O Presidente da República decreta, nos termos do ar- Notas de Enquadramento ao Plano de Contas
tigo 135.º, alínea a), da Constituição, o seguinte: Multidimensional — Sistema de Normalização
Contabilística para as Administrações Públicas
É nomeado, sob proposta do Governo, o ministro ple-
nipotenciário de 1.ª classe Jorge Ayres Roza de Oliveira O Sistema de Normalização Contabilística para as
como Embaixador de Portugal não residente no Belize. Administrações Públicas, doravante SNC-AP, foi aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, o qual
Assinado em 24 de junho de 2016. inclui, no seu anexo III, o Plano de Contas Multidimensio-
nal, doravante PCM.
Publique-se. Dispõe o n.º 4 do artigo 16.º do mencionado diploma
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA. legal que as notas de enquadramento às contas do PCM, as
quais têm por objetivo ajudar na interpretação e ligação do
Referendado em 11 de julho de 2016. PCM às respetivas normas de contabilidade pública, são
aprovadas por portaria do membro do Governo responsável
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa. — pela área das finanças.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto Com a presente portaria aprovam-se as Notas de Enqua-
Santos Silva. dramento às contas do PCM, as quais consubstanciam as
notas explicativas de apoio aos movimentos contabilísticos
nas contas do PCM.
Decreto do Presidente da República n.º 33/2016 Uma vez que o PCM integra contas a utilizar na conta-
bilidade financeira e nas Contas Nacionais e, futuramente,
de 14 de julho na contabilidade orçamental para classificar as operações
por natureza associando os respetivos códigos a contas
O Presidente da República decreta, nos termos do ar- da classe zero, as notas aqui apresentadas inserem-se em
tigo 135.º, alínea a), da Constituição, o seguinte: todos estes domínios.
É nomeado, sob proposta do Governo, o ministro pleni- As contas apresentadas em itálico são usadas para re-
potenciário de 1.ª classe Jorge Ayres Roza de Oliveira como gisto de operações na contabilidade financeira e poderão
Embaixador de Portugal não residente na Guatemala. vir simultaneamente a ser usadas para identificação das
naturezas das despesas e das receitas na contabilidade
Assinado em 24 de junho de 2016. orçamental.
No que concerne às Contas Nacionais, pese embora o
Publique-se. quadro de correspondência entre o PCM e o SEC (capítulo 5
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA. do PCM), sempre que se justifica, são feitas referências
nas respetivas notas explicativas.
Referendado em 11 de julho de 2016. O Classificador Complementar 2 (capítulo 7 do PCM),
o qual substitui o CIBE — Cadastro e Inventário dos Bens
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa. — do Estado que constava da Portaria n.º 671/2000, de 17
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto de abril, entretanto revogada, entra em vigor em 1 de ja-
Santos Silva. neiro de 2017, conforme dispõe o n.º 1 do artigo 18.º do
Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro. No entanto,
as entidades poderão manter os códigos do CIBE para
Decreto do Presidente da República n.º 34/2016 efeitos de inventário e as respetivas vidas úteis no que
respeita às depreciações, para todos os bens do ativo fixo
de 14 de julho tangível (exceto edifícios e outras construções) detidos
à data de 31 de dezembro de 2016. Para os edifícios e
O Presidente da República decreta, nos termos do ar- outras construções (imóveis e direitos no CIBE), quer se
tigo 135.º, alínea a), da Constituição, o seguinte: tratem de ativos fixos tangíveis, quer de propriedades de
É nomeado, sob proposta do Governo, o ministro ple- investimento, o respetivo cadastro e vida útil devem ser
nipotenciário de 1.ª classe Jorge Ayres Roza de Oliveira atualizados face às disposições do SNC-AP.
como Embaixador de Portugal não residente na República Para efeitos de simplificação, a identificação específica
da Nicarágua. de contas e subcontas do PCM são designadas apenas por
contas.
Assinado em 24 de junho de 2016.
Para as pequenas entidades do regime simplificado,
Publique-se. as referências efetuadas nas Notas de Enquadramento às
Normas de Contabilidade Pública (NCP) específicas devem
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA. ser entendidas como referências aos capítulos equivalentes
Referendado em 11 de julho de 2016. na Norma de Contabilidade Pública — Pequenas Entidades
(NCP-PE).
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa. — Assim:
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
Santos Silva. Orçamento, no uso de competência delegada que lhe foi
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2167
Esta conta é desdobrada em subcontas por tipo de Classe 2 — Contas a Receber e a Pagar
aplicações financeiras: derivados (conta 141), instrumen- Esta classe destina-se a registar as operações relaciona-
tos financeiros detidos para negociação (ativos e passi- das com clientes, fornecedores, pessoal, Estado e outros
vos) (conta 142) e outros ativos e passivos financeiros entes públicos, financiadores, acionistas, bem como outras
(conta 143). operações com terceiros que não se enquadrem nas con-
Em adição às subcontas constantes nesta conta, as enti- tas anteriores ou noutras classes específicas. Incluem-se,
dades deverão acrescentar o Classificador Complementar 1, ainda, nesta classe, os diferimentos (para permitir o registo
nomeadamente nas subcontas 142 e 143. dos gastos e dos rendimentos nos períodos a que respeitam)
e as provisões.
141 Derivados
Engloba as aplicações financeiras, cuja rendibilidade 20 Devedores e credores por transferências e empréstimos
depende de outros ativos, nomeadamente as opções, war- bonificados
rants, futures, swaps e forward rate agreement. Nesta conta registam-se operações específicas da
Não inclui os instrumentos subjacentes aos derivados Administração Pública, nomeadamente:
nem os instrumentos secundários não transacionáveis.
Os instrumentos derivados são reconhecidos de acordo a) As quantias que uma entidade pública tem direito a
com o estabelecido na NCP 18 — Instrumentos Finan- receber por transferências e subsídios não reembolsáveis;
ceiros. b) As quantias que uma entidade pública tem obrigação
de pagar por transferências e subsídios não reembolsáveis;
142 Instrumentos financeiros detidos para negociação c) Os empréstimos concedidos a, ou obtidos de, uma
(ativos e passivos) entidade pública em condições especiais; e
d) As devoluções de transferências por incumprimento,
Inclui os títulos negociáveis (aplicações de tesouraria) a receber ou a pagar por uma entidade pública.
de curto prazo adquiridos pela entidade, nomeadamente os
títulos de dívida pública negociáveis (por exemplo, bilhetes Em cada registo contabilístico devem ser utilizadas
de tesouro, obrigações, títulos de participação e certificados as subcontas que constam do PCM, devendo ainda, para
de aforro), fundos, ações e certificados especiais de dívida efeitos de informação para as Contas Nacionais, ser obri-
de curto prazo. gatoriamente utilizado o Classificador Complementar 1,
nomeadamente nas contas 203 e 204.
143 Outros ativos e passivos financeiros
Esta conta regista outros instrumentos financeiros de 201 Devedores por transferências e subsídios
não reembolsáveis obtidos
curto prazo, ao justo valor (ou pela quantia equivalente ao
justo valor nos casos em que este não exista), detidos para Registam-se nesta conta as transferências e subsídios
negociação não enquadráveis nas subcontas anteriores. a receber, a título não reembolsável (transações sem con-
Serão considerados passivos financeiros se a entidade tiver traprestação), cujos movimentos contabilísticos estão re-
obrigações a pagar. sumidos no quadro seguinte:
Débito Crédito
Devolução de transferência obtida . . . . . . . . . . . . Valor previamente registado na conta 2821/2822 . . . . . . . . . . . . 2821/2822 206
Com condições, por incumprimento . . . . . . . . . . . Valor eventualmente registado, no mesmo ano, na conta 75/593 75/593 206
Valor eventualmente registado, em anos anteriores, na conta 75 68814 206
Valor eventualmente registado, em anos anteriores, na conta 593 593 206
Esta conta credita-se no momento da cobrança, por contrapartida de uma conta de meios financeiros líquidos.
O saldo devedor da conta representa as transferências e os subsídios reconhecidos, por receber.
Registam-se nesta conta as transferências e os subsídios a pagar, a título não reembolsável (transações sem contra-
prestação), cujos movimentos contabilísticos estão resumidos no quadro seguinte:
Débito Crédito
Débito Crédito
Devolução de transferência concedida, por incumprimento Valor previamente registado na conta 2811 . . . . . . . . . . . . . . . . 205 2811
Valor eventualmente registado, no mesmo ano, na conta 60X 205 60X
Valor eventualmente registado, em anos anteriores, na conta 60X 205 78814
Esta conta debita-se no momento do pagamento, por Debita-se no momento do reconhecimento do direito à
contrapartida de uma conta de meios financeiros líqui- devolução (por incumprimento das condições) da trans-
dos. ferência ou subsídio anteriormente concedido, por contra-
O saldo credor representa as transferências e os subsí- partida das contas descritas no quadro da nota explicativa
dios reconhecidos, por pagar. à conta 202.
Debita-se ainda no momento da entrega do saldo de
203 Devedores por empréstimos bonificados e subsídios gerência à entidade competente, para o qual, desde logo,
reembolsáveis existe um direito a receber devido ao pedido de reem-
Registam-se nesta conta os empréstimos concedidos e bolso.
os subsídios atribuídos pelo Estado, governos regionais Credita-se no momento da cobrança, por contrapartida
e locais, a título reembolsável, abaixo das condições de de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos.
mercado em termos de juros. O saldo da conta representa as transferências e os sub-
Deve ser identificado se o empréstimo é de curto prazo sídios concedidos, a receber por incumprimento das con-
(a pagar na totalidade no prazo máximo de um ano após a dições.
data de relato) ou de médio e longo prazos. Nestes casos,
deve identificar-se a quantia a reembolsar a curto prazo e 206 Credores por devoluções de transferências
a quantia a reembolsar a médio e longo prazos. Regista-se nesta conta a devolução de transferências e
Na contabilidade da entidade que concede o emprés- subsídios anteriormente obtidos e a devolver por incum-
timo: primento das condições estabelecidas.
a) Debita-se no momento da concessão do empréstimo, Regista-se também nesta conta os valores de saldos de
por contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios fi- gerência recebidos das entidades públicas pela entidade
nanceiros líquidos; competente, quando existe para esta uma obrigação de os
b) Credita-se no momento do reembolso, por contra- devolver nos termos da legislação em vigor.
partida de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros Credita-se no momento do reconhecimento da obri-
líquidos; gação de devolver (por incumprimento das condições)
c) O saldo representa a dívida por receber do emprés- a transferência ou subsídio anteriormente recebido, por
timo/subsídio concedido. contrapartida das contas descritas no quadro da nota ex-
plicativa à conta 201.
204 Credores por empréstimos bonificados e subsídios reembolsáveis Credita-se na entidade competente no momento em que
Registam-se nesta conta os empréstimos obtidos e os esta recebe a transferência do saldo de gerência das enti-
subsídios recebidos reembolsáveis provenientes do Estado, dades, dado que desde logo existe a obrigação de posterior
União Europeia e governos regionais e locais. devolução, a pedido da entidade.
Deve ser identificado se o empréstimo obtido é de Debita-se no momento do pagamento, por contrapartida
curto prazo ou de médio e longo prazos. Neste caso, deve de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos.
identificar-se a quantia a reembolsar a curto prazo e a O saldo da conta representa as transferências e os sub-
quantia a reembolsar a médio e longo prazos. sídios obtidos a devolver por incumprimento das condi-
Na contabilidade da entidade que recebe o emprés- ções. No caso da entidade competente, representa o valor
timo: dos saldos de gerência recebidos que se encontram por
devolver.
a) Credita-se no momento da obtenção do empréstimo,
por contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios fi- 209 Outros devedores e credores por transferências
nanceiros líquidos;
b) Debita-se no momento do reembolso, por contra- Inclui outras operações relacionadas com transferências
partida de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros e subsídios não enquadráveis nas subcontas anteriores.
líquidos;
c) O saldo representa a dívida por pagar do emprés- 21 Clientes, contribuintes e utentes
timo/subsídio obtido. Regista as operações contabilísticas com as entidades
singulares ou coletivas compradoras de bens ou serviços
205 Devedores por devolução de transferências (clientes).
Regista-se nesta conta a devolução de transferências e Regista ainda os movimentos relativos a impostos a
subsídios anteriormente concedidos, a receber por incum- cobrar (contribuintes) e as dívidas a receber resultantes
primento das condições estabelecidas bem como o direito de operações com os beneficiários ou destinatários dos
a receber dos saldos de gerência. serviços públicos (utentes).
Regista-se ainda nesta conta os saldos de gerência en- Para efeitos de identificação do cliente, contribuinte e
tregues à entidade competente, quando desde logo exista utente, e também para facilitar o processo de consolidação
o direito ao respetivo reembolso nos termos da legislação de contas, esta informação deve ser desagregada através
em vigor. do número de identificação fiscal (NIF).
2170 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
212 Clientes — Títulos a receber 219, 229, 239, 269 e 279 Perdas por imparidade acumuladas
Inclui as dívidas de clientes que estejam representadas Estas contas registam as diferenças acumuladas entre
por títulos ainda não vencidos. as quantias escrituradas e as que resultem da aplicação
Debita-se pelo saque de letras e outros títulos por con- dos critérios de mensuração dos correspondentes ativos
trapartida da conta 211 Clientes c/c. incluídos na Classe 2, podendo ser subdivididas a fim
Credita-se aquando do recebimento ou reforma do tí- de facilitar o controlo e possibilitar a apresentação das
tulo, por contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios quantias líquidas no balanço.
financeiros líquidos, ou da conta 211 Clientes c/c. As perdas por imparidade anuais serão registadas nas
contas 651 Perdas por imparidade — Em dívidas a rece-
213 Contribuintes ber, e as suas reversões (quando deixarem de existir as
Regista os movimentos com os contribuintes referentes situações que originaram tais perdas) são registadas nas
a operações com impostos e taxas. contas 7621 Reversões de perdas por imparidade — Em
Debita-se no momento da liquidação (direito à co- dívidas a receber. Quando se verificarem as condições de
brança), por contrapartida das contas 70 Impostos, con- incobrabilidade que permitam o desreconhecimento dos
tribuições e taxas ou 2721 Devedores por acréscimos de ativos a que respeitem as imparidades, as contas em epí-
rendimentos. grafe serão debitadas por contrapartida das correspondentes
Credita-se aquando do recebimento, por contrapartida contas da Classe 2.
de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos, Sobre perdas por imparidade de ativos financeiros, v. a
ou da conta 2182 Adiantamentos de contribuintes, pelo NCP 18 — Instrumentos financeiros.
valor previamente adiantado.
22 Fornecedores
214 Utentes
Regista as operações contabilísticas com os fornecedo-
Para efeitos de registo contabilístico, considera-se res de bens e prestadores de serviços (todos designados por
«utente» aquele que usa ou usufrui de um serviço da enti- «fornecedores») por contrapartida das contas 31 Compras
dade, pagando uma contrapartida parcial ou total do custo e 62 Fornecimentos e Serviços Externos, com exceção
desse serviço. É o caso dos utentes de uma piscina, de dos destinados aos investimentos da entidade, que são
uma residência de estudantes, de uma cantina ou de um registados na conta 271 Fornecedores de Investimentos
transporte público, ou o cidadão que recorre a uma uni- (contrapartida das contas da Classe 4).
dade de prestação de cuidados de saúde (centros de saúde, Para efeitos de identificação do fornecedor e também
hospitais ou clínicas). para facilitar o processo de consolidação de contas, esta
Esta conta regista as operações associadas com as dívi- informação deve ser desagregada através do número de
das a receber de utentes dos serviços públicos. identificação fiscal (NIF).
Debita-se no momento da liquidação ao utente, por con-
trapartida das contas 70 Impostos, contribuições e taxas, 221 Fornecedores c/c
2721 Devedores por acréscimos de rendimentos, ou 2829
Rendimentos a reconhecer (outros) (v. nota explicativa a Regista os movimentos com as entidades, singulares ou
esta conta). coletivas, vendedoras de bens ou serviços, com exceção
Credita-se aquando do recebimento, por contrapartida da aquisição de ativos fixos.
de uma conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos, Credita-se por contrapartida da conta 31 Compras, ou
ou da conta 2183 Adiantamentos de utentes, pelo valor 62 Fornecimentos e serviços externos, no momento da
previamente adiantado. conferência da fatura recebida do fornecedor, ou da conta
225 Faturas em receção e conferência, caso a aquisição
218 Adiantamentos de clientes, contribuintes e utentes tenha sido previamente registada nesta conta.
Debita-se, por contrapartida de uma conta da
Esta conta regista as entregas feitas à entidade relativas Classe 1 — Meios financeiros líquidos, aquando do pa-
a fornecimentos a efetuar ou serviços a prestar a terceiros, gamento, ou da conta 228 Adiantamentos a fornecedores,
cujo preço não esteja previamente fixado. pelo valor previamente adiantado.
Os adiantamentos cujo preço esteja previamente fixado
são registados na conta 276 Adiantamentos por conta de 222 Fornecedores — Títulos a pagar
vendas.
Regista ainda os adiantamentos de impostos de terceiros Inclui as dívidas a fornecedores que se encontrem re-
(conta 2182) e os adiantamentos de utentes (conta 2183). presentadas por letras ou outros títulos de crédito.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2171
Credita-se pelo aceite de letras e outros títulos a pagar, respeitem: débito da respetiva rubrica em 635 Gastos com
que tenham subjacente uma transação comercial, por con- o pessoal Encargos sobre remunerações, por crédito das
trapartida da conta 221 Fornecedores c/c. subcontas de 24 Estado e outros entes públicos a que res-
É debitada aquando do pagamento, endosso, ou re- peitem as contribuições patronais;
forma do título, por contrapartida, respetivamente, de uma 3.ª fase — pelos pagamentos ao pessoal e às outras en-
conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos, ou pela tidades: debitam-se as contas 231, 24 e 278, por contrapar-
conta 221 Fornecedores c/c, no caso da reforma ou anu- tida de contas da Classe 1 — Meios financeiros líquidos.
lação do título.
232 Adiantamentos
225 Fornecedores — Faturas em receção e conferência
Regista as entregas antecipadas feitas pela entidade por
Respeita às compras cujas faturas, recebidas ou não, conta de prestações pecuniárias a que o trabalhador tem
estão por registar na conta 221 Fornecedores c/c, por não direito pelo exercício de funções.
terem chegado à entidade até essa data, ou não terem ainda A conta é debitada, no momento do adiantamento, por
sido conferidas. contrapartida de uma das contas da Classe 1 — Meios
É creditada, no momento da receção do bem adquirido, financeiros líquidos, e creditada por contrapartida da conta
por contrapartida da conta 31 Compras. 63 Gastos com o pessoal, quando reconhecido o gasto, ou
É debitada por crédito da conta 221 Fornecedores c/c, da conta 231 Remunerações a pagar, por encontro de contas
aquando da contabilização definitiva da fatura. com o vencimento líquido.
228 Adiantamentos a fornecedores 237 Cauções
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a for- Regista as cauções entregues por pessoal. Esta conta tem
necimentos (sem preços previamente fixados) a efetuar idêntico registo contabilístico ao da conta 277.
por terceiros. Pela receção da fatura, estas verbas serão
transferidas para a conta 221 Fornecedores c/c. 238 Outras operações
Sobre o registo de adiantamentos a fornecedores com
preços previamente fixados, v. nota explicativa da conta Regista outras operações com pessoal, não enquadráveis
39 Adiantamentos por conta de compras. nas subcontas anteriores.
Os adiantamentos a fornecedores correntes constituem
situações excecionais e têm de estar previstas contratu- 24 Estado e outros entes públicos
almente. Nesta conta registam-se as operações da entidade com
o Estado, autarquias locais e outros entes públicos, que
229 Perdas por imparidade acumuladas
tenham características de impostos e taxas a pagar ou a
V. nota explicativa à conta 219 Perdas por imparidade recuperar.
acumuladas.
241 Imposto sobre o rendimento
23 Pessoal
Esta conta é unicamente utilizada por entidades sujeitas
Esta conta regista o valor a pagar resultante do proces- a pagamento de imposto sobre o rendimento, nomeada-
samento de salários, cujo gasto é registado na conta 63 mente as empresas públicas reclassificadas.
Gastos com o Pessoal, bem como outras operações em Sugere-se a desagregação nas seguintes subcontas, a
que o pessoal seja devedor ou credor. fim de contemplar as operações possíveis com o imposto
sobre o rendimento da entidade:
231 Remunerações a pagar
2411 Pagamentos por conta;
Para além das operações relativas ao pessoal, esta conta 2412 Pagamento especial por conta;
abrange as que se reportam aos órgãos de soberania e dos 2413 Retenções na fonte (efetuadas por terceiros);
governos regionais e autárquicos, e ainda aos órgãos so- 2414 Imposto estimado;
ciais, entendendo-se que estes são constituídos pelo órgão 2415 Imposto liquidado;
diretivo ou de gestão e pelo órgão de fiscalização ou outros 2416 Apuramento;
órgãos com funções equiparadas. 2417 Imposto a pagar;
O movimento desta conta insere-se no seguinte esquema 2418 Imposto a recuperar.
normalizado:
1.ª fase — pelo processamento dos ordenados, salários As contas 2411 e 2412 são debitadas pelos pagamentos
e outras remunerações, dentro do período a que respei- feitos pela entidade, por contrapartida de uma conta da
tem: débito das respetivas subcontas de 63 Gastos com o Classe 1 — Meios financeiros líquidos. A conta 2413 é
pessoal, por crédito de 231 Remunerações a pagar, pelas debitada pelo imposto retido à entidade por outras, por
quantias líquidas apuradas no processamento, e normal- contrapartida de contas dos respetivos rendimentos.
mente das contas 24 Estado e outros entes públicos (nas No fim do período será estimado o imposto sobre o
respetivas subcontas), 232 Adiantamentos e 278 Outros rendimento, com base numa estimativa de resultado fiscal,
devedores e credores, relativamente aos sindicatos e outras o qual se registará a crédito da conta 2414, por débito de
entidades, consoante as entidades credoras dos descontos 8121 Imposto estimado para o período. No momento da
efetuados (parte do pessoal); entrega da declaração de rendimentos, o imposto esti-
2.ª fase — pelo processamento dos encargos sobre mado é transferido para a conta 2415 Imposto liquidado,
remunerações (parte patronal), dentro do período a que podendo originar correções por insuficiência ou excesso
2172 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
a liquidação ficar sem efeito, proceder-se-á à anulação do A conta 252 regista os empréstimos por obrigações, sem
lançamento. Caso venha a verificar-se o seu pagamento, prejuízo do referido na nota à conta 53.
debita-se esta conta em contrapartida de uma conta da As regras sobre o reconhecimento e mensuração dos
Classe 1 — Meios financeiros líquidos. financiamentos obtidos e empréstimos por obrigações estão
estabelecidas na NCP 18 — Instrumentos Financeiros.
244 Outros impostos Em todas as subcontas deve distinguir-se financiamento
de curto prazo e financiamento de médio e longo prazos,
Recolhe outros impostos não abrangidos nas rubricas bem como identificação da entidade através do Classifi-
anteriores. cador Complementar 1.
Considera-se financiamento de curto prazo aquele que
245 Contribuições para sistemas de proteção social
e subsistemas de saúde
é amortizado na sua totalidade no prazo máximo de um
ano após a data de relato. Os restantes consideram-se fi-
Esta conta credita-se pelas retenções sobre as remune- nanciamentos a médio e longo prazos.
rações ilíquidas na parte correspondente a descontos por Para efeitos de elaboração do balanço, o passivo cor-
conta do trabalhador para sistemas de proteção social, rente deve abranger não só os financiamentos de curto
como a segurança social, e subsistemas de saúde, por con- prazo mas também a parcela dos financiamentos de médio
trapartida das contas 630, 631 e 632, e pelas contribuições e longo prazos a amortizar no prazo de 12 meses após a
suportadas pela entidade empregadora, por débito da conta data de relato.
635 Encargos sobre remunerações. A fim de facilitar a apresentação desta informação e
Debita-se pelo pagamento, por contrapartida de uma também para efeitos de gestão de tesouraria, sugere-se
conta da Classe 1 — Meios financeiros líquidos. que se criem subcontas com a identificação dos anos de
vencimento dos empréstimos, por exemplo, a amortizar no
246 Tributos das autarquias locais ano N+1, a amortizar no ano N+2, e assim sucessivamente.
Registam-se nesta conta as taxas e impostos que a enti- 26 Acionistas/sócios/associados
dade pública tem a pagar à autarquia local, no âmbito do
poder tributário desta, que se encontra garantido consti- Registam-se nesta conta operações entre os acionis-
tucionalmente e nas leis de financiamento das autarquias tas/sócios e associados, incluindo a atribuição de lucros
locais, ou no regime geral das taxas das autarquias locais, ainda não colocados à disposição (resultados atribuídos) e
por contrapartida das contas 6811 Impostos Diretos e 6813 adiantamentos por conta de lucros efetuados aos acionistas/
Taxas. sócios de um determinado período que estão por atribuir.
Deve ser desdobrada por tipo de tributos (v. contas 701 Esta conta é utilizada tanto na ótica do beneficiário dos
Impostos diretos, nos que são aplicáveis às autarquias, e lucros como na ótica de quem os distribuiu.
7043 Taxas específicas das autarquias locais).
261 Acionistas c/ subscrição e 262 Sócios/associados — Quotas
não liberadas
249 Outras tributações
Estas contas são movimentadas apenas por entidades
Regista outras tributações não enquadráveis nas contas que, por lei, possam emitir ações, quotas ou outros ins-
anteriores. trumentos de capital próprio, a subscrever por outras en-
tidades.
25 Financiamentos obtidos Debitam-se por contrapartida da conta 51 (Patrimó-
Consideram-se financiamentos obtidos a registar nesta nio/capital) no momento da subscrição e creditam-se no
conta as quantias a pagar (obrigação) provenientes de em- momento da realização (ou recebimento). Assim, os sal-
préstimos, titulados ou não, como emissão de obrigações dos destas contas representam os valores subscritos e não
e de outros empréstimos contraídos a curto e a médio e realizados.
longo prazos, efetuados na lógica de mercado. A entidade que subscreve o capital em outras entidades
Os empréstimos e subsídios reembolsáveis não efetu- regista a conta 41 Investimentos financeiros por contra-
ados na lógica de mercado são registados na conta 204 partida da conta 275 Credores por subscrições não libe-
radas.
Credores por empréstimos e subsídios reembolsáveis.
Esta conta regista ainda os financiamentos de locações 263 Adiantamentos por conta de lucros
financeiras, conforme NCP 6 — Locações.
Na contabilidade da entidade que obtém o empréstimo, Esta conta é movimentada nas situações em que, no
ou na entidade locatária, esta conta é creditada pelo valor decurso de um período contabilístico, a entidade faz um
recebido no momento da contração do empréstimo ou adiantamento a um acionista/sócio, por conta de lucros
emissão das obrigações, em contrapartida de uma conta futuros.
da Classe 1 — Meios financeiros líquidos (por regra na A conta é debitada por contrapartida de uma conta de
conta 12 Depósitos à Ordem), ou de uma conta a receber meios financeiros líquidos e eventual retenção de imposto
(caso as obrigações não sejam, de imediato, realizadas). sobre o rendimento.
Credita-se ainda, na entidade locatária, em contrapartida É creditada quando se proceder à regularização do
de contas do ativo, pelo valor dos bens locados. adiantamento efetuado.
É debitada pelos pagamentos decorrentes da amorti-
264 Resultados atribuídos
zação dos empréstimos, pelo resgate das obrigações e
pela parcela de capital da renda de locação financeira, Trata-se de uma conta creditada no momento do apu-
por contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios fi- ramento de resultados e deliberação de distribuição de
nanceiros líquidos. dividendos, por contrapartida de uma conta da Classe 5.
2174 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
É debitada por contrapartida da conta 265 Lucros dis- conta, credita-se também, pelo valor total das retribuições
poníveis pelo valor líquido a distribuir e da conta 2423 pela prestação de serviço, a conta 2824 (Rendimentos a
Retenção de impostos sobre rendimentos de capitais, pelo reconhecer) Acordos de concessão de serviços.
valor a reter ao dividendo a distribuir. c) As dívidas a pagar (passivo — conta 2702) corres-
pondentes ao valor total dos serviços adquiridos no âmbito
265 Lucros disponíveis de um contrato de concessão, por contrapartida da conta
Registam-se nesta conta os lucros colocados à disposi- 281 Gastos a reconhecer.
ção, isto é, quando se encontram a pagamento. Esta conta
271 Fornecedores de investimentos
é apenas utilizada na ótica da entidade distribuidora dos
lucros. Regista os movimentos com fornecedores de bens e
266 Empréstimos concedidos à entidade-mãe serviços destinados a capitalizar como ativo não corrente
da entidade (ativo fixo tangível, ativo intangível ou pro-
Esta conta regista os empréstimos concedidos à empresa- priedades de investimento).
-mãe. Sugere-se que seja desdobrada em curto prazo e
médio ou longo prazos, para que se possam separar na 2711 Fornecedores de investimentos — Contas gerais
apresentação do Balanço em Ativo Corrente e Não Cor-
rente respetivamente. Esta conta é creditada:
a) Por contrapartida de uma das contas de ativos acima
268 Outras operações
indicadas no momento da aquisição no caso de não ter sido
Conta residual a movimentar pela participante ou par- previamente registado na conta 2712 Faturas em receção
ticipada, nomeadamente no registo de transferências e e conferência;
subsídios para cobertura de prejuízos, reforço de liquidez e b) Por contrapartida da conta 2712 Faturas em receção
amortização de dívida, conforme notas de enquadramento e conferência, no caso de ter sido previamente registado
às contas 531 a 533 e 606 a 608. nesta conta;
c) Por contrapartida da conta 2713 Adiantamentos a
269 Perdas por imparidade acumuladas fornecedores de investimentos, no caso de ter sido previa-
mente registado nesta conta um adiantamento sem preços
V. nota explicativa à conta 219 (Clientes, contribuintes
previamente fixados.
e utentes) Perdas por imparidade acumuladas.
Esta conta debita-se por contrapartida da conta 70 Im- 276 Adiantamentos por conta de vendas
postos, contribuições e taxas (v. nota explicativa a esta Regista as entregas feitas à entidade com relação a forne-
conta). cimentos de bens e serviços cujo preço esteja previamente
2721 Devedores por acréscimos de rendimentos fixado. Aquando da emissão das respetivas faturas, estes
Esta conta serve de contrapartida aos rendimentos a re- valores serão transferidos para as respetivas subcontas da
conhecer num determinado período, ainda que não tenham conta 21 Clientes, contribuintes e utentes.
documentação vinculativa, cujo recebimento só venha a Os adiantamentos cujo preço não esteja previamente fi-
obter-se em período(s) posterior(es). xado são registados na conta 218 Adiantamento de clientes,
É o caso, por exemplo, dos juros de aplicações finan- contribuintes e utentes (v. nota explicativa respetiva).
ceiras corridos até ao final do ano N e que as instituições
277 Cauções
financeiras irão depositar na conta da entidade apenas no
ano N+1, mas que, de acordo o regime do acréscimo, dizem Regista as cauções recebidas ou pagas pela entidade
respeito ao ano N, devendo ser registados nesta conta, por relativas a contratos de aquisição ou venda de bens e ser-
contrapartida da respetiva conta de rendimentos. viços.
Inclui ainda os rendimentos, a título não definitivo,
2722 Credores por acréscimos de gastos referentes a fianças-crime.
Esta conta serve de contrapartida, a crédito, aos gastos A conta 2771 (Cauções) Recebidas de terceiros é credi-
a reconhecer no próprio período, ainda que não tenham tada por contrapartida da conta 133 Depósitos de garantias
documentação vinculativa, cujo pagamento só venha a e cauções.
ocorrer em período(s) posterior(es). A conta 2772 (Cauções) Entregues a terceiros é debi-
É o caso, por exemplo, da estimativa do valor de férias, tada por contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios
subsídio de férias e encargos relacionados que em 31 de financeiros líquidos.
dezembro os trabalhadores já tenham direito a receber, mas
278 Outros devedores e credores
cujo processamento e pagamento apenas se verificará no
período seguinte. Trata-se de uma conta residual onde se registam opera-
ções com outros devedores e credores que não se enqua-
273 Benefícios pós-emprego drem nas contas anteriores, nomeadamente:
Regista as responsabilidades da entidade perante os a) Devedores por alienação de investimentos não finan-
seus trabalhadores ou perante a sociedade gestora de um ceiros (conta 2781); e
fundo autónomo, nos termos da NCP 19 — Benefícios b) Operações particulares da segurança social (2782
dos empregados. Credores por prestações sociais a repor; 2783 Credores por
Credita-se por contrapartida da conta 633 Gastos com prestações sociais a pagar; 2784 Credores por prestações
Pessoal — Benefícios pós-emprego, e debita-se pelo pa- sociais em prescrição).
gamento dos benefícios.
279 Perdas por imparidade acumuladas
274 Impostos diferidos
V. nota explicativa à conta 219 (Clientes, contribuintes
Esta conta é utilizada unicamente por entidades que, e utentes) Perdas por imparidade acumuladas.
aplicando o SNC-AP, são sujeitos passivos do IRC.
São registados nesta conta os ativos por impostos dife- 28 Diferimentos
ridos (conta 2741) que sejam reconhecidos para as dife-
Compreende os gastos e os rendimentos que devam ser
renças temporárias dedutíveis, e os passivos por impostos
reconhecidos nos períodos seguintes, em cumprimento do
diferidos (conta 2742) que sejam reconhecidos para as
regime do acréscimo ou periodização económica.
diferenças temporárias tributáveis.
Inclui ainda:
Dado que esta conta é utilizada por um conjunto res-
trito de entidades no âmbito do SNC-AP, não foi criada a) Transferências ou subsídios concedidos com con-
nenhuma NCP relativa aos impostos sobre o rendimento, dições (v. quadro da nota explicativa à conta 202 Credo-
pelo que, nestes casos, aplica-se um dos normativos con- res por transferências concedidas). Sobre o conceito de
tabilísticos subsidiários conforme prevê o artigo 13.º do condições, v. NCP 14 — Rendimento de Transações Sem
Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, que aprova Contraprestação;
o SNC-AP. b) Rendimentos a reconhecer relativos a acordos de con-
cessão de serviços (conta 2824), conforme NCP 4 — Acor-
275 Credores por subscrições não liberadas dos de Concessão de Serviços: concedente, quer no caso do
Esta conta movimenta-se pela entidade que efetuar um modelo do passivo financeiro, quer no caso do designado
investimento financeiro noutra entidade, adquirindo ou modelo misto, quando existe a atribuição de um direito ao
pretendendo adquirir quotas, ações, obrigações e outros concessionário, em que o ativo se regista por contrapartida
títulos. de um passivo não financeiro, dado que nestas situações
Credita-se pelo valor total da subscrição destes títulos, não há a entrega de dinheiro mas de direitos.
por contrapartida das respetivas subcontas da conta 41
281 Gastos a reconhecer
Investimentos Financeiros. Debita-se pela liberação por
contrapartida de uma conta da Classe 1 — Meios finan- Compreende principalmente os dispêndios já efetuados
ceiros líquidos. mas cujo gasto ou parte do gasto deva ser reconhecido nos
V. nota explicativa à conta 26 Acionistas/sócios/asso- períodos seguintes (gastos diferidos). A quota-parte dos
ciados. diferimentos incluídos nesta conta que for atribuída a cada
2176 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
período irá afetar diretamente a respetiva conta de gastos Classe 3 — Inventários e ativos biológicos
(Classe 6). Esta conta poderá ter outras desagregações Esta classe inclui os inventários (existências) que se-
conforme seja necessário, designadamente para registar
jam:
os gastos de reparação e conservação que não aumentem
o período de vida útil nem o valor dos investimentos, mas a) Adquiridos para vender sem transformação no de-
cuja reparação ou gasto de conservação deva ser imputada curso da atividade da entidade;
a vários períodos. b) Adquiridos para uso interno (materiais consumíveis)
V. também nota explicativa à conta 623 Materiais de a serem aplicados no processo de produção ou na prestação
consumo. de serviços;
Debita-se por contrapartida de uma conta de terceiros c) Produzidos ou em produção e destinados a venda.
no momento do reconhecimento da obrigação e credita-
-se nos períodos em que deve ser reconhecido o gasto, Integra, também, os ativos biológicos (animais e plantas
por contrapartida da conta da Classe 6, em obediência à vivos), no âmbito da atividade agrícola, quer consumíveis
periodização económica. no decurso do ciclo normal da atividade, quer de produção
282 Rendimentos a reconhecer
ou regeneração e que se enquadrem na NCP 11 — Agri-
cultura.
Compreende principalmente os recebimentos do perí-
odo, que devam ser reconhecidos como rendimentos nos 31 Compras
períodos seguintes (rendimentos diferidos).
É o caso, por exemplo, de: Devem registar-se nas respetivas contas (310 Inventá-
rios estratégicos/311 Mercadorias/312 Matérias-primas,
a) Transferências ou subsídios obtidos, sem contrapres- subsidiárias e de consumo/313 Ativos biológicos) os bens
tação, mas condicionados à execução de determinada obra adquiridos a terceiros que, cumulativamente:
ou atividade ou serviço e que poderão ser devolvidos, caso
os mesmos não sejam total ou parcialmente executados nas a) Sejam, em regra, inventariáveis;
condições previamente estabelecidas; b) Sejam destinados a venda sem qualquer transforma-
b) Subsídios à exploração recebidos, mas cujo corres- ção (mercadorias), ou transformação para posterior venda
pondente gasto, na data de relato, ainda não foi totalmente (matérias-primas e subsidiárias);
suportado e registado; c) Não sejam caracterizáveis como investimentos re-
c) Outros rendimentos cujo correspondente gasto, na data conhecidos na Classe 4, nem de consumo interno para
de relato, ainda não foi totalmente suportado e registado. atividades administrativas ou de apoio (registadas na conta
62 Fornecimentos e serviços externos).
Trata-se de uma conta do passivo que se credita por
contrapartida da conta de terceiros no momento em que Debita-se no momento da aquisição, por contrapartida
for recebida a fatura ou em que ocorre o direito à trans- da conta 22 Fornecedores, pelo valor da compra, incluindo
ferência (conta 2821/2822/…), ou no momento do rece- despesas adicionais e o IVA não dedutível. No caso de
bimento (conta 2823/…), por contrapartida de uma conta compras, cujas faturas não tenham chegado à entidade
da Classe 1 — Meios financeiros líquidos. Debita-se nos até essa data ou não tenham sido conferidas, deve ser
períodos em que deve ser reconhecido o rendimento, por
creditada a conta 225 Fornecedores — Faturas em receção
contrapartida de contas da Classe 7 ou da conta 593, esta úl-
tima para o caso de transferências ou subsídios para inves- e conferência.
timento com condições, se as condições forem cumpridas. Credita-se por contrapartida da conta 32 Mercadorias,
A conta 2824 Acordos de concessão de serviços só 33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo, 37 Ativos
é utilizada no âmbito das operações abrangidas pela biológicos, pelo custo de aquisição, no momento da compra
NCP 4 — Acordos de concessão de serviços: concedente. É (sistema de inventário permanente), ou no final do perí-
creditada quando, para certos contratos, a entidade utilizar odo, caso seja permitido utilizar o sistema de inventário
o modelo da atribuição de um direito ao concessionário, ou intermitente.
o modelo da divisão do acordo (modelo misto), nos termos As aquisições de bens para consumo mesmo que inven-
da NCP 4, por contrapartida de uma conta de ativos fixos tariáveis, mas não destinados à venda ou produção de bens
tangíveis ou intangíveis. ou serviços, são registadas na conta 62 Fornecimentos e
V. ainda quadro da nota explicativa à conta 201 Deve- serviços externos, conta 623 Materiais de consumo.
dores por transferências obtidas.
310 Inventários estratégicos
29 Provisões
Conta específica da administração pública central, re-
Esta conta do passivo serve para registar as responsa- gional ou local que regista diversas reservas, tais como
bilidades cuja natureza esteja claramente definida e que reservas de energia (por exemplo, petróleo) para usar em
à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, situações de emergência, ou outras, como reservas de com-
mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorrência bustíveis e lubrificantes.
(v. NCP 15 — Provisões, Passivos Contingente e Ativos
Contingentes). 311 Mercadorias
Esta conta é creditada quando a entidade prevê ter esta
obrigação, por contrapartida da conta 67 Provisões do São aquisições de bens destinados a venda sem alterar
período. Será debitada na medida em que se reduzam ou a sua forma ou substância, ou sem qualquer transformação
cessem os riscos previstos, por contrapartida da conta 763 ou construção posterior, ou seja, destinam-se a ser vendidos
(Reversões) De provisões. no mesmo estado em que são adquiridos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2177
317 Devoluções de compras 329, 339, 349 e 359 Perdas por imparidade acumuladas
Esta conta regista a devolução de bens adquiridos e No âmbito dos inventários, existe uma perda por impa-
anteriormente registados nas contas 311 a 313. ridade quando a quantia escriturada de um item de inven-
Credita-se por contrapartida da conta 22 Fornecedo- tário é inferior à sua quantia recuperável que, neste caso,
res. corresponde ao valor realizável líquido.
Debita-se por contrapartida da conta 32 ou 33, caso já Estas contas registam as diferenças acumuladas entre
tenha sido transferido para essas contas o valor previamente as quantias escrituradas e as que resultam da aplicação
registado em 31 Compras (contas 310 a 313), ou, caso dos critérios de mensuração dos correspondentes ativos
contrário, por contrapartida destas contas. incluídos na Classe 3, podendo ser subdivididas a fim de
facilitar o controlo e possibilitar a apresentação no balanço
318 Descontos e abatimentos em compras das quantias líquidas.
As perdas por imparidade são registadas a débito nas
Esta conta regista os descontos e abatimentos, pos- contas 652 Perdas por imparidade — Em inventários, e as
teriores à emissão da fatura, efetuados na aquisição de suas reversões (quando deixarem de existir as situações
bens adquiridos, não considerados descontos financeiros, que originaram as perdas) são registadas a crédito nas
tendo um tratamento contabilístico idêntico ao explicado contas 7622 Reversões de perdas por imparidade — Em
na conta anterior. inventários, por contrapartida destas contas.
Sobre perdas por imparidade de inventários,
32 Mercadorias v. a NCP 10 — Inventários.
Esta conta regista os bens adquiridos pela entidade com
destino a venda, desde que não sejam objeto de transfor- 33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
mação posterior de natureza industrial. V. notas explicativas à conta 31 Compras.
Debita-se por contrapartida da conta 311 Mercado- Debita-se por contrapartida da conta 312 Matérias-
rias. -primas, subsidiárias e de consumo, armazenáveis.
Credita-se no momento da venda (Sistema de Inventário Credita-se quando o bem é consumido para transforma-
Permanente) ou no final do período (Sistema de Inventário ção ou prestação de serviço, por contrapartida do custo das
Intermitente), por contrapartida da conta 61 Custo das matérias consumidas (conta 612).
mercadorias vendidas e das matérias consumidas (conta
611 Mercadorias). É também creditada em caso de devo- 331 Matérias-primas
lução ou abatimento de compras já em armazém (v. nota
explicativa às contas 317 e 318). V. nota explicativa à conta 312.
323 Medicamentos e outros produtos de higiene e saúde para venda 334 Peças e outros materiais de manutenção
Em entidades controladas . . . . . . . . . . . . . . . Por regra, método da equivalência patrimonial . . . . Método da consolidação integral.
Em associadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por regra, método da equivalência patrimonial . . . . Método da equivalência patrimonial.
Em empreendimentos conjuntos (entidades Método da equivalência patrimonial . . . . . . . . . . . . Método da equivalência patrimonial.
conjuntamente controladas).
Noutras entidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Método do custo ou método do justo valor . . . . . . . Método do custo ou método do justo valor.
De acordo com a NCP 22 — Demonstrações financeiras É movimentada por contrapartida de uma conta de de-
consolidadas, as entidades de investimento mensuram as pósitos bancários.
suas participações financeiras ao justo valor.
Nesta conta as entidades deverão obrigatoriamente acres- 4151 Detidos até à maturidade
centar os códigos do Classificador Complementar 1. Engloba os títulos adquiridos pela entidade, tais como
411/412/413/414 Investimentos em entidades controladas/associadas/
títulos de dívida pública a médio e longo prazos (por exem-
empreendimentos conjuntos/noutras entidades plo obrigações do tesouro) e outros.
Esta conta poderá incluir bens de domínio público e de facilitar o controlo e possibilitar a apresentação das
património histórico, artístico e cultural, excecionalmente quantias líquidas no balanço.
destinado a investimento (conta 420). As perdas por imparidade anuais são registadas nas
As contas 420 a 426 têm registo geralmente similar às subcontas apropriadas da conta 65 Perdas por impari-
contas 430 a 437, nomeadamente nas aquisições, transfe- dade, e as suas reversões (quando deixarem de existir as
rências a favor da entidade, alienações, abates, transferên- situações que originaram tais perdas) são registadas nas
cias para outras entidades, entre outras. subcontas apropriadas da conta 762 Reversões (De perdas
por imparidade).
420 Bens de domínio público Quando se verificar o desreconhecimento dos ativos a
que respeitem as imparidades, estas contas serão debitadas
Inclui os terrenos e recursos naturais (conta 4201), edi-
por contrapartida das respetivas subcontas da Classe 4,
fícios e outras construções (conta 4202), e outros (conta
tomando-se como referência para o desreconhecimento a
4209), destinados a obter rendas ou para valorização do
respetiva quantia líquida.
capital, ou ambos.
Sobre perdas por imparidade de ativos, v. a
421 Terrenos e recursos naturais
NCP 9 — Imparidade de ativos.
Débito Crédito
Valor de alienação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2781 — Devedores por alienação de ativos fixos 687 — Gastos e perdas em investimentos
não financeiros.
6871 — Alienações.
68712 Ativos fixos tangíveis.
Ou
787 — Rendimentos e ganhos em inves-
timentos não financeiros.
7871 — Alienações.
78712 Ativos fixos tangíveis.
2182 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
Débito Crédito
No momento do desreconhecimento destes ativos por síveis de reconhecimento no âmbito da NCP 5 — Ativos
abate, efetuam-se os seguintes registos: Fixos Tangíveis, nomeadamente os seguintes:
a) Terrenos e recursos naturais, incluindo os bens de uso
Débito Crédito
público, tais como parques, jardins, e caminhos;
b) Edifícios e outras construções, nomeadamente os
Valor registado na conta 438 438 Depreciações acumu- 431 a 437 enquadrados pelo Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto
ladas. (regime jurídico do património imobiliário público);
Valor registado na conta 439 439 Perdas por imparidade 431 a 437 c) Infraestruturas;
acumuladas. d) Bens que, conforme a Lei n.º 107/2001, de 8 de se-
Valor líquido registado nas 687 — Gastos e perdas em 431 a 437
contas 431 a 437 (quantia investimentos não finan- tembro (lei de bases do património cultural) são classifi-
escriturada). ceiros. cados como património histórico, artístico e cultural;
6872 — Sinistros ou 6873 e) Edifícios, infraestruturas e equipamento militares.
Abates.
4301/431 Terrenos e recursos naturais
Quando se trate de bens em regime de locação finan-
ceira, conforme a NCP 6 — Locações, a contabilização por Compreende os terrenos e recursos naturais (por exem-
parte do locatário obedecerá às seguintes regras: plo, plantações de natureza permanente, minas e pedreiras)
afetos às atividades operacionais da entidade, quer sejam
a) No momento do contrato, a locação deve ser regis- de domínio público (conta 4301) quer sejam de domínio
tada por igual montante no ativo (conta 43) e no passivo privado (conta 431).
(271 Fornecedores de investimentos), considerando o justo Inclui os gastos de preparação dos terrenos, tais como
valor do ativo locado ou, se inferior, o valor presente dos desbravamento, movimentação de terras e drenagem que
pagamentos mínimos da locação; lhes respeitam.
b) Para o cálculo do valor presente citado na alínea a), São ainda registados nesta conta os terrenos subjacen-
a taxa de desconto a aplicar é a implícita na locação, se tes a edifícios e outras construções, mesmo que tenham
determinável; caso contrário deve ser usada a taxa de juro sido adquiridos em conjunto e sem indicação separada de
valores. Quando não haja elementos concretos acerca do
incremental de financiamento do locatário; valor do terreno, deverá considerar-se que este representa
c) As rendas (incluindo capital e juros) serão desdobradas 25 % do valor global, tanto para efeitos de separação da
de acordo com o plano de amortização financeira da dívida natureza do ativo como para efeitos de apuramento do
a pagar referida na alínea a). No momento do pagamento, elemento depreciável do elemento não depreciável.
a conta do passivo é debitada pela parte correspondente à Abrange os seguintes terrenos quando não considerados
amortização do capital, sendo o restante levado à conta de propriedades de investimento (contas 4201 e 421) nem
gastos financeiros, a título de juros suportados; destinados a venda (conta 324):
d) O ativo não corrente referido na alínea a) deve ser de- a) 43011/4311 Terrenos incluídos em planos de urbani-
preciado de forma consistente com a política contabilística zação com capacidade construtiva, tais como terrenos em
da entidade para ativos depreciáveis de que é proprietária. aglomerados urbanos, em zona diferenciada de aglomerado
Se não existir certeza razoável de que o locatário obtenha urbano, e outros terrenos;
a propriedade do bem no fim do contrato, o ativo deve b) 43012/4312 Terrenos não incluídos em planos de
ser depreciado durante o período do contrato, se este for urbanização — solo rural, vocacionados para atividades
inferior ao da sua vida útil. agrícolas, pecuárias, florestais, minerais, espaços naturais,
espaços de proteção ou lazer e solo para outros fins;
A mensuração após o reconhecimento inicial dos ati- c) 43013/4313 Outros terrenos situados dentro do perí-
vos fixos tangíveis deve obedecer ao estabelecido na metro urbano, nomeadamente espaço natural, zona verde
NCP 5 — Ativos Fixos Tangíveis. ou de lazer, praças públicas, terrenos destinados a equipa-
mento público e outros terrenos;
430 Bens de domínio público, património histórico, artístico e cultural d) 43014/4314 Recursos naturais, tais como plantações
de natureza permanente, minas e pedreiras, afetos às ati-
De acordo com a legislação em vigor (nomeadamente vidades operacionais da entidade;
com o Decreto-Lei n.º 477/80, de 15 de outubro — inven- e) 43018 Terrenos militares;
tário geral dos elementos constitutivos do património do f) 43019/4319 Outros terrenos e outros recursos natu-
Estado), são considerados bens de domínio público pas- rais.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2183
Orgânica n.º 7/2015, de 18 de maio (Lei de Programação Os artigos para oferta e publicidade são registados na
Militar), por terem como missão predominante o patru- conta 6234 Artigos para oferta e de publicidade e divul-
lhamento da área oceânica de interesse nacional. Também gação.
se englobam os equipamentos principais utilizados pelas c) 4373 Equipamento individual para fins espe-
Forças Armadas, como, por exemplo, aeronaves, navios, ciais — designadamente equipamento especial de proteção
viaturas blindadas e outras viaturas táticas. individual, equipamento especial de polícia, equipamento
Esta conta deve ser desdobrada pelas subcontas cons- para prática desportiva, vestuário, calçado e outros farda-
tantes no Plano, tendo em conta também a divisão apre- mentos (incluindo para prática desportiva) e equipamento
sentada no Classificador Complementar 2 para efeitos de para animais, entre outros.
inventário. d) 4374 Equipamento para acondicionamento de emba-
lagens — designadamente contentores, tambores e outras
435 Equipamento administrativo embalagens, máquinas de selar e rotular e máquinas para
Inclui o equipamento administrativo, social e mobiliário acondicionamento ou embalagem.
diverso, destinado ao apoio administrativo da atividade Compreende ainda as taras e vasilhames destinados a
principal da entidade. Inclui, por exemplo, computadores, conter ou acondicionar as mercadorias ou produtos, quer
impressoras, telefones, mesas e cadeiras. sejam exclusivamente para uso interno da entidade, quer
Esta conta deve ser desdobrada pelas subcontas cons- sejam embalagens retornáveis com aptidão para utilização
tantes no Plano, tendo em conta também a divisão apre- continuada.
sentada no Classificador Complementar 2 para efeitos de e) 4379 Outros — conta de caráter residual, incluindo
inventário. todos os bens duradouros inventariáveis que, pela sua
natureza, não se enquadrem em qualquer das contas que
436 Equipamentos biológicos antecedem.
São registados nesta conta os animais e plantas vivos 44 Ativos intangíveis
que reúnam os requisitos de reconhecimento como inves-
timento e que não se enquadrem na NCP 11 — Agricul- Esta conta inclui os ativos sem substância física reco-
tura, que estabelece as normas contabilísticas dos ativos nhecidos de acordo com os requisitos da NCP 3 — Ativos
biológicos relacionados com a atividade agrícola e que Intangíveis, nomeadamente:
são registados na Classe 3 — Inventários, conta 37 Ativos a) Goodwill (conta 441), exceto se gerado interna-
Biológicos. mente;
Assim, não se incluem nesta conta os animais que b) Projetos de desenvolvimento (conta 442), desde que
se destinam à produção, reprodução ou consumo preencham os requisitos referidos na NCP 3;
(contas 371 e 372). c) Programas de computador e sistemas de informação
São exemplo de um equipamento biológico os equí- (conta 443), não incluindo software integrado no próprio
deos da GNR e de uma escola de equitação e as unidades ativo fixo tangível;
cinotécnicas. No caso de plantas, inclui-se, por exemplo d) Propriedade industrial e intelectual (conta 444), no-
os jardins ou plantas decorativos de duração superior a meadamente patentes, marcas, alvarás, licenças, privi-
um ano. légios, concessões e direitos de autor, bem como outros
direitos e contratos assimilados, desde que preencham os
437 Outros ativos fixos tangíveis requisitos da NCP 3.
São registados nesta conta outros ativos fixos tangíveis
que não tenham enquadramento nas contas anteriores, des- Inclui ainda os ativos intangíveis de domínio público,
critos no Classificador Complementar 2. No caso de a vida património histórico, artístico e cultural (conta 440).
útil ser inferior a um ano ou, mesmo que superior, tenha Os registos nesta conta são similares, com as neces-
um valor individual inferior a € 100, devem ser registados sárias adaptações, aos referidos na nota explicativa da
na conta 623 Materiais de consumo. conta 43.
Esta conta deve ser desdobrada pelas subcontas cons-
tantes no Plano, tendo em conta também a divisão apre- 440 Ativos intangíveis de domínio público, património histórico,
artístico e cultural
sentada no Classificador Complementar 2 para efeitos de
inventário, Inclui nomeadamente: Inclui ativos intangíveis descritos como património
histórico devido ao seu significado histórico, artístico,
a) 4371 Equipamento de oficina e reparações — bens cultural ou ambiental. Exemplos destes ativos são regis-
desta natureza e ferramentas, utensílios e máquinas ligeiras, tos de acontecimentos históricos significativos e direitos
cuja vida útil exceda, em condições de utilização normal, de utilização da imagem de uma pessoa pública em, por
o período de um ano.
exemplo, selos de correio ou moedas de coleção. Estes
b) 4372 Artigos de decoração e conforto, de utilização
ativos evidenciam algumas características, como as que se
comum — artigos honoríficos, nomeadamente bandeiras,
seguem, embora estas características não sejam exclusivas
estandartes e galhardetes. Inclui ainda os artigos de con-
de tais ativos:
forto e decoração (candeeiros, tapetes, alcatifas, objetos
decorativos, quadros não considerados património histó- a) É improvável que o seu valor em termos culturais,
rico, artístico e cultural, entre outros). ambientais, educacionais e históricos seja inteiramente
Os artigos honoríficos e de decoração considerados refletido num valor financeiro unicamente baseado num
como património histórico, artístico e cultural são regis- preço de mercado;
tados na conta 43042 Obras de arte, coleções e antigui- b) Obrigações legais e/ou estatutárias podem impor
dades. proibições ou restrições severas à sua alienação por venda;
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2185
c) São geralmente insubstituíveis e o seu valor pode Classe 5 — Património, reservas e resultados transitados
aumentar ao longo do tempo; e De acordo com a Estrutural Concetual do SNC-AP, o
d) Pode ser difícil estimar as suas vidas úteis, que em património líquido de uma entidade pública corresponde
alguns casos podem ser de várias centenas de anos. ao valor agregado dos seus ativos, deduzidos dos passivos,
com referência à data do relato financeiro.
441 Goodwill
Esta classe engloba o património líquido inicial e au-
Esta conta regista a parte do valor de mercado de um mentos e diminuições do património líquido, nomeada-
negócio que não é diretamente atribuível aos seus ativos e mente resultantes de: revalorizações (quando ocorrerem),
passivos, isto é, que resulta da diferença entre o valor pago doações, transferências de património, transferências e
e o justo valor dos ativos e passivos adquiridos. subsídios de capital e resultados. As variações positivas
De acordo com a NCP 3 — Ativos Intangíveis, o goo- e negativas do património líquido podem ainda resultar
dwill gerado internamente não deve ser reconhecido como de influxos e exfluxos de recursos de e para entidades
ativo. externas, na sua condição de proprietários.
Dado que esta conta é utilizada por um conjunto restrito Em adição às subcontas constantes nesta classe, as enti-
de entidades no âmbito to SNC-AP, não foi criada nenhuma dades deverão acrescentar o Classificador Complementar 1,
NCP relativa a concentrações de entidades empresariais, nomeadamente nas subcontas 533, 563, 593 e 598.
pelo que, nestes casos, aplica-se um dos normativos con-
tabilísticos subsidiários conforme prevê o artigo 13.º do 51 Património/capital
Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, que aprova Registam-se nesta conta os fundos relativos à constitui-
o SNC-AP. ção da entidade resultantes da diferença entre os ativos e
442 Projetos de desenvolvimento os passivos no momento de elaboração do balanço inicial
Esta conta regista os projetos de desenvolvimento que, (património inicial — conta 511), bem como retificação
de acordo com os requisitos de reconhecimentos esta- ao património inicial (conta 512) e constituição/reforço
belecidos na NCP 3 — Ativos Intangíveis, possam ser do património/capital por parte de outras entidades (con-
reconhecidos como ativo não corrente, nomeadamente tas 513 e 514).
por gerarem prováveis benefícios económicos futuros ou 511 Balanço inicial
potencial de serviço.
Para as entidades que vão elaborar o balanço de aber-
443 Programas de computador e sistemas de informação tura passando a adotar a contabilidade segundo a base do
acréscimo, esta conta regista o valor do ativo, deduzido do
Engloba as despesas com os produtos informáticos, passivo e de eventuais saldos credores a incluir na conta
vulgarmente designado por «Software informático». 593 Transferências e subsídios de capital.
444 Propriedade industrial e intelectual
512 Retificações ao balanço inicial
Inclui patentes, marcas, alvarás, licenças, privilégios,
São registadas nesta conta as retificações ao balanço
concessões e direitos de autor, bem como outros direitos inicial, nomeadamente no caso de entidades que, nesse
e contratos assimilados. balanço, não tenham registado todo o seu ativo ou passivo.
446 Outros ativos intangíveis
513 Capital subscrito
Engloba outros ativos não enquadráveis nas contas
anteriores que, cumprindo os requisitos da NCP 3 — Ati- Esta conta evidencia o valor nominal do capital subs-
vos Intangíveis, podem ser reconhecidos como ativos não crito, por contrapartida das contas 261 Acionistas c/subs-
correntes. crição ou 262 Sócios/Associados — Quotas não liberadas,
45 Investimentos em curso
contas estas que poderão incluir o valor dos eventuais
prémios de emissão a registar na conta 54.
Abrange os investimentos de adição, melhoramento ou O capital subscrito corresponde à subscrição de capital
substituição enquanto não estiverem concluídos. Inclui na constituição da entidade, bem como a reforços de ca-
também os adiantamentos feitos por conta de investimen- pital por novas entradas. V. nota explicativa à conta 261
tos, cujo preço esteja previamente fixado. e 262.
A conta deve ser desdobrada considerando subcontas 514 Reforços de capital
idênticas às das contas 42, 43 e 44.
É uma conta de uso temporário, que deverá ser saldada Regista-se nesta conta outros reforços de capital, no-
para as contas 42, 43 e 44, quando o respetivo ativo fica meadamente por incorporação de reservas e resultados
concluído e começa a ser utilizado. transitados.
52 Ações (quotas) próprias
455 Adiantamentos por conta de investimentos
Esta conta regista o valor das ações ou quotas próprias
Regista as entregas feitas pela entidade por conta de in- adquiridas pela entidade a outros acionistas ou sócios.
vestimentos cujo preço esteja previamente fixado. Pela re- A conta 521 Valor nominal é debitada pelo valor no-
ceção da fatura, esta conta é creditada por contrapartida da minal das ações ou quotas próprias adquiridas. Ainda na
conta 2711 Fornecedores de investimentos — Contas gerais. fase de aquisição, a conta 522 Descontos e prémios é mo-
As entregas feitas pela entidade por conta de investi- vimentada pela diferença entre o custo de aquisição e o
mentos, cujo preço não esteja previamente fixado, são valor nominal.
registadas na conta 2713 Adiantamentos a fornecedores Quando se proceder à venda das ações ou quotas
de investimentos. próprias, para além de se efetuar o respetivo crédito na
2186 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
mapas, globos terrestres e pastas), equipamentos e apare- de bilhetes de passagem, despesas com a concessão de
lhos para educação física e desporto (por exemplo, bolas) vistos e outras relacionadas com as viagens e deslocações
e equipamentos para salas de convívio. previstas nos termos da lei.
Regista ainda os jornais e revistas não inventariáveis. Se os encargos com alimentação e alojamento forem
Os livros e revistas não científicas destinados a venda são suportados através de ajudas de custo, estas serão in-
registados na conta 3112 (Compras) Livraria, papelaria cluídas nas contas 63023/63123/632203 (Gastos com o
e artigos institucionais para venda. Os jornais e revistas pessoal) — Ajudas de Custo.
(científicas ou não) inventariáveis devem ser registadas Regista também os gastos com transporte relativo a via-
na conta 43043 (Património histórico, artístico e cultural) gens, bem como a deslocação em veículo próprio, em que
Livros, arquivos e outras publicações de bibliotecas, assim o valor a pagar resulta da multiplicação dos quilómetros
como os livros para bibliotecas. percorridos pelo custo unitário do quilómetro.
Outros bens desta natureza, duradouros e inventariáveis
(por exemplo, instrumentos musicais), devem ser regis- 6252 Transportes de pessoal
tados na conta 4334 Equipamento e material recreativo,
desportivo, de educação e de cultura, com exceção dos que Regista os gastos com transportes de trabalhadores da
tiverem valor individual inferior a € 100. entidade, quando o serviço é prestado por entidades ex-
ternas.
6236 Artigos de higiene e limpeza, vestuário e artigos pessoais Inclui os encargos com o aluguer de automóveis, com
ou sem condutor.
Engloba-se nesta conta a aquisição de todos os artigos Os gastos com o transporte pagos diretamente ao pessoal
de higiene, limpeza, vestuário e artigos pessoais que se na sua folha de vencimentos são registados na conta 6382
destinam a consumo imediato ou no curto prazo e que não (Gastos com Pessoal) Transporte de pessoal.
estejam diretamente associados à produção de bens nem à
prestação de serviços. 6253 Transportes de mercadorias e outros bens vendidos
Inclui ainda pequenos instrumentos de valor individual
inferior a € 100, excetuando os casos em que tais elemen- Regista os gastos com transportes de venda de merca-
tos façam parte integrante de um conjunto que deva ser dorias e outros inventários destinados a venda.
considerado como um todo (neste caso a reconhecer na Poderão ainda incluir-se nesta conta gastos de transporte
Classe 3). suportadas pela entidade relacionadas com a venda e abate
de ativos fixos tangíveis, bem como as relacionadas com a
6237 Medicamentos e artigos para a saúde
eliminação de resíduos, desperdícios e refugos.
Regista nomeadamente gastos com o material de pri-
meiros socorros que as entidades dispõem para prestação 6254 Transporte escolar
de cuidados ao seu próprio pessoal. Consideram-se aqui incluídos os gastos com transportes
Os medicamentos e artigos para a saúde adquiridos relativos a ação social, nomeadamente transporte diário de
e destinados a venda ou para incorporar no processo de estudantes, idosos e crianças.
produção são registados em subconta apropriada da conta
31 Compras. 6255 Transporte de doentes
6238 Produtos químicos e de laboratórios
Consideram-se aqui incluídos os gastos com transpor-
Regista a aquisição de produtos químicos e de labora- tes efetuados por terceiros (por exemplo, bombeiros e
tório, de consumo imediato ou no curto prazo. outros transportadores autorizados) para estabelecimentos
de saúde.
6239 Outros materiais 6258 Outros
Regista outras aquisições não enquadráveis nas contas Regista outros gastos de transporte não enquadráveis
anteriores, tais como: nas contas anteriores.
a) Munições, explosivos e artifícios, qualquer que seja 626 Serviços diversos
o seu potencial destino ou utilização (serviços militares
ou civis); 6261 Rendas e alugueres
b) Despesas com a aquisição de artifícios utilizados
com fins de sinalização e socorros, pólvora, dinamite e Esta conta regista os gastos com rendas de terrenos e
rastilhos. edifícios e alugueres de equipamentos, bem como rendas
624 Energia e fluidos e alugueres de outros bens móveis e imóveis (em regime
de locação operacional). Não inclui, porém, as rendas de
Regista os gastos com água, eletricidade e aquecimento, bens em regime de locação financeira (que são reconheci-
quando consumidos no período. Encontra-se desdobrada das como reduções de passivos, conforme NCP 6 — Lo-
por tipo de gasto.
cações), nem as despesas de aluguer de viaturas (que se
No caso da aquisição de combustíveis, energia ou água
contabilizam na conta 6252 Transportes de pessoal).
se destinarem a venda, tais aquisições são registadas em
subconta apropriada da conta 311 (Compra) Mercadorias.
6262 Comunicação
625 Deslocações, estadas, e transportes Regista os gastos com instalação, aluguer, utilização e
manutenção relativos a dispositivos de comunicação (fixos
6251 Deslocações e estadas
e móveis), serviços de televisão e multimédia, internet,
Regista os gastos com alojamento, transporte e alimen- entre outros. Inclui-se ainda os gastos de correios (por
tação fora do local de trabalho, nomeadamente aquisição exemplo, selos e taxas de apartados).
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2193
pós emprego e cuidados médicos pós emprego, conforme ráter de permanência ao pessoal, como sejam os subsídios
NCP 19 — Benefícios dos Empregados. para passes sociais concedidos, entre outros.
Os gastos como transporte de pessoal que resultem de
6331 Prémios para pensões aquisições de serviços a terceiros efetuadas diretamente
pela entidade empregadora, serão registados nas contas
Respeita aos prémios da natureza em epígrafe destinados
6251 ou 6252.
a entidades externas, a fim de que estas venham a suportar
oportunamente os encargos com o pagamento de pensões 6383 Serviço médico, de enfermagem e assistência social
ao pessoal.
Inclui contratos de apoio social aos trabalhadores ou
6332 Outros benefícios utentes, nomeadamente serviços médicos, serviços de en-
fermagem, psicólogo, assistente social.
Conta residual na qual se registam outros benefícios
não enquadráveis nas contas anteriores. 639 Outros encargos sociais
68122 IVA Liquidações oficiosas equivalência patrimonial, sendo considerados para o efeito
Esta conta é debitada por contrapartida da conta 2439 apenas os resultados das entidades controladas, associadas
IVA — Liquidações oficiosas (v. nota explicativa a esta e empreendimentos conjuntos.
conta), pelas liquidações oficiosas de IVA. Será creditada V. nota explicativa à conta 7851.
caso a liquidação oficiosa fique sem efeito.
6853 Alienações
682 Descontos de pronto pagamento concedidos Regista as perdas verificadas na alienação de investi-
Regista o valor de descontos financeiros concedidos na mentos financeiros em entidades controladas, associadas e
venda de bens e serviços, sendo debitada por contrapartida empreendimentos conjuntos, sendo creditada pelo produto
de contas a receber. da sua venda e por eventuais imparidades acumuladas e
debitada pela quantia escriturada bruta no ativo.
683 Dívidas incobráveis Esta conta é utilizada quando ocorre uma menos-valia
contabilística, procedendo-se aos seguintes movimentos
Regista, por contrapartida da correspondente conta da contabilísticos (v. também nota explicativa às contas 41
classe 2, as dívidas cuja incobrabilidade se verifique no a 43):
período e que não tivessem sido consideradas anterior-
mente em situação de imparidade.
Débito Crédito
Esta conta credita-se pelo produto de eventuais indem- Conta residual que regista outros gastos e perdas relati-
nizações, sendo debitada pelos gastos correspondentes à vos a entidades controladas, associadas e empreendimentos
quantia escriturada dos inventários sinistrados. conjuntos, não enquadráveis nas contas anteriores.
V. nota explicativa à conta 7841.
686 — Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros
6842 Quebras
Esta conta regista os gastos e perdas relativos às parti-
Esta conta debita-se pelo valor das quebras anormais em cipações de capital noutras entidades, nomeadamente os
inventários, por contrapartida da conta 38 Reclassificação gastos referentes a cobertura de prejuízos, as perdas na
e regularização de inventários e ativos biológicos. alienação dos investimentos financeiros e ainda diferenças
V. nota explicativa à conta 7842.
de câmbio desfavoráveis na atividade de financiamento.
6848 Outras perdas Respeita aos gastos e perdas relacionados com os in-
vestimentos financeiros contabilizados nas contas 414 In-
Trata-se de uma conta residual que regista outros gas- vestimentos noutras entidades e 415 Outros investimentos
tos e perdas em inventários não enquadráveis nas contas financeiros.
anteriores.
6861 Cobertura de prejuízos
685 Gastos e perdas em entidades controladas, associadas
e empreendimentos conjuntos V. nota explicativa à conta 6851.
Esta conta regista os gastos e perdas relativos às parti-
cipações de capital em entidades controladas, associadas 6862 Alienações
e empreendimentos conjuntos, nomeadamente os gastos V. nota explicativa à conta 6853.
referentes a cobertura de prejuízos, as perdas derivadas
da aplicação do método de equivalência patrimonial e as 6863 Diferenças de câmbio desfavoráveis na atividade de investimento
perdas na alienação dos investimentos financeiros.
Regista as diferenças de câmbio desfavoráveis rela-
6851 Cobertura de prejuízos cionadas com a atividade de investimento da entidade,
Regista-se nesta conta os gastos decorrentes das obri- nomeadamente relacionadas com variação de dívidas a
gações da entidade com a cobertura de prejuízos, como fornecedores de investimentos e de dívidas a acionis-
por exemplo, a transferência financeira paga ou a pagar, tas, sócios e associados, tendo em atenção o disposto na
a sócios, acionistas ou associados, com vista a equilibrar NCP 16 — Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio.
os resultados do exercício, prevista nos estatutos ou por
decisão do órgão deliberativo. 687 Gastos e perdas em investimentos não financeiros
A entidade que recebe credita a conta 531 Subsídios Respeita aos gastos e perdas relacionados com os in-
para cobertura de prejuízos. vestimentos não financeiros contabilizados nas contas 42,
43, 44 e 45.
6852 Aplicação do método da equivalência patrimonial
As contas 6871/6872/6873 são debitadas pela quantia
Esta conta regista as perdas relativas aos interesses em escriturada bruta do ativo e creditadas pelas amortiza-
outras entidades, derivadas da aplicação do método da ções e depreciações acumuladas e perdas por imparidade
2198 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
acumuladas, por contrapartida das contas respetivas da 6884 Ofertas e amostras de inventários
Classe 4. Regista as saídas de inventários (Classe 3) por ofertas
O produto da venda é creditada na conta 6871 Aliena- e amostras.
ções e, no caso de um sinistro, a eventual indemnização
creditada na conta 6872 Sinistros (v. também nota expli- 6885 Insuficiência da estimativa para impostos
cativa à conta 7872).
Regista, nas entidades com rendimentos sujeitos e não
6874 Gastos em propriedades de investimentos isentos de IRC, a insuficiência de imposto estimado quando
inferior ao liquidado. É debitada por esta diferença, por
Regista, entre outros, gastos com conservação e repara- contrapartida da conta de IRC liquidado (241).
ção, vigilância e segurança e energia, com o objetivo de se
obter o resultado gerado com a detenção de propriedades 6886 Perdas em instrumentos financeiros
de investimento, nomeadamente por comparação com a
conta 7873 Rendas em propriedades de investimento. Esta conta regista os gastos e perdas relativos a instru-
A informação desta conta também é útil para dar cum- mentos financeiros detidos para negociação (aplicações
primento aos requisitos de divulgação de informação de tesouraria), nomeadamente as perdas na alienação de
sobre propriedades de investimento, previsto nas Notas instrumentos financeiros.
Explicativas às Demonstrações Financeiras (Anexo) da Respeita aos gastos e perdas relacionados com os ins-
NCP 1 — Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Fi- trumentos financeiros contabilizados na conta 14 Outros
nanceiras. instrumentos financeiros a curto prazo.
Salienta-se que, conforme a NCP 8 — Propriedades de V. nota explicativa à conta 7884.
Investimento, tratando-se de «grandes reparações» levadas
6887 Diferenças de câmbio desfavoráveis na atividade operacional
a efeito em edifícios e habitações, os inerentes gastos não
devem ser registados nesta conta, mas sim reconhecidas Regista as diferenças de câmbio desfavoráveis relacio-
nas contas da Classe 4 (v. também notas explicativas a nadas com a atividade operacional da entidade, nomeada-
esta classe). mente relacionadas com variação de dívidas a fornecedo-
res, dívidas de clientes e a outros ou de outros com quem
688 Outros a entidade tenha transações de caráter operacional, tendo
em atenção o disposto na NCP 16 — Efeitos de Alterações
Regista outros gastos e perdas não enquadrados nas
em Taxas de Câmbio.
contas anteriores.
6888 Dotação provisional
6881 Correções relativas a períodos anteriores
Esta conta é de movimentação exclusiva da Entidade
Esta conta regista a diminuição de impostos (diretos e
Contabilística Estado.
indiretos) e taxas a corrigir ao período anterior, quando a
Regista a débito, por contrapartida de uma conta da
estimativa foi superior ao imposto liquidado («devido a Classe 1 — Meios financeiros líquidos, a dotação inscrita
final»). no seu orçamento (correspondente à mesma rubrica no
Encontra-se desagregada de forma aproximada à conta Orçamento do Estado) para acudir a despesas não previ-
70 Impostos, Contribuições e Taxas, a fim de possibilitar síveis e inadiáveis.
a identificação do tipo de imposto/taxa que é corrigido, As entidades beneficiárias destas verbas registam-nas
normalmente por excesso de estimativa. como transferências, através das contas 593 Transferên-
Regista também a devolução de transferências e subsí- cias e subsídios de capital, 75 Transferências e subsídios
dios correntes recebidos em anos anteriores (conta 68814) correntes obtidos, ou 2821/2822 Transferências e subsídios
a devolver por incumprimento das condições (v. quadro da correntes/de capital obtidos com condições.
nota explicativa à conta 201 Devedores por transferências
obtidas). 69 Gastos e perdas por juros e outros encargos
Esta conta regista ainda as correções desfavoráveis ao
resultado da entidade, derivadas de erros ou omissões 691 Juros suportados
relacionados com exercícios anteriores, que não sejam
de grande significado, nem derivem de alterações de po- A título de definição genérica, o termo «juro» designa
líticas contabilísticas e erros. Caso as correções sejam de habitualmente a quantia que o devedor tem a responsabi-
relevância material ou derivem de alterações de políticas lidade de pagar ao credor, ao longo de um dado período,
contabilísticas e erros, devem ser registadas na conta 562 pela utilização de uma determinada quantia de capital, e
(v. nota explicativa a esta conta). que não corresponde ao reembolso deste.
Regista-se nesta conta os juros e encargos similares (por
6882 Donativos
exemplo, comissões), suportados pela entidade no período
corrente. Deverá ser desagregada de acordo com o tipo de
Regista os donativos concedidos, quer sejam em nume- juros e encargos suportados.
rário ou em espécie.
6910 Juros e encargos decorrentes da dívida pública
6883 Quotizações
Regista os gastos associados à contratação, gestão
Regista as quotizações periódicas de participação da e amortização de empréstimos, transacionáveis ou não
entidade em associações, fundações ou outras entidades transacionáveis, diretamente contraídos pelas entidades
equiparadas. integrantes do setor público.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2199
Previsão do rendimento de IMI relativo ao ano N Registo da previsão de rendimento de IMI Registo a 1 de janeiro do ano n+1 (orça-
do ano N. mento de receita; previsões iniciais),
(crédito da conta de rendimentos, conta 70105, por cujo valor deve coincidir com o valor
contrapartida da conta 2720). registado na contabilidade financeira
(70105).
Emissão do documento único de cobrança . . . . . . Registo da liquidação e regularização de estimativa Registo da liquidação na data de envio da
registada a 31 de dezembro (débito da conta 213, nota de liquidação.
por contrapartida das contas 2720 e 688115 ou
788114).
Cobrança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Registo em meios financeiros líquidos (débito de Registo da cobrança na data efetiva.
contas da Classe 1) e abate à dívida do contri-
buinte (por contrapartida do crédito na conta
213).
Restituições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Registo como diminuição de rendimentos (débito Registo do abate à receita.
da conta 688115, porque se refere a reembolso
de IMI reconhecido como rendimento no ano an-
terior), por contrapartida, da dívida a reembolsar
ao contribuinte (conta 213).
O imposto é um rendimento do ano N, tem pagamentos por conta no ano N, mas a liquidação é efetuada no ano N+1
(por exemplo, IRS e IRC)
Entregas por conta do imposto (retenções na fonte Registo do adiantamento de contribuintes (crédito Registo da liquidação e cobrança da re-
e pagamentos por conta). da conta 2182), por contrapartida de uma conta ceita orçamental.
de meios financeiros líquidos.
Mensalmente — especialização do rendimento. . . Especialização mensal com base na estimativa do Não há qualquer registo.
rendimento, utilizando a conta de devedores
por acréscimos de rendimentos (2721) por con-
trapartida das apropriadas contas de impostos
(70101/70102).
Liquidação em N+1 relativa ao imposto do ano N Registo da liquidação e regularização de estima- Registo da liquidação na data de envio da
tiva de rendimento registada no ano N (débito nota de liquidação.
da conta 213 por contrapartida das contas 2721
e 688111/688112 ou 788111/788112).
Regularização dos adiantamentos efetuados no ano
N (débito 2182 por contrapartida da 213).
Acerto de contas final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reembolso ao contribuinte das entregas por conta Registo do pagamento do reembolso ao
em excesso (débito da 213 por contrapartida da contribuinte, como abate à receita.
saída de meios financeiros líquidos). ou
ou Cobrança adicional de imposto.
Cobrança adicional de imposto (crédito da 213 por
contrapartida da entrada de meios financeiros
líquidos).
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2201
70201 Imposto sobre produtos petrolíferos lotaria nacional, em resultado da sua entrega àquela enti-
Esta conta é utilizada pela Entidade Contabilística Es- dade em regime de monopólio;
tado e pelas Regiões Autónomas. b) As entregas ocasionadas em resultado de todo o tipo
São registados nesta conta os rendimentos provenientes de apostas mútuas, como sejam as resultantes da explora-
da tributação dos produtos petrolíferos e energéticos, nos ção do Totoloto, Joker e Totobola, entre outros;
termos do Código dos Impostos Especiais de Consumo. c) Os rendimentos proveniente das empresas conces-
sionárias de jogos de fortuna ou azar, pelo exercício da
70202 Imposto sobre valor acrescentado atividade do jogo, nos termos da legislação em vigor.
Sendo utilizada pela Entidade Contabilística Estado e
pelas Regiões Autónomas, esta conta compreende os ren- Esta conta regista os rendimentos deste tipo auferidos
dimentos provenientes de impostos sobre as transmissões pelas entidades que a eles tenham direito, conforme le-
de bens e as prestações de serviços efetuadas no território gislação aplicável.
nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo agindo
70207 Imposto do selo
como tal, nos termos do Código do IVA. Inclui ainda os
rendimentos do imposto incidente sobre as importações Nesta conta, utilizada exclusivamente pela Entidade
de bens e as operações intracomunitárias efetuadas no Contabilística Estado e pelas Regiões Autónomas, registam-
território nacional, tal como são definidas e reguladas no -se os rendimentos provenientes de Imposto do Selo sobre
Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias. atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis e outros
70203 Imposto sobre veículos
factos, previstos na Tabela Geral respetiva, exceto quando
o rendimento resulte da tributação do património, ou seja,
O Imposto sobre Veículos, nos termos da legislação decorrente de sucessões e doações. Neste caso, será conta-
em vigor, incide sobre os veículos automóveis ligeiros de bilizado na conta 70104 Imposto do selo sobre sucessões
passageiros admitidos ou importados, novos ou usados, e doações (v. nota explicativa a esta conta).
incluindo os montados ou fabricados em Portugal e que
se destinam a ser registados/matriculados. Também estão 70208 Impostos indiretos específicos das autarquias locais
abrangidos os veículos todo-o-terreno, os veículos auto-
móveis ligeiros de mercadorias derivados de ligeiros de Compreende os rendimentos provenientes da cobrança
passageiros e os furgões ligeiros de passageiros. de impostos municipais, estabelecidos no Regime Finan-
Ficam ainda sujeitos ao ISV os veículos automóveis ceiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermuni-
ligeiros para os quais se pretenda nova matrícula, após cipais, aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro.
cancelamento da inicial, tenham ou não sido objeto de Estes rendimentos devem ser individualizados por sub-
transformação, e ainda aqueles que, após a sua admissão contas.
ou importação, sejam objeto de alteração da cilindrada
70209 Impostos indiretos específicos das regiões autónomas
do motor, mudança de chassis ou de transformação de
veículos de mercadorias para veículos de passageiros ou Compreende os rendimentos provenientes da cobrança
de passageiros e de carga. de impostos regionais estabelecidos na Lei das Finanças
Esta conta regista os rendimentos deste tipo auferidos das Regiões Autónomas (Lei Orgânica n.º 2/2013, de 2 de
quer pela Entidade Contabilística Estado quer pelas Re- setembro). Estes rendimentos devem ser individualizados
giões Autónomas. por subcontas.
70204 Imposto de consumo sobre o tabaco
70210 Imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis
Este imposto incide sobre o tabaco manufaturado desti- Regista os rendimentos provenientes do Imposto mu-
nado ao consumo em todo o território nacional, nos termos nicipal sobre a transmissão onerosa de imóveis (IMT),
do Código dos Impostos Especiais de Consumo.
que constitui um rendimento dos municípios, conforme
Esta conta regista os rendimentos deste tipo auferidos
quer pela Entidade Contabilística Estado quer pelas Re- estabelecido no Regime Financeiro das Autarquias Lo-
giões Autónomas. cais e das Entidades Intermunicipais, aprovado pela Lei
n.º 73/2013, de 3 de setembro.
70205 Imposto sobre álcool e bebidas alcoólicas
70211 Contribuição do serviço rodoviário
Trata-se de um imposto que incide sobre a cerveja,
outras bebidas fermentadas, os produtos intermédios e as Regista os rendimentos provenientes de contribuições
bebidas espirituosas, genericamente designadas «bebidas que incidem sobre os combustíveis (gasolina, gasóleo e
alcoólicas». Abrange ainda impostos sobre o álcool etílico, GPL) sujeitos ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos
genericamente designado «álcool», conforme estabelecido e Energéticos, e dele não isentos, nos termos da legislação
no Código dos Impostos Especiais de Consumo. aplicável.
Esta conta regista os rendimentos deste tipo auferidos 70212 Contribuição do audiovisual
quer pela Entidade Contabilística Estado quer pelas Re- Regista os rendimentos provenientes de contribuições
giões Autónomas. para o financiamento do serviço público de radiodifusão
70206 Lotarias, apostas mútuas e imposto do jogo
e de televisão, nos termos da legislação em vigor.
São registados nesta conta, a título de rendimentos do 70213 Contribuição sobre o setor bancário
período: Regista os rendimentos relativos à contribuição ini-
a) As entregas feitas pela Santa Casa da Misericórdia, cialmente criada pelo artigo 141.º da Lei n.º 55-A/2010,
correspondentes à parte do Estado no produto líquido da de 31 de dezembro.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2203
70214 Contribuição sobre o setor energético de decisões judicias, posturas e outros regulamentos, bem
Regista os rendimentos provenientes desta contribuição como juros de mora e compensatórios.
inicialmente criada pelo artigo 228.º da Lei n.º 83C/2013,
70441 Juros de mora
de 31 de dezembro.
Regista os rendimentos provenientes do não pagamento
70299 Outros de dívidas a entidades públicas dentro do prazo legal.
Compreende os rendimentos não enquadráveis nas con-
70442 Juros compensatórios
tas anteriores.
São rendimentos auferidos quando, por facto imputável
703 Contribuições para sistemas de proteção social ao sujeito passivo, for retardada a liquidação de parte ou
e subsistemas de saúde
da totalidade do imposto devido, ou a entrega de imposto
Esta conta, a utilizar por entidades como sejam o Insti- a pagar antecipadamente, retidos ou a reter no âmbito da
tuto de Gestão Financeira da Segurança Social, a CGA e substituição tributária. São também devidos juros compen-
os subsistemas públicos de saúde, abrange os rendimentos satórios quando o sujeito passivo, por facto a si imputável,
provenientes das contribuições para sistemas de proteção tenha recebido reembolso superior ao devido.
social (conta 7031) e subsistemas de saúde (conta 7032),
incluindo: 70443 Multas e coimas por infrações ao Código da Estrada e legislação afim
a) As quotizações e contribuições dos trabalhadores, São registados nesta conta os rendimentos resultantes
provenientes da aplicação das taxas legalmente previstas das multas e coimas por transgressões às disposições do
às remunerações efetivamente auferidas ou convencionais Código da Estrada, nomeadamente as coimas respeitantes
que, nos termos da lei, constituam base de incidência con- às contraordenações por infração ao regime de realização
tributiva, destinadas a financiar sistemas de proteção social de exames de condução de veículos automóveis, por falta
(contas 70311 e 70313); de pagamento das portagens, pela falta de instalações de
b) As contribuições do empregador, ou seja, os rendi- um separador de segurança no interior dos veículos li-
mentos originados pelas contribuições deste para financiar geiros de passageiros de aluguer, às chapas de matrícula,
sistemas de proteção social, pela aplicação das taxas legal- por infração ao disposto quanto ao ensino da condução,
mente previstas às remunerações efetivamente pagas ou em resultado de contraordenações quanto ao não cumpri-
convencionais que, nos termos da lei, constituam base de mento do disposto relativo aos limitadores de velocidade
incidência contributiva, sem prejuízo de virem a ser defi- e relevo dos desenhos do piso dos pneus, respeitantes às
nidas bases de incidência distintas das remunerações, no contraordenações por violação do regime jurídico relativo
contexto de defesa e promoção do emprego (conta 70312); à atividade de inspeções técnicas de veículos a motor e
c) As contribuições para subsistemas de saúde, incluindo seus reboques, por contraordenações não cumprimento
as contribuições do empregador e as quotizações dos traba- do Regulamento das Passagens de Nível.
lhadores para subsistemas públicos de saúde (contas 70321
e 70322). 70444 Coimas e penalidades por contraordenações
704 Taxas, multas e outras penalidades
Regista os rendimentos das coimas decorrentes das
7041 Taxas contraordenações praticadas em diversos setores.
As taxas incluem os rendimentos que assentam na pres- 70449 Outras multas e penalidades
tação concreta de um serviço público, na utilização privada Compreende os rendimentos não enquadrados nas con-
de bens do domínio público e privado ou na remoção de um tas anteriores.
obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares. 71 Vendas
São, deste modo, rendimentos com contraprestação.
Regista os rendimentos provenientes de vendas de ativos
7042 Taxas específicas das regiões autónomas anteriormente registados na Classe 3, nos termos da NCP
13 — Rendimentos de Transações com Contraprestação.
Regista os rendimentos provenientes da prestação de
serviços regionais, pelos atos de remoção de limites jurí- 711 Mercadorias
dicos às atividades dos particulares da competência dos
órgãos regionais e pela utilização de bens do domínio V. nota explicativa à conta 32 Mercadorias.
público regional. Devem ser criadas subcontas idênticas à conta 32.
7043 Taxas específicas das autarquias locais 712 Produtos acabados e intermédios
Regista os rendimentos provenientes da prestação con- V. nota explicativa à conta 34 Produtos acabados e in-
creta de um serviço público local, na utilização privada de termédios
bens do domínio público e privado das autarquias locais ou Devem ser criadas subcontas idênticas à conta 34.
na remoção de um obstáculo jurídico ao comportamento Inclui a água nas circunstâncias de “distribuição em
dos particulares, quando tal seja atribuição das autarquias alta”, ou seja, a venda ocorre a uma entidade intermediária.
locais, nos termos da lei.
713 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
7044 Multas e outras penalidades
V. nota explicativa à conta 35 Subprodutos, desperdí-
Regista os rendimentos provenientes da aplicação de cios, resíduos e refugos.
sanções pela transgressão da lei, incluindo as resultantes Devem ser criadas subcontas idênticas à conta 35.
2204 Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016
Regista os rendimentos resultantes de prestações rela- Conta utilizada por entidades com rendimentos decor-
cionadas com a educação, formação e investigação, inde- rentes de transporte de doentes, urgente ou não urgente.
pendentemente de a entidade estar sob a tutela do membro
do Governo responsável pela área da educação. 7210 Serviços laboratoriais
Conta a utilizar por entidades com rendimentos relativos
7203 Serviços específicos das autarquias locais a ensaios e testes laboratoriais.
Regista os rendimentos provenientes da prestação
de serviços específicos das autarquias não incluídos na 73 Variações nos inventários da produção
conta 7043 Taxas específicas das autarquias locais. Regista a diferença entre os inventários no fim e no
Inclui nomeadamente serviços de saneamento, resíduos início do período dos produtos acabados e intermédios, dos
sólidos, transportes coletivos de pessoas e mercadorias, subprodutos, resíduos e refugos e dos produtos e trabalhos
água, nas circunstâncias de “distribuição em baixa”, ou em curso, valorizados pelo método de custeio de produção,
seja, a venda ocorre ao consumidor final, cemitérios, mer- nos termos da NCP 10 — Inventários.
cados e feiras, parques de estacionamento, parques de
No caso de ser adotado o sistema de inventário perma-
campismo e outros.
nente considera-se conveniente subdividir cada uma das
7204 Serviços específicos de outros setores
suas contas divisionárias em rubricas de “Produção” e
de “Custo das vendas”, as quais serão movimentadas por
Registo idêntico às contas anteriores devendo ser criadas contrapartida das respetivas contas da classe 3.
subcontas por natureza dos serviços prestados. As variações podem ser positivas (creditando-se a
conta, por contrapartida do conta da classe 3) ou negati-
7205 Concessões vas (debitando-se a conta, por contrapartida do conta da
Esta conta é utilizada nos termos da NCP 4 — Acordos classe 3).
de Concessão de Serviços: Concedente no período do
reconhecimento do rendimento associado ao modelo de 74 Trabalhos para a própria entidade
atribuição de um direito ao concessionário ou do modelo São os trabalhos que a entidade realiza para si mesma,
da divisão do acordo (modelo misto), creditando-se por sob sua administração direta, aplicando meios próprios ou
contrapartida da conta 2824 (v. nota explicativa a esta adquiridos para o efeito e que se destinam aos seus ativos
conta). não correntes (43 Ativos fixos tangíveis; 44 Ativos intan-
7206 Vistorias e ensaios
gíveis; 42 Propriedades de investimento), ou que sejam de
Regista os rendimentos, nomeadamente das autarquias repartir por vários períodos (caso em que serão registados
locais e da Autoridade Nacional de Proteção Civil, tais por crédito da conta 744 Ativos por gastos diferidos, e
como vistorias e ensaio de redes de abastecimento e dre- débito da conta apropriada em 281 Gastos a reconhecer).
nagem de água, canalizações, elevadores, condutas de gás, Assim, enquanto vai produzindo o ativo a entidade de-
não enquadrados na conta 7043. bita uma conta da classe 6, como gastos com pessoal, con-
sumo de matérias-primas, entre outras, e, quando concluída
7207 Estudos, pareceres, projetos e consultadoria
a construção ou no final do período de relato, credita uma
Regista os rendimentos resultantes da venda de servi- subconta da conta 74 pelo valor apurado de gastos por
ços prestados pela entidade no âmbito da realização de contrapartida de contas da classe 4.
Diário da República, 1.ª série — N.º 134 — 14 de julho de 2016 2205
dessas contas.
Valor a receber da alienação . . . . . . . . . . . . . . . . 2781 7852
761 De depreciações e de amortizações Desreconhecimento do ativo (quantia escriturada
bruta) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7852 411 a 415
Esta conta credita-se por contrapartida das contas 428, Desreconhecimento do ativo (perdas por impari-
438 ou 448, quando se verificar uma anulação ou dimi- dade). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 419 7852
nuição de depreciações ou amortizações previamente re-
gistadas nestas contas. 786 Rendimentos e ganhos nos restantes ativos financeiros
812 Imposto sobre o rendimento do período nestes casos, aplica-se um dos normativos contabilísticos
Esta conta é utilizada pelas entidades com rendimentos subsidiários conforme prevê o artigo 13.º do Decreto-Lei
sujeitos e não isentos de IRC, nomeadamente as entidades n.º 192/2015, de 11 de setembro, que aprova o SNC-AP.
que exerçam, a título principal, uma atividade comercial,
industrial ou agrícola, como é o caso das empresas públicas 818 Resultado líquido
que estão sujeitas ao SNC-AP. Regista o resultado líquido depois de considerado o
imposto sobre o rendimento, quando aplicável.
8121 Imposto estimado para o período No início do período seguinte o saldo desta conta é
Considera-se nesta conta a quantia estimada para o transferido para a conta 561 Resultados transitados.
imposto que incidirá sobre os resultados corrigidos para
efeitos fiscais, por contrapartida da conta 241 Imposto 89 Dividendos antecipados
sobre o rendimento. Esta conta é debitada por crédito da conta 26 Acionistas/
sócios/associados pelos dividendos atribuídos no decurso
8122 Imposto diferido
do período, nos termos legais e estatutários, por conta dos
Dado que esta conta é utilizada por um conjunto restrito resultados desse período.
de entidades no âmbito to SNC-AP, não foi criada nenhuma No início do período seguinte o saldo desta conta é
NCP relativa aos impostos sobre o rendimento, pelo que, transferido para a conta 561 Resultados transitados.