O Carvalho das Hespérides

Um corredor de árvores gigantescas forma um alongado caminho, como se

estivessem fazendo reverência a alguma divindade. Quanto mais você adentra o
caminho, menores e mais curvadas vai ficando as árvores, como se elas estivessem uma
mais sonolenta que a outra. Até que o solo se transforma em alagadiço e uma clareira
exibe um pequeno carvalho envelhecido. Durante o dia, não há nada de incomum ele,
porém de noite, conforme os animais diurnos se recolhem e as corujas abrem suas
pálpebras, o carvalho gradualmente se ilumina.

Ela surgiu de uma semente sagrada, ofertada como presente a um dos primeiros
heróis de Aliessel, que a plantou na área florestada da guilda. Despois de ter sido
transformada em território da Casa Thevyre, a jovem Erina tratou de cuidar e proteger a
árvore dourada. Após investiga-la, a druida descobriu que esta produzia bons frutos e
que ao mordê-los, ela experimentava fragmentos de sonhos dos seres que habitavam a
floresta. Quanto mais dourado o fruto, mais saboroso era o sonho, havendo até os mais
escurecidos, produzida por pesadelos. Descobriu-se então, que o carvalho absorvia os
sonhos durante o período da noite e alguns membros da Casa acreditam que ela cuida
para que os pesadelos não durem demais.

Apesar da idade, a árvore não chegou a crescer até a média dos demais carvalhos
e por ser um presente de uma deusa antiga, acabou sendo conhecida como Carvalho das
Hespérides, sendo vinculada a uma antiga deusa da cultura comum. Acredita-se também
que os seres vivos ficam mais sonolentos ao se aproximarem dela. Ela é considerada
com uma das bênçãos dos maiores patrimônios da Floresta Thevyre.