e PASMEM!!!ao se dirigir a ao posto da CELPE para obter
explicações referente a essa cobrança absurda, a Requerente, ainda recebeu a explicação
de que poderia ter havido uma inspeção anterior a locação do imóvel pela Requerente e
que constataram um desvio de energia.
Ora Exa. que ABSURDO como a CELPE pode aleatoriamente impor sansão através de
corte abrupto da energia de um estabelecimento que trabalha com 100% de alimentos
perecíveis e de forma irresponsável e unilateral sem nenhum conhecimento da
Requerente agi com seu poder de império, não levando em conta o prejuízo moral e
material irreparável imputado a empresa autora.
Não se pode aceitar tamanho absurdo, tamanha imposição, e para isto, é preciso uma
medida urgente, no sentido de restabelecer o fornecimento de energia elétrica, nas
instalações da Requerida através da presente ação com pedido liminar.
Com referência a ação da ré, cumpre registrar que, em momento algum, a diligência
operada por seus prepostos no imóvel do autor foi pré-comunicada, nem tampouco
houve alguma vistoria acompanhada pela Empresa Autora ou por pessoa por este
designado para representá-lo, conforme determina a legislação reguladora da matéria,
ocorrendo imposição unilateralmente pela ré, o que acaba por comprometer, de maneira
indiscutível, a ação fiscalizatória perpetrada pela mesma, porquanto não se configura
isenta.
A lei é expressa e não comporta interpretação extensiva, razão pela qual se torna nula a
cobrança de uma suposta multa aplicada. Imperioso registrar, que a multa teve seu
vencimento em data de 27.12.2013, e não deve a Empresa Autora ser compelida a pagá-
la, vez que nula, porquanto o modus operandi da ré não respeito os ditames legais, nem
tampouco observou os parâmetros permitidos.
O que deveria ter sido feito, para exato cumprimento da lei, seria o acompanhamento da
vistoria pelo autor ou por pessoa por ele designado, e uma perícia no medidor de
consumo de energia, com o apontamento, por parte do autor, de auxiliar técnico que
acompanhasse todo o desenrolar da perícia, e não se aplicar sanção de forma unilateral e
sem a menor chance de defesa para o consumidor, além do que tal vistoria deveria ter
sido feita por pessoa isenta, não nas oficinas da ré que tem interesse em que a mesma
lhe favoreça.
Ocorre, porém, que mesmo o autor da demanda não concordando com a sanção sofrida,
porquanto afirma textualmente que não cometeu nenhuma irregularidade no medidor do
consumo de energia elétrica, além do que não foi cumprida pela ré as formalidades
legais exigidas, o que culmina por, conforme antes mencionado, tornar nula a prefalada
sanção, afirma que tal multa já se encontra vencida , e, o fato de não ter sido adimplida
até a presente data, certamente acarretará a interrupção no fornecimento de energia
elétrica do imóvel em referência, o que, certamente, lhe trará prejuízos de difícil ou até
mesmo de impossível reparação, já que energia elétrica é bem de primeiríssima
necessidade, e da qual qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, não pode prescindir
nos dias atuais, razão esta que torna urgente a manutenção do fornecimento de energia
elétrica no imóvel do autor.
Para fazer valer seu direito, enquanto consumidor, o autor se vale, além das disposições
contidas na Resolução 414/2010 d da ANEEL, e ainda da Súmula de nº 013, do C.
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que dispõe expressamente:
É fato incontestável que a ré agiu ao arrepio da lei, porquanto aplicou sanção pecuniária
de forma unilateral ao autor, sem ao menos este ter a chance de ser comunicado da
vistoria, e tampouco acompanhá-la, e sem ainda ter sido realizada qualquer perícia no
equipamento de medição que respaldasse as atitudes da ré, razão esta que motivou a
propositura da presente ação, com vistas a buscar a guarida do poder judiciário contra as
arbitrariedades perpetradas pela CELPE, ré no presente feito.
Mesmo que houvesse se operado uma perícia pela ré, o que se admite apenas para
argumentar e por amor ao debate, tal perícia, conforme antes salientado, deveria ter sido
acompanhada pelo autor, com direito a acompanhamento de assistente técnico pelo
mesmo autor designado, além de que deveria a ré, constatada a irregularidade e, na
presença do autor, retirar o medidor de consumo de energia, colocá-lo em local que
pudesse ser lacrado, para, posteriormente, ser encaminhado para um perito isento, ou
seja, sem comprometimento algum com o réu, para que dessa forma, pudesse
efetivamente haver isenção de ânimo na inspeção e consequente perícia. O fato de
chegar pessoal terceirizado da ré, adentrar no imóvel do autor sem pré-avisar, conforme
determina a legislação vigente, promover inspeção sem o consequente acompanhamento
– sendo ainda imperioso registrar que mesmo que houvesse esse acompanhamento por
parte do autor de nada valeria, na medida em que o mesmo não tem qualquer
conhecimento técnico específico – de nada poderia valer essa inspeção na medida em
que o pessoal terceirizado da ré não tem isenção de ânimo. É fato que tal inspeção não
pode ter a legitimidade que a ré pretende.
O caso é tão mais sério do que este que se apresenta, que a ré, CELPE, é demandada
pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco em ação judicial, porquanto as
medições dos contadores de energia elétrica não refletem a realidade do consumo, além
do que a CELPE utilizou, indevidamente, as siglas do Instituto de Pesos e Medidas
do Estado de Pernambuco – IPEM, como também do Instituto Nacional de
Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - Inmetro , conforme
documentação acostada.
É fato Douto Magistrado, que uma empresa que tem por hábito fraudar siglas de órgãos
que visam promover o controle de pesos, medidas, metrologia e normatização de
serviços a nível nacional, não pode pretender que uma mera inspeção realizada por seu
pessoal seja tomada como verdade absoluta e tenha o poder de, sem ser dado o sacro
santo direito de defesa aos consumidores, impingir-lhes multas absurdas.
Neste caso, além de não fornecer o serviço de forma adequada, o que é fato notório,
pretende a ré, CELPE, sem qualquer base legal e sem o mínimo direito de defesa, cobrar
do autor uma sanção pecuniária que não tem amparo legal.
É fato incontestável ser a energia elétrica bem essencial, e de ser imprescindível o uso
deste mesmo bem de forma contínua e ininterrupta, o que faz com que reste
demonstrada a urgência que a presente medida impõe, bem como a satisfação liminar de
seu pedido.
DO DIREITO
O caso em análise deverá ser analisado à luz do Código de Defesa do Consumidor uma
vez que presentes os seus pressupostos de aplicabilidade, quais sejam a relação de
consumo entre a Demandante, destinatário final do serviço, e o Demandado, que presta
serviços de Fornecimento de Energia Elétrica.
“Podemos, então, sintetizar o que até aqui afirmamos dizendo que se aplica o CDC
sempre que estivermos em face de uma relação de consumo, qualquer que seja a área do
direito, aonde ela vier a ocorrer. E relação de consumo é relação jurídica contratual ou
extracontratual, que tem numa ponta o fornecedor de produtos e serviços e na outra o
consumidor; é aquela realizada entre consumidor e fornecedor e o consumidor tendo por
objeto a circulação de produtos e serviços. Havendo circulação de produtos e serviços
entre consumidor e fornecedor, teremos relação de consumo regulada pelo CDC”
(Sérgio Cavalieri Filho. Programa de Responsabilidade Civil. 2ª edição, 2000.
Malheiros Editores. Pg 361).
Art. 14.
A Autora deve ser reparada nos danos que sofreu, conforme a melhor jurisprudência
para o caso:
Tipo do Processo: Apelação Cível
Comarca: Garanhuns
Revisor:
Ementa:
Decisão:
Ementa:
Decisão:
Comarca: Gravatá
Ementa:
Decisão:
DANOS MORAIS
Quanto aos Danos Morais, estes são lesões sofridas no patrimônio ideal, entendendo-se-
o, em contraposição ao patrimônio material, como o conjunto de tudo aquilo que não
seja suscetível de valor econômico.
Ele existe in reipsa, ou seja, deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo de modo
que provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano à guisa de uma presunção
natural, que decorre das regras da experiência comum.
No ordenamento positivo brasileiro a Constituição de 1988 (em seu art. 5º, incisos V e
X) garante a indenização por dano moral e, no inciso XXXII do mesmo art. 5º, é
expressa que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. Ademais,
extrai-se da Lei Fundamental que a mencionada defesa do consumidor é um dos
princípios da própria ordem econômica (art. 170, V).
Para ilustrar e fortalecer ainda mais o pedido, o Autor traz à colação, os seguintes
entendimentos legais atinentes à matéria em discussão:
CÓDIGO CIVIL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes”:
A doutrina aponta duas forças convergentes na idéia da reparação do Dano Moral: uma
de caráter punitivo (castigo ao ofensor) e outra compensatória (compensação como
contrapartida do mal sofrido).
Esta dupla finalidade compensatória e punitiva constitui o meio que o Estado tem de
alcançar a restauração da ordem rompida com a prática da lesão moral.
Dispõe o artigo 300, do Novo Código de Processo Civil, que o juiz pode,
liminarmente, antecipar os efeitos da tutela perseguida, desde que haja elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
Acreditamos, data vênia, estar presente neste caso o fumus bônus iuris não só baseado
na Súmula em questão, mais também por força das Resoluções da ANEEL, e do Código
de Defesa do Consumidor.
A Súmula 013, do Colendo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco é expressa e
não comporta maiores digressões, sendo que pedimos vênia a V.Excia para uma vez
mais reproduzi-la, in verbis:
DOS PEDIDOS
c) Requer ainda a procedência dos pedidos formulados na presente Ação, para
reconhecer os Danos Morais sofridos pela Demandante, em razão dos fatos narrados,
com a conseqüente condenação do Demandado ao pagamento de indenização por
Danos Morais sofridos pelo Autor no valor que vier a ser fixado por esse MM. Juízo,
atendendo-se à dupla finalidade da condenação.
d) Requer que seja Determinado a Demandada que proceda com a Desconstituição do
Debito/fatura do mês Dezembro de 2013, indevidamente cobrada a Demandante;
e) Condene ______________, no pagamento das despesas judiciais, bem como dos
honorários advocatícios dos patronos da promovente, esses na base de 20% do valor
total da condenação, tudo monetariamente atualizado até a data do efetivo pagamento;
Dá a causa para efeitos meramente fiscais o valor de R$ 1.000,00 (hum mil
reais).
Cidade, data
Advogado, OAB