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Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 9
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
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Invista numa cadeira de estudos confortável. Sua bunda e sua coluna agradecem. E você vai conseguir estudar
mais concentrado por mais tempo! 😉
Os SEALs (Marinha Americana) costumam fazer essa pergunta: como você comeria um elefante?
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Introdução
Como de costume, vamos começar com a seguinte pergunta: o que é uma despesa pública? 🤔
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Em outras palavras: é a aplicação de recursos
públicos para realizar as finalidades do Estado.
É tanto que o mestre Aliomar Baleeiro define despesa pública como a “aplicação de certa quantia em
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para
execução de um fim a cargo do governo”.
Mais uma vez, eu lhe recordo da Atividade Financeira do Estado (AFE):
Receita
pública
(obter)
Orçamento Despesa
público
(administrar)
AFE pública
(despender)
Crédito
público
(criar)
Arrecadar recursos, obter crédito público (quando necessário) e administrar esses recursos (utilizando o
orçamento como principal instrumento) são atividades muito importantes. Todas elas são feitas com um
propósito (objetivo): o bem comum da coletividade. Mas elas não são suficientes. Não basta simplesmente
acumular patrimônio e ter um bom sistema de administração. É preciso aplicar, despender, esses recursos para
atingir esse objetivo.
Imagine um gestor público que conseguiu arrecadar R$ 1.000.000,00. Que ótimo! A conta bancária está bem gorda agora!
👏
Mas esse fato, por si só, serviu para melhorar a saúde, a educação, a segurança, a mobilidade urbana? Não! O dinheiro só
está lá “enfeitando” a conta bancária. 🤔
Portanto, enquanto esse dinheiro não for aplicado (na construção de novos hospitais, escolas, remuneração de pessoal,
etc.), o bem comum da coletividade não estará sendo incrementado, o Estado não estará cumprindo a sua finalidade.
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Resumindo: para cumprir a sua finalidade, o Estado precisa gastar recursos, ou seja, realizar despesas!
Preste atenção!
Para cumprir a sua finalidade, o Estado precisa realizar despesas
“Beleza, professor. Entendi. Então agora me conta: o que é despesa pública no sentido amplo e no sentido
estrito? Porque nas receitas públicas tem isso, não é?” 🤨
Sim, mas aqui não existe essa história de sentido amplo e sentido estrito (como acontece na receita
pública). 😅 No caso das despesas públicas, só se utiliza o sentido amplo. E, no sentido amplo, as despesas
podem ser orçamentárias ou extraorçamentárias.
Portanto, preste atenção: ao ver o termo “despesa pública” saiba que podemos estar nos referindo a
dispêndios orçamentários ou extraorçamentários. Não é como acontece na receita pública, onde o termo
“receita pública”, normalmente, significa receita orçamentária. 😄
Dispêndios
extraorçamentários
(Despesa extraorçamentária)
Dispêndios
Dispêndio orçamentário
(Despesa oçamentária)
Refrescando a sua memória: receitas extraorçamentárias são recursos financeiros que apresentam
caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem
passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa.
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Mas vou explicar um pouco melhor para não deixar nenhuma dúvida! 😄
De acordo com o MCASP 8ª edição, dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei
orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos,
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos
transitórios (perceba que todos esses exemplos que o MCASP forneceu são receitas extraorçamentárias).
No entanto, deve-se ter um pouco de cuidado com esse conceito, pois existem despesas orçamentárias
que não constam originalmente na LOA e que nem por isso são consideradas extraorçamentárias.
Bom, não é porque uma despesa não está originalmente na LOA que ela será considerada
extraorçamentária. Já alertei a você que constar ou não na lei orçamentária não é o critério que devemos
utilizar para classificar a receita e a despesa como orçamentária ou extraorçamentária. O critério que devemos
utilizar é se aqueles recursos pertencem ou não ao Poder Público.
“Tá. Então me dá um exemplo de despesa que não está originalmente na LOA, mas é despesa orçamentária?”
Ah, fácil. É o caso das despesas incluídas na LOA por meio da abertura de créditos adicionas (especiais
ou extraordinários, os suplementares somente reforçam uma dotação já existente, lembra? São alterações
quantitativas).
Mas quanto aos dispêndios extraorçamentários, você pode ficar tranquilo(a): eles jamais constarão na
LOA.
Na LOA
Despesas
Autorizadas
orçamentárias
Por meio de
Dispêndios
créditos adicionais
Despesas
Não estão na LOA
extraorçamentárias
“Professor, então é só isso? Sempre que houver um ingresso extraorçamentário, a restituição desse ingresso
será um dispêndio extraorçamentário? Se o recurso entrou como receita extraorçamentária, vai sair como despesa
orçamentária?” 🤔
Um recurso que entrou como receita extraorçamentária pode se transformar em uma receita
orçamentária. 😉
Ora, pense numa garantia contratual, um depósito em caução. O dinheiro está na conta da Administração
Pública, mas não a pertence. Trata-se de uma receita extraorçamentária. No entanto, se o contratado “pisar na
bola”, a Administração irá executar a garantia e ficar com esses recursos para ela. Agora esse dinheiro pertence
ao Estado.
Pronto! O que era receita extraorçamentária virou receita orçamentária. E, como agora temos uma
receita orçamentária, a contrapartida será uma despesa orçamentária.
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Portanto, veja que nem sempre um recurso que entrou como receita extraorçamentária irá sair como
despesa extraorçamentária. Ele pode se transformar em receita orçamentária e sair como despesa
orçamentária. Entendeu? 😉
Resumindo
REO DEO
REO
RO DO
Onde:
Despesas orçamentárias
“Ah, professor. Muito fácil. Despesa orçamentária é aquela que está no orçamento!” 😏
Aqui é um pouco diferente da receita. Uma receita orçamentária pode não estar prevista no orçamento
(se alguém quiser doar dinheiro para o Estado, você acha que este vai recusar o dinheiro só porque não havia
previsão na LOA? 🤔 Não, né? 😄).
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Ora, imagine que você entrega o seu dinheiro suado para um amigo o investir: “amigo, você entende mais de
investimentos do que eu. Tome aqui R$ 10.000,00 e invista em bons ativos. Agora é o seguinte: eu só quero que você
invista em ativos do tipo A. Você só está autorizado a investir em ativos do tipo A, ok?” 🧐
No final do mês, ele vem prestar contas e, para a sua surpresa, ele investiu em ativos do tipo B! 😱
Então, você diz: “meu amigo, não autorizei você investir em ativos do tipo B. Só do tipo A. Essas suas despesas não foram
autorizadas”! 😤
Acontece a mesma coisa na Administração Pública. Digamos que a LOA autorize a construção de um hospital, mas não a
construção de uma escola. Se a gestão construir uma escola, adivinha... despesa irregular! Ela não estava autorizada!
Pronto. Agora fica fácil entender a definição dada pelo MCASP 8ª edição: despesa orçamentária é toda
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para
ser efetivada.
Lembrando que créditos orçamentários são classificações, contas, que especificam as ações e
operações autorizadas pela lei orçamentária. Já as dotações são os montantes de recursos financeiros com
que conta o crédito orçamentário. É como se o crédito orçamentário fosse uma gaveta e a dotação é o limite
de dinheiro que pode estar dentro daquela gaveta.
Portanto, sem crédito orçamentário (sem dotação orçamentária) não pode haver despesa orçamentária.
Combinado? 😉
O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos
e a aplicação de recursos em determinado período. Em relação ao assunto, o seguinte conceito: “É aquele que não consta
na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de
restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.” refere-se
A) à Despesa Orçamentária.
B) ao Dispêndio Institucional.
C) à Despesa Funcional.
D) à Despesa Programática.
E) ao Dispêndio Extraorçamentário.
Comentários:
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Ah! Aquele famoso copia e cola! ☺ Permita-me lhe mostrar o que está no MCASP 8ª edição:
Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas
de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação
de receita e recursos transitórios.”
Gabarito: E
Todas as despesas, sejam elas classificadas como orçamentárias ou extraorçamentárias, demandam autorização
legislativa para serem realizadas.
Comentários:
Opa! Não é assim. As despesas orçamentárias demandam autorização legislativa para serem realizadas, mas as despesas
extraorçamentárias não! 😄
Podemos confirmar isso a partir da definição (dada pelo MCASP 8ª edição) de receitas extraorçamentárias. Observe:
receitas extraorçamentárias são recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não integram a LOA. O Estado
é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização
legislativa.
Como se chama a restituição de uma receita extraorçamentária? Despesa extraorçamentária! Portanto, a despesa
extraorçamentária não se sujeita à autorização legislativa. 😉
Gabarito: Errado
São dispêndios extraorçamentários as saídas de numerários para os pagamentos de restos a pagar, os resgates de
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária e as transferências de dinheiro de empréstimos
consignados efetuados pelos servidores para os bancos credores.
Comentários:
Primeiro: esses recursos são receitas orçamentárias ou extraorçamentárias? Ou seja: eles pertencem ou não ao Poder
Público? 🧐
Olhando com carinho, você verá que esses recursos não pertencem ao Poder Público. Olha só: 😄
A inscrição de Restos a Pagar é receita extraorçamentária, portanto o pagamento de Restos a Pagar é despesa
extraorçamentária.
As operações de crédito por ARO são antecipações que a Administração Pública recebe e promete pagar depois. Aquele
dinheiro é do banco. Assim, é receita extraorçamentária, o que torna o resgate de operações de crédito por ARO uma
despesa extraorçamentária.
E quando o servidor público realiza um empréstimo consignado (aquele que já é deduzido na folha do servidor), a
Administração já separa esse dinheiro e envia para o banco credor. Esse dinheiro é da Administração Pública? Não. É do
banco credor. Por isso, receita extraorçamentária. A transferência desses recursos, isto é, o recolhimento de consignações
e retenções é despesa extraorçamentária.
Gabarito: Certo
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Mas, antes de começar, cabe fazer uma importante observação: as classificações são para as despesas
orçamentárias. As despesas extraorçamentárias não são classificadas. A única classificação que elas recebem
é esta: extraorçamentária. Pronto! 😅
Lembre-se também de associar a classificação a uma pergunta. Assim fica fácil lembrar do que se trata e
não cairá em pegadinhas. 😉
Preste atenção!
Associe cada classificação a uma pergunta
Nos termos do MTO 2020, a compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua
organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o
propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de
finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em
programas de trabalho (está lembrando do nosso orçamento programa? 😏), que contêm informações
qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
Isso significa que, no nosso orçamento, as despesas estão dentro de algum programa de trabalho. As
despesas não são inseridas no orçamento de qualquer forma, “soltas”, por acaso, sem estar conectadas a um
planejamento maior. Cada despesa que está no orçamento faz parte de um programa de trabalho, e estes nos
fornecem informações qualitativas e quantitativas.
Por exemplo: o fornecimento de bacon para a população não está “solto” no orçamento. Ele faz parte do programa “bacon
para todos”, cujo objeto é aumentar a felicidade a população pelos próximos 4 anos, durante os quais serão distribuídos
1.000.000 de quilos de bacon.
Entendeu agora? 😉
“Entendi, professor. Mas o que exatamente são essas informações qualitativas e quantitativas?”
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Programação qualitativa
O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de
maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista
operacional, composto dos seguintes blocos de informação:
Calma! 😅 Daqui a pouco explicaremos melhor todas essas classificações. Por enquanto só quero que você
perceba quais informações estão aqui na programação qualitativa, ou seja, perceba que a programação
qualitativa responde essas perguntas aí (essas são aquelas perguntas que eu falo para você associar às
classificações). 😄
Com todas essas informações e qualificações é de se imaginar que o código (completo) da despesa seja
grande. E realmente é! 😅 Mas relaxe! Você não precisa saber o código, só precisa conhecer a estrutura:
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Programação quantitativa
A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.
Agora nós temos mais informações ainda! 😅 São tantas informações que o código da despesa acaba
ficando “gigante”. 😅 Mas não se preocupe. Só quero que você entenda a estrutura! ☝
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Pronto. Agora que você já conhece melhor a estrutura do orçamento, vamos estudar cada uma das
classificações. Mas antes observe essa tabela comparativa entre a programação qualitativa e quantitativa:
Programação QUANTItativa
Programação QUALItativa
(dimensões física e financeira)
Natureza da Despesa (CGMED: Categoria
Classificação por esfera (em qual orçamento?) econômica, Grupo de Natureza, Modalidade de
Aplicação, Elemento da despesa)
Identificador de Uso – IDUSO (recursos destinados
Classificação institucional (quem?)
para contrapartida?)
Classificação funcional (em que área?) Fonte de Recursos (de onde virão os recursos?)
Identificação de Doação e de Operação de Crédito –
Estrutura programática (programa, ação, subtítulo) IDOC (recursos relacionados a qual operação de
crédito ou doação)
Meta física
Identificador de Resultado Primário (qual o efeito
sobre o resultado primário?)
Dotação (qual o montante alocado?)
Vale salientar que a classificação da despesa por natureza faz parte da programação quantitativa, e não
da qualitativa.
Porque essa é uma classificação muito importante (talvez seja a que mais aparece em concursos públicos)
e isso pode ser objeto de cobrança.
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Preste atenção!
A classificação da despesa por natureza faz parte da programação quantitativa, e não da
qualitativa
“Tá bom, professor. Já entendi. Já entendi também que é fundamental conhecer as diversas classificações
orçamentárias. Vamos logo!”
Você quem manda! Neste material, vou tratar das classificações mais cobradas em provas de concursos
públicos, que são as seguintes:
• esfera orçamentária;
• institucional;
• funcional
• estrutura programática;
• natureza; e
• impacto na situação patrimonial líquida.
Mas também vou incluir informações sobre as demais, só para o material ficar mais completo! 😉
Partiu! 😄
A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao
Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme
disposto no § 5º do art. 165 da CF.
Então, a pergunta aqui é a seguinte:
Em qual orçamento?
Vale lembrar que, até 2014, essa classificação era uma classificação utilizada apenas para despesas. Foi a
partir da edição do MTO 2015 que ela também passou a ser usada para as receitas. Portanto, hoje a
classificação por esfera orçamentária é utilizada tanto para as receitas quanto para as despesas públicas.
Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será
associado à ação orçamentária:
Código Classificação
10 Orçamento Fiscal (OF)
20 Orçamento da Seguridade Social (OSS)
30 Orçamento de Investimento (OI)
Convém destacar que o Orçamento da Seguridade Social será elaborado de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
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Preste atenção!
Unidades Orçamentárias (UOs) são responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o
agrupamento de UOs.
Imagine que o responsável pela realização de uma ação seja a Reserva de Contingência, ou seja, nesse caso a Reserva de
Contingência será a nossa UO.
Muito bem. Por acaso você já passou em frente ao prédio da Reserva de Contingência? Conhece alguém que trabalha na
Reserva de Contingência? 🤔
Aposto que não! 😅 Porque a Reserva de Contingência não é uma estrutura administrativa, mas, mesmo assim, ela pode
ser uma UO.
Muito bem!
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à
identificação do órgão orçamentário e os demais à UO (são dois níveis hierárquicos, lembra?). Assim, olha:
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Comentários:
Isso! 😃 Queremos saber quem é o responsável. Qual é o órgão orçamentária, a unidade orçamentária, a unidade
administrativa responsável pela execução da despesa.
Gabarito: Certo
A classificação institucional da despesa reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis
hierárquicos. No âmbito da União, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, referindo-se,
respectivamente, os
Comentários:
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do
órgão orçamentário e os demais à UO. Para memorizar melhor, é só olhar para o nosso esquema. 😉
Gabarito: A
Comentários:
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São dois níveis hierárquicos, lembra? Primeiro o órgão orçamentário e depois a Unidade Orçamentária (UO), até porque
um órgão orçamentário é um agrupamento de UOs. 😉
Portanto, corrigindo a questão, na classificação institucional da despesa, cada órgão orçamentário é subdividido em
diversas Unidades Orçamentárias (UOs).
Gabarito: Errado
A classificação por esfera aponta em qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a classificação institucional
aponta em que área da despesa a ação governamental será realizada.
Comentários:
A classificação por esfera realmente aponta em qual orçamento será alocada a despesa, mas a classificação institucional
não aponta em que área da despesa a ação governamental será realizada (essa é a classificação funcional). A classificação
institucional aponta quem é o responsável pela realização da receita.
Gabarito: Errado
Se eu citar alguns exemplos, você entenderá rapidinho. Algumas funções são: saúde, educação, trabalho,
administração, cultura, saneamento, urbanismo, agricultura, energia, comércio e serviços... entendeu? 😉
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério
do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem
como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo.
“Ah, agora eu entendi, professor! Isso é legal, porque se o código ‘10’ significasse uma coisa diferente em cada
ente, seria difícil fazer a consolidação nacional dos gastos, não é?” 😄
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Isso mesmo! A classificação funcional é obrigatória! Todos os entes devem utilizá-la! Ao consultar o
orçamento da União ou o orçamento do menor município brasileiro, a classificação funcional deve constar lá.
😄
Preste atenção!
A classificação funcional é de aplicação comum e obrigatória por todos os entes
1º__
__ 3º__
2º __ 4º__
5º
Função Subfunção
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor
público. Ela quase sempre se relaciona com a missão ou competência institucional do órgão, por exemplo,
cultura, educação, saúde, defesa, o que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos
Ministérios.
Porque há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas
competências institucionais podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada,
entre as competências institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação. E pode acontecer do
Ministério da Educação, por exemplo, realizar gastos na área da saúde. A missão e competência institucional
do Ministério da Educação não é melhorar a saúde, mas, mesmo assim, ele está realizando gastos nessa área.
Por isso que dissemos “quase sempre”. 😉
⚠ Atenção: a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público,
mas isso não significa que ela corresponda ao maior nível de agregação da classificação da despesa como um todo.
Pode-se afirmar que o nível mais abrangente na classificação da despesa como um todo é a esfera orçamentária (“em
qual orçamento?”). A função agrega as áreas de atuação do setor público, o que corresponde à função, à subfunção e aos
três níveis da estrutura programática (programa, ação e subtítulo).
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“Ah, entendi, professor! Agora me diz uma coisa: uma função só pode ser combinada com uma subfunção a
que está diretamente relacionada? Por exemplo, a função 13 – cultura só pode ser combinada com as subfunções
391 e 392?”
A resposta é: não! 😅
Regra geral, é possível combinar qualquer função com qualquer subfunção! E o nome disso é
matricialidade! 😃
Nos termos da Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções
diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, propriedade denominada de matricialidade.
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Por exemplo: a subfunção “128 – Formação de Recursos Humanos” está diretamente relacionada à função “4 –
Administração”.
Mas se a Secretária de Saúde realizar um curso de formação para os profissionais de saúde, teremos o seguinte código:
1 __
__ 1 __
0 __ 2 __
8
Função Subfunção
A exceção é a seguinte: você pode combinas as subfunções com qualquer função, menos com uma: a
função 28 – Encargos Especiais. Ou seja: a regra da matricialidade só não é valida para a função 28 –
Encargos Especiais. 😄
E, para finalizar, deixo uma observação sobre a Reserva de Contingência. Trata-se do art. 8º da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163/2001:
Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do
Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada
como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º,
inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua
destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS, quando houver,
serão identificadas no orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos
“99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às
classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificações das
ações e o respectivo detalhamento.
Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo
código “9.9.99.99.99”.
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De acordo com a classificação funcional da despesa, o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor
público e que reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que
guarda relação com os respectivos Ministérios, é a definição de:
A) esfera.
B) programa.
C) ação.
D) função.
E) elemento de despesa.
Comentários:
Essa questão foi retirada do MTO 2020, olha só: “a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das
diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios”.
Gabarito: D
O objetivo da classificação funcional programática é evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela aplicação
dos recursos públicos.
Comentários:
Na verdade, evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela aplicação dos recursos públicos é o objetivo da
classificação institucional, afinal esta busca responder à pergunta: “quem está realizando a despesa?”
A classificação funcional responde à pergunta: “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?”
Gabarito: Errado
O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas específicas de atuação para a ação governamental
denomina-se classificação
A) funcional.
B) por modalidade.
D) por esfera.
E) institucional.
Comentários:
Vou repetir o enunciado com ênfase na palavra-chave: “O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas
específicas de atuação para a ação governamental denomina-se classificação...”.
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Então agora eu lhe pergunto: qual é classificação que busca responder à indagação: “em que área de despesa a ação
governamental será realizada?”
É a classificação funcional! 😃
Gabarito: A
Entre as categorias orçamentárias, a função representa o menor nível de agregação dos diversos setores de despesa que
competem ao setor público.
Comentários:
Não! A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. 😉
Gabarito: Errado
Por exemplo: na LOA, temos a despesa com a remuneração de profissionais de saúde, que faz parte do programa “Brasil
saudável” (que está no PPA). Na LOA, temos a despesa com a construção de ciclovias, que faz parte do programa “Brasil
de bicicleta” (que está no PPA). E por aí vai! 😄
Preste atenção!
Todas as despesas do orçamento anual devem ser incluídas sob a forma de programas que se
encontram contemplados no PPA.
Sim! Na base de dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP), o campo que
identifica o programa contém quatro dígitos. Assim:
1º
__ 2º __
__ 4º
3º __
Programa
“Mas, professor, assim como na classificação funcional, a classificação por estrutura programática é de
aplicação comum para todos os entes? Isto é: o programa “0001” no Estado de São Paulo é igual ao programa
“0001” no Estado da Paraíba?” 🤔
A resposta é: não! 😅
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Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação,
respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos
organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo
com a referida Portaria.
Programas são os elos de união entre o planejamento e o orçamento e são mensurados por indicadores.
Preste atenção!
Programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos
objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores.
É importante também ressaltar que, de acordo com o MTO 2020, o PPA 2016-2019 contempla dois “tipos”
de programas:
• Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de
bens e serviços à sociedade;
• Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e orienta as ações
destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.
É como se os programas temáticos fossem os finalísticos, aqueles que de fato entregam algo para a
sociedade. E os programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado fossem programas “meio”,
“secundários”, de apoio ao governo para que este possa realizar os programas temáticos, entendeu? 😉
Beleza!
Com o que já vimos, você já pode deduzir que os programas estão no PPA e também na LOA. Mas
atenção: alguns programas que não constam no PPA e estão contidos somente na LOA.
Preste atenção!
Os programas compostos exclusivamente por Operações Especiais não constam no PPA. Eles
constam somente na LOA.
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• Programas temáticos
PPA • Programas de Gestão, Manutenção e
Serviços ao Estado
• Programas temáticos
• Programas de Gestão, Manutenção e
LOA Serviços ao Estado
• Programas de Operações Especiais
Grave bem esse esquema, tire uma foto mental, porque as questões adoram dizer que os programas
compostos exclusivamente por Operações Especiais constam no PPA. Aquele aluno mais desatento logo
pensa: “ora, programas estão no PPA”. Marca “certo” na questão e depois recebe a bomba ao conferir o
gabarito! 💣 😂
O plano plurianual (PPA), como uma das etapas do ciclo orçamentário, inclui os programas destinados a operações
especiais - como, por exemplo, aqueles que agregam as ações referentes à Copa do Mundo de 2014 - entre seus programas
finalísticos.
Comentários:
Eu avisei, não foi? 😏 Os programas destinados a operações especiais não integram o PPA! Integram somente a LOA!
Gabarito: Errado
Além de programas destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as políticas públicas e organiza a
atuação governamental, por meio de programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado.
Comentários:
Aqui a banca tentou lhe enganar colocando o erro logo no início da questão. Mas você já sabe: os programas destinados
exclusivamente a operações especiais não constam no PPA! ☝ Constam somente na LOA!
Gabarito: Errado
“Tá certo, professor. Mas vem cá... eu estou percebendo que você está falando muito sobre ‘ações’. O que
seria isso?” 🤔
É isso mesmo! É porque o orçamento está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas
às ações.
Ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao
objetivo de um programa (lembrando que o objetivo faz parte da programação qualitativa e busca responder
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à pergunta: “o que se pretende alcançar com a implementação da Política Pública?”). Incluem-se também no
conceito de ação as transferências (obrigatórias ou voluntárias) a outros entes da Federação e a pessoas físicas
e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros.
Como eu estava dizendo, orçamento está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas
às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e
metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação.
Programa
Ações
É o seguinte: as ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos
ou operações especiais. Veja só:
Exemplo de atividade: fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde
Exemplos de projeto: construção de Trecho Rodoviário e implantação da rede nacional de bancos de leite humano
• Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Exemplos de operação especial: despesas decorrentes de sentenças judiciais, indenizações, serviços da dívida interna e
externa (juros e amortizações), refinanciamento da dívida interna e externa.
Isso aqui é prato cheio para as bancas! Elas adoram fazer confusão entre esses três conceitos. Por isso,
você tem que saber diferenciá-los. Vou explicar um pouco. 😄
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Projetos são operações limitadas no tempo, ou seja, eles têm data para começar e para terminar. Essa é
a principal característica dos projetos. E essa é a grande diferença entre os projetos e as atividades, pois as
atividades são operações que se realizam de modo contínuo e permanente. Elas não têm data para acabar.
Além disso, os projetos expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou,
ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado, enquanto que as atividades mantêm o mesmo
nível da produção pública.
Compare esses dois esquemas:
Atividade
...
Projeto
Projeto
Ação de
Ação de governo
governo
Observação: as operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo,
entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros
entes.
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Agora olha que legal a integração que farei agora: as operações especiais (em grande medida) estão
associadas aos programas do tipo Operações Especiais (aqueles que constam somente na LOA e não constam
no PPA). Nesses programas, a classificação funcional a ser adotada será a função 28 - Encargos Especiais com
suas respectivas subfunções, não havendo possibilidade de matricialidade nesses casos.
Atividades
Resultam em um produto necessário à
manutenção da ação de Governo.
Limitados no tempo
Ações Projetos
Resultam um produto que concorre para
expansão ou aperfeiçoamento da ação de
governo.
Operações
Não resultam um produto
Especiais
Muito bem! 😄
As ações também recebem um código. Cada ação possui um código alfanumérico (letras e números) de
quatro dígitos, acrescido de quatro dígitos do localizador (ou subtítulo):
1º
__ 2º
__ 3º
__ 4º
__ 5º
__ 6º
__ 7º
__ 8º
__
Numérico Alfanuméricos Numéricos
Ação Subtítulo
E o interessante é que você pode identificar qual é o tipo de ação só pelo 1º dígito. Assim, olha:
1º dígito Tipo de ação
1, 3, 5 ou 7 Projeto
2, 4, 6 ou 8 Atividade
0 Operação Especial
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Bom, não precisa tanto assim, mas isso pode lhe ajudar a resolver alguma questão. E também fica muito
fácil memorizar com essa dica aqui: 👇
Ação padronizada
De acordo com o MTO 2020, a ação orçamentária é considerada padronizada quando, em decorrência
da organização institucional da União, sua implementação costuma ser realizada em mais de um órgão
orçamentário e/ou Unidade Orçamentária (UO). Nessa situação, diferentes órgãos e UOs executam ações
que têm em comum:
1. setorial: ações que são implementadas por mais de uma UO do mesmo órgão.
Setorial
UO
UO
UO
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2. multissetorial: ações que são executadas por mais de um órgão ou por UOs de órgãos
diferentes, considerando a temática desenvolvida pelo setor à qual está vinculada.
Setor A Setor B
Multissetorial
UO UO
UO UO Setor C
UO UO
3. da União: operações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as
especificidades do setor ao qual estão vinculadas. Caracterizam-se por apresentar base legal,
finalidade, descrição e produto padrão, aplicável a qualquer órgão e, ainda, pela gestão
orçamentária realizada de forma centralizada pela SOF.
Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o
Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais.
União
Setor A Setor B
UO UO UO UO
UO UO UO UO
UO UO UO UO
Resumindo
mais de uma UO do mesmo
Setorial órgão
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As ações executadas por diversos órgãos, sem contemplar as especificidades dos setores aos quais estas ações estão
vinculadas, devem ser padronizadas a partir do critério multissetorial.
Comentários:
As questões vão tentar trocar esses três tipos de ações orçamentárias! 😅 As ações executadas por diversos órgãos, sem
contemplar as especificidades dos setores aos quais estas ações estão vinculadas, devem ser padronizadas a partir do
critério da União (e não multissetorial).
Gabarito: Errado
Ora! Olhe para o nome e você já terá uma boa ideia do que se trata! 😅
Preste atenção!
Detalhou em subtítulo? Então não pode haver alteração da finalidade, produto e metas
estabelecidas para a ação orçamentária
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação
das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação
governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste,
Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico,
quando necessário. Importante destacar, porém, que a LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência
a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados.
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera
orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação,
identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de
medida os mesmos da ação orçamentária.
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Essa parte não costuma cair muito em prova, mas queremos estar preparados, não é mesmo? 😅 E é legal para você
entender melhor o subtítulo.
Como você deve ter percebido, esse código é numérico e de quatro dígitos.
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Assim, constata-se que a codificação da estrutura programática da União é composta por doze dígitos,
sendo que os quatro primeiros identificam o programa, os quatro seguintes a ação e os quatro últimos o
localizador (ou subtítulo).
É importante observar que o 5º dígito (primeiro dígito do código alfanumérico da ação) tem papel
fundamental na identificação do tipo da ação (projeto, atividade ou operação especial).
No exemplo a seguir, é possível constatar que a ação corresponde a uma atividade, visto que o primeiro
dígito do campo relacionado à ação é 2 (“PARatividade normal”, lembra? 😅):
0042
Atributo é algo próprio e peculiar a alguém ou a alguma coisa; um qualificativo; um aspecto que distingue algo dos demais
O Plano Orçamentário (PO) é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (ou seja, não
constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração
do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram num nível mais detalhado
do que o do subtítulo/localizador de gasto da ação.
Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-
unidade orçamentária-função-subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes
classificadores, o conjunto de POs varia também.
Apesar de o PO, na maioria dos casos, ser opcional, será obrigatório para as ações orçamentárias que
requerem acompanhamento intensivo.
Preste atenção!
O Plano Orçamentário (PO) será obrigatório para as ações orçamentárias que requerem
acompanhamento intensivo
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Como você percebeu existe um vínculo entre ações, subtítulos e POs. Ele é melhor visualizado pela figura
abaixo (não se preocupe tanto em memorizar isso. É só para dar uma olhadinha 😅):
Fechou, então? 😃
“Espera aí, professor! Fechou não! E a pergunta? A pergunta que eu vou fazer para lembrar da classificação
por estrutura programática?” 😅
Além disso, o programa (item da estrutura programática) responde à seguinte indagação: “qual o tema
da política pública?”. Já o objetivo (uma das principais informações do programa) responde: “o que se pretende
alcançar com a implementação da Política Pública?”. E a iniciativa (que também é uma das principais
informações do programa) responde: “o que será entregue pela Política Pública?”. Confira aqui no MTO 2020:
Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa; envolve um conjunto de
operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou para o aperfeiçoamento da
ação de governo.
Comentários:
Ô se gostam! 😂
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Gabarito: Errado
As operações especiais, ações que integram a estrutura programática, constituem um conjunto de operações das quais
resulte um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo.
Comentários:
Na verdade,
• Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das
ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Gabarito: Errado
Se um projeto cujo objetivo seja a realização de obra resultar em incremento no custo das atividades regulares de
determinado órgão público, o aumento de despesa deverá ser registrado nos atributos do subtítulo correspondente ao
projeto.
Comentários:
Essa questão pegou todo mundo de surpresa! Isso não costuma cair! 😅
De qualquer forma, existe um atributo do subtítulo chamado “Repercussão Financeira sobre o Custeio do Órgão”. Ele
registra o impacto (estimativa de custo anual) sobre as despesas de operação e manutenção do investimento após o
término do projeto e em quais ações esse aumento ou decréscimo de custos ocorrerá, caso o projeto venha a ser mantido
pela União.
Portanto, sim! O aumento dessa despesa deverá ser registrado nos atributos do subtítulo correspondente ao projeto.
Gabarito: Certo
No processo de elaboração da proposta orçamentária, o indicador denominado de plano orçamentário será de utilização
obrigatória para todas as ações consignadas no orçamento.
Comentários:
O Plano Orçamentário não será de utilização obrigatória para todas as ações consignadas no orçamento. Na maioria dos
casos, ele será opcional. Ressalte-se que para as ações orçamentárias que requerem acompanhamento intensivo ele será
obrigatório. 😉
Gabarito: Errado
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O plano orçamentário, constante da lei orçamentária anual, é o código de identificação das ações orçamentárias destinado
a efetuar o vínculo entre a referida lei e o plano plurianual.
Comentários:
O Plano Orçamentário (PO) é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial, ou seja, não constante da LOA.
Gabarito: Errado
Na classificação da despesa orçamentária, as ações dos governos estão estruturadas em programas orientados para a
realização dos objetivos definidos no Plano Plurianual.
Comentários:
Exatamente! Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos
estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de 4 (quatro) anos. 😉
Gabarito: Certo
Ufa! Finalmente terminamos de estudar as classificações que fazem parte da programação qualitativa.
Lembra da nossa tabelinha? 😄
Programação QUANTItativa
Programação QUALItativa
(dimensões física e financeira)
Natureza da Despesa (CGMED: Categoria
Classificação por esfera (em qual orçamento?) econômica, Grupo de Natureza, Modalidade de
Aplicação, Elemento da despesa)
Identificador de Uso – IDUSO (recursos destinados
Classificação institucional (quem?)
para contrapartida?)
Classificação funcional (em que área?) Fonte de Recursos (de onde virão os recursos?)
Identificação de Doação e de Operação de Crédito –
Estrutura programática (programa, ação, subtítulo) IDOC (recursos relacionados a qual operação de
crédito ou doação)
Meta física
Identificador de Resultado Primário (qual o efeito
sobre o resultado primário?)
Dotação (qual o montante alocado?)
Agora nós partimos para as classificações da programação quantitativa. Refrescando a sua memória,
programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.
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Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente
definidos para a ação.
Por exemplo: no caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas
ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a
despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de livros didáticos.
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (...)
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por
elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema: (...)
A classificação por natureza da despesa engloba a classificação da despesa orçamentária por categoria
econômica e elementos. Portanto, é importante destacar que não foi a Lei 4.320/64 que estabeleceu a
classificação por natureza da despesa.
“Se não foi a Lei 4.320/64 que estabeleceu a classificação por natureza da despesa, então quem foi,
professor?”
Foi a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. 😉 Observe o que diz o MTO 2020: “assim como
no caso da receita, o art. 8º dessa lei estabelece que os itens da discriminação da despesa serão identificados
por números de código decimal, na forma do respectivo Anexo IV, atualmente consubstanciados no Anexo II
da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001.”
Como eu estava dizendo, a classificação por natureza da despesa engloba a classificação da despesa
orçamentária por categoria econômica e elementos. O conjunto de informações que constitui a natureza de
despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega:
• a categoria econômica;
• o grupo de natureza da despesa;
• a modalidade de aplicação; e
• o elemento.
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Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. Isso
significa que essa classificação é de aplicação obrigatória para todos os entes (União, Estados e Municípios).
Portanto, de novo, ao consultar o orçamento da União ou o orçamento do menor município brasileiro, a
classificação da despesa por natureza deverá estar lá. 😉
“Já que você falou em código, professor, como é a codificação da classificação por natureza da despesa?” 🤔
Na base do SIOP, o campo que se refere à natureza de despesa é composto por um código que contém
seis dígitos (quando desdobrado até o nível de elemento) ou, opcionalmente, por oito (quando também
contempla o desdobramento facultativo do elemento). O 1º dígito representa a categoria econômica, o 2º o
grupo de natureza da despesa, o 3º e o 4º dígitos representam a modalidade de aplicação, o 5º e o 6º o
elemento de despesa e o 7º e o 8º dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento de despesa
(subelemento), desse jeito:
Perceba, então, que a estrutura do código é a seguinte (grave bem isso aqui! 👇):
C.G.MM.EE.DD
Onde:
• “c” representa a categoria econômica;
• “g” o grupo de natureza da despesa;
• “mm” a modalidade de aplicação;
• “ee” o elemento de despesa; e
• “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
“Caramba, professor! E como é que eu vou memorizar isso aí?” 🤔
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“Quem?” 🤨
Se você não quiser lembrar do Cirurgião Geral (MÉDico), você pode dizer o seguinte:
Onde:
• “CATE” representa a categoria econômica;
• “GRUPO” o grupo de natureza da despesa;
• “MOD” a modalidade de aplicação;
• “ELE” o elemento de despesa; e
• “DES” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
Observação: 👁
A classificação da Reserva de Contingência, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem
como eventos fiscais imprevistos, e da Reserva do Regime Próprio de Previdência Social, quanto à natureza da despesa
orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. Todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de
créditos adicionais, mediante os quais se darão efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos.
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É por meio da Modalidade de Aplicação (4º nível da classificação por natureza da despesa). Utiliza-se a
modalidade de aplicação 91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades
Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Assim, na consolidação das contas públicas, as
despesas executadas nessa modalidade de aplicação são facilmente identificadas, de modo que se anulem os
efeitos de duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento.
Despesas Modalidade de
intraorçamentárias aplicação 91
O aspecto qualitativo do orçamento público diz respeito às classificações da despesa por esfera, classificação
institucional, classificação funcional e estrutura programática. Já o aspecto quantitativo se refere às seguintes
classificações da despesa: IDOC, IDUSO, Fonte de Recursos, Natureza da despesa, Identificador de Resultado Primário,
Dotação.
A classificação econômica (por categoria econômica) da despesa faz parte da classificação por natureza da despesa.
Desse modo, o erro da questão foi afirmar que a programação qualitativa do orçamento público é a organização do gasto
público por meio da identificação dos programas com a classificação econômica da despesa. Essa é a programação
quantitativa!
Gabarito: Errado
CEPERJ – FSC – Contador – 2014
Uma despesa autorizada na Lei Orçamentária Anual de um determinado ente governamental foi executada e classificada,
quanto à natureza, pelo seguinte código e especificação: 3.4.90.30- MATERIAL DE CONSUMO. Nesta identificação, o
primeiro dígito representado pelo algarismo 3, o terceiro e o quarto dígitos pelo número 90, indicam respectivamente,
pelas normas vigentes:
Essa questão é só para você lembrar da estrutura do código da classificação por natureza da despesa: C.G.MM.EE.DD.
Gabarito: D
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• Despesas Correntes; e
• Despesas de Capital.
Só isso! 😄
Bens de capital ou (bens de produção) são os equipamentos, instalações, bens ou serviços necessários
para a produção de outros bens ou serviços.
Então vamos lá: você acha que o pagamento de diárias a servidores ou de passagens de servidores vai
contribuir, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital? E que tal a aquisição de material
de consumo (material de escritório, material de limpeza, etc.)? E o pagamento por serviços em geral (para um
eletricista ou encanador que resolver um problema no prédio da Administração Pública)?
Não! Nenhuma dessas despesas contribui para a formação ou aquisição de um bem de capital. 🤔 No
pagamento de passagens, por exemplo, o servidor vai da cidade A para a cidade B. Qual foi o bem de capital
formado ou adquirido aí? Nenhum! 😤
Agora, que tal a aquisição de um terreno para a construção de um hospital? Ou a própria execução da
obra de construção do hospital? 🏥
Exatamente! Um hospital irá prestar serviços à população! Esse sim é um bem de capital. E perceba que
essas despesas citadas acima estão diretamente relacionadas à formação desse bem de capital. Por isso são
despesas de capital!
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Agora eu tenho uma boa notícia 😃: você não precisa fazer essa análise sempre que se deparar com
alguma despesa a ser classificada. Aprendendo os Grupos de Natureza da Despesa (2º nível) você identificará
rapidinho se uma despesa é corrente ou de capital. 😏
“Beleza, professor! Mas vem cá: para que serve a classificação por categoria econômica, professor? Qual a
finalidade dela?” 🤔
De acordo com alguns doutrinadores, “a classificação por categoria econômica fornece informações
sobre o impacto que os gastos públicos têm na atividade econômica – indica a contribuição do Governo na
renda nacional agregada, bem como se essa contribuição está diminuindo ou aumentando1”. 😉
A categoria econômica da despesa se divide em dois grupos: despesas correntes e despesas de capital.
Comentários:
Isso mesmo! 😃 Quanto à categoria econômica (primeiro nível da classificação por natureza da despesa – C.G.MM.EE.DD)
as despesas podem ser classificadas em despesas correntes (código 3) e despesas de capital (código 4).
Gabarito: Certo
1 - Pessoal e Encargos Sociais: despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas,
relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos
da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
1
PALUDO, Augustinho. Orçamento público: Administração Financeira e Orçamentária e LRF, 5ª ed., 2015.
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qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000 (LRF).
2 - Juros e Encargos da Dívida: despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
3 - Outras Despesas Correntes: despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo,
pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras
despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de
despesa.
“Professor, como é que eu vou memorizar quais grupos fazem estão na categoria econômica das despesas
correntes?” 😄
Ah! Vou lhe falar como eu memorizava. É só juntar as iniciais e formar essa palavrinha 😅:
PeJO
Onde:
• Pe: Pessoal e Encargos Sociais
• J: Juros e Encargos da Dívida
• O: Outras Despesas Correntes
Na categoria econômica das despesas de capital, os grupos são os seguintes:
4 – Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras,
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente.
5 - Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em
utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já
constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do
capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
6 - Amortização da Dívida: despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal
e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Essa é tranquila: é só você chegar para o seu amigo(a) e perguntar: “e aí?”. Só que você vai substituir a
letra “e” pela letra “i”: 😝
I AI?
Categoria Econômica GND
Pessoal e Encargos Sociais
Despesas Correntes
Juros e Encargos da Dívida
PeJO
Outras Despesas Correntes
Investimentos
Despesas de Capital
Inversões Financeiras
I AI?
Amortização da Dívida
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Beleza, agora que você sabe quais grupos estão nas despesas correntes e quais estão nas despesas de
capital, você precisa saber diferenciá-los, por isso eu preciso fazer algumas observações. 👁
Primeiro, você tem que saber diferenciar os investimentos das inversões financeiras. Minha dica aqui é a
seguinte (uma dica bem grosseira, mas que me ajudou muito):
Portanto, se um imóvel já estiver pronto, já estiver sendo utilizado, e a Administração Pública está
adquirindo esse imóvel, essa despesa será uma inversão financeira. Agora, se a Administração Pública está
comprando um terreno para construir um prédio, as despesas relacionadas à aquisição do terreno, ao
planejamento e à execução dessa obra serão classificadas como investimentos.
Preste atenção!
Aluguéis são despesas correntes
Só preste atenção no seguinte: investimentos e inversões financeiras não são somente isso de “novo” ou
“já em utilização”.
Investimentos também incluem despesas com softwares e aquisição de instalações, equipamentos e
material permanente.
Inversões financeiras também incluem despesas com a:
Segunda observação: repare que o nome do GND aqui é Amortização da Dívida. DA DÍVIDA, ok? 😳
Porque lá na receita pública existe uma origem da receita de capital chamada Amortização de
empréstimos. DE EMPRÉSTIMOS! 😄
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Preste atenção!
Não confunda a “amortização de empréstimos” (receita de capital) com a “amortização da dívida”
(despesa de capital)
Amortização
Receita Receita de
de
pública Capital
Empréstimos
Terceira (e última) observação: repare que a amortização da dívida (ou seja, o pagamento do principal
da dívida) é uma despesa de capital, mas os juros e encargos da dívida são despesas correntes! 😱
As bancas adoram dizer que os juros são despesas de capital. Não caia nessa pegadinha! 😎
Resumindo
Pessoal e Encargos sociais
Despesas
correntes Juros e Encargos da dívida
PeJO
Despesas
Investimentos
(novo)
Despesas de
Amortizaçaõ da dívida
capital
(principal da dívida)
I AI
Inversões financeiras
(já em utilização)
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As despesas de capital devem ser compreendidas pelos seguintes grupos de natureza da despesa: juros e encargos da
dívida, amortização da dívida e investimento.
Comentários:
Quais são os GNDs das despesas de capital? Chegue para seu amigo(a) e pergunte: I AI? 😏
Gabarito: Errado
Acerca das despesas públicas, as dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização, são
classificadas como
A) subvenções sociais.
B) investimentos.
C) inversões financeiras.
D) contribuições.
E) subvenções econômicas.
Comentários:
Já em utilização?! Usado?! 😃
Gabarito: C
Comentários:
Gabarito: A
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O pagamento de juros sobre empréstimo recebido para efetuar uma despesa de capital é classificado como despesa de
capital.
Comentários:
Opa! Não, não! O pagamento do principal da dívida, ou seja, a amortização da dívida é despesa de capital, classificada no
GND amortização da dívida (DA DÍVIDA, e não “de empréstimos”). Já o pagamento de juros é despesa corrente,
classificada no GND juros e encargos da dívida.
Gabarito: Errado
Determinado município recebeu, após análise criteriosa de seus órgãos técnicos, doação de um imóvel. O terreno é amplo
e permite a construção de um hospital de médio porte.
a) inversão financeira;
b) despesa de custeio;
c) transferência corrente;
d) transferência de capital;
e) investimento.
Comentários:
Construção de um hospital. Execução de uma obra. Para você parece uma coisa nova ou uma coisa já em utilização?
Gabarito: E
Do ponto de vista da classificação econômica da despesa e de sua contribuição na composição do PIB, a diferença entre
construir e alugar um imóvel para funcionamento de um órgão público é representada pela classificação do fato como um
investimento, no primeiro caso, e como uma inversão financeira, no segundo.
Comentários:
Eu disse para ter cuidado com os aluguéis! Aluguéis não são inversões financeiras, como afirmou a questão. São despesas
correntes!
Gabarito: Errado
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Essa classificação é um pouquinho diferente da que acabamos de estudar, por isso você tem que ficar
atento para o que a questão está pedindo. Normalmente, as questões perguntam sobre a classificação
constante na Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, que também está no MTO 2020 e no MCASP 8ª
edição. Mas se a questão perguntar especificamente sobre a Lei 4.320/64, adote a classificação dessa lei!
“E o que muda, professor?”
Despesas correntes
A Lei 4.320/64, em seu art. 12, estabeleceu que as despesas correntes se dividem em:
• Despesas de Custeio; e
• Transferências Correntes.
Então, vejamos:
Art. 12, § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
As despesas de custeio, portanto, incluem as despesas com (Lei 4.320/64, art. 13):
• Pessoal Civil;
• Pessoal Militar;
• material de consumo;
• serviços de terceiros; e
• encargos diversos.
Atenção para o seguinte detalhe: em questões que cobram o conceito da Lei 4.320/64, nem sempre uma
obra será considerada despesa de capital. Obras de conservação e de adaptação (pequenas reformas, por
exemplo) são classificadas como despesas correntes de custeio.
Preste atenção!
Na classificação dada pela Lei 4.320/64, obras de conservação e de adaptação são classificadas
como despesas correntes de custeio
Art. 12, § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
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• Subvenções Sociais;
• Subvenções Econômicas;
• Inativos;
• Pensionistas;
• Salário Família e Abono Familiar;
• Juros da Dívida Pública;
• Contribuições de Previdência Social;
• Diversas Transferências Correntes.
Interessante notar que, na lei, as despesas com pessoal ativo eram consideradas de custeio, e as com
inativos e pensionistas, eram consideradas transferências correntes. ☝ Embora isso possa parecer estranho
em análise superficial, deve-se analisar a questão sob o prisma da época, ocasião em que se optou por utilizar
conceitos econômicos na lei (classificação por categoria econômica).
Assim, deve-se considerar que as despesas com inativos e pensionistas não têm caráter de remuneração
do trabalho, pois, por definição, eles não exercem atividade em proveito do órgão público. A finalidade desses
tipos de despesa está inserida no campo da seguridade social, atribuição estatal surgida com o Estado do Bem-
Estar Social. Assim, do ponto de vista econômico, são despesas que de fato devem ser classificadas como
transferências.
Também estava inserida neste agrupamento a despesa com juros. Na classificação atual, da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163/2001, dada a sua relevância em termos de representatividade, essa despesa
foi destacada em grupo próprio. Ela está lá no GND Juros e Encargos da Dívida, lembra? 😉
Continuando:
Art. 12, § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
Subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio (não despesas de capital) de
certas entidades. A distinção entre subvenções sociais e econômicas é determinada pela entidade que está
sendo beneficiada com a transferências. Se a entidade beneficiada for:
• instituição pública ou privada de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, trata-
se de subvenção social;
• empresa pública ou privada de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, trata-se de
subvenção econômica.
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Despesas de capital
A Lei 4.320/64, também em seu art. 12, estabeleceu que as despesas de capital se dividem em:
• Investimentos;
• Inversões financeiras;
• Transferências de capital.
Vejamos cada uma delas:
Art. 12, § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem
como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial
ou financeiro.
A Lei inseriu neste item as despesas com (Lei 4.320/64, art. 13):
• obras públicas;
• serviços em regime de programação especial;
• equipamentos e instalações;
• material permanente; e
• participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou
agrícolas.
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
A Lei inseriu neste item as despesas com (Lei 4.320/64, art. 13):
• Aquisição de Imóveis;
• Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Comerciais ou
Financeiras;
• Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento;
• Constituição de Fundos Rotativos;
• Concessão de Empréstimos;
• Diversas Inversões Financeiras.
É importante observar que a Lei 4.320/64 também distinguiu as aplicações em imóveis ora como
investimentos ora como inversões financeiras. Daí a diferença entre a construção e a simples aquisição para
uso de imóveis já concluídos e em utilização. No primeiro caso (construção), gera-se um incremento no PIB;
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no segundo (aquisição), mera transferência da propriedade de bens já produzidos. Assim, de maneira geral e
reiterando o que já falei, a compra de um bem de capital novo é classificada como investimento, enquanto a
aquisição de algo usado é considerada como inversão financeira. 😉
Repare também que a classificação dos investimentos e das inversões financeiras dada pela Lei 4.320/64
é quase igual àquela da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001. Eu disse “quase”, porque há um detalhe
aqui: a classificação da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001 diz que a despesa relativa à constituição
ou aumento do capital de empresas é uma inversão financeira. A referida Portaria não especifica qual tipo de
empresa, portanto, de acordo com essa classificação, a constituição ou aumento do capital de qualquer tipo
de empresa é uma inversão financeira.
Já na Lei 4.320/64 há uma diferenciação:
• se a constituição ou aumento do capital for de empresas que não sejam de caráter comercial ou
financeiro, trata-se de investimento;
• se a constituição ou aumento do capital for de empresas que visem objetivos comerciais ou
financeiros, trata-se de inversão financeira.
Então ficamos assim:
Despesa relativa à constituição ou aumento do capital de Portaria 163/2001
Lei 4.320/64
empresas
Inversões
Empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro Investimentos
Financeiras
Inversões Inversões
Empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros
Financeiras Financeiras
Art. 12, § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que
outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta
em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem
diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para
amortização da dívida pública.
A Lei inseriu neste item as despesas com (Lei 4.320/64, art. 13):
A Portaria 163/2001 estabeleceu novos agrupamentos em relação ao disposto na Lei 4.320/64. Destaque
para os novos itens de despesas com “Pessoal e Encargos Sociais” e “Juros e Encargos da Dívida”.
Outra alteração relevante foi a abolição da despesa de “Transferências de Capital”, que deu lugar à
“Amortização da Dívida”.
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Por último, ressalto as duas classificações são juridicamente válidas, sendo que a da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163/2001 é a que vem sendo utilizada atualmente na prática. 😉
Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais corresponda contraprestação direta em
bens e serviços.
Comentários:
Art. 12, § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação
de outras entidades de direito público ou privado.
Gabarito: Errado
Segundo a Lei nº 4.320/64, as dotações destinadas à amortização da dívida pública são consideradas
a) despesas de custeio.
b) transferências correntes.
c) subvenções econômicas.
d) inversões financeiras.
e) transferências de capital.
Comentários:
Ah! Olha aí! Bem que eu lhe avisei que a amortização da dívida, na Lei 4.320/64, é considerada transferência de capital.
Na classificação dada pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, a amortização da dívida ganhou o seu próprio
Grupo de Natureza da Despesa (GND).
Gabarito: E
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Beleza!
A informação mais importante que você tem que saber sobre a modalidade de aplicação é: saber para que
ela serve! 😃
“Então diz, professor! Para que ela serve? Qual é a finalidade da modalidade de aplicação?” 🤔
Imagine a seguinte situação: o órgão A descentraliza dotações orçamentárias (R$ 100,00) para o órgão B, para que este
possa realizar uma despesa no mesmo valor: R$ 100,00. Registramos a despesa no órgão A e no órgão B.
Se não existisse a modalidade de aplicação, iríamos registrar que houve uma despesa de R$ 200,00 (R$ 100,00 que saíram
do órgão A + R$ 100,00 que saíram do órgão B). Mas não foi bem isso que aconteceu, não é? Na verdade, somente R$
100,00 é que saíram dos cofres públicos.
A modalidade de aplicação, então, vai marcar os R$ 100,00 que saíram do órgão A e foram para o órgão B, indicando que
aqueles R$ 100,00 que o órgão B pagou ao fornecer são os mesmos R$ 100,00 que saíram do órgão A. Agora sim, na
consolidação das contas, nós podemos registrar corretamente a saída de somente R$ 100,00 dos cofres públicos.
Agora vou reproduzir as principais modalidades de aplicação (não precisa decorá-las, até porque existem
ainda mais modalidades de aplicação. É somente para você se familiarizar). Atenção às modalidades de
aplicação número 30, 40, 90 e 91, que são as mais comuns:
20 - Transferências à União
Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante
transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.
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Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins
lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins
lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
90 - Aplicações Diretas
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização
de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma
esfera de governo.
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e
outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando
o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra
entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo.
A classificação da despesa orçamentária, segundo sua natureza, é identificada por um conjunto de códigos, sendo que os
quatro primeiros dígitos correspondem:
Comentários:
Essa foi só para relembrar a estrutura do código da classificação por natureza da despesa que vimos até o momento.
C.G.MM.EE.DD. Lembra?
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Qualquer coisa é só chamar o Cirurgião Geral (MÉDico), ou lembrar do mnemônico: CATEi um GRUPO MODerno de
ELEitores DESasatrados
Gabarito: E
As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 — aplicação
direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da
seguridade social —, mas não são capazes de possibilitar a anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das
contas governamentais.
Comentários:
Como assim “não são capazes de possibilitar a anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas
governamentais”?
Gabarito: Errado
É o que ele é! Pense na palavra elemento. Ela lembra substância, matéria, componente.
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Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
Mas a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001 estabelece o seguinte:
Art. 6º Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
“Vixe! Como assim, professor? A lei diz uma coisa, mas a portaria diz outra? Como é que pode?” 🤨
É porque o termo “elementos”, usado na Lei 4.320/64, é diferente do atributo “elemento da despesa”,
trazido pela Portaria 163/2001. Ou seja: o termo “elementos”, usado na Lei 4.320/64, e o atributo “elemento
da despesa”, trazido pela Portaria 163/2001, não são sinônimos. Portanto, não devem ser aplicados no mesmo
sentido em provas de concursos.
Originalmente, a Lei 4.320/64, ao se referir a “elementos”, pretendeu definir um grau de discriminação
ou especificação da despesa na fase de planejamento dos gastos, ou seja, na Lei Orçamentária. Tal prática
era adotada basicamente para facilitar o acompanhamento e o controle do gasto público, em consonância com
princípio orçamentário da especificação ou discriminação.
Diante do aumento e da extensão das funções e responsabilidades governamentais, tornou-se necessário
conceder à administração pública maior flexibilidade de ação para a solução de novos problemas que o
governo passou a ter que enfrentar. Assim, certas atividades necessitam de maleabilidade, de modo que o
orçamento possa ser adaptado de forma rápida.
Diante disso, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001 modificou o grau de detalhamento das
despesas na LOA (fase de planejamento da despesa), de forma que esta não traz mais obrigatoriamente a
despesa em nível de elemento da despesa, mas sim até a modalidade de aplicação. O detalhamento do
objeto do gasto (elemento da despesa) passa a ser obrigatório apenas no momento em que se registrar a
execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento).
O esquema a seguir representa o grau de detalhamento necessário em cada fase da despesa
(planejamento ou execução).
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Para melhor compreensão, basta examinar os dois itens de prova apresentados a seguir:
A discriminação da despesa quanto a sua natureza deve ser feita, na elaboração da lei orçamentária, por categoria
econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
Comentários:
Falou em “natureza”? Então a questão está se referindo à Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, que diz o
seguinte:
Art. 6º Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria
econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
Gabarito: Certo
A discriminação da despesa deverá ser realizada, no mínimo, por elementos entendidos como o desdobramento dessa
despesa em gastos com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para a
consecução dos seus fins.
Comentários:
Olha só o termo que apareceu aqui: “elementos”. Isso indica que o examinador buscava a análise do item à luz do disposto
na Lei 4.320/64. A diferença é sutil. Mas são esses pequenos detalhes que podem fazer a diferença na sua aprovação. 💪
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se
serve a administração pública para consecução dos seus fins.
Gabarito: Certo
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Por exemplo: imagine uma despesa que pertence ao elemento 30 – Material de consumo. Ok. Mas esse material de
consumo é o que? São gêneros alimentícios ou são combustíveis automotivos? 🤔
Não tem muito o que falar aqui. Somente reitero que, como o nome já diz, ele é facultativo. Por isso, o
código da despesa pode ter 6 dígitos (quando desdobrado até o nível de elemento) ou 8 dígitos (quando
também contempla o desdobramento facultativo do elemento).
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do
resultado primário (“jura, professor? Não me diga! 😱😂”) previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na
respectiva Lei em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de
financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA.
De acordo com o estabelecido no § 5º do art. 6º da LDO 2019, nenhuma ação poderá conter,
simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de
contingência (essa aqui pode conter simultaneamente dotações destinadas a despesas financeiras e
primárias). 😉
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TCU e TC-DF Aula 9
Se a resposta for:
Então, a despesa efetiva altera a situação patrimonial líquida. A despesa não efetiva não altera.
“Mas como é que pode, professor? A Administração Pública está realizando uma despesa, o dinheiro está
saindo da conta, mas o patrimônio líquido permanece inalterado? Que bruxaria é essa?” 🤨
Não é bruxaria! 😂 Você só precisa conhecer um pouquinho de contabilidade. Deixa eu explicar com um
exemplo, porque fica mais fácil. Olha só:
Imagine que a Administração Pública possua R$ 70.000,00 em Disponibilidades e esteja adquirindo uma máquina,
no valor de R$ 50.000,00. O dinheiro está saindo da conta da Administração (crédito em Disponibilidades) e, em
contrapartida, a máquina está entrando no patrimônio público (débito no Ativo Imobilizado). Perceba como está
acontecendo a simples troca de um ativo por outro! Isso é o que chamamos de fato contábil permutativo!
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O total, isto é, o patrimônio líquido foi alterado? Não! Continua sendo de R$ 70.000,00. Então, trata-se de uma
despesa não efetiva!
Ora, a despesa efetiva é o contrário disso que você acabou de ver. A despesa efetiva efetivamente (😏)
reduz o patrimônio líquido.
Por exemplo: o reconhecimento da obrigação de pagamento de Pessoal. Observe como seria o balanço patrimonial
antes do reconhecimento da obrigação:
Ativo Passivo
E, agora, depois:
Ativo Passivo
Viu como o patrimônio líquido foi reduzido? Essa é uma despesa efetiva.
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Agora, se você percebeu, a despesa efetiva que eu apresentei foi uma despesa corrente. E a despesa não
efetiva apresentada foi uma despesa de capital. Isso porque, normalmente, a despesa orçamentária efetiva é
despesa corrente. Mas nem sempre é assim! Pode haver despesa corrente não efetiva como, por exemplo,
a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos
permutativos.
E a despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de
capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação patrimonial
diminutiva (o ente transfere o montante e não recebe nada em contrapartida, o que reduz a sua situação líquida
patrimonial) e, por isso, classificam-se como despesa efetiva.
Portanto, grave o seguinte:
⚠ Atenção só para mais uma coisa: o registro de dívida ativa é um fato contábil permutativo, portanto é
uma despesa não efetiva! A entidade simplesmente reduz uma conta do ativo de créditos a receber (ativo se
reduz a crédito) e aumenta a conta de dívida ativa (ativo aumenta a débito). O lançamento fica assim:
D – Dívida Ativa
C – Créditos a receber
Pronto! 😃
Para concluir, deixo você com as definições dadas pelo MCASP 8ª edição:
• Despesa orçamentária efetiva: aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. Portanto,
produzem mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido.
• Despesa orçamentária não efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil permutativo. Portanto,
produzem mutações patrimoniais, só que não alteram o patrimônio líquido.
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As despesas não efetivas correspondem às despesas de capital. No entanto, existe despesa de capital que é efetiva. Qual
das despesas abaixo é despesa de capital efetiva?
a) Transferência de capital.
c) Pagamento de indenizações.
Comentários:
Lembre-se: a despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital
que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação patrimonial diminutiva (o ente
transfere o montante e não recebe nada em contrapartida) e, por isso, classificam-se como despesa efetiva.
Gabarito: A
As despesas orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e despesas não efetivas. Com relação a essas
modalidades de despesas, assinale a opção correta.
a) As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem mutações patrimoniais e não alteram o
patrimônio líquido.
b) As despesas não efetivas alteram o patrimônio líquido, sendo oriundas de fatos modificativos diminutivos.
c) As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos e, por não produzirem mutações patrimoniais, são
consideradas como despesas no conceito contábil.
d) As despesas efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem mutações patrimoniais e não alteram o patrimônio
líquido.
e) As despesas efetivas são consideradas fatos modificativos diminutivos que não alteram o patrimônio líquido.
Comentários:
Despesa orçamentária efetiva: aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da
entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. Portanto, produzem mutações patrimoniais que alteram o
patrimônio líquido.
Despesa orçamentária não efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial
da entidade. Constitui fato contábil permutativo. Portanto, produzem mutações patrimoniais, só que não alteram o
patrimônio líquido.
Gabarito: A
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A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
Comentários:
Bom, eu também costumava ter certo “medo” delas. Confesso. Mas elas também podem trabalhar muito
a seu favor. E essa é um bom exemplo. Veja só: vamos analisar o primeiro item.
I. Errado. De acordo com o MTO 2020:
• Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens
e serviços à sociedade;
• Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e orienta as ações
destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.
Agora que você já sabe que o item I está errado, dê uma olhada nas alternativas: você vai eliminar 3
alternativas (A, B e D)! Olha só: você respondeu um item e agora suas chances de acertar a questão vão para
50%. 😃
Comparando as alternativas C e E, percebemos que só nos resta saber se o item IV está certo ou errado.
Então:
IV. Errado. A banca adora fazer confusão entre os conceitos de atividade e projeto. Sério! É um dos
truques mais antigos do livro. Você precisa saber diferenciá-los. De acordo com o MTO 2020:
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Atividade
...
Projeto
Projeto
Ação de
Ação de governo
governo
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III. Correto. Eu já lhe disse que o Cespe adora retirar questões do MTO? 🤔 Senão, digo agora: ele adora!
😂
I. Segundo a classificação funcional, a função “encargos especiais” engloba as despesas que não possam ser
associadas a um bem ou a um serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, representando, portanto,
uma agregação neutra.
II. Na classificação programática, os projetos consistem em instrumentos de programação para alcançar o
objetivo de um programa e envolvem um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, do que resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo.
III. Na classificação funcional, é vedada a combinação de subfunções com funções diferentes daquelas a que já
estejam vinculadas.
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
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III. Errado. Essa é matricialidade! É possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas
diretamente relacionadas. A exceção fica por conta da função 28 – Encargos Especiais. Ou seja: a regra da
matricialidade só não é valida para a função 28 – Encargos Especiais. 😄
Gabarito: A
Ações orçamentárias definidas como operações especiais são aquelas despesas que não contribuem para a
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo.
Comentários:
As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações
especiais.
Programa
Ações
Operações
Atividades Projetos
Especiais
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Essa questão está relacionada ao princípio da especificação (ou discriminação ou especialização). Esse
princípio determina que, na LOA, as receitas e despesas devam ser discriminadas (detalhadas).
Observe a Lei 4.320/64:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a
despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o
disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Gabarito: Certo
Comentários:
Opa! Não, não, não. As despesas orçamentárias são objeto de dotação orçamentária sim! Olha só como
o MCASP 8ª edição a define: despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa,
na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Gabarito: Errado
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A Lei 4.320/64, ora! Ela é de 1964, mas ela ainda é a nossa Lei do Direito Financeiro, pois é ela que
estabelece normas gerais de Direito Financeiro. ☝
Muito bem. E essa é uma questão bastante literal, tanto que até lhe disse onde você deveria buscar a
resposta. E é exatamente isso que nós vamos fazer. Observe o que diz a Lei 4.320/64:
Art. 12, § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
Gabarito: Certo
E) constituem um conjunto de operações das quais resulte um produto ou serviço necessário à manutenção da
ação de governo.
Comentários:
Vamos comentar cada alternativa:
b) Errada. As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou
operações especiais.
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Se determinado órgão público precisar adquirir equipamentos novos necessários à execução de determinada
obra, a despesa correspondente será classificada como
A) subvenção econômica.
B) transferência de capital.
C) inversão financeira.
D) investimento.
E) subvenção social.
Comentários:
Vou repetir o enunciado marcando as palavras-chave: “se determinado órgão público precisar adquirir
equipamentos novos necessários à execução de determinada obra (...)”.
Lá na classificação por natureza da despesa, no 2º nível – Grupos de Natureza da Despesa (GND), temos
o seguinte grupo:
4 – Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras,
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente.
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Gabarito: D
As despesas de investimentos, que devem estar previstas no plano plurianual, correspondem às dotações
previstas para a amortização da dívida pública.
Comentários:
Uma coisa são despesas de investimentos. Esse é um Grupo de Natureza da Despesa (GND), que
representa o 2º nível da classificação por natureza da despesa.
Outra coisa são dotações previstas para a amortização da dívida pública. Na classificação por natureza da
despesa, as despesas com amortização da dívida pública compõem um GND. Ressalte-se que na Lei 4.320/64,
elas estão dentro das Transferências de Capital.
De qualquer forma, não dá para misturar as duas despesas. Olha só:
Categoria Econômica GND
Pessoal e Encargos Sociais
Despesas Correntes
Juros e Encargos da Dívida
PeJO
Outras Despesas Correntes
Investimentos
Despesas de Capital
Inversões Financeiras
I AI?
Amortização da Dívida
Gabarito: Errado
Comentários:
Ok, então estamos na estrutura programática. Trata-se de uma operação que se realiza de modo contínuo
e permanente. Além disso, é possível argumentar que esse treinamento é necessário à manutenção da ação
de governo, nesse caso, atividades de regulação e fiscalização da saúde suplementar.
As palavras-chave aqui (que devem saltar a seus olhos) são: contínuo e permanente. 😉
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Porque se fosse um projeto seria uma operação limitada no tempo. E do projeto resulta um produto que
concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Atividade
...
Projeto
Projeto
Ação de
Ação de governo
governo
Portanto, a ação orçamentária relativa a esse treinamento realmente será classificada como atividade.
Gabarito: Certo
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representando, portanto, uma agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas
subfunções típicas, conforme tabela abaixo”:
Gabarito: E
Ela reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão
orçamentário e unidade orçamentária.
Portanto, não é a classificação institucional que possibilita ao usuário da informação identificar todos os
programas de governo. É a classificação por estrutura programática. 😉
b) Errada. Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação
direta sob a forma de bens ou serviços.
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c) Errada. A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder basicamente
à indagação:
Por isso, a verba destinada à construção de um prédio será classificada, conforme a classificação
programática, como projeto, pois é o projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um
produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
e) Correta.
Gabarito: E
Gabarito: Certo
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A questão só trocou “as bolas”. Trocou subvenção econômica por subvenção social. Quer ver? Olha só o
que está na Lei 4.320/64:
Art. 12, § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
Corrigindo a questão: Considera-se subvenção econômica a destinação de recursos públicos para cobrir
despesas de custeio de empresa pública de caráter agrícola ou pastoril.
Gabarito: Errado
Comentários:
Opa! De acordo com a classificação financeira por categoria econômica, as despesas públicas podem ser
somente de dois tipos:
Esse suposto terceiro tipo (despesas de dívida pública) foi inventado pela banca! 😅
Gabarito: Errado
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a) Errada. As despesas de capital não se destinam à manutenção de serviços e obras de engenharia. Essa
é uma despesa corrente e, segundo a Lei 4.320/64, é uma despesa de custeio. Confira comigo no replay:
Art. 12, § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
b) Correta. Quanto à categoria econômica, que é o 1º nível da classificação por natureza da despesa
(C.G.MM.EE.DD), as despesas podem ser classificadas como:
d) Errada. Amortização da dívida (DA DÍVIDA, e não de empréstimos) são despesas de capital. Lembra do
mnemônico? Você chega para seu amigo(a) e pergunta: I AI? 😄 A letra “a” é de Amortização da dívida.
e) Errada. A Amortização da dívida é despesa de capital e os juros e encargos da dívida são despesas
correntes.
Gabarito: B
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c) Errada. Eu disse que as bancas adoram essa pegadinha. 😄 Portanto, leve isto para a prova:
d) Errada. Taxa de limpeza pública não é receita de contribuição! É receita corrente da origem “impostos,
taxas e contribuições de melhoria”.
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e) Errada (no gabarito da banca). A questão é de 2016. Com a Portaria SOF 45, de 2015, a receita da dívida
ativa que antes, em regra, era classificada como outras receitas correntes, agora a passa a acompanhar a
origem (2º nível) e espécie (3º nível). Será identificada pelo tipo (último dígito da classificação por natureza da
receita. Portanto, a receita citada na questão deve ser classificada como receita corrente tributária com o tipo
3 (Dívida Ativa da respectiva receita) ou 4 (Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita).
Gabarito: A
Com relação ao sistema de classificação orçamentária, composto pelas contas denominadas classificação
institucional, classificação funcional e programática e classificação econômica, assinale a opção correta.
A) A classificação da despesa por subfunção é um desdobramento da ação administrativa do ponto de vista da
classificação institucional.
B) A classificação econômica da despesa é feita desdobrando-se em função e subfunção.
C) O sistema de classificação orçamentária constitui um sistema de informação que possibilita aos interessados
identificar e avaliar as origens e as destinações dos recursos que compõem os orçamentos públicos.
D) A classificação econômica explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o
estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos
orçamentos.
E) A classificação funcional e programática apresenta o conjunto de receitas e despesas de forma discriminada,
de acordo com a sua natureza.
Comentários:
Vamos logo para as alternativas? 😄
a) Errada. A classificação institucional quer saber:
d) Errada. A classificação que explicita os gastos relacionados a cada órgão público, pois identifica o
responsável pela realização da despesa, é a classificação institucional.
e) Errada. A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder basicamente
à indagação “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?”.
Gabarito: C
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B) por modalidade.
C) por fonte de recurso.
D) por esfera.
E) institucional.
Comentários:
Qual é a classificação que pergunta:
É a classificação funcional! 😃
Gabarito: A
A) institucional.
B) funcional.
C) subfuncional.
D) programática.
E) por esfera.
Comentários:
Qual é a classificação que identifica a unidade orçamentária? Ou seja, a classificação que identifica quem
está realizando a despesa? 🤔
Gabarito: A
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1º
__ 2º
__ 3º
__ 4º
__ 5º
__ 6º
__ 7º
__ 8º
__
Numérico Alfanuméricos Numéricos
Ação Subtítulo
Ela reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão
orçamentário e unidade orçamentária.
Gabarito: Certo
A classificação da despesa pública por esfera orçamentária objetiva definir se o gasto será executado
diretamente pela União ou se será transferido para outros entes da Federação.
Comentários:
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Não! A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao
Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I). Ou seja, ela
busca responder ao seguinte questionamento:
Em qual orçamento?
Quem objetiva definir se o gasto será executado diretamente pela União ou se será transferido para
outros entes da Federação é a modalidade de aplicação (3º nível da classificação por natureza da despesa –
C.G.MM.EE.DD). 😉
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
Deve-se usar a modalidade de aplicação se for preciso distinguir os recursos a serem aplicados diretamente por
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo daqueles transferidos para outro ente da
Federação.
Comentários:
A modalidade de aplicação objetiva definir se o gasto será executado diretamente pela União ou se será
transferido para outros entes da Federação. Assim ela consegue eliminar a dupla contagem dos recursos
transferidos ou descentralizados.
Gabarito: Certo
Comentários:
Eu disse para você lembrar da estrutura do código da classificação por natureza da despesa, não foi?
C.G.MM.EE.DD
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Onde:
• “c” representa a categoria econômica;
• “g” o grupo de natureza da despesa;
• “mm” a modalidade de aplicação;
• “ee” o elemento de despesa; e
• “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
Mas se você não quiser lembrar do Cirurgião Geral (MÉDico), você pode dizer o seguinte:
Gabarito: Certo
Gabarito: Certo
A classificação institucional tem por objetivo identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.
Comentários:
Opa, opa, opa! A classificação institucional quer saber:
Já a classificação por esfera é quem tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento
Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I). Ou seja, ela busca
responder ao seguinte questionamento:
Em qual orçamento?
Gabarito: Errado
De acordo com a classificação funcional da despesa, é possível que a função energia possa comportar a
subfunção comunicação social.
Comentários:
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Exatamente! E quem permite isso é a matricialidade! Nos termos da Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999,
é possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, propriedade
denominada de matricialidade.
A exceção é só a função 28 – Encargos Especiais. Ou seja: a regra da matricialidade só não é valida para
a função 28 – Encargos Especiais. 😄
Como a questão não tratou da exceção, então é perfeitamente possível que a função energia possa
comportar a subfunção comunicação social. 😄
Gabarito: Certo
Pessoal e encargos sociais, na verdade, são despesas agrupadas no Grupo de Natureza da Despesa (2º
nível). Quanto à categoria econômica, as despesas são classificadas em:
• Despesas Correntes; e
• Despesas de Capital.
Essa tabela aqui resume tudo para você:
Categoria Econômica GND
Pessoal e Encargos Sociais
Despesas Correntes
Juros e Encargos da Dívida
PeJO
Outras Despesas Correntes
Investimentos
Despesas de Capital
Inversões Financeiras
I AI?
Amortização da Dívida
Gabarito: Errado
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Comentários:
Isso mesmo! 😄
Programação QUANTItativa
Programação QUALItativa
(dimensões física e financeira)
Natureza da Despesa (CGMED: Categoria
Classificação por esfera (em qual orçamento?) econômica, Grupo de Natureza, Modalidade de
Aplicação, Elemento da despesa)
Identificador de Uso – IDUSO (recursos destinados
Classificação institucional (quem?)
para contrapartida?)
Classificação funcional (em que área?) Fonte de Recursos (de onde virão os recursos?)
Identificação de Doação e de Operação de Crédito –
Estrutura programática (programa, ação, subtítulo) IDOC (recursos relacionados a qual operação de
crédito ou doação)
Meta física
Identificador de Resultado Primário (qual o efeito
sobre o resultado primário?)
Dotação (qual o montante alocado?)
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Folha de respostas
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A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
2. CESPE – PGM - João Pessoa - Procurador do Município – 2018
A respeito da classificação das despesas, julgue os itens subsequentes.
I. Segundo a classificação funcional, a função “encargos especiais” engloba as despesas que não possam ser
associadas a um bem ou a um serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, representando, portanto,
uma agregação neutra.
II. Na classificação programática, os projetos consistem em instrumentos de programação para alcançar o
objetivo de um programa e envolvem um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, do que resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo.
III. Na classificação funcional, é vedada a combinação de subfunções com funções diferentes daquelas a que já
estejam vinculadas.
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
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A identificação da localização do gasto público na estrutura programática é feita por meio do subtítulo.
A Lei do Direito Financeiro define subvenção econômica como uma despesa corrente destinada a empresa
agrícola, pastoril, industrial ou comercial.
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D) A entrega de um conjunto habitacional para moradia popular indica, na previsão orçamentária, o aumento
da receita corrente de contribuições, advinda da expectativa de aumento da arrecadação da taxa de limpeza
pública.
E) A receita de dívida ativa proveniente da inclusão do nome de contribuintes que não efetuam o pagamento
de seus impostos até o final do exercício financeiro deve ser classificada, pela administração pública, como
receita corrente tributária.
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O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas específicas de atuação para a ação
governamental denomina-se classificação
A) funcional.
B) por modalidade.
C) por fonte de recurso.
D) por esfera.
E) institucional.
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Deve-se usar a modalidade de aplicação se for preciso distinguir os recursos a serem aplicados diretamente por
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo daqueles transferidos para outro ente da
Federação.
A classificação institucional tem por objetivo identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.
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Gabarito - CESPE
1. C 13. E 25. Certo
2. A 14. Certo 26. Certo
3. Certo 15. Errado 27. Certo
4. Certo 16. Errado 28. Certo
5. Certo 17. B 29. Errado
6. Errado 18. A 30. Certo
7. Certo 19. C 31. Errado
8. D 20. A 32. Certo
9. D 21. A 33. Certo
10. Errado 22. A 34. Certo
11. Certo 23. Certo 35. Errado
12. E 24. Errado
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Resumo direcionado
1. Introdução
Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Em outras palavras: é a aplicação de recursos
públicos para realizar as finalidades do Estado.
Na LOA
Despesas
Autorizadas
orçamentárias
Por meio de
Dispêndios
créditos adicionais
Despesas
Não estão na LOA
extraorçamentárias
REO DEO
REO
RO DO
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Em qual orçamento?
• Finalidade: identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S)
ou de Investimento das Empresas Estatais (I)
• Classificação utilizada tanto para as receitas quanto para as despesas públicas.
• Código composto por dois dígitos.
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1º__
__ 3º__
2º __ 4º__
5º
Função Subfunção
• Função: maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Ela quase
sempre se relaciona com a missão ou competência institucional. Há situações em que o órgão
pode ter mais de uma função típica. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências
institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação.
• Subfunção: nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza
da atuação governamental,
Matricialidade: é possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente
relacionadas, exceto uma: a função 28 – Encargos Especiais. Ou seja: a regra da matricialidade só não é valida
para a função 28 – Encargos Especiais. 😄
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Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos
estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, 4 (quatro) anos.
1º
__ 2º __
__ 4º
3º __
Programa
A classificação por estrutura programática não é de aplicação comum para todos os entes. Cada ente
estabelecerá seus próprios programas e ações.
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de
ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um
problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
• Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de
bens e serviços à sociedade;
• Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e orienta as ações
destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.
Os programas compostos exclusivamente por Operações Especiais não constam no PPA. Eles
constam somente na LOA.
• Programas temáticos
PPA • Programas de Gestão, Manutenção e Serviços
ao Estado
• Programas temáticos
• Programas de Gestão, Manutenção e Serviços
LOA ao Estado
• Programas de Operações Especiais
Ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao
objetivo de um programa.
Programa
Ações
Operações
Atividades Projetos
Especiais
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Limitados no tempo
Ações Projetos
Resultam um produto que concorre para
expansão ou aperfeiçoamento da ação de
governo.
Não contriubuem para manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento das ações de
governo
Operações
Não resultam um produto
Especiais
Cada ação possui um código alfanumérico (letras e números) de quatro dígitos, acrescido de quatro
dígitos do localizador (ou subtítulo):
1º
__ 2º
__ 3º
__ 4º
__ 5º
__ 6º
__ 7º
__ 8º
__
Numérico Alfanuméricos Numéricos
Ação Subtítulo
2.5.1. Ações padronizadas
mais de uma UO do
Setorial mesmo órgão
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O Plano Orçamentário (PO) será obrigatório para as ações orçamentárias que requerem
acompanhamento intensivo
2.6. Classificação por natureza da despesa
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código
estruturado que agrega:
• a categoria econômica;
• o grupo de natureza da despesa;
• a modalidade de aplicação; e
• o elemento.
Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo (aplicação
obrigatória para todos os entes).
C.G.MM.EE.DD
Para lembrar, chame o Cirurgião Geral, MÉDico! 😄
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Exemplos: 11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil, 30 - Material de Consumo, 52 - Equipamentos e Material
Permanente, 92 - Despesas de Exercícios Anteriores.
O termo “elementos”, usado na Lei 4.320/64, é diferente do atributo “elemento da despesa”, trazido
pela Portaria 163/2001.
Caso seja mencionado o termo “natureza”, o item deve ser julgado com base na Portaria 163/2001,
pois foi ela que trouxe essa classificação (e não a Lei 4.320/64).
2.6.5. Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa – Subelemento (5º nível)
É facultativo, por isso, o código da despesa pode ter 6 dígitos (quando desdobrado até o nível de
elemento) ou 8 dígitos (quando também contempla o desdobramento facultativo do elemento).
2.7. Classificação quanto ao impacto na situação patrimonial líquida (afetação patrimonial)
• Despesa orçamentária efetiva: aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. Portanto,
produzem mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido.
• Despesa orçamentária não efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil permutativo. Portanto,
produzem mutações patrimoniais, só que não alteram o patrimônio líquido.
Normalmente,
As despesas correntes são despesas efetivas. Exceções: aquisição de materiais para estoque e a
despesa com adiantamentos.
As despesas de capital são despesas não efetivas. Exceções: transferências de capital.