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PROJETO CONTOS DE FADAS 1º bimestre 2019

1.INTRODUÇÃO

Os contos de fadas estão envolvidos no maravilhoso mundo das


crianças e partem de uma situação real e concreta, para proporcionar emoções
e vivências significativas. Neste gênero aparecem seres encantados e
elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário que todas as crianças
se encantam. Esse mundo fantástico é algo também as ser trabalhado com
adolescentes pois, esse universo tende a deslumbrar pessoas em diferentes
faixas etárias. Assim, é de fundamental importância inserir os contos de fadas
como peça fundamental em enredos teatrais por meio de linguagem simbólica
dos contos, realizar um paralelo entre o mundo infantil e adolescente. A
construir uma ponte de significação do mundo exterior para seu mundo interior,
aprendendo valores, refletindo sobre suas ações, desenvolvendo seu senso
critico; sua criatividade, sua expressão e linguagem.
A literatura pode ocupar um lugar primordial na formação
escolar e deve fazê-lo  segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
pois o contato com textos literários contribuem para que sejam atingidos alguns
pontos dos objetivos gerais dos PCN,  quando consideram que  os alunos
sejam capazes de:  conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio
sociocultural brasileiro;  desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o
sentimento de confiança em sua  capacidades afetiva, física, cognitiva, ética,
estética, de relação interpessoal e de inserção  social.  Utilizar as diferentes
linguagens verbal, gráfica, plástica e corporal como meio para  produzir,
expressar  ideias, interpretar e  usufruir das produções culturais, em  contextos
públicos e  privados, atendendo a  diferentes intenções e  situações de 
comunicação.  Questionar  a realidade formulando se problemas e tratando
de resolvê-los, utilizando  para isso o pensamento lógico,
a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica (PCN, 1998). Assim,
cabem ao professor a seleção e o estudo destes textos em sala de aula.
Foi pensando na necessidade de recuperar os Contos de Fadas através
da dramaturgia que esse projeto foi elaborado. os Contos de Fada
na Sala de Aula.”,

1.1 Justificativa

Cada conto de fada leva a um mundo diferente o que enriquecerá o


conhecimento em todas as áreas.
Esta literatura tem o poder de estimular e/ou suscitar o imaginário, de
responder as dúvidas do indivíduo em relação a tantas perguntas, de encontrar
novas ideias para solucionar questões e instigar a curiosidade do leitor. Nesse
processo, ouvir histórias e reproduzi-las em teatro tem uma importância que vai
além do prazer. É através de um conto e/ou de uma história, que se pode
conhecer coisas novas, para que efetivamente sejam iniciados a construção da
crítica e da transformação.
Assim, por constituírem um rico material literário e  cultural,   os Contos
de  Fada merece espaço em projetos político pedagógicos, principalmente 
naqueles dedicados ao ensino de Arte. A multiplicidade de temas, contida  no
gênero literário, proporciona o despertar de discussões sociais, políticas,
culturais e  até  afetivas, em sala  de aula. Proporciona também espaço para  o
trabalho  com a criatividade e a produção textual do aluno.

1.2 Problema

Apresentar para o educando o maior número de contos para que o mesmo se


envolva e se interesse pelo processo de leitura.
Ler é uma atividade muito comum na vida profissional e não profissional. É a
leitura o que fica da escola para a vida, muito mais que a escrita. A leitura é,
nas palavras de Cagliari, “o maior tesouro legado pela escola”.

1.3 Hipótese

Considerando que o gosto pela leitura se constrói através de um longo


processo e que é fundamental para o desenvolvimento de potencialidades, há
a necessidade de se propor atividades diversas e diferenciadas.

De acordo com Zilberman (2003, p.30):"... o uso do trabalho na escola nasce,


pois, de um lado, da relação que se estabelece com seu leitor, convertendo-o
num ser crítico perante sua circunstância..."

1.4 Revisão da Literatura

Os contos de fada dirigem a criança para a descoberta de sua própria


identidade e também sugerem as experiências que são necessárias para
desenvolver ainda mais o seu caráter. "Eles alimentam a imaginação e
estimulam as fantasias, pois nem todos os nossos desejos podem ser
satisfeitos através da realidade. Daí a importância da fantasia como recurso
adaptativo. Na seleção de histórias para serem oferecidas na hora do conto, é
importante incluir contos de fadas". (Silveira, 1996, p. 12)

A Psicanálise  afirma  que  os significados simbólicos dos contos maravilhosos


estão ligados aos eternos dilemas que  o homem enfrenta  ao longo de seu 
amadureci mento emocional. É durante essa fase que surge a necessidade
da criança de defender  sua vontade e sua independência em relação ao poder
dos pais ou à rivalidade com os irmãos ou amigos. É nesse sentido
que a Literatura Infantil e, principalmente, os contos de fada podem ser 
decisivos para  a formação da criança em relação a si mesma  e  ao  mundo
à sua volta (Bettelheim, 1999).

A conquista do pequeno leitor se dá através da relação prazerosa com o livro


infantil, onde sonho, fantasia e imaginação se misturam numa realidade única,
e o levam a vivenciar as emoções em parceria com os personagens da história,
introduzindo assim situações da realidade.

é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a


tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a
insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo
o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude,
significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar ... Pois é ouvir,
sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (Abramovich, 1995, p. 17).

Segundo Dohme (2000) as histórias são excelentes ferramentas de trabalho na


tarefa de educar, pois as crianças gostam muito e se envolvem com a
narração. Além disso, existe uma variedade de temas que, para aplicá-las não
requer recursos materiais inacessíveis.

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

O objetivo do projeto baseia-se então na valorização da leitura como fonte de


entretenimento e desenvolvimento de critérios de escolha.
Ao trazer a literatura infantil para a sala de aula, o professor estabelece uma
relação dialógica com o educando, o livro, sua cultura e a própria realidade.
Além de contar ou ler a história, ele cria condições em que a criança trabalhe
com a história a partir de seu ponto de vista, trocando opiniões sobre ela,
assumindo posições frente aos fatos narrados, defendendo atitudes e
personagens, criando novas situações através das quais as próprias crianças
vão construindo uma nova história. Uma história que retratará alguma vivência
da criança, ou seja, sua própria história. De acordo com Abramovich (1995,
p.17),

ler histórias para crianças, sempre, sempre ... É poder sorrir, rir, gargalhar com
as situações vividas pelas personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de
escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de
humor, de brincadeira, de divertimento ... É também suscitar o imaginário, é ter
a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras
idéias para solucionar questões (como as personagens fizeram ...). É uma
possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das
soluções que todos vivemos e atravessamos - dum jeito ou de outro - através
dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos
(ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo) ... É a
cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no momento que
corresponde àquele que está sendo vivido pela criança) ... e, assim, esclarecer
melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução
delas ...
2.2 Objetivos Específicos

- Identificar personagens de contos de fadas, como: magos, fadas, duendes,


anões, gigantes, etc.

- Identificar os contos pela linguagem típica dos mesmos;

- Desenvolver a linguagem oral;

- Ler, ainda que de forma não convencional;

- Dramatizar histórias, por meio de expressões orais e dança;

- Identificar soluções de conflitos presentes nos contos;

- Identificar títulos de histórias conhecidas;

- Resgatar a importância do contar história, no contexto familiar;

- Desenvolver o senso crítico e a criatividade;

- Aprender valores.

- Leitura de contos de fadas e histórias infantis;

- Criar situações de fantasias e encantamento;

-Trabalhar as emoções que as histórias transmitem;

-Resgatar a importância que os contos populares e o de fadas exercem sobre


as crianças;
-Dramatização de histórias conhecidas, onde as crianças sejam as
personagens;

- Apreciação da leitura feita pela professora;

- Identificação de valores encontrados nos personagens das histórias.

Daí a importância em se propiciar a leitura e a literatura de modo a permitir ao


aluno criar e recriar o universo de possibilidades que o texto literário oferece.
Pode-se dizer que a escola tem a oportunidade de estimular o gosto pela
leitura se consegue promover de maneira lúdica o encontro da criança com o
trabalho.

A esse respeito Zilberman (2003, p. 16) descreve que:

"... a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto


pela leitura, assim como um campo importante para o intercâmbio da cultura
literária, não podendo ser ignorada, muito menos desmentida sua utilidade. Por
isso, o educador deve adotar uma postura criativa que estimule o
desenvolvimento integral da criança."

3. Metodologia

Experiências felizes com a literatura infantil em sala de aula são aquelas em


que a criança interage com os diversos textos trabalhados de tal forma que
possibilite o entendimento do mundo em que vivem e que construam, aos
poucos, seu próprio conhecimento. Para alcançarmos um ensino de qualidade,
se faz necessário que o professor descubra critérios e que saiba selecionar as
obras literárias a serem trabalhadas com as crianças. Ele precisa desenvolver
recursos pedagógicos capazes de intensificar a relação da criança com o livro
e com seus próprios colegas. Segundo Bettelheim (1996),

para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e
despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a
imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas
emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações; reconhecer
plenamente suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os
problemas que a perturbam ... (p.13).

3.1 Tipo de Projeto

Este projeto tem por finalidade o desenvolvimento psicossocial dos educandos,


sendo assim um projeto de trabalho do tipo exploratório, interventivo e
descritivo.

3.2 Universo e Amostra

Educandos matriculados na rede municipal de ensino.

3.3 Seleção dos Sujeitos


O projeto será realizado com todas as salas de aula da escola, sendo que os
grupos serão divididos de acordo com a maturidade literária dos indivíduos.

Referencias Bibliográficasas

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5.ed. São Paulo :


Scipione, 1995.

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 11.ed. Rio de Janeiro :


Paz e Terra, 1996. p. 11-43.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1989.

DOHME, V. Técnicas de contar histórias: um guia para desenvolver as suas


habilidades e obter sucesso na apresentação de uma história. 3. ed. São
Paulo: Informal, 2000. 223 p.

SILVEIRA, Itália Maria Falceta da. Ensinar a pensar: uma atividade da


biblioteca escolar. R

Bibliotecon. & Comun., Porto Alegre, v. 7, p. 9-30, jan./dez. 1996.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global,
2003.

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