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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

1. O AMONÍACO NA SOCIEDADE (pp. 244-247) 1.3.5.


São impostas condições de segurança na mani-
1.1. Uma reação de síntese é uma reação química
pulação do amoníaco pois este é muito corrosivo,
em que dois ou mais reagentes dão origem a
constituindo perigo para a saúde e para o am-
um só produto, obedecendo à Lei de Conser-
biente. Os vapores de amoníaco são irritantes e
vação da Massa (Lei de Lavoisier).
corrosivos constituindo uma ameaça para os
1.2. (B)
olhos e para as vias respiratórias. As soluções de
Como os constituintes da mistura têm pontos
amoníaco podem causar queimaduras graves.
de ebulição próximos, para os separar realiza-
1.4.1.
-se uma destilação fracionada.
(C) Atendendo apenas à informação contida
1.3.1.
no gráfico, verifica-se que a produção de amo-
" 2 NH (g)
N2 (g) + 3 H2 (g) @ 3 níaco é favorecida por baixas temperaturas e
1.3.2. por elevadas pressões.
A expressão da constante de equilíbrio para a A percentagem de amoníaco na mistura au-
reação de síntese do amoníaco é dada por: menta com a diminuição de temperatura e
[NH3]e2 com o aumento de pressão.
Kc =
[N2]e * [H2]e2 O processo de formação do amoníaco é exo-
Atendendo ao gráfico, verifica-se que o valor térmico. Quando se aumenta a temperatura, a
da constante de equilíbrio, Kc, diminui com o pressão constante, a percentagem de amo-
aumento de temperatura, isto é, com o au- níaco no sistema diminui, o que significa evo-
mento de temperatura, as concentrações dos lução do sistema no sentido inverso com
reagentes aumentam e as concentrações dos diminuição da concentração dos produtos da
produtos da reação diminuem, o que traduz reação e aumento da concentração dos rea-
evolução do sistema no sentido inverso. gentes, pelo que Kc diminui.
1.4.2.
Atendendo ao princípio de Le Châtelier, quando
Determinar a massa total do sistema.
se provoca uma perturbação ao sistema em
Por leitura no gráfico, para as condições
equilíbrio, este evolui de modo a contrariar a
T = 400 °C e P = 130 atm, a % de NH3 na mis-
perturbação a que foi sujeito. Assim, aumen-
tura reacional é 31%
tando a temperatura, o sistema evolui no sen-
m(NH3)
tido inverso. Então, nesse sentido ocorre % (NH3) = * 100 §
m(total do sistema)
absorção de energia pelo que a reação é endo-
m(NH3)
térmica. § m(total do sistema)= * 100 §
%(NH3)
1.3.3.
(A) 75
§ m(total do sistema) = * 100 §
(B) A elevação da temperatura de um sistema 31
aumenta a velocidade da reação. § m(total do sistema) = 242 t
(C) A reação de síntese do amoníaco é exotér- Determinar a massa de NH3 obtida quando,
mica. (Ver 1.3.2) T = 300°C e P = 100 atm.
(D) A elevação de temperatura favorece a rea- Para estas condições, a % de NH3 na mistura
ção que ocorre com consumo de energia, ou reagente é 50%.

seja, a reação endotérmica, o que no caso da m(NH3)


%(NH3) = * 100 §
síntese do amoníaco se verifica quando o sis- m(total)
tema evolui no sentido inverso, produzindo H2 %(NH3) * m(total)
§ m(NH3) = §
e N2. 100
1.3.4. 50 * 242
§ m(NH3) = § m(NH3) = 121 t
(A) Corrosivo. 100
(B) Perigoso para o ambiente. Determinar a variação de massa.
(C) Proteção obrigatória dos olhos. Dm = m(NH3)(300 °C, 100 atm) - m(NH3)(400 °C, 130 atm) §
(D) Proteção obrigatória das mãos. § Dm = 121 – 75 = § Dm = 46 t

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Fazer a síntese à temperatura de 300 °C e à prática, utilizam-se pressões elevadas mas de


pressão de 100 atm provocaria um aumento modo a garantir a segurança, pressão entre 200
de produção de amoníaco de 46 toneladas. e 300 atmosferas, já que pressões elevadas exi-
1.4.3. gem equipamentos dispendiosos, maiores con-
A linha do gráfico assinalada com x não pode dições de segurança e temperaturas da ordem
corresponder aos dados de equilíbrio para uma de 450 °C, utilizando-se ferro metálico como ca-
reação realizada à temperatura de 500 °C na talisador.
presença de um catalisador, pois a presença 1.5. Determinar a energia gasta na dissociação
deste não altera a composição do sistema. A de ligações.
presença do catalisador altera o tempo que se Energia gasta na dissociação de três moles de
demorou a atingir o estado de equilíbrio, mas H2 (g) é 436 * 3 " 1308 kJ
não alterando a composição do mesmo. Energia gasta na dissociação de uma mole de
1.4.4. N2 (g) é 94 kJ
Teoricamente, as condições de pressão e tem- Energia total gasta na dissociação das liga-
peratura que favoreceriam a formação de NH3 ções 1308 + 94 = 1402 kJ
seriam altas pressões e baixas temperaturas, Determinar a energia libertada na formação
pois como já foi explicado em itens anteriores, de ligações.
a constante de equilíbrio aumenta com a dimi- Seja x a energia de ligação N–H.
nuição de temperatura e com o aumento de Energia libertada na formação de duas moles
pressão. de NH3 (g) é x * 6 " 6x (kJ)
1.4.5. Energia total libertada na formação das liga-
A reação de síntese do amoníaco é uma reação ções " 6x (kJ)
exotérmica. Assim, de acordo com o Princípio Determinar x.
de Le Châtelier, a reação é favorecida por uma DH = Energia gasta – Energia libertada
diminuição de temperatura. Diminuindo a tem- - 93 = 1402 - 6x § - 6x = - 93 + (- 1402) §
peratura o sistema tende a evoluir no sentido § 6x = 1495 §
directo, libertando energia para assim contra- 1495
riar a diminuição de temperatura provocada. §x= § x = 249,2 kJ mol-1
6
Porém, na prática não pode ser muito baixa,
A energia de ligação azoto-hidrogénio é
pois para que se possa formar o amoníaco é 249,2 kJ mol-1.
necessário que se rompam as ligações H–H e 1.6.1.1.
N≠N, o que requer energia, a chamada energia Determinar a quantidade de tetracloroplati-
de ativação. Ou seja, se a temperatura for nato (II) de potássio – K2PtCl4.
muito baixa, a reação nem sequer se inicia, Mr(K2PtCl4) = 2 Ar(K) + Ar(Pt) + 4 Ar(Cl)
apesar da constante de equilíbrio ser elevada. Mr(K2PtCl4) = 2 * 39,10 + 195,08 + 4 * 35,45
Por este motivo, houve que escolher uma tem- Mr(K2PtCl4) = 415,08
peratura de compromisso (450 °C) entre o au- M(K2PtCl4) =415,08 g mol-1
mento do rendimento e a diminuição da m(K2PtCl4)
velocidade da reação. n(K2PtCl4) = §
M(K2PtCl4)
A reação evolui de reagentes para produtos
100
com diminuição da quantidade contida na fase § n(K2PtCl4) = §
145,08
gasosa. Assim, acordo com o Princípio de Le
Châtelier, quando o sistema é sujeito a um au- § n(K2PtCl4) = 0,241 mol
mento de pressão evolui no sentido directo Determinar a quantidade de amoníaco.
(menor quantidade contida na fase gasosa), Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H)
para deste modo contrariar a perturbação a que Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01
foi sujeito, sendo por isso favorecida por altas Mr(NH3) =17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1
pressões. Deste modo, teoricamente prevê-se m( NH3) 10,0
n(NH3) = § n(NH3) = §
que a produção de amoníaco seja favorecida M(NH3) 17,04
por altas pressões e baixas temperaturas. Na § n(NH3) = 0,587 mol

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Determinar o reagente limitante. Para que 0,241 mol de K2PtCl4 reagissem com-
Tendo em conta a estequiometria da reação: pletamente seriam necessários 0,482 mol de
n(NH3) = 2 n(K2PtCl4) § n(NH3) = 2 * 0,241 § NH3. Como existe 0,587 mol de NH3, este está
§ n(NH3) = 0,482 mol em excesso, existe em maior quantidade que
Para que 0,241 mol de K2PtCl4 reagissem com- a necessária, logo o K2PtCl4 é o reagente limi-
pletamente seriam necessários 0,482 mol de tante.
NH3. Como existe 0,587 mol de NH3, este está
Determinar a quantidade de cisplatina –
em excesso, existe em maior quantidade que
Pt(NH3)2Cl2, teoricamente prevista.
a necessária, logo o K2PtCl4 é o reagente limi-
tante. n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = n(K2PtCl4) §
§ n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = 0,241 mol
Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, teoricamente prevista. Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida.
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = n(K2PtCl4) §
§ n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = 0,241 mol n(Pt(NH3)2Cl2)r.o.
h= * 100 §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p.
Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida. n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. * h
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. 100
h= * 100 §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. 0,241 * 80,0
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. * h 100
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
100 § n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = 0,193 mol
0,241 * 80,0 A quantidade de cisplatina formada na reação
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = § foi 0,193 mol.
100
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = 0,193 mol Determinar a massa de cisplatina –
A quantidade de cisplatina formada na reação Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida.
foi 0,193 mol. Mr (Pt(NH3)2Cl2) = Ar(Pt) + 2Ar(N) + 6Ar(H) +
1.6.1.2. + 2Ar(Cl)
Determinar a quantidade de tetracloroplati- Mr (Pt(NH3)2Cl2) = 195,08 + 2×14,01 +
nato (II) de potássio – K2PtCl4. + 6 × 1,01+2 × 35,45
Mr(K2PtCl4) = 2 Ar(K) + Ar(Pt) + 4 Ar(Cl) Mr (Pt(NH3)2Cl2) = 300,06 §
Mr(K2PtCl4) = 2 * 39,10 + 195,08 + 4 * 35,45 § M(Pt(NH3)2Cl2) = 300,06 g mol-1
Mr(K2PtCl4) = 415,08 m(Pt(NH3)2Cl2) = n(Pt(NH3)2Cl2) ×
M(K2PtCl4) =415,08 g mol-1 × M (Pt(NH3)2Cl2)§ m(Pt(NH3)2Cl2) =
m(K2PtCl4) = 0,193 × 300,06§
n(K2PtCl4) = §
M(K2PtCl4) § m(Pt(NH3)2Cl2) = 57,91 g
100 Determinar a massa total de reagentes
§ n(K2PtCl4) = §
145,08 massa total de reagentes = m(K2PtCl4) +
§ n(K2PtCl4) = 0,241 mol + m(NH3)
massa total de reagentes = 100,0 + 10,0
Determinar a quantidade de amoníaco.
Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H) massa total de reagentes = 110,0 g
Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01 Determinar a economia atómica percentual.
massa de átomos de reagentes incorporada no produto desejado
Mr(NH3) =17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1 EA% = ×100
massa total de átomos dos reagentes
m( NH3) 10,0 m(Pt(NH3)2Cl2)
n(NH3) = § n(NH3) = § EA% = ×100 §
M(NH3) 17,04 m(K2PtCl4) + m(NH3)
§ n(NH3) = 0,587 mol 57,91
§ EA% = × 100 §
Determinar o reagente limitante. 110,0
Tendo em conta a estequiometria da reação: § EA% = 52,6%
n(NH3) = 2 n(K2PtCl4) § n(NH3) = 2 * 0,241 § Nestas condições a economia atómica percentual
§ n(NH3) = 0,482 mol da produção de cisplatina é 37,9%.

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m(Pt(NH3)2Cl2)
1.6.2.1. V(Pt(NH3)2Cl2) = §
r(Pt(NH3)2Cl2)
(C)
300,05 n
(A) Afirmação incorreta. Para a mesma tem- § V(Pt(NH3)2Cl2) = §
3,7
peratura, quanto maior for o pH menor o cará-
§ V(Pt(NH3)2Cl2) = 81,1 n (cm3)
ter ácido. Para a mesma temperatura, uma
Determinar a razão dos volumes.
solução saturada de Pt(NH3)2Cl2 é menos
V(K2PtCl4) 122,1 n
ácida que uma solução saturada de K2PtCl4, = §
V(Pt(NH3)2Cl2) 81,1 n
pois apresenta maior pH.
(B) Afirmação incorreta. Para a mesma tem- V(K2PtCl4)
§ = 1,5 §
peratura, soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e V(Pt(NH3)2Cl2)

de K2PtCl4 apresentam diferente valor de pH § V(K2PtCl4) = 1,5 V(Pt(NH3)2Cl2)


e, por isso, vão apresentar diferente concen- A expressão anterior permite concluir que
tração de H3O+. para iguais quantidades de Pt(NH3)2Cl2 e de
K2PtCl4, o volume ocupado pelo K2PtCl4 é
pH = - log [H3O+] § [H3O+]= 10-pH
1,5 vezes maior que o de Pt(NH3)2Cl2.
(C) Afirmação correta. Soluções saturadas de
Considerar a massa de cada uma das subs-
Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 podem apresentar a
tâncias igual e com valor m.
mesma concentração de H3O+ desde que a
Considerar m a massa de cada uma das subs-
temperatura não seja a mesma.
tâncias.
(D) Afirmação incorreta. Soluções saturadas
m(Pt(NH3)2Cl2) = m(K2PtCl4) = m (g)
de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 possuem iões OH-
Determinar o volume ocupado por essa
em solução aquosa, já que: massa para cada uma das substâncias.
Kw m(substância)
[OH-] = ou [OH-] = 10-pOH rsubstância = §
[H3O+] V(substância)
1.6.2.2. m(substância)
(A) § V(substância) =
rsubstância
Determinar a massa de cada uma das subs- m
tâncias correspondente a uma mesma V(K2PtCl4) = §
rK2PtCl4
quantidade, n. m
§ V(K2PtCl4) = (cm3)
Considerar a quantidade de cada uma das 3,4
substâncias igual a n m
V(Pt(NH3)2Cl2) = §
n(Pt(NH3)2Cl2) = n(K2PtCl4) = n mol r(Pt(NH3)2Cl2)
Tendo em conta as respetivas massas molares m
§ V(Pt(NH3)2Cl2) = (cm3)
m(Pt(NH3)2Cl2) = n(Pt(NH3)2Cl2) * M(Pt(NH3)2Cl2) 3,7
m(Pt(NH3)2Cl2) = 300,05 * n (g) Determinar a razão dos volumes.
m(K2PtCl4) = n(K2PtCl4) * M(K2PtCl4) m
m(K2PtCl4) = 415,09 * n (g) V(K2PtCl4) 3,4
= §
Determinar o volume ocupado por essa V(Pt(NH3)2Cl2) m

massa para cada uma das substâncias. 3,7


V(K2PtCl4) m 3,7
m(substância) § = * §
rsubstância = § V(Pt(NH3)2Cl2) 3,4 m
V(substância)
V(K2PtCl4)
m(substância) § = 1,1 §
§ V(substância) = V(Pt(NH3)2Cl2)
rsubstância
§ V(K2PtCl4) = 1,1 V(Pt(NH3)2Cl2)
m(K2PtCl4)
V(K2PtCl4) = § A expressão anterior permite concluir que
rK2PtCl4
para massas iguais de Pt(NH3)2 Cl2 e de
415,09 n K2PtCl4, o volume ocupado pelo K2PtCl4 é
§ V(K2PtCl4) = §
3,4 1,1 vezes maior que o volume ocupado pelo
§ V(K2PtCl4) = 122,1 n (cm3) Pt(NH3)2Cl2.

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1.7. (C) mno cilindro Y = (n - n(H2)) * M(NH3) + n(H2) * M(H2) §


Determinar a quantidade de amoníaco. § mno cilindro Y = (n - n(H2)) * 17,04 + n(H2) * 2,02
m(NH3) =14 mg § m(NH3) = 1,4 * 10-2 g mno cilindro Y = 17,04n - 17,04n(H2) + 2,02n(H2)
Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H) mcilindro Y = (17,04n - 15,02 n(H2)) (g)
Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01 Cilindro Z:
Mr(NH3) = 17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1 n(NH3) + n(N2) = n § n(NH3) = (n - n(N2))
m(NH3) 1,4 * 10-2 mno cilindro Z = m(NH3) + m(N2) §
n(NH3) = § n(NH3) = § mno cilindro Z = n(NH3) * M(NH3) + n(N2) * M(N2)
M(NH3) 17,04
mno cilindro Z = (n - n(H2)) * M(NH3) + n(N2) * M(N2) §
§ n(NH3) = 8,22 * 10-4 mol
§ mno cilindro Z = (n - n(N2)) * 17,04 + n(N2) * 28,02 §
Determinar o número de moléculas de amo-
§ mno cilindro Z = 17,04n - 17,04n(N2) + 28,02n(N2) §
níaco – NH3.
§ mno cilindro Z = (17,04n + 10,98 n(N2)) (g)
N(NH3) = n(NH3) * NA §
mno cilindro Y < mno cilindro X < mno cilindro Z
§ N(NH3) = 8,22 * 10-4 * 6,02 * 1023 §
§ N(NH3) = 4,95 * 1020 moléculas 1.8.2. (C)
Determinar o número de átomos de azoto Estabelecer a expressão que permite deter-
(N) em 4,95 * 1020 moléculas de NH3. minar a quantidade de NH3.
n(NH3)
N(N) = N(NH3) § N(N) = 4,95 * 1020 átomos. V(NH3) = n(NH3) * Vm § n(NH3) =
Vm
Determinar o número de átomos de hidro-
Estabelecer a expressão que permite deter-
génio (H) em 4,95 * 1020 moléculas de NH3.
minar o número de moléculas de NH3.
N(H) = 3 N(NH3) § N(H) = 3 * 4,95 * 1020 §
N(NH3) = n(NH3) * NA §
§ N(H) = 1,49 * 1021 átomos.
V(NH3)
1.8.1. (C) § N(NH3) = * NA §
De acordo com a Lei de Avogadro, pode dizer- Vm
-se que volumes iguais de gases diferentes, 4,48
§ N(NH3) = * 6,02 * 1023
considerados perfeitos, nas mesmas condi- 22,4
ções de pressão e temperatura, possuem a 1.9.1.
mesma quantidade de cada um desses gases. Determinar a quantidade de amoníaco utili-
Assim, a quantidade de gases em cada um dos zada.
cilindros é igual e considera-se n. V(NH3 = n(NH3) * Vm §
Determinar a massa molar de cada subs- V(NH3) 225
§ n(NH3) = § n(NH3) = §
tância. Vm 22,4
Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H) § n(NH3) = 10,0 mol
Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01 Determinar a quantidade de ácido nítrico
Mr(NH3) = 17,04 ± M(NH3) = 17,04 g mol-1 que teoricamente se deveria obter.
Mr(H2) = 2 Ar(H) De acordo com a estequiometria da reação
Mr(H2) = 2 * 1,01 § Mr(H2) = 2,02 1
M(H2) = 2,02 g mol-1 n(HNO3)t.p. = n(NH3) §
2
Mr(N2) = 2 Ar(N) § Mr(N2) = 2 * 14,01 §
1
§ Mr(N2) = 28,02 ± M(N2) = 28,02 g mol-1 § n(HNO3)t.p. = * 10,0 §
2
Determinar a massa contida em cada cilin-
§ n(HNO3)t.p. = 5,00 mol
dro.
Determinar a quantidade de ácido nítrico
Cilindro X:
que realmente se obtém.
n(NH3) = n
n(HNO3)r.o.
mno cilindro X = n(NH3) * M(NH3) § h= * 100 §
§ mno cilindro X = n * 17,04 § n(HNO3)t.p.
§ mno cilindro X = 17,04 n (g) h * n(HNO3)t.p.
§ n(HNO3)r.o. = §
Cilindro Y: 100
n(NH3) + n(H2) = n § n(NH3) = (n - n(H2)) 90,0 * 5,00
§ n(HNO3)r.o. = §
mno cilindro Y = m(NH3) + m(H2) 100
mno cilindro Y = n(NH3) * M(NH3) + n(H2) * M(H2) § n(HNO3)r.o. = 4,50 mol

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Determinar a massa de ácido nítrico que para aceitar protões, o que se verifica na rea-
realmente se obtém. ção de amoníaco com água:
Mr(HNO3) = Ar(H) + Ar(N) + 3 Ar(O) " NH + (aq) + OH- (aq)
NH3 (aq) + H2O (l) @ 4
Mr(HNO3) = 1,01 + 14,01 + 3 * 16,00 O amoníaco (base) aceita o catião hidrogénio (H+)
Mr(HNO3) = 63,02 proveniente da água, que funciona como ácido,
M(HNO3) = 63,02 g mol-1 transformando-se no catião amónio (NH4+).
m(HNO3)r.o. = n(HNO3)r.o. * M(HNO3) 1.9.3.
m(HNO3)r.o. = 4,50 * 63,02 § O azoto e o oxigénio são elementos que per-
§ m(HNO3)r.o. = 284 g tencem ao mesmo período da Tabela Perió-
A massa, em gramas, de HNO3 produzida foi dica.
248 g. Ao longo de um período da Tabela Periódica, o
1.9.2. raio atómico diminui com o aumento do nú-
Segundo a teoria de Arrhenius, base é toda a mero atómico. Como o número atómico do
substância que se dissocia em água originando azoto é inferior ao número atómico do oxigé-
iões OH- pelo que NH3 não é uma base de Arr- nio, pode concluir-se que o raio atómico do
henius. Porém, segundo Brönsted-Lowry, de- azoto é superior ao do oxigénio.
fine-se base como uma espécie com tendência

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2. RENDIMENTO DE UMA SÍNTESE Determinar a massa de anidrido acético, m


(pp. 248-250) (C4H6O3)utilizado.
2.1. O fator que mais contribui para o elevado m (C4H6O3) = r (C4H6O3 × V (C4H6O3) §
custo de produção de um dado fármaco será § m (C4H6O3) = 1,08 × 6,0 §
a complexidade das fases da produção, desde § m (C4H6O3)utilizado = 6,48 g
as matérias iniciais até ao produto fabricado.
Determinar a quantidade de anidrido acé-
2.2. (C) Uma reação de síntese ocorre entre dois tico, n (C4H6O3)utilizado.
ou mais reagentes originando um produto de
Mr (C4H6O3) = 4Ar(C) + 6Ar(H) + 3Ar(O)
reação que é uma substância composta
Mr (C4H6O3) = 4 × 12,01 + 6 × 1,01 + 3 × 16,00
2.3. (A) Afirmação verdadeira. Mr (C4H6O3) = 102,10 § M (C4H6O3) =
(B) Afirmação falsa. É muito pouco provável = 102,10 g mol-1
que o rendimento de uma reação química seja m (C4H6O3)utilizado
de 100%, pelo que as quantidades de produtos n (C4H6O3)utilizado = §
M (C4H6NO)
obtidos são, de um modo geral, inferiores às
6,48
previstas pela estequiometria. § n (C4H6O3)utilizado = §
102,10
(C) Afirmação falsa. Um rendimento de 35%
§ n (C4H6O3)utilizado = 6,35 × 10–2 mol
significa que a quantidade (ou massa ou vo-
lume) de produto obtido foi 35% da quantidade Determinar o reagente limitante.
(ou massa ou volume) de produto prevista Tendo em conta a estequiometria da reação
(aquela que se esperava obter se o rendimento n (C6H7NO) = n (C4H6O3). Assim, para que
fosse de 100%. 4,78 × 10–2 moles de p-aminofenol reagissem
(D) Afirmação verdadeira. completamente seriam necessários 4,78 × 10–2
(E) Afirmação verdadeira. moles de anidrido acético; como existem
(F) Afirmação verdadeira. 6,35 × 10–2 moles (6,35 × 10––2 > 4,78 × 10–2) o
(G) Afirmação falsa. Os hidrocarbone- anidrido acético está em excesso sendo o p-
O
tos são os compostos orgânicos mais aminofenol o reagente limitante.
C
simples, adquirem este nome por Determinar a quantidade de paracetamol
H
serem apenas constituídos por carbono teoricamente prevista (aquela que se obte-
e hidrogénio. O anidrido acético não é um hidro- ria se o rendimento fosse de 100 %),
carboneto pois além de possuir carbono e hidro- n(C8H9NO2)t.p..
génio também possui oxigénio. Porém não
n(C8H9NO2)t.p. = n (C6H7NO)utilizado §
possui o grupo funcional característico dos aldeí-
§ n(C8H9NO2)t.p = 4,78 × 10–2 mol
dos, o grupo formilo .
Determinar a massa de paracetamol real-
2.4.1.
mente obtida, m(C8H9NO2)r.o..
Determinar a quantidade de p-aminofenol
m(C8H9NO2)r.o. = m(papel de filtro com os cris-
utilizado, n (C6H7NO)utilizado.
Mr (C6H7NO) = 6Ar(C) + 7Ar(H) + Ar(N) + tais secos) – m(papel de filtro)
+ Ar(O) m(C8H9NO2)r.o. = 5,32– 0,72
Mr (C6H7NO) = 6 × 12,01 + 7 × 1,01 + 14,01 + m(C8H9NO2)r.o. = 4,60 g
+ 16,00 Determinar a quantidade de paracetamol
Mr (C6H7NO) = 102,10 § M (C6H7NO) = realmente obtida, n(C8H9NO2)r.o..
= 109,14 g mol-1 Mr (C8H9NO2) = 8Ar(C) + 9Ar(H) + Ar(N) +
m (C6H7NO) + 2Ar(O)
n (C6H7NO)utilizado = §
M (C6H7NO) Mr (C8H9NO2) = 8 × 12,01 + 9 × 1,01+
5,1 + 14,01 + 2 × 16,00
§ n (C6H7NO)utilizado = §
109,14 Mr (C8H9NO2) = 151,18 § M (C8H9NO2) =
§ n (C6H7NO)utilizado = 4,78 × 10 mol–2
= 151,18 g mol-1

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

m (C8H9NO2)r.o.
n (C8H9NO2)r.o. = § só posteriormente se deve fazer a determina-
M (C8H9NO2)
ção da massa, já com o composto devida-
4,60
§ n (C8H9NO2)r.o. = § mente triturado.
151,18
(B) A redução dos cristais a pó, não facilita
§ n (C8H9NO2)r.o. = 3,04 × 10–2 mol nem dificulta a medição da sua massa.
Determinar o rendimento da reação, h. (C) Os cristais de sal devem ser reduzidos a pó
n (C8H9NO2)r.o. pois o maior grau de divisão favorece a sua in-
h= × 100 §
n (C8H9NO2)t.p. teração com os outros reagentes, isto é, torna
3,04 × 10 –2 o processo mais rápido. Esta opção não deve
§h= § h = 63,6% §
4,78 × 10 –2 ser a escolhida pois não traduz uma ação, mas
§ h = 63,6% sim a justificação da ação referida em (D).
2.4.2. (C) (D) A redução dos cristais a pó deve ser feita
Para medir os 6,0 mL de anidrido etanóico antes da determinação da sua massa, pois du-
deve utilizar-se uma pipeta graduada, só esta rante este procedimento ocorrem perdas de
permite medir os 6,0 mL e posteriormente adi- massa no almofariz.
cionar alíquotas de 1,0 mL. 2.4.4.
(A) Representa um balão volumétrico. O balão Arrefeceram em banho de água gelada, para
volumétrico é um recipiente de vidro, em favorecer a formação dos cristais, que são
forma de pera, com rolha, com base plana e mais solúveis a quente, e para tornar a preci-
colo alto e estreito, marcado com uma linha pitação dos cristais mais rápida.
horizontal que indica o seu volume exato. Os
2.4.5.1.
balões volumétricos destinam-se a ser usados
Os cristais obtidos por este processo de sín-
na preparação de soluções de concentração ri-
tese são muito finos e pequenos pelo que a fil-
gorosamente conhecida.
tração por sucção é uma forma de tornar o
(B) Representa um matraz ou balão de Erlen-
processo mais rápido e eficaz em virtude da di-
meyer. É um frasco em balão, usado como re-
cipiente no laboratório, inventado pelo químico mensão dos sais formados. Além disso, a fil-
alemão Emil Erlenmeyer, e é frequentemente tração por sucção permite uma secagem dos
usado em titulações. A parede em forma de cristais mais eficaz e rápida.
cone invertido evita que o líquido no seu inte- 2.4.5.2. (A)
rior jorre para fora. 2.5.1.
(C) A pipeta graduada é um instrumento em (D)
vidro que permite a medição e transferência Determinar a massa molar de O2.
de volumes variáveis de líquidos. É um tubo Mr(O2) = 2 Ar(O) § Mr(O2) = 2 * 16,00 §
longo e estreito, aberto nas duas extremida- § Mr(O2) =32,00 ± M(O2) = 32,00 g mol-1
des, marcado com linhas horizontais que cons- Determinar a quantidade de O2.
tituem uma escala graduada.
m(O2) 42,4
(D) A pipeta volumétrica é um instrumento em n(O2) = § n(O2) =
M(O2) 32,00
vidro que permite a medição rigorosa e trans-
Determinar o número de átomos de O.
ferência de volumes de líquidos. É um tubo
N(átomos de O) = 2 * n(O2) * NA
longo e estreito, com uma zona central mais
larga, aberto nas duas extremidades, marcado 42,4
N(átomos de O) = 2 * * 6,02 * 1023 átomos
com uma linha horizontal que indica o volume 32,00
exato de líquido que pode transferir. 2.5.2.
2.4.3. (D) Determinar a quantidade de O2 (ver item an-
(A) Este processo conduz a perdas de massa terior).
no almofariz, pelo que não é recomendável a m(O2) 42,4
n(O2) = § n(O2) = §
trituração depois da determinação da massa M(O2) 32,00
do p-aminofenol. A trituração deve ser feita e § n(O2) = 1,33 mol

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Determinar a percentagem de pureza. m(KClO3) = n(KClO3) * M(KClO3) §


% de pureza = 100,0% - % de impurezas § m(KClO3) = 3,81 * 10-1 * 122,55 §
% de pureza = 100,0% - 20% § § m(KClO3) = 46,7 g
§ % de pureza = 80,0% A massa de clorato de potássio produzida, ad-
Determinar a massa de KCl pura. mitindo-se que a reação é completa, foi 46,7 g.
m(KCl)pura 2.5.3.1.
% de pureza= * 100 §
m(KCl)impura Nos espetros fotoeletrónicos, os diferentes ní-
% de pureza * m(KCl)impura veis energéticos correspondem a diferentes
§ m(KCl)pura = § zonas na escala de energias de remoção, cor-
100
respondentes a valores de ordens de grandeza
80 * 35,5
§ m(KCl)pura = § diferentes. O número de subníveis corresponde
100
ao número de picos presentes em cada zona
§ m(KCl)pura = 28,4 g do espetro.
Determinar a quantidade de KCl. O espetro em análise mostra quatro zonas
Mr(KCl) = Ar(K) + Ar(Cl) energéticas distintas, o que revela quatro ní-
Mr(KCl) = 39,10 + 35,45 § veis energéticos, e os seis picos indicam seis
§ Mr(KCl) = 74,55 subníveis: um no nível 1, dois no nível 2, dois
M(KCl) = 74,55 g mol-1 no nível 3 e um no nível 4. Os picos evidenciam
m(KCl) 28,4 três tamanhos relativos, o que está relacio-
n(KCl) = § n(KCl) = §
M(KCl) 74,55 nado com o número de eletrões que os origi-
§ n(KCl) = 3,81 * 10-1 mol naram. Assim, podemos concluir que os
Determinar o reagente limitante. eletrões se devem distribuir da seguinte
Tendo em consideração a estequiometria da forma: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1.
reação: O elemento em questão deverá pertencer ao
3 quarto período, pois distribui os seus eletrões
n(O2) = n(KCl) § por quatro níveis energéticos diferentes, os
2
seus eletrões de valência (os seus eletrões
3
n(O2) = * 3,81 * 10-1 § n(O2) = 0,571 mol mais externos) encontram-se no quarto nível.
2
Deverá pertencer ao primeiro grupo, pois pos-
Para que 3,81 * 10-1 mol de KCl reagissem com- sui apenas um eletrão de valência (eletrões de
pletamente, seriam necessários 0,571 mol de valência são os que se encontram no nível ener-
O2. Existem 1,33 mol de O2 (mais do que o ne- gético mais externo, numa configuração eletró-
cessário) pelo que o O2 está,portanto, em ex- nica de estado fundamental, aquela em que os
cesso, sendo que o KCl é o reagente limitante. eletrões ocupam as orbitais de menor energia),
Determinar a quantidade de KClO3 obtido. o nível energético mais externo possui apenas
Tendo em consideração a estequiometria da um eletrão. Deverá pertencer ao bloco s porque
reação: o seu eletrão mais externo ocupa uma orbital
n(KClO3) = n(KCl) § do tipo s (orbitais s – possuem forma esférica
§ n(KClO3) = 9,52 * 10-2 mol e existe uma em cada nível energético).
Determinar a massa de KClO3 obtido. 2.5.3.2.
Mr(KClO3) = Ar(K) + Ar(Cl) + 3 Ar(O) § O elemento químico, presente no clorato de po-
§ Mr(KClO3) = 39,10 + 35,45 + 3 * 35,45 § tássio, que pertence ao quarto período, pri-
§ Mr(KClO3) = 122,55 meiro grupo e bloco s é o elemento químico de
M(KClO3) = 122,55 g mol-1 número atómico 19, potássio.

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3. NUM LABORATÓRIO DE QUÍMICA Determinar a correspondente massa de HCl.


(pp. 251-253) Mr(HCl) = Ar(H) + Ar(Cl)
3.1. Espátula, balança, gobelé, garrafa de esguicho Mr(HCl) = 1,01 + 35,45 § Mr(HCl) = 36,46
com água desionizada, funil, balão volumétrico
M(HCl) = 36,46 g mol-1
de 100,00 mL e vareta.
m(HCl) = n(HCl) * M(HCl) §
3.2. Recorrendo a uma balança, medir a massa de
§ m(HCl) = 0,25 * 36,46 § m(HCl) = 9,12 g
soluto necessária diretamente para um go-
Determinar a massa de HCl concentrado
belé, retirando a massa de soluto com a ajuda
que contém essa massa de HCl.
de uma espátula do frasco que a contém.
Transferir água desionizada da garrafa de es- m(HCl)
%(m/m)HCl = * 100 §
guicho para o gobelé (menos de 50,0 cm3). m(solução)
Dissolver o soluto com água desionizada, agi- m(HCl)
tando com o auxílio de uma vareta. § m(solução) = * 100 §
%(m/m)HCl
Aquecer, se necessário, deixando de seguida
9,12
arrefecer até à temperatura ambiente. § m(solução) = * 100 §
38,3
Transferir a solução para um balão volumé-
§ m(solução) = 23,8 g
trico de capacidade igual ao volume que se
pretende preparar. Determinar o volume de solução de HCl
Lavar o gobelé (três vezes) com pequenas por- concentrado que contém essa massa.
ções de água desionizada, transferindo as m(solução)
rsolução = §
águas de lavagem para o balão volumétrico. V(solução)
Fazer o mesmo com o funil, retirando-o de se- m(solução)
guida. § V(solução) = §
rsolução
Completar o volume com água desionizada até
23,8
ao traço de referência. § V(solução) = §
1,19
Agitar o balão para homogeneizar a solução.
§ V(solução) = 20,0 cm3
3.3. (D)
2HCl(aq) + Na2CO3 (aq) " 2 NaCl (aq) + H2CO3 (aq), O volume de ácido clorídrico concentrado uti-
pois é a única que respeita a lei de Lavoisier. lizado para preparar a solução diluída é
3.4.1. 20,0 cm3.
(A) O ácido clorídrico é um material corrosivo. 3.4.4.
É não explosivo pelo que não poderia ter o sím- Balão volumétrico de 500,00 cm3.
bolo (B), não é radioativo pelo que não poderia 3.4.5.
ter o símbolo (C) e não é um produto combu- [19,96 ; 20,04] cm3.
rente, pelo que não podia ter o símbolo (D). 3.4.6.
3.4.2. (B) Para evitar os erros de paralaxe, a leitura do
A preparação de soluções diluídas de ácido nível do líquido deve ser feita com os olhos ao
clorídrico, a partir da respetiva solução con- nível da tangente ao menisco, visto tratar-se de
centrada, deve ser realizada numa hotte por- um líquido incolor.
que esse ácido concentrado liberta vapores 3.4.7.
corrosivos que não devem ser inalados ou con- Erros de paralaxe.
tactar com a pele. 3.4.8.
3.4.3. Lavar bem o balão volumétrico de 500,00 cm3
Determinar a quantidade de HCl existente com água desionizada.
na solução diluída. Colocar um pouco de água desionizada dentro
Vsolução diluída = 500,00 cm3 § do balão volumétrico, cerca de 250 cm3.
§ Vsolução diluída = 500,00 * 10-3 dm3 Lavar um gobelé com um pouco da solução de
n(HCl) ácido concentrado. Rejeitar para um frasco de
[HCl]solução diluída = §
Vsolução diluída restos.
§ n(HCl) = [HCl]solução diluída * Vsolução diluída § Transferir um pouco de solução concentrada
§ n(HCl) =0,50 * 500,00 * 10-3 § de HCl (um pouco mais de 20 cm3) para o go-
§ n(HCl) =0,25 mol belé. Aspirar um pouco de solução para a

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

pipeta e enxaguá-la, desprezando o líquido de porque desta forma o volume a titular não
lavagem para o frasco de restos. seria o medido com a pipeta volumétrica.
Fazer a toma de 20,00 cm3 com a pipeta volu- 3.5.4. (C) O instrumento que mediu estes volumes
métrica e o auxílio da pompete, transferindo- foi a bureta. A escala da bureta é de 0,1 em
-a quantitativamente para o balão volumétrico. 0,1 cm3, logo a incerteza de leitura é de
Completar o volume com água desionizada até 0,05 cm3 (metade da menor divisão da escala,
ao traço de referência do balão, medindo cor- porque o aparelho é analógico).
retamente de modo a evitar erros de paralaxe. Determinar o volume gasto em cada ensaio.
Agitar o balão para homogeneizar a nova so- DV = Vf - Vi
lução.
1.° Ensaio: DV1 = Vf - Vi §
3.4.9.
§ DV1 = 54,25 - 4,25 § DV1 = 50,00 cm3
Afirmação falsa. Para fazer a primeira mistura
2.° Ensaio: DV2 = Vf - Vi §
de ácido concentrado com a água, o ácido con-
§ DV2 = 53,25 - 3,15 § DV2 = 50,10 cm3
centrado deve ser colocado lentamente sobre
3.° Ensaio: DV3 = Vf - Vi §
a água. Quando se adiciona ácido lentamente
§ DV3 = 67,75 - 15,25 § DV3 = 52,50 cm3
sobre a água, o ácido tende a ionizar-se, liber-
4.° Ensaio: DV4 = Vf - Vi §
tando uma grande quantidade de energia (rea-
ção exotérmica), sendo que, a energia libertada § DV4 = 52,08 - 2,18 § DV4 = 49,90 cm3
é distribuída uniformemente na água, que para O 3.° ensaio deve ser rejeitado pois afasta-se
maior segurança deve existir em maior volume. demasiado dos resultados obtidos nos restan-
Assim, a reação não se torna tão violenta. Se a tes ensaios.
adição for de água sobre ácido, a reação será 3.5.5.
rápida e incontrolável, já que a superfície de A fase da adição de HCl (aq) em que se obtém
contacto do ácido é maior, libertando-se ener- uma maior variação de pH é na proximidade
gia suficiente para provocar um maior aumento (vizinhança) do ponto de equivalência.
de temperatura, em menos tempo. 3.5.6.
3.5.1. Determinar o volume médio.
Por “preparar a bureta” entende-se lavar a bu- DV1 + DV2 + DV4
reta com água e detergente de modo a retirar ∆ DVmédio =∆ §
3
a gordura. De seguida, lavar com água da tor-
50,00 + 50,10 + 49,90
neira para retirar o excesso de detergente; ∆ DVmédio =∆ §
3
com água desionizada para retirar a água da
§∆DVmédio =∆50,00 cm3
torneira, enxaguar com um pouco da solução
O volume de titulante gasto na titulação foi
de HCl a ser medida e verificar o correto fun-
cionamento da torneira. 50,00 cm3.
3.5.2. 3.6. Determinar a quantidade de HCl gasto na ti-
(C) tulação.
3.5.3.1. n(HCl)
[HCl] = § n(HCl) = [HCl] * V §
Lava-se a bureta com solução titulante – ácido V
clorídrico 0,50 mol dm-3 – para remover água § n(HCl) = 0,50 * 50,00 * 10-3 §
que “molha” as paredes, o que diluiria a solu- § n(HCl) = 2,5 * 10-2 mol
ção a utilizar. Determinar a quantidade de Na2CO3 nos
3.5.3.2. 10,00 cm3 de solução.
Lava-se a pipeta volumétrica com um pouco Tendo em consideração a estequiometria da
de solução de carbonato de sódio para remo-
reação (ver 3.3):
ver algumas impurezas ou mesmo água que
1
ela ainda contenha agarrada às paredes, o que n(Na2CO3) = n(HCl) §
2
diluiria a solução a utilizar.
3.5.3.3. 1
§ n(Na2CO3) = * 2,5 * 10-2 §
Não se pode lavar o recipiente para onde se vai 2
transferir a solução a titular com esta solução, § (Na2CO3) = 1,25 * 10-2 mol

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a concentração de Na2CO3 na Determinar a massa de carbonato de sódio


solução nos 100,00 cm3 de solução preparada.
n(Na2CO3) Mr(Na2CO3) = 2 Ar(Na) + Ar(C) + 3 Ar(O)
[Na2CO3] = §
V Mr(Na2CO3) = 2 * 22,99 + 12,01 + 3 * 16,00 §
1,25 * 10-2 § Mr(Na2CO3) = 105,99
§ [Na2CO3] = § M(Na2CO3) = 105,99 g mol-1
10,00 * 10-3
m(Na2CO3) = n(Na2CO3) * M(Na2CO3) §
§ [Na2CO3] = 1,25 mol dm-3
§ m(Na2CO3) = 1,25 * 10-2 * 105,99 §
3.7. (D) Atendendo à equação química que traduz
§ m(Na2CO3) = 13,25 g, o que significa que
a titulação da solução de carbonato de sódio
dos 14,75 g utilizados para preparar a solução,
pelo ácido clorídrico
apenas 13,25 g eram carbonato de sódio,
2 HCl + Na2CO3 (aq) " 2 Na+ (aq) + 2 Cl- (aq) + H2CO3 (aq)
sendo o restante impurezas.
verifica-se que no ponto de equivalência exis-
Determinar o grau de pureza.
tem as espécies Na+ e Cl- que têm caráter
m(Na2CO3)pura
ácido-base neutro e o ácido carbónico que % de pureza = * 100 §
m(Na2CO3)impura
como o seu próprio nome indica tem caráter
ácido em solução. Assim, no ponto de equiva- 13,25
§ % de pureza = * 100 §
lência, o pH é menor que 7 em virtude da ioni- 14,75
zação do ácido carbónico: § % de pureza = 89,8%
" HCO- (aq) + H O+ (aq) .
H2CO3 (aq) + H2O (l) @ O laboratório deve devolver o lote de carbo-
3 3
3.8. Será necessário determinar o grau de pureza nato de sódio pois a sua percentagem de pu-
do carbonato de sódio. reza é muito menor do que a mínima garantida
Determinar a quantidade de carbonato de pelo fornecedor (89,8% < 96%).
sódio nos 100,00 cm3 de solução preparada.
n(Na2CO3)
[Na2CO3] = §
V
§ n(Na2CO3) = [Na2CO3] * V §
§ n(Na2CO3) = 1,25 * 10,00 * 10-3 §
§ n(Na2CO3) = 1,25 * 10-2 mol

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4. QUALIDADE DO LEITE (pp. 254-255) titulado até se atingir o ponto de equivalência


4.1. CH3CHOHCOOH (aq) + H2O (l) @
" CH3CHOHCOO- (aq) + H3O+ (aq) medido por medição indireta,
4.2. Determinar a temperatura em °C. (Vadicionando = Vfinal - Vinicial), também de forma ri-
TK = q(°C) + 273,15 § q(°C) = TK - 273,15 § gorosa, usando uma bureta. O balão volumé-
§ q(°C) = 288,15 - 273,15 § trico é usado para preparar soluções e não
§ q(°C) = 15,00 °C para realizar titulações.
Determinar o valor médio da densidade do 4.3.5. (A)
leite. Determinar a [H3O+] no leite a 20 °C.
r1 + r2 1,023 + 1,040 pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH §
rleite = § rleite = §
2 2 § [H3O+] = 10(- 6,7) §
§ rleite = 1,032 g cm -3
§ [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
O valor médio da densidade do leite a 288,15 K Determinar a quantidade de iões H3O+ em
é 1,032 g cm-3. 500 mL desse leite a 20 °C.
4.3.1. n(H3O+)
A expressão significa fazer reagir amostras de [H3O+] = § n(H3O+) = [H3O+] * V §
V
leite com uma solução aquosa de hidróxido de
§ n(H3O+) = 2,00 * 10-7 * 0,500 §
sódio, até a reação estar completa, isto é, até
§ n(H3O+) = 1,00 * 10-7 mol
todo o ácido ter reagido com a quantidade ne-
(B) Afirmação falsa. O pH do leite diminui
cessária e suficiente de solução aquosa de hidró-
quando a temperatura aumenta de 20°C para
xido de sódio, de acordo com a estequiometria
25 °C, pelo que a concentração e H3O+ au-
da reação. Porém, quando a reação termina
menta e a de OH- também, porque aumenta o
[OH-] > [H3O+] porque o anião lactato tem ca-
ráter básico, sofrendo hidrólise originando iões valor de Kw.
OH- de acordo com a equação química: (C) Afirmação falsa. A 25 °C, o pH do leite é in-
" CH3 CHOHCOOH (aq) + OH- (aq)
CH3 CHOH COO- (aq) + H2O (l) @ ferior ao seu pH a 20 °C porque o aumento de
4.3.2. temperatura favorece a ionização das subs-
Volume inicial, Vi = 12,40 cm3 tâncias ácidas contidas no leite, incluindo a
Volume final, Vf = 14,40 cm3 própria água, já que Kw também aumenta com
Volume de titulante, DV = Vf - Vi § o aumento da temperatura, baixando assim o
§ DV = 2,00 cm3 pH (a ionização dessas substâncias ácidas é
O volume de titulante gasto na titulação do um processo endotérmico). Se a ionização das
10,00 mL de leite foi de 2,00 cm3. substâncias ácidas não aumentasse com o au-
4.3.3. mento da temperatura, o pH não diminuía pois
(C) não aumentava a concentração de H3O+.
(A) Fica com resíduos de água desionizada, Determinar [H3O+]
medindo de seguida,um volume de leite infe- [H3O+] = 10-pH
rior ao indicado na sua capacidade. [H3O+] = 10-6,7 §
(B) É impossível depois de passar a pipeta por
§ [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
água desionizada conseguir a sua completa
(D) A 20 °C [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
secagem em tempo útil.
pois o pH é 6,7.
(D) Material utilizado em medição rigirosa de
Determinar a provável [OH-]
líquidos não pode ser seco em estufa. A tem-
n(OH-) 5,0 * 10-8
peratura elevada altera a sua capacidade. [OH-] = § [OH-] = §
V 0,500
Assim só a hipótese (C) é válida.
4.3.4. § [OH-] = 1,00 * 10-7 mol dm-3
(C) O volume de leite é medido com uma pi- Determinar Kw admitindo a provável [OH-].
peta volumétrica de 10,00 mL, pois tem de ser Kw = [H3O+] * [OH-] §
medido da forma mais rigorosa possível. O vo- § Kw = 2,00 * 10-7 * 1,00 * 10-7 §
lume de solução titulante é adicionado ao § Kw = 2,00 * 10-14

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Relacionar com a Kw a 25 °C. 4.3.7.2.


Kw = 2,00 * 10 -14
> Kw (a 25 °C) Determinar a massa equivalente à quanti-
Dado que Kw aumenta com o aumento de tem- dade de ácido lático existente em um litro,
peratura (a autoionização da água é um pro- ou seja, 2,00 * 10-2 mol.
cesso endotérmico), a situação apresentada Mr(CH3CHOHCOOH) = 3 Ar(C) + 6 Ar(H) + 3 Ar(0)
só será possível numa condição de tempera- Mr(CH3CHOHCOOH) = 3 * 12,01 + 6 * 1,01 + 3 * 16,00
tura superior a 25 °C. Mr(CH3CHOHCOOH) = 90,09
4.3.6. M(CH3CHOHCOOH) = 90,09 g mol-1
(C) A equação química que traduz a reação re- m(CH3CHOHCOOH) = n(CH3CHOHCOOH) * M =
ferente à titulação é = m(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-2 * 90,09 =
" Na+ (aq)
CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) @ = 1,80 g
+ CH3CHOHCOO- (aq) + H2O (l) (massa de ácido lático em um litro de leite).
Os produtos desta reação são o catião sódio, Assim, de acordo com a definição, a acidez do
Na+, e a H2O que são partículas neutras do ponto
leite é 1,8 g de ácido lático por litro de leite.
de vista ácido-base e o anião CH3CHOHCOO-
4.3.8.
que é uma partícula que apresenta carácter
Determinar a quantidade de ácido lático em
básico (pois é a base conjugada do ácido lác-
um litro de leite.
tico) sofrendo hidrólise em presença de água
n(CH3CHOHCOOH)
de acordo com a equação CH3CHOHCOO- (aq) [CH3CHOHCOOH] = §
V(leite)
" CH CHOHCOOH (aq) + HO- (aq).
+ H2O (l) @ 3
Assim, confere carácter basico à solução pelo § n(CH3CHOHCOOH) =

que o seu pH, a 25 °C, será superior a 7. = [CH3CHOHCOOH] * V(leite) §


4.3.7.1. § n(CH3CHOHCOOH) =2,00 * 10-2 * 1,00 §
Determinar a quantidade de NaOH gasta na § n(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-2 mol
titulação. Determinar a quantidade de NaOH necessá-
n(NaOH) rio para reagir completamente com o ácido
[NaOH] = § láctico existente em um litro.
V(NaOH)
§ n(NaOH) = [NaOH] * V(NaOH) § Tendo em atenção a estequiometria da equa-
§ n(NaOH) = 2,00 * 10-3 * 0,100 § ção que traduz a titulação:
§ n(NaOH) = 2,00 * 10 mol -4 CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) " CH3CHOHCOO- (aq) +

+ Na+ (aq) + H2O (l)


Determinar quantidade de ácido lático na
n(CH3CHOHCOOH) = n(NaOH) §
toma de 10,00 cm3 de leite.
§ n(NaOH) = 2,00 * 10-2 mol
Tendo em atenção a estequiometria da equa-
ção que traduz a reação que ocorre durante a Determinar o volume de solução de NaOH
titulação: 1,0 mol dm-3 que contém 2,00 * 10-2 mol.
" CH3CHOHCOO- (aq) + Na+ (aq) + H2O (l)
CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) @ n(NaOH) n(NaOH)
[NaOH] = § V(NaOH) = §
n(CH3CHOHCOOH) = n(NaOH) § V(NaOH) [NaOH]
§ n(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-4 mol 2,00 * 10-2
§ V(NaOH) = §
Determinar a concentração do ácido lático 1,0
no leite. § V(NaOH) = 2,00 * 10-2 dm3 §
n(CH3CHOHCOOH) § V(NaOH) = 20,0 cm3
[CH3CHOHCOOH] =
V(leite) Segundo a NP, o leite é próprio para consumo
2,00 * 10 -4
se a acidez for inferior a 17.
[CH3CHOHCOOH] = §
10,00 * 10-3 A acidez do leite é 20 (são necessários 20 cm3
§ [CH3CHOHCOOH] = 2,00 * 10-2 mol dm-3 de uma solução alcalina de NaOH, 1,0 mol/dm3,
Assim, de acordo com a definição, a acidez do para reagir completamente com um litro de
leite é 0,0200 mol de ácido lático por litro de leite) o que permite concluir que o leite está
leite. impróprio para consumo.

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4.4. A força de um ácido está relacionada com a que seria espectável se os ácidos fossem for-
sua constante de acidez, sendo tanto maior tes, é porque a menor quantidade de iões H3O+
quanto maior for o valor dessa constante. presentes em solução se deve ao facto de os
Quanto maior for o valor da constante de aci- ácidos nele presentes terem constantes de
dez de um ácido mais extensa é a sua ioniza- acidez pouco elevadas. Assim, podemos con-
ção, originando uma maior quantidade de iões cluir que os ácidos presentes no leite são fra-
H3O+ em solução, pelo que o pH diminui. cos, pelo que possuem constantes de acidez Kc
Se o pH do leite é mais elevado do que aquilo baixas, pois caso contrário o pH seria inferior.

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5. CONTROLO DA ACIDEZ DE UM AQUÁRIO (D) A espécie PO43- (aq) não pode ser um ácido,
(pp. 256-257) segundo Brönsted-Lowry, pois não pode ceder
5.1. (B) protões (H+).
[OH-] = [H3O+], implica que a solução é neutra, 5.2.2.2.
mas só a 25 °C o valor dessa concentração é A expressão que traduz a constante de acidez
1,0 * 10-7 mol dm-3. para a primeira ionização do ácido fosfórico
Numa solução ácida, qualquer que seja a tem- tem por base a equação química:
H3PO4 (aq) + H2O (l) @" H PO - (aq) + H O+ (aq)
peratura [H3O+] > [OH-]. 2 4 3

Numa solução alcalina, qualquer que seja a [H2PO4-]e * [H3O+]e


Ka =
temperatura, |OH-| > |H3O+|. [H3PO4]e
5.2. (A) 5.3. Quando se adiciona o cloreto de sódio(NaCl) à
Determinar a massa de solução. solução, este dissocia-se de acordo com a
m(solução) equação: NaCl (aq) " Na+ (aq) + Cl- (aq)
r= § Os iões Na+ e Cl- têm caráter químico ácido-
V(solução)
-base neutro, ou seja, não têm tendência a cap-
§ m(solução) = r * V(solução) §
tar ou a ceder o protão (H+), pelo que não pos-
§ m(solução) = 1,2 * 0,2
suem a característica de alterar o pH. Assim,
Determinar a massa de HCl,
este mantém-se constante.
m(HCl) Ao adicionar o cloreto de amónio (NH4Cl) à so-
%(m/m) (HCl) = * 100 §
m(solução) lução, este dissocia-se de acordo com a equa-
(m/m) (HCl) * m(solução) ção: NH4Cl (aq) " NH4+ (aq) + Cl- (aq)
§ m(HCl) = §
100 Os iões Cl- têm caráter químico ácido-base
30 * 1,2 * 0,2 neutro, não têm tendência a captar ou a ceder
§ m(HCl) = § o protão (H+), pelo que não possuem a carac-
100
terística de alterar o pH da solução. Porém, os
30 1,2 * 0,2
§ m(HCl) = * § iões amónio (NH4+) têm comportamento ácido,
100 1
pois cedem o protão (H+). Em solução aquosa
§ m(HCl) = 0,30 * 1,2 * 0,2. sofrem hidrólise de acordo com a equação:
5.2.1. " NH (aq) + H O+ (aq)
NH4+ (aq) + H2O (l) @ 3 3
Determinar a [H3O+], a 25 °C. A presença do ião amónio leva ao aumento da
pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH § concentração de H3O+ o que se traduz numa di-
§ [H3O+] = 10(- 6,8) § minuição de pH (quanto maior a concentração
§ [H3O+] = 1,58 * 10-7 mol dm-3 de H3O+ menor é o pH, já que pH = - log [H3O+]).
Determinar a [OH-], a 25 °C. Assim, a adição de cloreto de amónio vai pro-
Kw vocar diminuição do pH, pois faz aumentar a
Kw = [H3O+] * [OH-] § [OH-] = § concentração de H3O+. Contudo, não é possível
[H3O+]
saber se a solução obtida tem caráter ácido ou
1,0 * 10-14
§ [OH-] = § básico pois desconhecem-se as concentrações
1,58 * 10-7
iniciais de H3O+ e OH-, dado que desconhece-se
§ [OH-] = 6,34 * 10-8 mol dm-3 a temperatura.
A concentração de iões OH- quando pH da so- 5.4.1.
lução é 6,8 é 6,34 * 10-8 mol dm-3. A equação química que traduz a autoionização
5.2.2.1. (C) da água é:
(A) Nestas reações, a água comporta-se sem- " H O+ (aq) + OH- (aq)
2 H2O (l) @ 3
+
pre como uma base, pois capta um protão (H ). A expressão do produto iónico da água é:
(B) A base conjugada de H3PO4 é H2PO . A es- -
4 Kw = [H3O+]e * [OH-]e
pécie HPO42- é a base conjugada de H2PO4-. Atendendo ao gráfico, verifica-se que o valor
(C) A espécie HPO42- (aq) é uma partícula an- da constante Kw aumenta com o aumento de
fotérica, pois comporta-se como ácido e como temperatura, isto é, com o seu aumento as
base. concentrações dos produtos da ionização da

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água, H3O+ e OH- aumentam, o que traduz a Determinar a [H3O+] a 34 °C.


evolução do sistema no sentido direto. pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH §
Atendendo ao princípio de Le Châtelier, quando § [H3O+] = 10(- 6,6) §
se provoca uma perturbação ao sistema em § [H3O+] = 2,51 * 10-7 mol dm-3
equilíbrio, este evolui de modo a contrariar a Determinar a [OH-] a 34 °C.
perturbação a que foi sujeito. Assim, aumen- Kw
Kw = [H3O+] * [OH-] § [OH-] = §
tando a temperatura, o sistema evolui no sen- [H3O+]
tido direto; então, nesse sentido ocorre 2,0 * 10-14
absorção de energia, a reação é endotérmica, § [OH-] = §
2,51 * 10-7
podendo assim concluir-se que a autoionização
§ [OH-] = 7,97 * 10-8 mol dm-3
da água é um processo endotérmico.
Determinar o pOH a 34 °C.
5.4.2.
pOH = - log [OH-] §
Ler no gráfico o valor de Kw a 34 °C.
§ pOH = - log 7,97 * 10-8 §
Por leitura gráfica, verifica-se que Kw a 34 °C § pOH = 7,1
é 2,0 * 10-14 O pOH da água dessa piscina a 34 °C é 7,1.

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6. ÁGUA, ÁGUA E… MAIS ÁGUA… (pp. 258-261) Determinar a massa de sílica existente
numa garrafa de água X.
6.1. A frase indicada faz referência ao facto de ape-
m(SiO2)
sar de existir muita água no planeta Terra ape- cm = § m(SiO2) = cm * V §
V
nas uma fração muito pequena (cerca de
0,01%) pode ser consumida pelo ser humano. § m(SiO2) = 16,8 * 0,5 § m(SiO2) = 8,4 mg
A massa de sílica existente numa garrafa de
Apesar de a Terra ser considerada o planeta
água X é 8,4 mg.
da água (Planeta Azul), a quase totalidade
6.4.4.
existente é salgada (cerca de 97,5%). Dos res-
(A) Carbonato de lítio – Li2CO3
tantes, cerca de 2,5% constituem a parcela de
(B) Sulfato de potássio – K2SO4
água doce e 99,6% não são aproveitáveis, uma
(C) Fosfato de amónio – (NH4)3PO4
vez que se situam em glaciares e placas de (D) Hidróxido de magnésio – Mg(OH)2
gelo (Gronelândia e Antártida) ou no interior (E) Sulfureto de ferro (III) – Fe2S3
da crusta terrestre (águas profundas). Assim, (F) Brometo de alumínio – AlBr3
a água realmente disponível para consumo 6.5.1.
(lagos, pântanos, rios,…) representa uma parte 2 H2O (l) @" H O+ (aq) + OH- (aq)
3
ínfima de toda a água existente na Terra (cerca 6.5.2.
de um centésimo de 1%). A afirmação é verdadeira. Tendo em conside-
6.2. A expressão do texto que justifica o facto de a ração a informação contida no gráfico, o valor
água do mar não ser adequada ao consumo do produto iónico da água, Kw, a 60 °C é supe-
pelos seres vivos terrestres é: rior ao valor do produto iónico da água a 25 °C.
“Como a água do mar é corrosiva e tóxica para Quanto maior o valor Kw, maior a concentração
os animais e plantas terrestres.” de H3O+, pois Kw = [H3O+] * [OH-].
Em água, a concentração de H3O+ é igual à
6.3. Uma expressão equivalente a “água para beber”
concentração de OH-.
será “água potável”.
Se [H3O+] = [OH-] pode reescrever-se o pro-
6.4.1.
duto iónico da água como, Kw = [H3O+]2 o que
A água mais ácida é a Z, pois é aquela que
permite dizer que em água [H3O+] = V√K√w. Jus-
apresenta menor valor de pH. O pH é dado tifica-se, assim, que em água, quanto maior o
pela expressão pH = - log [H3O+]. Assim, valor Kw maior a concentração de H3O+ e de
quanto menor o pH, para a mesma tempera- OH-, pois estas são iguais.
tura, maior a concentração de H3O+ e maior a Realça-se que apesar do pH diminuir com o au-
acidez. mento de temperatura, a acidez da água não
6.4.2. varia porque a concentração de OH- também au-
Uma água é tanto mais dura quanto maior for menta e mantêm-se a condição [H3O+] = [OH-].
a quantidade de ião cálcio existente num dado 6.5.3. (D)
volume de solução. (A) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
As águas duras não favorecem a formação de Princípio de Le Châtelier, quando a um sistema
espuma quando se utiliza sabonete ou sabão. em equilíbrio se causa uma perturbação, este
Assim, a água que se “oporá” menos à forma- reage no sentido de contrariar a perturbação a
que foi sujeito. Assim, aumentando a tempera-
ção de espuma será aquela que apresentar
tura de um sistema em equilíbrio este evolui no
uma menor concentração de catião cálcio
sentido endotérmico (sentido que ocorre com
(Ca2+), pelo que será a água Z.
consumo/absorção de energia). De acordo com a
6.4.3.1.
leitura gráfica, quando a temperatura aumenta, o
A sílica será uma substância composta pois é
produto iónico da água, Kw = [OH-] * [H3O+], au-
constituída por átomos de mais do que um ele- menta, o que indica que o sistema evolui no
mento químico. sentido que conduz ao aumento da concentra-
6.4.3.2. ção dos iões, ou seja, no sentido direto. Assim,
Indicar o volume de água na garrafa de a autoionização da água é um processo endo-
água X. térmico.
Vgarrafa de água X = 0,5 dm3 (B) Afirmação falsa.

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Determinar a concentração de H3O+ em Determinar a concentração de H3O+.


água a 25 °C. n(H3O+) 0,030V
[H3O+] = § [H3O+] = §
Por leitura gráfica verifica-se que V V
Kw(25°C) = 1,0 * 10-14 § [H3O+] = 0,030 mol dm-3
Em água [H3O+] = [HO-]. Determinar a concentração de OH-.
[H3O+] = [HO-] ± Kw = [H3O+]2 Por leitura gráfica, verifica-se que
[H3O+] = V√K√w § [H3O+] = V√1,√0 √* √1√0√-14 § Kw (50°C) = 5,0 * 10-14
§ [H3O+] = 1,0 * 10-7 mol dm-3 Kw = [OH-] * [H3O+] §
Determinar o pH da solução. Kw
pH = - log [H3O+] § [OH-] = §
[H3O+]
pH = - log (1,0 * 10-7) § pH = 7
5,0 * 10-14
O pH da água é 7,0, à temperatura de 25 °C. § [OH-] = §
0,030
(C) Afirmação falsa. Por leitura gráfica, veri-
§ [OH-] = 1,67 * 10-12 mol dm-3
fica-se que o produto iónico da água, Kw, a
Determinar o pOH da solução.
50 °C é superior ao produto iónico da água, a
pOH = - log [OH-] §
25 °C, o que significa que a 50 °C a concentra-
§ pOH = - log (1,67 * 10-12) §
ção dos iões H3O+ e OH- é superior. Tal indica
§ pOH = 11,8
que, a essa temperatura, o equilíbrio de autoio-
O pOH da solução é 11,8.
nização da água está mais deslocado no sen-
6.6.1.
tido da formação dos iões e, portanto, a
A 25 °C, uma solução é básica se o seu pH for
autoionização da água a 50 °C é mais extensa
maior do que 7 e é ácida se o pH for menor do
do que a 25 °C.
que 7.
(D) Afirmação correta.
A 25 °C, a água do mar possui pH maior do que
Determinar a concentração de OH- em água
7, pelo que terá caráter químico alcalino ou bá-
a 60 °C.
sico.
Por leitura gráfica verifica-se que
A 25 °C, a água da chuva possui pH menor do
Kw(60°C) = 10,0 * 10-14
que 7, pelo que terá caráter químico ácido.
Em água [H3O+] = [OH-].
6.6.2.
[H3O+] = [OH-] ± Kw = [OH-]2
O gás responsável pelo valor do pH da água da
[OH-] = V√K√w § [OH-] = V√1√0,√0 √*√ 1√0√-14 §
chuva é o dióxido de carbono (CO2), no caso da
§ [OH-] = 3,16 * 10-7 mol dm-3 água da chuva não poluída.
Determinar o pOH da solução. No caso da água da chuva poluída teremos,
pOH = - log [OH-] § também, a acidez causada por óxidos de azoto
§ pOH = - log (3,16 * 10-7) § pOH = 6,5 e de enxofre.
A 60 °C, o pOH da água é 6,5, ou seja, é menor 6.7.1.
do que 7. Uma vez que os ácidos são todos monopróti-
6.5.4. cos, pode dizer-se que, quanto maior é o valor
Estabelecer equação química que traduz a da constante de acidez, Ka de um ácido, maior
ionização do ácido clorídrico em água. a sua força como ácido. Assim, dos ácidos
O ácido clorídrico é um ácido muito forte que apresentados, o mais forte é o ácido meta-
em solução aquosa se encontra totalmente io- noico e o mais fraco é o ácido cianídrico. Por
nizado de acordo com a equação química: ordem crescente da sua força relativa, ter-se-
HCl (aq) + H2O (l) " H3O+ (aq) + Cl- (aq) á então ácido cianídrico, ácido etanoico e ácido
Determinar a quantidade H3O+. metanoico.
De acordo com a estequiometria da reação 6.7.2.
n(H3O+) = n(HCl) Quanto mais forte é um ácido (quanto maior é o
n(HCl) valor da sua constante de acidez, Ka) mais fraco
[HCl] = § n(HCl) = [HCl] * V
V é o poder da sua base conjugada (menor é o
n(HCl) = 0,030 * V § n(HCl) = 0,030V (mol) valor da constante de basicidade, Kb). Assim, a
n(H3O+) = n(HCl) § n(H3O+) = 0,030V (mol) base que se apresenta mais forte, em solução

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1,18 * 10-6
aquosa, é a base conjugada do ácido mais fraco, §y= § y = 6,6 * 10-3
1,80 * 10-4
ou seja, o ácido cianídrico. Então, a base que se
y = n(HCOOH)inicial = 6,6 * 10-3 mol
apresenta mais forte, em solução aquosa, é o
Determinar a concentração inicial de ácido
anião cianeto (CN-), que é a base conjugada do
metanoico.
ácido cianídrico.
n(HCOOH)inicial
6.7.3.1. [HCOOH]inicial = §
V
HCOOH (aq) + H2O (l) @ " H O+ (aq) + HCOO- (aq).
3
6,6 * 10-3
6.7.3.2. [HCOOH]inicial = §
1,0
Determinar a quantidade de H3O+ formado
§ [HCOOH]inicial = 6,6 * 10-3 mol dm-3
quando se atinge o equilíbrio de ionização
A concentração inicial do ácido metanoico era
do ácido metanoico, admitindo um volume
6,6 * 10-3 mol dm-3.
de solução de 1,0 dm3.
6.7.4.
HCOOH (aq) + H2O (l) "
@
HCOO-
+ H3O+ (aq) A afirmação é verdadeira, pois para dispô-las
(aq)
por ordem crescente do seu valor de pH seria
ni/mol y — 0 ]0*
também necessário conhecer a concentração
Variação -x — +x +x inicial dos respetivos ácidos.
neq/mol y-x — x x 6.8.1.
Determinar a quantidade de CH3COOH admi-
*A quantidade inicial de H3O+ não é zero, devido à au-
toionização da água. No entanto, a quantidade de H3O+ tindo um volume de solução de 1,0 dm3.
proveniente da autoionização da água é muito pequena n(CH3COOH)
quando comparada com a proveniente da ionização do [CH3COOH] = §
V
ácido. Por isso, pode considerar-se praticamente zero
e assim desprezar-se a quantidade inicial de H3O+, pois § n(CH3COOH) = [CH3COOH] * V §
é a proveniente da autoionização da água. § n(CH3COOH) = 0,02 * 1,0 §
§ n(CH3COOH) = 0,02 mol
pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH
Determinar a quantidade de H3O+ formado
[H3O+] = 10(- 3,0) §
quando se atinge o equilíbrio de ionização
§ [H3O+] = 1,0 * 10-3 mol dm-3
do ácido.
n(H3O+)
[H3O+] = § n(H3O+) = [H3O+] * V § " HCOO- (aq)
CH3COOH (aq) + H2O (l) @ + H3O+ (aq)
V
ni/mol 0,020 — 0 ]0*
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 * 1,0 §
-x +x +x
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 mol Variação —

Determinar a quantidade inicial de ácido neq/mol 0,020 - x — x x

metanoico. *A quantidade inicial de H3O+ não é zero devido à au-


x = n(H3O+) = 1,0 * 10-3 mol toionização da água. No entanto, a quantidade de H3O+
proveniente da autoionização da água é muito pequena
[H3O+]e * [HCOO-]e quando comparada com a proveniente da ionização do
Kc = §
[HCOOH]e ácido. Por isso, pode considerar-se praticamente zero
e assim desprezar-se a quantidade inicial de H3O+, pois
n(H3O+)e n(HCOO-)e é a proveniente da autoionização da água.
*
V V [H3O+]e * [HCOO-]e
§ Kc = § Kc =
n(HCOOH)e [HCOOH]e
V n(H3O+)e n(HCOO-)e
*
1,0 * 10 -3
1,0 * 10 -3
V V
* § Kc = §
1,0 1,0 n(HCOOH)e
§ Kc = §
y - 1,0 * 10-3 V
1,0 x x
*
(1,0 * 10-3)2 1,0 1,0
§ 1,80 * 10-4 = § § Kc = §
y - 1,0 * 10 -3 0,020 - x
§ 1,80 * 10-4 * (y - 1,0 * 10-3) = (1,0 * 10-3)2 § 1,0
§ 1,80 * 10-4 * y - 1,8 * 10-7 = 1,0 * 10-6 § x2
§ 1,8 * 10-5 =
§ 1,80 * 10-4 * y = 1,18 * 10-6 § 0,020 - x

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1,8 * 10-5 (0,020 - x) = x2 § 6.10.2.


§ x2 + 1,8 * 10-5 x - 3,6 * 10-7 = 0 Estabelecer a equação que traduz a titula-
x = 5,9 * 10-4 ou x = - 6,0 * 10-4 (este valor ção em estudo.
não tem significado físico) HNO3 (aq) + KOH (aq) " KNO3 (aq)+ H2O (l)
Determinar a concentração de H3O+. Determinar a quantidade de HNO3.
n(H3O+) = 5,9 * 10-4 mol Vsolução de HNO3 = 12,5 cm3 §
§ Vsolução de HNO3 = 12,5 * 10-3 dm3
n(H3O+) 5,9 * 10-4
[H3O+]e = § [H3O+]e = § n(HNO3)
V 1,0 [HNO3] = § n(HNO3) = [HNO3] *
Vsolução
§ [H3O ]e = 5,9 * 10 mol dm
+ -4 -3
* Vsolução § n(HNO3) = 0,20 * 12,5 * 10-3 §
A concentração de iões H3O+ na referida solu-
§ n(HNO3) = 2,5 * 10-3 mol
ção de ácido acético é 5,9 * 10-4 mol dm-3.
6.8.2. (B) Como a concentração dos ácidos é a mesma Determinar a quantidade de KOH.
e os ácidos são ambos monopróticos, a quan- Atendendo à estequiometria da reação:
tidade de H3O+ formada na ionização é tanto n(KOH) = n(HNO3)
maior quanto maior for a constante de acidez, n(KOH) = n(HNO3) § n(KOH) = 2,5 * 10-3 mol
Ka. Assim, a quantidade de H3O+ formada será Determinar a concentração de KOH.
maior no caso do ácido acético, pois a sua Vsolução de KOH = 25,0 cm3 §
§ Vsolução de KOH = 25,0 * 10-3 dm3
constante de acidez é superior à do ácido cia-
n(KOH)
nídrico. Quanto maior for a quantidade de H3O+ [KOH] = §
Vsolução de KOH
formada maior será a sua concentração e
menor será o pH, pelo que a solução que apre- 2,5 * 10-3
§ [KOH] = §
sentará menor pH é a de ácido acético. 25,0 * 10-3
6.9. (D) O cianeto de sódio (NaCN) em solução § [KOH] = 0,10 mol dm-3
aquosa sofre dissociação de acordo com a A concentração da solução de hidróxido de po-
equação: tássio é 0,10 mol/dm3.
NaCN (aq) " Na+ (aq) + CN- (aq) 6.11.1.
O ião Na+ tem comportamento ácido-base neu- O ácido cianídrico, HCN, é um ácido fraco pois
tro enquanto que o anião CN- tem comporta- em solução aquosa não sofre ionização total
mento básico, pois é a base conjugada de um (a reação de ionização não é completa), é um
ácido fraco. Assim, essa solução vai apresentar acido monoprótico porque cede apenas um
caráter básico pelo que [H3O+] < [OH-]. protão por molécula.
6.10.1. (A) Trata-se de uma titulação ácido forte- 6.11.2.
-base forte pelo que o pH no ponto de equiva- HCN (aq) + H2O (L) " @ CN (aq) + H3O (aq)
– +

lência é o correspondente ao de uma solução A equação deve ser escrita com dupla seta " @
com caráter químico neutro, pelo que [H3O+] = e não " porque se trata duma reação que não
[OH-]. é completa.
Durante a titulação, o valor do pH vai dimi- 6.11.3.
nuindo, pois até se atingir o ponto de equiva- Tendo em conta a equação que traduz a
lência está a ser adicionado um ácido forte a ionização do ácido cianídrico, HCN, em água
uma base forte, pelo que a quantidade de OH- HCN (aq) + H2O (l) " @ CN (aq) + H3O (aq) no
– +

-
vai sendo menor, o mesmo acontecendo com equilíbrio [H3O ]e = [CN ]e considerando ainda
+

o valor do pH. que [H3O+]e = 10–pH, obtém-se para cada en-


Assim, nestas condições, quando se atinge o saio:
ponto de equivalência [H3O+] = [HO–] = V√Kw. 1.o ensaio: [H3O+]e = [CN-]e = 10–5,16 §
Como a essa temperatura, 60 oC, Kw = § [H3O+]e = [CN-]e = 6,9×10–6 mol dm–3
= 1,0 × 10–13 então [H3O+] = V√1,0 ×√ 10–13 § 2.o ensaio : [H3O+]e = [CN-]e = 10–5,35 §
§ [H3O+] = 3,16 × 10–7 mol dm–3 o que § [H3O+]e = [CN-]e = 4,5×10–6 mol dm–3
implica pH = – log[H3O+] § 3.o ensaio [H3O+]e = [CN-]e = 10–5,50 §
§ pH = – log 3,16×10–7 § pH = 6,5 § [H3O+]e = [CN-]e = 3,2×10–6 mol dm–3

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4.o ensaio [H3O+]e = [CN-]e = 10–5,65 § frasco de restos e utiliza-se um outro gobelé
§ [H3O+]e = [CN-]e = 2,2×10–6 mol dm–3 com solução de HCN para fazer a medição.
Ensaio [H3O+]e×[CN-]e [HCN]e
6.11.6.
1 48×10 –12
0,080
A temperatura deve ser a mesma em todos os
ensaios, pois o pH depende da temperatura.
2 20×10–12 0,040
Assim, só podemos comparar valores de pH
3 10×10–12 0,020
medidos à mesma temperatura. Neste caso a
4 4,8×10–12 0,010
temperatura deverá ser 25oC, pois pretende
Tendo em conta a expressão da constante determinar-se a constante de acidez do ácido
de acidez para o ácido cianídrico cianídrico a 25 oC e pretende comparar-se o
[H3O+] × [CN–]e valor obtido com o valor tabelado a 25 oC.
Ka = que pode ser reescrita na
[HCN]e Sugere-se que as amostras de ácido cianí-
forma [H3O+]e × [CN-]e = Ka [HCN]e se se repre- drico, que vão ser utilizadas para medir o res-
sentar [H3O+]e × [CN-]e em função de [HCN]e petivo pH, sejam colocadas num banho-maria
deverá obter-se uma reta que, teoricamente, a 25 oC, aguardar até que a temperatura se
passa pela origem e cujo declive será a cons- mantenha uniforme a 25 oC, para todas as
tante de acidez do ácido cianídrico nas condi- amostras, e de seguida determinar-se os res-
ções da experiência. petivos valores de pH.
[H3O+]e [CN–]e 6.11.7.1.
6E-11 As frases de risco referidas nesse rótulo
devem ser: R12, R26, R35
5E-11 y = 6E-10x - 3E-12
R2 = 0,9934 As frases de segurança referidas nesse rótulo
4E-11 devem ser: S1, S2, S7, S9, S16, S36, S37, S38,
S45, S60, S61
3E-11
6.11.7.2.
2E-11 Os pictogramas de perigo referidos nesse ró-
tulo devem ser:
1E-11
Tóxico
0 Pode provocar náuseas, vómi-
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 tos, dores de cabeça, perda de
[HCN]e consciência ou outros danos,
A equação da reta que melhor se ajusta ao incluindo a morte.
conjunto de pontos experimentais obtidos, Inflamável
[H3O+]e × [CN-]e = 6,0 × 10–10[HCN]e –3,0×10–12 Pode incendiar em contacto
evidencia que a constante de acidez do ácido com uma chama, faísca, eletri-
cianídrico, nestas condições, é 6,0 × 10–10. cidade estática ou por exposi-
6.11.4. ção ao calor.
A expressão numérica que permite calcular o Prejudicial para o ambiente
erro relativo, em percentagem, cometido na Tóxico para os organismos
determinação da constante de equilíbrio do aquáticos (peixes, algas ou
ácido cianídrico por este processo é: crustáceos).
| 6,3 × 10–10 – 6,0 × 10–10 |
Erro percentual = × 100 Os pictogramas de segurança referidos nesse
6,3 × 10–10 rótulo devem ser:
Nota: Ka(HCN) = 6,3 × 10–10 e não 6,3 × 10–5,
como consta no enunciado. Proteção obrigatória das mãos
6.11.5.
O pHmetro deve ser lavado com água desioni-
zada e posteriormente com a solução da qual Proteção obrigatória do corpo
se pretende medir o pH. Este segundo proce-
dimento pode ser feito mergulhando o pHme-
tro num gobelé que contenha essa solução, de Proteção obrigatória das vias res-
seguida rejeita-se essa solução para um piratórias

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7. DOS HIDROCARBONETOS AOS COMBUS- 7.2.4.


TÍVEIS (pp. 262-263) Determinar a quantidade de butano.
7.1. (B) Mr(C4H10) = 4 Ar(C) + 10 Ar(H)
Mr(C4H10) = 4 * 12,01 + 10 * 1,01 §
7.2.1.
§ Mr(C4H10) = 58,14
A fórmula de estrutura do butano é:
M(C4H10) = 58,14 g mol-1
H H H H
m(C4H10)
n(C4H10) = §
H C C C C H M(C4H10)
H H H H 150,0
§ n(C4H10) = § n(C4H10) = 2,580 mol
58,14
E a do propano é:
Determinar o reagente limitante.
H H H
Tendo em conta a estequiometria da reação
H C C C H 13 13
n(O2) = n(C4H10) § n(O2) = * 2,580 §
H H H 2 2
§ n(O2) = 16,77 mol
7.2.2. Para que 2,580 mol de C4H10 reagissem com-
(D) pletamente, seriam necessários 16,77mol de
Determinar a quantidade de butano em O2. Como existem 22,5 mol de O2 (quantidade
12,2 dm3, nas condições PTN. superior á necessária), o O2 está em excesso e
V(C4H10) 12,2 o butano é o reagente limitante.
n(C4H10) = § n(C4H10) = § Determinar a quantidade de CO2 teorica-
Vm 22,4
mente previsto (rendimento de 100%).
§ n(C4H10) = 0,500 mol
De acordo com estequiometria da reação:
Determinar a quantidade de átomos de H
8
em 12,2 dm3, nas condições PTN. n(CO2)t.p. = n(C4H10) §
2
n(H) = 10 * n(C4H10) §
8
§ n(H) = 10 * 0,500 § n(H) = 5,00 mol § n(CO2)t.p. = * 2,580 §
2
Determinar o número de átomos de H em
§ n(CO2)t.p. = 10,32 mol
12,2 dm3, nas condições PTN.
Determinar a quantidade de CO2 realmente
N(H) = n(H) * NA §
obtida.
§ N(H) = 5,00 * 6,02 * 1023 átomos de H.
V(CO2)r.o. 125,0
7.2.3. n(CO2)r.o. = § n(CO2)r.o. = §
Vm 22,4
Determinar a energia absorvida para rom-
§ n(CO2)r.o. = 5,58 mol
per as ligações em uma mole de butano.
Determinar o rendimento.
Eabs. = 3Ediss.(C-C) + 10Ediss.(C-H) §
n(CO2)r.o. 5,58
§ Eabs. = 3 * 346 + 10 * 413 § h= * 100 § h = * 100 §
n(CO2)t.p. 10,32
§ Eabs. = 5168 kJ mol -1
h = 54,1%
Eabs. = 5,17 * 103 kJ mol-1
O rendimento da reação é 54,1%.
Determinar a energia absorvida para rom-
7.3.1. : O : xx C xx : O
:

per as ligações em uma mole de propano. :


:

Eabs. = 2Ediss.(C-C) + 8Ediss.(C-H) § 7.3.2.


§ Eabs. = 2 * 346 + 8 * 413 § (C)
§ Eabs. = 3996 kJ mol-1 Determinar o quociente da reação.
Eabs. = 4,00 * 103 kJ mol-1 De acordo com a estequiometria da reação, as
Fica assim demonstrado que a energia posta quantidades formadas de monóxido de car-
em jogo na dissociação das ligações de uma bono e de oxigénio são iguais.
mole de butano (5,17 * 103 kJ mol-1) é maior [CO]2 * [O2] (10-5)2 * (10-2)
Q= §Q= §
do que na dissociação das ligações de igual [CO2]2 (10-4)2
quantidade de propano (4,00 * 10 3 kJ mol-1). § Q = 1,0 * 10-4

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Como o valor do quociente da reação é dife- para que ocorra absorção de energia. Neste
rente (maior) que o valor da constante de equi- caso, tal verifica-se quando o sistema progride
líbrio, Q > Kc, o sistema não se encontra em no sentido direto, aumentando a concentração
equilíbrio. dos produtos da reação e diminuindo a con-
Para que o sistema atinja o equilíbrio, o quo- centração dos reagentes, o que conduz a um
ciente da reação terá de diminuir até igualar o aumento da constante de equilíbrio.
valor da constante de equilíbrio. Para que tal (G) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
se verifique, as concentrações de monóxido de Princípio de Le Châtelier, removendo hidrogé-
carbono e de oxigénio têm de diminuir e a de nio do sistema, este evolui no sentido inverso
dióxido de carbono aumentar. Tal verifica-se para que ocorra formação de hidrogénio.
quando o sistema evolui no sentido inverso. (H) Afirmação falsa. Para aumentar o rendi-
7.3.3. mento da reação terá de se introduzir pertur-
(A) Afirmação verdadeira. A reação ocorre bações que conduzam à evolução do sistema
com absorção de energia pois DH > 0; logo, a no sentido direto e, das sugestões indicadas,
reação é endoenergética. apenas a remoção de vapor de água conduz à
evolução do sistema no sentido direto. Deste
(B) Afirmação falsa. O valor da constante de
modo, removendo vapor de água do sistema,
equilíbrio só depende da temperatura.
este evolui no sentido direto para que ocorra
(C) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
formação de vapor de água, mas diminuindo a
Princípio de Le Châtelier, quando se causa
temperatura, o sistema irá deslocar-se no sen-
uma perturbação ao sistema, este evolui de
tido da reação exotérmica (a que ocorre com
forma a contrariar a perturbação a que foi su- libertação de energia), o que neste caso se ve-
jeito. Assim, adicionando vapor de água ao sis- rifica quando ocorre evolução do sistema no
tema, este evolui no sentido inverso para que sentido inverso. Como não se sabe qual dos fa-
ocorra consumo de vapor de água. tores é predominante, a afirmação é classifi-
(D) Afirmação falsa. Tendo em consideração o cada falsa.
Princípio de Le Châtelier, quando se causa 7.4. Determinar a quantidade de cada consti-
uma perturbação ao sistema, este evolui de tuinte no equilíbrio.
forma a contrariar a perturbação a que foi su- Vsistema = 2,0 L § Vsistema = 2,0 dm3
jeito. Assim, quando se diminui a pressão do n(NO2)e = 0,0044 mol
sistema reacional este evolui no sentido que "
2 NO (g) @ O2 (g) + 2 NO2 (g)
ocorre com aumento da quantidade contida na
ni/ mol 0,04 0,06 0
fase gasosa, aumentando a pressão. Como
Variação -2x +x +2x
este sistema evolui de reagentes para produ-
neq/mol 0,04 - 2x 0,06 + x 0,0044
tos da reação sem que ocorra alteração da
quantidade na fase gasosa, não vai ser sensí- 0,0044
vel a variações de pressão, isto é, as variações 2x = 0,0044 mol § x = §
2
de pressão não constituem perturbação para § x = 0,0022 mol
este equilíbrio. .n(O2)e = 0,06 - 0,0022 §
(E) Afirmação falsa. Este sistema não é afe- § n(O2)e = 5,78 * 10-2 mol
tado por variações de volume, porque as alte- .n(NO2)e = 0,04 - (2 * 0,0022) §
rações de volume traduzem-se numa alteração § n(NO)e = 3,56 * 10-2 mol
de pressão. Um aumento de volume provoca .n(NO2)e = 4,4* 10-3 mol
uma diminuição de pressão e uma diminuição Determinar a concentração de cada compo-
de volume provoca um aumento de pressão. nente no equilíbrio.
(F) Afirmação verdadeira. Este sistema reacional n(O2)e 5,78 * 10-2
[O2]e = § [O2]e = §
é endotérmico, ou seja, a reação ocorre com ab- V 2,0
sorção de energia pois DH > 0. Tendo em consi- § [O2]e =2,89 * 10-2 mol dm-3
deração o Princípio de Le Châtelier, se se n(NO)e 3,56 * 10-2
[NO]e = § [NO]e = §
aumentar a temperatura para 500 K, o sis- V 2,0
tema evolui no sentido da reação endotérmica § [NO]e = 1,78 * 10-2 mol dm-3

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n(NO2)e 4,4 * 10-3


[NO2]e = § [NO2]e = § Determinar KC a 298,15 K.
V 2,0
(2,2 * 10-3)2
§ [NO2]e = 2,2 * 10-3 mol dm-3 Kc = §
(1,78 * 10-2)2 * (2,89 * 10-2)
Estabelecer a expressão da constante de
§ Kc = 5,3 * 10-1
equilíbrio.
A constante de equilíbrio à temperatura a que
[NO2]e2
Kc = decorreu a reação é 5,3 * 10-1.
[O2]e * [NO]e2

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8. TRANSFERINDO ELETRÕES (pp. 264-265) para produtos com diminuição do seu número
8.1. Nas reações oxidação-redução ou, mais sim- de oxidação (Dn.o. (H) < 0)
plesmente, reações redox ocorre transferência Dn.o.(H) = n.o. (H)f - n.o.(H)i §
de eletrões entre espécies. § Dn.o.(H) = 0 - 1 § Dn.o.(H) = - 1
No conceito atual de oxidação-redução, define- O zinco evolui de reagentes para produtos com
-se como oxidação: processo no qual uma es- aumento do seu número de oxidação
pécie química perde eletrões. (Dn.o. (Zn) > 0)
Redução: processo no qual uma espécie quí- Dn.o.(Zn) = n.o.(Zn)f - n.o.(Zn)i §
mica ganha eletrões. §Dn.o.(Zn) = 2 - 0 § Dn.o.(Zn) = 2
Um átomo, molécula ou ião oxida-se quando 8.5.1.
perde eletrões. Um átomo molécula ou ião Sistema (I): ocorre reação pois o poder redutor
reduz-se quando ganha eletrões. do zinco é superior ao do cobre. Assim, ocorre
Não podem ocorrer processos de oxidação ou a reação química traduzida pela equação:
redução isoladas. Zn (s) + Cu2+ (aq) " Cu (s) + Zn2+ (aq)
Para que uma substância se oxide, perdendo Sistema (II): não ocorre reação pois o poder re-
eletrões, tem de estar na presença de outra dutor do cobre é inferior ao do zinco.
que aceite esses eletrões, e que, por sua vez Cu (s) + Zn2+ (aq) " não ocorre reação
se reduza. Sistema (III): não ocorre reação, pois o poder
As reações de oxidação-redução ocorrem em redutor do cobre é superior ao da prata.
simultâneo e o número de eletrões ganho na Ag (s) + Cu2+ (aq) " não ocorre reação
redução tem de ser igual ao libertado na oxi- Sistema (IV); ocorre reação, pois o poder redu-
dação. tor do cobre é superior ao da prata. Assim,
8.2. O ferro quando exposto ao ar sofre corrosão, ocorre a reação traduzida pela equação:
sendo oxidado pelo oxigénio atmosférico. Este Cu (s) + 2 Ag+ (aq) " 2 Ag (s) + Cu2+ (aq)
processo vai transformando o ferro em óxido 8.5.2.
de ferro e degradando as grades e portões de Sistema (I) verifica-se:
– deposição de cobre sólido sobre a placa de
ferro. Para evitar esta corrosão pintam-se por-
zinco, já que o catião cobre(II) sofreu redução
tões e grades, dificultando deste modo o seu
originando cobre metálico, que se deposita
contacto com o oxigénio atmosférico, impe-
sobre a placa de zinco.
dindo, assim a oxidação do ferro que pode ser
– diminuição da intensidade da cor azul da so-
explicada de forma simplificada como um pro-
lução. O que origina a cor azul da solução é a
cesso que ocorre em duas fases. Numa primeira
presença de catião cobre (II). À medida que a
fase, o oxigénio oxida o ferro a catião ferro (II)
reação ocorre, a quantidade de catião cobre (II)
2 Fe (s) + O2 (g) + 4 H3O+ (aq) " 2 Fe2+ (aq) + 6 H2O (l)
em solução diminui porque se transforma em
Numa segunda fase, o catião ferro (II) é oxi-
cobre metálico. A diminuição da quantidade de
daddo a catião ferro (III). Estes óxidos não são
catião cobre (II) em solução diminui a intensi-
aderentes nem protetores, como no caso do
dade da coloração azul.
chumbo ou alumínio. São higroscópicos absor-
Sistema (IV) verifica-se:
vendo a água, que contribui para que ocorra
– deposição de prata metálica sobre a placa de
progressivamente maior corrosão.
cobre, já que o catião prata (I) sofreu redução
8.3. X (s) + Ag+ (aq) " Ag (s) + X+ (aq)
originando prata metálica, a qual se deposita
Objeto que se pretende prateado
na placa de cobre.
8.4.
– intensificação da cor azul da solução. O que
n.o. 1 6 -2 0 2 6 -2 0
origina a cor azul da solução é a presença de
H2SO4 (aq) + Zn (s) — ZnSO4 (aq) + H2 (g) catião cobre (II). À medida que a reação ocorre,
oxidação a quantidade de catião cobre (II) em solução au-
redução menta, porque o cobre metálico transforma-se
A reação é redox pois ocorre com variação dos em catião cobre (II). O aumento da quantidade
números de oxidação de algumas espécies nela de catião cobre (II) em solução intensifica a sua
envolvidas. O hidrogénio evolui de reagentes coloração azul .

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8.5.3. de cobre numa solução de sulfato de ferro (II),


Para uma dada espécie, quanto menor for o será de prever que não ocorra reação porque o
seu poder redutor maior será o seu poder oxi- cobre não é um redutor suficientemente forte
dante. para reduzir o catião ferro a ferro metálico.
Tendo em atenção a informação contida na Cu (s) + Fe2+ (aq) " não ocorre reação
série eletroquímica, verifica-se que a prata é o 8.8.1.
metal que apresenta menor poder redutor. Se (C) O n.o. do vanádio no ião, VO43– é mais cinco
a prata é dos três metais aquele que possui porque a soma algébrica dos números de oxi-
menor poder redutor, será o que possui maior dação de todos os átomos que constituem um
poder oxidante. ião é igual à carga do ião e porque o número de
8.5.4. oxidação do oxigénio é menos dois excepto nos
Para o sistema (I), os pares conjugados de oxi- peróxidos em que é menos um.
dação-redução são: Zn2+/Zn e Cu2+/Cu. n.o.(V)V043– + 4 * n.o. (O)V043– = –3 §
Para o sistema (IV), os pares conjugados de § n.o.(V)V043– + 4 * (– 2) = –3 §
oxidação-redução são: Cu2+/Cu e Ag+/Ag. § n.o.(V)V043– = – 3 + 8 §
8.5.5.
§ n.o.(V)V043– = +5
(D) Quanto maior for o poder redutor de um
O n.o. do vanádio no ião [VO(H20)5]2+ é mais qua-
metal, menor é o poder oxidante do respetivo
tro porque a soma algébrica dos números de
catião.
oxidação de todos os átomos que constituem
8.6. O ácido clorídrico reage com o zinco mas não
um ião é igual à carga do ião, porque o número
reage com a prata, porque o poder redutor do
de oxidação do oxigénio é menos dois exceto
zinco é superior ao da prata. Assim, o zinco
nos peróxidos em que é menos um e porque o
metálico é um redutor suficientemente forte
número de oxidação do hidrogénio é um ex-
para reduzir o catião hidrogénio (H+) a hidrogé-
cepto nos hidretos em que é menos um.
nio gasoso (H2).
n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ + 6 * n.o.(O)[VO(H2O)5]2+ +
Zn (s) + 2 HCl (aq) " Zn2+ (aq) + 2 Cl- (aq) + H2 (g)
+ 10 * n.o.(H)[VO(H2O)5]2+ = +2
Como o poder redutor da prata é inferior ao
n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ + 6 * (–2) + 10 * (1) = +2 §
poder redutor do hidrogénio, a reação seguinte
§ n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ –12 + 10 = +2
não ocorre.
n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ = +2 + 12 – 10 §
Ag (s) + HCl (aq) " não ocorre reação
§ n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ = +4
8.7.1.
O n.o. do vanádio no ião [V(H20)6]3+ é mais três
A série eletroquímica permite concluir que o
porque a soma algébrica dos números de oxi-
poder redutor do ferro é superior ao poder redu-
tor do cobre. Assim, quando se mergulha um dação de todos os átomos que constituem um
prego de ferro numa solução de sulfato de cobre, ião é igual à carga do ião, porque o número de
será de prever que o ferro seja oxidado e o cobre oxidação do oxigénio é menos dois exceto nos
seja reduzido, de acordo com a equação química: peróxidos em que é menos um e porque o nú-
Fe(s) + Cu2+ (aq) " Cu (s) + Fe2+ (aq) mero de oxidação do hidrogénio é um exceto
Verifica-se, assim, deposição de uma camada de nos hidretos em que é menos um.
cobre metálico sobre o prego de ferro e uma n.o.(V)[V(H2O)6]3+ + 6 * n.o.(O)[V(H2O)6]3+ +
atenuação da coloração azul da solução. O que + 12 * n.o.(H)[V(H2O)6]3+ = +3
origina a cor azul da solução é a presença de ca- n.o.(V)[V(H2O)6]3+ + 6 * (–2) + 12 * (1) = +3 §
tião cobre (II). À medida que a reação ocorre, a § n.o.(V)[V(H2O)6]3+ –12 + 12 = +3
quantidade de catião cobre (II) em solução dimi- n.o.(V)[V(H2O)6]3+ = +3 + 12 – 12 §
nui porque se transforma em cobre metálico. A § n.o.(V)[V(H2O)6]3+ = +3
diminuição da quantidade de catião cobre (II) em O n.o. do vanádio no ião [V(H20)6]2+ é mais dois
solução atenua a intensidade da coloração azul. porque a soma algébrica dos números de oxi-
8.7.2. dação de todos os átomos que constituem um
A série eletroquímica permite concluir que o ião é igual à carga do ião, porque o número de
poder redutor do cobre é inferior ao poder redu- oxidação do oxigénio é menos dois exceto nos
tor do ferro. Assim, quando se mergulha um fio peróxidos em que é menos um e porque o

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

número de oxidação do hidrogénio é um exceto em que é menos 1, nos superóxidos, em que é


nos hidretos em que é menos um. 1
menos e na substância elementar, em que
n.o.(V)[V(H2O)6]2+ + 6 * n.o.(O)[V(H2O)6]2+ + 2
é zero.
+ 12 * n.o.(H)[V(H2O)6]2+ = +2
2n.o.(V)V2O3 + 3n.o.(O)V2O3 = 0 §
n.o.(V)[V(H2O)6]2+ + 6 * (–2) + 12 * (1) = +2 § § 2n.o.(V)V2O3 + 3(-2) = 0 §
§ n.o.(V)[V(H2O)6]2+ –12 + 12 = +2 § 2n.o.(V)V2O3 – 6 = 0 §
n.o.(V)[V(H2O)6]2+ = +2 + 12 – 12 § § 2n.o.(V)V2O3 = 6 § n.o.(V)V2O3 = 6/2 §
§ n.o.(V)[V(H2O)6]2+ = +2 § n.o.(V)V2O3 = 3
VO43- (amarelo) → [VO(H2O)5]2+ (azul) → Dn.o.(V) = n.o.(V)V2O5 – n.o.(V)V2O3
Dn.o.(V) = 5 – (3)
→ [V(H2O)6]3+ (verde) → [V(H2O)6]2+ (violeta/lilás)
Dn.o.(V) = +2
8.8.2.1.
8.8.2.3.
(D) O n.o. do enxofre, no composto dióxido de
Determinar o número de oxidação de todos
enxofre (S02) é mais quatro porque a soma al-
os elementos envolvidos na reação
gébrica dos números de oxidação de todos os
O número de oxidação, n.o., do oxigénio, no
átomos que constituem uma molécula neutra é óxido de vanádio (V), V2O5, e no óxido de vanádio
igual a zero (regra da electroneutralidade) e por- (III) , V2O3, é menos 2 porque o número de oxi-
que o número de oxidação do oxigénio é menos dação do oxigénio é menos 2 exceto nos peró-
dois exceto nos peróxidos que é menos um. xidos, em que é menos 1, nos superóxidos, em
2 * n.o.(O)SO2 + n.o.(S)SO2 = O § que é menos 1/2, e no estado elementar, em que
§ 2 * (–2) + (S)SO2 = O § n.o.(S)SO2 = 4 é zero. Assim o n.o. do oxigénio em O2 é zero.
O n.o. do enxofre, no composto dióxido de en- O n.o. do vanádio, no composto óxido de vaná-
xofre (S03) é mais seis porque a soma algébrica dio (V), V2O5 é mais 5 porque a soma algébrica
dos números de oxidação de todos os átomos dos números de oxidação de todos os átomos
que constituem uma molécula neutra é igual a que constituem uma molécula é igual a zero
zero (regra da electroneutralidade) e porque o (regra da eletroneutralidade) e porque o n.o.
número de oxidação do oxigénio é menos dois do oxigénio é menos 2.
exceto nos peróxidos que é menos um. 2n.o.(V)V2O5 + 5n.o.(O)V2O5 = 0 §
2 * n.o.(O)SO3 + n.o.(S)SO3 = O § § 2n.o.(V)V2O5 + 5(–2) = 0 §
§ 3 * (–2) + (S)SO3 = O § n.o.(S)SO3 = 6 § 2n.o.(V)V2O5 –10 = 0 §
§ 2n.o.(V)V2O5 = 10 § n.o.(V)V2O5 = 10/2 §
8.8.2.2.
§ n.o.(V)V2O5 = 5
Determinar o número de oxidação do vaná-
O n.o. do vanádio, no composto óxido de vaná-
dio no composto V205.
dio (III), V2O3 é mais 3 porque a soma algébrica
O n.o. do vanádio, no composto V205 é mais
dos números de oxidação de todos os átomos
cinco porque a soma algébrica dos números de
que constituem uma molécula é igual a zero
oxidação de todos os átomos que constituem
(regra da eletroneutralidade) e porque o n.o.
uma molécula neutra é igual a zero (regra da do oxigénio menos 2.
eletroneutralidade) e porque o número de oxi- 2n.o.(V)V2O3 + 3n.o.(O)V2O3 = 0 §
dação do oxigénio é menos dois exceto nos pe- § 2n.o.(V)V2O3 + 3(– 2) = 0 § 2n.o.
róxidos, em que é menos um. § § – 6 = 0 § 2n.o.(V)V2O3 = 6 §
5 * n.o.(O)V2O5 + 2 * n.o.(V)V2O5 = 0 § § n.o.(V)V2O3 = 6/2 § n.o.(V)V2O3 = 3

§ 5 * (–2) + 2 * (V)V2O5 = 0 § V2O3 + O2 → V2O5


10 oxidação
§ n.o.(V)V2O5 = § n.o.(V)V2O5 = 5
2 redução
O n.o. do vanádio, no composto óxido de vaná- O processo de regeneração do catalisador não
dio (III), V2O3, é mais 3 porque a soma algébrica é uma dismutação e o seu inverso também
dos números de oxidação de todos os átomos não é uma dismutação, uma vez que a dismu-
que constituem uma molécula é igual a zero tação é uma reação de oxidação-redução onde
(regra da eletroneutralidade) e porque o n.o. o mesmo elemento é simultaneamente oxi-
do oxigénio é menos 2, exceto nos peróxidos, dado e reduzido.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

9. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO (pp. 266-267) dos sais for a mesma, isto é, se a relação entre

9.1. A hidroxiapatite é o sal Ca5(PO4)3OH. A sua dis- a solubilidade e o produto de solubilidade for
igual.
sociação pode ser traduzida pela equação:
(G) Afirmação verdadeira. O cloreto de amónio
[Ca5(PO4)3]OH " 5 Ca2+ + 3 PO43- + OH-
aquoso, NH4Cl, sofre dissociação de acordo
Os iões presentes na hidroxiapatite são o ca-
com a equação química:
tião cálcio (Ca2+), o anião fosfato (PO43-) e o
" NH + (aq) + Cl– (aq)
NH4Cl (aq) @
anião hidróxido (OH-), a sua proporção de com- 4
Como o ião NH4+ (aq) tem carater ácido, a rea-
binação é 5:3:1.
ção destes iões com os iões hidróxido, HO–,
9.2. O sulfato de bário é utilizado como meio de
provoca uma diminuição dos iões oxónio, dado
diagnóstico de problemas no tubo digestivo.
que ocorre a reação traduzida pela equação:
9.3. (A) Afirmação falsa. O produto de solubilidade " H O (l) + NH (aq)
NH4+ (aq) + HO– (aq) @ 2 3
(Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o
Assim, de acordo com o Princípio de Le Châ-
seu valor só depende da temperatura.
telier (quando um sistema químico em equilí-
(B) Afirmação falsa. O produto de solubilidade brio é sujeito a uma alteração/perturbação
(Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o tende a contrariá-la até atingir novo estado de
seu valor só depende da temperatura. A solu- equilíbrio), o sistema traduzido pela equação
bilidade de um sal pouco solúvel é que diminui química:
por adição de um sal solúvel com ião comum " Ca2+ (aq) + HO– (aq)
Ca(HO)2 (s) @
ao primeiro. vai favorecer o sentido da dissolução do sal, o
(C) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal em sentido direto, pois este permite aumentar a
água não depende só da temperatura. A solubi- concentração de hidróxido e restabelecer de
lidade de um sal em diferentes soluções de- novo uma situação de equilíbrio. Assim, pode
pende da presença de iões comuns ao sal e da concluir-se que numa solução de NH4Cl o hi-
presença de agentes que reajam com os iões dróxido de cálcio é mais solúvel do que em
presentes no sal. Assim, a solubilidade de um sal água.
em presença de ião comum diminui relativa- 9.4.1.
mente à sua solubilidade em água. A solubili- A afirmação é verdadeira, pois todos os sais
dade em presença de agentes que reajam com apresentados possuem moléculas de água in-
os iões presentes no sal, fazendo diminuir a sua corporadas na sua estrutura cristalina.
quantidade, aumentam a solubilidade do sal re- 9.4.2.
lativamente à sua solubilidade em água. AlCl.6H2O
(D) Afirmação verdadeira. A solubilidade de
um sal pouco solúvel diminui por adição de um
sal solúvel com ião comum ao primeiro.
(E) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal
pouco solúvel não aumenta por adição de sol-
vente, porque a solubilidade é uma quantidade
por unidade de volume. A solubilidade define-
-se como sendo a massa máxima de um sal
que é possível dissolver num dado volume (ou CuSO4.5H2O
massa) de solvente. Assim, aumentando o vo-
lume (massa) de solvente é possível dissolver
mais massa de soluto, sem que se altere a sua
solubilidade.
(F) Afirmação falsa. A ordem da solubilidade dos
sais, em água, coincide com a ordem dos respe-
tivos produtos de solubilidade, para uma mes-
ma temperatura, apenas se a estequiometria

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

BaCl2.2H2O Determinar, nestas condições, o valor má-


ximo da massa de BaCl2.2H2O que se pode
dissolver em 60 g de água.
m(BaCl2.2H2O) 48,0
= §
m(água) 100
m(BaCl2.2H2O) 48,0
§ = §
60 100
48,0
§ m(BaCl2.2H2O) = * 60 §
100
§ m(BaCl2.2H2O) = 28,8 g
9.4.3.1.
9.5.1.
A afirmação é verdadeira. À temperatura de Prevê-se a formação de um precipitado, isto é,
40 °C, S(CuSO4.5H2O) = 28,5 g /100 g de H2O, admite-se que ocorrerá precipitação.
ou seja, a quantidade máxima de CuSO4.5H2O 9.5.2.
que é possível dissolver em 100 g de água é Determinar a solubilidade do cromato de
28,5 g. Assim, a essa temperatura, a solução bário (BaCrO4).
BaCrO4 (s) @ " Ba2+ (aq) + CrO 2- (aq)
está saturada, pois a concentração do 4
Ks = [Ba2+]* [CrO42-] § Ks = S * S §
CuSO4.5H2O em solução aquosa coincide com
§ Ks = S2 § S = V√Ks §
a solubilidade.
§ S = V√1,√2 √* √1√0-√10 §
9.4.3.2. § S = 1,1 * 10-5 mol dm-3
A afirmação é falsa. À temperatura de 60 °C, Determinar a solubilidade do cromato de
S(AlCl3.6H2O) = 32,5 g/100 g de H2O, ou seja, estrôncio (SrCrO4).
SrCrO4 (s) @" Sr2+ (aq) + CrO 2- (aq)
a quantidade máxima de AlCl3.6H2O que é 4
Ks = [Sr ] * [CrO42-] § Ks = S * S §
2+
possível dissolver em 100 g de água é 32,5 g.
§ Ks = S2 § S = V√Ks §
Assim, a essa temperatura a solução não está § S = V√3,√5 √* √1√0√-5 §
saturada, pois a concentração do AlCl3.6H2O § S = 5,9 * 10-3 mol dm-3
em solução aquosa é inferior à solubilidade. O sal que precipita primeiro é o cromato de
9.4.3.3. bário, pois é o sal menos solúvel, ou seja, é o
que apresenta menor solubilidade.
A afirmação é falsa. À temperatura de 80 °C,
9.5.3.
S(BaCl2.2H2O) = 52,4 g/100 g de H2O, ou seja,
Determinar a concentração de anião cro-
a quantidade máxima de BaCl2.2H2O que é mato quando o cromato de estrôncio co-
possível dissolver em 100 g de água é 52,4 g. meça a precipitar.
Assim, a essa temperatura a solução está so- No instante em que o cromato de estrôncio co-
bressaturada, pois a concentração do BaCl2.2H2O meça a precipitar (admite-se que neste instante
em solução aquosa é superior à solubilidade. começa a precipitar mas ainda não precipitou e
que a adição de solução de cromato não alterou
9.4.4. de forma mensurável o volume de solução), a
À temperatura de 100,0 °C, o sal mais solúvel concentração de ião estrôncio é 0,10 mol dm-3.
é o CuSO4.5H2O, pois é aquele em que é pos- Esse instante em que começa a precipitar mas
sível dissolver uma maior massa, para a ainda não precipitou é o instante limite da condi-
mesma massa de solvente. ção de equilíbrio, Q = Ks. Esta condição permite
determinar a concentração de cromato, já que
9.4.5.
se conhece Ks e a concentração de catião Sr2+
Determinar, por leitura gráfica, a solubili- nesse instante.
dade do BaCl2.2H2O, a 65 °C. Ks
Ks = [Sr2+] * [CrO42-] § [CrO42-] = §
Pela leitura do gráfico, à temperatura de [Sr2+]
65 °C, o valor máximo de BaCl2.2H2O que se 3,5 * 10-5
§ [CrO42-] = §
pode dissolver em 100 g de solvente é de 0,10
48,0 g. § [CrO42-] = 3,5 * 10-5 mol dm-3

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a concentração de catião bário Determinar a relação entre as solubilidades.


quando o cromato de estrôncio começa a S(Ag2CrO4) 6,9 * 10-5
= §
precipitar. S(BaCrO4) 1,1 * 10-5
No instante em que o cromato de estrôncio co-
S(Ag2CrO4)
meça a precipitar, a concentração de anião § ] 6,3 §
S(BaCrO4)
cromato é 3,5 * 10-5 mol dm-3, e nesse ins-
§ S(Ag2CrO4) ] 6,3 * S(BaCrO4)
tante o sistema encontra-se em equilíbrio re-
Mostrar que a relação entre as solubilida-
lativamente ao cromato de bário, pelo que,
Q = Ks; esta condição permite determinar a des e o Ks é diferente para os dois sais.
concentração de catião bário, já que se co- Para o cromato de bário (BaCrO4):
nhece Ks e a concentração de anião cromato Ks = S2 § S = V√Ks
nesse instante. Para o cromato de prata (Ag2CrO4):

V
3
Ks Ks √ Ks
Ks = [Ba ]* [CrO ] § [Ba ] =
2+ 2- 2+
§ Ks = 4 S § S = S =
3 3 3
§S=
4
[CrO ] 2-
4
4 4
1,2 * 10-10 9.7.1.
§ [Ba2+] = §
3,5 * 10-4 Quando se misturam as duas soluções poderá
§ [Ba2+] = 3,4 * 10-7 mol dm-3 ocorrer precipitação de hidróxido de alumínio
A concentração do catião bário quando o cro- (Al(OH)3) já que o nitrato de sódio é um sal
mato de estrôncio começa a precipitar é muito solúvel.
3,4 * 10-7 mol dm-3. Determinar a quantidade de catião alumínio
9.6. A afirmação é verdadeira, pois a relação entre (Al3+) proveniente dos 40,0 cm3 de solução
a solubilidade dos sais só é igual à relação entre de nitrato de alumínio.
os produtos de solubilidade quando a estequio- Vsolução = 40,0 cm3 § Vsolução = 40,0 * 10-3 dm3
metria dos sais é equivalente, ou seja, quando n(Al(NO3)3)
[Al(NO3)3] = §
a relação entre o produto de solubilidade e a so- V
lubilidade é igual para os diferentes sais. § n(Al(NO3)3) = [Al(NO3)3] * V §
Determinar a solubilidade do cromato de § n(Al(NO3)3) = 0,020 * 40,0 * 10-3 §
bário (BaCrO4). § n(Al(NO3)3) = 8,0 * 10-4 mol
BaCrO4 (aq) @" Ba (aq) + CrO (aq)
2+ 2-
4 Em solução aquosa, o nitrato de alumínio sofre
Ks = [Ba ] * [CrO42-] § Ks = S * S §
2+
dissociação de acordo com a equação:
§ Ks = S2 § S = V√Ks § S = V√1,√2 *
√ √ 1√0-10
√ § Al(NO3)3 (aq) " Al3+ (aq) + 3 NO3- (aq)
§ S = 1,1 * 10 mol dm-5 -3
Tendo em conta a estequiometria do sal:
Determinar a solubilidade do cromato de n(Al3+) = n(AlNO3)3) §
prata (Ag2CrO4). § n(Al3+) = 8,0 * 10-4 mol
" 2 Ag+ (aq) + CrO 2- (aq)
Ag2CrO4 (s) @ 4 Determinar a quantidade de anião hidróxido
Ks = [Ag+]2 * [CrO42-] § Ks = (2S)2 * S §
(OH-) proveniente dos 60,0 cm3 de solução
Ks de hidróxido de sódio.
§ Ks = 4 S3 § S3 = §
4 Vsolução = 60,0 cm3 § Vsolução = 60,0 * 10-3 dm3
31,3 * 10
V V
3 3
√ Ks -12
n(NaOH)
§S= §S= § [NaOH] = §
4 4 V
§ S = 6,9 * 10-5 mol dm-3 § n(NaOH) = [NaOH] * V §
Determinar a relação entre os produtos de n(NaOH) = 0,050 * 60,0 * 10-3 §
solubilidade. § n(NaOH) = 3,0 * 10-3 mol
Ks(BaCrO4) 1,2 * 10 -10
Em solução aquosa, o hidróxido de sódio sofre
= §
Ks(Ag2CrO4) 1,3* 10-12 dissociação de acordo com a equação:
Ks(BaCrO4) NaOH (aq) " Na+ (aq) + OH- (aq)
§ ] 92 §
Ks(Ag2CrO4) Tendo em conta a estequiometria:
§ Ks(BaCrO4) ] 92 * Ks(Ag2CrO4) n(OH-) =n(NaOH) § n(OH-) = 3,0 * 10-3 mol

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a concentração do anião hidró- Admitindo que todo o Ag+ precipitava


-
xido (OH ) na solução final se não ocorresse 8,0 * 10-4 - x ] 0 e x ] 8,0 * 10-4 mol, resulta-
precipitação. ria que n(OH-)e = 3,0 * 10-3 - 3x §
Vtotal = VAl(NO ) + VNaOH § § n(OH-)e = 3,0 * 10-3 - [3 * (8,0 * 10-4)] §
33
§ Vtotal = 40,0 + 60,0 § § n(OH-)e = 6,0 * 10-4 mol,
§ Vtotal = 100,0 cm § 3
A quantidade de OH- no equilíbrio vai ser ligei-
§ Vtotal = 100,0 * 10-3 dm3 ramente superior a 6,0 * 10-4 mol porque o
n(OH ) -
3,0 * 10 -3
Ag+ não se gasta totalmente, pois fica em so-
[OH-] = § [OH-] = §
Vtotal 100,0 * 10 -3
lução uma pequena quantidade, que corres-
§ [OH ] = 3,0 * 10 mol dm-3
- -2
ponde à permitida pela solubilidade nestas
Determinar a concentração do catião alumí- condições.
nio (Al3+) na solução final se não ocorresse Admitindo que n(OH-)e = 6,0 * 10-4 mol:
precipitação. n(OH-) 6,0 * 10-4
Vtotal = VAl(NO ) + VNaOH § [OH-] = § [OH-] = §
33 Vtotal 100,0 * 10-3
§ Vtotal = 40,0 + 60,0 §
§ [OH-] = 6,0 * 10-3 mol dm-3
§ Vtotal = 100,0 cm3 §
pOH = - log [OH-] §
§ Vtotal = 100,0 * 10-3 dm3
§ pOH = - log (6,0 * 10-3) § pOH = 2,2
n(Al3+) 8,0 * 10-4
[Al3+] = § [Al3+] = § O pOH vai ser ligeiramente inferior a 2,2, pois
Vtotal 100,0 * 10-3
a concentração de OH- é ligeiramente superior
§ [Al3+] = 8,0 * 10-3 mol dm-3 a 6,0 * 10-3 mol. Assim, a 25 °C, a solução é
Determinar o quociente da reação. francamente alcalina.
" Al3+ (aq) + 3 OH- (aq)
Al(OH)3 (aq) @
9.8.1.
Q = [Al3+]* [OH-]3 §
Hidróxido de bário – Ba(HO)2
§ Q = 8,0 * 10-3 * (3,0 * 10-2)3 §
Sulfato de sódio – Na2SO4
§ Q = 2,2 * 10-7
Q > Ks(Al(NO3)3). Nestas condições, o sistema 9.8.2.
" BaSO (s)
Ba2+ (aq) + SO42- (aq) @
não se encontra em equilíbrio (a condição de 4

equilíbrio é Q = Ks). Para que uma situação de 9.8.3.


equilíbrio seja atingida, o quociente da reação Quando se misturam as duas soluções poderá
tem de diminuir até igualar o valor de Ks, o que ocorrer precipitação de sulfato de bário
implica evolução do sistema no sentido da for- (BaSO4), que é um sal pouco solúvel, já que o
mação do sal, o que leva à formação de preci- hidróxido de sódio é bastante solúvel.
pitado. Há precipitação de Al(OH)3 e diminuição
Determinar a quantidade de catião bário
das concentrações dos iões.
(Ba2+) proveniente dos 50,0 cm3 de solução
9.7.2.
de hidróxido de bário.
Na solução final existem os iões NO3-, Na+,Cl-,
Vsolução = 50,0 cm3 § Vsolução = 50,0 * 10-3 dm3
H3O+ e OH-. As espécies NO3-, Na+,Cl-, tem ca-
n(Ba(OH)2)
ráter químico ácido-base neutro. Assim, o ca- [Ba(OH)2] = §
V
ráter químico da solução final vai depender da
quantidade de OH- proveniente de hidróxido § n(Ba(OH)2) = [Ba(OH)2] * V §

solubilizado. n(Ba(OH)2) = 1,00 * 50,0 * 10-3 §


Tendo em consideração os valores das con- § n(Ba(OH)2) = 5,00 * 10-2 mol
centrações obtidos no item anterior Em solução aquosa, o hidróxido de bário sofre
dissociação de acordo com a equação:
"
Al(OH)3 (s) @ Ag+ (aq) + 3 OH- (aq)
Ba(OH)2 (aq) " Ba2+ (aq) + 2 OH- (aq)
ni/mol — 8,0 * 10-4 3,0 * 10-3
Tendo em conta a estequiometria do sal:
Variação +x -x -3x
n(Ba2+) = n(Ba(HO)2) §
neq/mol x 8,0 * 10-4 - x 3,0 * 10-3 - 3x
§ n(Ba2+) = 5,0 * 10-2 mol

32 © Edições ASA
Química

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a quantidade de anião sulfato Estabelecer as condições iniciais e as de


(SO ) proveniente dos 86,4 cm de solução
2-
4
3 equilíbrio.
de sulfato de sódio. "
BaSO4 (s) @ Ba2 (aq) + SO42- (aq)
Vsolução = 86,4 cm3 § Vsolução = 86,4 * 10-3 dm3
ni/mol — 0,0500 0,0864
n(Na2SO4) +x -x -x
[Na2SO4] = § Variação
V neq/mol x 0,0500- x 0,0864- x
§ n(Na2SO4) = [Na2SO4] * V §
Determinar o valor de x.
§ n(Na2SO4) = 1,00 * 86,4 * 10-3 §
Recorrer à expressão do produto de solubili-
§ n(Na2SO4) = 8,64 * 10-2 mol
dade, Ks, para determinar x.
Em solução aquosa, o sulfato de sódio sofre Ks = [Ba2+]e * [SO42-]e §
dissociação de acordo com a equação: n(SO42-)e n(Ba2+)e
Na2SO4 (aq) " 2 Na+ (aq) + SO42- (aq) § 1,1 * 10-10 = * §
Vtotal Vtotal
Tendo em conta a estequiometria do sal:
0,0864 - x 0,0500 - x
n(SO42-) = n(Na2SO4) § § 1,1 * 10-10 = * §
136,4 * 10 -3
136,4 * 10-3
§ n(SO42-) = 8,64 * 10-2 mol
§ 1,1 * 10-10 (136,4 * 10-3)2 =
Determinar a concentração do anião sulfato = (0,0864 − x) * (0,0500 − x) §
(SO42-) na solução final se não ocorresse § x2 - 136,4 * 10−3x + 4,32 * 10-3 = 0
precipitação. Aplicando a fórmula resolvente, resulta
Vtotal = VBa(OH) + VNa SO § x = 8,64 * 10-2 ou x = 5,00 * 10-2.
2 2 4

§ Vtotal = 50,0 + 86,4 § O valor de x, 8,64 * 10-2 é impossível nestas


§ Vtotal = 136,4 cm3 § condições, pois não se pode gastar de catião

§ Vtotal= 136,4 * 10-3 dm3 bário (Ba2+) uma quantidade superior à inicial.
Determinar as quantidades de iões Ba2+ e
n(SO42-) 8,64 * 10-2
[SO42-] = § [SO42-] = § SO42- quando se atinge o equilíbrio.
Vtotal 136,4 * 10-3
n(Ba2+)e ] 0
§ [SO ] = 6,33 * 10 mol dm
2- -1 -3
4 n(SO42-)e = 0,06864 - 0,0500 §
Determinar a concentração do catião bário § n(SO42-)e = 0,0364 mol
(Ba ) na solução final se não ocorresse pre-
2+
Quando se atinge o equilíbrio, a quantidade de
cipitação. Ba2+ é tão pequena que não foi possível detetá-
n(Ba2+) 5,0 * 10-2 -la por este processo, mas dado que se co-
[Ba2+] = § [Ba2+] = § nhece a concentração de anião sulfato (SO42-)
Vtotal 136,4 * 10-3
vai ser possível detetá-la recorrendo à expres-
§ [Ba2+] = 3,67 * 10-1 mol dm-3
são de Ks.
Determinar o quociente da reação.
Ks
BaSO4 (s) @" Ba2+ (aq) + SO 2- (aq) Ks = [Ba2+]e * [SO42-]e § [Ba2+]e = §
4 [SO42-]e
Q = [Ba2+] * [SO42-] §
Ks
§ Q = 3,67 * 10-1 * 6,33 * 10-1 § § [Ba2+]e = §
n(SO42-)e
§ Q = 2,32 * 10-1 Vtotal
Q > Ks (BaSO4), nesta condições o sistema não 1,0 * 10-10
§ [Ba2+]e = §
se encontra em equilíbrio (a condição de equi- 0,0364
líbrio é Q = Ks), para que uma situação de equi- 136,4 * 10-3
líbrio seja atingida o quociente da reacção tem § [Ba2+]e = 4,12 * 10−10 mol dm-3
de diminuir até igualar o valor de o valor de Ks, n(Ba2+)e
[Ba2+]e = §
o que implica evolução do sistema no sentido Vtotal
da formação do sal. Assim, implica formação de § n(Ba2+)e = [Ba2+]e * Vtotal §
precipitado, ou seja, há precipitação de BaSO4 e § n(Ba2+)e = 4,12 * 10-10 * 136,4 * 10−3 §
diminuição das concentrações dos iões. § n(Ba2+)e = 5,62 * 10-10

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Química

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

As quantidades de catião bário (Ba2+) e anião m(BaSO4) = n(BaSO4) * M(BaSO4) §


sulfato (SO42-) na mistura obtida são respetiva- § m(BaSO4) = 5,00 * 10−2 * 233,40 §
mente 5,62 * 10−11 mol e 0,0364 mol. § m(BaSO4) = 11,67 g
9.8.4. A massa de BaSO4 que precipita é 11, 67 g.
Determinar a quantidade de sulfato de bário 9.8.5.
que precipita. Ao produto resultante da junção das duas so-
n(BaSO4) = x § n(BaSO4) = 5,00 * 10−2 mol luções chamou-se mistura e não solução, pois
Determinar a massa de sulfato de bário que trata-se de uma mistura heterogénea consti-
precipita. tuída por duas fases distintas, uma sólida e
Mr(BaSO4) = Ar(Ba) + Ar(S) + 4 Ar(O) § outra líquida. A líquida é a solução saturada
§ Mr(BaSO4l) = 137,33 + 32 § em sulfato de bário e a sólida é o sal precipi-
§ Mr(BaSO4) = 233,40 07 + (4 × 16,00) tado de sulfato de bário.
M(BaSO4) = 233,40 g mol-1

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