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Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS

Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores

Paulo Brites

Eletrônica
para
Estudantes, Hobistas & Inventores

1ª Edição

Rio de Janeiro

Edição do Autor

2016

www.paulobrites.com.br 1
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Algumas palavras iniciais

Quando eu comecei a estudar Eletrônica ainda vivíamos na Era da Válvula e os transistores


começavam a chegar por aqui muito timidamente e, pelo que lembro, só existia o CK722
que servia para tudo.

As minhas primeiras aulas sobre transistores no curso técnico foram um horror. Os

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“professores” eram dois estudantes de engenharia (não vem ao caso de que escola)
totalmente despreparados para dar aula em um curso técnico e queriam calcular a
velocidade do elétron dentro do cristal semicondutor e outras bizarrices do gênero.

Eu me perguntava, por que quando estudei as válvulas anteriormente com um engenheiro


não precisei aprender a calcular com que velocidade o elétron saia do cátodo e chegava à
placa. Aprendi sim, e muito bem, com o meu inesquecível Prof. França, como se polarizava
uma válvula, como se utilizavam as suas curvas e como se fazia o circuito funcionar.

Era isto que eu queria saber sobre os transistores e que aqueles “professores”, estudantes
de engenharia não ensivam, porque também não sabiam.

Não desisti. Mesmo sem Internet e sem Google, era 1967, descobri um pequeno livrinho
da RCA americana que consegui que chegasse às minhas mãos aqui no Brasil (não
perguntem como consegui esta façanha, nem lembro mais) e que explicava com muita
clareza como o transistor funcionava.

Por volta de 1970, quando comecei a dar aula de Eletrônica, aquele livrinho era a minha
fonte de inspiração para preparar as aulas.

Para encurtar este prefácio, antes que ele se transforme numa auto biografia, quero dizer
que ano após ano venho percebendo que se precisa simplificar cada vez mais a maneira
de ensinar, para quem está começando a estudar alguma coisa, seja Eletrônica ou o que
for.

Estamos no século XXI e os métodos de ensino e muitos livros ainda estão no século XIX!

No meu ponto de vista, primeiro o aprendiz precisa entender para que serve aquilo que
estão tentando lhe ensinar. Mais tarde, se for do seu interesse, ele irá se aprofundar no
assunto.

Costumo resumir este meu “método didático” dizendo: - ninguém precisa saber como
funciona o aparelho digestório para almoçar e jantar.

Este será o caminho seguido neste livro: - primeiro a gente come, depois a gente digere
a comida.

Espero que funcione e que você não tenha uma "indigestão" de conhecimentos!

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Sumário
Capítulo 1
Onde trataremos do que você precisa ter em mãos para começar a estudar e aprender Eletrônica.

O que é obrigatório para começar a estudar ...........................................................................13


Continuando as compras .........................................................................................................14

Capítulo 2

Você vai começar a aprender a usar o multímetro.Vai ser emocionante.

Tensão ou "voltagem", por onde tudo começa ........................................................................17


Mais uma escala do multímetro ............................................................................................. 21

Capítulo 3

Neste capítulo estudaremos um componente sempre presente nos circuitos eletrônicos: o resistor.

Sem resistor não dá pra ser feliz! ............................................................................................25


Resistor, resistência e código de cores ...................................................................................26
Finalmente, o código de cores ................................................................................................27
Descobrindo o valor da resistência do resistor do resistor através do código de cores ........ 28
Algumas complicações com o código de cores ......................................................................29
Por que tantos tamanhos de resistores ? ...............................................................................31

Capítulo 4

Neste capítulo começaremos a estudar a função do resistor nos circuitos.


Para isso precisaremos estudar a relação dos resistores com a tensão e a corrente elétrica ou a
famosa Lei de Ohm.

Começando a usar resistores ..................................................................................................33


Calculando o valor de um resistor ou conhecendo a Lei de Ohm............................................34
Montando o circuito e fazendo algumas medições ................................................................. 35
Uma conclusão importante ......................................................................................................36
Medindo corrente .....................................................................................................................37
Caracteríticas do circuito série ................................................................................................39
Usando a Lei de Ohm para descobrir a corrente ....................................................................39

Capítulo 5

Começaremos a estudar o primeiro componente eletrônico propriamente dito e suas aplicações.


Trats-se do DIODO semicondutor e os circuitos retificadores..

Um blá-blá-blá preliminar, mas importante .............................................................................41


Testando diodos com o múltímetro digital ...............................................................................43
Algumas considerações sobre o teste de diodos ....................................................................44
Descobrindo se o diodo está OK ou não ................................................................................44
Uma aplicação para os diodos: os circuitos retificadores .......................................................45

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Da tensão alternada para a contínua ......................................................................................45
Funcionamento de uma ponte retificadora ..............................................................................49
Entra em cena o capacitor .......................................................................................................51
O que se usa na prática .......................................................................................................... 52
Retificação de onda completa em ponte ............................................................................... 53
Começando a construir uma fonte de alimentação .................................................................54
Como escolher um diodo .........................................................................................................57

Capítulo 6

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Embora ainda tenhamos muito que falar sobre diodos e fontes de alimentação, vamos dar uma
breve pausa no tema para introduzir outro componente importantíssimo: o transistor bipolar.

O que é um transistor .............................................................................................................60


Da teoria para a prática ...........................................................................................................62
Como funciona um transistor ...................................................................................................63
Vamos praticar, acendendo o LED com o dedo ......................................................................65
Substituindo o dedo por um resistor ........................................................................................67
Aprendendo a polarizar um transistor ......................................................................................68
Alguns parâmetros dos transistores BJT .................................................................................69
Identificando base, emissor e coletor e testando um transistor com um multímetro digital.....71
Como descobrir o hfe de um transistor ...................................................................................75
Trabalhando com o transistor PNP .........................................................................................76

Capítulo 7

Neste capítulo voltaremos a falar de resistores, mas não aqueles que estudamos no capítulo 3.
Trataremos de resistores cuja resistência varia em função de fatores externos como luz e
temperartura, por exemplo.
Estudaremos também resistores variáveis chamados de ponteciômetros.

Resistores especiais, sensores ou transdutores .....................................................................78


LDR - Light Dependence Resistor ...........................................................................................78
Sensores térmicos: NTC e PTC ..............................................................................................79
Outros sensores ......................................................................................................................81
Potenciômetros e reostatos .....................................................................................................81
Qual a diferença entre potenciômetro e resostato?.................................................................82
Potenciômetro linear ou logarítico? .........................................................................................83
Já ouviu falar em trimpots? .....................................................................................................85

Capítulo 8

Um componente muito utilizado nos circuitos eletrônicos é o regulador de tensão.


Neste capítulo você aprenderá um pouco sobre eles e suas aplicaçoes.

Reguladores de tensão integrados .........................................................................................87


Por que precisamos de reguladores de tensão? ....................................................................87
Reguladores de tensão de três terminais ...............................................................................89
É fazendo que se aprende ......................................................................................................90
Entendendo um pouco os parâmetros dos reguladores de tensão .........................................91
Regulador de tensão com saida ajustável ..............................................................................93
A primeira montagem a gente nunca esquece ........................................................................95

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Capítulo 9

Neste capítulo você estudará os diodos Zener bem como algumas de suas aplicações.

O que é um diodo Zener ..........................................................................................................98


O diodo Zener na prática .......................................................................................................100
Parâmetros de um diodo Zener .............................................................................................101
Colocando a teoria na prática ................................................................................................102
Fórmulas para o cálculo do resitor shunt ...............................................................................104

Capítulo 10

Neste capítulo estudaremos mais um componente passivo, depois dos resistores, muito importante
e sempre presente nos circuitos eletrônicos: - os capacitores. Aproveitaremos para começar a
estudar o conceito de impedância.

Capacitância e capacitor ........................................................................................................107


Tipos de capacitores .............................................................................................................. 108
Entendendo os valores dos capacitores .................................................................................109
O que são multiplos e sub multíplos .......................................................................................110
Os capacitores eletrolíticos .....................................................................................................114
O comportamento do capacitor em "corrente" contínua .........................................................117
O comportamento do capacitor em "corrente" alternada ........................................................121
O que é reatância capacitiva? ................................................................................................124
O importante conceito de impedância ....................................................................................126

Capítulo 11
Neste capítulo voltarei aos transistores, para estudarmos as técnicas de polarização para
aplicação do transistor como amplificador e outras coisinhas mais.

Polarizando o transistor bipolar ..............................................................................................129


Entendendo o que é ganho.....................................................................................................136
Vantagens de desvantagens de cada configuração .............................................................. 136
Aumentando o ganho de um amplificador ..............................................................................140
Parâmetros dos transistores e regiões de operação ..............................................................141
O transistor Darlington ............................................................................................................144
Testando o Darligton com o multímetro Digital .......................................................................145

Capítulo 12
Este será um capítulo dedicado aos dispositivos semicondutores ópiticos cada vez mais utilizados
em diversos projetos.

Algumas palavras sobre luz ...................................................................................................148


Dissecando o espectro eletromagnético.................................................................................151
Foto diodos e foto transistores................................................................................................152
O acoplador óptico..................................................................................................................154

Capítulo 13
Este capítulo tratará dos indutores, popularmente conhecidos como bobinas, e suas aplicações
mais usuais como relés e altofalantes.

Blá-blá-blá preliminar sobre indutores ....................................................................................157

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Breves noções sobre eletromagnetismo ...............................................................................158
O indutor em "corrente" contínua ..........................................................................................165
O indutor em "corrente" alternada .........................................................................................169
Reatância indutiva..................................................................................................................170
Relé uma aplicação do eletromagnetismo.............................................................................171
A impedância no circuito RL................................................................................................. .174
A impedância do alto falante..................................................................................................174

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Capítulo 14
Hora de ser apresentado a um "ser" quase em extinção: o multímetro analógico.

Multímetro Analógico: por onde tudo começou....................................................................176


Como o multímetro analógico mede tensão.........................................................................177
Medindo correntes maiores que a de fundo de escala do microampeímetro......................179
Como medir tensões alternadas com um microamperímetro analógico............................. 179
Como medir resistência como o amperímetro analógico.................................................... 181
O painel do multímetro analógico........................................................................................182
Testando diodos e transistores com o multímetro analógico...............................................185
Ohms por volt: uma especificação importante.....................................................................188
Testando capacitores com multímetro analógico.................................................................190

Capítulo 15
Neste diodo você conhecerá mais alguns diodos além do que foi estudado no capítulo 5.
São eles: SCR, TRIAC, DIAC e SCHOTTKY

SCRs, TRIACs e DIACs........................................................................................................193


Epecificações de SCRs e TRIACs........................................................................................196
O que é um DIAC..................................................................................................................198
Como testar um DIAC...........................................................................................................200
Diodo Schokley e diodo Schoktty..........................................................................................200

Capítulo 16
Vamos estudar um "novo" transistor:: os FETs e MOSFETs, cada vez mais presentes nos
circuitos eletrônicos e também falar um pouco dos IGBTs

Field Effect Transistor, mas pode me chamar de FET...........................................................203


FETs: simbologia, nomenclaturas e etc.................................................................................204
Polarizando os FETs..............................................................................................................205
O que é um MOSFET ou IGFET?..........................................................................................207
MOSFET: modo depleção ou enriquecido.............................................................................208
Alguns parâmetros importantes dos MOSFETs.....................................................................211
O que é um IGBT?................................................................................................................214

Referências bibliográficas ..........................................................................................216

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CA P ÍT U LO 1

Onde trataremos do
que você precisa ter
em mãos para começar
a estudar e aprender
Eletrônica.

S e vo c ê já f o r u m
“ i n i c i a d o ”n a Ele t rô n ic a
p o d e r á d is p e n s a r a le it u ra
d es t e c a p ít u lo .

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O que é obr iga tóri o par a com eçar a est udar
“A educação deveria começar Nas lojas de eletrônica você
pelos sentidos, pois as experiências encontrará multímetros digitais de
qualidade razoável por menos de
sensoriais obtidas por meio dos objetos cinquenta reais e que atenderão
seriam internalizadas e, mais tarde, plenamente seus estudos iniciais.

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interpretadas pela razão.”
Comece com um modelo básico
Este é um dos pensamentos do
similar ao da fig.1, mesmo que você
holandês Comenius considerado o
esteja com dinheiro sobrando!
pai da didática moderna que viveu
entre 1592 e 1670 (isso mesmo)
Multímetros muito sofisticados
e que irá nortear todo o trabalho
acabarão lhe confundindo neste
deste livro.
estágio inicial dos estudos.
Em outras palavras, para
aprendermos alguma coisa de
verdade precisamos praticar e
no caso da Eletrônica precisamos
de algumas ferramentas e peças
para realizar experimentos e
tirar conclusões que nos façam
entender os conceitos e teorias
para o resto da vida para nunca
mais nos esquecermos delas.

Não dá para aprender Eletrônica


de verdade sem que tenhamos
em mãos um multímetro digital,
portanto não comece a ler o capítulo F ig . 1 - M u ltím e tr o Dig ita l
2 sem providenciar antes um deles Se g u re s u a a n s ie d a d e
para sua bancada (mesmo que ela Se este é o seu primeiro
seja a mesa da cozinha). multímetro, a vontade de sair
mexendo em tudo é irresistível
Isso custa muito caro? (também já fui criança!), mas segure
a sua ansiedade até ser orientado
Bem, os preços podem variar de e não transformar felicidade em
uns vinte reais até mil ou mais. tristeza em poucos minutos.

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CAP Í T U LO 2

Você vai começar


a aprender a usar o
multímetro.

Vai ser emocionante!

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Antes porém você precisa Pode haver uma pequena
lembrar que existem dois “tipos” de variação de um marca para outra,
tensão, uma chamada de “corrente principalmente nos modelos mais
contínua” e a outra de “corrente caros, mas o importante é que
alternada”. você procure a posição onde está
o símbolo de “corrente” contínua
Se você não sabe disso, então que foi mostrado na fig.2 e está em

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veja meu livro de Eletricidade onde destaque na fig.3.
este assunto está bem explicado
no capítulo 2. No nosso exemplo, está na parte
superior à esquerda.
As pilhas e baterias fornecem
tensão do “tipo corrente contínua”
e a principal característica é que
ela tem uma polaridade bem
definida com um polo positivo e
outro negativo.

Por convenção o polo positivo


costuma ser identificado pela cor
vermelha e o polo negativo pela
cor preta.

A “corrente” continua é abreviada Fig.3 - Posições da chave seletora para


pela sigla CC ou DC (em inglês “Corrente” Contínua
Direct Current) e representada Se você é um bom observador
pelo símbolo mostrado na fig.2. deve ter notado que neste “bloco”
existem cinco possibildades de
escolha que estão identificadas
por: 1000, 200, 20, 2000m e 200m.
Fig.2 - Símbolo de “Corrente” Contínua
Agora temos que escolher a Estes números se referem ao
escala correta através da chave valor máximo de tensão contínua
rotativa. que a escala pode medir.

Sugiro que você acompanhe a Por exemplo, se você vai medir


fig.3 com seu multímetro na mão. uma tensão de 500V terá que usar
a posição marcada com “1000”.

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CA P ÍT U LO 3

Neste capítulo
estudaremos um
componente sempre
presente nos circuitos
eletrônicos: o resistor.

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D escobr indo o va lor da r esi st ênci a do r esi st or
atr a vé s d o códi go de cor es
Dentre os resistores que foram sugeridos para você comprar tem
alguns com as seguintes cores:marron-preto-vermelho e mais uma
faixa que pode ser ouro ou prata, que é a tolerância.

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Pegue um destes resistores como as cores indicadas
acima e acompanhe na tabela abaixo para ver como será
feita a leitura do seu valor em ohms.

Neste caso temos: marron = 1, No kit de resistores que foi


preto = 0 e vermelho = 2, porém sugerido para você comprar deve
como é a terceira faixa ela significa ter também um resistor com as
“vezes 100” ou “dois zeros” e o valor cores marron - preto - laranja.
nominal do resistor é 1000 ohms Qual é o valor deste resistor?
que também pode ser expresso
como 1kohm (lembre-se que “k” Se você respondeu 10.000 ohms
corresponde a mil). ou 10 kohms, e eu tenho certeza
que respondeu, parabéns!
É provável que ainda exista
uma quarta faixa na cor ouro que Supondo que a última faixa
corresponde a 5% de tolerância, é ouro, entre que valores este
então na hora que formos medir resistores pode variar?
a resistência destes resistores
poderemos encontrar um valor Seria interessante que você
entre 950 e 1050 ohms e está tudo conseguisse outros resistores
certo. e praticasse a leitura dos seus
valores.

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CA P ÍT U LO 4

Neste capítulo
começaremos a estudar
a função do resistor nos
circuitos.

Para isso precisaremos


estudar a relação dos
resistores com a tensão
e a corrente elétrica ou
a famosa Lei de Ohm.

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Volt
Vo l te
emm o s a o n o sss s o ccii r cu ito
i to Outro ponto que precisamos
d a ffiig.
da g . 2 p a r a rre esponder sa b e r p a rraa a p lica
l i c a r a L e i de
de
p o r q u e p r e ccii ssa
porque amos usar o Oh m e e n co n tr a r o va lor lor
re s is
res i s tto
orr e m s é r i e ccoo m o L ED d o r e sisto
si sto r, é sa b e r q u a l a
e qual
q u a l o sse e u v a l o r. PPa a r a ta l co r r e n te q u e o L ED co n so m mee..
u sa
us aremo
re mo s a L e i d e O Ohhm.
O va llo o r e xa to só s ó p o d e ser
se r
A p primri m e i r a ccoo i ssa a q u e vo cê o b tid
ti d o a tr traa vé s d o fa b r ica
i ca n te,
te ,

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p re ciissa
prec a ssa aber é que os m a s n a p rá r á tica
ti ca p o d e m osos
L ED
LE Dss n ã o ssu u p o r tta am uma tr a b a lh
l h a r co m 2 0 m mAA que é
tte
ensn s ão
ão m ma aior que 3V em u m va lo l o r b e m u su a l p a r a a
s eus
e u s tte err m i n a i s e p o r tta a n tto
o , se m a io
i o r ia
i a d o s L EDs
ED s d e 5 mm mm.
e l e ffo
ele orr l i g a d o d i r e tta amme e n te à
b a te
bat eria
ri a d e 9 V, e r a u m a ve vez D e p o sse
De s se d e stas ta s d u as as
u m LE
um L E D ttã ã o b o n i ttii n h o , d o n d e iin
n fo r m a çõ e s já
já p o d e m os
os
v oc
o c ê cce e rrta
tammee n tte
e j á cco o n clu
cl u iu
iu fa ze r a s ccoo n ta s.
p o r q u e p r e ccii ssa
porque amos usar o
re s is
res i s tto
or.r. Ba sta d ivid
i v i d ir
ir 7V p or
or
20m mA A o q u e n o s d a r á 3 5 0 
E s ttaabe
b e l e c e rre
emos que a En tr e ta n to , e sste te n ã o é u m
tte
ens
n s ão
ã o n o L E D sse erá apenas va lo
lor co mme e r cia
ci a l.
l. O q ue
ue
2 V o qu
2V q u e n o s d á 7 V ssoobre o fa r e m
moo s,
s , e n tã o ?
re s is
res i s tto
or.
r.
Op ta r e m o s p o r 4 7 0  q u uee
é u m vva a llo
o r b e m co m um um
g a rra
a n tin
ti n d o a ssim
ssi m que a
co r r e n te n o L ED fica fi ca r á umum
p o u co
c o m e n o r q u e 2 0 m A e n ão ão
co r r e m
mo o s o r iisco
s co d e q u e imi m á-
á-
lo.
lo

Monta ndo o cir c ui t o e f az endo m edi ções


Finalm
Fi n a l m e n tte
e cch h e g o u a h o rraa
d e m on
de o n tta
a r o ccii rrc c u i tto
o da
ffiig.
g .2
2 e p r a ti t i ca
c a r tu
t u d o q u e fo i
e x plic
ex p l i ca
add o a tté é aqui.

N a ffii g ..4
Na 4 v o c ê tte em a
mont
mo n taage
g e m d o ccii r ccuu i tto
o e a
me d i d a da
medida d a te
tensão
nsão a aplicada
plicada a
e l e que
ele q u e s e l ê n o m u l ttíme í m e tr o
d i g i ta
digit all c o m o 9 ,,3
3 6 V,

Em
E m bor
bora nós tte
e n h am
a moos Fig. 4 - Medindo a tensão da bateria
c ons
o n s ide
i d e rra
a d o 9 V n o s n o sso
ss o s

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CA P ÍT U LO 5

Começaremos a estudar
o primeiro componente
eletrônico propriamente
dito e suas aplicações.

Trata-se do DIODO
semicondutor e os
circuitos retificadores.

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Tes tando diodos com o m ul t í m et r o di gi t al
Vam
Va mo oss e xxp
plorar m
maa is
is
u m a ap
um a p l i c a ççã
ã o p a r a o se u
m ult
u l tím
í m e ttro
r o d i g i tta
al que é o
tte
esste
te d dee d i o d o ss..

P egue
e g u e o s e u m u l ttím í me e tr o

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e cco oloq
l o q u e a c h a vve e sse
e l e to r a
n a posi
na p o s i ç ã o o n d e e x i s te o
s íím
mb bolo
o l o d e u m d i o d o cco omo
m oso s ttra
rad d o n a ffii g ..6
6.

Fig. 7a- Diodo polarizado diretamente


N a fig
Na fi g , 7 b o d io i o d o e stá
p o la
l a r iza
i z a d o in i n ve
v e rrs
saa m e n te . A
p o n te ir i r a ve
v e r m e lhl h a ( p o sitiva)
si ti va )
e stá llig i g a d a n o la l a d o d a fa ixa i xa
q u e co rrrr e sp s p o n d e a o cá to d o. o.

Fig. 6 - Posição da chave para teste de


diodos no multímetro digital
Op próxi
ró xi m o p a s sso o s e rráá pegar
o diodo
d i o d o 1 N 4 0 0 7 e a p l i cca arr a
e l e as
ele a s p o n tte
e i r a s vve e r me
m e lh
lha
e pret
p r e ta
ass d a s d u a s m a n e ir iras
i n d i ca
indic ada
d a s n a s ffii g ss.. 7 a e 7b
7b.

Na
N a ffii g ..7 7 a o d i o d o e stá
p o l a ri za
polariz a d o d i r e ttaa m e n ttee. A
p o n te
pont eira
i ra p r e tta
a ((n
n e g a tiva
ti va )
e stá
es t á liga
l i g a d a n o l a d o d a ffa a ixa
ixa
q u e cco
que orr rr e s p o n d e a o ccáá tto
oddo.

Veja
Ve j a a l e i ttu
u r a n o d i ssp
p la
lay
e m c ada
em a d a cca
a sso
o. Fig. 7b- Diodo polarizado inversamente

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Antes de analisarmos como Há uma outra maneira dele
este circuito irá fazer a “mágica” aparecer nos circuitos que é de
de transformar uma senóide numa forma integrada como se vê na fig.
onda completa pulsante como a da 17 onde os quatro diodos estão
fig. 14 vamos ver como ele aparece “escondidos” na pastilha com
na prática mostrando um recorte de quatro terminais.
uma placa de um equipamento.

Fig. 16 - Ponte retificadora com diodos Fig. 17- Ponte retificadora integrada

Funciona m ento da pont e r et i f i cador a


Na fig. 18 temos a configuração
básica de um circuito retificador
em ponte onde vemos que a
alimentação AC está ligada aos
pontos A e B e a carga, representada
por um resistor, está entre os
pontos C e D. Note que já foi usado
o símbolo de “terra” ou ground
para você ir se familiarizando com
a forma como são desenhados os Fig. 18- Circuito retificasdor em Ponte
esquemas dos equipamentos.
Na fig. 19 veremos o
Para entender como este circuito comportamento dos diodos durante
consegue transformar a onda o semi-ciclo positivo e na fig. 20
senoidal de entrada em uma onda durante o semi-ciclo negativo..
pulsante positiva aproveitando os
dois semi-ciclos da senóide, vamos Note que os quatro diodos
analisá-lo em duas etapas. denomidados D1, D2, D3 e D4
conduzirão dois a dois de cada vez.

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carga até o ponto B do próximo prender apenas a parte conceitual.
semiciclo.
Imagine agora que a mesma
Graças à colocação do capacitor solução de colocar um capacitor
de filtro a tensão na carga passará em paralelo com a carga fosse
a ter a forma de onda mostrada adotada num circuito retificador
na fig.23 que já dá para perceber de onda completa cuja tensão na

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


que está se aproximando de uma carga tem o aspecto da fig. 24
tensão contínua.
É fácil imaginar que o ripple irá
diminuir e o capacitor vai “ter menos
trabalho” para alimentar a carga
num intervalo de tempo menor.

Fig. 23 - Forma de onda com capacitor Acompanhe na fig. 24 abaixo.


de flltro no retificador meia onda

Repare que ainda existe uma


ondulação que é denominada riplle
(leia-se ripôu) a qual podemos fazer
que seja bem reduzida dependendo
do valor do capacitor de filtro
escolhido, ou melhor, calculado. Fig. 24 - Forma de onda com
capacitor de flltro no retificador de
Por enquanto não trataremos onda completa
do valor do capacitor, vamos nos
O que se usa na pr át i ca?
Parece óbivio que a retificação de Atualmente os equipamentos
onda completa fornece uma tensão utilizam mais a retificação de
contínua de melhor qualidade do onda completa em ponte, embora
que a meia onda, o que poderia em alguns poucos casos possa
nos levar a pensar que esta não se optar pelo circuito chamado
deve ser usada na prática. meia ponte que também fornece
uma retificação de onda completa
Entretanto, os dois tipos são utilizando apenas dois diodos em
utilizados dependendo dos vez de quatro, mas exigindo o
objetivos do projeto. uso de um transformador como
veremos a seguir.

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R etifica çã o de ond a com pl et a em m ei a pont e
O circuito da fig.25 também com que o ponto B fique positivo
fornecerá uma retificação de onda em relação ao CT e D2 passará a
completa da mesma forma que o conduzir fazendo com que a carga
circuito em ponte apresentado na “veja” novamente um semiciclo
fig, 18, utilizando apenas dois diodos positivo.
que são ligados ao secundário de
um transformador cujo enrolamento
tem uma derivação central.

Para entender como este


circuito funciona precisamos antes
entender como o transformador
funciona neste caso.
Fig. 25 - Circuito retificador de onda
O enrolamento do secundário completa em meia ponte
tem uma derivação central,
denominado CT que significa Consegue-se assim, obter uma
center tap (tomada central) que irá onda pulsante que aproveita os
atuar como ponto de referência em dois semiciclos da senóide, mas
relação as extreminades A e B do aparecem positivos na carga,
enrolamento. similar ao que aconteceu com o
circuito em ponte.
Considerando o CT como nossa
referência, quando o ponto A estiver Daí pra frente a aplicação do
no semiciclo positivo em relação a capacitor de filtro em paralelo com
CT, o diodo D1 estará conduzindo a carga não muda nada e nos dará
fazendo com que este semiciclo uma tensão continua similar a da
positivo apareça na carga. fig.24.

Por outro lado o ponto B estará Para economizar dois diodos


“vendo” um semiciclo negativo em tivemos que pagar um preço maior
relação ao CT e, portanto D2 estará que foi colocar um transformador.
cortado neste momento.
Em princípio parece que o tiro
No semiciclo negativo da tensão saiu pela culatra, mas veremos
no secundário do transformador adiante que, às vezes, vale apena
a situação se inverterá fazendo usar este circuito.

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Cálculo do capacitor de filtro para um


retificador de meia onda

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Cálculo do capacitor de filtro para um
retificador de onda completa

Antes de passarmos a um
exemplo numérico, vale a pena objetividade e o alvo são estudantes,
fazer dois breves comentários. hobbistas e “inventores”.

No primeiro, chamamos a atenção O que se pretende com o cálculo


de que, como bom observador é chegar a um valor aproximado da
que você deve ser, notou que a capacitância para que a partir dele
diferença entre as duas fórmulas se escolha o mais adequado em
está apenas no fator 500 e 250 que conformidade com o que o mercado
aparece no numerador. oferece.

Sendo assim a capacitância em Dito isto, vamos a um exemplo.


meia onda terá um valor duas vezes
maior do que em onda completa Imagine que se pretende montar
considerando-se, é claro, mantido uma fonte em meia onda para
os demais parâmetros, fato que já fornecer 12VDC a uma carga que
deveria ser esperado. consome no máximo 500mA e o
fator de ripple aceitável seja de
A segunda observação é mais 10%.
de caracter defensivo antes que
alguém venha se manifestar Qual o valor do capacitor a ser
quanto a simplicidade da fórmula usado?
e a falta de justificativas (leia-se
demonstração matemática) para se Como a fonte é de meia onda
chegar a ela. vamos usar a fórmula com o fator
500 e obteremos 2083F. Na
O escopo deste livro é a prática usaremos 2200F/25V.

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CAP Í T U LO 6

Embora ainda tenhamos


muito que falar sobre
diodos e fontes de
alimentação, vamos
dar uma breve pausa
no tema para introduzir
outro componente
importantíssimo: o
transistor bipolar.

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Não irei adentrar nas “entranhas” um sorvetão de três camadas com
dos transistores, porque não estes dois sabores de modo que
há nenhum interesse para um duas camadas do mesmo sabor
principiante saber isso. Não quero não podem ficar juntas uma da
incorrer no mesmo erro dos meus outra.
primeiros professores.
Chamemos um sabor de P e

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


Seguirei um caminho pouco outro de N.
convencional.
Você concorda que temos
Suponhamos que você vai a uma duas opões de sorvete conforme
sorveteria onde só há dois sabores mostrado nas fig. 1 e 2?
de sorvete e você pode montar

Fig. 1 - “sorvete” ou transistor PNP Fig. 2 - “sorvete” ou transistor NPN

Agora que você já aprendeu


como se “fabrica” um transistor
bipolar vamos dar nomes a cada
uma das nossas “camadas”.

A “camada” do meio cujo tipo de


semicondutor só aparece uma vez
será chamada de base e as outras Fig. 3 - Símbolo do transistor PNP
duas, não importa muito se está em
cima ou embaixo serão chamadas
de emissor e condutor.

Na prática precisamos usar uma


simbologia para representar os
transistores (antes que o sorvete
derreta) assim como fizemos com
Fig. 4 - Símbolo do transistor NPN
os diodos.

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Substituindo o dedo por um r esi st or
Nem sempre estaremos
disponíveis ou podemos emprestar
nosso dedo para operar o circuito
da fig.10, então é melhor arranjar
outro jeito.

Que tal fornecer a corrente para a


base ou como se diz tecnicamente
polarizar a base com a fonte que
alimenta o circuito que, neste caso
é uma bateria de 9V?

Uma sugestão para conseguir


isto (não a única) é a mostrada na
Fig. 12 - Polarização da base
fig.12 onde foi colocado um resistor
de 47kligando a base ao positivo
da bateria.

É claro que eu vou sugerir que


você monte o circuito e veja se
funciona (se não funcionar a culpa
não é minha!). A fig. 13 vai dar uma
ajudinha.

E aí já descobriu o que teria que


fazer para usar um transistor PNP
no lugar do NPN?

Se você é um sujeito curioso


e eu espero que seja porque a Fig. 13 - Circuito com polarização da
curiosidade é o primeiro passo para base
se aprender alguma coisa, talvez
tenha montado o circuito usando, frustrado porque não funcionou.
por exemplo, um BC557 que é o
“irmão” PNP do BC547. Que bom que não funcionou,
assim você terá que estudar mais
Se fez, deve ter ficado um pouco um pouquinho.

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Apr ende ndo a pol ar i z ar um t r ansi st or.
Para aprender como se polariza Pa r a p o la r iza r um
um transisrtor precisamos conhecer tr a n sisto r te m o s q u e a p licar
duas regras básicas. a s r e g r a s “ ve r d e e a m a r e lo”
a o la d o .

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Va m o s fa ze r isto
começando com um transistor
NPN e u sa n d o n o sso m o d e lo
d id á tico co m d io d o s.

Pr e cisa m o s e sco lh e r u m
d o s te r m in a is ( p e r n in h a s) do
Vamos substituitr nossos tr a n sisto r co m o r e fe r ê n cia
“modelos sorvete” dos transistores p a r a lig a r n o ssa fo n te ou
das fig. 1 e 2 por um outro, menos b a te r ia .
gostoso, porém mais técnico
ulitizando diodos. Te m o s tr ê s te r m in a is, lo go
te r e m o s tr ê s p o ssib ilid a d e .
Acompanhe na fig.14.
Co m e ça r e i u sa n d o o
e m isso r co m o r e fe r ê n cia q ue
é o m a is u sa d o n a p r á tica,
g e r a lm e n te co n h e cid o co mo
e mis s o r c o mu m .

Ve ja fig . 1 5 p a r a u m NPN .

Fig. 14 - Modelo de transistores


com diodos

Nunca é demais lembrar que


na fig.14 temos MODELOS cuja
finalidade é meramente didática
para ilustrar como é um transistor
“por dentro” o que NÂO significa que
se ligarmos dois diodos deste jeito Fig. 15 - Polarização emissor comum
para um NPN
teremos “fabricado” um transistor.

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Vejam o s então como
f arem os para usar o
mult í me t r o d i g i t a l n a f u nçã o
diodo a f i m d e a v a l i a r u m
t rans is t o r.
Fig. 18 - Função usada para testar
diodos e transistores
Se não soubermos de
ant emão quais são os Vo cê te r á q u e fa ze r d u as
t erm inai s teremos que m e d id a s p a r a ca d a p a r de
des c obr i r p o r t e n t a t i v a e te r m in a is co m o m o str a o
erro. e xe m p lo d a s fig .2 0 e 2 1 p a ra
o s te r m in a is 2 e 3 .
Com o s ã o t r ê s t e r m i na is
e duas m e d i d a s d e ca d a
v ez t ere m o s u m t o t a l d e s e is
medidas a s e r e m r e a l i z a da s.

A melhor maneira de
ent ende r e aprender é
f az endo .

P egue o t r a n s i s t o r B C 5 47 e
Figs. 20 e 21 - Medindo a junção 2-3
“f aç a de c o n t a ” q u e v o c ê n ã o
s abe qu e e l e é N P N e n ã o
c onhec e a c o n f i g u r a ç ã o d o s Ob se r ve q u e a d ife r e n ça
t erm inai s q u e c h a m a r e mo s e n tr e a fig . 2 0 e a 2 1 fo i a
de 1, 2 e 3 c o m o m o s t r a a in ve r sã o d e p o la r id a d e d a s
f ig. 19. p o n te ir a s.

Na fig .2 0 o b tive m o s u m a
d e te r m in a d a le itu r a d

o d isp la y a q u i r e p r e se n ta d a
co m o “ xxx” , lo g o a ju n çã o 2 - 3
e stá p o la r iza d a d ir e ta m e n te
e n a fig .2 1 n ã o o b tive m o s
Fig. 19 - Transistor “descohnecido” n e n h u m a le itu r a , o q u e in d ica
a ju n çã o e stá p o la r iza d a

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A c hou c o m p l i c a d o ? co m o s r e su lta d o s o b tid o s n as
le itu r a s e ve r á co m o fica fá ci l
Mont e u m a t a b e l a c o m o a d e sco b r ir o s te r m in a is e o
mos t rad a a s e g u i r e p r e e nch a tip o d o tr a n sisto r “ m iste r io so.

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Um e x e m p l o r e a l v a i a ju d a r a vo cê a e n te n d e r co mo
preenc h e r a t a b e l a .

Com o chegamos a e , p o r ta n to é a b a se d o n o sso


c onc lusã o s o b r e o s t e r m i na is tr a n sisto r.
e o t ipo d o t r a n s i s t o r a t r a vé s
dos v alo r e s d a t a b e l a ? M a s a in d a h á u m a q u e stão
a se r r e so lvid a : q u a l te r m in al
A c ontr u ç ã o d o t r a n s i s t o r é é e m isso r e q u a l é co le to r ?
t al que a b a s e f u n c i o n a c om o
uma es p é c i e d e t e r min a l Se vo cê o lh a r a te n ta m e n te
c omum a o e m i s s o r e c o l eto r. a ta b e la - e xe m p lo n o ta r á q ue
a le itu r a d o s te r m in a is 1 - 2 é
S e olh a r m o s a t a b e l a d o ligeiramente maior que a dos
ex emplo p e r c e b e r e m o s q u e te r m in a is 2 - 3 .
a leit ura e n t r e o s t e r m i na is
1 e 3 n ã o a p r e s e nto u Na m a io r ia d a s ve ze s isto
nenhum a m e d i d a n a s du a s a co n te ce e é ju sta m e n te
polariz a ç õ e s , l o g o e sse s a í q u e e stá o p u lo d o g a to
t erm inai s d e v e m s e r d a s p a r a a ju d a r a d e cid ir q u e m é
duas c a m a d a s e x t e r n a s d o e m isso r e co le to r.
“s orv et e ” q u e m o n t a m o s,
as s im s e n d o o t e r m i n a l 2 Ve ja a r e g r in h a a se g ui r
dev e s e r a c a m a d a d o me io q u e va le 9 9 % d a s ve ze s.

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CAP Í T U LO 7

Neste capítulo
voltaremos a falar de
resistores, mas não
aqueles que estudamos
no capítulo 3.
Trataremos de resistores
cuja resistência varia
em função de fatores
externos como luz
e temperartura, por
exemplo.
Estudaremos também
resistores variáveis
chamados de
ponteciômetros.

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Resistor e s “es pe cia i s” , sensor es ou t r ansdut or e s
O s r e s i s t o r e s e s t u d ad o s in te n sid a d e lu m in o sa o u de
no c apít u l o 3 t ê m u m v a lo r te m p e r a tu r a .
de res ist ê n c i a f i x o e o va lo r
des t a r e s i s t ê n c i a n ã o se r á Já a p a la vr a t ra n s d u t or
inf luenc i a d o por a g e n te s (não vá co n fu n d ir com

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ex t erno s como luz ou tr a d u to r ) p o d e so a r e str a n ha
t empera t u r a , p o r e x e m p l o . a u m n o va to .

Nes t e c a p í t u l o t r a t a r ei d e Nu m a d e fin içã o b e m b á sic a


dois t i p o s “ e s p e c i a i s ” d e podemos d ize r que um
res is t or e s q u e t a m b é m sã o t ra n s d u t o r é u m d isp o sitivo
c las s if ica d o s c o m o s e n so r e s ca p a z d e tr a n sfo r m a r u ma
ou t rans d u t o r e s . g r a n d e za física e m o u tr a .

O t erm o s e n s o r n ã o r eq u e r Um a lto fa la n te é u m
maiores explicações. Um tr a n sd u to r q u e tr a n sfo r ma
s ens or é a l g o q u e “ s e n te ” e m so m a e n e r g ia m e câ n ic a
algum a c o i s a c o m o , p o r d a s vib r a çõ e s d e u m co n e .
ex emplo , u m a v a r i a ç ã o d e

LDR - Light Dependence Resi st or


Na f i g . 1 n ó s v e m os o
as pec t o f í s i c o e a s i m b o lo g ia
de um L D R c u j a s i g l a p o d e
s er t rad u z i d a c o m o R e sisto r
Depend e n t e da Luz e
obv iam e n t e v o c ê j á c o n clu iu
que el e s e e n q u a d r a n a
Fig. 1 - Aspecto de um LDR
c at egor i a d o s “ e s p e c i a i s” o u
s ens ore s . m a te r ia l e le tr ô n ico e m e ça a
r e sistê n cia co m o m u ltím e tro
Podem ser encontrados em d ig ita l fa ze n d o va r ia r a luz
div ers os t a m a n h o s e f aixa s in cid e n te so b r e e le e o b se r v e
de res is t ê n c i a . a va r ia çã o d a m e sm a q ue
va i d e sd e u m va lo r m ín imo
Com pr e u m ( o u v á r io s) co m m u ita lu z a té u m va lor
LDR em uma loja d e m á xim o n a a u sê n cia d e lu z.

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Out r os sensor es
Vale m e n c i o n a r t r ê s o u tr o s Se n so r d e F o r ça o u Pr e ssão
s ens ore s m e n o s c o n h e cid o s
que podem ser ú te is, Se n so r d e Um id a d e
princ ipa l m e n t e p a r a h o b i sta s
que s e d e d i c a m à r o b ó tica . M a g n e to r e sisto r
S ão ele s :
Pote nc iômet r os e r eost at os
Na f i g . 7 t e m o s a l g u n s
t ipos de p o t e n c i ô m e t r o s q u e
embora n ã o s e e n q u a d r e m n a
c at egor i a d e s e n s o r e s p o d e m
s e enqu a d r a r n o q u e c h a m e i
de “res i s t o r e s e s p e c i a s ” q u e
é o obje t i v o d e s t e c a p í t ulo .

P ot en c i ô m e t r o s ou
reos t at o s s ã o e m e s s ê n cia
res is t or e s c u j a r e s i s t ên cia
pode ser escolhida ou
v ariada p e l o u s u á r i o a t ra vé s Fig. 7 - Alguns tipos de potencíômetros
do m ov i m e n t o m e c â n i c o d e
um eix o . Ob se r ve n a fig .8 q u e
o d isp o sitivo p o ssui
u m a r e sistê n cia fix a
e n tr e o s e xtr e m os
A e B e q u e a tr a vés
d a r o ta çã o d o cu r sor
p o d e - se e sco lh e r u m
va lo r d e r e sistê n ci a
e n tr e o te r m in al
ce n tr a l C e os
te r m in a is e xtr e m o s A
o u B. Aco m p a n h e a
fig .9 .

Fig. 8 - Construção de um potenciômetro

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CAP Í T U LO 8

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Um componente muito
utilizado nos circuitos
eletrônicos é o regulador
de tensão.
Neste capítulo você
aprenderá um pouco
sobre eles e suas
aplicaçoes.

86 www.paulobrites.com.br
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Se você está querendo saber
c omo eu d e s c o b r i q u e t em o s
que c olo c a r o s r e s i s t o r e s R1
e R2 m o s t r a d o s n a f i g . 9 eu já
lhe res p o n d o : - n o a p p l i c a tio n
not e do f a b r i c a n t e d o L M 3 1 7
que pod e s e r e n c o n t r a d o n a
I nt ernet. Fig. 9 - Como usar o LM317

O application note é
um do c u m e n t o f o r n ecid o
pelo fabricante de um
c ompon e n t e e l e t r ô n i c o on d e
ele dá to d a s a s i n f o r m a çõ e s
nec es s á r i a s p a r a s e u t i l i zá - lo
c orret am e n t e .

P ois bem, a n a l i s an d o
o appl i c a t i o n note vo cê
des c obr i r á também co m o
“enc ontr a r ” o s v a l o r e s d e R1
e R2. Fig. 10 - Como calcular R1 e R2

Vou lh e d a r u m a a j u d i nh a e
c oloc ar n a f i g . 1 0 u m p e d a ço
do appli c a t i o n n o t e o b t i d o n o
s it e da O n S e m i c o n d u cto r s
Fig. 11 - Cálculo simplificado
que é at u a l n o m e d a N a t i on a l. de R1 e R2

Está tudo em inglês? Ag o r a ve m a m e lh o r p a r te,


sa ib a q u e n a In te r n e t vo cê
Vá se acostumando porque e n co n tr a r á ca lcu la d o r a s on
é as s im m e s m o . P i o r s e r ia se lin e p a r a a c h a r e s t e s v a l o r e s
es t iv es s e e m c h i n ê s ! se m p r e cisa r fa ze r co n ta s.

Na prática p o d e - se En ce r r a r e i e ste ca p ítu l o


s im plif ic a r a c o n t a u s a n d o - se co m ch a ve d e o u r o p r o p o n d o-
a f órm ul a d a f i g . 11 . lh e u m a m o n ta g e m m u ito ú til .

94 www.paulobrites.com.br
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A p r im eir a m ontag em a gent e nunca esquece!
Voc ê ch e g o u a u m p o n to d a No d ia g r a m a e m b lo co s n ão
leit ura d e s t e l i v r o e m q ue já d e se n h a m o s o s sím b o lo s do
pode usa r o s c o n h e c i m e n to s co m p o n e n te s q u e co m p õ e o
adquirid o s a t é a q u i p a r a cir cu ito e sim , co m o o p r ó p r i o
realiz ar a s u a p r i me ir a n o m e su g e r e , te m o s a p e n as

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


mont age m que, embora b lo co s m o str a n d o d e fo r ma
s im ples, s e r á d e g r a n d e g e n é r ica o q u e ca d a p a r te do
ut ilidade n o s e u a p r e n d i za d o cir cu ito fa z.
de E let r ô n i c a .
É importante você começar
Vou p r o p o r q u e v o c ê m o n te a se fa m ilia r iza r co m e ste
uma fonte de alimentação para tip o d e r a cio cín io e , se m p re
s ua ban c a d a d e i n i c i a n t e . q u e p o ssíve l, te n ta r co n str ui r
u m d ia g r a m a e m b lo cos
A f onte p r o p o s t a a q u i te r á d o p r o je to q u e vo cê q u er
as s eg u i n t e s c a r a c t e r í tica s co n str u ir o u “ in ve n ta r ” .
princ ipa i s :
F in a lm e n te d a fig .1 4 te m os
1) E nt r a d a - 1 2 7 V o u 2 2 0 V a r e p e tiçã o d o cir cu ito da
fig .1 2 m o str a n d o á r e as
2) C o r r e n t e máxima de p o n tilh a d a s p a r a a ju d á - lo a
s aida - 1 A e n te n d e r co m o se co n tr ó i um
d ia g r a m a e m b lo co s.
3) Um a t e n s ã o d e s a í d a fixa
igual a 5 V O p r im e ir o p a sso p a r a a
m o n ta g e m d a fo n te é , sem
4) Um a t e n s ã o d e s a íd a d ú vid a , a a q u isiçã o d os
v ariáv el d e 1 , 2 5 V a 1 5 V. co m p o n e n te s cu ja lista e stá
n a p á g in a se g u in te .
Na f ig . 1 2 v o c ê e n c o n tr a r á
o es qu e m a d a f o n t e e n a Exite m b a sica m e n te
f ig. 13 temos um o u tr o d u a s m a n e ir a s p a r a fa zer
es quem a , c h a m a d o d i a g r a m a a m o n ta g e m : u tiliza r u ma
em bloc o s , q u e c o s t u m a se r p la ca d e cir cu ito im p r e ss o
muit o út i l p a r a s e a n a l i sa r o e sp e cia lm e n te d e se n h a da
f unc iona m e n t o d e u m c i r cu ito . p a r a a fo n te o u u tiliza r u ma
p la ca p a d r o n iza d a .

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores

CA P ÍT U LO 9

Neste capítulo você


estudará os diodos Zener,
bem como algumas de
suas aplicações.

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
O que é um di odo Zener
No c a p í t u l o 5 q u a n d o vo cê
f oi apr e s e n t a d o a o d io d o
ret if ic ad o r l h e f o i d i t o q u e
o diodo d e v e s e r p o l a r i za d o
diret am e n t e ( f o r w a r d, e m

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


inglês ) p a r a p o d e r c o n du zir,
o que s i g n i f i c a q u e o t e r m in a l
c orres po n d e n t e a o a no d o
dev e s e r l i g a d o a o p o sitivo
da bat e r i a o u d a f o n t e d e Fig. 1 - Polarizando um diodo
aliment a ç ã o . reversamente

E o q u e a c o n t e c e r i a se fo r a m d e n o m in a d o s d io d os
polariz á s s e m o s u m dio d o Z e n e r e m h o m e n a g e m ao
rev ers am e n t e e f o s s e m o s “ d e sco b r id o r ” d o fe n ô m e no
aument a n d o a t e n s ã o so b r e físico d e b r e a kd o wn .
ele c om o m o s t r a a f i g . 1 ?
Be m , isto é só uma
Lá por 1 9 3 4 , m a i s o u m e n o s, cu r io sid a d e , m a s a ch o q ue
um f ís i c o e s t a d u n i d e n se va le a p e n a co n ta r p a r a
c hamad o C l a r e n c e Z ENER e n r iq u e ce r su a cu ltu r a g e r al .
des c obr i u que m a t e r ia is O q u e in te r e ssa m e sm o é o
is olant e s s o f r i a m u m c o l ap so q u e ve m a se g u ir.
(break do w n ) n o i s o l a me n to
quando s u b m e t i d o s a u m a No ca p ítu lo 5
det erm i n a d a tensão que e u ,p r o p o sita lm e n te , d e ixei
f oi den o m i n a d a t e n s ã o d e d e a p r e se n ta r u m g r á fico
rupt ura ( b r e a k d o w n, em m o str a n d o a va r ia çã o d a
inglês ). co r r e n te n o d io d o e m fu n ção
d a te n sã o a p lica d a a e le .
Esta descoberta, fo i
aplic ada , m a i s t a r d e , a o s Vo cê va i ve r e ste g r á fic o
diodos numa e x p e r i ên cia a g o r a n a fig .2 o n d e te m o s o
s im ilar a d a f i g . 1 e p a r t i r d a í co m p o r ta m e n to d a co r r e n t e
f oram f a b r i c a d o s d i o d o s p a r a n o d io d o e m d u a s situ a çõ e s:
t rabalha r especificamente p o la r iza çã o d ir e ta ( a d ir e ita)
c om ten s ã o r e v e r s a e q u e e r e ve r sa ( a e sq u e r d a ) .

98 www.paulobrites.com.br
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
A s egu i r t e m o s o c á l c u lo d o Os cá lcu lo s se r vem
res is t or s h u n t ( R s ) b e m co m o a p e n a s co m o u m a r e fe r ê n c i a
da pot ê n c i a d o Z e n e r p a r a p r e lim in a r. De ve m o s m o n tar
c ada um d o s t r ê s c a s o s . o cir cu ito a a n a lisa r os
r e su lta d o s p r a tica m e n te .
Nos t r ê s c a s o s p o d e m o s
c onc luir q u e u m Z e n e r d e É p o ssive l e n co n ta r o u tr as
500mW a t e n d e a o c i r c u i to . m a n e ir a s d e se r e a liza r e stes
cá lcu lo s, m a s n o fim d as
Q uant o a o r e s i s t o r p o d em o s co n ta s to d a s se b a se ia m na
ex perim e n t a r 1 2 0   10 0  “ e te r n a ” L e i d e Oh m .
e 68   u e  s ã o o s v a l o r e s
c omerc i a i s m a i s p r ó xim o s Se r ia in te r e ssa n te vo cê
para c a d a c a s o . p r a tica r e ste cir cu ito .

C á l c u l o d o r e sisto r sh u n t p a r a ca d a ca so

P or e n q u a n t o v o u f i c a n d o Nã o é a in te n çã o e sg o tar
por aqu i c o m e s t e a s su n to um a ssu n to num ú n ico
s obre o s d i o d o s Z e n e r. ca p ítu lo e d e ixa r d e e stu d ar
o u tr a s co isa s. O o b e jtiv o
Com o p r e l i m i n a r i s t o já é d o livr o é q u e vo cê co m e ce
s uf ic ien t e p o r e n q u a n t o . co n h e ce n d o o b á sico .

www.paulobrites.com.br 105
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores

CA P ÍT U LO 10

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


Neste capítulo
estudaremos mais um
componente passivo,
depois dos resistores,
muito importante e
sempre presente nos
circuitos eletrônicos:
- os capacitores.
Aproveitaremos para
começar a estudar o
conceito de impedância.

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
4) pi c o = 0 , 0 0 0 0 0 0 0 0 0 r e p r e se n ta d o ta m b é m p or
001 (um t r i l h i o n é s i m o ). O 1 2 0 0 p F.
pic o é si m b o l i z a d o p e l a le tr a
p m inúsc u l a . N a E l e t r ô n ica Esta “ m e ta m o r fo se ” n os
“ant iga” a i n d a n o t e m p o n ú m e r o s é u m p o u q u in ho
das v ál v u l a s n ã o e r a mu ito m a is d ifícil d e e n te n d e r, m as
c omum u s a r - s e p i c o f a r a ds, e n ã o é n e n h u m b ich o d e se te
s im   F. ca b e ça s.

Um a f o r m a q u e c o s tu m a Vo cê r e p a r o u q u e u m n a no
s er us a d a p a r a e s c r e v e r o s é m il ve ze s m a io r q u e u m
v alores dos c a p a c i t or e s, p ico ?
princ ipa l m e n t e n o s e s q u em a s
é “s ub s t i t u i r ” a v í rg u la T á co n fu so ?
(ou pon t o ) p e l a l e t r a q u e
repres en t a o s í m b o l o d o En tã o o lh a só
s ubmúlt i p l o . 1 n a n o = 0 ,0 0 0 0 0 0 0 0 1
( 9 ze r o s a n te s d o 1 )
Nada melhor que um
ex emplo p a r a e s c l a r e c e r. 1 p ico = 0 ,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 01
( 1 2 ze r o s a n te s d o 1 )
Um c a p a c i t o r d e 1,2 n F
pode s e r e s c r i t o t a m b é m A d ife r e n ça e n tr e o n a n o e
c omo “1 n 2 ” o n d e o F d e fa r a d o p ico é q u e o p ico te m tr ês
f oi s um á r i a m e n t e o m i tid o , ze r o s a m a is a n te s d o 1 q ue
pois f ic a s u b e n t e n d i d o q u e o nano.
s ó pode s e r F j á q u e e s t a m o s
t rat ando d e c a p a c i t o r. L o g o p a r a tr a n sfo r m a r n a no
e m p ico co lo ca m o s e ste s tr ês
E t em m a i s , n a p r á t i c a fa la - ze r o s d e p o is d o 1 e te r e m o s, 1
s e “um n a n o d o i s ” e e s t a m o s n a n o = 1 .0 0 0 p ico q u e ta m b é m
c onv ers a d o s ! p o d e se r e scr ito co m o “ 1 kp F”
su b stitu in d o - se o 1 0 0 0 p e l a
O ut ra c o i s a q u e c o s tu m a le tr a k ( m in ú scu la ) .
c onf und i r a cabeça dos
t éc nic os , até m esm o Em o u tr a s p a la vr a s, te m os
v et eran o s , é q u e e s t e m esm o q u e m u ltip lica r o va lo r em
c apac it o r “ 1 n 2 ” p o d e se r nano por 1000 para que ele
“ vir e ” p ico .

112 www.paulobrites.com.br
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A segunda armadura é te r r o r ista e e ste ja in te r e ssa do
obt ida p o r u m p a p e l e m b eb id o e m fa b r ica r b o m b a s ca se ir as,
por um l í q u i d o c o n d u t or d e p o r q u e e le va i e xp lo d ir !
c orrent e e l é t r i c a c h a ma d o
elet rólit o o q u a l e n t r a e m A se g u n d a r a zã o , n ão
c ont at o c o m u m a s e g un d a m e n o s im p o r ta n te , é q u e p el o
f olha d e a l u m í n i o o n de é p r o ce sso d e co n str u çã o d os

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


pres o o t e r m i n a l n e g a t i vo d o e le tr o lítico s e n vo lve n d o u ma
c apac it o r. r e a çã o q u ím ica e le s te n d e m
a “ e n ve lh e ce r ” e se to r n a r e m
A seguir todo este conjunto é im p r ó p io s p a r a o co n su m o,
enrolado t i p o u m “ b o l o d e r o lo ” o u m e lh o r, p a r a o u so .
e c oloc a d o n u m a c a n e ca d e
alum í nio q u e s e r v i r á t a m b é m Em outras palavras, cuidado
c omo t e r m i n a l n e g a t i v o . a o te n ta r u sa r e le tr o líticos
m u ito ve lh o s e , p o r ta n to
n ã o r e co m e n d o a co m p ra
d a q u e le s “ sa ld õ e s” q u e , às
ve ze s, a p a r e ce m n a s lo jas
d e co m p o n e n te s e le tr ô n icos.
Fig. 4 - Bolo de rolo e o eletrolítico O b a r a to p o d e sa ir ca r o .
Depoi s desta i n u s ita d a De n tr e os ca p a cito r e s,
explicação sobre a construção os e le tr o lítico s sã o os
do capacitor e l e t r o l ítico , m a is “ se n síve is” e u m d os
que todo mundo c ha m a co m p o n e n te s p a ssivo s q ue
“na int i m i d a d e ” a p e n a s d e a p r e se n ta m o m a io r ín d ic e
elet rolí ti c o e q u e d e v e te r d e fa lh a s.
deix ado v o c ê c o m a bo ca
c heia d ’ á g u a , v a l e a p e n a Eu co stu m o d ize r “ se m p re
c oment a r p o r q u e f i z i s t o . d e sco n fie de ja ca r é s e
e le tr o lítico s” , e le s são
Duas s ã o a s r a z õ e s. A tr a io ço e ir o s.
primeira é p a r a v o c ê “ fica r
ligado” ( s e m t r o c a d i l h o) e Esta é u m a r e co m e n d a ção
NUNCA ( N U N C A M E SM O) e sp e cia l p a r a q u e m p r e te n de
ligar um e l e t r o l í t i c o c o m a se d e d ica r à m a n u te n çã o de
polarida d e i n v e r t i d a a m en o s e q u ip a m e n to s e le tr ô n ico s.
que v oc ê s e j a u m a s p i r a n te a

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Volt an d o a q u e s t ã o d a
ex plos ã o d o s e l e t r o l i tico s
v ale ress a l t a r q u e e l e s n ã o
ex plode m a p e n a s p o r c o n ta
da inv e r s ã o d a p o l a r i d a d e ,
t ens ão a p l i c a d a a o c a p a cito r
ac im a d e s u a t e n s ã o d e
t rabalho (work voltage),
f alhas n o c i r c u i t o o u a té
Fig. 6 - Eletrolítico explodido
mes m o n o p r ó p r i o c a p a cito r,
t empera t u r a elevada no Nã o p o sso fin a liza r e ste
equipam e n t o e a i n d a , t e nsã o p a r a g r á fo se m fa la r d e um
alt ernad a p o d e m p r o v o ca r a p a r â m e tr o d o s e le tr o líticos
ex plos ã o . q u e h á a lg u n s a n o s a tr á s n ão
e r a m u ito d ivu lg a d o . Tr a ta - s e
J á que f a l e i e m t e m p e r a tu r a d a ESR.
é bom q u e v o c ê s a i b a q u e
es t e t am b é m é u m p a r â m e tr o A sig la ESR sig n ific a
im port an t e n a e s p e c i f i c açã o Eq u iva le n t Se r ie Re sista n c e
dos ele t r o l í t i c o s , a l é m , é ou, em português, Resistência
c laro, d a c a p a c i t â n c i a e d a Sé r ie Eq u iva le n te .
t ens ão d e t r a b a l h o .
Co m o a ssim , e sta m os
Os eletrolíticos ma is fa la n d o d e ca p a cito r e s ou
c omuns s ã o f a b r i c a d o s p a r a r e sistê n cia s?
s uport ar a t é 8 5 º C , p o r é m
podemo s encontrar tip o s Po is é , to d o ca p a citor
para 10 5 ºC e a t é 1 2 5 º C . te m u m a r e sistê n cia in te r na
“ e m b u tid a ” p o r co n str u ção
e q u e d e ve te r o m e n or
va lo r p o ssíve l, m a s n o ca s o
dos e le tr o lítico s co stu ma
a u m e n ta r co m a “ id a d e ” e
p r o vo ca r a lg u n s tr a n sto r n o s.

Nã o ir e i m e a p r o fu n d ar
n e ste a ssu n to a q u i. No m eu
Fig. 5 - Especificações dos eletrolíticos site te m a r tig o s so b r e isto .

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O que é r e at ânci a capaci t i va?
E s t e é u m c o n c e i t o m u ito q u e d á p a r a d e sco n fiar,
im port an t e q u a n d o t r a t am o s se u sa r m o s u m p o u co de
de c apa c i t o r e s e m c o r re n te im a g in a çã o .
alt ernad a .
Qu a n to m a io r fo r a

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


Volt e a o c i r c u i t o d a f ig .1 2 fr e q u ê n cia d a se n ó id e m ai s
e me re s p o n d a o s e g u i n te : a r a p id a m e n te o ca p a cito r se
t ens ão q u e a p a r e c e r á s o b r e ca r r e g a e se d e sca r r e g a o
o res is t o r t e r á o m esm o q u e fa z a u m e n ta r a co r r e n te
v alor qu e a t e n s ã o a p l i ca d a , n o cir cu ito e , p o r co n se g u in te
ao c ircu i t o , s e r á m a i o r o u a te n sã o so b r e o r e sistor
menor? a u m e n ta .

Maior, p a r e c e i m p o s síve l En tã o o ca p a cito r a tu ou


porque o c a p a c i t o r é u m d a m e sm a fo r m a q u e um
c ompon e n t e passivo e r e sisto r e m sé r ie a tu a ri a
port ant o , n ã o é c a p a z d e o fe r e ce n d o m a io r o u m e n or
amplif ic a r u m s i n a l . "r e sistê n cia " d e p e n d e n do
d e su a ca p a citâ n cia e da
E nt ão, i g u a l o u m e n o r fr e q u ê n cia d a o n d a .
parec e uma r e s p o sta
raz oáv e l , v o c ê n ã o a c h a ? Ch a m a - se d e re a t â n c ia
c a p a c it iv a e sta " r e sistê n cia"
S endo a s s i m , c a b e u m a q u e o ca p a cito r o fe r e ce
s egunda p e r g u n t a : - o q u e a o cir cu ito q u a n d o e s tá
inf luenc i a r á n o v a l o r d a s u b me t id o a u ma t e n s ão
t ens ão q u e a p a r e c e r á s o b r e a lt e rn a d a s e n o id a l.
o res is t o r ?
Re p a r o u q u e e u g r ife i a
S e v o c ê p e n s o u e m d ize r ú ltim a fr a se d o p a r á g r a fo
que é o v a l o r d a c a p a c i t ân cia a cim a ?
do c apac i t o r e u d i r i a q u e e stá
" quent e" , m a s h á u m d e ta lh e Isto porque só faz sentido em
a mais p a r a a p r e c i a r m o s . fa la r d e r e a tâ n cia ca p a citiva
q u a n d o te m o s te m o s te n são
A f re q u ê n c i a d a s e n ó id e a lte r n a d a se n o id a l.
t ambém i r á i n f l u e n c i ar o

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O im por ta nte concei t o de i m pedânci a
S e v o c ê t e m e n v o l v i m e n to Já q u e e ste ca p ítu lo e stá
c om ele t r ô n i c a o u a t é m esm o tr a ta n d o dos ca p a cito r es
s e é um c u r i o s o o u n o v a to n o va m o s d a r u m a o lh a d a no
ram o, e s t e é u m t e r m o q u e circuito da fig.14 onde temos
v oc ê já d e v e t e r o u v i d o . u m r e sisto r e m sé r ie co m u m
ca p a cito r a o q u a l é a p lica da
Mas vo c ê o q u e s i g n ifica u m a te n sã o a lte r n a d a .
im pedân c i a ?

Fig. 14 - Impedância em um circuito RC


E m bor a o tema se ja fa se , e n tr e ta n to n o ca p a citor
pert inen t e a o s l i v r o s d e e stã o d e fa sa d a s d e 9 0 º co mo
elet rot éc n i c a o n d e o l e ito r já vim o s a n te r io r m e n te .
poderá encontrar ma is
det alhe, julgo i m p o r ta n te Ca so e ste ja e str a n h a n do
menc ion á - l o a q u i . o s d e se n h o s o n d e te n sã o e
co r r e n te e stã o r e p r e se n ta d as
Na f ig.1 4 , d o l a d o e s q u e r d o , por "flechinhas" num sistema
t emos a r e p r e s e n t a ç ã o d a de e ixo s p e r p e n d icu la r es
t ens ão s o b r e o r e s i s t or e in fo r m o - lh e q u e e sta é u ma
s obre o c a p a c i t o r. m a n e ir a de r e p r e se n tar
ch a m a d a de f a s o re s e
O bs er v e q u e t e n s ã o e q u e a ju d a a sim p lifica r o
c orrent e n o r e s i s t o r e s t ã o e m e n te n d im e n to .

126 www.paulobrites.com.br
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Voc ê n o t o u q u e a " f l e c h in a " Po is b e m , é e sta h ip o te n u sa
(f as or) q u e r e p r e s e n t a a que r e p r e se n ta a so ma
t ens ão so b r e o c a p a c i t o r e stá ve to r ia l d e R e X C q u e se rá
apont an d o p a r a b a i x o ? ch a m a d a de imp e d â n c ia
e r e p r e se n ta d a p e la le tra
Isto foi feito porque no Z te n d o ta m b é m o o h m (  
c apac it o r a t e n s ã o e stá co m o u n id a d e d e m e d id a .

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at ras ad a d a c o r r e n t e e q u e é
t omada c o m o r e f e r ê n c i a . Na fig . 1 5 vo cê vê co mo
se ca lcu la a im p e d â n cia e m
Com o o c i r c u i t o é sé r ie u m cir cu ito RC sé r ie e p o de
t emos q u e a t e n s ã o a p l i ca d a co n clu ir q u e a im p e d â n ci a
dev e s e r i g u a l a t e n s ã o n o va r ia co m a fr e q u ê n cia da
res is t or ( E R ) s o m a d a c o m a o n d a se n o id a l a p lica d a ao
t ens ão n o c a p a c i t o r ( E C ) . cir cu ito .

P or outro lado a
" res is t ên c i a " t o t a l d o c i r cu ito
s erá ig u a l a r e s i s t ê n c i a d o
res is t or ( R ) s o m a d a c o m a
" res is t ên c i a " d o c a p a cito r
que é d e n o m i n a d a r e a t â n cia
c apac it i v a ( X C ) .
Fig. 15 - Cálculo da impedância (Z)
Por causa desta defasagem, no circuito RC
es t a nã o é u m a s o m a c om a
qual est a m o s a c o s t u m a d o s Po r o r a n ã o a p r o fu n d a r ei
des de c r i a n c i n h a o n d e 2 + 2 m a is so b r e e ste a ssu n to
= 4. e o q u e vim o s a té a q ui
ju lg o su ficie n te p a ra
Trat a- s e d e u m a " so m a co n tin u a r n o ssa ca m in h a d a
v et orial " q u e é r e p r e s e nta d a na co m p r e e n sã o do
pela hip o t e n u s a d o t r i â n g u lo fu n cio n a m e n to d o s cir cu itos
da f ig. 1 5 . e le tr ô n ico s.

S ent iu um cheiro de Pa sse m o s a u m n o vo tó p ico


" Teorem a d e P i t á g o r a s " n o n o ca p ítu lo 11 . De vo lta a os
ar? tr a n sisto r e s.

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores

CA P ÍT U LO 11

Neste capítulo voltarei


aos transistores, para
estudarmos as técnicas
de polarização para
aplicação do transistor
como amplificador e
outras coisinhas mais.

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Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Pola r iza ndo o t r ansi st or bi pol ar
No c a p í t u l o 6 q u a n d o lh e Vo cê já sa b e que o
apres en t e i ao t r a n sisto r tr a n sisto r te m tr ê s te r m in a is,
f iz um a r á p i d a a b o r d ag e m d e n o m in a d o s b a se , e m issor
s obre a p o l a r i z a ç ã o d o BJT, e co le to r o q u e n o s le va a
para qu e v o c ê p u d e s s e te r o p o d e r u tilizá - lo s e m tr ês

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primeiro c o n t a t o c o m e l e . co n fig u r a çõ e s co n h e cid as
co m o b a se co m u m , e m issor
E nt reta n t o , é p r eciso co m u m e co le to r co m u m co mo
es t udar a l g u m a s c o i s i n h a s ve m o s n a fig .1 .
a mai s p a r a e n t e n d e r o s
c irc uit os o n d e o s t r a n s i s to r e s Vo u co m e ça r a n a lisa n d o as
aparecem e é muito importante d ive r sa s fo r m a s d e p o la r iza r a
s aber um p o u c o s o b r e a f o r m a co n fig u r a çã o e m isso r co m um
de polar i z á - l o s . p o r se r a m a is u tiliza d a na
p r á tica .

Fig. 1 - Configurações para transistor NPN

www.paulobrites.com.br 129
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
na tensão sobre o resistor RE que
gostaríamos que não dependesse
do sinal e, portanto o capacitor irá
se encarregar de não deixar que a
tensão no emissor varie.

A polarização da base neste caso


é fixa porque é feita pelo divisor
resistivo R1 e R2 que aplicará uma
tensão na base que não dependerá
dos parâmetros do transistor.
Fig. 8 - Circuito coletor comum
Aqui é preciso estar atento para
o fato de que a tensão VBE é obtida polarizaççao com divisor resistivo.
pela diferença entre a tensão na Dois fatos devem ser observados
base que chamaremos VB e a no circuito acima.
tensão no emissor que chamaremos
VEb e como a polarização base- O primeiro é que o coletor está
emissor deve ser direta devemos ligado diretamente a fonte de
ter VB maior que VE. Esta é uma alimentação e o segundo é que
observação importante quando a saída é feita no emissor onde
estamos analisando uma falha no está ligado o resistor de carga (RL)
circuito. que vai ligado a terra.

Por enquanto ficamos por aqui Quando se diz coletor comum


com esta polarização que é a mais significa dizer que o coletor é o
utilizada na prática. Não tratarei dos terminal comum à entrada e à saída
cálculos neste momento deixando do sinal.
para um apêndice ao final do livro.
No parágrado acima coloquei a
A seguir estudaremos um pouco palavra "sinal",em destaque.
o circuito coletor comum, também
chamado seguidor de emissor, Isto porque o importante mesmo
que vai mostrado na fig.8. no circuito é o sinal. A polarização
é uma necessidade, pois sem ela
Neste caso está sendo utilizada o transistor não funcionará, e o
polarização fixa com apenas um terminal (base, emissor ou coletor) é
resistor entre +VCC e a base, mas escolhido como comum em relação
poderia ser utilizada também a a entrada e a saída do sinal.

134 www.paulobrites.com.br
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convencionou chamar de Eletrônica sinais de entrada (superposição)
Linear (ou analógica) e, portanto e se amplificarmos um sinal a
o que vai nos interessar mais no saída será proporcional a entrada
momento é a região "branca" da (proporcionalidade).
fig.14, ou seja, a região linear.
Trocando em miúdos, a Eletrônica
Mas, por que está região é Linear não produz distorção entre a

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chamada "linear" ou, em outras as formas de onda de entrada e de
palavras, o que é um sistema saída.
linear?
Isto vai ficar mais fácil de entender
Os matemáticos dizem que um acompanhando as fig. 15, 16 e 17.
sistema é linear quando ele cumpre
duas condições: superposição e Na fig.15 o sinal de entrada (Ib)
proporcionalidade. excursionou dentro dos limites
da região lienar do transistor,
Traduzindo isto para a linguagem ou seja, a nossa área "branca"
dos "não iniciados" o que estas da fig.14 e os sinais de saída
condições querem dizer, no caso (Ic e Vce) preservaram a forma
específico da eletrônica, é que senoidal do sinal de entrada
se somarmos dois ou mais sinais (porporcionalidade).
obteremos um sinal de respostas
que manterá as caracteristicas dos Nas fig. 16 e 17, que você verá
na página a seguir, o sinal avançou
para a região de corte (vermelha)
ou a região de saturação (azul) e
a saída ficou distorcida nos dois
casos.

Curiosamente você verá circuitos


que não respeitam as condições
matemáticas de linearidade e
mesmo assim serão "enquadrados"
como Eletrônica Linear.

O que eu posso dizer é que na


Eletrônica Digital só trabalhamos
Fig. 15 - Sinal excursionando na
região linear do transistor.
no corte e sarturação, na Linear,
nem sempre!

www.paulobrites.com.br 143
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Fig. 20 - Praticando um pouco mais com Darlington

146 www.paulobrites.com.br
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CA PÍ T U LO 12

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Este será um
capítulo dedicado
aos dispositivos
semicondutores ópticos
cada vez mais utilizados
em diversos projetos.

www.paulobrites.com.br 147
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Algum as pal avr as sobr e a l uz
Nos capítulos anteriores você já Há uma outra teoria sobre a luz
teve contato com dois componentes que a considera como partículas
que se enquadradam na categoria que são denominadas fótons (daí o
dos optoeletrônicos. São eles: os termo foto elétrico).
LEDs e os LDRs.
Durante muitos anos houve um
Neste capítulo você será conflito entre as duas teorias, mas
apresentado a mais alguns hoje ambas "convivem" em paz,
deles tais como foto diodos, foto ao que os cientistas chamam de
transistores e acopladores ópticos. natureza dual da luz. Pode ser
onda ou pode ser partícula e assim,
Uma novidade aqui é que alguns ficam todos felizes.
dos componentes ópticos que
estudaremos podem trabalhar Mas, isto é uma conversa muito
com uma luz que nossos olhos comprida que eu deixo para você
não veem. Han! Como assim, não procurar em algum livro de Física.
veem?
No momento vou me concentar
Já ouviu falar em infra vermelho em tratar a luz como onda
ou, em inglês, infra red (IR). eletromagnética.

Já parou para pensar o que Grosso modo, eletromagnetismo


significa infra vermelho? é uma "mistura" de eletricidade
com magnetismo e sobre isto
Analisando ao pé da letra, infra teremos uma "conversinha" mais
vermelho quer dizer abaixo do aprofundada no próximo capítulo.
vermelho.
Por ora precisamos falar sobre
E daí? duas grandezas associadas a uma
onda que, neste caso, não tem
Bem, considerando que este muito a ver com surfistas.
capítulo começa com o título
"algumas palavras sobre luz", saiba Vamos falar de frequência e
que a luz é uma forma de energia comprimento de onda e as fig.1 e
eletromagnética sendo assim, a luz 2 nos ajudarão nesta missão.
pode ser considerada uma onda.

148 www.paulobrites.com.br
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Fig. 4 - Tabela de LEDs - www.thorlabs.com

Na maioria das situações quando Resolvi incluí-las aqui porque


queremos utilizar um LED apenas podem ser úteis em projetos "mais
como indicador de ligado/desligado, avançados". Como diz o ditado:
por exemplo, não precisamos lidar "saber não ocupa lugar"!
com estas informações.
Foto diodos e f ot o t r ansi st or es
O foto diodo, como próprio, nome
indica, é um diodo que "dependerá"
da luz para funcionar, ou melhor,
para conduzir.

Mas, é preciso estar atento que


ele deverá ser ligado no circuito de
modo a receber polarização inversa
como mostra a fig.5.
Fig. 5 - Polarização de um
foto diodo
Ao receber luz é que ele irá
conduzir.

152 www.paulobrites.com.br
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CAP Í T U LO 13

Este capítulo tratará dos


indutores, popularmente
conhecidos como
bobinas, suas
aplicações mais
usuais como relés e
altofalantes.

156 www.paulobrites.com.br
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Blá-blá-blá pr el i m i nar sobr e i ndut or es
Este capítulo completará similar ao que acontece com os
a "trilogia" dos componentes capacitores, trabalha-se mais com
passivos utilizados em Eletrônica - os submúltiplos milihenry (mh) e
resistores, capacitores e indutores, microhenry (h).
este último popularmente mais

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conhecido como bobina. O símbolo gráfico dos indutores
está na fig. 1 onde você pode notar
O comportamento do capacitor duas possibilidades. Com núcleo
exigiu um pouco de abstração de ar ou de ferro que pode ser
para entender como ele armazena laminado, em bastão de ferrite ou
cargas elétricas e que foi amenizado na forma de um anel chamado de
com a "viagem de trem". toróide.

Para o indutor podemos melhorar Alguns aspectos de indutores


esta abstração através de algumas comerciais são mostrados na fig.2.
experiências simples que lhe
ajudarão a entender os "mistérios"
do comportamento destes fios
enrolados.

Antes porém, vamos a algumas


informações básicas.
Fig. 1 - Simbologia de indutores
Se o resistor oferece resistência,
medida em ohms, o capacitor nos
dá capacitâcia medida em farads,
parece razoável pensar que o
indutor irá oferecer indutância, mas
medida em que unidade?

No caso dos indutores a unidade


utilizada é o "henry" simbolizado por
H (maíusculo). Uma homenagem
ao cientista norte americano Joseph
Henry (1797-1878).
Fig. 2 - Alguns tipos de indutores
Aqui também, de modo

www.paulobrites.com.br 157
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contrário, isto é, utilizar um campo desmontando um velho HD fora
magnético para criar uma corrente de uso e finalmente, um micro
elétrica. amperímetro "de ponteiro" e bem
sensível.
Em 1831, Michael Faraday
pensou no assunto e demonstrou Este é o componente mais
sua ideia para a Royal Society de difícil, que pode ser encontrado em
Londres. sucatas de tape decks antigos.

Seria bem interessante se você Um bom "inventor" deve ser


pudesse repetir a experiência também um bom sucateiro
de Faraday, mas se não tiver os (ou "acumulador", como se diz
materiais necessários que serão atualmente).
citados a seguir, busque vídeos no
you tube e você encontrará vários Acompanhe na fig.9 como
que valem a pena assistir. ficou minha "répllica moderna" da
experiência de Fararay.
Para realizar a experiência com
um bom êxito precisaremos de
uma bobina com bastante espiras
(400 ou mais).

Espiras? O que é isso?

Se não sabe vai se acostumando


com esta palavrinha "estranha".

Ela significa as voltas do fio


como em um carretel de linha, por
exemplo. Fig. 9 - Experiência de Faraday

Para fazer a experiência Para que a "magia" aconteça você


de Faraday eu utilizei um deverá ficar movimentando o imã
transformador sem o núcleo. para dentro e para fora da bobina
com uma razoável rapidez e verá
Você irá precisar também de um o ponteiro do microamperímetro se
imã "bem forte", conhecido como movimentar numa espécie de vai e
neodímio que pode ser conseguido vem.

162 www.paulobrites.com.br
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Uma outra maneira de interpretar Fiz este comentário com o intuíto
a experiência de Faraday é dizer de chamar sua atenção que estudar
que, um campo magnético e entender as coisas não deve
variável, em relação a um condutor, ser apenas decorar definições e
INDUZ nele uma FEM que, por sua fórmulas.
vez produz uma corrente e esta
corrente segundo Oersted produz Reconheço que estes

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um campo magnético e aí fica fenômenos envolvendo eletricidade
"tudo junto e misturado", campo e magnetismo são bastante
magnético que produz corrente abstratos exigindo uma boa dose
elétrica e corrente elétrica que de imaginação e o estudante,
produz campo magnético. geralmente, tem dificuldade em
entende-los, mas não desanime.
Mas aqui temos um fato curioso
a ser analisado. A própria corrente Você deve ter reparado que mais
elétrica induzida na bobina pelo de uma vez, nos últimos parágrafos,
campo magnético variável em eu escrevi a palavras "induz e
relação a ela, produzirá um campo induzir" com letra maiúscula e o
magnético na bobina que por sua fiz intecionalmente para que você
vez produzirá uma tensão nos perecebesse de onde vem a palavra
terminais dela como nos mostrou INDUTÂNCIA que está associada
Oersted. às bobinas ou indutores.

Temos uma situação em que Formalmente define-se


"toda ação provoca uma reação" indutância dizendo que é a
que foi enunciado por Newton propriedade de um circuito
estudando forças que atuam num ou, mais especificamente, um
corpo e ficou conhecido como condutor ou uma bobina, gerar
Terceira Lei de Newton. uma força eletromotriz auto
induzida.
Isso mostra que os fenômenos
físicos acabam interagindo de Assim, embora não possa
alguma forma e conclusões obtidas ser vista ou sentida por nós a
na analise de um problema podem indutância estará sempre presente
ser úteis em outro, mesmo que não em um circuito desde que haja
se perceba, a princípio, que há uma uma corrente variável, felizmente,
conexão entre eles. na maioria dos casos ela pode ser
desprezada.

164 www.paulobrites.com.br
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Fig. 15- Carga e descarga no capacitor

Fig. 16 - Carga e descarga no indutor

168 www.paulobrites.com.br
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CA P ÍT U LO 14

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Hora de ser apresentado
a um "ser" quase em
extinção: o multímetro
analógico.

www.paulobrites.com.br 175
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Mu ltím e tr o Ana lógico: - por onde t udo com eçou
Deixei para o final para falar
deste tipo de multímetro por duas
razões principais.

A primeira é que sem dúvida o


multímetro digital se tornou mais
prático e mais preciso para se fazer
medições e substituiu o analógico.

A segunda razão é que o


funcionamento dos analógicos
se baseia nos conceitos de
eletromagnetismo que foram
estudados no capítulo anterior, Fig. 1 - Multímetro analógico
o que nos permitirá entender um
pouco melhor como funcionam
estes multímetros dos "velhos
tempos".

Eles ainda são vendidos e em


certas situações trazem algumas
vantagens em relação aos
modernos digitais, principalmente
quando queremos obsevar uma Fig. 2 - Aspecto do galvonômetro
variação de tensão ou corrente.
Nesta figura vemos um campo
Na fig.1 você poderá ver como é magnético fixo no interior do qual
a "cara" destes multímetros. coloca-se uma bobina móvel a qual
está fixado um ponteiro.
O "coração" deles é um
microamperímetro tecnicamente Ao circular uma corrente na
conhecido como galvanômetro. bobina, surgirá nela um campo
magnético que é proporcional a
Na fig.2 temos a representação esta corrente e os dois campos
gráfica de um galvanômetro de se repelirão fazendo a bobina
"bobina móvel" cujo fucionamento se movimentar e junto com ela o
iremos ver a seguir. ponteiro se movimenta.

176 www.paulobrites.com.br
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Medindo c orr ent es m ai or es que a
d e fundo de e sc al a do m i cr oam per í m et r o
E aí encontrou a solução para Para que nosso instrumento
o problema proposto na página possa medir vários valores de
anterior? corrente podemos utilizar a
sugestão da fig.6.

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Que tal dar uma olhada na fig.5?

Nela temos o resistor shunt


colocado em paralelo com o
microamperímetro o que fará com
que parte da corrente medida, até
o limite do fundo de escala, passe
por ele, e o "excedente" passe pelo
resistor shunt.

Fig.5 - Shunt para medir corrente Fig.6 - Amperímetro analógico

Com o m edir t ensões al t er nadas


com um m ic r oam per í m et r o anal ógi co
Já mencionei anteriormente que No capítulo 5 você aprendeu que
o galvanômetro comumente usado podemos "transformar" tensões
para construção dos multímetros alternadas em continuas pulsantes
analógicos é o de bobina móvel e com auxilio de diodos, construindo
que ele só funciona com corrente circuitos retificadores. Então
contínua. mãos a obra, vamos construir um
voltímetro analógico para AC.
Você já aprendeu como utilizar
um amperímetro para medir tensão, A preferência é pela retificação
desde que ela seja continua e para de onda completa com dois diodos
tensões alternadas o que fazer? como no exemplo da fig.7.

www.paulobrites.com.br 179
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Com o m edi r r esi st ênci a com o
a m pe r í m et r o anal ógi co
Até aqui você aprendeu que um O potenciômetro deve ser
micro amperímetro pode ser usado ajustado de modo que com os
não apenas para medir corrente terminais "ohms" interligados a
DC, mas também para medir tensão corrente no micro amperímetro
DC e AC graças a alguns artificios. atinja o fundo de escala.
Está faltando apenas fazê-lo medir
resistência. Se introduzirmos um resistor
entre os terminais ohms, o ponteiro
Nos capítulos 3 e 4 estudamos se deslocará proporcionalmente a
os resistores e o conceito de corrente (que será menor) a qual
resistência que é a dificuldade que dependerá do valor da tensão da
"alguma coisa" condutora oferece a pilha e da resistência do resistor,
passagem da corrente elétrica. conforme garante a Lei de Ohm.

Ops! Eu ouvi "corrente elétrica"? Para simplificar as coisas e não


precisarmos ficar fazendo contas
Ora, é exatamente isso que o escrevemos no painel os valores
amperímetro mede, mas se para de resistência correspondentes a
haver corrente tem que haver corrente medida.
tensão que tal usarmos a ideia da
fig,8? Qual o maior valor de resistência
que poderemos medir com este
Unindo os terminais marcados arranjo?
"ohms" entre si teremos uma
corrente no circuito produzida pela Isso vai depender da corrente
pilha e que pode ser ajustada pelo de fundo de escala do micro
potenciômetro (reostato). amperímetro e da tensão da pilha
e de acordo com a Lei de Ohm
concluímos que quanto maior a
tensão pilha e menor a corrente de
fundo de escala maiores valores de
resistência poderemos medir.

Essa uma dica importante para se


escolher um multímetro analógico.
Fig.8 - Ohmímetro analógico

www.paulobrites.com.br 181
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Para medir vários valores de
resistência com melhor precisão
utiliza-se o mesmo recurso dos
vários resistores com uma chave
seletora como mostra o exemplo
da fig.9 e já adotado para medir
correntes e tensões.

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Observe que ao lado da chave
S1 da fig.9 temos indicações como:
x1, x10, x100 e x1000 (ou x 1K) o
que é diferente das indicações nas
escalas de corrente e tensão onde Fig. 9 - Ohmímetro analógico
tinhamos o valor máximo permitido com várias escalas
para cada posição.
O pa ine l do m ul t í m et r o anal ógi co

Fig.10 - Painel de um multímetro analógico


Quase todos os analógicos têm confuso com tantas escalas, mas
um painel parecido com este. pouco a pouco irá se familiarizando
e para ajudar vou detalhar a seguir
A primeira vista o iniciante cada uma delas junto com a chave
costuma se sentir um pouco seletora que aparece na fig.11.

182 www.paulobrites.com.br
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A maioria dos instrumentos que Se você não perecebeu
encontramos por aí é de 20kV o como estes "ohms por volt" são
que corresponde a 50A. importantes numa medida e podem
nos fornecer uma leitura menor que
Suponhamos que vamos o valor verdeiro convido-o a estudar
medir uma tensão em um circuito o exemplo a seguir.
utilizando a escala de 10V utilizando
dois tipos de multímetro, sendo um Você já sabe que para medir
com sensibilidade de 20kV e tensão o voltímetro é colocado em
outro de 50kV. paralelo com os pontos do circuito
onde se pretende medir e isto,
Como isto irá influenciar no obviamente, vale para analógicos e
resultado da nossa medida? digitais.

Antes de explicar o que irá Consideremos o circuito da


acontecer com a medida observe fig.15 onde, para simplificar, vou
que no primeiro caso o multímetro utilizar dois resistores em série e
apresentará uma resistência de de mesmo valor.
10x20k= 200knas ponteiras e
no segundo caso 10x50k= 500k
isto utilizando-se a escala de 10V

E se utilizássemos a escala de
100V o que aconteceria com estes
valores de resistência?

Ficariam iguais a 2000k=2M


e 5000k=5M respecitivamente.

Você já deve ter percebido que


a resistência entre as ponteiras Fig.15 - Circuito série
varia com a escala utilizada para o
Neste caso a queda de tensão
mesmo multímetro.
sobre cada resistor será igual
a 6V e deveríamos medir este
Nos digitais isto não acontece,
valor colocando um voltímetro em
a resistência entre as ponteiras é
paralelo com qualquer um dos dois,
constante e, geralmente, igual a
mas .... vamos ver o que acontecerá
10M qualquer que seja a escala
se utilizarmos um voltímetro com
escolhida.

www.paulobrites.com.br 189
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CAP Í T U LO 15

Neste capítulo você


conhecerá mais alguns
diodos além do que foi
estudado no capítulo 5.
São eles: SCR, TRIAC,
DIAC e Schottky.

192 www.paulobrites.com.br
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
SCRs , TRI ACs e DI ACs
Você certamente já utilizou
um controlador de velocidade de
ventilador de teto, popularmente
conhecido como dimmer, e se
teve curiosidade de desmontá-lo
para "ver o que tem dentro" (fig.1),
Fig.1 - Por dentro de um dimmer
encontrou, além do pontênciometro
e algumas pecinhas miúdas, um polarizado diretamente o que
componente com três "perninhas" significa que o anodo deve estar
que parece, mas não é, um num nível de tensão positiva mais
transistor. alto do que o cátodo.

Você acabou de ser apresentado Esta condição continuará valendo


ao TRIAC, sigla para TRIode for para os SCRs e TRIACs, entretanto
Altenating Current que é um dos uma condição a mais será imposta.
diodos "especiais" de uma família A condução dependerá também da
de semicondutores conhecida polarização do terceiro terminal que
como tiristores. é chamado de porta numa tradução
adpatda da palavra inglesa gate.
Os tiristores mais comuns são o
SCR (Silicon Controled Rectifier), Comecemos pelo SCR cujo
o TRIAC e o DIAC (DIode for símbolo você vê na fig.2..
Alternating Current).

Neste capítulo estudaremos um


pouco sobre estes componentes e
a primeira coisa que deve chamar
a sua atenção é que embora
tanto o SCR como TRIAC sejam
considerados diodos, eles têm três
terminais e não apenas dois como Fig. 2 -Simbologia do SCR
os diodos retificadores estudados Não irei me prender a estudar
no capítulo 5. o funcionamento interno do
componente, pois não considero
Naquele capítulo você aprendeu importante no momento.
que um diodo só conduz quando

www.paulobrites.com.br 193
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
Acompanhe pela fig.6 abaixo Repare que há uma "demora"
como ficará a tensão na carga. para o SCR começar a conduzir, de
cerca de 1,2V por causa da queda
A medida que a tensão AC (linha de 0,6 V no diodo que polariza o
vermelha) vai aumentando o anodo gate.
vai ficando mais positivo que o
cátodo, condição necessaária para Esta "demora" pode ser

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que o SCR conduza. aumentada, ou melhor, controlada
pelo potenciômetro.
Mas só isto não é suficiente, é
preciso que o gate também fique Obtemos assim uma retificação
cerca de 0,6V mais positivo em de meia onda cujo valor da tensão
relação ao cátodo para que o SCR na carga pode ser controlado com
dispare e comece a conduzir. um pequeno potênciometro.

A tensão na carga será a que Desta forma o SCR faz jus ao


vemos na linha preta da fig.6. seu nome: Retificador de Silício
Controlado!

Fig.6 - Formas de onda no circuito com SCR

Entretanto, o SCR deixa a desejar E assim nasceu o TRIAC que


pelo fato de fornecer apenas 50% veremos a seguir.
de tensão à carga uma vez que
os picos negativos da onda são
eliminados.

Uma maneira de resolver isto


seria usar dois SCRs em anti-
paralelo como sugere a fig.7.
Fig.7 - Dois SCR's em anti-paralelo

www.paulobrites.com.br 195
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
conduzir no semiciclo negativo por exemplo, usam um sistema
restante. como este. Simples, eficiente e
ralativamente barato.
O ponto de disparo é controlado
pelo pontenciômetro permitindo O único inconveniente é que o
que a corrente na carga seja gatilhamento do TRIAC costuma
controlada desde quase zero até o gerar ondas de RF que podem
valor máximo dos dois semiciclos interferir em equipamentos
da onda AC de entrada. próximos, necessitando que alguns
circuitos de filtro, feito com indutores
Basicamente todos os controles e capacitores, sejam acrecentados
de ventilador de teto e furadeiras, ao cojunto.
Com o t est ar um DI AC?
Esta é uma dúvida comum dos aplicada sobre ele, uma vez que é
técnicos. necessária uma tensão da ordem
de 30V para ele disparar.
Se utilizarmos o método de teste
de diodos com o multímetro digital Precisaríamos construir um
ou da resistência com o multímetro circuito especial para teste que
analógico não chegaremos a faça o DIAC disparar.
nenhuma conclusão a menos que
o DIAC esteja em curto. Não irei tratar disso aqui porque
as situações de uso de DIAC são
Se ele não estiver em curto tão poucas e o preço deles é tão
irá se apresentar como "aberto" baixo que, na dúvida, vale mais a
qualquer que seja a polaridade pena trocá-lo.
Diodo Schok l ey a Di odo Schot t ky
O que vai me interessar neste o diodo Schokley que aparece no
parágrafo é lhe apresentar um título acima.
diodo que embora não faça parte
da categoria dos tiristores é muito Este sim, um tiristor que é
usado hoje em dia. Trata-se do uma espécie de DIAC numa só
diodo Schottky sobre o qual já direção, entretanto trata-se de
falarei. um componete em desuso e por
isso, não será tratado aqui. Vale
Antes, porém uma observação, aprensentar seu simbolo na fig. 14
ele não deve ser confundido com apenas como curiosidade.

200 www.paulobrites.com.br
Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores
O técnico deve estar atento
para não substituí-lo por um diodo
comum que acabará "queimando"
em pouco tempo por conta do
Fig.15 - Símbolo do diodo Schokley aquecimento produzido nele, uma
( em desuso) vez que não consegue comutar em
frequências altas.

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A princípio o diodo Schottky
funciona como um diodo retificador
Uma confusão comum para
comum e até pode ser confundido
muitos técnicos é observar que ao
com um deles, pois o aspecto
medí-lo com a escala de diodo do
físico é o mesmo, entretanto a
multímetro digital o valor encontrado
simbologia utilizada nos esquemas
será bem menor que o usual para
é a mostrada na fig.15.
os diodos retificadores e isto, às
vezes, leva a interpretação errônea
de qu o dido está defeituoso.

O mesmo acontece se for utilizada


a escala ôhmica do multímetro
Fig.15 - Símbolo do diodo Schottky analógico cuja resistência obtida
também será menor.
A principal caracteristica dos
diodos Schottky é a velocidade de
O valor da barreira de potencial
comutação e por isso, costumam
para os diodos Schottky é da ordem
ser cohecidos também como diodos
de 0,4V e não os 0,7V encontrados
rápidos (fast diodes) e ultra rápidos
nos retificadores comuns.
(ultra fast).
Uma boa prática é sempre
O diodo retificador comum só
respeitar o código que aparece
opera em frequências baixas,
no esquema e caso não seja
geramente, da ordem de até 400Hz.
possível encontrar o componente
no mercado recorrer ao data sheet
Com a proliferação das fontes
e analisar cuidadosamente as
chaveadas passou-se a ter a
especificações.
necessidade de diodos que
comutassem em frequências bem
Nada de ficar fazendo perguntas
mais altas, pois estas fontes podem
nos forums: "alguém sabe o que eu
operar em até 250KHz.
coloco no lugar de ...."!

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CA PÍ T U LO 16

Vamos estudar um
"novo" transistor: os
FETs e MOSFETs. cada
vez mais presentes nos
circuitos eletrônicos e
também falar dos IGBTs.

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Fie ld E f f ect Tr ansi st or,
m as pode m e cham ar de FET
No capítulo 6 você foi apresentado de campo e é conhecido pela sigla
aos transistores bipolares (BJT), FET e lá pelo final da decada de 80
popularmente mais conhecidos começaram a ganhar espaço nos
simplesmente por "transistor". circuitos eletrônicos, e depois de

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


tanto tempo ainda deixam muitos
Naquele momento apresentei técnicos confusos sobre o seu
uma breve explicação sobre a funcionamento e caracteristicas.
construção dos BJT, mas que é Ora de desfazer os "mistérios"
suficiente para você trabalhar com sobre os FETs.
eles.
Começemos pela principal
O nome "bipolar" está ligado de diferença entre os BJT e os FETs
algum modo ao fato deles serem que são constituidos de uma únca
construidos com o auxilio de dois pastinha tipo P ou tipo N e por isso,
tipos de semicondutores, um P denominados Canal P ou Canal N.
e outro N, daí a possibilidade de
termos transistores PNP e NPN. Neste caso não funciona a
imagem do sorvete apresentada lá
Pois bem, antes da "invenção" no capítulo 6 eu diria que está mais
dos bipolares, lá pelos idos da para uma "barra de chocolate"
decada de 50 do século passado, (preto ou branco) como vemos na
o físico estadonudense William fig.1.
Bradford Shockley, considerado
um dos "pais" do transistor, já havia
publicado alguns documentos onde
ele teorizava sobre um componente
semicondutor que denominou
transistor unipolar.

Entetanto, comercialmente os
BJT "sairam na frente" e ficaram
mais conhecidos.

O transistor unipolar do
Dr.Schokley ganhou o nome Fig.1 - FET Canal N e Canal P
comercial de transistor de efeito

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FETs: Sím bologi a, nom encl at ur as e et c
Da fig.1 conclui-se que os FETs Vamos ver na fig. 2 como ficará
também possuem três terminais a simbologia usada para os FETs.
como os BJT, mas os nomes destes
terminais são diferentes. Observe que diferentemente dos
BJT, nos FETs não há distinção no
Os terminais das extremidades desenho para o terminal do dreno e
da barra de semicondutor que da do supridouro, enquanto o terminal
nome ao FET (canal N ou canal do gate é indicado por uma seta
P)são denominados de dreno e sujo sentido, para dentro ou para
supridouro. O termo supridouro fora, servirá para indicar se trata-se
é uma "tradução" para a palavra de um canal N ou canal P.
source em inglês. Em alguns livros
ela costuma ser traduzida por "fonte",
mas eu prefiro supridouro, para que
não haha nenhuma confunsão com
"fonte de alimentação".

O supridouro irá fornecer as


cargas que serão colhidas pelo Fig. 2- Simbologia dos FETs
dreno. Na fig.3 temos uma maneira de
"pensar" os FETS através de um
Aqui podemos fazer uma "circuito equivalente" onde a bara
analogia com os BJT dizendo que o do canal é representada por uma
supridouro faz o papel do emissor, resistência com as extremidades
enquanto o dreno funciona como o marcadas como supridouro e dreno
coletor. e o gate indicado por um diodo.

Há ainda um terceiro terminal É importante ressaltar que


ao qual chamaremos gate que estas figuras têm apenas intenção
corresponde a base dos BJT. didática e não pense você que é
assim que se "fabrica" um FET!
Repare que a base é constituida
de um semicondutor "oposto" ao Por outro lado, este circuito
canal. Assim, no canal N a base equivalente ajudará a lembrar o
será de material P e no canal P sentido da seta para cada tipo de
será de material N. FET.

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É como se o canal não existisse E na práitca, que diferença isto
físicamente e só passe a existir faz?
quando for aplicada uma tensão
entre gate e supridouro. Para entender a diferença entre
o modo de operação depleção e
Neste caso o MOSFET é dito enriquecido convido-o a examinar
operar no modo enriquecido ou as fig.8 e 9 que nos mostra as

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


intensificado que é uma tradução curvas ID x VDS para cada um deles.
aproximada para a palavra
enhancement. Olhe atentamente cada uma.

Fig. 8 - Curvas do MOSFET Modo Depleção

Fig. 9 - Curvas do MOSFET Modo Enriquecido

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Primeiramente peço que você se modo enriquecido os tornam os
foque mais atentamente nas curvas preferidos para projetos de fontes
da direita que são chamadas de chaveadas, por exemplo, onde
"curvas de transferência". precisamos de um transistor que
que funcione como uma chave
Na fig.8, que corresponde ao eletrônica.
modo depleção, note que memso
para VGS = 0V já existe uma corrente Este livro não tratará de fontes
de dreno que no caso é de 5mA. chaveadas, mas fique atento para a
informação que foi dada aqui sobre
Para cortarmos o MOSFET (ID=0) os MOSFETs, pois será muito útil
precisamos aplicar uma tensão de quando for estudá-las.
cerca de - 6V (neste exemplo) entre
gate e supridouro e mesmo assim Para resumir podemos dizer o
ele não fica totalmente cortado, seguinte:
pois ainda haverá uma pequena
corrente de dreno. Os d-MOFETS comportam-se
como chave normalmente fechada
Agora, olhe a fig.9 e verá que e para abrí-la precisamos a aplicar
para o MOSFET começar a uma polarizazação entre gate e
conduzir precisamos aplicar uma supridouro (indenpendente do tipo
tensão próxima de 1V entre gate e do canal, N ou P).
supridouro (tensão de threshold).
Os e-MOSFETs comportam-se
E daí? de maneira oposta.

E daí, que no modo enriquecido é Finalmente, vale resaltar que os


como se o MOSFET já "nascesse" d-MOSFETs podem operar também
cortado e para conduzir precisamos no modo enriquecido o que pode
aplicar uma tensão maior que zero ser confirmado analisando a fig.8,
volt entre gate e supridouro. mas você não pode substituir um
tipo pelo outro numa reparação.
Isto é o que em eletrônica se
chama de uma chave ideal como O que eu estou querendo dizer
um interruptor que para passar é que tudo dependerá de como foi
corrente precisamos acioná-lo. feito o projeto originalmente para
que o d-MOSFET funcione como
Esta caracteristica dos MOFETs e-MOSFET.

210 www.paulobrites.com.br
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O qu e é um I G BT?
Para tornar a coisa mais fácil Uma observação interessante
de entender vamos começar quanto aos IGBTs é que são
com o significado da sigla IGBT: fabricados exclusivamente como
Transistor Bipolar de Porta Isolada canal N.
o que nos levar a pensar que eles

Cópia de DIVULGAÇÃO - ALGUMAS PÁGINAS


são uma "mistura" dos dois tipos de Quanto a simbologia adotada para
transistores, ou seja, um "híbrido" representar os IGBTs nos circuitos
de MOSFET na entrada com podemos vê-los representados de
transistor bipolar na saída numa uma das duas maneiras mostradas
configuração que nos faz lembrar na fig.14.
o transistor Darlington estudado no
capítulo 11.

Veja bem, eu disse “nos faz


lembrar”, não disse que os IGBTs
são Darlingtons que é outra coisa.
Fig. 14 - Simbologia de um IGBT
Em outras palavras, a entrada
de um IGBT é feita por uma porta
isolada como nos MOSFETs ,
enquanto na saída temos um
emissor e um coletor como nos Mas, por que inventaram os
transistores bipolares como vemos IGBTs?
na fig.13.
O IGBT alia o que há de
melhor em cada tipo de transistor
para fazer um dispositivo capaz
trabalhar em circuitos que precisam
de alta velocidade de comutação,
manusear correntes altas e se
comportarem como uma chave
ideal (fechada resistência zero,
aberta resistência infinita).
Fig. 13 - "Cosntrução" de um IGBT
Com um IGBT a transição do
estado de condução para o estado

214 www.paulobrites.com.br
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de corte e vice-versa pode ser feita Outra aplicação para estes
em 2 microssegundos o que nos dá dispositivos são amplificadores de
uma frequência de 500 kHz. áudio classe D também chamados
de amplificadores digitais.
Podem ser construídos em
módulos que operam centenas de Na moderna indústria
ampères e tensões até 6 kV. automobilística eles são usados
para excitar os motores PMSM
A Panasonic (só ela), por (Permanent Magnetic Sychronous
exemplo, utiliza-os nas fontes de Motor).
seus fornos de micro-ondas e
diversos fabricantes nas placas Y e Enfim, são os semicondutores
Z dos televisores de plasma. entrando definifitivamente na
eletrônica de potência!
Uf a! A c a b o u !

E nf i m , c h e g a m o s a o fin a l d a " n o ve la ". Esp e r o q u e o s


c apí t u l o s t e n h a m s i d o e m o cio n a n te s.

Não d e u p a r a b i sb ilh o ta r m a is p r o fu n d a d e m e n te
" algun s p e r s o n a g e n s " , m a s e sp e r o te r d e sp e r ta d o e m
v oc ê a c u r i o s i d a d e e a pa r tir d e a g o r a se sin ta e stim u la d o
a c ont i n u a r e s t u d a n d o p a r a q u e r e r sa b e r m a is. Na Er a
G oogl e i s t o f i c o u m a i s fá cil.

O liv r o t e v e a i n t e n ç ã o d e p la n ta r u m a se m e n te , m a s
para q u e a á r v o r e d ê b o n s fr u to s d e p e n d e r á d e co m o
v oc ê i r á c u i d a r d e l a .

À s ve z e s , m e p e r g u n ta m q u a n to te m p o se le va p a r a
apren d e r E l e t r ô n i c a ?

No m e u c a s o , f o r a m q u a tr o a n o s m a is 6 7 , p o is a in d a
c ont in u o a p r e n d e n d o to d o d ia , o im p o r ta n te é q u e a s
s emen t e s q u e r e c e b i n o cu r so té cn ico fo r a m d e p r im e ir a
qualid a d e e e u s o u b e pla n tá - la s e cu id a r d o s se u s fr u to s
e f oi i s s o q u e t e n t e i f a ze r a o lh e o fe r e ce r e ste m o d e sto
liv ro.

E nt e n d e n d o q u e o co lo q u e i n e sta p á g in a s, fr u to d e
minha e x p e r i ê n c i a c o m o té cn ico , é o m ín im o in d isp e sá ve l
para s e c o m e ç a r d a q u i p r a fr e n te é co m vo cê !

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