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Escola de Líderes

Liderança Cristã
“Quem pensa que lidera e não tem seguidores, apenas dá um passo” (John Maxwell)

O
Tema liderança é muito abrangente e extremamente abordado em nossos dias,
2
inclusive com o lançamento de dezenas de livros, com a exposição em inúmeras
palestras, pregações, etc., e para começarmos a entender um pouco essa questão,
transcrevemos aqui as palavras do Dr. Russel Shedd:
“Liderança faz a diferença, por sinal uma grande
diferença, pois ela oferece direção, molda o caráter e
cria oportunidades. A liderança de alta qualidade será
encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer
comunidade ou organização possui. A liderança de baixa
qualidade, ao contrário, produz um desperdício trágico e uma frustração caótica. Líderes de Deus
estão sempre em falta”. É isso mesmo, líderes de Deus estão sempre em falta e precisamos
investir em material humano se quisermos ter uma liderança sadia em nossas igrejas, alcançar a
excelência e formar novas gerações de líderes que temam ao Senhor, se dediquem à Sua obra e
anelem Sua vinda.
1. O que é liderança
A liderança é um esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro de um
grupo, no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício, que atendam as
necessidades reais do grupo. E esse líder exerce uma influência especial, que não é forçada sobre
as pessoas, pois os liderados depositam confiança nesse líder, convencidos de que com ele e por
meio dele objetivos serão alcançados, para a glória de Deus.

O líder trabalha para atingir uma meta com a cooperação de outras pessoas. E o processo
necessário para se conseguir a cooperação delas pode ser aprendido e desenvolvido. O líder
motiva outros para participarem, envolvendo-os num projeto comum.

2. Um chamado à liderança
Deus está chamando líderes, nem detentores de poder. Não está chamando artistas, muito
menos peritos em congratulações mútuas. Nem traficantes de influências. Nem demagogos
exibicionistas, manipuladores de multidões. Deus está chamando líderes!!!

A crise de liderança

A chamada de líderes é necessária porque estamos experimentando uma crise de liderança em


nosso mundo. É semelhante à crise de liderança espiritual que a Europa do século XVIII
experimentou. Por toda a Europas os homens estavam saudando o desaparecimento do

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Cristianismo. Mas, havia um punhado de moços que sabia que o único modo de salvar o mundo da
destruição iminente era a volta à mensagem.
Homens como John e Charles Wesley1, além de
George Whitefield2 que se converteram em
evangelistas flamejantes e levaram o evangelho 3
por toda a Grã-Bretanha e América. Esta
liderança evangélica produziu um impacto
positivo no mundo inteiro. John Howard
promoveu a reforma de prisões na Europa. No século seguinte J. Hudson Taylor3 fundou a Missão
do Interior da China, que, em 1910, já havia enviado 968 missionários.
A NOVA LIDERANÇA

Como será essa liderança que esses novos cidadãos do mundo terão? Será honesta ou
corrupta? Estará se sacrificando ou se enriquecendo? Será humilde ou arrogante?
As sociedades de nosso mundo, em todos os seus níveis, clamam por uma liderança efeiciente
– em nosso sistema educacional, na política internacional, em nossas igrejas cristãs. As massas
buscam uma verdadeira liderança. O mundo não necessita de um elenco de elitistas que falem de
amor e compaixão enquanto se mantém isolados das pessoas de carne e osso. O mundo está à
procura de líderes, entregue nas mãos de Deus e compassivamente interessados pelo povo.
3. DISCIPULADO E RENDIÇÃO

“É parte de nossa disciplina de humildade que não devamos guardar nossa


mão sempre que possa prestar serviço e que não devamos assumir que a
disponibilidade de horário esta ali para que nós mesmos a gerenciemos, mas
permitir que seja organizada por Deus”.
(Dietrich Bonhoeffer, Llfe Toghether - Vida em Comunhão)
DISCIPULADO:
O que necessitamos não é de novos pioneiros e desbravadores que nos guiem ao futuro, mas sim
de discípulos autorizados, canais do poder do Espírito para trazer as pessoas à presença de Deus

1 John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791): Foi um clérigo anglicano e teólogo cristão
britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
Charles Wesley (1707 - 1788) foi o líder do movimento metodista juntamente com seu irmão mais velho John Wesley. Charles é mais
lembrado pelos muitos hinos que compôs.
2 George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o

Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto
sobre a ideologia americana. Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre".
3 James Hudson Taylor (21 de Maio de 1832 – 3 de Junho de 1905) foi um missionário Cristão Protestante Inglês na China, e
fundador do China Inland Mission (CIM) (agora OMF International). Taylor viveu na China por 51 anos. A sociedade que ele iniciou foi
responsável pelo envio de mais de 800 missionários ao país que começaram 125 escolas e diretamente resultou na conversão Cristã
de 18.000 pessoas.

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e ao seu Reino. Precisamos de líderes que modelem a maneira de se submeter a Deus e que
recebam a força e purificação de Deus para o serviço no mundo. É animador sentir-se forte,
competente e no comando, mas não há poder espiritual verdadeiro nisso, nem habilidade para
materializar a realidade do Reino de Deus. A liderança vivificadora flui da dependência profunda
naquele que fortalece, purifica, guia e vivifica nosso viver. 4
Em suma, o que precisamos é de discipulado, antes de qualquer aspiração à liderança. Os
líderes que precisamos necessitam modelar a maneira de seguir a Cristo, de viver sob o governo
de Cristo e de buscar a semelhança de Cristo, ao depender confiantemente de Deus.
O CAMINHO PARA O PODER DO LÍDER: RENDIÇÃO

Render-se é a maneira pela qual podemos nos livrar das amarras da "carne". O problema da
carne pode ser ilustrado por meio da analogia de como conduzir um carro. Quando vivemos
segundo a carne, nossas mãos seguram tão firmemente a direção de nossa vida, e, por
conseguinte, de nossa família e de nosso ministério, que as juntas dos dedos chegam a ficar
esbranquiçadas. Render-se é soltar a direção e passar a ocupar o banco do passageiro, permitindo
que Deus ocupe totalmente o lugar de motorista e o controle de nossa vida. Participamos da
jornada à medida que Deus pede e requer isso de nós, e não contra-ordenamos o que Deus quer.
Muitos substituem a obediência e submissão a Deus pela arrogância do desejo e determinação
pessoais. Sempre que pensamos sobre o assunto, podemos imaginar a cena de um garoto de dois
anos berrando: “eu sei fazer sozinho!”.
Muitos, ou talvez a maioria de nós, provavelmente não vão ao local de rendição e submissão por
si mesmos. Paulo também não. Ele estava no caminho da morte, mas estava totalmente
convencido de que servia a Deus — em seu caminho para assassinar cristãos em Damasco, com a
aprovação de seus superiores religiosos! Esse foi o momento em que o Cristo ressureto o
confrontou, o colocou de joelhos e o cegou. Ironicamente, a cegueira física de Paulo tornou-se o
início de seu despertar para a vida no Espírito, pois ele recebeu a verdadeira visão espiritual. Para
Paulo, essa visão veio subitamente por meio de um resplendor de luz do céu, e foi um choque para
os cristãos primitivos encontrar esse homem transformado (veja At 9-1-31; 22.1-21; 26.1-23).
Quando percebemos quão profundamente necessitamos de Deus e nos convencemos de que os
seus propósitos são muito superiores a nossas preferências, então estamos prontos a nos
submeter a Deus. O processo é doloroso e muitas vezes não o queremos, mas é necessário para
se tomar o caminho do ministério de poder pelo Espírito, para formação de um líder segundo o
coração de Deus.
4. QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?
Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém "que convence seguidores de
que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra

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pessoa”. A compreensão do que consiste a liderança, leva-nos a um indivíduo que reconhece os


problemas, as dificuldades e as necessidades de um grupo. Ele ajuda a identificar o que está
errado e lidera pessoas no caminho de soluções satisfatórias. Qualquer indivíduo que segue um
bom líder vive confiantemente. O otimismo penetra qualquer grupo que é abençoado com uma
liderança piedosa. 5

Para um líder guiar, precisa ter autoridade, tanto quanto um automóvel precisa de um motor
para ser dirigido. Se o líder é escolhido desconsiderando-se os critérios de Deus e os valores
bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo. Exemplo claro disso foram as trágicas
consequências da escolha de Israel, para que Abimeleque reinasse sobre eles (Jz 9). A sua história
sórdida demonstra o quão é importante fazer a escolha certa. A Bíblia oferece grandes exemplos
de líderes escolhidos por Deus. Suas personalidades foram tão distintas quanto as suas faces e as
suas biografias, no entanto, algumas características merecem uma consideração especial.

A liderança depende de algumas qualidades e habilidades, como Moisés desenvolveu e aplicou.


A atual análise de liderança mostra que as excelentes qualidades que Moisés apresentara são
tão necessárias hoje quanto elas foram três mil anos atrás. Alguns líderes desenvolvem certos
valores de âmbito pessoal. Por exemplo, James J. Cribbin enfatizou a seguinte lista de traços:
A. Desempenho Atual: É a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual que uma
pessoa se encontra. Moisés recebeu o melhor treinamento e educação disponível no Egito. Como
pastor das ovelhas de Jetro, ele foi completamente confiável.
B. Iniciativa: É a habilidade de ser um "auto-iniciador". Moisés tomou sua posição ao lado dos
rejeitados escravos hebreus contra o mestre-de-obra egípcio que batia em um companheiro
hebreu. Caso não tivesse a fibra de um líder, certamente, Moisés não poderia ter escolhido se
identificar com os oprimidos e ter assassinado o opressor (Êx 2.12-13).
C. Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e vencer a confiança de outras pessoas. Moisés
levantou a questão de aceitação pelos israelitas desde o começo. Ele sabia que quarenta anos
passados no deserto do Sinai, tomando conta de ovelhas, não era a experiência que a maioria
consideraria como algo essencial à liderança (Êx 3.11). Deus usara de pragas e da função
mediadora de Moisés, infligindo aqueles julgamentos milagrosos, para ganhar o respeito dos
egípcios e também o dos israelitas.
D. Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do grupo. Embora
Moisés acreditasse que não tinha eloquência, tendo sido afligido com uma "boca pesada” (Ex 4.10)
durante o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação incomum. A habilidade "de
ter acesso" às pessoas em vários níveis precisa fazer parte das funções de um líder. Em várias
ocasiões, Moisés teve que responder às murmurações e as incredulidades dos israelitas com
argumentos válidos e decisões persuasivas. Mais importante ainda, ele foi especialmente perito em

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comunicar-se com Deus. Considere a exposição do autor da conclusão de Deuteronômio: "Nunca


mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado
face a face" (Dt 34.10). Um homem de oração é a exigência básica para a liderança cristã.
E. Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas na
evidência. Moisés julgou corretamente a criação do bezerro de ouro, e a sua adoração, como 6

repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da
liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma,
que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Êx 32.1-6). Como um líder
deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram
como consequência.
F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do
tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o
povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel
tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.
G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-se ao inesperado. De um
príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e
líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez
verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.
H. Objetividade: É a habilidade para controlar
sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de
Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir
Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande
nação, demonstra como este era destituído de
sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Êx
32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma
dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.

 CONCLUSÃO
Muitos outros exemplos de princípios de liderança poderiam ser extraídos das histórias da vida
de homens proeminentes do Antigo Testamento. Porém, esses exemplos apresentados devem ser
suficientes para destacar o significado do caráter e da maturidade espiritual nas vidas daqueles que
Deus escolhera para servi-lo como líderes.
As circunstâncias de hoje são radicalmente diferentes daquelas que envolviam a vida de
José, Moisés, Davi e outros grandes homens de Deus, mas os princípios e verdades que
governaram suas ações e atitudes, ainda podem ser mantidas como verdadeiras para os dias de
hoje.
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Administração Eclesiástica
“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém
administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em
tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e
poder para todo o sempre. Amém”.(I Pe 4.11) 7

1. CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO


O termo “administração” vem do latim ad (direção, tendência para) e minister subordinação ou
obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. O conceito
de administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas palavras-chave:
gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas palavras dos estudiosos Stoner e
Feeman, os quais ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e
controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar os objetivos definidos”.
A administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem
planejamento, organização, direção e controle. A tarefa da administração é a de interpretar os
objetivos propostos pela organização e transforma-los em ação organizacional por meio de
planejamento, organização, direção e controle de todos.
A administração já foi chamada de “a arte de fazer as coisas através de pessoas”. Esta
definição foi dada por Mary Parker Follet. A administração é essencial em toda a cooperação
organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos
estabelecidos. Em nosso caso, como igreja, O pastor, presbítero, tem que acompanhar os objetivos
propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e
controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir
tais objetivos.
2. ORIGEM
Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, criou-se a
necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses
trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um
objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir.

A administração é necessária, pois desde muito cedo se verificou que é impossível ao homem
realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras
pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a
pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes
que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num
campo definido de conhecimentos científicos.

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3. A Administração Eclesiástica
Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a igreja
precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde
com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade, organicidade, fraternidade,
unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo 8

Jesus, o criador da comunhão dos santos.


A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade;
pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela fidelidade às Escrituras; pela igualdade de
seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho
cristão.

 TERMO BÍBLICO PARA ADMINISTRAÇÃO


A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez vezes no Novo Testamento. Por
vezes é também traduzida por “mordomo” (Lc 12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente,
como “tesoureiro” (Rm 16.23) ou “curador” (Gl 4.2). A responsabilidade do despenseiro (Gr.
oikonomia) é mencionada nove vezes, sendo traduzida por “administração” (Lc 16.2),
“dispensação” (Cl 1.25) ou “serviço” (1Tm 1.4). O conjunto depalavras tem como radicais os
vocábulos “casa” (Gr. oikos) e “lei” (Gr. nomos). No grego clássico, oikonomia significava,
originalmente, a gerência de um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim, o termo
é oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo economia. Despenseiro equivale a ecônomo,
originalmente um indivíduo encarregado da administração de uma casa grande (Cf. Isaias 22:19,
21; Lc 16:1-17).
No Novo Testamento, despenseiro (oikonomos) refereıse ao administrador da casa e das
propriedades de um Senhor. No Evangelho de Lucas, o termo se emprega alternadamente com
“escravo” (Gr. doulos). O despenseiro ou mordomo tinha direito legal de agir em nome do seu
senhor, e deveria ser fiel e prudente (Lc 12.42, 1Co 4.2). Um período de tempo determinado era
concedido ao despenseiro, embora ele não soubesse por quanto tempo haveria de durar a sua
administração. Deus permite aos homens, enquanto suas criaturas, serem despenseiros. Somos
despenseiros sobre a criação de Deus.
 O pastor possui funções privativas e atribuições, que quando desenvolvidas, demonstram que
está sendo um bom administrador, um bom mordomo dos bens que pertencem ao Senhor:

1) Funções Privativas
a) Administrar as cerimônias.
b) Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.
c) Celebrar casamento religioso com efeito civil.
d) Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.

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2) Atribuições
a) Orar com o rebanho e por ele.
b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.
c) Exercer as suas funções com zelo.
d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual
do povo de Deus. 9

e) Prestar assistência pastoral.


f) Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como
aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados.
g) Exercer, juntamente com outros presbíteros, o poder coletivo de governo.
4. FUNÇÕES ESSENCIAIS DA ADMINISTRAÇÃO
Como vimos anteriormente que administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e
controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar os objetivos definidos”.
Veremos agora, quatro aspectos do processo de administração secular e que são também
importantes na vida da igreja, para seu desenvolvimento:
1) Planejar: Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão
alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de
ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à
operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o que queremos,
quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos
buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.
Jesus tinha muito que dizer a respeito da preocupação. Ele a considerava improdutiva e uma
evidência de falta de fé. Jesus nos disse firmemente que jamais nos preocupássemos.
Há uma grande diferença entre planejamento e preocupação. Somos admoestados a planejar
cuidadosamente e mesmo "encarar as pequenas coisas". Planejar e prestar atenção nos detalhes
são atividades positivas porque nos permitem obter resultados positivos.
A preocupação, por outro lado, é por definição afligir-se inutilmente com coisas sobre as quais
não temos nenhum controle, além de não produzir resultados positivos.
Muitos homens bem-sucedidos atestam que concentram toda sua atenção nos negócios
durante as horas de trabalho, mas que não se preocupam com eles durante a noite. Isso está
coerente com o ensino de Jesus. Em Mateus 6:34 ele nos diz: "Portanto, não vos inquieteis com o
dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados".
2) Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros
ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido. Reconheçamos
a importância de termos uma gestão eficiente e organizada, a partir de um modelo bem elaborado,

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que proporcione uma visão clara dos nossos objetivos, para onde nos dirigimos e como vamos
alcançar nosso alvo.
3) Dirigir ou liderar: Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas
proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para
que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe. Delegar autoridade e 10

responsabilidade e cobrar resultados.


Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time alcance os
objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do “eu
sozinho”. Isso não quer dizer que a liderança tem que ser democrática, mas deve ser participativa,
promovendo o envolvimento de todos, sob a “batuta” do líder.
4) Controle ou Coordenação: O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado
não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo
feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem
os objetivos.
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
 “Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as
segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas” (C.S. Lewis)
 “Que insensatez temer o pensamento de desperdiçar a vida de uma só vez, mas por outro lado,
não ter nenhuma preocupação em jogá-la fora aos poucos” (John Howe)
Nada caracteriza melhor a vida moderna do que o lamento, “Se eu tivesse tempo...”
Esta é uma frase muito comum em nosso dia a dia. Aqueles que estão sempre reclamando de
falta de tempo geralmente não têm métodos para utilizá-lo e, somente, comprovam que a
problemática do tempo é não saber o que fazer com ele.
Uma análise das tarefas realizadas pelo pastor nos leva a fazermos a seguinte lista: as
inúmeras e tão cobradas visitas pastorais nos lares, reuniões com os obreiros, reuniões para
discussões sobre os planos de trabalho, os sermões semanais, estudos bíblicos, cada um com uma
média de duas a três horas de preparação, relatórios financeiros e espirituais, acompanhamento do
trabalho nas congregações, casamentos, funerais, colocar em dia a leitura, visitas aos hospitais,
algumas prioritárias (especialmente os idosos), etc. Normalmente, o resultado desta correria para
atender a tantos compromissos da agenda é a constante tirania do urgente. Uma coisa é planejar
nosso trabalho; outra é trabalhar nosso plano.
 Síndrome da Urgência
Algumas pessoas estão tão acostumadas com a adrenalina que circula pelas veias enquanto
resolvem os problemas que se tornam dependentes da sensação de euforia e energia.

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Como é a sensação de urgência? Estressante? Sufocante? Exato!. Mas vamos ser honestos. Às
vezes ela é estimulante. Sentimo-nos úteis, bem-sucedidos e importantes.
Especializamo-nos em apagar incêndios. Toda vez que surge um problema, corremos para o
perigo, apagamos o fogo e caminhamos em direção ao pôr-do-sol como heróis do dia. A urgência
nos traz resultados imediatos e instantâneos. 11
Enquanto resolvemos as crises urgentes, sentimo-nos
temporariamente anestesiados. Passada a tempestade, a
síndrome da urgência é tão forte que somos impulsionados a
fazer qualquer outra coisa urgente, só para nos mantermos em
atividade. As pessoas esperam que estejamos sempre
ocupados, cheios de trabalho para fazer.
Tornou-se um símbolo de status de nossa sociedade: se estamos sempre ocupados é porque
somos importantes. Chegamos a ficar constrangidos quando estamos ociosos. Sem o stress do
trabalho, muitas vezes sentimo-nos improdutivos. O corre-corre nos justifica, nos populariza e nos
dá prazer. E é também uma boa desculpa para não lidarmos com as verdadeiras prioridades de
nossas vidas:
– “Não tenho tempo de fazer exercício. Sei que é importante, mas tem tantas coisas mais
importantes. Quem sabe quando as coisas acalmarem um pouco…”’
– “Voltar a estudar? Quem sabe no futuro, quando sobrar tempo…?
A síndrome da urgência é um comportamento autodestrutivo que preenche temporariamente o
vazio criado por necessidades não-atendidas.
 Questões para reflexão:
 Veja como podemos caracterizar o “workholic”
1. Trabalha mais que onze horas
2. Almoça trabalhando
3. Não tira férias de vinte dias há três anos
4. Eternamente insatisfeito
5. Acha que trabalha mais que os outros
6. Fala ao telefone mais de uma hora por dia (13% do dia)
7. Avalia as pessoas pelo seu aspecto profissional e, depois, pelo pessoal.
 As atitudes acima se revelam nocivas, de acordo com alguns sintomas geralmente
diagnosticados:
1. Ambiente tenso no lar;
2. Sensação de fracasso pessoal;
3. Dificuldades financeiras;

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4. Exigência de um padrão de vida sempre superior, ou melhor.


 OBS.: A liderança não se resume tão somente à capacidade de organização e eficiência nas
tarefas, habilidade de gerenciamento, visão de elenco ou administração eficiente do tempo.
Liderança diz respeito ao modelar a vida em Cristo.

 Mitos sobre Administração do Tempo 12

Comecemos por analisar alguns mitos acerca da administração do tempo.


1) O primeiro é que quem administra o tempo torna-se escravo do relógio.
A verdade é bem o contrário. Quem administra o tempo coloca-o sob controle, torna-se
senhor dele. Quem não o administra é por ele dominado, pois acaba fazendo as coisas ao sabor
das pressões do momento, não na ordem e no momento em que desejaria. A verdade é que
administrar o tempo não é programar a vida nos mínimos detalhes: é adquirir controle sobre ela. É
necessário planejar, sem dúvida.
Mas é preciso ser flexível, saber fazer correções de curso. Se você está fazendo algum
trabalho e está inspirado, produzindo bem, não há razão para parar, simplesmente porque o tempo
alocado àquela tarefa expirou. Se a tarefa que viria a seguir, em seu planejamento, puder ser
reagendada, sem maiores problemas, não interrompa o que você vem fazendo bem.
2) O segundo é que produzimos melhor, sob pressão.
Esse é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência à procrastinação.
Não há evidência que o justifique, até porque os que assim agem poucas vezes tentam trabalhar
sem pressão para comparar os resultados sobre si mesmos e sobre os que os circundam. A
evidência, na verdade, justifica o contrário daquilo que expressa o mito. Em contextos escolares,
por exemplo, quem estuda ao longo do ano, com calma e sem pressões, sai-se, geralmente, muito
melhor do que quem deixa para estudar nas vésperas das provas e, por isso, vê-se obrigado a
passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo durante o tempo todo.
3) O terceiro é que administrar o tempo é algo que se aplica apenas à vida profissional.

Isso não verdade. Certamente há muitas coisas em sua vida pessoal e familiar que você
reconhece que deve e deseja fazer, mas não faz - "por falta de tempo". Você pode estar querendo,
há anos, reformar algumas coisas em sua casa, escrever um livro ou um artigo, aprender outra
língua, desenvolver algum hobby, tirar duas semanas sem perturbações para descansar, curtir os
filhos que estão crescendo, tudo isso sem conseguir. A culpa é sempre da falta de tempo. A
administração do tempo poderá permitir que você faça essas coisas em sua vida pessoal e familiar.
4) O quarto mito é que ter tempo é questão de querer ter tempo.
Você certamente já ouviu muita gente dizer isso. De certo modo essa afirmação é verdadeira
- até onde ela vai. Normalmente damos um jeito de arrumar tempo para fazer aquilo que realmente

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queremos fazer. Mas a afirmação não diz tudo. Não basta simplesmente querer ter tempo para ter
tempo. É preciso também querer o meio indispensável de obter mais tempo - e esse meio é a
administração do tempo. Contrária a esses mitos, a verdade é que administrar o tempo é saber
usa-lo para fazer aquelas coisas que você considera importantes e prioritárias, tanto no ministério
pastoral, quanto na vida pessoal. 13

Quem tem tempo não é quem não faz nada: mas sim quem consegue administrar o tempo
que possui.
CONCLUSÃO

Jesus tinha um plano e obedeceu a ele fielmente. Essa foi a razão maior de seu sucesso. Ele
sabia para onde ia e permanecia naquela direção (Mt 16.21-23; Lc 2.49). Nada o detinha, como nos
diz o escritor aos Hebreus: “Mantenham os olhos em
Jesus, que começou e terminou a corrida de que
participamos. Observem como ele fez. Porque ele
jamais perdeu o alvo de vista – aquele fim jubiloso
com Deus” (Hb 12.2,3 - Bíblia A mensagem). Sabendo
que a última etapa de seu plano seria executada em
Jerusalém e ainda o sacrifício final seria exigido dele
ali, ele fez seu rosto como um seixo, como diz a
Escritura em Isaías 50.7, ou seja, Jesus foi firme como
uma rocha, inflexível, resoluto. Fossem quais fossem as consequências, ele iria à Jerusalém e
executaria seu plano.
Que tenhamos um plano, um objetivo em nossa liderança para alcançarmos o alvo, que
completemos a carreira e recebamos o prêmio que Deus nos concederá (Fp 3.14; II Tm 4.7,8).

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O Obreiro e o seu Ministério


INTRODUÇÃO:

O serviço realizado para Deus é certamente um privilégio, uma honra, em face da notabilidade
do Senhor, Seu caráter e retidão, além de Sua absoluta fidelidade em recompensar os que se 14

esforçam para fazer a Sua obra (Sl 58.11; 1 Co 15.58).


Trabalhar para o Senhor e também uma tarefa árdua, devido aos desafios e barreiras
envolvidos no cumprimento das ordens de Deus. A Biblia relata que são poucos os trabalhadores
da seara (Mt 9.37), ensinando que e necessário rogar ao Senhor da seara para arrigementar mais
ceifeiros para essa grande tarefa (Mt 9.38).
Jesus preparou uma equipe e essa equipe ficou com a responsabilidade de preparar mais
obreiros para a Obra do Senhor (2 Tm 2.2). A igreja primitiva estava em constante movimento
nesse sentido (At 6.1-7; 8.5; Fp 2.19;Tt 1.4).
Esse é o nosso intuito ao falarmos sobre o “O Obreiro e o seu Ministério”, treinar homens de fé
para os embates na Obra do Senhor, sabendo que o Senhor dara crescimento ao Ministério dos
homens de Deus, capacitando-os e dando-lhes sabedoria para toda boa obra (Cl 1.10).
1. O MINISTÉRIO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Ministério era restrito a tribo de Levi (Nm 3.5,6; 8.10-13).
Todos os sacerdotes em Israel eram levitas, isto é, descendentes de Levi por Coate (segundo filho
de Levi), e Arão. Mas Levi teve outros filhos, cujos descendentes ajudavam os sacerdotes,
formavam a guarda do Tabernáculo, e o transportavam de lugar para lugar (Nm 4.2,22,29).
No tempo de Davi, a família levita achava-se dividida em três classes, cada uma das quais
estava subdividida em vinte e quatro ordens.
A primeira classe estava a serviço dos sacerdotes; a segunda formava o coro dos cantores do
templo; e a terceira constituía o corpo dos porteiros e guardas do templo ( 1Cr 24-26).
Para sustentar todos esses homens, tinham-lhes sido concedidas quarenta e oito cidades, com
uma faixa de terra em volta de cada uma delas (Js 21.1-8), e tinham tambem o dízimo de todos os
produtos e gado do país (Lv 27.30;Nm 35.1-8).
2. O MINISTÉRIO NO NOVO TESTAMENTO
O Ministério no sentido geral: todo crente pode servir ao Senhor,
“Mas vós sois o sacerdócio real” (1 Pe 2.9). É o ide de Jesus a todos
os crentes (Mc 16.15).
Para servir ao Senhor nesse sentido geral, o homem precisa
atender a Sua chamada geral: “Vinde a mim” (Mt 11.28).
O Ministério no sentido especial: Aqui, o Senhor chama alguns
para o serviço do ministério.É a sua chamada “Vinde após mim” (Mt
4.19). Essa chamada específica ou especial do Senhor para o Ministério, depende da sua escolha
(Lc 6.13).
3. TERMOS APLICADOS AO OBREIRO NO NOVO TESTAMENTO
1. Ministro (1 Tm 4.6). Indivíduo que oficia ou serve outra pessoa, como Josué em relação a
Moisés (Êx 24.13; Js 1.1). Os ministros de Salomão eram aqueles servos que serviam à mesa (1Rs
10.5). Aquele “assistente” a quem Jesus, na sinagoga de Nazaré, passou o livro de Isaías depois
de ter lido erta passagem (Lc 4.20); era o ministro, que tinha por obrigação abrir e fechar o edificio,

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distribuir os livros para o culto, e depois colocá-los no seu lugar. Geralmente ajudava o princial
oficiante. Em 1 Tm 4.6 aparece no original grego o termo “diakonos”, que significa “servo”,
“servidor”
O obreiro como servo fala de trabalho e submissão.

2. Diácono (At 6.1-6; Fp 1.1; 1 Tm 3.8)


Cargo ou função do ministério associado à igreja local, significa “servo”. Os diáconos 15
são mencionados com os “bispos” da igreja filipense (Fp 1.1). Há claros indícios dos
diáconos fazendo parte regular da organização da igreja.
Vemos a importância dessa função desde sua instituição em Atos 6.1-6, e muito mais
porque o Senhor Jesus e mostrado como àquele que estava para “servir” (gr. Diakonêsai).

3. Presbítero (1 Tm 5.17; Tt 1.5; 1 Pe 5.1).


No original este termo é “presbuteros”, que quer dizer uma pessoa madura, sábia,
experiente.

O teólogo Louis Berkhof sugere que a palavra “presbítero” ou “ancião” surgiu dos
anciãos que governavam a sinagoga judaica e que o termo foi aproveitado pela igreja. O
próprio nome, “ancião” com frequência referia-se literalmente aos mais velhos, respeitados
pela sua dignidade e sabedoria. Nos tempos do NT os presbíteros tambem eram chamados
de Bispos (At 20.17,28; Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).

4. Bispo (At 20.28; 1 Tm 3.1).


No original é “episkopos”, que quer dizer vigia, supervisor, administrador,
superintendente. Os bispos desempenhavam funções que comprendiam tambem o munus
pastoral (1 Tm 5.17).O bispo era dirigente da igreja cristã, e se dedicava ao ensino da
doutrina e à pregação do evangelho. Nos tempos apostólicos, o bispo cuidava de uma igreja
local e era tambem chamado de presbítero (At 20.17-28; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). Só mais
tarde o bispo se tornou responsavel por um grupo de igrejas de determinada região.

Provavelmente o ofício prebisterial ou episcopal foi instituído primeira na igreja dos


judeus (Tg 5.14; Hb 13.7,17), e, então, pouco depois, tambem os gentios. Vários outros
nomes são aplicados a oficiais, a saber, em Rm 12.8 e 1 Ts 5.12, proistemanoi4 (os que
presidem); em 1 Co 12.28, kubernesis5 (governos), em Hb 13.7,17,24, hegemoneuo6 (guias);
e em Ef 4.11, poimenas7 (pastores). Claramente se vê que estes oficiais detinham a
superintendência do rebanho que fora entregue aos seus cuidados. Eles tinham que
abastecê-lo, governá-lo e protegê-lo, como sendo da própria família de Deus.

Pastor (Ef 4.11).


No original é poimen e significa protetor, provedor, guia (em relação ao rebanho).

4 "Os que presidem" ARA, "os líderes", que se usa aqui, aparece também em Rm 12.8 referindo-se aos líderes da igreja em
Roma; eles são, sem dúvida, idênticos àqueles que em outra parte, são chamados pastores, anciãos e bispos. O termo refere-
se também a “estar à frente”, “estar sobre”, “superintender”, “presidir sobre”, “ser um protetor ou guardião”, “dar ajuda”,
“cuidar, dar atenção a”.
5 “Governo”, “administração”, nesse caso administração eclesiástica.
6“Ser líder”, “conduzir pelo caminho”, “governar”, “comandar”, “ser governador de uma província”.
7 O termo poimen tem os seguintes significados: “vaqueiro”, “pastor”; na parábola, “aquele a cujo cuidado e controle

outros se submeteram e cujos preceitos eles seguem”, “oficial que preside”, “gerente”, “diretor de qualquer assembléia”:
“descreve a Cristo, o Cabeça da igreja”, “supervisores das assembléias cristãs” .

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O termo “pastor” é usado hoje mais amplamente para quem tem a responsabilidade e
supervisão espirituais da igreja local. O termo poimen aparece apenas uma vez no NT como
referência direta ao Ministério do pastor (Ef 4.11). O conceito ou função do pastor, no entanto, é
encontrado por toda a Escritura Sagrada. Conforme sugere o nome, pastor é aquele que cuida das
ovelhas, conforme o retrato que Jesus faz de si mesmo: o “Bom pastor” – ho poimên ho kalos, em
Jo 10.11 ss.
16

4. O MINISTÉRIO É UM DOM, E NÃO UM CARGO

O autêntico ministério evangélico não é um cargo para ser ocupado, ou uma ocupação, mas
um dom divino para ser exercido.
Um cargo ministerial (como ser presidente de diretoria de igreja) é sufragado e temporário; já
o dom ministerial é concedido por Deus, e é permanente (Jr 3.15; Ef 3.7; 4.11; 1 Tm 4.14; Gl 1.15).
O ministério não é profissão. O médico pode ser médico, mesmo sem vocação para a
medicina, mas um obreiro sem vocação divina, sem chamamento do Senhor para o ministério é um
desastre em todos os sentidos.
Se um pai nota que seu filho tem vocação para o ministério, deve ter a necessária prudência
de esperar até que Deus mostre a mesma coisa a outros servos seus e estes vejam a mesma
coisa.
O ministério não é emprego e nem e hereditário. O modo mundano de funcionamento de uma
igreja é ter um clérigo profissional realizando o trabalho espiritual. Um ministro assalariado, que faz
a obra do ministério. O pastor e o executivo principal. O povo não tem qualquer ministério.
No modelo bíblico para a vida da igreja, os membros da igreja convivem num contexto de
comunhão uns com os outros. No modelo bíblico, o pastor dedica-se a equipar o ministério.
6. ORDENAÇÃO E SEPARAÇÃO DE OBREIROS

Jesus trata disso em Lc 6.12,13.


A partir da escolha dos doze, teve início um aprendizado regular para o grande ofício do
apostolado.
A igreja de hoje precisa ter em mente essa realidade o ordenar e separar obreiros, os quais
devem ter as seguintes qualificações:
1. Ter a chamada divina (Hb 5.4).
2. Ser fiel e idôneo (2 Tm 2.2; Êx 18.21).
3. Ter maturidade (1 Tm 3.6).
4. Sabedoria (Ef 1.8; 1.17; Cl 3.16).
5. Ser exemplo para o rebanho (Fp 3.17; 1 Ts 1.7; 1 Pe 5.3).
6. Devem ser separados os melhores (At 3.1,2; 1 Cr 19.10).
a) A investidura dos ministros no oficio. Há dois ritos relacionados com a investidura ou
instalação.
b) Ordenação. Esta pressupõe a vocação e o exame do candidato ao ofício. Pode-se lhe chamar,
resumidamente, reconhecimento e confirmação públicos da vocação do candidato para esse oficio.
c) Imposição das mãos. A ordenação é acompanhada pela imposição das mãos. E fato patente
que havia uma conexão entre ambas andavam nos tempo apostólicos (At 6.6; 13.3; 1 Tm 4.14;
5.22). Naqueles tempos primitivos, a imposição das mãos implicava duas coisas:
 Que uma pessoa era separada para certo oficio.
 Que algum dom espiritual espiritual lhe era conferido.

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6. TIPOS DE CHAMADAS DO OBREIRO

 A chamada divina. Quando é Deus que chama, Ele o faz de maneira inconfundível, como no
caso de Paulo (At 9.15).
 A chamada humana. Do tipo “vem para cá”, sem Deus ter qualquer participação.
 A chamada própria. Isto é, a própria pessoa se oferece, sem Deus ter qualquer participação no
caso. 17

 O exemplo de Ló:
 Abraão foi de fato chamado por Deus (Gn 12.1).
 Ló simplesmente “foi com ele”, é o que diz a Biblia (Gn 12.1; 13.1,5). H
 Há muitos obreiros essa situação: apenas seguindo alguém, sem ter qualquer chamada, nem
direção divina.
 Ló olhou para a “campina regada” (Gn 1.10). Abraão olhou para “os ceus” (Gn 15.5).
 O caso de Davi. Aqui temos um nítido exemplo do que pode ocorrer na chamada do obreiro.
 A escolha de Samuel, o lider: Eliabe (1 Sm 16.6).
 A escolha de Jessé, o pai: Abinadabe (1 Sm 6.8).
 A escolha de Deus, o dono da obra: Davi, que nem estava presente, (1 Sm 16.12). Deus
advertiu Samuel dizendo-lhe:
“O homem vê o que está diante dos olhos. Porém o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7).
 A chamada divina não prepara o obreiro.
 O crente tendo plena convicção da chamada divina, deve imediatamente procurar equipar-se e
preparar-se no que depender dele.
 Ninguém quer ficar nas mãos de um médico ou cirurgião que porventura esteja “fazendo
experiências nas pessoas”.
7. A MATURIDADE MINISTERIAL

O exemplo dos discípulos e apóstolos de Jesus mostra a necessidade de amadurecer no


ministério (Lc 9.1,10).
As referências que se seguem são todas de Lucas 9:
 Eram incrédulos e de natureza má (v. 41)
 Contendiam entre si (v. 46)
 Eram sectaristas, exclusivistas (v. 49)
 Eram vingativos, usavam de represália (v. 54). No caso dos “filhos do trovão”, Tiago e João,
terem sugestionado que os samaritanos fossem consumidos por fogo do céu, pois se negaram a
dar acolhida a Jesus e seus discípulos, mostrando intolerância e zelo passional cego.
 Eram comodistas (v. 54)
 Tinham as prioridades invertidas (v. 59)
 Eram comodistas (v. 61)
8. PENEIRANDO OBREIROS

Texto  Jo 6.53-71
1. O sermão sobre o pão da vida produziu resultados decisivos. Ele (o sermão) transformou em
aversão o entusiasmo popular por Jesus e, como uma joeira, separou os verdadeiros dos falsos
discípulos. Dia a Palavra e Deus em Jo 6.66: “Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram
para trás e já não andavam com ele”.
2. Esse resultado não surpreendeu Jesus. Ele já o esperava; e, em certo sentido até o
desejava, embora isso o deixasse profundamente entristecido.

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3. Jesus estava “peneirando” homens, so qeria discípulos que lhes fossem dados pelo Pai,
enviados pelo Pai, ensinados pelo Pai, sabendo que so esses permaneceriam em Sua Palavra.
9. TIPOS DE OBREIROS

 Bons obreiros. A Biblia menciona muitos bons obreiros, cujas vidas nos inspiram e nos
ensinam. Alguns deles são:
 Eliézer (Gn 24.2,34) 18

 Moises (Nm 12.7; Hb 3.5)


 Samuel (1 Sm 12.2-5)
 Daniel (Dn 6.4)
 Barnabé (At 11.24)
 Paulo (2 Tm 4.7)
 Tiquico (Cl 4.7,8)
 Demétrio (3 Jo v. 12)
 Maus obreiros. Algumas referências sobre maus obreiros:
 Nadabe e Abiú (Lv 10.1-10). Eram inovadores. Criaram um culto diferente do estabelecido por
Deus.
 Coré e seu grupo (Nm 16.1-3). Rebeldia contra o líder posto por Deus.
 Urias, o sacerdote (2 Rs 16.10-18). Urias foi o grande inovador da doutrina e dos costumes no
AT. Foi um fantoche do rei Acaz: “E fez Urias, o sacerdote, conforme tudo quanto o rei Acaz lhe
ordenara”. (2 Rs 16.16).
 Geazi (2 Rs 5.20-27). Mercenario e interesseiro.
 Aimaás, filho de Zadoque (2 Sm 18.19-29). Era conhecido pelo nome e pela pressa, mas não
tinha mensagem. Ele fez-se mensageiro sem mensagem!
 Diótrefes (3 Jo vv. 9,10). Esse mau obreiro era:
 Egoísta (v.9). “Procura ter entre eles o primado”.
 Indelicado (v. 9). “Não nos recebe”.
 Maledicente; falava mal dos outros (v. 10). “Proferindo contra nós palavras maliciosas”.
 Autoritário, arrogante, arbitrário (v. 10). “Impede os que querem recebê-los”.
 Perseguidor (v. 10). “E os lança fora da igreja”.
Há igrejas em que os obreiros dão mais trabalho do que os membros.

Grande parte do tempo das reuniões do Ministério e das Convenções é para tratar e resolver
problemas de maus obreiros; tempo esse que poderia ser utilizado em algo realmente proveitoso.
10. PERIGOS, TENTAÇÕES E DIFICULDADES DO OBREIRO

 1 Tm 4.16; At 20.28a.
a) A popularidade, a fama. Ela anestesia a pessoaa, principalmente que não está preparado
para experimentr o sucesso (o neófito e o orgulhoso). Ler 2 Sm 7.8,9; 1 Ts 2.6; Pv 27.21).
b) A ganância.
 Está relacionado ao dinheiro.
 A ganância tem levado muitos obreiros à ruína
 Nas instruções para o ministério aparece esse assunto ( Tm 3.3; 6.10)
 Os casos de Balaão, Geazi, Judas Iscariotes. Ler 1 Pe 5.2.
c) Ambição por posição, por cargo (3 Jo v.9).
d) Relacionamento incoveniente com o sexo oposto.

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 Isso leva a cobiça carnal, e por fim, a consumaçao o pecado. O pecado carnal, aos poucos
leva a pessoas a adormecer espiritualmente, como ocorreu com Sansão (Jz 16.14,19,20).
 Davi teve sérios problemas por cauda de uma “escapadinha” (2 Sm 12.10).
 José fugiu da mulher de Potifar (Gn 39.12).
 Paulo recomenda a Timóteo que fuja dos desejos da mocidade (2 Tm 2.22).
e) Transigência com o erro, com o mal. 19
É o caso da disciplina bíblica na igreja.
E o caso do liberalismo antibíblico e anticristão na igreja.
 Liberalismo no culto  O culto coletivo sem equilíbrio, sem dosagem, sem seriedade, sem
espiritulidade, sem reverência, vulgar, inferior.
 Liberalismo na disciplina bílica e cristã  Abolição da disciplina bíblica. Cada um faz o que
quer. Liderança cristã omissa, fraca ou inexistente.
 Liberalismo na música  muita música na igreja hoje não tem qualquer diferença da música
mundana e ímpia. Pode até haver louvr, mas não há adoração ao Senhor (2 Cr 29.30).
 Liberalismo no porte pessoal, usos e costumes  Usos, praticas e costumes mundanos
que dão mau testemunho do Evangelho. Eles apagam parte das diferenças entre a igreja e o
mundo.
 Imaturidade de todas as formas (Ec 10.16; 1 Tm 3.6).
 A maturidade.
 É preciso vigilância na maturidade, há erigos nela também (1 Rs 13.1; ! Sm 1.9; 4.18)
 Saul, Davi e Gideão fracassaram após muitos anos de liderança.
 A negligência espiritual n vida cristã e na obra do Senhor.
 É a prevaricação tão citada na Bíblia;a inconstância. Ler Gn 49.4; 2 Co 8.6; Rm 12.11.
 O orgulho do obreiro.
 O orgulho enfraquece a resistência do obreiro.
 Todo o obreiro deve tomar cuidado com o orgulho e a leviandade (Pv 11.2; 16.5).
 Rebeldia do obreiro contra a vontade de Deus.
 Há obreiros que so obedecem enquanto são pequenos, quando crescem não se submetem,
não cedem.
 Moises e sua desobediência em Meribá (Nm 20.24).
 Saul e sua obediência incompleta (1 Sm 15.8 ss).
 O complexo messiânico.
 O individuo julga-se dono exclusivo da verdade, Deus só fala por meio dele.
 Quando ele se ausenta, ele acha que não haverá bênçãos sobre o trabalho.
 Ele acha que se morrer, as coisas vão parar e a obra vai se acabar.
 O complexo de gafanhoto
É o inverso do ponto “K” acima. Nm 11.33.
11. O SUCESSO DO OBREIRO NO MINISTÉRIO

 Depende basicamente de quatro coisas:


1) Piedade. Em linguagem comum chamamos de espiritualidade. E a vida cheia do Espírito
Santo e assim cultivada. Da palavra grega eusebeia, que denota reverência, respeito, fidelidade a
Deus, religiosidade.

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2) Fidelidade (2 Tm 2.2; 1 Co 4.2). O povo em geral julga os obreiros pelos dons e dotes. Mas
Jesus julga-nos pela nossa fidelidade e amor (Mt 25.21).
3) Maturidade. E sabedoria prática nos seus variados aspectos, em nosso viver e agir (Ef
1.13,14; Cl 1.28).
4) Preparo (2 Tm 2.15).
O termo “obreiro” aqui, segundo o original, fala de trabalhador, artesão, profissional; o que 20
implica conhecimento especializado no seu campo de trabalho.
O obreiro que não lê, não estuda, não anota, não participa de estudos bíblicos e afins, não
cursa. Enfim, não tem interesse pela educação e pela cultura, deixa de aprender, pára no tempo e n
espaço, e passa a dizer sempre as mesmas coisas à sua congregação.
“O homem vale pelo que pensa; pensa pelo que sabe; e sabe pelo que lê” (Ruy Barbosa).
É evidente que todo conhecimento adquirido deve ser acompanhado de muita oração.
CONCLUSÃO

O Santo Ministério é para os chamados e capacitados por Deus, aqueles vocacionados,


experimentados e aprovados pelo Senhor.
O Santo Ministério e para o serviço do Mestre, é para o resgate e cuidado de almas, é para
edificar vidas e prepara-las para o arrebatamento da igreja.
Que meditemos nas palavras do apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a
carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).
 BIBLIOGRAFIA:
 BRINER, Bob – Os métodos de administração de Jesus
 SHEDD, Russel Philip – O líder que Deus usa: resgatando a liderança bíblica
 MEYER, Joyce – A formação de um líder: a essência de um líder segundo o coração de Deus
 HAGGAI, John – Seja um líder de verdade
 Administração Eclesiástica – Faculdade Gamaliel
 Halley, H.H. – Manual Bíblico – Vida Nova
 Dicionário Bíblico de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil
 Dicionário Bíblico Universal – Editora Vida
 ROBINSON, Darrel W. – Vida total da igreja – JUERP
 HORTON, Stanley – Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD
 BRUCE, A.B. – O treinamento dos doze
 DODD, Brian J. – Liderança de poder na igreja - CPAD
 Bíblia Digital ABSVD
 Bíblia Digital Glow
 STRONG, James - Nova Concordância Exaustiva de Strong.
 BURNS, Bárbara/AZEVEDO, Décio de/CARMINATI, Paulo Barbero F. de - Costumes e culturas: uma introdução à
antropologia missionária/. — 3 ed. — São Paulo: Vida Nova, 1995. Baseado na obra de E.A. Nida.
 PERLMAN, Myer - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora VidaBíblia Digital Glow
 Nova Concordância Exaustiva de Strong – James Strong
 Novo Comentario da Bíblia – F. Davidson – Vida Nova.
 Apostila do Pastor Antôno Gilberto – Seminario do obreiro.
 Dicionário Almeida – SBB – 2.ª edição.
 Bíblia digital ABSVD.
 Dicionário Bíblico Universal – Editora Vida.
 Robinson, Darrel W – Vida Total da Igreja – JUERP – 2.ª edição.
 Horton, Stanley – Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal – CPAD, 9.ª edição.
 Berkhof, Louis – Teologia Sistemática.
 A.B. Bruce – O treinamento dos doze - CPAD.
 Sites da Internet

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