Paulo Brites
Eletrônica
para
Estudantes, Hobistas & Inventores
1ª Edição
Rio de Janeiro
Edição do Autor
2016
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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Algumas palavras iniciais
Era isto que eu queria saber sobre os transistores e que aqueles “professores”, estudantes
de engenharia não ensivam, porque também não sabiam.
Não desisti. Mesmo sem Internet e sem Google, era 1967, descobri um pequeno livrinho
da RCA americana que consegui que chegasse às minhas mãos aqui no Brasil (não
perguntem como consegui esta façanha, nem lembro mais) e que explicava com muita
clareza como o transistor funcionava.
Por volta de 1970, quando comecei a dar aula de Eletrônica, aquele livrinho era a minha
fonte de inspiração para preparar as aulas.
Para encurtar este prefácio, antes que ele se transforme numa auto biografia, quero dizer
que ano após ano venho percebendo que se precisa simplificar cada vez mais a maneira
de ensinar, para quem está começando a estudar alguma coisa, seja Eletrônica ou o que
for.
Estamos no século XXI e os métodos de ensino e muitos livros ainda estão no século XIX!
No meu ponto de vista, primeiro o aprendiz precisa entender para que serve aquilo que
estão tentando lhe ensinar. Mais tarde, se for do seu interesse, ele irá se aprofundar no
assunto.
Costumo resumir este meu “método didático” dizendo: - ninguém precisa saber como
funciona o aparelho digestório para almoçar e jantar.
Este será o caminho seguido neste livro: - primeiro a gente come, depois a gente digere
a comida.
Espero que funcione e que você não tenha uma "indigestão" de conhecimentos!
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Sumário
Capítulo 1
Onde trataremos do que você precisa ter em mãos para começar a estudar e aprender Eletrônica.
Capítulo 2
Capítulo 3
Neste capítulo estudaremos um componente sempre presente nos circuitos eletrônicos: o resistor.
Capítulo 4
Capítulo 5
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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Da tensão alternada para a contínua ......................................................................................45
Funcionamento de uma ponte retificadora ..............................................................................49
Entra em cena o capacitor .......................................................................................................51
O que se usa na prática .......................................................................................................... 52
Retificação de onda completa em ponte ............................................................................... 53
Começando a construir uma fonte de alimentação .................................................................54
Como escolher um diodo .........................................................................................................57
Capítulo 6
Capítulo 7
Neste capítulo voltaremos a falar de resistores, mas não aqueles que estudamos no capítulo 3.
Trataremos de resistores cuja resistência varia em função de fatores externos como luz e
temperartura, por exemplo.
Estudaremos também resistores variáveis chamados de ponteciômetros.
Capítulo 8
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Capítulo 9
Neste capítulo você estudará os diodos Zener bem como algumas de suas aplicações.
Capítulo 10
Neste capítulo estudaremos mais um componente passivo, depois dos resistores, muito importante
e sempre presente nos circuitos eletrônicos: - os capacitores. Aproveitaremos para começar a
estudar o conceito de impedância.
Capítulo 11
Neste capítulo voltarei aos transistores, para estudarmos as técnicas de polarização para
aplicação do transistor como amplificador e outras coisinhas mais.
Capítulo 12
Este será um capítulo dedicado aos dispositivos semicondutores ópiticos cada vez mais utilizados
em diversos projetos.
Capítulo 13
Este capítulo tratará dos indutores, popularmente conhecidos como bobinas, e suas aplicações
mais usuais como relés e altofalantes.
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Breves noções sobre eletromagnetismo ...............................................................................158
O indutor em "corrente" contínua ..........................................................................................165
O indutor em "corrente" alternada .........................................................................................169
Reatância indutiva..................................................................................................................170
Relé uma aplicação do eletromagnetismo.............................................................................171
A impedância no circuito RL................................................................................................. .174
A impedância do alto falante..................................................................................................174
Capítulo 15
Neste diodo você conhecerá mais alguns diodos além do que foi estudado no capítulo 5.
São eles: SCR, TRIAC, DIAC e SCHOTTKY
Capítulo 16
Vamos estudar um "novo" transistor:: os FETs e MOSFETs, cada vez mais presentes nos
circuitos eletrônicos e também falar um pouco dos IGBTs
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CA P ÍT U LO 1
Onde trataremos do
que você precisa ter
em mãos para começar
a estudar e aprender
Eletrônica.
S e vo c ê já f o r u m
“ i n i c i a d o ”n a Ele t rô n ic a
p o d e r á d is p e n s a r a le it u ra
d es t e c a p ít u lo .
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O que é obr iga tóri o par a com eçar a est udar
“A educação deveria começar Nas lojas de eletrônica você
pelos sentidos, pois as experiências encontrará multímetros digitais de
qualidade razoável por menos de
sensoriais obtidas por meio dos objetos cinquenta reais e que atenderão
seriam internalizadas e, mais tarde, plenamente seus estudos iniciais.
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CAP Í T U LO 2
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Antes porém você precisa Pode haver uma pequena
lembrar que existem dois “tipos” de variação de um marca para outra,
tensão, uma chamada de “corrente principalmente nos modelos mais
contínua” e a outra de “corrente caros, mas o importante é que
alternada”. você procure a posição onde está
o símbolo de “corrente” contínua
Se você não sabe disso, então que foi mostrado na fig.2 e está em
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CA P ÍT U LO 3
Neste capítulo
estudaremos um
componente sempre
presente nos circuitos
eletrônicos: o resistor.
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D escobr indo o va lor da r esi st ênci a do r esi st or
atr a vé s d o códi go de cor es
Dentre os resistores que foram sugeridos para você comprar tem
alguns com as seguintes cores:marron-preto-vermelho e mais uma
faixa que pode ser ouro ou prata, que é a tolerância.
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CA P ÍT U LO 4
Neste capítulo
começaremos a estudar
a função do resistor nos
circuitos.
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Volt
Vo l te
emm o s a o n o sss s o ccii r cu ito
i to Outro ponto que precisamos
d a ffiig.
da g . 2 p a r a rre esponder sa b e r p a rraa a p lica
l i c a r a L e i de
de
p o r q u e p r e ccii ssa
porque amos usar o Oh m e e n co n tr a r o va lor lor
re s is
res i s tto
orr e m s é r i e ccoo m o L ED d o r e sisto
si sto r, é sa b e r q u a l a
e qual
q u a l o sse e u v a l o r. PPa a r a ta l co r r e n te q u e o L ED co n so m mee..
u sa
us aremo
re mo s a L e i d e O Ohhm.
O va llo o r e xa to só s ó p o d e ser
se r
A p primri m e i r a ccoo i ssa a q u e vo cê o b tid
ti d o a tr traa vé s d o fa b r ica
i ca n te,
te ,
N a ffii g ..4
Na 4 v o c ê tte em a
mont
mo n taage
g e m d o ccii r ccuu i tto
o e a
me d i d a da
medida d a te
tensão
nsão a aplicada
plicada a
e l e que
ele q u e s e l ê n o m u l ttíme í m e tr o
d i g i ta
digit all c o m o 9 ,,3
3 6 V,
Em
E m bor
bora nós tte
e n h am
a moos Fig. 4 - Medindo a tensão da bateria
c ons
o n s ide
i d e rra
a d o 9 V n o s n o sso
ss o s
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CA P ÍT U LO 5
Começaremos a estudar
o primeiro componente
eletrônico propriamente
dito e suas aplicações.
Trata-se do DIODO
semicondutor e os
circuitos retificadores.
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Tes tando diodos com o m ul t í m et r o di gi t al
Vam
Va mo oss e xxp
plorar m
maa is
is
u m a ap
um a p l i c a ççã
ã o p a r a o se u
m ult
u l tím
í m e ttro
r o d i g i tta
al que é o
tte
esste
te d dee d i o d o ss..
P egue
e g u e o s e u m u l ttím í me e tr o
Na
N a ffii g ..7 7 a o d i o d o e stá
p o l a ri za
polariz a d o d i r e ttaa m e n ttee. A
p o n te
pont eira
i ra p r e tta
a ((n
n e g a tiva
ti va )
e stá
es t á liga
l i g a d a n o l a d o d a ffa a ixa
ixa
q u e cco
que orr rr e s p o n d e a o ccáá tto
oddo.
Veja
Ve j a a l e i ttu
u r a n o d i ssp
p la
lay
e m c ada
em a d a cca
a sso
o. Fig. 7b- Diodo polarizado inversamente
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Antes de analisarmos como Há uma outra maneira dele
este circuito irá fazer a “mágica” aparecer nos circuitos que é de
de transformar uma senóide numa forma integrada como se vê na fig.
onda completa pulsante como a da 17 onde os quatro diodos estão
fig. 14 vamos ver como ele aparece “escondidos” na pastilha com
na prática mostrando um recorte de quatro terminais.
uma placa de um equipamento.
Fig. 16 - Ponte retificadora com diodos Fig. 17- Ponte retificadora integrada
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carga até o ponto B do próximo prender apenas a parte conceitual.
semiciclo.
Imagine agora que a mesma
Graças à colocação do capacitor solução de colocar um capacitor
de filtro a tensão na carga passará em paralelo com a carga fosse
a ter a forma de onda mostrada adotada num circuito retificador
na fig.23 que já dá para perceber de onda completa cuja tensão na
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R etifica çã o de ond a com pl et a em m ei a pont e
O circuito da fig.25 também com que o ponto B fique positivo
fornecerá uma retificação de onda em relação ao CT e D2 passará a
completa da mesma forma que o conduzir fazendo com que a carga
circuito em ponte apresentado na “veja” novamente um semiciclo
fig, 18, utilizando apenas dois diodos positivo.
que são ligados ao secundário de
um transformador cujo enrolamento
tem uma derivação central.
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Antes de passarmos a um
exemplo numérico, vale a pena objetividade e o alvo são estudantes,
fazer dois breves comentários. hobbistas e “inventores”.
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CAP Í T U LO 6
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Não irei adentrar nas “entranhas” um sorvetão de três camadas com
dos transistores, porque não estes dois sabores de modo que
há nenhum interesse para um duas camadas do mesmo sabor
principiante saber isso. Não quero não podem ficar juntas uma da
incorrer no mesmo erro dos meus outra.
primeiros professores.
Chamemos um sabor de P e
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Substituindo o dedo por um r esi st or
Nem sempre estaremos
disponíveis ou podemos emprestar
nosso dedo para operar o circuito
da fig.10, então é melhor arranjar
outro jeito.
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Apr ende ndo a pol ar i z ar um t r ansi st or.
Para aprender como se polariza Pa r a p o la r iza r um
um transisrtor precisamos conhecer tr a n sisto r te m o s q u e a p licar
duas regras básicas. a s r e g r a s “ ve r d e e a m a r e lo”
a o la d o .
Pr e cisa m o s e sco lh e r u m
d o s te r m in a is ( p e r n in h a s) do
Vamos substituitr nossos tr a n sisto r co m o r e fe r ê n cia
“modelos sorvete” dos transistores p a r a lig a r n o ssa fo n te ou
das fig. 1 e 2 por um outro, menos b a te r ia .
gostoso, porém mais técnico
ulitizando diodos. Te m o s tr ê s te r m in a is, lo go
te r e m o s tr ê s p o ssib ilid a d e .
Acompanhe na fig.14.
Co m e ça r e i u sa n d o o
e m isso r co m o r e fe r ê n cia q ue
é o m a is u sa d o n a p r á tica,
g e r a lm e n te co n h e cid o co mo
e mis s o r c o mu m .
Ve ja fig . 1 5 p a r a u m NPN .
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Vejam o s então como
f arem os para usar o
mult í me t r o d i g i t a l n a f u nçã o
diodo a f i m d e a v a l i a r u m
t rans is t o r.
Fig. 18 - Função usada para testar
diodos e transistores
Se não soubermos de
ant emão quais são os Vo cê te r á q u e fa ze r d u as
t erm inai s teremos que m e d id a s p a r a ca d a p a r de
des c obr i r p o r t e n t a t i v a e te r m in a is co m o m o str a o
erro. e xe m p lo d a s fig .2 0 e 2 1 p a ra
o s te r m in a is 2 e 3 .
Com o s ã o t r ê s t e r m i na is
e duas m e d i d a s d e ca d a
v ez t ere m o s u m t o t a l d e s e is
medidas a s e r e m r e a l i z a da s.
A melhor maneira de
ent ende r e aprender é
f az endo .
P egue o t r a n s i s t o r B C 5 47 e
Figs. 20 e 21 - Medindo a junção 2-3
“f aç a de c o n t a ” q u e v o c ê n ã o
s abe qu e e l e é N P N e n ã o
c onhec e a c o n f i g u r a ç ã o d o s Ob se r ve q u e a d ife r e n ça
t erm inai s q u e c h a m a r e mo s e n tr e a fig . 2 0 e a 2 1 fo i a
de 1, 2 e 3 c o m o m o s t r a a in ve r sã o d e p o la r id a d e d a s
f ig. 19. p o n te ir a s.
Na fig .2 0 o b tive m o s u m a
d e te r m in a d a le itu r a d
o d isp la y a q u i r e p r e se n ta d a
co m o “ xxx” , lo g o a ju n çã o 2 - 3
e stá p o la r iza d a d ir e ta m e n te
e n a fig .2 1 n ã o o b tive m o s
Fig. 19 - Transistor “descohnecido” n e n h u m a le itu r a , o q u e in d ica
a ju n çã o e stá p o la r iza d a
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A c hou c o m p l i c a d o ? co m o s r e su lta d o s o b tid o s n as
le itu r a s e ve r á co m o fica fá ci l
Mont e u m a t a b e l a c o m o a d e sco b r ir o s te r m in a is e o
mos t rad a a s e g u i r e p r e e nch a tip o d o tr a n sisto r “ m iste r io so.
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CAP Í T U LO 7
Neste capítulo
voltaremos a falar de
resistores, mas não
aqueles que estudamos
no capítulo 3.
Trataremos de resistores
cuja resistência varia
em função de fatores
externos como luz
e temperartura, por
exemplo.
Estudaremos também
resistores variáveis
chamados de
ponteciômetros.
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Resistor e s “es pe cia i s” , sensor es ou t r ansdut or e s
O s r e s i s t o r e s e s t u d ad o s in te n sid a d e lu m in o sa o u de
no c apít u l o 3 t ê m u m v a lo r te m p e r a tu r a .
de res ist ê n c i a f i x o e o va lo r
des t a r e s i s t ê n c i a n ã o se r á Já a p a la vr a t ra n s d u t or
inf luenc i a d o por a g e n te s (não vá co n fu n d ir com
O t erm o s e n s o r n ã o r eq u e r Um a lto fa la n te é u m
maiores explicações. Um tr a n sd u to r q u e tr a n sfo r ma
s ens or é a l g o q u e “ s e n te ” e m so m a e n e r g ia m e câ n ic a
algum a c o i s a c o m o , p o r d a s vib r a çõ e s d e u m co n e .
ex emplo , u m a v a r i a ç ã o d e
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Out r os sensor es
Vale m e n c i o n a r t r ê s o u tr o s Se n so r d e F o r ça o u Pr e ssão
s ens ore s m e n o s c o n h e cid o s
que podem ser ú te is, Se n so r d e Um id a d e
princ ipa l m e n t e p a r a h o b i sta s
que s e d e d i c a m à r o b ó tica . M a g n e to r e sisto r
S ão ele s :
Pote nc iômet r os e r eost at os
Na f i g . 7 t e m o s a l g u n s
t ipos de p o t e n c i ô m e t r o s q u e
embora n ã o s e e n q u a d r e m n a
c at egor i a d e s e n s o r e s p o d e m
s e enqu a d r a r n o q u e c h a m e i
de “res i s t o r e s e s p e c i a s ” q u e
é o obje t i v o d e s t e c a p í t ulo .
P ot en c i ô m e t r o s ou
reos t at o s s ã o e m e s s ê n cia
res is t or e s c u j a r e s i s t ên cia
pode ser escolhida ou
v ariada p e l o u s u á r i o a t ra vé s Fig. 7 - Alguns tipos de potencíômetros
do m ov i m e n t o m e c â n i c o d e
um eix o . Ob se r ve n a fig .8 q u e
o d isp o sitivo p o ssui
u m a r e sistê n cia fix a
e n tr e o s e xtr e m os
A e B e q u e a tr a vés
d a r o ta çã o d o cu r sor
p o d e - se e sco lh e r u m
va lo r d e r e sistê n ci a
e n tr e o te r m in al
ce n tr a l C e os
te r m in a is e xtr e m o s A
o u B. Aco m p a n h e a
fig .9 .
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CAP Í T U LO 8
86 www.paulobrites.com.br
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Se você está querendo saber
c omo eu d e s c o b r i q u e t em o s
que c olo c a r o s r e s i s t o r e s R1
e R2 m o s t r a d o s n a f i g . 9 eu já
lhe res p o n d o : - n o a p p l i c a tio n
not e do f a b r i c a n t e d o L M 3 1 7
que pod e s e r e n c o n t r a d o n a
I nt ernet. Fig. 9 - Como usar o LM317
O application note é
um do c u m e n t o f o r n ecid o
pelo fabricante de um
c ompon e n t e e l e t r ô n i c o on d e
ele dá to d a s a s i n f o r m a çõ e s
nec es s á r i a s p a r a s e u t i l i zá - lo
c orret am e n t e .
P ois bem, a n a l i s an d o
o appl i c a t i o n note vo cê
des c obr i r á também co m o
“enc ontr a r ” o s v a l o r e s d e R1
e R2. Fig. 10 - Como calcular R1 e R2
Vou lh e d a r u m a a j u d i nh a e
c oloc ar n a f i g . 1 0 u m p e d a ço
do appli c a t i o n n o t e o b t i d o n o
s it e da O n S e m i c o n d u cto r s
Fig. 11 - Cálculo simplificado
que é at u a l n o m e d a N a t i on a l. de R1 e R2
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A p r im eir a m ontag em a gent e nunca esquece!
Voc ê ch e g o u a u m p o n to d a No d ia g r a m a e m b lo co s n ão
leit ura d e s t e l i v r o e m q ue já d e se n h a m o s o s sím b o lo s do
pode usa r o s c o n h e c i m e n to s co m p o n e n te s q u e co m p õ e o
adquirid o s a t é a q u i p a r a cir cu ito e sim , co m o o p r ó p r i o
realiz ar a s u a p r i me ir a n o m e su g e r e , te m o s a p e n as
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CA P ÍT U LO 9
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O que é um di odo Zener
No c a p í t u l o 5 q u a n d o vo cê
f oi apr e s e n t a d o a o d io d o
ret if ic ad o r l h e f o i d i t o q u e
o diodo d e v e s e r p o l a r i za d o
diret am e n t e ( f o r w a r d, e m
E o q u e a c o n t e c e r i a se fo r a m d e n o m in a d o s d io d os
polariz á s s e m o s u m dio d o Z e n e r e m h o m e n a g e m ao
rev ers am e n t e e f o s s e m o s “ d e sco b r id o r ” d o fe n ô m e no
aument a n d o a t e n s ã o so b r e físico d e b r e a kd o wn .
ele c om o m o s t r a a f i g . 1 ?
Be m , isto é só uma
Lá por 1 9 3 4 , m a i s o u m e n o s, cu r io sid a d e , m a s a ch o q ue
um f ís i c o e s t a d u n i d e n se va le a p e n a co n ta r p a r a
c hamad o C l a r e n c e Z ENER e n r iq u e ce r su a cu ltu r a g e r al .
des c obr i u que m a t e r ia is O q u e in te r e ssa m e sm o é o
is olant e s s o f r i a m u m c o l ap so q u e ve m a se g u ir.
(break do w n ) n o i s o l a me n to
quando s u b m e t i d o s a u m a No ca p ítu lo 5
det erm i n a d a tensão que e u ,p r o p o sita lm e n te , d e ixei
f oi den o m i n a d a t e n s ã o d e d e a p r e se n ta r u m g r á fico
rupt ura ( b r e a k d o w n, em m o str a n d o a va r ia çã o d a
inglês ). co r r e n te n o d io d o e m fu n ção
d a te n sã o a p lica d a a e le .
Esta descoberta, fo i
aplic ada , m a i s t a r d e , a o s Vo cê va i ve r e ste g r á fic o
diodos numa e x p e r i ên cia a g o r a n a fig .2 o n d e te m o s o
s im ilar a d a f i g . 1 e p a r t i r d a í co m p o r ta m e n to d a co r r e n t e
f oram f a b r i c a d o s d i o d o s p a r a n o d io d o e m d u a s situ a çõ e s:
t rabalha r especificamente p o la r iza çã o d ir e ta ( a d ir e ita)
c om ten s ã o r e v e r s a e q u e e r e ve r sa ( a e sq u e r d a ) .
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A s egu i r t e m o s o c á l c u lo d o Os cá lcu lo s se r vem
res is t or s h u n t ( R s ) b e m co m o a p e n a s co m o u m a r e fe r ê n c i a
da pot ê n c i a d o Z e n e r p a r a p r e lim in a r. De ve m o s m o n tar
c ada um d o s t r ê s c a s o s . o cir cu ito a a n a lisa r os
r e su lta d o s p r a tica m e n te .
Nos t r ê s c a s o s p o d e m o s
c onc luir q u e u m Z e n e r d e É p o ssive l e n co n ta r o u tr as
500mW a t e n d e a o c i r c u i to . m a n e ir a s d e se r e a liza r e stes
cá lcu lo s, m a s n o fim d as
Q uant o a o r e s i s t o r p o d em o s co n ta s to d a s se b a se ia m na
ex perim e n t a r 1 2 0 10 0 “ e te r n a ” L e i d e Oh m .
e 68 u e s ã o o s v a l o r e s
c omerc i a i s m a i s p r ó xim o s Se r ia in te r e ssa n te vo cê
para c a d a c a s o . p r a tica r e ste cir cu ito .
C á l c u l o d o r e sisto r sh u n t p a r a ca d a ca so
P or e n q u a n t o v o u f i c a n d o Nã o é a in te n çã o e sg o tar
por aqu i c o m e s t e a s su n to um a ssu n to num ú n ico
s obre o s d i o d o s Z e n e r. ca p ítu lo e d e ixa r d e e stu d ar
o u tr a s co isa s. O o b e jtiv o
Com o p r e l i m i n a r i s t o já é d o livr o é q u e vo cê co m e ce
s uf ic ien t e p o r e n q u a n t o . co n h e ce n d o o b á sico .
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CA P ÍT U LO 10
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4) pi c o = 0 , 0 0 0 0 0 0 0 0 0 r e p r e se n ta d o ta m b é m p or
001 (um t r i l h i o n é s i m o ). O 1 2 0 0 p F.
pic o é si m b o l i z a d o p e l a le tr a
p m inúsc u l a . N a E l e t r ô n ica Esta “ m e ta m o r fo se ” n os
“ant iga” a i n d a n o t e m p o n ú m e r o s é u m p o u q u in ho
das v ál v u l a s n ã o e r a mu ito m a is d ifícil d e e n te n d e r, m as
c omum u s a r - s e p i c o f a r a ds, e n ã o é n e n h u m b ich o d e se te
s im F. ca b e ça s.
Um a f o r m a q u e c o s tu m a Vo cê r e p a r o u q u e u m n a no
s er us a d a p a r a e s c r e v e r o s é m il ve ze s m a io r q u e u m
v alores dos c a p a c i t or e s, p ico ?
princ ipa l m e n t e n o s e s q u em a s
é “s ub s t i t u i r ” a v í rg u la T á co n fu so ?
(ou pon t o ) p e l a l e t r a q u e
repres en t a o s í m b o l o d o En tã o o lh a só
s ubmúlt i p l o . 1 n a n o = 0 ,0 0 0 0 0 0 0 0 1
( 9 ze r o s a n te s d o 1 )
Nada melhor que um
ex emplo p a r a e s c l a r e c e r. 1 p ico = 0 ,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 01
( 1 2 ze r o s a n te s d o 1 )
Um c a p a c i t o r d e 1,2 n F
pode s e r e s c r i t o t a m b é m A d ife r e n ça e n tr e o n a n o e
c omo “1 n 2 ” o n d e o F d e fa r a d o p ico é q u e o p ico te m tr ês
f oi s um á r i a m e n t e o m i tid o , ze r o s a m a is a n te s d o 1 q ue
pois f ic a s u b e n t e n d i d o q u e o nano.
s ó pode s e r F j á q u e e s t a m o s
t rat ando d e c a p a c i t o r. L o g o p a r a tr a n sfo r m a r n a no
e m p ico co lo ca m o s e ste s tr ês
E t em m a i s , n a p r á t i c a fa la - ze r o s d e p o is d o 1 e te r e m o s, 1
s e “um n a n o d o i s ” e e s t a m o s n a n o = 1 .0 0 0 p ico q u e ta m b é m
c onv ers a d o s ! p o d e se r e scr ito co m o “ 1 kp F”
su b stitu in d o - se o 1 0 0 0 p e l a
O ut ra c o i s a q u e c o s tu m a le tr a k ( m in ú scu la ) .
c onf und i r a cabeça dos
t éc nic os , até m esm o Em o u tr a s p a la vr a s, te m os
v et eran o s , é q u e e s t e m esm o q u e m u ltip lica r o va lo r em
c apac it o r “ 1 n 2 ” p o d e se r nano por 1000 para que ele
“ vir e ” p ico .
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A segunda armadura é te r r o r ista e e ste ja in te r e ssa do
obt ida p o r u m p a p e l e m b eb id o e m fa b r ica r b o m b a s ca se ir as,
por um l í q u i d o c o n d u t or d e p o r q u e e le va i e xp lo d ir !
c orrent e e l é t r i c a c h a ma d o
elet rólit o o q u a l e n t r a e m A se g u n d a r a zã o , n ão
c ont at o c o m u m a s e g un d a m e n o s im p o r ta n te , é q u e p el o
f olha d e a l u m í n i o o n de é p r o ce sso d e co n str u çã o d os
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Volt an d o a q u e s t ã o d a
ex plos ã o d o s e l e t r o l i tico s
v ale ress a l t a r q u e e l e s n ã o
ex plode m a p e n a s p o r c o n ta
da inv e r s ã o d a p o l a r i d a d e ,
t ens ão a p l i c a d a a o c a p a cito r
ac im a d e s u a t e n s ã o d e
t rabalho (work voltage),
f alhas n o c i r c u i t o o u a té
Fig. 6 - Eletrolítico explodido
mes m o n o p r ó p r i o c a p a cito r,
t empera t u r a elevada no Nã o p o sso fin a liza r e ste
equipam e n t o e a i n d a , t e nsã o p a r a g r á fo se m fa la r d e um
alt ernad a p o d e m p r o v o ca r a p a r â m e tr o d o s e le tr o líticos
ex plos ã o . q u e h á a lg u n s a n o s a tr á s n ão
e r a m u ito d ivu lg a d o . Tr a ta - s e
J á que f a l e i e m t e m p e r a tu r a d a ESR.
é bom q u e v o c ê s a i b a q u e
es t e t am b é m é u m p a r â m e tr o A sig la ESR sig n ific a
im port an t e n a e s p e c i f i c açã o Eq u iva le n t Se r ie Re sista n c e
dos ele t r o l í t i c o s , a l é m , é ou, em português, Resistência
c laro, d a c a p a c i t â n c i a e d a Sé r ie Eq u iva le n te .
t ens ão d e t r a b a l h o .
Co m o a ssim , e sta m os
Os eletrolíticos ma is fa la n d o d e ca p a cito r e s ou
c omuns s ã o f a b r i c a d o s p a r a r e sistê n cia s?
s uport ar a t é 8 5 º C , p o r é m
podemo s encontrar tip o s Po is é , to d o ca p a citor
para 10 5 ºC e a t é 1 2 5 º C . te m u m a r e sistê n cia in te r na
“ e m b u tid a ” p o r co n str u ção
e q u e d e ve te r o m e n or
va lo r p o ssíve l, m a s n o ca s o
dos e le tr o lítico s co stu ma
a u m e n ta r co m a “ id a d e ” e
p r o vo ca r a lg u n s tr a n sto r n o s.
Nã o ir e i m e a p r o fu n d ar
n e ste a ssu n to a q u i. No m eu
Fig. 5 - Especificações dos eletrolíticos site te m a r tig o s so b r e isto .
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O que é r e at ânci a capaci t i va?
E s t e é u m c o n c e i t o m u ito q u e d á p a r a d e sco n fiar,
im port an t e q u a n d o t r a t am o s se u sa r m o s u m p o u co de
de c apa c i t o r e s e m c o r re n te im a g in a çã o .
alt ernad a .
Qu a n to m a io r fo r a
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O im por ta nte concei t o de i m pedânci a
S e v o c ê t e m e n v o l v i m e n to Já q u e e ste ca p ítu lo e stá
c om ele t r ô n i c a o u a t é m esm o tr a ta n d o dos ca p a cito r es
s e é um c u r i o s o o u n o v a to n o va m o s d a r u m a o lh a d a no
ram o, e s t e é u m t e r m o q u e circuito da fig.14 onde temos
v oc ê já d e v e t e r o u v i d o . u m r e sisto r e m sé r ie co m u m
ca p a cito r a o q u a l é a p lica da
Mas vo c ê o q u e s i g n ifica u m a te n sã o a lte r n a d a .
im pedân c i a ?
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Voc ê n o t o u q u e a " f l e c h in a " Po is b e m , é e sta h ip o te n u sa
(f as or) q u e r e p r e s e n t a a que r e p r e se n ta a so ma
t ens ão so b r e o c a p a c i t o r e stá ve to r ia l d e R e X C q u e se rá
apont an d o p a r a b a i x o ? ch a m a d a de imp e d â n c ia
e r e p r e se n ta d a p e la le tra
Isto foi feito porque no Z te n d o ta m b é m o o h m (
c apac it o r a t e n s ã o e stá co m o u n id a d e d e m e d id a .
P or outro lado a
" res is t ên c i a " t o t a l d o c i r cu ito
s erá ig u a l a r e s i s t ê n c i a d o
res is t or ( R ) s o m a d a c o m a
" res is t ên c i a " d o c a p a cito r
que é d e n o m i n a d a r e a t â n cia
c apac it i v a ( X C ) .
Fig. 15 - Cálculo da impedância (Z)
Por causa desta defasagem, no circuito RC
es t a nã o é u m a s o m a c om a
qual est a m o s a c o s t u m a d o s Po r o r a n ã o a p r o fu n d a r ei
des de c r i a n c i n h a o n d e 2 + 2 m a is so b r e e ste a ssu n to
= 4. e o q u e vim o s a té a q ui
ju lg o su ficie n te p a ra
Trat a- s e d e u m a " so m a co n tin u a r n o ssa ca m in h a d a
v et orial " q u e é r e p r e s e nta d a na co m p r e e n sã o do
pela hip o t e n u s a d o t r i â n g u lo fu n cio n a m e n to d o s cir cu itos
da f ig. 1 5 . e le tr ô n ico s.
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CA P ÍT U LO 11
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Pola r iza ndo o t r ansi st or bi pol ar
No c a p í t u l o 6 q u a n d o lh e Vo cê já sa b e que o
apres en t e i ao t r a n sisto r tr a n sisto r te m tr ê s te r m in a is,
f iz um a r á p i d a a b o r d ag e m d e n o m in a d o s b a se , e m issor
s obre a p o l a r i z a ç ã o d o BJT, e co le to r o q u e n o s le va a
para qu e v o c ê p u d e s s e te r o p o d e r u tilizá - lo s e m tr ês
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na tensão sobre o resistor RE que
gostaríamos que não dependesse
do sinal e, portanto o capacitor irá
se encarregar de não deixar que a
tensão no emissor varie.
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convencionou chamar de Eletrônica sinais de entrada (superposição)
Linear (ou analógica) e, portanto e se amplificarmos um sinal a
o que vai nos interessar mais no saída será proporcional a entrada
momento é a região "branca" da (proporcionalidade).
fig.14, ou seja, a região linear.
Trocando em miúdos, a Eletrônica
Mas, por que está região é Linear não produz distorção entre a
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CA PÍ T U LO 12
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Algum as pal avr as sobr e a l uz
Nos capítulos anteriores você já Há uma outra teoria sobre a luz
teve contato com dois componentes que a considera como partículas
que se enquadradam na categoria que são denominadas fótons (daí o
dos optoeletrônicos. São eles: os termo foto elétrico).
LEDs e os LDRs.
Durante muitos anos houve um
Neste capítulo você será conflito entre as duas teorias, mas
apresentado a mais alguns hoje ambas "convivem" em paz,
deles tais como foto diodos, foto ao que os cientistas chamam de
transistores e acopladores ópticos. natureza dual da luz. Pode ser
onda ou pode ser partícula e assim,
Uma novidade aqui é que alguns ficam todos felizes.
dos componentes ópticos que
estudaremos podem trabalhar Mas, isto é uma conversa muito
com uma luz que nossos olhos comprida que eu deixo para você
não veem. Han! Como assim, não procurar em algum livro de Física.
veem?
No momento vou me concentar
Já ouviu falar em infra vermelho em tratar a luz como onda
ou, em inglês, infra red (IR). eletromagnética.
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CAP Í T U LO 13
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Blá-blá-blá pr el i m i nar sobr e i ndut or es
Este capítulo completará similar ao que acontece com os
a "trilogia" dos componentes capacitores, trabalha-se mais com
passivos utilizados em Eletrônica - os submúltiplos milihenry (mh) e
resistores, capacitores e indutores, microhenry (h).
este último popularmente mais
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contrário, isto é, utilizar um campo desmontando um velho HD fora
magnético para criar uma corrente de uso e finalmente, um micro
elétrica. amperímetro "de ponteiro" e bem
sensível.
Em 1831, Michael Faraday
pensou no assunto e demonstrou Este é o componente mais
sua ideia para a Royal Society de difícil, que pode ser encontrado em
Londres. sucatas de tape decks antigos.
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Uma outra maneira de interpretar Fiz este comentário com o intuíto
a experiência de Faraday é dizer de chamar sua atenção que estudar
que, um campo magnético e entender as coisas não deve
variável, em relação a um condutor, ser apenas decorar definições e
INDUZ nele uma FEM que, por sua fórmulas.
vez produz uma corrente e esta
corrente segundo Oersted produz Reconheço que estes
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CA P ÍT U LO 14
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Mu ltím e tr o Ana lógico: - por onde t udo com eçou
Deixei para o final para falar
deste tipo de multímetro por duas
razões principais.
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Medindo c orr ent es m ai or es que a
d e fundo de e sc al a do m i cr oam per í m et r o
E aí encontrou a solução para Para que nosso instrumento
o problema proposto na página possa medir vários valores de
anterior? corrente podemos utilizar a
sugestão da fig.6.
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Com o m edi r r esi st ênci a com o
a m pe r í m et r o anal ógi co
Até aqui você aprendeu que um O potenciômetro deve ser
micro amperímetro pode ser usado ajustado de modo que com os
não apenas para medir corrente terminais "ohms" interligados a
DC, mas também para medir tensão corrente no micro amperímetro
DC e AC graças a alguns artificios. atinja o fundo de escala.
Está faltando apenas fazê-lo medir
resistência. Se introduzirmos um resistor
entre os terminais ohms, o ponteiro
Nos capítulos 3 e 4 estudamos se deslocará proporcionalmente a
os resistores e o conceito de corrente (que será menor) a qual
resistência que é a dificuldade que dependerá do valor da tensão da
"alguma coisa" condutora oferece a pilha e da resistência do resistor,
passagem da corrente elétrica. conforme garante a Lei de Ohm.
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Para medir vários valores de
resistência com melhor precisão
utiliza-se o mesmo recurso dos
vários resistores com uma chave
seletora como mostra o exemplo
da fig.9 e já adotado para medir
correntes e tensões.
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A maioria dos instrumentos que Se você não perecebeu
encontramos por aí é de 20kV o como estes "ohms por volt" são
que corresponde a 50A. importantes numa medida e podem
nos fornecer uma leitura menor que
Suponhamos que vamos o valor verdeiro convido-o a estudar
medir uma tensão em um circuito o exemplo a seguir.
utilizando a escala de 10V utilizando
dois tipos de multímetro, sendo um Você já sabe que para medir
com sensibilidade de 20kV e tensão o voltímetro é colocado em
outro de 50kV. paralelo com os pontos do circuito
onde se pretende medir e isto,
Como isto irá influenciar no obviamente, vale para analógicos e
resultado da nossa medida? digitais.
E se utilizássemos a escala de
100V o que aconteceria com estes
valores de resistência?
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192 www.paulobrites.com.br
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SCRs , TRI ACs e DI ACs
Você certamente já utilizou
um controlador de velocidade de
ventilador de teto, popularmente
conhecido como dimmer, e se
teve curiosidade de desmontá-lo
para "ver o que tem dentro" (fig.1),
Fig.1 - Por dentro de um dimmer
encontrou, além do pontênciometro
e algumas pecinhas miúdas, um polarizado diretamente o que
componente com três "perninhas" significa que o anodo deve estar
que parece, mas não é, um num nível de tensão positiva mais
transistor. alto do que o cátodo.
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Acompanhe pela fig.6 abaixo Repare que há uma "demora"
como ficará a tensão na carga. para o SCR começar a conduzir, de
cerca de 1,2V por causa da queda
A medida que a tensão AC (linha de 0,6 V no diodo que polariza o
vermelha) vai aumentando o anodo gate.
vai ficando mais positivo que o
cátodo, condição necessaária para Esta "demora" pode ser
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conduzir no semiciclo negativo por exemplo, usam um sistema
restante. como este. Simples, eficiente e
ralativamente barato.
O ponto de disparo é controlado
pelo pontenciômetro permitindo O único inconveniente é que o
que a corrente na carga seja gatilhamento do TRIAC costuma
controlada desde quase zero até o gerar ondas de RF que podem
valor máximo dos dois semiciclos interferir em equipamentos
da onda AC de entrada. próximos, necessitando que alguns
circuitos de filtro, feito com indutores
Basicamente todos os controles e capacitores, sejam acrecentados
de ventilador de teto e furadeiras, ao cojunto.
Com o t est ar um DI AC?
Esta é uma dúvida comum dos aplicada sobre ele, uma vez que é
técnicos. necessária uma tensão da ordem
de 30V para ele disparar.
Se utilizarmos o método de teste
de diodos com o multímetro digital Precisaríamos construir um
ou da resistência com o multímetro circuito especial para teste que
analógico não chegaremos a faça o DIAC disparar.
nenhuma conclusão a menos que
o DIAC esteja em curto. Não irei tratar disso aqui porque
as situações de uso de DIAC são
Se ele não estiver em curto tão poucas e o preço deles é tão
irá se apresentar como "aberto" baixo que, na dúvida, vale mais a
qualquer que seja a polaridade pena trocá-lo.
Diodo Schok l ey a Di odo Schot t ky
O que vai me interessar neste o diodo Schokley que aparece no
parágrafo é lhe apresentar um título acima.
diodo que embora não faça parte
da categoria dos tiristores é muito Este sim, um tiristor que é
usado hoje em dia. Trata-se do uma espécie de DIAC numa só
diodo Schottky sobre o qual já direção, entretanto trata-se de
falarei. um componete em desuso e por
isso, não será tratado aqui. Vale
Antes, porém uma observação, aprensentar seu simbolo na fig. 14
ele não deve ser confundido com apenas como curiosidade.
200 www.paulobrites.com.br
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O técnico deve estar atento
para não substituí-lo por um diodo
comum que acabará "queimando"
em pouco tempo por conta do
Fig.15 - Símbolo do diodo Schokley aquecimento produzido nele, uma
( em desuso) vez que não consegue comutar em
frequências altas.
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CA PÍ T U LO 16
Vamos estudar um
"novo" transistor: os
FETs e MOSFETs. cada
vez mais presentes nos
circuitos eletrônicos e
também falar dos IGBTs.
202 www.paulobrites.com.br
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Fie ld E f f ect Tr ansi st or,
m as pode m e cham ar de FET
No capítulo 6 você foi apresentado de campo e é conhecido pela sigla
aos transistores bipolares (BJT), FET e lá pelo final da decada de 80
popularmente mais conhecidos começaram a ganhar espaço nos
simplesmente por "transistor". circuitos eletrônicos, e depois de
Entetanto, comercialmente os
BJT "sairam na frente" e ficaram
mais conhecidos.
O transistor unipolar do
Dr.Schokley ganhou o nome Fig.1 - FET Canal N e Canal P
comercial de transistor de efeito
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FETs: Sím bologi a, nom encl at ur as e et c
Da fig.1 conclui-se que os FETs Vamos ver na fig. 2 como ficará
também possuem três terminais a simbologia usada para os FETs.
como os BJT, mas os nomes destes
terminais são diferentes. Observe que diferentemente dos
BJT, nos FETs não há distinção no
Os terminais das extremidades desenho para o terminal do dreno e
da barra de semicondutor que da do supridouro, enquanto o terminal
nome ao FET (canal N ou canal do gate é indicado por uma seta
P)são denominados de dreno e sujo sentido, para dentro ou para
supridouro. O termo supridouro fora, servirá para indicar se trata-se
é uma "tradução" para a palavra de um canal N ou canal P.
source em inglês. Em alguns livros
ela costuma ser traduzida por "fonte",
mas eu prefiro supridouro, para que
não haha nenhuma confunsão com
"fonte de alimentação".
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É como se o canal não existisse E na práitca, que diferença isto
físicamente e só passe a existir faz?
quando for aplicada uma tensão
entre gate e supridouro. Para entender a diferença entre
o modo de operação depleção e
Neste caso o MOSFET é dito enriquecido convido-o a examinar
operar no modo enriquecido ou as fig.8 e 9 que nos mostra as
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Primeiramente peço que você se modo enriquecido os tornam os
foque mais atentamente nas curvas preferidos para projetos de fontes
da direita que são chamadas de chaveadas, por exemplo, onde
"curvas de transferência". precisamos de um transistor que
que funcione como uma chave
Na fig.8, que corresponde ao eletrônica.
modo depleção, note que memso
para VGS = 0V já existe uma corrente Este livro não tratará de fontes
de dreno que no caso é de 5mA. chaveadas, mas fique atento para a
informação que foi dada aqui sobre
Para cortarmos o MOSFET (ID=0) os MOSFETs, pois será muito útil
precisamos aplicar uma tensão de quando for estudá-las.
cerca de - 6V (neste exemplo) entre
gate e supridouro e mesmo assim Para resumir podemos dizer o
ele não fica totalmente cortado, seguinte:
pois ainda haverá uma pequena
corrente de dreno. Os d-MOFETS comportam-se
como chave normalmente fechada
Agora, olhe a fig.9 e verá que e para abrí-la precisamos a aplicar
para o MOSFET começar a uma polarizazação entre gate e
conduzir precisamos aplicar uma supridouro (indenpendente do tipo
tensão próxima de 1V entre gate e do canal, N ou P).
supridouro (tensão de threshold).
Os e-MOSFETs comportam-se
E daí? de maneira oposta.
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O qu e é um I G BT?
Para tornar a coisa mais fácil Uma observação interessante
de entender vamos começar quanto aos IGBTs é que são
com o significado da sigla IGBT: fabricados exclusivamente como
Transistor Bipolar de Porta Isolada canal N.
o que nos levar a pensar que eles
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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
de corte e vice-versa pode ser feita Outra aplicação para estes
em 2 microssegundos o que nos dá dispositivos são amplificadores de
uma frequência de 500 kHz. áudio classe D também chamados
de amplificadores digitais.
Podem ser construídos em
módulos que operam centenas de Na moderna indústria
ampères e tensões até 6 kV. automobilística eles são usados
para excitar os motores PMSM
A Panasonic (só ela), por (Permanent Magnetic Sychronous
exemplo, utiliza-os nas fontes de Motor).
seus fornos de micro-ondas e
diversos fabricantes nas placas Y e Enfim, são os semicondutores
Z dos televisores de plasma. entrando definifitivamente na
eletrônica de potência!
Uf a! A c a b o u !
Não d e u p a r a b i sb ilh o ta r m a is p r o fu n d a d e m e n te
" algun s p e r s o n a g e n s " , m a s e sp e r o te r d e sp e r ta d o e m
v oc ê a c u r i o s i d a d e e a pa r tir d e a g o r a se sin ta e stim u la d o
a c ont i n u a r e s t u d a n d o p a r a q u e r e r sa b e r m a is. Na Er a
G oogl e i s t o f i c o u m a i s fá cil.
O liv r o t e v e a i n t e n ç ã o d e p la n ta r u m a se m e n te , m a s
para q u e a á r v o r e d ê b o n s fr u to s d e p e n d e r á d e co m o
v oc ê i r á c u i d a r d e l a .
À s ve z e s , m e p e r g u n ta m q u a n to te m p o se le va p a r a
apren d e r E l e t r ô n i c a ?
No m e u c a s o , f o r a m q u a tr o a n o s m a is 6 7 , p o is a in d a
c ont in u o a p r e n d e n d o to d o d ia , o im p o r ta n te é q u e a s
s emen t e s q u e r e c e b i n o cu r so té cn ico fo r a m d e p r im e ir a
qualid a d e e e u s o u b e pla n tá - la s e cu id a r d o s se u s fr u to s
e f oi i s s o q u e t e n t e i f a ze r a o lh e o fe r e ce r e ste m o d e sto
liv ro.
E nt e n d e n d o q u e o co lo q u e i n e sta p á g in a s, fr u to d e
minha e x p e r i ê n c i a c o m o té cn ico , é o m ín im o in d isp e sá ve l
para s e c o m e ç a r d a q u i p r a fr e n te é co m vo cê !
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