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Foz do Iguaçu - PR
2009
I
Foz do Iguaçu – PR
2009
II
TERMO DE APROVAÇÃO
Aluno(a):
Orientador(a): Prof(ª)
Conceito Final
Banca Examinadora:
Prof(ª).
Prof(ª).
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Portanto, devemos:
Da procura, um encontro.”
Fernando Pessoa
VI
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 14
2.1 Impacto Ambiental ........................................................................................... 14
2.2 Urbanização ..................................................................................................... 18
2.3 Estudo Ambiental ............................................................................................. 21
2.4 Matrizes ........................................................................................................... 25
2.5 Licença Ambiental ........................................................................................... 27
2.6 Geologia .......................................................................................................... 28
2.7 Hidrologia......................................................................................................... 29
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 34
3.1 Caracterização da área de estudo ................................................................... 34
3.1.1 Caracterização do Empreendimento ......................................................... 34
3.1.2 Caracterização geológica .......................................................................... 37
3.1.3 Caracterização climática ........................................................................... 39
3.1.4 Caracterização hidrológica ........................................................................ 42
3.1.5 Caracterização da Flora ............................................................................ 45
3.2 Áreas de Influência .......................................................................................... 47
3.3 Metodologia da Pesquisa................................................................................. 49
3.4 Procedimentos ................................................................................................. 49
3.4.1 Trabalho de Campo................................................................................... 49
3.4.2 Escritório ................................................................................................... 51
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 52
4.1 Avaliação dos Impactos Ambientais Diretos .................................................... 52
4.2 Diagnóstico do Impacto Ambiental .................................................................. 53
4.2.1 Clima ......................................................................................................... 54
4.2.2 Poluição do Solo ....................................................................................... 55
4.2.3 Recursos Hídricos ..................................................................................... 57
4.2.4 Impactos na Flora...................................................................................... 63
4.2.4 Impactos sociais ........................................................................................ 65
4.2.6 Infra-estrutura ............................................................................................ 67
4.2.7 Poluição sonora ........................................................................................ 69
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 73
ANEXOS ................................................................................................................... 77
VII
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
ABSTRACT
The accelerated Urban Sprawl has caused a number of negative impacts on the
environment. The advances in political housing in the municipality of Foz do Iguaçu
have led the City Hall to build, in the municipal southern zone, Bubas land
subdivision. The approval of land subdivisions within environmental preservation
areas may contaminate rivers and remaining water sources in the municipal urban
areas. This Study performed an environmental diagnosis aiming to identify the direct
environmental impacts caused by it as a whole. Areas under direct and indirect
influences have been determined. The activities developed for the elaboration of the
diagnosis were divided into two stages: fieldwork; office. The chief impacts identified
at the study site have been described below according to the results of the interaction
matrix. During the visits made at the study site, it was possible to observe human,
physical and biological impacts on the environment. Among them, climate, soil
pollution, hydrological resources, vegetation, social impacts, infrastructure and noise
pollution are interrelated. According to Leopold matrix, with exception of the noise
pollution, all impacts have shown to be permanent, and with exception of the social
impact, which has presented itself as partially benefic and partially adverse, They all
have shown to be adverse. The most significant impacts were the climate impact, soil
pollution and the hydrological resources impact, which showed the highest level of
significance. We can also conclude that the farm studied located next to the
southwestern area of Bubbas land subdivision, is suffering the most all the physical
impacts of this process and a great part of this problem would disappear if a rain
water capture system were included in the project.
1 INTRODUÇÃO
um planejamento mais adequado dos recursos naturais é cada dia mais evidente.
população de menor renda, ocorreu com o deslocamento das áreas mais centrais e
medida que novas porções do território foram sendo apropriadas pelas atividades
agropecuárias.
contaminação da água.
influência e relações.
legislação. Alguns desses autores comentam que os estudos não atendem de modo
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
resultado de uma ação humana, que é a sua causa. Não se deve, portanto,
espécies nativas não é um impacto ambiental benéfico, mas uma ação (humana)
que tem o propósito de atingir certos objetivos ambientais, como a proteção do solo
situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto.” (PRADO
meio ambiente natural, até aqueles que não só afetam profundamente a natureza,
como também provoca diretamente problemas para o ser humano, como a poluição
que são instrumentos bem difundidos de política urbana – não se mostram suficiente
(DIAS, 2007).
apresenta o objetivo da AIA dado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
executadas, assim como a prevenção, correção e valoração dos mesmos, tudo isso
com a finalidade de ser aceito, modificado ou rejeitado por parte das administrações
cumprir esse papel, a AIA é organizada de forma que seja realizada uma série de
assuntos.
dinâmica de escoamento.
determina, explicitamente, que todo EIA deve incluir a “definição das medidas
18
mitigadoras dos impactos negativos” (Art. 6°, III). Na prática, os EIA’s vão além
2.2 Urbanização
bilhões em 1925. Nos dias atuais, ala aumenta cerca de 90 milhões por ano, e
espera-se que o número de 10 bilhões seja alcançado em 2015, a não ser que um
das mulheres com idade pra ter filhos adotam o controle de natalidade. Se os atuais
América Latina duplicarão suas populações em menos de 25 anos. Países com altos
urbanos que tem ocorrido e que poderão continuar a ocorrer, em escala crescente,
urbanos cada vez maiores. Esse afluxo populacional para as megalópoles está
combinados, fazem até mesmo as favelas nas grandes cidades parecerem mais
medida que as áreas urbanas esgotam os recursos naturais das áreas vizinhas – por
madeira combustível para substituir o óleo – os moradores da zona rural podem ser
20
violência.
restrita aos grandes desastres ecológicos e a agressões ambientais por parte das
grandes empresas, ela se apresenta no cotidiano das famílias, dos bairros, dos e
que mais implica em agressão ao meio ambiente, pois ela é responsável pela
realmente usufruir a vida natural sem colocar em risco o bem-estar das gerações
trata da política urbana, sendo que o Art. 182 tem por objetivo ordenar o pleno
trabalho e ao lazer.
meios físico, biótico e antrópico. Basicamente, a filosofia por trás dessa divisão
inanimado, e no “meio biótico”, tudo o que se referem aos seres vivos, excluídos os
os objetivos EIA’s, assim como a proposta das medidas mitigadoras daqueles que
não poderão ser evitados e dos planos de monitoramento que devem ser instalados
econômico.
análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a
área geográfica na qual são detectáveis os impactos de um projeto, então ela não
projeto for implantado, é o monitoramento ambiental que estabelecerá sua real área
Ambiental para os licenciamentos exigidos por lei, três setores são estudados e
momento, a fim de que se possa construir um programa que controle o uso múltiplo
previsão da magnitude dos impactos. Pode-se afirmar que, quanto mais se conhece
humana pode, em certa medida, ser recuperada mediante ações voltadas para essa
medidas de melhoria do meio físico, por exemplo, a condição do solo, a fim de que
reintrodução da fauna.
2.4 Matrizes
ambiente. Tem como principal função a identificação dos impactos por meio
impactado.
impactos benéficos.
embora esta habilidade seja bastante questionada por alguns autores. O princípio
26
ou normativa uma vez que envolve atribuição de peso relativo ao fator afetado no
âmbito do projeto
são relacionadas na base de causa e efeito. Quando uma ação tem efeito em uma
muito informativo e que permite fazer comparações fáceis. O método permite fácil
severidade.
27
podem ser evitadas. Tais exigências decorrem da necessidade de garantir uma força
2.6 Geologia
superfície terrestre estão sobre alguma forma de relevo ou algum tipo de solo. Existe
integrado desses dois ramos do saber torna-se mais fácil não só diagnosticar danos
ambientais, mas também utilizar esses conhecimentos para que possam estar à
podem ser vistas a olho nu ou facilmente percebidas pelo tato que são
tendendo para o marrom, por exemplo, quase sempre podem ser associados a
frequentemente encharcados.
provocada por resíduos na fase sólida, líquida e gasosa, é, sem dúvida, sob a
primeira forma que ela se manifesta intensamente por duas razões principais: as
horizontal, durante a unidade de tempo. Pode ser medida pela altura de água que se
2.7 Hidrologia
30
palco que o homem atua diretamente para suprir as suas necessidades e, como
ponto central. A bacia de um rio, ou uma bacia fluvial, por exemplo, é a área total de
onde o rio e seu tributários derivam suas águas. 2) Depressão de terreno cercada de
mar interior;
(Guerra, 1978);
portanto a bacia hidrográfica passa a ter uma importância muito grande para o
homem, pois esse espaço geográfico natural estabelece a forma mais elementar de
maior fonte de umidade para a renovação dos recursos de água das áreas
abastecimento doméstico e industrial, além de irrigação e lazer, faz com que, hoje,
há quase totalidade das atividades humanas seja cada vez mais dependente da
industrializadas, nas quais a demanda de água “per capta” tem se tornado cada vez
maior. Além disso, nestas regiões, grande parte dos efluentes domésticos e
ao oceano.
ao uso do solo.
o manganês.
Segundo Braga (2002), não existe água pura na natureza, a não ser
atmosféricos. Isso ocorre por que a água é um ótimo solvente. Como consequência,
33
preocupando com a poluição das águas superficiais de rios e lagos há muito tempo,
a contaminação das águas subterrâneas por produtos químicos não foi reconhecida
como um problema sério ate os anos 80, muito embora ela já viesse ocorrendo a
cerca de meio século. Em grande parte, a contaminação das águas subterrâneas foi
negligenciada por não ser imediatamente visível – estava “longe dos olhos, longe da
de longo prazo, muito mais difícil e muito mais caro de ser resolvido.
34
3 MATERIAL E MÉTODOS
Meira, a cerca de 600 metros do rio Iguaçu, entre as ruas Golfinho e João XXIII,
35
conta com 400 unidades habitacionais, quadras poliesportivas, duas piscinas, centro
estudo.
peculiar é que esses solos, como os Latossolos Roxos, apresentam materiais que
são atraídos pelo imã. Seus teores de ferro (Fe2O3) são elevados (superiores a
15%).
Paraná.
38
dos 172m.
desprezada.
quentes do Paraná.
Foz do Iguaçu está inserido na classificação Cfa, que significa que o clima é
temperatura média no mês mais quente acima de 22°C, com verões quentes,
vento) são muito raros. A ocorrência de ventos (embora fracos, em média) é a mais
subterrâneos.
ocorre de outubro a janeiro, com totais mensais entre 450 a 640 mm. O período
menos chuvoso ocorre de junho a agosto, com totais mensais entre 300 a 420 mm.
calor e podem normalmente ser usados como indicadores do fator térmico de uma
das isotermas médias anuais de uma região, em função da altitude e latitude desta,
O seu valor máximo ocorre nas primeiras horas do dia (85 a 92%). A partir das 12
horas registra-se, contudo, uma redução dos valores que situam entre 50 a 70%. À
dos rios Paraná e Iguaçu, dois principais traços de drenagem do Estado do Paraná.
A maior parte da área, contudo, está localizada muito próximo do divisor de água de
se estende até Foz do Iguaçu, quando se encontra com o rio Paraná. A bacia,
Iguaçu.
44
do Paraná abranje dois grandes sistemas: a bacia Atlântica, cuja área representa
A área de domínio desse bioma tinha cerca de 80.000 Km², correspondendo a 40%
da superfície do Estado. Hoje não há mais que 2.000 Km² (1%). Sua maior parte se
Floresta nativa já sofreu uma intervenção antrópica que não pode ser
estudada, ainda não foi adequadamente compreendida num contexto científico mais
naturais apontados, não se diferenciando, por isso, das demais áreas nativas, senão
Acima desse estrato, no patamar arbóreo estão angicos, cedros, alecrins, marias-
Diagnóstico Ambiental:
quando era ocupada por plantação de soja, e a linha amarela representa o limite da
sua respectiva área de influência direta, a área de Influência Indireta foi estipulada
entorno, e esta representada na figura 07. Como podemos observar na figura 06, na
sul e leste encontra-se vegetação, sendo que a vegetação encontrada na lateral sul
3.4 Procedimentos
diagnóstico da área de estudo através de uma matriz de interação, esta etapa foi
Leopold (anexo A), pelo fato de ser uma das matrizes mais utilizadas para esse tipo
de trabalho. Ela foi desenvolvida pelo Serviço Geológico do Ministério do Interior dos
50
Estados Unidos, trata-se de uma matriz bidimensional simples que relaciona tipos de
adaptação feita pelo autor inclui aspectos temporais, e o método apresenta várias
futuros;
3.4.2 Escritório
uma atividade muito diferente da habitação, isso faz com que ocorram muitas
implantação do empreendimento.
obrigatoriamente definida.
Tratar o assunto de forma transparente e a luz das exigências do IAP, para que
se possa (se for o caso) debater, discutir e aprofundar quaisquer tópicos que
empreendimento.
fazem sentir mais diretamente, mesmo que seja pela simples ocupação dos espaços
facilitar o entendimento.
4.2.1 Clima
média significância.
significativo.
55
foi substituída por superfícies que retém calor, como estradas, calçadas e telhados.
local é a poeira dos caminhões e máquinas que entram e saem do local, fato esse
média importância.
importantes, uma vez que o solo demonstrou estar bastante compactado devido à
lazer.
56
podem ser vistas a olho nu, que são frequentemente utilizadas para a descrição de
observar vários taludes feitos pela construtora, o que torna o risco de erosão
descendo para o lado sul, isso faz com que os impactos tenham maior ênfase na
nas áreas circunvizinhas e ocasiona efeitos negativos, que pode causar um aumento
alguns poços ainda são fonte de água potável para uma parte da população do
pelo empreendimento chega até uma das nascentes. Vale ressaltar que as imagens
não foram captadas em dias posteriores a chuva, essas nascentes são permanentes
preservada.
62
Figura 12: Solo utilizado para a terraplanagem invadindo o espaço da vegetação nativa e
das nascentes.
do solo propiciaram.
e no sedimento no fundo, que não havia antes do início das obras, fato esse que
63
ferro disposto no solo do empreendimento, que pode ter sido carregado com o
Figura 13: Curso da água proveniente das nascentes apresentando sedimento de cor
alaranjada e turbidez.
da floresta nativa. Uma fina e rala mata ciliar, junto a um dos traços de drenagem
que ocorre paralelo ao leito do rio Iguaçu sobrevive aos impactos antropogênicos.
Mesmo esta cobertura vegetal (mata ciliar) sofreu forte influência antrópica e está
agricultura e trouxe, sem dúvida, muito progresso para inúmeras regiões do estado,
mas o custo dos impactos produzidos foi e tem sido muito alto.
capaz de permitir-lhe acesso a outros bens públicos, como educação, saúde, bens
vizinhas que utilizam a estrada, que agora passa no meio do conjunto habitacional.
ao deslocamento da população.
tráfego de veículos pesados pela vila e o acúmulo de terra e poeira na estrada que
faz acesso ao local de estudo, alterando a paisagem local. A figura 15 mostra uma
nas proximidades.
4.2.6 Infra-estrutura
se mostrou médio.
O projeto não inclui rede de coleta de águas pluviais, fato este que
rios prejudicados pela enxurrada depois de um dia de chuva torrencial, fato esse que
nunca precisou ser realizado antes do início das obras do loteamento, e a partir de
então, o fato já ocorreu mais de uma vez. A força das águas que escoam do
eutrofização não foi medido nos rios prejudicados, porém, é visível no local a grande
prejudicados.
Figura 16: Integrantes da Fundação Bioma Brasil fazendo a limpeza em um dos rios
prejudicados.
(2001), os problemas causados por ruídos excessivos têm se agravado nos últimos
pouco significativa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bubas.
do impacto social, que se apresentou como parte positivo, parte negativo, todos se
72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCEZ, Lucas Nogueira. Hidrologia. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher LTDA,
2004.
MOREIRA, Iara Verocai Dias. AIA: critérios para seleção de projetos. In: Manual de
Avaliação de Impacto Ambiental. 2. ed. Curitiba: IAP/GTZ, 1993, c.0650.
VALLE, Cyro Eyer. Meio ambiente: acidentes, lições, soluções. São Paulo: Senac,
2003.
ANEXOS
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