Liderança Cristã
“Quem pensa que lidera e não tem seguidores, apenas dá um passo” (John Maxwell)
O
Tema liderança é muito abrangente e extremamente abordado em nossos dias,
2
inclusive com o lançamento de dezenas de livros, com a exposição em inúmeras
palestras, pregações, etc., e para começarmos a entender um pouco essa questão,
transcrevemos aqui as palavras do Dr. Russel Shedd:
“Liderança faz a diferença, por sinal uma grande
diferença, pois ela oferece direção, molda o caráter e
cria oportunidades. A liderança de alta qualidade será
encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer
comunidade ou organização possui. A liderança de baixa
qualidade, ao contrário, produz um desperdício trágico e uma frustração caótica. Líderes de Deus
estão sempre em falta”. É isso mesmo, líderes de Deus estão sempre em falta e precisamos
investir em material humano se quisermos ter uma liderança sadia em nossas igrejas, alcançar a
excelência e formar novas gerações de líderes que temam ao Senhor, se dediquem à Sua obra e
anelem Sua vinda.
1. O que é liderança
A liderança é um esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro de um
grupo, no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício, que atendam as
necessidades reais do grupo. E esse líder exerce uma influência especial, que não é forçada sobre
as pessoas, pois os liderados depositam confiança nesse líder, convencidos de que com ele e por
meio dele objetivos serão alcançados, para a glória de Deus.
O líder trabalha para atingir uma meta com a cooperação de outras pessoas. E o processo
necessário para se conseguir a cooperação delas pode ser aprendido e desenvolvido. O líder
motiva outros para participarem, envolvendo-os num projeto comum.
2. Um chamado à liderança
Deus está chamando líderes, nem detentores de poder. Não está chamando artistas, muito
menos peritos em congratulações mútuas. Nem traficantes de influências. Nem demagogos
exibicionistas, manipuladores de multidões. Deus está chamando líderes!!!
A crise de liderança
Cristianismo. Mas, havia um punhado de moços que sabia que o único modo de salvar o mundo da
destruição iminente era a volta à mensagem.
Homens como John e Charles Wesley1, além de
George Whitefield2 que se converteram em
evangelistas flamejantes e levaram o evangelho 3
por toda a Grã-Bretanha e América. Esta
liderança evangélica produziu um impacto
positivo no mundo inteiro. John Howard
promoveu a reforma de prisões na Europa. No século seguinte J. Hudson Taylor3 fundou a Missão
do Interior da China, que, em 1910, já havia enviado 968 missionários.
A NOVA LIDERANÇA
Como será essa liderança que esses novos cidadãos do mundo terão? Será honesta ou
corrupta? Estará se sacrificando ou se enriquecendo? Será humilde ou arrogante?
As sociedades de nosso mundo, em todos os seus níveis, clamam por uma liderança efeiciente
– em nosso sistema educacional, na política internacional, em nossas igrejas cristãs. As massas
buscam uma verdadeira liderança. O mundo não necessita de um elenco de elitistas que falem de
amor e compaixão enquanto se mantém isolados das pessoas de carne e osso. O mundo está à
procura de líderes, entregue nas mãos de Deus e compassivamente interessados pelo povo.
3. DISCIPULADO E RENDIÇÃO
1 John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791): Foi um clérigo anglicano e teólogo cristão
britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
Charles Wesley (1707 - 1788) foi o líder do movimento metodista juntamente com seu irmão mais velho John Wesley. Charles é mais
lembrado pelos muitos hinos que compôs.
2 George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o
Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto
sobre a ideologia americana. Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre".
3 James Hudson Taylor (21 de Maio de 1832 – 3 de Junho de 1905) foi um missionário Cristão Protestante Inglês na China, e
fundador do China Inland Mission (CIM) (agora OMF International). Taylor viveu na China por 51 anos. A sociedade que ele iniciou foi
responsável pelo envio de mais de 800 missionários ao país que começaram 125 escolas e diretamente resultou na conversão Cristã
de 18.000 pessoas.
e ao seu Reino. Precisamos de líderes que modelem a maneira de se submeter a Deus e que
recebam a força e purificação de Deus para o serviço no mundo. É animador sentir-se forte,
competente e no comando, mas não há poder espiritual verdadeiro nisso, nem habilidade para
materializar a realidade do Reino de Deus. A liderança vivificadora flui da dependência profunda
naquele que fortalece, purifica, guia e vivifica nosso viver. 4
Em suma, o que precisamos é de discipulado, antes de qualquer aspiração à liderança. Os
líderes que precisamos necessitam modelar a maneira de seguir a Cristo, de viver sob o governo
de Cristo e de buscar a semelhança de Cristo, ao depender confiantemente de Deus.
O CAMINHO PARA O PODER DO LÍDER: RENDIÇÃO
Render-se é a maneira pela qual podemos nos livrar das amarras da "carne". O problema da
carne pode ser ilustrado por meio da analogia de como conduzir um carro. Quando vivemos
segundo a carne, nossas mãos seguram tão firmemente a direção de nossa vida, e, por
conseguinte, de nossa família e de nosso ministério, que as juntas dos dedos chegam a ficar
esbranquiçadas. Render-se é soltar a direção e passar a ocupar o banco do passageiro, permitindo
que Deus ocupe totalmente o lugar de motorista e o controle de nossa vida. Participamos da
jornada à medida que Deus pede e requer isso de nós, e não contra-ordenamos o que Deus quer.
Muitos substituem a obediência e submissão a Deus pela arrogância do desejo e determinação
pessoais. Sempre que pensamos sobre o assunto, podemos imaginar a cena de um garoto de dois
anos berrando: “eu sei fazer sozinho!”.
Muitos, ou talvez a maioria de nós, provavelmente não vão ao local de rendição e submissão por
si mesmos. Paulo também não. Ele estava no caminho da morte, mas estava totalmente
convencido de que servia a Deus — em seu caminho para assassinar cristãos em Damasco, com a
aprovação de seus superiores religiosos! Esse foi o momento em que o Cristo ressureto o
confrontou, o colocou de joelhos e o cegou. Ironicamente, a cegueira física de Paulo tornou-se o
início de seu despertar para a vida no Espírito, pois ele recebeu a verdadeira visão espiritual. Para
Paulo, essa visão veio subitamente por meio de um resplendor de luz do céu, e foi um choque para
os cristãos primitivos encontrar esse homem transformado (veja At 9-1-31; 22.1-21; 26.1-23).
Quando percebemos quão profundamente necessitamos de Deus e nos convencemos de que os
seus propósitos são muito superiores a nossas preferências, então estamos prontos a nos
submeter a Deus. O processo é doloroso e muitas vezes não o queremos, mas é necessário para
se tomar o caminho do ministério de poder pelo Espírito, para formação de um líder segundo o
coração de Deus.
4. QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?
Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém "que convence seguidores de
que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra
Para um líder guiar, precisa ter autoridade, tanto quanto um automóvel precisa de um motor
para ser dirigido. Se o líder é escolhido desconsiderando-se os critérios de Deus e os valores
bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo. Exemplo claro disso foram as trágicas
consequências da escolha de Israel, para que Abimeleque reinasse sobre eles (Jz 9). A sua história
sórdida demonstra o quão é importante fazer a escolha certa. A Bíblia oferece grandes exemplos
de líderes escolhidos por Deus. Suas personalidades foram tão distintas quanto as suas faces e as
suas biografias, no entanto, algumas características merecem uma consideração especial.
repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da
liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma,
que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Êx 32.1-6). Como um líder
deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram
como consequência.
F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do
tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o
povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel
tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.
G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-se ao inesperado. De um
príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e
líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez
verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.
H. Objetividade: É a habilidade para controlar
sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de
Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir
Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande
nação, demonstra como este era destituído de
sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Êx
32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma
dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.
CONCLUSÃO
Muitos outros exemplos de princípios de liderança poderiam ser extraídos das histórias da vida
de homens proeminentes do Antigo Testamento. Porém, esses exemplos apresentados devem ser
suficientes para destacar o significado do caráter e da maturidade espiritual nas vidas daqueles que
Deus escolhera para servi-lo como líderes.
As circunstâncias de hoje são radicalmente diferentes daquelas que envolviam a vida de
José, Moisés, Davi e outros grandes homens de Deus, mas os princípios e verdades que
governaram suas ações e atitudes, ainda podem ser mantidas como verdadeiras para os dias de
hoje.
Pr. Carlos Azevedo- Assembleia de Deus em Icoaraci
Escola de Líderes
Administração Eclesiástica
“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém
administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em
tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e
poder para todo o sempre. Amém”.(I Pe 4.11) 7
A administração é necessária, pois desde muito cedo se verificou que é impossível ao homem
realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras
pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a
pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes
que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num
campo definido de conhecimentos científicos.
3. A Administração Eclesiástica
Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a igreja
precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde
com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade, organicidade, fraternidade,
unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo 8
1) Funções Privativas
a) Administrar as cerimônias.
b) Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.
c) Celebrar casamento religioso com efeito civil.
d) Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.
2) Atribuições
a) Orar com o rebanho e por ele.
b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.
c) Exercer as suas funções com zelo.
d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual
do povo de Deus. 9
que proporcione uma visão clara dos nossos objetivos, para onde nos dirigimos e como vamos
alcançar nosso alvo.
3) Dirigir ou liderar: Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas
proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para
que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe. Delegar autoridade e 10
Como é a sensação de urgência? Estressante? Sufocante? Exato!. Mas vamos ser honestos. Às
vezes ela é estimulante. Sentimo-nos úteis, bem-sucedidos e importantes.
Especializamo-nos em apagar incêndios. Toda vez que surge um problema, corremos para o
perigo, apagamos o fogo e caminhamos em direção ao pôr-do-sol como heróis do dia. A urgência
nos traz resultados imediatos e instantâneos. 11
Enquanto resolvemos as crises urgentes, sentimo-nos
temporariamente anestesiados. Passada a tempestade, a
síndrome da urgência é tão forte que somos impulsionados a
fazer qualquer outra coisa urgente, só para nos mantermos em
atividade. As pessoas esperam que estejamos sempre
ocupados, cheios de trabalho para fazer.
Tornou-se um símbolo de status de nossa sociedade: se estamos sempre ocupados é porque
somos importantes. Chegamos a ficar constrangidos quando estamos ociosos. Sem o stress do
trabalho, muitas vezes sentimo-nos improdutivos. O corre-corre nos justifica, nos populariza e nos
dá prazer. E é também uma boa desculpa para não lidarmos com as verdadeiras prioridades de
nossas vidas:
– “Não tenho tempo de fazer exercício. Sei que é importante, mas tem tantas coisas mais
importantes. Quem sabe quando as coisas acalmarem um pouco…”’
– “Voltar a estudar? Quem sabe no futuro, quando sobrar tempo…?
A síndrome da urgência é um comportamento autodestrutivo que preenche temporariamente o
vazio criado por necessidades não-atendidas.
Questões para reflexão:
Veja como podemos caracterizar o “workholic”
1. Trabalha mais que onze horas
2. Almoça trabalhando
3. Não tira férias de vinte dias há três anos
4. Eternamente insatisfeito
5. Acha que trabalha mais que os outros
6. Fala ao telefone mais de uma hora por dia (13% do dia)
7. Avalia as pessoas pelo seu aspecto profissional e, depois, pelo pessoal.
As atitudes acima se revelam nocivas, de acordo com alguns sintomas geralmente
diagnosticados:
1. Ambiente tenso no lar;
2. Sensação de fracasso pessoal;
3. Dificuldades financeiras;
Isso não verdade. Certamente há muitas coisas em sua vida pessoal e familiar que você
reconhece que deve e deseja fazer, mas não faz - "por falta de tempo". Você pode estar querendo,
há anos, reformar algumas coisas em sua casa, escrever um livro ou um artigo, aprender outra
língua, desenvolver algum hobby, tirar duas semanas sem perturbações para descansar, curtir os
filhos que estão crescendo, tudo isso sem conseguir. A culpa é sempre da falta de tempo. A
administração do tempo poderá permitir que você faça essas coisas em sua vida pessoal e familiar.
4) O quarto mito é que ter tempo é questão de querer ter tempo.
Você certamente já ouviu muita gente dizer isso. De certo modo essa afirmação é verdadeira
- até onde ela vai. Normalmente damos um jeito de arrumar tempo para fazer aquilo que realmente
queremos fazer. Mas a afirmação não diz tudo. Não basta simplesmente querer ter tempo para ter
tempo. É preciso também querer o meio indispensável de obter mais tempo - e esse meio é a
administração do tempo. Contrária a esses mitos, a verdade é que administrar o tempo é saber
usa-lo para fazer aquelas coisas que você considera importantes e prioritárias, tanto no ministério
pastoral, quanto na vida pessoal. 13
Quem tem tempo não é quem não faz nada: mas sim quem consegue administrar o tempo
que possui.
CONCLUSÃO
Jesus tinha um plano e obedeceu a ele fielmente. Essa foi a razão maior de seu sucesso. Ele
sabia para onde ia e permanecia naquela direção (Mt 16.21-23; Lc 2.49). Nada o detinha, como nos
diz o escritor aos Hebreus: “Mantenham os olhos em
Jesus, que começou e terminou a corrida de que
participamos. Observem como ele fez. Porque ele
jamais perdeu o alvo de vista – aquele fim jubiloso
com Deus” (Hb 12.2,3 - Bíblia A mensagem). Sabendo
que a última etapa de seu plano seria executada em
Jerusalém e ainda o sacrifício final seria exigido dele
ali, ele fez seu rosto como um seixo, como diz a
Escritura em Isaías 50.7, ou seja, Jesus foi firme como
uma rocha, inflexível, resoluto. Fossem quais fossem as consequências, ele iria à Jerusalém e
executaria seu plano.
Que tenhamos um plano, um objetivo em nossa liderança para alcançarmos o alvo, que
completemos a carreira e recebamos o prêmio que Deus nos concederá (Fp 3.14; II Tm 4.7,8).
O serviço realizado para Deus é certamente um privilégio, uma honra, em face da notabilidade
do Senhor, Seu caráter e retidão, além de Sua absoluta fidelidade em recompensar os que se 14
distribuir os livros para o culto, e depois colocá-los no seu lugar. Geralmente ajudava o princial
oficiante. Em 1 Tm 4.6 aparece no original grego o termo “diakonos”, que significa “servo”,
“servidor”
O obreiro como servo fala de trabalho e submissão.
O teólogo Louis Berkhof sugere que a palavra “presbítero” ou “ancião” surgiu dos
anciãos que governavam a sinagoga judaica e que o termo foi aproveitado pela igreja. O
próprio nome, “ancião” com frequência referia-se literalmente aos mais velhos, respeitados
pela sua dignidade e sabedoria. Nos tempos do NT os presbíteros tambem eram chamados
de Bispos (At 20.17,28; Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
4 "Os que presidem" ARA, "os líderes", que se usa aqui, aparece também em Rm 12.8 referindo-se aos líderes da igreja em
Roma; eles são, sem dúvida, idênticos àqueles que em outra parte, são chamados pastores, anciãos e bispos. O termo refere-
se também a “estar à frente”, “estar sobre”, “superintender”, “presidir sobre”, “ser um protetor ou guardião”, “dar ajuda”,
“cuidar, dar atenção a”.
5 “Governo”, “administração”, nesse caso administração eclesiástica.
6“Ser líder”, “conduzir pelo caminho”, “governar”, “comandar”, “ser governador de uma província”.
7 O termo poimen tem os seguintes significados: “vaqueiro”, “pastor”; na parábola, “aquele a cujo cuidado e controle
outros se submeteram e cujos preceitos eles seguem”, “oficial que preside”, “gerente”, “diretor de qualquer assembléia”:
“descreve a Cristo, o Cabeça da igreja”, “supervisores das assembléias cristãs” .
O termo “pastor” é usado hoje mais amplamente para quem tem a responsabilidade e
supervisão espirituais da igreja local. O termo poimen aparece apenas uma vez no NT como
referência direta ao Ministério do pastor (Ef 4.11). O conceito ou função do pastor, no entanto, é
encontrado por toda a Escritura Sagrada. Conforme sugere o nome, pastor é aquele que cuida das
ovelhas, conforme o retrato que Jesus faz de si mesmo: o “Bom pastor” – ho poimên ho kalos, em
Jo 10.11 ss.
16
O autêntico ministério evangélico não é um cargo para ser ocupado, ou uma ocupação, mas
um dom divino para ser exercido.
Um cargo ministerial (como ser presidente de diretoria de igreja) é sufragado e temporário; já
o dom ministerial é concedido por Deus, e é permanente (Jr 3.15; Ef 3.7; 4.11; 1 Tm 4.14; Gl 1.15).
O ministério não é profissão. O médico pode ser médico, mesmo sem vocação para a
medicina, mas um obreiro sem vocação divina, sem chamamento do Senhor para o ministério é um
desastre em todos os sentidos.
Se um pai nota que seu filho tem vocação para o ministério, deve ter a necessária prudência
de esperar até que Deus mostre a mesma coisa a outros servos seus e estes vejam a mesma
coisa.
O ministério não é emprego e nem e hereditário. O modo mundano de funcionamento de uma
igreja é ter um clérigo profissional realizando o trabalho espiritual. Um ministro assalariado, que faz
a obra do ministério. O pastor e o executivo principal. O povo não tem qualquer ministério.
No modelo bíblico para a vida da igreja, os membros da igreja convivem num contexto de
comunhão uns com os outros. No modelo bíblico, o pastor dedica-se a equipar o ministério.
6. ORDENAÇÃO E SEPARAÇÃO DE OBREIROS
A chamada divina. Quando é Deus que chama, Ele o faz de maneira inconfundível, como no
caso de Paulo (At 9.15).
A chamada humana. Do tipo “vem para cá”, sem Deus ter qualquer participação.
A chamada própria. Isto é, a própria pessoa se oferece, sem Deus ter qualquer participação no
caso. 17
O exemplo de Ló:
Abraão foi de fato chamado por Deus (Gn 12.1).
Ló simplesmente “foi com ele”, é o que diz a Biblia (Gn 12.1; 13.1,5). H
Há muitos obreiros essa situação: apenas seguindo alguém, sem ter qualquer chamada, nem
direção divina.
Ló olhou para a “campina regada” (Gn 1.10). Abraão olhou para “os ceus” (Gn 15.5).
O caso de Davi. Aqui temos um nítido exemplo do que pode ocorrer na chamada do obreiro.
A escolha de Samuel, o lider: Eliabe (1 Sm 16.6).
A escolha de Jessé, o pai: Abinadabe (1 Sm 6.8).
A escolha de Deus, o dono da obra: Davi, que nem estava presente, (1 Sm 16.12). Deus
advertiu Samuel dizendo-lhe:
“O homem vê o que está diante dos olhos. Porém o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7).
A chamada divina não prepara o obreiro.
O crente tendo plena convicção da chamada divina, deve imediatamente procurar equipar-se e
preparar-se no que depender dele.
Ninguém quer ficar nas mãos de um médico ou cirurgião que porventura esteja “fazendo
experiências nas pessoas”.
7. A MATURIDADE MINISTERIAL
Texto Jo 6.53-71
1. O sermão sobre o pão da vida produziu resultados decisivos. Ele (o sermão) transformou em
aversão o entusiasmo popular por Jesus e, como uma joeira, separou os verdadeiros dos falsos
discípulos. Dia a Palavra e Deus em Jo 6.66: “Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram
para trás e já não andavam com ele”.
2. Esse resultado não surpreendeu Jesus. Ele já o esperava; e, em certo sentido até o
desejava, embora isso o deixasse profundamente entristecido.
3. Jesus estava “peneirando” homens, so qeria discípulos que lhes fossem dados pelo Pai,
enviados pelo Pai, ensinados pelo Pai, sabendo que so esses permaneceriam em Sua Palavra.
9. TIPOS DE OBREIROS
Bons obreiros. A Biblia menciona muitos bons obreiros, cujas vidas nos inspiram e nos
ensinam. Alguns deles são:
Eliézer (Gn 24.2,34) 18
Grande parte do tempo das reuniões do Ministério e das Convenções é para tratar e resolver
problemas de maus obreiros; tempo esse que poderia ser utilizado em algo realmente proveitoso.
10. PERIGOS, TENTAÇÕES E DIFICULDADES DO OBREIRO
1 Tm 4.16; At 20.28a.
a) A popularidade, a fama. Ela anestesia a pessoaa, principalmente que não está preparado
para experimentr o sucesso (o neófito e o orgulhoso). Ler 2 Sm 7.8,9; 1 Ts 2.6; Pv 27.21).
b) A ganância.
Está relacionado ao dinheiro.
A ganância tem levado muitos obreiros à ruína
Nas instruções para o ministério aparece esse assunto ( Tm 3.3; 6.10)
Os casos de Balaão, Geazi, Judas Iscariotes. Ler 1 Pe 5.2.
c) Ambição por posição, por cargo (3 Jo v.9).
d) Relacionamento incoveniente com o sexo oposto.
Isso leva a cobiça carnal, e por fim, a consumaçao o pecado. O pecado carnal, aos poucos
leva a pessoas a adormecer espiritualmente, como ocorreu com Sansão (Jz 16.14,19,20).
Davi teve sérios problemas por cauda de uma “escapadinha” (2 Sm 12.10).
José fugiu da mulher de Potifar (Gn 39.12).
Paulo recomenda a Timóteo que fuja dos desejos da mocidade (2 Tm 2.22).
e) Transigência com o erro, com o mal. 19
É o caso da disciplina bíblica na igreja.
E o caso do liberalismo antibíblico e anticristão na igreja.
Liberalismo no culto O culto coletivo sem equilíbrio, sem dosagem, sem seriedade, sem
espiritulidade, sem reverência, vulgar, inferior.
Liberalismo na disciplina bílica e cristã Abolição da disciplina bíblica. Cada um faz o que
quer. Liderança cristã omissa, fraca ou inexistente.
Liberalismo na música muita música na igreja hoje não tem qualquer diferença da música
mundana e ímpia. Pode até haver louvr, mas não há adoração ao Senhor (2 Cr 29.30).
Liberalismo no porte pessoal, usos e costumes Usos, praticas e costumes mundanos
que dão mau testemunho do Evangelho. Eles apagam parte das diferenças entre a igreja e o
mundo.
Imaturidade de todas as formas (Ec 10.16; 1 Tm 3.6).
A maturidade.
É preciso vigilância na maturidade, há erigos nela também (1 Rs 13.1; ! Sm 1.9; 4.18)
Saul, Davi e Gideão fracassaram após muitos anos de liderança.
A negligência espiritual n vida cristã e na obra do Senhor.
É a prevaricação tão citada na Bíblia;a inconstância. Ler Gn 49.4; 2 Co 8.6; Rm 12.11.
O orgulho do obreiro.
O orgulho enfraquece a resistência do obreiro.
Todo o obreiro deve tomar cuidado com o orgulho e a leviandade (Pv 11.2; 16.5).
Rebeldia do obreiro contra a vontade de Deus.
Há obreiros que so obedecem enquanto são pequenos, quando crescem não se submetem,
não cedem.
Moises e sua desobediência em Meribá (Nm 20.24).
Saul e sua obediência incompleta (1 Sm 15.8 ss).
O complexo messiânico.
O individuo julga-se dono exclusivo da verdade, Deus só fala por meio dele.
Quando ele se ausenta, ele acha que não haverá bênçãos sobre o trabalho.
Ele acha que se morrer, as coisas vão parar e a obra vai se acabar.
O complexo de gafanhoto
É o inverso do ponto “K” acima. Nm 11.33.
11. O SUCESSO DO OBREIRO NO MINISTÉRIO
2) Fidelidade (2 Tm 2.2; 1 Co 4.2). O povo em geral julga os obreiros pelos dons e dotes. Mas
Jesus julga-nos pela nossa fidelidade e amor (Mt 25.21).
3) Maturidade. E sabedoria prática nos seus variados aspectos, em nosso viver e agir (Ef
1.13,14; Cl 1.28).
4) Preparo (2 Tm 2.15).
O termo “obreiro” aqui, segundo o original, fala de trabalhador, artesão, profissional; o que 20
implica conhecimento especializado no seu campo de trabalho.
O obreiro que não lê, não estuda, não anota, não participa de estudos bíblicos e afins, não
cursa. Enfim, não tem interesse pela educação e pela cultura, deixa de aprender, pára no tempo e n
espaço, e passa a dizer sempre as mesmas coisas à sua congregação.
“O homem vale pelo que pensa; pensa pelo que sabe; e sabe pelo que lê” (Ruy Barbosa).
É evidente que todo conhecimento adquirido deve ser acompanhado de muita oração.
CONCLUSÃO