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Determinar o reagente limitante. Para que 0,241 mol de K2PtCl4 reagissem com-
Tendo em conta a estequiometria da reação: pletamente seriam necessários 0,482 mol de
n(NH3) = 2 n(K2PtCl4) § n(NH3) = 2 * 0,241 § NH3. Como existe 0,587 mol de NH3, este está
§ n(NH3) = 0,482 mol em excesso, existe em maior quantidade que
Para que 0,241 mol de K2PtCl4 reagissem com- a necessária, logo o K2PtCl4 é o reagente limi-
pletamente seriam necessários 0,482 mol de tante.
NH3. Como existe 0,587 mol de NH3, este está
Determinar a quantidade de cisplatina –
em excesso, existe em maior quantidade que
Pt(NH3)2Cl2, teoricamente prevista.
a necessária, logo o K2PtCl4 é o reagente limi-
tante. n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = n(K2PtCl4) §
§ n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = 0,241 mol
Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, teoricamente prevista. Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida.
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = n(K2PtCl4) §
§ n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = 0,241 mol n(Pt(NH3)2Cl2)r.o.
h= * 100 §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p.
Determinar a quantidade de cisplatina –
Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida. n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. * h
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. 100
h= * 100 §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. 0,241 * 80,0
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. * h 100
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
100 § n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = 0,193 mol
0,241 * 80,0 A quantidade de cisplatina formada na reação
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = § foi 0,193 mol.
100
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = 0,193 mol Determinar a massa de cisplatina –
A quantidade de cisplatina formada na reação Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida.
foi 0,193 mol. Mr (Pt(NH3)2Cl2) = Ar(Pt) + 2Ar(N) + 6Ar(H) +
1.6.1.2. + 2Ar(Cl)
Determinar a quantidade de tetracloroplati- Mr (Pt(NH3)2Cl2) = 195,08 + 2×14,01 +
nato (II) de potássio – K2PtCl4. + 6 × 1,01+2 × 35,45
Mr(K2PtCl4) = 2 Ar(K) + Ar(Pt) + 4 Ar(Cl) Mr (Pt(NH3)2Cl2) = 300,06 §
Mr(K2PtCl4) = 2 * 39,10 + 195,08 + 4 * 35,45 § M(Pt(NH3)2Cl2) = 300,06 g mol-1
Mr(K2PtCl4) = 415,08 m(Pt(NH3)2Cl2) = n(Pt(NH3)2Cl2) ×
M(K2PtCl4) =415,08 g mol-1 × M (Pt(NH3)2Cl2)§ m(Pt(NH3)2Cl2) =
m(K2PtCl4) = 0,193 × 300,06§
n(K2PtCl4) = §
M(K2PtCl4) § m(Pt(NH3)2Cl2) = 57,91 g
100 Determinar a massa total de reagentes
§ n(K2PtCl4) = §
145,08 massa total de reagentes = m(K2PtCl4) +
§ n(K2PtCl4) = 0,241 mol + m(NH3)
massa total de reagentes = 100,0 + 10,0
Determinar a quantidade de amoníaco.
Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H) massa total de reagentes = 110,0 g
Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01 Determinar a economia atómica percentual.
massa de átomos de reagentes incorporada no produto desejado
Mr(NH3) =17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1 EA% = ×100
massa total de átomos dos reagentes
m( NH3) 10,0 m(Pt(NH3)2Cl2)
n(NH3) = § n(NH3) = § EA% = ×100 §
M(NH3) 17,04 m(K2PtCl4) + m(NH3)
§ n(NH3) = 0,587 mol 57,91
§ EA% = × 100 §
Determinar o reagente limitante. 110,0
Tendo em conta a estequiometria da reação: § EA% = 52,6%
n(NH3) = 2 n(K2PtCl4) § n(NH3) = 2 * 0,241 § Nestas condições a economia atómica percentual
§ n(NH3) = 0,482 mol da produção de cisplatina é 37,9%.
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m(Pt(NH3)2Cl2)
1.6.2.1. V(Pt(NH3)2Cl2) = §
r(Pt(NH3)2Cl2)
(C)
300,05 n
(A) Afirmação incorreta. Para a mesma tem- § V(Pt(NH3)2Cl2) = §
3,7
peratura, quanto maior for o pH menor o cará-
§ V(Pt(NH3)2Cl2) = 81,1 n (cm3)
ter ácido. Para a mesma temperatura, uma
Determinar a razão dos volumes.
solução saturada de Pt(NH3)2Cl2 é menos
V(K2PtCl4) 122,1 n
ácida que uma solução saturada de K2PtCl4, = §
V(Pt(NH3)2Cl2) 81,1 n
pois apresenta maior pH.
(B) Afirmação incorreta. Para a mesma tem- V(K2PtCl4)
§ = 1,5 §
peratura, soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e V(Pt(NH3)2Cl2)
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Determinar a massa de ácido nítrico que para aceitar protões, o que se verifica na rea-
realmente se obtém. ção de amoníaco com água:
Mr(HNO3) = Ar(H) + Ar(N) + 3 Ar(O) " NH + (aq) + OH- (aq)
NH3 (aq) + H2O (l) @ 4
Mr(HNO3) = 1,01 + 14,01 + 3 * 16,00 O amoníaco (base) aceita o catião hidrogénio (H+)
Mr(HNO3) = 63,02 proveniente da água, que funciona como ácido,
M(HNO3) = 63,02 g mol-1 transformando-se no catião amónio (NH4+).
m(HNO3)r.o. = n(HNO3)r.o. * M(HNO3) 1.9.3.
m(HNO3)r.o. = 4,50 * 63,02 § O azoto e o oxigénio são elementos que per-
§ m(HNO3)r.o. = 284 g tencem ao mesmo período da Tabela Perió-
A massa, em gramas, de HNO3 produzida foi dica.
248 g. Ao longo de um período da Tabela Periódica, o
1.9.2. raio atómico diminui com o aumento do nú-
Segundo a teoria de Arrhenius, base é toda a mero atómico. Como o número atómico do
substância que se dissocia em água originando azoto é inferior ao número atómico do oxigé-
iões OH- pelo que NH3 não é uma base de Arr- nio, pode concluir-se que o raio atómico do
henius. Porém, segundo Brönsted-Lowry, de- azoto é superior ao do oxigénio.
fine-se base como uma espécie com tendência
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m (C8H9NO2)r.o.
n (C8H9NO2)r.o. = § só posteriormente se deve fazer a determina-
M (C8H9NO2)
ção da massa, já com o composto devida-
4,60
§ n (C8H9NO2)r.o. = § mente triturado.
151,18
(B) A redução dos cristais a pó, não facilita
§ n (C8H9NO2)r.o. = 3,04 × 10–2 mol nem dificulta a medição da sua massa.
Determinar o rendimento da reação, h. (C) Os cristais de sal devem ser reduzidos a pó
n (C8H9NO2)r.o. pois o maior grau de divisão favorece a sua in-
h= × 100 §
n (C8H9NO2)t.p. teração com os outros reagentes, isto é, torna
3,04 × 10 –2 o processo mais rápido. Esta opção não deve
§h= § h = 63,6% §
4,78 × 10 –2 ser a escolhida pois não traduz uma ação, mas
§ h = 63,6% sim a justificação da ação referida em (D).
2.4.2. (C) (D) A redução dos cristais a pó deve ser feita
Para medir os 6,0 mL de anidrido etanóico antes da determinação da sua massa, pois du-
deve utilizar-se uma pipeta graduada, só esta rante este procedimento ocorrem perdas de
permite medir os 6,0 mL e posteriormente adi- massa no almofariz.
cionar alíquotas de 1,0 mL. 2.4.4.
(A) Representa um balão volumétrico. O balão Arrefeceram em banho de água gelada, para
volumétrico é um recipiente de vidro, em favorecer a formação dos cristais, que são
forma de pera, com rolha, com base plana e mais solúveis a quente, e para tornar a preci-
colo alto e estreito, marcado com uma linha pitação dos cristais mais rápida.
horizontal que indica o seu volume exato. Os
2.4.5.1.
balões volumétricos destinam-se a ser usados
Os cristais obtidos por este processo de sín-
na preparação de soluções de concentração ri-
tese são muito finos e pequenos pelo que a fil-
gorosamente conhecida.
tração por sucção é uma forma de tornar o
(B) Representa um matraz ou balão de Erlen-
processo mais rápido e eficaz em virtude da di-
meyer. É um frasco em balão, usado como re-
cipiente no laboratório, inventado pelo químico mensão dos sais formados. Além disso, a fil-
alemão Emil Erlenmeyer, e é frequentemente tração por sucção permite uma secagem dos
usado em titulações. A parede em forma de cristais mais eficaz e rápida.
cone invertido evita que o líquido no seu inte- 2.4.5.2. (A)
rior jorre para fora. 2.5.1.
(C) A pipeta graduada é um instrumento em (D)
vidro que permite a medição e transferência Determinar a massa molar de O2.
de volumes variáveis de líquidos. É um tubo Mr(O2) = 2 Ar(O) § Mr(O2) = 2 * 16,00 §
longo e estreito, aberto nas duas extremida- § Mr(O2) =32,00 ± M(O2) = 32,00 g mol-1
des, marcado com linhas horizontais que cons- Determinar a quantidade de O2.
tituem uma escala graduada.
m(O2) 42,4
(D) A pipeta volumétrica é um instrumento em n(O2) = § n(O2) =
M(O2) 32,00
vidro que permite a medição rigorosa e trans-
Determinar o número de átomos de O.
ferência de volumes de líquidos. É um tubo
N(átomos de O) = 2 * n(O2) * NA
longo e estreito, com uma zona central mais
larga, aberto nas duas extremidades, marcado 42,4
N(átomos de O) = 2 * * 6,02 * 1023 átomos
com uma linha horizontal que indica o volume 32,00
exato de líquido que pode transferir. 2.5.2.
2.4.3. (D) Determinar a quantidade de O2 (ver item an-
(A) Este processo conduz a perdas de massa terior).
no almofariz, pelo que não é recomendável a m(O2) 42,4
n(O2) = § n(O2) = §
trituração depois da determinação da massa M(O2) 32,00
do p-aminofenol. A trituração deve ser feita e § n(O2) = 1,33 mol
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pipeta e enxaguá-la, desprezando o líquido de porque desta forma o volume a titular não
lavagem para o frasco de restos. seria o medido com a pipeta volumétrica.
Fazer a toma de 20,00 cm3 com a pipeta volu- 3.5.4. (C) O instrumento que mediu estes volumes
métrica e o auxílio da pompete, transferindo- foi a bureta. A escala da bureta é de 0,1 em
-a quantitativamente para o balão volumétrico. 0,1 cm3, logo a incerteza de leitura é de
Completar o volume com água desionizada até 0,05 cm3 (metade da menor divisão da escala,
ao traço de referência do balão, medindo cor- porque o aparelho é analógico).
retamente de modo a evitar erros de paralaxe. Determinar o volume gasto em cada ensaio.
Agitar o balão para homogeneizar a nova so- DV = Vf - Vi
lução.
1.° Ensaio: DV1 = Vf - Vi §
3.4.9.
§ DV1 = 54,25 - 4,25 § DV1 = 50,00 cm3
Afirmação falsa. Para fazer a primeira mistura
2.° Ensaio: DV2 = Vf - Vi §
de ácido concentrado com a água, o ácido con-
§ DV2 = 53,25 - 3,15 § DV2 = 50,10 cm3
centrado deve ser colocado lentamente sobre
3.° Ensaio: DV3 = Vf - Vi §
a água. Quando se adiciona ácido lentamente
§ DV3 = 67,75 - 15,25 § DV3 = 52,50 cm3
sobre a água, o ácido tende a ionizar-se, liber-
4.° Ensaio: DV4 = Vf - Vi §
tando uma grande quantidade de energia (rea-
ção exotérmica), sendo que, a energia libertada § DV4 = 52,08 - 2,18 § DV4 = 49,90 cm3
é distribuída uniformemente na água, que para O 3.° ensaio deve ser rejeitado pois afasta-se
maior segurança deve existir em maior volume. demasiado dos resultados obtidos nos restan-
Assim, a reação não se torna tão violenta. Se a tes ensaios.
adição for de água sobre ácido, a reação será 3.5.5.
rápida e incontrolável, já que a superfície de A fase da adição de HCl (aq) em que se obtém
contacto do ácido é maior, libertando-se ener- uma maior variação de pH é na proximidade
gia suficiente para provocar um maior aumento (vizinhança) do ponto de equivalência.
de temperatura, em menos tempo. 3.5.6.
3.5.1. Determinar o volume médio.
Por “preparar a bureta” entende-se lavar a bu- DV1 + DV2 + DV4
reta com água e detergente de modo a retirar ∆ DVmédio =∆ §
3
a gordura. De seguida, lavar com água da tor-
50,00 + 50,10 + 49,90
neira para retirar o excesso de detergente; ∆ DVmédio =∆ §
3
com água desionizada para retirar a água da
§∆DVmédio =∆50,00 cm3
torneira, enxaguar com um pouco da solução
O volume de titulante gasto na titulação foi
de HCl a ser medida e verificar o correto fun-
cionamento da torneira. 50,00 cm3.
3.5.2. 3.6. Determinar a quantidade de HCl gasto na ti-
(C) tulação.
3.5.3.1. n(HCl)
[HCl] = § n(HCl) = [HCl] * V §
Lava-se a bureta com solução titulante – ácido V
clorídrico 0,50 mol dm-3 – para remover água § n(HCl) = 0,50 * 50,00 * 10-3 §
que “molha” as paredes, o que diluiria a solu- § n(HCl) = 2,5 * 10-2 mol
ção a utilizar. Determinar a quantidade de Na2CO3 nos
3.5.3.2. 10,00 cm3 de solução.
Lava-se a pipeta volumétrica com um pouco Tendo em consideração a estequiometria da
de solução de carbonato de sódio para remo-
reação (ver 3.3):
ver algumas impurezas ou mesmo água que
1
ela ainda contenha agarrada às paredes, o que n(Na2CO3) = n(HCl) §
2
diluiria a solução a utilizar.
3.5.3.3. 1
§ n(Na2CO3) = * 2,5 * 10-2 §
Não se pode lavar o recipiente para onde se vai 2
transferir a solução a titular com esta solução, § (Na2CO3) = 1,25 * 10-2 mol
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4.4. A força de um ácido está relacionada com a que seria espectável se os ácidos fossem for-
sua constante de acidez, sendo tanto maior tes, é porque a menor quantidade de iões H3O+
quanto maior for o valor dessa constante. presentes em solução se deve ao facto de os
Quanto maior for o valor da constante de aci- ácidos nele presentes terem constantes de
dez de um ácido mais extensa é a sua ioniza- acidez pouco elevadas. Assim, podemos con-
ção, originando uma maior quantidade de iões cluir que os ácidos presentes no leite são fra-
H3O+ em solução, pelo que o pH diminui. cos, pelo que possuem constantes de acidez Kc
Se o pH do leite é mais elevado do que aquilo baixas, pois caso contrário o pH seria inferior.
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5. CONTROLO DA ACIDEZ DE UM AQUÁRIO (D) A espécie PO43- (aq) não pode ser um ácido,
(pp. 256-257) segundo Brönsted-Lowry, pois não pode ceder
5.1. (B) protões (H+).
[OH-] = [H3O+], implica que a solução é neutra, 5.2.2.2.
mas só a 25 °C o valor dessa concentração é A expressão que traduz a constante de acidez
1,0 * 10-7 mol dm-3. para a primeira ionização do ácido fosfórico
Numa solução ácida, qualquer que seja a tem- tem por base a equação química:
H3PO4 (aq) + H2O (l) @" H PO - (aq) + H O+ (aq)
peratura [H3O+] > [OH-]. 2 4 3
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6. ÁGUA, ÁGUA E… MAIS ÁGUA… (pp. 258-261) Determinar a massa de sílica existente
numa garrafa de água X.
6.1. A frase indicada faz referência ao facto de ape-
m(SiO2)
sar de existir muita água no planeta Terra ape- cm = § m(SiO2) = cm * V §
V
nas uma fração muito pequena (cerca de
0,01%) pode ser consumida pelo ser humano. § m(SiO2) = 16,8 * 0,5 § m(SiO2) = 8,4 mg
A massa de sílica existente numa garrafa de
Apesar de a Terra ser considerada o planeta
água X é 8,4 mg.
da água (Planeta Azul), a quase totalidade
6.4.4.
existente é salgada (cerca de 97,5%). Dos res-
(A) Carbonato de lítio – Li2CO3
tantes, cerca de 2,5% constituem a parcela de
(B) Sulfato de potássio – K2SO4
água doce e 99,6% não são aproveitáveis, uma
(C) Fosfato de amónio – (NH4)3PO4
vez que se situam em glaciares e placas de (D) Hidróxido de magnésio – Mg(OH)2
gelo (Gronelândia e Antártida) ou no interior (E) Sulfureto de ferro (III) – Fe2S3
da crusta terrestre (águas profundas). Assim, (F) Brometo de alumínio – AlBr3
a água realmente disponível para consumo 6.5.1.
(lagos, pântanos, rios,…) representa uma parte 2 H2O (l) @" H O+ (aq) + OH- (aq)
3
ínfima de toda a água existente na Terra (cerca 6.5.2.
de um centésimo de 1%). A afirmação é verdadeira. Tendo em conside-
6.2. A expressão do texto que justifica o facto de a ração a informação contida no gráfico, o valor
água do mar não ser adequada ao consumo do produto iónico da água, Kw, a 60 °C é supe-
pelos seres vivos terrestres é: rior ao valor do produto iónico da água a 25 °C.
“Como a água do mar é corrosiva e tóxica para Quanto maior o valor Kw, maior a concentração
os animais e plantas terrestres.” de H3O+, pois Kw = [H3O+] * [OH-].
Em água, a concentração de H3O+ é igual à
6.3. Uma expressão equivalente a “água para beber”
concentração de OH-.
será “água potável”.
Se [H3O+] = [OH-] pode reescrever-se o pro-
6.4.1.
duto iónico da água como, Kw = [H3O+]2 o que
A água mais ácida é a Z, pois é aquela que
permite dizer que em água [H3O+] = V√K√w. Jus-
apresenta menor valor de pH. O pH é dado tifica-se, assim, que em água, quanto maior o
pela expressão pH = - log [H3O+]. Assim, valor Kw maior a concentração de H3O+ e de
quanto menor o pH, para a mesma tempera- OH-, pois estas são iguais.
tura, maior a concentração de H3O+ e maior a Realça-se que apesar do pH diminuir com o au-
acidez. mento de temperatura, a acidez da água não
6.4.2. varia porque a concentração de OH- também au-
Uma água é tanto mais dura quanto maior for menta e mantêm-se a condição [H3O+] = [OH-].
a quantidade de ião cálcio existente num dado 6.5.3. (D)
volume de solução. (A) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
As águas duras não favorecem a formação de Princípio de Le Châtelier, quando a um sistema
espuma quando se utiliza sabonete ou sabão. em equilíbrio se causa uma perturbação, este
Assim, a água que se “oporá” menos à forma- reage no sentido de contrariar a perturbação a
que foi sujeito. Assim, aumentando a tempera-
ção de espuma será aquela que apresentar
tura de um sistema em equilíbrio este evolui no
uma menor concentração de catião cálcio
sentido endotérmico (sentido que ocorre com
(Ca2+), pelo que será a água Z.
consumo/absorção de energia). De acordo com a
6.4.3.1.
leitura gráfica, quando a temperatura aumenta, o
A sílica será uma substância composta pois é
produto iónico da água, Kw = [OH-] * [H3O+], au-
constituída por átomos de mais do que um ele- menta, o que indica que o sistema evolui no
mento químico. sentido que conduz ao aumento da concentra-
6.4.3.2. ção dos iões, ou seja, no sentido direto. Assim,
Indicar o volume de água na garrafa de a autoionização da água é um processo endo-
água X. térmico.
Vgarrafa de água X = 0,5 dm3 (B) Afirmação falsa.
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1,18 * 10-6
aquosa, é a base conjugada do ácido mais fraco, §y= § y = 6,6 * 10-3
1,80 * 10-4
ou seja, o ácido cianídrico. Então, a base que se
y = n(HCOOH)inicial = 6,6 * 10-3 mol
apresenta mais forte, em solução aquosa, é o
Determinar a concentração inicial de ácido
anião cianeto (CN-), que é a base conjugada do
metanoico.
ácido cianídrico.
n(HCOOH)inicial
6.7.3.1. [HCOOH]inicial = §
V
HCOOH (aq) + H2O (l) @ " H O+ (aq) + HCOO- (aq).
3
6,6 * 10-3
6.7.3.2. [HCOOH]inicial = §
1,0
Determinar a quantidade de H3O+ formado
§ [HCOOH]inicial = 6,6 * 10-3 mol dm-3
quando se atinge o equilíbrio de ionização
A concentração inicial do ácido metanoico era
do ácido metanoico, admitindo um volume
6,6 * 10-3 mol dm-3.
de solução de 1,0 dm3.
6.7.4.
HCOOH (aq) + H2O (l) "
@
HCOO-
+ H3O+ (aq) A afirmação é verdadeira, pois para dispô-las
(aq)
por ordem crescente do seu valor de pH seria
ni/mol y — 0 ]0*
também necessário conhecer a concentração
Variação -x — +x +x inicial dos respetivos ácidos.
neq/mol y-x — x x 6.8.1.
Determinar a quantidade de CH3COOH admi-
*A quantidade inicial de H3O+ não é zero, devido à au-
toionização da água. No entanto, a quantidade de H3O+ tindo um volume de solução de 1,0 dm3.
proveniente da autoionização da água é muito pequena n(CH3COOH)
quando comparada com a proveniente da ionização do [CH3COOH] = §
V
ácido. Por isso, pode considerar-se praticamente zero
e assim desprezar-se a quantidade inicial de H3O+, pois § n(CH3COOH) = [CH3COOH] * V §
é a proveniente da autoionização da água. § n(CH3COOH) = 0,02 * 1,0 §
§ n(CH3COOH) = 0,02 mol
pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH
Determinar a quantidade de H3O+ formado
[H3O+] = 10(- 3,0) §
quando se atinge o equilíbrio de ionização
§ [H3O+] = 1,0 * 10-3 mol dm-3
do ácido.
n(H3O+)
[H3O+] = § n(H3O+) = [H3O+] * V § " HCOO- (aq)
CH3COOH (aq) + H2O (l) @ + H3O+ (aq)
V
ni/mol 0,020 — 0 ]0*
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 * 1,0 §
-x +x +x
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 mol Variação —
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lência é o correspondente ao de uma solução A equação deve ser escrita com dupla seta " @
com caráter químico neutro, pelo que [H3O+] = e não " porque se trata duma reação que não
[OH-]. é completa.
Durante a titulação, o valor do pH vai dimi- 6.11.3.
nuindo, pois até se atingir o ponto de equiva- Tendo em conta a equação que traduz a
lência está a ser adicionado um ácido forte a ionização do ácido cianídrico, HCN, em água
uma base forte, pelo que a quantidade de OH- HCN (aq) + H2O (l) " @ CN (aq) + H3O (aq) no
– +
-
vai sendo menor, o mesmo acontecendo com equilíbrio [H3O ]e = [CN ]e considerando ainda
+
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4.o ensaio [H3O+]e = [CN-]e = 10–5,65 § frasco de restos e utiliza-se um outro gobelé
§ [H3O+]e = [CN-]e = 2,2×10–6 mol dm–3 com solução de HCN para fazer a medição.
Ensaio [H3O+]e×[CN-]e [HCN]e
6.11.6.
1 48×10 –12
0,080
A temperatura deve ser a mesma em todos os
ensaios, pois o pH depende da temperatura.
2 20×10–12 0,040
Assim, só podemos comparar valores de pH
3 10×10–12 0,020
medidos à mesma temperatura. Neste caso a
4 4,8×10–12 0,010
temperatura deverá ser 25oC, pois pretende
Tendo em conta a expressão da constante determinar-se a constante de acidez do ácido
de acidez para o ácido cianídrico cianídrico a 25 oC e pretende comparar-se o
[H3O+] × [CN–]e valor obtido com o valor tabelado a 25 oC.
Ka = que pode ser reescrita na
[HCN]e Sugere-se que as amostras de ácido cianí-
forma [H3O+]e × [CN-]e = Ka [HCN]e se se repre- drico, que vão ser utilizadas para medir o res-
sentar [H3O+]e × [CN-]e em função de [HCN]e petivo pH, sejam colocadas num banho-maria
deverá obter-se uma reta que, teoricamente, a 25 oC, aguardar até que a temperatura se
passa pela origem e cujo declive será a cons- mantenha uniforme a 25 oC, para todas as
tante de acidez do ácido cianídrico nas condi- amostras, e de seguida determinar-se os res-
ções da experiência. petivos valores de pH.
[H3O+]e [CN–]e 6.11.7.1.
6E-11 As frases de risco referidas nesse rótulo
devem ser: R12, R26, R35
5E-11 y = 6E-10x - 3E-12
R2 = 0,9934 As frases de segurança referidas nesse rótulo
4E-11 devem ser: S1, S2, S7, S9, S16, S36, S37, S38,
S45, S60, S61
3E-11
6.11.7.2.
2E-11 Os pictogramas de perigo referidos nesse ró-
tulo devem ser:
1E-11
Tóxico
0 Pode provocar náuseas, vómi-
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 tos, dores de cabeça, perda de
[HCN]e consciência ou outros danos,
A equação da reta que melhor se ajusta ao incluindo a morte.
conjunto de pontos experimentais obtidos, Inflamável
[H3O+]e × [CN-]e = 6,0 × 10–10[HCN]e –3,0×10–12 Pode incendiar em contacto
evidencia que a constante de acidez do ácido com uma chama, faísca, eletri-
cianídrico, nestas condições, é 6,0 × 10–10. cidade estática ou por exposi-
6.11.4. ção ao calor.
A expressão numérica que permite calcular o Prejudicial para o ambiente
erro relativo, em percentagem, cometido na Tóxico para os organismos
determinação da constante de equilíbrio do aquáticos (peixes, algas ou
ácido cianídrico por este processo é: crustáceos).
| 6,3 × 10–10 – 6,0 × 10–10 |
Erro percentual = × 100 Os pictogramas de segurança referidos nesse
6,3 × 10–10 rótulo devem ser:
Nota: Ka(HCN) = 6,3 × 10–10 e não 6,3 × 10–5,
como consta no enunciado. Proteção obrigatória das mãos
6.11.5.
O pHmetro deve ser lavado com água desioni-
zada e posteriormente com a solução da qual Proteção obrigatória do corpo
se pretende medir o pH. Este segundo proce-
dimento pode ser feito mergulhando o pHme-
tro num gobelé que contenha essa solução, de Proteção obrigatória das vias res-
seguida rejeita-se essa solução para um piratórias
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Como o valor do quociente da reação é dife- para que ocorra absorção de energia. Neste
rente (maior) que o valor da constante de equi- caso, tal verifica-se quando o sistema progride
líbrio, Q > Kc, o sistema não se encontra em no sentido direto, aumentando a concentração
equilíbrio. dos produtos da reação e diminuindo a con-
Para que o sistema atinja o equilíbrio, o quo- centração dos reagentes, o que conduz a um
ciente da reação terá de diminuir até igualar o aumento da constante de equilíbrio.
valor da constante de equilíbrio. Para que tal (G) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
se verifique, as concentrações de monóxido de Princípio de Le Châtelier, removendo hidrogé-
carbono e de oxigénio têm de diminuir e a de nio do sistema, este evolui no sentido inverso
dióxido de carbono aumentar. Tal verifica-se para que ocorra formação de hidrogénio.
quando o sistema evolui no sentido inverso. (H) Afirmação falsa. Para aumentar o rendi-
7.3.3. mento da reação terá de se introduzir pertur-
(A) Afirmação verdadeira. A reação ocorre bações que conduzam à evolução do sistema
com absorção de energia pois DH > 0; logo, a no sentido direto e, das sugestões indicadas,
reação é endoenergética. apenas a remoção de vapor de água conduz à
evolução do sistema no sentido direto. Deste
(B) Afirmação falsa. O valor da constante de
modo, removendo vapor de água do sistema,
equilíbrio só depende da temperatura.
este evolui no sentido direto para que ocorra
(C) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
formação de vapor de água, mas diminuindo a
Princípio de Le Châtelier, quando se causa
temperatura, o sistema irá deslocar-se no sen-
uma perturbação ao sistema, este evolui de
tido da reação exotérmica (a que ocorre com
forma a contrariar a perturbação a que foi su- libertação de energia), o que neste caso se ve-
jeito. Assim, adicionando vapor de água ao sis- rifica quando ocorre evolução do sistema no
tema, este evolui no sentido inverso para que sentido inverso. Como não se sabe qual dos fa-
ocorra consumo de vapor de água. tores é predominante, a afirmação é classifi-
(D) Afirmação falsa. Tendo em consideração o cada falsa.
Princípio de Le Châtelier, quando se causa 7.4. Determinar a quantidade de cada consti-
uma perturbação ao sistema, este evolui de tuinte no equilíbrio.
forma a contrariar a perturbação a que foi su- Vsistema = 2,0 L § Vsistema = 2,0 dm3
jeito. Assim, quando se diminui a pressão do n(NO2)e = 0,0044 mol
sistema reacional este evolui no sentido que "
2 NO (g) @ O2 (g) + 2 NO2 (g)
ocorre com aumento da quantidade contida na
ni/ mol 0,04 0,06 0
fase gasosa, aumentando a pressão. Como
Variação -2x +x +2x
este sistema evolui de reagentes para produ-
neq/mol 0,04 - 2x 0,06 + x 0,0044
tos da reação sem que ocorra alteração da
quantidade na fase gasosa, não vai ser sensí- 0,0044
vel a variações de pressão, isto é, as variações 2x = 0,0044 mol § x = §
2
de pressão não constituem perturbação para § x = 0,0022 mol
este equilíbrio. .n(O2)e = 0,06 - 0,0022 §
(E) Afirmação falsa. Este sistema não é afe- § n(O2)e = 5,78 * 10-2 mol
tado por variações de volume, porque as alte- .n(NO2)e = 0,04 - (2 * 0,0022) §
rações de volume traduzem-se numa alteração § n(NO)e = 3,56 * 10-2 mol
de pressão. Um aumento de volume provoca .n(NO2)e = 4,4* 10-3 mol
uma diminuição de pressão e uma diminuição Determinar a concentração de cada compo-
de volume provoca um aumento de pressão. nente no equilíbrio.
(F) Afirmação verdadeira. Este sistema reacional n(O2)e 5,78 * 10-2
[O2]e = § [O2]e = §
é endotérmico, ou seja, a reação ocorre com ab- V 2,0
sorção de energia pois DH > 0. Tendo em consi- § [O2]e =2,89 * 10-2 mol dm-3
deração o Princípio de Le Châtelier, se se n(NO)e 3,56 * 10-2
[NO]e = § [NO]e = §
aumentar a temperatura para 500 K, o sis- V 2,0
tema evolui no sentido da reação endotérmica § [NO]e = 1,78 * 10-2 mol dm-3
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8. TRANSFERINDO ELETRÕES (pp. 264-265) para produtos com diminuição do seu número
8.1. Nas reações oxidação-redução ou, mais sim- de oxidação (Dn.o. (H) < 0)
plesmente, reações redox ocorre transferência Dn.o.(H) = n.o. (H)f - n.o.(H)i §
de eletrões entre espécies. § Dn.o.(H) = 0 - 1 § Dn.o.(H) = - 1
No conceito atual de oxidação-redução, define- O zinco evolui de reagentes para produtos com
-se como oxidação: processo no qual uma es- aumento do seu número de oxidação
pécie química perde eletrões. (Dn.o. (Zn) > 0)
Redução: processo no qual uma espécie quí- Dn.o.(Zn) = n.o.(Zn)f - n.o.(Zn)i §
mica ganha eletrões. §Dn.o.(Zn) = 2 - 0 § Dn.o.(Zn) = 2
Um átomo, molécula ou ião oxida-se quando 8.5.1.
perde eletrões. Um átomo molécula ou ião Sistema (I): ocorre reação pois o poder redutor
reduz-se quando ganha eletrões. do zinco é superior ao do cobre. Assim, ocorre
Não podem ocorrer processos de oxidação ou a reação química traduzida pela equação:
redução isoladas. Zn (s) + Cu2+ (aq) " Cu (s) + Zn2+ (aq)
Para que uma substância se oxide, perdendo Sistema (II): não ocorre reação pois o poder re-
eletrões, tem de estar na presença de outra dutor do cobre é inferior ao do zinco.
que aceite esses eletrões, e que, por sua vez Cu (s) + Zn2+ (aq) " não ocorre reação
se reduza. Sistema (III): não ocorre reação, pois o poder
As reações de oxidação-redução ocorrem em redutor do cobre é superior ao da prata.
simultâneo e o número de eletrões ganho na Ag (s) + Cu2+ (aq) " não ocorre reação
redução tem de ser igual ao libertado na oxi- Sistema (IV); ocorre reação, pois o poder redu-
dação. tor do cobre é superior ao da prata. Assim,
8.2. O ferro quando exposto ao ar sofre corrosão, ocorre a reação traduzida pela equação:
sendo oxidado pelo oxigénio atmosférico. Este Cu (s) + 2 Ag+ (aq) " 2 Ag (s) + Cu2+ (aq)
processo vai transformando o ferro em óxido 8.5.2.
de ferro e degradando as grades e portões de Sistema (I) verifica-se:
– deposição de cobre sólido sobre a placa de
ferro. Para evitar esta corrosão pintam-se por-
zinco, já que o catião cobre(II) sofreu redução
tões e grades, dificultando deste modo o seu
originando cobre metálico, que se deposita
contacto com o oxigénio atmosférico, impe-
sobre a placa de zinco.
dindo, assim a oxidação do ferro que pode ser
– diminuição da intensidade da cor azul da so-
explicada de forma simplificada como um pro-
lução. O que origina a cor azul da solução é a
cesso que ocorre em duas fases. Numa primeira
presença de catião cobre (II). À medida que a
fase, o oxigénio oxida o ferro a catião ferro (II)
reação ocorre, a quantidade de catião cobre (II)
2 Fe (s) + O2 (g) + 4 H3O+ (aq) " 2 Fe2+ (aq) + 6 H2O (l)
em solução diminui porque se transforma em
Numa segunda fase, o catião ferro (II) é oxi-
cobre metálico. A diminuição da quantidade de
daddo a catião ferro (III). Estes óxidos não são
catião cobre (II) em solução diminui a intensi-
aderentes nem protetores, como no caso do
dade da coloração azul.
chumbo ou alumínio. São higroscópicos absor-
Sistema (IV) verifica-se:
vendo a água, que contribui para que ocorra
– deposição de prata metálica sobre a placa de
progressivamente maior corrosão.
cobre, já que o catião prata (I) sofreu redução
8.3. X (s) + Ag+ (aq) " Ag (s) + X+ (aq)
originando prata metálica, a qual se deposita
Objeto que se pretende prateado
na placa de cobre.
8.4.
– intensificação da cor azul da solução. O que
n.o. 1 6 -2 0 2 6 -2 0
origina a cor azul da solução é a presença de
H2SO4 (aq) + Zn (s) — ZnSO4 (aq) + H2 (g) catião cobre (II). À medida que a reação ocorre,
oxidação a quantidade de catião cobre (II) em solução au-
redução menta, porque o cobre metálico transforma-se
A reação é redox pois ocorre com variação dos em catião cobre (II). O aumento da quantidade
números de oxidação de algumas espécies nela de catião cobre (II) em solução intensifica a sua
envolvidas. O hidrogénio evolui de reagentes coloração azul .
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9. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO (pp. 266-267) dos sais for a mesma, isto é, se a relação entre
9.1. A hidroxiapatite é o sal Ca5(PO4)3OH. A sua dis- a solubilidade e o produto de solubilidade for
igual.
sociação pode ser traduzida pela equação:
(G) Afirmação verdadeira. O cloreto de amónio
[Ca5(PO4)3]OH " 5 Ca2+ + 3 PO43- + OH-
aquoso, NH4Cl, sofre dissociação de acordo
Os iões presentes na hidroxiapatite são o ca-
com a equação química:
tião cálcio (Ca2+), o anião fosfato (PO43-) e o
" NH + (aq) + Cl– (aq)
NH4Cl (aq) @
anião hidróxido (OH-), a sua proporção de com- 4
Como o ião NH4+ (aq) tem carater ácido, a rea-
binação é 5:3:1.
ção destes iões com os iões hidróxido, HO–,
9.2. O sulfato de bário é utilizado como meio de
provoca uma diminuição dos iões oxónio, dado
diagnóstico de problemas no tubo digestivo.
que ocorre a reação traduzida pela equação:
9.3. (A) Afirmação falsa. O produto de solubilidade " H O (l) + NH (aq)
NH4+ (aq) + HO– (aq) @ 2 3
(Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o
Assim, de acordo com o Princípio de Le Châ-
seu valor só depende da temperatura.
telier (quando um sistema químico em equilí-
(B) Afirmação falsa. O produto de solubilidade brio é sujeito a uma alteração/perturbação
(Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o tende a contrariá-la até atingir novo estado de
seu valor só depende da temperatura. A solu- equilíbrio), o sistema traduzido pela equação
bilidade de um sal pouco solúvel é que diminui química:
por adição de um sal solúvel com ião comum " Ca2+ (aq) + HO– (aq)
Ca(HO)2 (s) @
ao primeiro. vai favorecer o sentido da dissolução do sal, o
(C) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal em sentido direto, pois este permite aumentar a
água não depende só da temperatura. A solubi- concentração de hidróxido e restabelecer de
lidade de um sal em diferentes soluções de- novo uma situação de equilíbrio. Assim, pode
pende da presença de iões comuns ao sal e da concluir-se que numa solução de NH4Cl o hi-
presença de agentes que reajam com os iões dróxido de cálcio é mais solúvel do que em
presentes no sal. Assim, a solubilidade de um sal água.
em presença de ião comum diminui relativa- 9.4.1.
mente à sua solubilidade em água. A solubili- A afirmação é verdadeira, pois todos os sais
dade em presença de agentes que reajam com apresentados possuem moléculas de água in-
os iões presentes no sal, fazendo diminuir a sua corporadas na sua estrutura cristalina.
quantidade, aumentam a solubilidade do sal re- 9.4.2.
lativamente à sua solubilidade em água. AlCl.6H2O
(D) Afirmação verdadeira. A solubilidade de
um sal pouco solúvel diminui por adição de um
sal solúvel com ião comum ao primeiro.
(E) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal
pouco solúvel não aumenta por adição de sol-
vente, porque a solubilidade é uma quantidade
por unidade de volume. A solubilidade define-
-se como sendo a massa máxima de um sal
que é possível dissolver num dado volume (ou CuSO4.5H2O
massa) de solvente. Assim, aumentando o vo-
lume (massa) de solvente é possível dissolver
mais massa de soluto, sem que se altere a sua
solubilidade.
(F) Afirmação falsa. A ordem da solubilidade dos
sais, em água, coincide com a ordem dos respe-
tivos produtos de solubilidade, para uma mes-
ma temperatura, apenas se a estequiometria
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V
3
Ks Ks √ Ks
Ks = [Ba ]* [CrO ] § [Ba ] =
2+ 2- 2+
§ Ks = 4 S § S = S =
3 3 3
§S=
4
[CrO ] 2-
4
4 4
1,2 * 10-10 9.7.1.
§ [Ba2+] = §
3,5 * 10-4 Quando se misturam as duas soluções poderá
§ [Ba2+] = 3,4 * 10-7 mol dm-3 ocorrer precipitação de hidróxido de alumínio
A concentração do catião bário quando o cro- (Al(OH)3) já que o nitrato de sódio é um sal
mato de estrôncio começa a precipitar é muito solúvel.
3,4 * 10-7 mol dm-3. Determinar a quantidade de catião alumínio
9.6. A afirmação é verdadeira, pois a relação entre (Al3+) proveniente dos 40,0 cm3 de solução
a solubilidade dos sais só é igual à relação entre de nitrato de alumínio.
os produtos de solubilidade quando a estequio- Vsolução = 40,0 cm3 § Vsolução = 40,0 * 10-3 dm3
metria dos sais é equivalente, ou seja, quando n(Al(NO3)3)
[Al(NO3)3] = §
a relação entre o produto de solubilidade e a so- V
lubilidade é igual para os diferentes sais. § n(Al(NO3)3) = [Al(NO3)3] * V §
Determinar a solubilidade do cromato de § n(Al(NO3)3) = 0,020 * 40,0 * 10-3 §
bário (BaCrO4). § n(Al(NO3)3) = 8,0 * 10-4 mol
BaCrO4 (aq) @" Ba (aq) + CrO (aq)
2+ 2-
4 Em solução aquosa, o nitrato de alumínio sofre
Ks = [Ba ] * [CrO42-] § Ks = S * S §
2+
dissociação de acordo com a equação:
§ Ks = S2 § S = V√Ks § S = V√1,√2 *
√ √ 1√0-10
√ § Al(NO3)3 (aq) " Al3+ (aq) + 3 NO3- (aq)
§ S = 1,1 * 10 mol dm-5 -3
Tendo em conta a estequiometria do sal:
Determinar a solubilidade do cromato de n(Al3+) = n(AlNO3)3) §
prata (Ag2CrO4). § n(Al3+) = 8,0 * 10-4 mol
" 2 Ag+ (aq) + CrO 2- (aq)
Ag2CrO4 (s) @ 4 Determinar a quantidade de anião hidróxido
Ks = [Ag+]2 * [CrO42-] § Ks = (2S)2 * S §
(OH-) proveniente dos 60,0 cm3 de solução
Ks de hidróxido de sódio.
§ Ks = 4 S3 § S3 = §
4 Vsolução = 60,0 cm3 § Vsolução = 60,0 * 10-3 dm3
31,3 * 10
V V
3 3
√ Ks -12
n(NaOH)
§S= §S= § [NaOH] = §
4 4 V
§ S = 6,9 * 10-5 mol dm-3 § n(NaOH) = [NaOH] * V §
Determinar a relação entre os produtos de n(NaOH) = 0,050 * 60,0 * 10-3 §
solubilidade. § n(NaOH) = 3,0 * 10-3 mol
Ks(BaCrO4) 1,2 * 10 -10
Em solução aquosa, o hidróxido de sódio sofre
= §
Ks(Ag2CrO4) 1,3* 10-12 dissociação de acordo com a equação:
Ks(BaCrO4) NaOH (aq) " Na+ (aq) + OH- (aq)
§ ] 92 §
Ks(Ag2CrO4) Tendo em conta a estequiometria:
§ Ks(BaCrO4) ] 92 * Ks(Ag2CrO4) n(OH-) =n(NaOH) § n(OH-) = 3,0 * 10-3 mol
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§ Vtotal= 136,4 * 10-3 dm3 bário (Ba2+) uma quantidade superior à inicial.
Determinar as quantidades de iões Ba2+ e
n(SO42-) 8,64 * 10-2
[SO42-] = § [SO42-] = § SO42- quando se atinge o equilíbrio.
Vtotal 136,4 * 10-3
n(Ba2+)e ] 0
§ [SO ] = 6,33 * 10 mol dm
2- -1 -3
4 n(SO42-)e = 0,06864 - 0,0500 §
Determinar a concentração do catião bário § n(SO42-)e = 0,0364 mol
(Ba ) na solução final se não ocorresse pre-
2+
Quando se atinge o equilíbrio, a quantidade de
cipitação. Ba2+ é tão pequena que não foi possível detetá-
n(Ba2+) 5,0 * 10-2 -la por este processo, mas dado que se co-
[Ba2+] = § [Ba2+] = § nhece a concentração de anião sulfato (SO42-)
Vtotal 136,4 * 10-3
vai ser possível detetá-la recorrendo à expres-
§ [Ba2+] = 3,67 * 10-1 mol dm-3
são de Ks.
Determinar o quociente da reação.
Ks
BaSO4 (s) @" Ba2+ (aq) + SO 2- (aq) Ks = [Ba2+]e * [SO42-]e § [Ba2+]e = §
4 [SO42-]e
Q = [Ba2+] * [SO42-] §
Ks
§ Q = 3,67 * 10-1 * 6,33 * 10-1 § § [Ba2+]e = §
n(SO42-)e
§ Q = 2,32 * 10-1 Vtotal
Q > Ks (BaSO4), nesta condições o sistema não 1,0 * 10-10
§ [Ba2+]e = §
se encontra em equilíbrio (a condição de equi- 0,0364
líbrio é Q = Ks), para que uma situação de equi- 136,4 * 10-3
líbrio seja atingida o quociente da reacção tem § [Ba2+]e = 4,12 * 10−10 mol dm-3
de diminuir até igualar o valor de o valor de Ks, n(Ba2+)e
[Ba2+]e = §
o que implica evolução do sistema no sentido Vtotal
da formação do sal. Assim, implica formação de § n(Ba2+)e = [Ba2+]e * Vtotal §
precipitado, ou seja, há precipitação de BaSO4 e § n(Ba2+)e = 4,12 * 10-10 * 136,4 * 10−3 §
diminuição das concentrações dos iões. § n(Ba2+)e = 5,62 * 10-10
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