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Componentes Eletrônicos – Guia para iniciantes

Para estudar eletrônica, é fundamental entender para que servem e o que são os componentes
eletrônicos.
Eles foram criados para se comportar de maneira particular quando há passagem de corrente por eles.
Isso é feito a partir de estudos sobre o material, formato e outras características que compõe cada
componente eletrônico.
Nesse artigo, você entenderá quais os componentes eletrônicos mais comuns, as suas aplicações e como
funcionam.
Para aproveitar melhor o conteúdo, recomendo que leia sobre a Lei de Ohm e sobre as Grandezas
Elétricas antes.

Componentes Eletrônicos
1. Resistor
2. Capacitor
3. Indutor
4. Diodo
5. Transistor
1. Resistor
O resistor é um dispositivo capaz de transformar a energia elétrica que passa por ele em energia
térmica, por meio do efeito joule. Dessa forma, ele é capaz de limitar a corrente em um determinado
ponto do circuito.

Como a finalidade do resistor é limitar a corrente em um determinado ponto do circuito, cada resistor
possui uma Resistência. É a grandeza elétrica medida em Ohms que determina a oposição do
componente a passagem de corrente.

Resistência Elétrica
A resistência é dada pela seguinte fórmula:

Em que:
 R = Resistência Elétrica em Ohms
 V = Tensão Elétrica em Volts
 I = Corrente Elétrica em Amperes

Simbologia do Resistor em um circuito


A simbologia do resistor em um diagrama de circuito eletrônico é a seguinte:
A esquerda é o padrão americano e a direita o padrão europeu.

Aplicação do resistor em um circuito


Vamos supor que você queira ligar um LED(Diodo emissor de luz) com uma bateria de 9 volts, com
corrente de 1 ampere. Mas a corrente máxima suportada por esse LED é de 20mA (0,02A).
Se você ligar o LED direto na bateria, ele vai queimar, pois a corrente que passará por ele será maior
que a corrente máxima suportada. Portanto, deve ser utilizado um resistor para limitar a corrente que
passa no LED, como na imagem abaixo:

Para calcular o valor da resistência necessária, utiliza-se a fórmula da resistência elétrica:

Temos que R = 9/0,02, e portanto o valor da resistência do resistor deve ser igual a 450 ohms para o
LED não queimar.
Resistor variável
Existem também os resistores variáveis, como potenciômetros e trimpots. Eles variam sua resistência
de 0 até um determinado valor.

Potenciômetros, por exemplo, são muito utilizados para regular o volume em rádios.

Tabela de Cores dos resistores


Os resistores fixos possuem faixas coloridas para identificar seus valores de resistência e tolerância sem
precisar medir. Veja o código de cores dos resistores abaixo:

2. Capacitor
Sua característica é armazenar cargas elétricas em um campo elétrico.
É formado basicamente por duas placas paralelas separadas por um material isolante, chamado de
dielétrico. Quando seus terminais são submetidos a uma corrente elétrica, as placas são carregadas.
A quantidade de carga armazenada divida pela tensão elétrica que existe entre as placas é chamada de
Capacitância, medida em Farad.
Um Farad é uma capacitância gigantesca, os capacitores mais comuns na eletrônica serão na ordem de
microfarad, nanofarad ou picofarad.

Simbologia do Capacitor
A simbologia do capacitor é a seguinte:

Quando o capacitor não possui polaridade, isto é, não possui um terminal positivo e um negativo e
pode ser polarizado de qualquer forma, utiliza-se o simbolo da esquerda. Quando o capacitor possui
polaridade, utiliza-se o simbolo da direita, marcando qual o terminal positivo dele.
Polarizar inversamente um capacitor é perigoso, visto que ele entrará em curto e pode explodir. O
capacitor será inutilizado após ser polarizado inversamente.
Tipos de Capacitores
Alguns dos tipos de capacitores mais comuns são os eletrolíticos, de poliéster, cerâmico e tântalo.
 Capacitor Eletrolítico: É um capacitor que possui polaridade definida. Caso ele seja polarizado
inversamente, ele entra em curto e é inutilizado, podendo até explodir. É muito comum em
fontes de tensão funcionando como filtro de ruídos. São encontrados em valores maiores que
0,5µF. Normalmente, o capacitor eletrolítico possui uma listra que indica o seu terminal
negativo.

 Capacitor de Poliéster: Capacitor formado por varias camadas de alumínio e poliéster, não
sendo recomendado para uso em altas frequências. Pode ser encontrado na faixa de 1000pF a
10µF e não possui polaridade.

 Capacitor Cerâmico: É um disco de cerâmica com duas fitas metálicas em suas faces. É
utilizado desde circuitos de corrente continua até de alta frequência. São encontrados com
capacitâncias de 1pF a 470nF, normalmente.
 Capacitor de Tântalo: Capaz de obter grandes capacitâncias em um tamanho muito reduzido
por conta de seu principio de fabricação, é usado para substituir o capacitor eletrolítico quando
o espaço é um problema.

Aplicações de Capacitores
Um capacitor é semelhante a uma pilha ou bateria, porém ele é capaz de descarregar toda a sua carga
em frações de segundo.
Assim, eles podem ser utilizados como filtros de ruídos em fontes de tensão, por exemplo.
Todo capacitor possui uma constante de carga T, equacionada da seguinte forma:
T=RxC
Onde:
 T = Constante de Carga
 R = Resistência em Ohms
 C = Capacitância em Farad
A partir dessa constante de carga, podemos calcular o tempo de carga e descarga de um capacitor. Uma
constante de tempo equivale a aproximadamente 63% de carga ou descarga do capacitor. Veja a curva
abaixo:
Após 5 constantes de tempo o capacitor é totalmente carregado ou descarregado. Note que ainda assim,
ele não estará 100% carregado ou descarregado, mas estará muito próximo disso.

3. Indutor
É um componente eletrônico capaz de armazenar energia em forma de campo magnético, gerado pela
corrente elétrica que passa pelo indutor.
Bobina e solenoide também são nomes comuns para o indutor.

A capacidade do indutor de armazenar energia em forma de campo magnético é a Indutância medida


em Henrys (H).
São normalmente construídos a partir de um fio de cobre enrolado em espiras em torno de um núcleo
ferromagnético ou não.
Simbologia do Indutor
Em circuitos, um indutor representado pela letra L é visto da seguinte forma:

Tipos de Indutores
Os indutores variam quanto a seu núcleo e formato e são os seguintes:
 Núcleo ferromagnético: São utilizados materiais ferromagnéticos no núcleo para obter maiores
valores de indutância. Assim, o núcleo é capaz de aumentar e concentrar o campo magnético.
Entretanto, é um sistema com mais perdas.
 Núcleo laminado: O núcleo é feito com finas camadas de aço-silício, envolvidas por um verniz.
É utilizado para baixas frequências. O núcleo laminado diminui as perdas do indutor.
 Núcleo de ar: O núcleo não é preenchido com nenhum material. Apesar de ter pouca
indutância, não apresenta perdas causadas pelo núcleo. É usado para altas frequências
 Núcleo de ferrite: São indutores que apresentam um excelente desempenho em altas
frequências. Isso pois é utilizado um tipo de cerâmica ferromagnética e não condutora, o que
ainda diminui as perdas.
 Indutor Toroidal: Feito com um núcleo de ferrite, porém com um formato de rosca. No indutor
toroidal, o campo magnético possui um caminho fechado para circular, o que diminui
consideravelmente as perdas, aumentando o valor da indutância.

4. Diodo
É um componente eletrônico que permite a passagem de corrente em somente um sentido.
É construído a partir de um material semicondutor, uma espécie de meio termo entre um material
condutor e um material isolante.
O diodo possui 2 terminais e é formado por uma junção de silício ou germânio, que permitem que o
diodo conduza somente em um sentido.
Note na imagem acima que o diodo possui uma faixa cinza. Essa faixa cinza indica qual é o terminal
negativo do diodo.

Aplicações
O diodo é muito usado em circuitos retificadores que convertem corrente alternada para corrente
continua.
Existem diversas outras aplicações para o diodo, como em circuitos de proteção e reguladores de
tensão.
É importante notar que o diodo não é uma passagem de mão única perfeita, quando a corrente flui por
seus terminais há uma queda de tensão de aproximadamente 0,7V.
Assim, é importante levar em consideração essa queda de tensão quando for projetar um circuito
utilizando um diodo.

LED – Diodo Emissor de Luz


Deve ser um dos componentes eletrônicos mais conhecidos no mundo, ainda mais com as Lâmpadas de
LED que temos hoje em dia.
O LED é feito de arseneto de gálio que emite luz quando a corrente elétrica flui por ele. Possui baixo
consumo e alta eficiência, além de uma grande durabilidade. Por conta disso, as iluminações LED vem
se tornando cada vez mais populares.

Diodo Zener
Quando polarizado inversamente, permite manter uma tensão constante em seus terminais.

É utilizado em reguladores de tensão e estabilizadores para manter uma tensão constante ao longo do
tempo.

Simbologia do Diodo

Quando polarizado corretamente, o sentido da corrente é da esquerda para a direita (sentido


convencional).

5. Transistor
Após a invenção do transistor, o mundo mudou: computadores, eletrodomésticos, celulares e muitas
outras coisas começaram a aparecer em grande escala. O transistor aperfeiçoou técnicas de produção de
diversos eletrônicos e propiciou o desenvolvimento de toda tecnologia que temos hoje.
São componentes eletrônicos que, assim como o diodo, são construídos a partir de um material
semicondutor. O transistor tem a capacidade de controlar a passagem de corrente. O transistor
normalmente possui três terminais, a base, o coletor e o emissor.
Quando há uma corrente na base, o transistor permite a passagem de corrente entre o coletor e o
emissor. Se não há nenhuma corrente na base, não há passagem de corrente entre o coletor e o emissor.
Com o transistor, podemos construir portas lógicas, e a partir de portas lógicas, podemos construir
processadores, base de toda computação moderna.

Transistores Bipolares
São os transistores de junção NPN e PNP.
São componentes de grande facilidade de polarização e durabilidade.

Transistor Unipolar
Também conhecido como transistor de efeito de campo, a sua condutividade é controlada por uma
tensão aplicada externamente.
Existem dois tipos de transistor unipolar: o FET de junção e o FET de porta isolada.
Simbologia do Transistor
A simbologia dos transistores bipolares é a seguinte:

Conclusão – Componentes Eletrônicos


Nesse artigo você viu um pouco sobre os componentes eletrônicos mais comuns.
Deixe um comentário abaixo e diga qual componente eletrônico ficou faltando e vamos adicionar ele
no artigo. Compartilhe esse post em suas redes sociais para todo mundo conhecer os componentes
eletrônicos.

Lei de Ohm – O que é, grandezas e aplicações


Uma das leis mais importantes quando o assunto é eletricidade é a Lei de Ohm, postulada pelo físico
Georg Simon Ohm. Ela foi proposta por volta de 1827, e é base para compreender qualquer fenômeno
relacionado a eletricidade.
A Lei de Ohm basicamente determina o conceito de resistência elétrica, além de relacionar ela com
mais duas grandezas muito importantes: tensão e corrente.
Essa relação refere-se a Primeira Lei de Ohm, mas, neste artigo, também falaremos sobre a Segunda
Lei de Ohm, que fala sobre a resistividade e área do condutor.
O que é a resistência elétrica?
Quando Georg Simon Ohm estudou os fenômenos elétricos, como a tensão e a corrente, ele percebeu
uma outra grandeza ainda não estudada. Assim, ao dividir a tensão pela corrente, Georg Simon
encontrava sempre uma relação entre as duas.
Ele percebeu corrente em um circuito é diretamente proporcional a tensão, enquanto que, a tensão é
inversamente proporcional a uma terceira grandeza. Portanto, essa grandeza foi chamada de resistência
elétrica.
A resistência elétrica nada mais é que a oposição a passagem de corrente em um determinado
material. Quando você estudar essa grandeza, pode se deparar com a letra grega ômega, que é usada
para sua representação.

A grandeza resistência é uma propriedade presente em qualquer condutor, mas seu valor é obtido em
circuitos eletrônicos pelos componentes eletrônicos chamados resistores.

Resistores
Esse componente serve para adicionar resistência elétrica a um circuito. Utiliza do efeito joule para
funcionar, transformando energia elétrica em calor.
É importante ressaltar que os apenas os resistores ohmicos ou lineares obedecem a Lei de Ohm.
Resistores não-lineares não obedecem essa lei.
Nos diagramas de circuito, o resistor pode ser apresentando das duas formas abaixo:

Essas duas variações existem por conta de existir dois padrões para o desenho de circuitos: o Europeu e
o Americano. Eu particularmente prefiro utilizar o modelo americano para representar um resistor.
Sempre que aparecer em um diagrama, o resistor deve vir acompanhado do valor de sua resistência,
medida em ohms.

Primeira Lei de Ohm


“Para um condutor mantido à temperatura constante, a razão entre a tensão entre dois pontos e
a  corrente elétrica é constante. Essa constante é denominada de  resistência elétrica.”

A primeira lei de ohm determina que a razão entre a tensão e a corrente elétrica é igual a resistência
elétrica. A equação matemática para essa lei é a seguinte:

Onde:
 V = Tensão Elétrica, medida em volts;
 R = Resistência Elétrica, medida em ohms;
 I = Intensidade de Corrente elétrica, medida em amperes.
Trabalhando um pouco na álgebra da equação da Lei de Ohm, você pode chegar a duas variações.
Escolha e use a que achar mais conveniente.

É importante notar que esta lei vale para condutores ôhmicos e mantidos a temperatura constante.
Existem condutores não ôhmicos, em que a resistência não é constante, e portanto, não obedecem a lei
de ohm.

O que é a tensão e corrente?


A tensão elétrica é fornecida para um circuito através de um gerador. Dessa forma, há quem se refira a
ela como diferença de potencial elétrico, ou DDP.
Um gerador pode ser uma pilha, uma fonte de alimentação, ou qualquer coisa que gere essa tensão
elétrica para o circuito.
A corrente elétrica, é o fluxo de elétrons no condutor submetido a uma tensão elétrica. Assim, o sentido
desse fluxo ocorre do terminal negativo para o positivo. Por convenção, considera-se o fluxo ocorrendo
do terminal positivo para o negativo.
A tensão elétrica é medida em volts, e a corrente elétrica é medida em amperes.

Calculadora da Lei de Ohm

Calculadora de Lei de Ohm


Coloque o valor da tensão da fonte e a corrente nominal da carga para obter a resistencia a ser usada.

Segunda Lei de Ohm


Essa lei refere-se as grandezas que influenciam na resistência de um determinado condutor. O
comprimento do condutor, a área de secção transversal (que em um fio é conhecida por bitola)
influenciam na resistência.
Dependendo do material, a temperatura também vai influenciar na resistência. Assim, mais uma
grandeza entra em jogo: a resistividade. A resistividade depende de características de cada material e
sua temperatura.
Portanto, a equação matemática que descreve a segunda lei de ohm é a seguinte:

Onde:
 R = Resistência Elétrica, medida em ohms;
 ρ = Resistividade, medida em Ω.m;
 L = Comprimento do condutor, em metros;
 A = Área de secção transversal, em mm².
O que a equação diz é que a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento, mas
inversamente proporcional a área de secção transversal. Assim, isso quer dizer que, quanto mais
comprido um condutor, maior a resistência, porém, quanto mais largo, menor a resistência.

Tensão, Corrente, Potência e Resistência


Quando estudamos eletrônica, é comum ouvirmos sobre Tensão, Corrente, Potência, Resistência e
unidades de medida como Volts, Amperes, Watts e Ohms.
Entender esses conceitos é fundamental para começar a aprender sobre eletricidade e realizar análises
de circuitos bem sucedidas.
Portanto, o objetivo desse artigo é mostrar quais são as principais grandezas físicas relacionadas a
eletricidade bem como os cálculos que relacionam umas com as outras.

Tensão Elétrica
A tensão elétrica consiste na diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Essa diferença de
potencial é o que possibilita o movimento dos elétrons, gerando assim uma corrente elétrica. Portanto,
quanto maior esse valor, mais energia pode fluir no circuito.

A Tensão Elétrica é fornecida ao circuito por meio de um gerador, seja ele uma pilha, bateria, fonte ou
até mesmo um gerador solar, térmico, mecânico e inúmeros outros.
A unidade de medida é o Volt, e é vista em circuitos representada pelas letras V ou U.
Quando alguém falar em ddp (diferença de potencial) também está se referindo a tensão elétrica.
Dos volts surge o termo “Voltagem”, que é como alguns se referem a tensão, apesar de não ser o
correto.

Corrente Elétrica
A Corrente Elétrica é um fluxo de elétrons que circula em um condutor quando há diferença de
potencial – ou seja, tensão.
Pode causar alguns efeitos no condutor, sejam eles térmicos ou luminosos. O exemplo disso é um
chuveiro elétrico, que a corrente passando em seu circuito dissipa muito calor.
A unidade de medida da corrente são os Amperes. Em circuitos, você pode ver ela ser representada
pela letra i.
A corrente é conhecida também pelos leigos como a “amperagem”.

Sentido da corrente
Existe uma curiosidade interessante sobre o sentido da corrente.
Apesar de sempre considerarmos que a energia sai do terminal positivo do gerador e flui para o
terminal negativo, isso não acontece de fato.
Na realidade, os elétrons saem do terminal negativo e fluem para o positivo.
Matematicamente, apenas ocorre uma inversão de sinal, mas na prática analisar um circuito
considerando que os elétrons saem do terminal positivo é muito mais fácil. Então, por convenção,
adota-se o sentido convencional da corrente.

Resistência Elétrica
Em termos técnicos, a Resistência Elétrica é a capacidade de um corpo se opor a passagem de corrente
elétrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada.
Isso muda de material para material – cada um tem suas características, uns facilitam e outros
dificultam a passagem de corrente.
Dessa forma, na prática, todo material possui uma resistência elétrica, por menor que ela seja.
A resistência causa o efeito Joule, em que parte da energia é perdida em forma de calor. Quanto maior a
resistência, maior a perda.
A unidade de medida da Resistência é o Ohm. Entretanto, em circuitos e equações, ela será vista
representada pela letra R.
Os Ohms são representados pela letra grega ômega.

Um componente eletrônico muito conhecido que é baseado nessa propriedade de resistência é o


resistor. Portanto, utilizando resistores, podemos adicionar resistências aos circuitos eletrônicos.

Lei de Ohm para calcular tensão e corrente


Enfim, vamos relacionar os três conceitos aprendidos anteriormente: Tensão, Corrente e Resistência.
A Lei de Ohm afirma que a resistência elétrica em um condutor é a divisão entre a diferença de
potencial elétrico entre os seus terminais pela corrente elétrica que flui por ele. Assim, também
podemos dizer que a tensão aplicada em dois terminais é diretamente proporcional a corrente elétrica
que o percorre.

Onde:
 V= Tensão (Volts)
 I= Corrente (Amperes)
 R= Resistência (Ohms)
Um exemplo muito prático de uso dessa lei é o seguinte:
Imagine que você tem um LED: a corrente máxima que passa por ele é 20mA. Com uma corrente
maior o LED queima. A tensão que você aplica para ligar o LED é de 5 volts. Assim, qual deve ser o
valor do resistor para não queimar o LED?
Portanto, aplicando os valores as formulas, teríamos 5 volts dividido por 0,02 amperes (lembre-se, a
unidade de medida da formula é em amperes) o que resulta em 250 ohms. Portanto, para não
queimarmos nosso LED, precisamos colocar um resistor maior de 250 ohms.

Mas e a Potência?
Quando relacionamos a Tensão e a Corrente de um circuito, temos a potência. Assim, a potencia é o
produto da multiplicação dos volts pelos amperes. Veja a fórmula:

Onde:
 P= Potência (Watts)
 I= Corrente (Amperes)
 V= Tensão (Volts)
A unidade de medida da Potência é o Watt. Assim, quando dizemos que um aparelho tem tantos Watts,
é a relação entre a tensão e a corrente que ele “puxa”. Dessa forma, também temos a seguinte fórmula
quando queremos calcular a potencia dissipada e não temos a corrente:
 P= Potência (Watts)
 R= Resistência (Ohms)
 V= Tensão (Volts)

Categoria: Conceitos Básicos

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Ferromagnetismo
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livros e acadêmico) (Agosto de 2016)
Ferromagnetismo é o mecanismo básico pelo qual certos materiais (como ferro) formam ímãs
permanentes, ou são atraídos por ímãs. Na física, vários tipos diferentes de magnetismo são
distinguidos. Ferromagnetismo (incluindo ferrimagnetismo) é o tipo mais forte e é responsável por
fenômenos comuns do magnetismo encontradas na vida cotidiana. Outras substâncias respondem
fracamente a campos magnéticos com dois outros tipos de magnetismo o paramagnetismo, e o
diamagnetismo, mas as forças são tão fracas que elas só podem ser detectadas por instrumentos
sensíveis em um laboratório. Um exemplo corriqueiro de ferromagnetismo é um ímã de geladeira
usado para guardar notas em uma porta do refrigerador.
Um material ferromagnético tem um momento magnético espontâneo – um momento magnético
mesmo em um campo magnético aplicado igual a zero. A existência de um momento espontâneo sugere
que os spins dos elétrons e os seus momentos magnéticos estão arranjados de uma maneira regular. O
ferromagnetismo é encontrado em ligas binárias e ternárias de ferro, níquel, cobalto com outros
elementos[1], alguns compostos de metais de terras raras, e alguns minerais de ocorrência natural, tais
como magnetita.
Índice
 1 História e distinção do ferrimagnetismo
 2 Ciclo de histerese
 2.1 Origem física
 2.1.1 Aplicações
 3 Método de medição dos campos
 4 Temperatura de Curie
 5 Modelos teóricos
 5.1 Hamiltoniana de Heisenberg
 5.2 Modelo de Weiss
 6 Materiais ferromagnéticos
 7 Ver também
 8 Referências
 9 Bibliografia

História e distinção do ferrimagnetismo


Historicamente, o termo ferromagnético foi usado para qualquer material que exibisse magnetização
espontânea, i.e, um momento magnético na ausência de um campo magnético externo. Esta definição
geral é ainda de uso comum. Mais recentemente, no entanto, diferentes classes de magnetização
espontânea foram identificadas. Em particular, um material é ferromagnético somente se todos os seus
íons magnéticos adicionarem uma contribuição positiva para a magnetização líquida. Se alguns dos
íons magnéticos subtrair a magnetização líquida (se forem parcialmente antialinhados), então o
material é ferrimagnético. Se os momentos dos íons alinhados e antialinhados forem iguais, de modo a
ter magnetização líquida zero, apesar do ordenamento magnético, então o material é um
antiferromagneto. Estes efeitos de alinhamento só ocorrem em temperaturas abaixo de uma
determinada temperatura crítica, denominada temperatura Curie (para ferromagnetos e ferrimagnetos)
ou a temperatura Néel (para antiferromagneto).

Ciclo de histerese
Quando um campo magnético externo é aplicado a um ferromagneto como o ferro, os dipolos atômicos
irão alinhar-se com ele. Mesmo quando o campo é removido, parte do alinhamento vai ser mantido: o
material tornou-se magnetizado. Uma vez magnetizado, o imã vai ficar magnetizado por tempo
indeterminado. Para desmagnetizar exige-se aplicação de calor ou de um campo magnético na direção
oposta. Este é o efeito que fornece o elemento de memória em uma unidade de disco rígido.
A relação entre a indução magnética H e a magnetização M não é linear em tais materiais. Se um ímã é
desmagnetizado (H = M = 0) e a relação entre H e M é plotada para aumento dos níveis de intensidade
de campo, M segue a curva de magnetização inicial. Esta curva aumenta rapidamente no início e depois
se aproxima de uma assíntota chamada saturação magnética. Se o campo magnético é agora reduzido
monotonicamente, M segue uma curva diferente. Em uma intensidade de campo igual a zero, a
magnetização é compensada a partir da origem de um montante chamado de remanência. Se a relação
entre H e M for traçado para todas as forças de campo magnético aplicado o resultado é um ciclo de
histerese chamado de loop principal.
Um olhar mais atento em uma curva de magnetização geralmente revela uma série de pequenos saltos
aleatórios na magnetização chamados saltos Barkhausen. Este efeito é devido a defeitos cristalográficos
tais como deslocamentos.

Origem física
O fenômeno da histerese em materiais ferromagnéticos é o resultado de dois efeitos: a rotação do vetor
magnetização e as mudanças no tamanho ou número de domínios magnéticos. Em geral, a
magnetização varia (em direção, mas não magnitude) através de um ímã.
Ímãs maiores são divididos em regiões chamadas de domínios. Em cada domínio, a magnetização não
varia, mas entre os domínios temos paredes de domínio relativamente finas em que a direção da
magnetização gira na direção de um domínio para outro. Se o campo magnético muda, as paredes se
movem, mudando assim o tamanho relativo dos domínios.

Aplicações
Há uma grande variedade de aplicações da histerese em ferromagnetos. Muitos destes fazem uso de sua
capacidade de reter memória, por exemplo, cartões de fita magnética, discos rígidos, e de crédito.
Nestas aplicações, ímãs de disco rígido como o ferro são desejáveis para a memória não ser facilmente
apagada.

Método de medição dos campos


O método descrito pelo ciclo de histerese mede o campo de indução magnética em função do campo
magnético . Se considermos um anel de material ferromagnético de seção A e raio R constante,
envolvido por N espiras pelas quais passa uma corrente contínua I. Nesta situação, os campos são
circulares dentro do anel e são desprezíveis fora dele. Deste modo se calcula o valor de a partir da Lei
de Ampère:

e, como o anel tem simetria circular, a integral resulta:

Levando em conta a permeabilidade magnética relativa do material , é possível calcular o campo de


indução magnética:

Este sistema é usado na prática para medir os dois campos ao variar a intensidade da corrente:
Uma vez medidos e se pode encontrar o valor da magnetização :

Por meio desse procedimento é possível obter experimentalmente a curva de magnetização, ou a


variação do campo magnético em função do vetor de indução magnética e, portanto, o ciclo de
histerese.

Temperatura de Curie
Marie Curie foi a primeira a descobrir que existe uma temperatura crítica para cada material
ferromagnético acima da qual o material se comporta como paramagnético. Quando a temperatura
aumenta, o movimento térmico compete com a tendência ferromagnética para os dipolos se alinharem.
Quando a temperatura sobe além de certo ponto, chamado de temperatura Curie, há uma transição de
fase de segunda ordem e o sistema não pode mais manter uma magnetização espontânea, embora ainda
responda paramagneticalmente a um campo externo. Abaixo dessa temperatura, há uma quebra
espontânea de simetria e forma-se domínios aleatórios (na ausência de um campo externo). A
Susceptibilidade magnética segue a lei de Curie-Weiss:

onde C é uma constante característica do material, sua densidade e a temperatura de Curie em kelvin.

Modelos teóricos
O ferromagnetismo representa um dos principais problemas em aberto da física do estado sólido.
Existem dois modelos teóricos que o descrevam: o modelo de Ising e o modelo de Weiss, o qual será
tratado a seguir, ambos sendo baseados na hamiltoniana de Werner Karl Heisenberg, mas que utilizam
grandes aproximações.

Hamiltoniana de Heisenberg
A hamiltoniana para um par de elétrons pertencentes a átomos vizinhos é:

onde e são as hamiltonianas apenas dos elétrons, e é a interação entre os dois.


Pelo princípio de exclusão de Pauli, a função de onda total deve ser antissimétrica. Assim, tem-se duas
possibilidades:

ou

Onde os subscritos “A” ou “S” indicam uma função antissimétrica/simétrica.


As funções de onda de spin para um par de elétrons são:

As funções de onda “espaciais” são:

Efetuando um cálculo perturbativo sobre tais funções de onda obtêm-se:

Onde J é conhecida como integral de troca, que está relacionada com a Interação de Troca, interação
responsável pela tendência dos momentos magnéticos do material a permanecerem paralelos entre si. A
hamiltoniana separa, então, os estados com spins diferentes, e por este motivo, Heisenberg encontrou
um operador que distinguisse os estados com spin diferente e que então pudesse descrever a interação
precedente. Tal operador é:

Logo, a Hamiltoniana de Heisenberg é:

Modelo de Weiss
O modelo de Weiss propõe a generalização da hamiltoniana de Heisenberg para um sistema com mais
elétrons, utilizando uma aproximação de campo médio: um elétron sofre uma interação devida à média
do campo gerado pelos outros elétrons.
A Hamiltoniana do sistema torna-se então:

onde são, respectivamente o fator giromagnético e o magnéton de Bohr.


Substituindo o momento magnético:

E o vetor magnetização:

Tem-se:
Logo:

Percebe-se uma analogia com o paramagnetismo de Langevin, no qual se faz o mesmo tipo de estudo,
substituindo-se o campo magnético por um campo magnético eficaz, dado por:
.

Existe, assim, uma temperatura crítica de Curie:

Abaixo da qual se manifestam os efeitos do ferromagnetismo. As quantidades “s” e “k” são os


autovalores do spin e a constante de Boltzmann repectivamente, enquanto é dado por:

Materiais ferromagnéticos
A seguir, temos uma tabela com alguns materiais ferromagnéticos e suas respectivas temperaturas de
Curie.

Temp. Curie
Material
(K)
Ferromagnetismo é uma propriedade não apenas da composição química de
um material, mas de sua estrutura cristalina e organização microscópica. Fe 1043
Existem ligas de metal ferromagnético cujos constituintes não são próprios Co 1388
ferromagnéticos, chamado ligas de Heusler, em homenagem a Fritz Heusler. Ni 627
Por outro lado existem ligas não-magnéticas, como os tipos de aço Gd 292
inoxidável, compostas quase exclusivamente de metais ferromagnéticos. No Dy 88
caso dos aços inoxidáveis, por exemplo, os da série 300, austeníticos (TP MnAs 318
304 ou TP 316), que contêm cromo e níquel em sua composição química, MnBi 630
não são magnéticos em seu estado recozido (mole) e são levemente MnSb 587
magnéticos no estado encruado (duro). Já os aços inoxidáveis da série 400, CrO2 386
ferríticos (TP 439 ou TP 444), que contêm apenas cromo em sua
MnOFe2O3 573
composição química, estes sim são magnéticos. Ademais, os aços
inoxidáveis austeníticos, conquanto sejam, a priori, não magnéticos, podem FeOFe2O3 858
ainda se tornarem parcialmente magnéticos ao sofrerem esforço mecânico NiOFe23 858
durante um processo de conformação que lhes acarrete uma transformação CuOFe2O3 728
de fase. [2][3] MgOFe23 713
Também se pode fazer ligas metálicas amorfas (não cristalinas) EuO 69
ferromagnéticas por resfriamento muito rápido de uma liga líquida. Estes Y3Fe5O12 560
têm a vantagem de que suas propriedades são quase isotrópicas (não
alinhadas ao longo de um eixo do cristal), o que resulta em baixa coercividade, perda de baixa
histerese, permeabilidade alta e alta resistividade elétrica. Um material desse tipo é normalmente uma
transição liga metal-metalóide, feita a partir de cerca de 80% de metal de transição (normalmente Fe,
Co, ou Ni) e um componente de metalóide (B, C, Si, P, ou Al) que reduz o ponto de fusão.
Uma classe relativamente nova de materiais ferromagnéticos excepcionalmente fortes são os ímãs de
terras raras. Eles contêm elementos lantanídeos, que são conhecidos por sua capacidade de transportar
grandes momentos magnéticos no bem localizado oribital f.

Ver também
 Antiferromagnetismo
 Magnetismo
 Histerese

Referências
1.
 Cullity, B.D.; Graham, C.D. (2009). Introduction to Magnetic Materials. [S.l.]: John Wiley &
Sons. p. 141. ISBN 978-0-471-47741-9
 «O Aço inox 304 ou 316 pega ímã? É magnético? Teste do ímã em aço inox». Mania de Metal.
2 de junho de 2016. Consultado em 15 de maio de 2019
3. «O Aço Inox é Magnético? Quais os tipos?» (PDF). Inox do Brasil. 10 de janeiro de 2013.
Consultado em 15 de maio de 2019

Bibliografia
 Charles Kittel, Introduction to Solid State Physics (Wiley: New York, 1996).
 D. J. Griffiths, Introduction to Electrodynamics (Prentice Hall: New Jersey, 1999).
 M.M. Soares, "Observacao de vortices magneticos em calotas tridimensionais
submicrometricas" (Tese de Mestrado em Física, UNICAMP 2008)
Circuitos Retificadores: Fontes e Esquemas

Os circuitos retificadores tem ampla aplicação em fontes de tensão já que são usados para transformar
corrente alternada em corrente continua. Portanto, são muito usados em fontes de aparelhos que são
ligados na tomada, já que circuitos eletrônicos no geral precisam de corrente continua para funcionar
adequadamente e as tomadas fornecem corrente alternada.
O objetivo desse artigo é mostrar o que são os circuitos retificadores, quais os tipos de circuitos
retificadores, diagramas de fontes e os componentes para construí-los.

Diodo: o principal componente


O principal componente para o funcionamento dos circuitos retificadores é o diodo retificador. O diodo
é um componente semicondutor que só conduz em um sentido, como uma rua de mão única. Em sua
simbologia, podemos notar que ela parece uma seta, que indica o sentido de condução do componente.
Quando inversamente polarizado, o diodo não conduz, impedindo a passagem de corrente elétrica.

Essa propriedade de conduzir em somente um sentido é o que torna possível a construção de circuitos
retificadores. Entretanto, existem outras propriedades também muito interessantes do diodo, mas que
não são importante para os circuitos retificadores.
Existem três tipos básicos de circuitos retificadores que utilizam o diodo e são aplicados em fontes de
alimentação.
Corrente Alternada
Outro ponto importante a se destacar antes dos retificadores é a tensão alternada. Existem tensões
alternadas com diversas formas de onda, mas a tensão que recebemos na tomada de nossas residências
possui a forma senoidal, já que ela é uma função sen(x) com amplitude de 127 ou 220 volts que oscila
com uma frequência de 60 vezes por segundo. O seu gráfico pode ser visto na imagem abaixo.

Onda Senoidal – Corrente Alternada


Você pode ver no gráfico que ora a tensão ou corrente é positiva, ora é negativa. Isso quer dizer que ela
fica mudando o sentido constantemente. Dessa forma, esse desenho em forma de U que compõe a
onda, do meio para cima, ou do meio para baixo, chamamos de crista e vale, respectivamente. Assim, a
crista representa um semiciclo positivo e cada vale representa um semiciclo negativo. Leia nosso artigo
sobre Corrente Alternada e Corrente Contínua para descobrir mais sobre.

Retificador de Meia Onda – Circuitos Retificadores


Este é o modelo de retificador mais simples de retificador. Usa apenas um diodo, e isso faz ele ter baixa
eficiência. Observe o esquema:

Percebeu o que esta acontecendo com a onda?


Como vimos anteriormente, a corrente alternada fica mudando o sentido da corrente. Quando ela sai do
lado A, ela passa pelo diodo perfeitamente, porém, quando ela sai do lado B, o diodo bloqueia a
passagem da corrente. Isso faz com que a corrente flua somente em um sentido. Lembra da onda
senoidal que vimos lá em cima? Veja como ela ficou depois de passar por esse circuito:
 
Obtivemos um sinal que possui a mesma frequência do sinal de entrada, porém somente com o
semiciclo positivo, por isso, é chamado de retificador de meia onda. Esse circuito possui baixa
eficiência por não aproveitar bem o transformador e não é indicado para você fazer seus projetos.

Retificador com Onda Completa em 2 diodos – Circuitos


Retificadores
Circuito retificador que usa dois diodos em sua construção, diferente do primeiro ele é capaz de
retificar tantos semiciclos positivos quanto semiciclos negativos. Mas um detalhe é que ele usa um
transformador com derivação central, o que pode dificultar a sua construção. Veja o circuito abaixo:

Como você pode ver, independente do sentido que a corrente estiver, ela vai passar por um dos diodos,
sendo que o outro ao mesmo tempo vai bloquear sua passagem, fazendo com que ela tenha somente um
caminho para seguir. Veja como fica a onda:

Como nesse circuito é feita a retificação completa da onda, a frequência de saída é o dobro da
frequência de entrada. Também podemos perceber que a tensão de saída aqui vai ser o dobro da tensão
de saída do retificador de meia onda. Porém, esse circuito ainda não aproveita bem o transformador.
Retificador de Onda Completa em Ponte – Circuitos
Retificadores
Enfim, existe uma opção com uma eficiência muito maior que os dois primeiros retificadores. Portanto,
esse é o retificador que é mais aplicado nos circuitos.
Esse retificador utiliza quatro diodos, faz a retificação completa do sinal, e o seu grande ponto forte é
que assim não necessitará de um transformador com derivação central.
Veja o esquema do circuito retificador de onda completa em ponte abaixo:

Trace o caminho que a corrente vai seguir e veja como ele funciona perfeitamente bem. Enfim, veja
como fica o sinal, no pontilhado cinza:
A marcação vermelha mostra o sinal com um filtro capacitivo, e o pontilhado mostra sem. Dessa forma,
a frequência de saída é o dobro da frequência de entrada.
Quando for construir seus projetos, use o retificador em ponte em suas fontes, já que ele é sem duvida a
melhor opção, aliando um capacitor de filtro a ele fica uma excelente fonte.

Lâmpada LED – Como escolher


As lâmpadas evoluíram muito com o passar dos anos. Hoje, o modelo mais popular é a Lâmpada LED,
que é uma verdadeira tendencia no mercado.
Quando se fala em economia, boa luminosidade e vida útil prolongada, a Lâmpada LED é a primeira
que vem na cabeça.
Entender o funcionamento de uma lâmpada deste tipo, e saber como comprar é essencial. Existem
marcas que são horríveis, com lâmpadas que não possuem uma boa eficiência.
E digo isso por experiencia própria: escolher a Lâmpada LED certa faz toda a diferença. Tanto para o
ambiente que ela será colocada, quanto para o seu bolso, na hora da conta de luz.

Como funciona a Lâmpada LED?


O funcionamento da Lâmpada LED é baseado no componente eletrônico chamado LED.

A sigla LED significa Light Emitting Diode, cuja tradução seria Diodo emissor de luz. É composto
por silício e germânio, emitindo luz quando uma corrente elétrica passa por ele.
Diferente de lâmpadas incandescentes, não há filamento sendo queimado para gerar luz. Isso impacta
numa perda muito menor em calor, resultando em maior eficiência energética do LED.
O LED possui uma polaridade: o terminal negativo e o terminal positivo. O terminal positivo chama-se
Anodo, e o terminal negativo chama-se Catodo. Quando um LED é polarizado inversamente, a corrente
não passa por ele.

Uma Lâmpada LED é a união de vários LEDs ligados em conjunto. Para faze-los funcionar, há um
circuito para alimentar os LEDs, que normalmente trabalham em 12 volts de corrente continua.
Junto a esse circuito, é colocado um dissipador de calor, para manter o circuito em uma temperatura
adequada de funcionamento.

Lâmpada LED não esquenta? Mito ou verdade?


Mito. Basta tocar em uma em funcionamento, e sentir o calor. Apesar do bulbo não esquentar, toda a
lateral da lâmpada é composta pelo dissipador de calor.
O calor que é gerado pelo LED é extraído para trás da lâmpada pelo dissipador, composto de alumínio.
Se a temperatura no LED ou circuito atingir níveis acima do recomendado, a lâmpada queimará. Por
isso é importantíssimo um dissipador de qualidade na construção de uma lâmpada LED.
Lâmpadas mais baratas possuem dissipadores de menor qualidade, o que impacta diretamente em sua
vida útil. O dissipador é um dos itens mais caros na construção de uma Lâmpada LED.

Vantagens da Lâmpada de LED


Existem diversas vantagens, são elas:
 Alta eficiência energética – Costumam ser 80% mais eficientes que lâmpadas incandescentes.
Uma lâmpada de LED de 9 watts pode equivaler a uma incandescente de mais de 75 watts
 Vida útil prolongada – Uma boa Lâmpada LED possui uma excelente vida útil, muito superior
as lâmpadas fluorescentes.
 Iluminação de qualidade – Você pode escolher diversas faixas de cores para o LED, que possui
uma iluminação muito confortável para diversos ambientes.
 Não gera calor – Esqueça o que você lembra das antigas lâmpadas incandescentes, que além de
iluminar ainda esquentavam o ambiente, sendo utilizada inclusive em chocadeiras de ovos.
 Facilidade de instalação – Possuem o mesmo formato de lâmpadas incandescentes. Para
Lâmpadas de LED tubulares, não será necessário o reator eletrônico.

Como escolher na hora da compra?


Escolher uma boa marca na hora da compra é o que determina se você terá uma lâmpada de boa vida
útil e eficiência energética.
Digo isso por experiencia própria, já comprei lâmpadas horríveis, que não duraram um ano de uso
normal (2 ou 3 horas por dia). Nunca compre a mais barata, pois ela economiza no dissipador para ter
esse preço.
É importante entender que não se escolhe uma Lâmpada LED pelos Watts que ela possui, e sim pelos
lúmens.

O que são os lúmens?


O lúmen é uma grandeza física que representa o fluxo luminoso de uma lâmpada. Isto é, a quantidade
de luz emitida por ela.
Quanto mais lúmens uma lâmpada tiver, mais ela iluminará. E isso não depende da quantidade de
Watts que ela tem.
Os Watts apenas representam o consumo de energia da lâmpada. Antigamente, quando a eficiência
luminosa era baixíssima, era comum que uma lâmpada de mais Watts fosse mais forte.
Hoje entra uma nova unidade de medida na jogada: a quantidade de lúmens por watt. Isso quer dizer,
quanto fluxo luminoso ela tem para cada Watt consumido. Quanto maior for esse número, mais a
lâmpada iluminará com menos energia.
Tais informações são vistas na caixa da lâmpada, veja:

Note que a lâmpada possui 1055 lúmens, e uma eficiência de 111 lm/W. Isso tudo com apenas 9,5W de
potência. Para você ter uma ideia, uma lâmpada incandescente tem uma eficiência de pouco mais de 10
lm/W. Isso quer dizer, que, uma lâmpada incandescente equivalente teria quase 100 watts de potência.
1055 lúmens, conseguem iluminar um ambiente de 5m² tranquilamente.
Por isso, ao escolher uma lâmpada, escolha a com maior eficiência luminosa possível. De mais
importância aos lúmens da lâmpada do que aos Watts.

Cores da lâmpada
O seu ambiente necessita de uma lâmpada amarela ou branca? Ou meio termo?
As cores da lâmpada são indicadas por temperatura de cor, medidos em Kelvin (K). Essa informação
também está contida na caixa da lâmpada.
Geralmente, as Lâmpadas LED vão de 3000K a 6500K, sendo que a de 3000K é a mais amarela, e, a de
6500K é a mais branca.

Encaixe
O conector ou soquete da lâmpada depende de sua instalação elétrica. No geral, o mais comum é o E27,
aquele de rosca.
Veja abaixo os tipos mais comuns de soquete:

Dica: Antes de comprar, veja sempre o local que receberá a Lâmpada LED para não comprar uma com
o encaixe incompatível.

Modelos de Lâmpada LED


Dentre os diversos modelos que existem no mercado, veja os mais importantes:
 Bulbo, a mais comum, que se assemelha a uma lâmpada incandescente:

 Tubular:

 Dicroica:
 PAR20:

 
 PAR30:
Portas Lógicas – Entendendo a Eletrônica
Digital
Em sistemas digitais, as portas lógicas são utilizadas para realizar operações com sinais elétricos.
Nesse artigo, você entenderá mais sobre o funcionamento de cada porta lógica e aprenderá a base da
Eletrônica Digital.

O que são sistemas digitais?


Imagine que você precisa transmitir informações por meio de circuitos elétricos.
Para isso, é possível considerar que o sistema elétrico possui apenas dois valores de tensão ou corrente
possíveis.
Isto é, quando o circuito está “ligado” ou “desligado”. Quando há tensão ou não. 0 ou 1.
Assim, pode-se utilizar o Sistema Binário para enviar e receber informações.

Sistema Binário
É um sistema numérico com base 2, em que todos valores se representam apenas por 0 ou 1.
Para entender melhor, veja a tabela abaixo:

Imagem retirada de EtE


Note que o valor mostrado em binários depende da posição de cada 0 e 1.
Em computação cada 0 ou 1 é chamado de bit. Um agrupamento de 8 bits forma um byte.

Portas Lógicas
Abaixo, serão descritas as Portas Lógicas Básicas. Veja alguns exemplos:
 AND – Utiliza como base o produto lógico.
 OR – Utiliza como base a soma lógica.
 NOT – Utiliza como base o operador de inversão.
A partir da combinação delas, são criados sistemas mais complexos, capazes de realizarem operações
bem mais avançadas.

Porta Lógica AND


Traduzindo do inglês, AND significa E.
Para a saída ser igual a 1, todas as entradas devem também ser iguais a 1.

Se A e B forem 1, C também será 1


Assim é fácil entender por que ela funciona a partir do operador de produto lógico: 1 x 0 = 0, mas 1 x 1
= 1.
Veja a tabela verdade, que representa os níveis lógicos de entrada e os níveis de saída correspondentes:

Porta Lógica OR
Já essa porta lógica, trabalha com a Soma Lógica.
Pelo menos uma entrada precisa ser 1 para a saída também ser 1.

Se A ou B forem 1, C será 1.
Se as duas entradas forem 1, sem problemas, a saída também será 1.
Agora, se nenhuma entrada for 1, a saída será 0.
Veja a tabela verdade:

Porta Lógica NOT


Essa porta funciona como inversora.
O valor de saída sempre será o contrário do valor de entrada.

Se A for 1, B não vai ser 1


Se a entrada for 1, a saída vai ser 0.
Se a entrada for 0, a saída vai ser 1.
Segue a tabela verdade:
Porta Lógica XOR
Essa porta é o OU EXCLUSIVO.
Funciona da seguinte forma: se todas entradas são iguais, a saída é igual a 0.
Se as entradas não são iguais, a saída é igual a 1.
 

Veja a tabela da porta XOR:

Porta Lógica NOR


Funciona com o operador de soma lógica em conjunto com o de inversão.

A saída somente será igual a 1 quando todas entradas forem 0.


Se qualquer uma das entradas for 1, a saída será igual a 0.
Veja a tabela verdade:
Porta Lógica XNOR
Funciona com um operador de soma lógica com um circulo e um operador de inversão.

Se as entradas forem diferentes, a saída é igual a 0.


Se as entradas forem iguais, a saída é igual a 1.
Tabela verdade da porta lógica XNOR:

Porta Lógica NAND


Utiliza o produto lógico em conjunto com o operador de inversão.

Se pelo menos uma das entradas for 0, a saída será igual a 1.


Se todas as entradas forem 1, a saída será igual a 0.
Veja na tabela verdade como isso funciona:
Capacitor – O que é, como funciona, carga e
descarga
O Capacitor, também conhecido como Condensador, é um componente eletrônico que armazena
energia em um campo elétrico, ficando carregado, e, posteriormente liberando a energia acumulada em
um processo de descarga. Dessa forma, os capacitores são encontrados em praticamente qualquer
circuito eletrônico, sendo usados para filtros, retificadores, permitir passagem de corrente alternada e
muitos outros usos.
O objetivo desse artigo é mostrar o que é um capacitor, como funciona o capacitor, como calcular o
processo de carga e descarga e quais as suas aplicações.

O que é um capacitor
O capacitor é um componente que se opõe a passagem de corrente continua e permite a passagem de
corrente alternada. Assim, o capacitor se carrega quando uma tensão é aplicada em seus terminais. Para
uma tensão continua, o capacitor se carregará com um valor de tensão igual a tensão aplicada em seus
terminais e depois se comportará como um circuito aberto, já que impedirá a passagem de corrente.

Existem vários tipos de capacitores, com diferentes aplicações, tensões suportadas, materiais de
fabricação entre outras características. Assim, alguns capacitores tem polaridade, isto é, possuem um
terminal positivo e negativo. Portanto, nunca se deve ligar um capacitor inversamente polarizado, já
que ele vai entrar em colapso e até mesmo explodir.
Um capacitor é constituído de duas placas condutoras, chamadas de armaduras, separadas por um
material isolante, chamado dielétrico. Dessa forma, as armaduras armazenarão as cargas, sendo uma
positiva e outra negativa. Assim, o material do dielétrico do capacitor normalmente é quem da o nome
ao componente, podendo ser cerâmico, poliéster, de mica entre outros materiais.
Enfim, em análise de circuitos em corrente alternada, o capacitor se comportará como uma
impedância, isto é, uma resistência em número complexo. Já se formos analisar no domínio da
frequência, obtemos as equações de carga e descarga do capacitor, que falaremos mais pra frente.

Capacitância de um Capacitor
A quantidade de carga que um capacitor é capaz de armazenar é denominada Capacitância. Quanto
maior a capacitância, mais energia o componente é capaz de armazenar.
A capacitância nada mais é que uma relação da divisão entre a carga total armazenada no capacitor pela
diferença de potencial que existe entre as armaduras.
Ao comprar um capacitor, normalmente você encontrará dois principais valores descritos: a tensão que
ele suporta e a capacitância. A tensão descreve o máximo de diferença de potencial que pode ser
aplicada em seus terminais assim como a capacitância diz a carga que o componente vai armazenar.
A unidade de medida Farad
A unidade de medida que descreve a capacitância de um componente é o Farad.
Na eletrônica, para facilitar, usamos submúltiplos do Farad, os capacitores em sua maioria tem valores
muito baixos, isso por que um Farad é uma unidade muito grande, então são vistos com mais
frequência medidas como microfarad, nanofarad ou picofarad, veja a tabela:

Converter os valores é muito simples, pense que um nanoFarad tem 1000 picoFarad, e um microFarad
tem 1000 nanoFarad.

Carga e descarga de capacitores


Ao conectar o componente a uma fonte de tensão, ele começará a se carregar até atingir um valor de
tensão igual ao que está aplicado em seus terminais. Dessa forma, supondo que temos uma resistência
ligada em série a fonte para carregar o capacitor, podemos descrever a tensão ao longo do tempo no
componente. Assim, quando a tensão for máxima, isto é, igual ao valor da fonte, significa que o
componente está completamente carregado.
Portanto, primeiramente devemos definir uma constante de tempo de carga do capacitor, que estará
relacionada com o valor da capacitância, em Farads e o valor do resistor que está em série com a fonte.
A fórmula é a seguinte:
τ=R*C
Onde:
 τ: Constante de Tempo, em segundos;
 R: Resistência, em ohms;
 C: Capacitância, em farads.
Essa constante de tempo será igual tanto para o processo de carga quanto para o processo de descarga.
Ela nos diz que, no instante de tempo igual a constante de tempo o capacitor estará com 63,2% de
carga. Posteriormente, no instante de tempo igual a cinco vezes a constante de tempo, o capacitor estará
ou totalmente carregado, ou totalmente descarregado.

A curva A descreve o processo de carga, enquanto que a curva B descreve o processo de descarga.
Colocando o circuito no domínio da frequência, podemos encontrar as equações de carga e descarga do
capacitor. Assim podemos encontrar tensão exata em um determinado instante de tempo para o
capacitor.

Processo de carga
A equação que determina a tensão ao longo do tempo durante a carga do componente é a seguinte:
Vc = V * ( 1 – e^(-t/τ))
Onde:
 Vc: Tensão no capacitor, em volts;
 V: Tensão da fonte, em volts;
 t: Tempo, em segundos;
 τ: Constante de tempo, em segundos.
O e é o número de euler, isto é, uma constante definida em aproximadamente 2,71828.

Processo de descarga
A equação que mostra o processo de descarga ao longo do tempo é muito semelhante a equação do
processo de carga, sendo que o gráfico é o inverso.
Vc = V * e^(-t/τ)
Onde:
 Vc: Tensão no capacitor, em volts;
 V: Tensão da fonte, em volts;
 t: Tempo, em segundos;
 τ: Constante de tempo, em segundos.
Dessa forma, é possível saber exatamente qual a carga do capacitor em qualquer instante de tempo.

Aplicações
É muito difícil encontrar um circuito que não possui esse componente, portanto são infinitas as
possibilidades de um capacitor. As suas utilizações são as mais diversas, sendo algumas:
 Filtro de frequência
 Circuitos Osciladores
 Equilibrar o fator de Potencia
 Estabilizador de tensão
 Alimentar circuitos por um breve período de tempo
Tipos de Capacitores
Os capacitores são construídos com duas armaduras metálicas que armazenam as cargas positivas e
negativas e um dielétrico entre elas, composto por um material isolante. O material de construção do
dielétrico é o que normalmente da o nome ao capacitor, já que ele é a principal diferença entre os
componentes.

Capacitor Cerâmico
O Capacitor Cerâmico ou também chamado de capacitor cerâmico de disco, já que é um disco de
cerâmica com suas duas faces de metal, as armaduras.

Eles não possuem polaridade definida, e são usados em circuitos de alta frequência, onde as perdas
precisam ser minimas e a estabilidade da capacitância é fundamental.

Leitura do Capacitor Cerâmico


O capacitor Cerâmico indica um numero em sua carcaça para se fazer a leitura, veja na imagem abaixo:

Capacitor de 10nF
Muitos se confudem na leitura do Capacitor Cerâmico. Assim, esses três números indicam:
 1º Número >> Primeiro Algarismo;
 2º Número >> Segundo Algarismo;
 3º Número >> Número de zeros.
Isso sendo que o número que sair é em pF.
Como na imagem acima temos 103, o valor será 10 com três zeros atrás, ou seja, 10000pF. Portanto,
convertendo para nF, fica 10nF.
Enfim, vamos a um exemplo:

Ele possui 68 sendo os dois primeiros algarismos e 1 sendo o número de zeros, ou seja 680pF. Viu
como é simples?

Capacitor de Poliéster
Esse tipo utiliza como dielétrico o mylar, que é uma película de poliéster. Eles são revestidos por uma
resina epóxi. Esse capacitores podem lidar com vários tipos de tensões, desde mais baixas a até mais
altas.

Assim como os cerâmicos, eles são usados em circuitos que trabalham com altas frequências, e também
não possuem polaridade definida.

Capacitor Eletrolítico
São capacitores geralmente cilíndricos, cujos eletrodos são folhas de alumínio separadas entre si por
óxido de alumínio, que ficam embebidas por um eletrolito liquido. Assim, com o passar do tempo, o
eletrolito seca e isso gera um mau funcionamento do circuito.
Ele possui polaridade bem definida, e, caso ela seja invertida, isso causa o rompimento do dielétrico,
fazendo o componente entrar em curto e inchar, ou em alguns casos muito comuns, explodir.
A leitura é a mais simples e fácil de todas, ela é escrita já na carcaça do componente, portanto não
gera nenhuma dificuldade na leitura.
Simbologia dos Capacitores
Por padrão, os capacitores seguem uma simbologia para serem desenhados em circuitos elétricos.
Dessa forma, são representados pela letra C, seu valor pode estar ao lado ou em legenda, e são
desenhados da seguinte forma:

Corrente elétrica – O que é, como medir e


calcular
A corrente elétrica é uma grandeza física muito importante no mundo da elétrica e eletrônica, já que,
em conjunto com a tensão elétrica, ela faz todos aparelhos elétricos e eletrônicos funcionarem. Assim,
entender como funciona a corrente elétrica, como calcular e como medir é essencial para entender mais
sobre circuitos elétricos e eletrônicos. Dessa forma, o domínio da corrente elétrica também ajudará na
análise de circuitos.
O objetivo desse artigo é mostrar como a corrente funciona, qual o seu sentido, os tipos de corrente,
como medi-la e calcular uma corrente em um circuito.
O que é corrente elétrica
A corrente elétrica consiste no fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica em um
condutor, causada pela diferença de potencial elétrico. Portanto, para existir um fluxo de corrente, deve
também existir uma diferença de potencial elétrico, ou seja, uma tensão elétrica.
Normalmente, as cargas elétricas estão em um movimento completamente desordenado. Na natureza,
as cargas precisam encontrar um equilíbrio, já que cargas positivas atraem cargas negativas, enquanto
que cargas de mesma polaridade se repelem. Dessa forma, uma fonte de tensão, possui um lado que é
negativo, enquanto que outro lado é positivo. Portanto, se conectarmos esses dois lados por meio de um
condutor, haverá um fluxo de corrente elétrica do lado negativo para o positivo, por conta da diferença
de potencial elétrico entre esses dois pontos.
A corrente elétrica é medida em Amperes, unidade do sistema internacional. Seu nome é em
homenagem a André-Marie Ampère, já que seus estudos contribuíram para a descrição da corrente
elétrica.
Bons condutores elétricos normalmente são materiais metálicos, enquanto que materiais isolantes,
como borracha e madeira, possuem uma grande oposição a passagem de corrente.

Sentido da corrente elétrica


Como dissemos anteriormente, os elétrons são cargas negativas, que estão concentrados em excesso no
terminal negativo da fonte de tensão. Quando os dois terminais estão conectados, eles são atraídos para
o terminal positivo, de forma que a corrente flui do terminal negativo para o positivo. Dessa forma,
temos o sentido real da corrente.

Entretanto, para técnicos, engenheiros e eletricistas, fica muito mais fácil analisar os circuitos como se
a corrente estivesse saindo do terminal positivo e indo em direção ao terminal negativo. Por isso,
adotou-se o sentido convencional da corrente, que determina que a corrente flui do terminal positivo
para o negativo. Utiliza-se esse padrão em análise de circuitos.

Corrente continua
Ao aplicar uma tensão elétrica em um condutor, está tensão pode ser continua ou alternada. No caso da
continua, ela se mantém constante ao longo do tempo, ou seja, não altera o seu valor.
Geralmente, a corrente continua é usada em aparelhos eletrônicos em baixas tensões. É ela que está
presente em pilhas, baterias, carregadores de celular entre outros aparelhos.

Corrente alternada
A corrente alternada ocorre quando o valor da tensão elétrica varia ao longo do tempo. Isso acontece na
energia que circula nas instalações elétricas de nossas residencias, comércios e industrias. A quantidade
de ciclos, isto é, oscilações, que ocorrem em um determinado período de tempo é chamada de
frequência.
A tensão elétrica das tomadas, por exemplo, varia de -220V a +220V (ou -110V a +110V) com uma
frequência de 60Hz, ou seja, 60 ciclos por segundo. Essa forma de corrente é melhor para linhas de
transmissão e distribuição de energia elétrica em longas distâncias.

Como calcular a corrente


Um ampere é a mesma coisa que um coulomb por segundo. Portanto, matematicamente, a intensidade
de corrente é igual a quantidade de carga divida pela quantidade de tempo.
I = ΔQ / Δt
 I = Intensidade de corrente, em Amperes;
 ΔQ = Quantidade de carga, em Coulombs;
 Δt = Tempo total, em Segundos.
Assim, para determinar uma corrente elétrica, é necessário monitorar a quantidade de carga que passa
por uma determina secção transversal em um determinado espaço de tempo, em segundos.
Entretanto, essa equação é apenas útil para físicos. Para trabalhar com elétrica e eletrônica,
utilizaremos outras leis e equações, que relacionam a corrente com a tensão elétrica.

Lei de Ohm
A lei de ohm é uma das equações matemáticas mais importantes do mundo da eletricidade, já que ela
relaciona resistência, tensão e corrente. A partir dela, em conjunto com as leis de kirchhoff, podemos
descobrir a tensão e corrente em qualquer ponto da maioria dos circuitos eletrônicos.
A lei de ohm diz que a resistência elétrica em um condutor equivale a divisão da diferença de potencial
entre os seus terminais pela corrente que flui pelo condutor.
V=R*I
 V = Tensão elétrica, em Volts;
 R = Resistência elétrica, em Ohms;
 I = Corrente elétrica, em Amperes.
A partir da lei de ohm, é possível saber exatamente qual corrente fluirá em um circuito quando uma
tensão for aplicada entre os seus terminais. Dessa forma, é possível analisar o comportamento de
qualquer circuito eletrônico.

Como medir uma corrente elétrica


Para medir correntes em circuitos, utiliza-se um dispositivo chamado Amperímetro. Essa ferramenta
vai conectada em série com o condutor que desejamos saber qual corrente flui por ele.
A maioria dos multímetros atualmente possuem a função de amperímetro, necessitando apenas trocar a
sua ponteira de prova para o terminal de medição de corrente. É possível também comprar um alicate
amperímetro, que mede a corrente elétrica sem contato nenhum com o circuito. Isso é possível por
conta do campo eletromagnético gerado pela corrente ao percorrer o condutor. Portanto, o alicate
amperímetro consegue detectar a intensidade do campo eletromagnético e estimar a corrente no
condutor.

Watt
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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 Nota: ""Whatts"" redireciona para este artigo. Para outras definições, veja Watts (desambiguação).
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir
referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido.—Encontre fontes: Google (notícias,
livros e acadêmico) (Setembro de 2016)

Um wattímetro para medir a potência elétrica.


O watt (símbolo: W) é a unidade de potência do Sistema Internacional de Unidades (SI). É equivalente
a um joule por segundo.[1]
A unidade recebeu este nome em homenagem a James Watt, pelas suas contribuições para o
desenvolvimento do motor a vapor, e foi adotada pelo segundo congresso da associação britânica para
o avanço da ciência em 1882.
Índice
 1 Exemplos
 2 Múltiplos e submúltiplos
 3 Watt elétrico e térmico
 4 Em mecânica
 5 Ver também
 6 Referências
 7 Ligações externas

Exemplos
Quando um objeto em velocidade constante de um metro por segundo é antagônico a uma força
constante de um newton, a taxa de trabalho é de 1 watt.

No eletromagnetismo, um watt é a taxa de trabalho resultante quando um ampere ( ) de corrente flui


através de uma diferença de potencial elétrico de um volt ( ).

1W = 1V * 1A
Duas conversões de unidades adicionais podem ser obtidas a partir da Lei de Ohm.

Onde, ohm ( ) é a unidade de medida no SI para resistência elétrica.

Múltiplos e submúltiplos
Múltiplo Nome Símbolo Submúltiplo Nome Símbolo
100 watt W
101 decawatt daW 10–1 deciwatt dW
102 hectowatt hW 10–2 centiwatt cW
103 quilowatt kW 10–3 miliwatt mW
106 megawatt MW 10–6 microwatt µW
109 gigawatt GW 10–9 nanowatt nW
1012 terawatt TW 10–12 picowatt pW
1015 petawatt PW 10–15 femtowatt fW
1018 exawatt EW 10–18 attowatt aW
1021 zettawatt ZW 10–21 zeptowatt zW
1024 yottawatt YW 10–24 yoctowatt yW
Watt elétrico e térmico

A unidade é uma homenagem ao engenheiro James Watt.


O termo técnico watt elétrico (símbolo: We) corresponde à produção de potência elétrica. Seus
múltiplos são o megawatt elétrico (MWe) e o gigawatt elétrico (GWe').
O termo técnico watt térmico (símbolo : Wt ou Wth) corresponde à produção de potência térmica.
Seus múltiplos são o megawatt térmico (MWt ou MWth) e o gigawatt térmico (GWt ou GWth).
Essa distinção é de uso corrente para separar produção elétrica e dissipação térmica de uma central. A
potência de uma central é geralmente expressa sob a forma de potência elétrica (em MWe).
A potência térmica de uma central nuclear é, geralmente, o triplo da sua potência elétrica. A diferença
corresponde ao rendimento termodinâmico (diretamente ligado à temperatura de funcionamento) e às
perdas de conversão, dado que a transformação de energia térmica em energia elétrica não pode ser
feita senão com perdas (o rendimento é da ordem de 30 a 40%), o que explica a magnitude das
operações de resfriamento das centrais térmicas. A Central Nuclear Embalse (Argentina), por exemplo,
gera 2109 MW de calor (2109 MWth) para somente 648 MW (648MWe) de eletricidade.
Embora de uso corrente, a adoção de símbolos dotados de índices não é recomendada pelo Escritório
Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), que só considera a existência de um único watt, pois é a
quantidade medida que muda, não a unidade utilizada para a medida.

Em mecânica

Uma máquina de lavar necessita de uma potência entre 1 e 2,5 kW.


Em mecânica o watt é a potência desenvolvida por uma força de um newton aplicada a um ponto que
se move um metro em um segundo. Ou seja, se um ponto sobre o qual se aplica uma força de um
newton se move a uma velocidade de 1 m/s, então a potência é igual a 1 watt (1 W = 1 Nm/s):

onde:
é a força expressa em newtons.
é a distância expressa em metros.
é o tempo expresso em segundos.
é a velocidade expressa em m/s.
é o trabalho expresso em joules.

Ver também
 kilowatt-hora (kWh)
 volt-ampere (VA)
 Tabela de conversão de unidades

Referências
1.
1. Young, Hugh; Freedman, Roger (2016). Física: mecânica. 1 14 ed. São Paulo: Pearson. p. 210.
ISBN  978-85-430-0568-3

Ligações externas
 Nelson, Robert A., "The International System of Units (em inglês) Its History and Use in
Science and Industry". Via Satellite, February 2000.

[Esconder]

Unidades do Sistema Internacional de Unidades (SI)

Básicas  ampere
 candela
 kelvin
 metro
 mol
 quilograma
 segundo

 becquerel
 coulomb
 grau Celsius
 farad
 gray
 henry
 hertz
 joule
 katal
 lumen
 lux
Derivadas  newton
 ohm
 pascal
 radiano
 siemens
 sievert
 esferorradiano
 tesla
 volt
 watt
 weber

 dalton (unidade de massa atômica)


 unidade astronômica
 dia
 decibel
 grau de arco
 elétron-volt
 hectare
 hora
Aceitas para
 litro
uso conjunto
 minuto
 minuto de arco
 neper
 segundo de arco
 tonelada
 unidades atômicas
 unidades naturais

 Prefixos
Ver também  Unidades epônimas
 Redefinição do metro em 1983
 Tabela de conversão de unidades

Categorias:
 James Watt
 Unidades de potência
 Unidades de electromagnetismo

Valores padrões de componentes eletrônicos


por tavares

Introdução
Quando realizamos os cálculos dos valores de componentes em circuitos eletrônicos, os valores
resultantes não são geralmente aqueles disponíveis para aquisição no comércio. Seria impossível
termos todos os valores possíveis de um componente em estoque. Daí surgiu a ideia de valores
preferenciais.
Os valores preferenciais nos permitem manter um estoque capaz de atender as nossas necessidades.
Lembre-se de que cada componente tem o seu valor nominal +- a sua tolerância. Assim, um resistor de
1000 ohms nominais, com 10% de tolerância, pode assumir desde 900 ohms até 1100. Se for de 1% de
tolerância poderá assumir de 990 ohm até 1010 ohms. Cabe ao projetista elaborar circuitos que possam
conviver com a esta variação. Lembre-se de que a uma maior precisão corresponde um preço mais
elevado, e portanto é preferível usar a maior tolerância possível de ser empregada no circuito sem perda
da performance desejada.
 

As séries E12,E24,E48, E96 e E192


Em 1952, o IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional) decidiu definir os valores de resistência e
tolerância em uma norma, para facilitar a produção em massa de resistores. Estes valores são referidos
como valores preferenciais ou série “E”. Estes valores preferenciais são empregados também em
capacitores, indutores e diodos Zener.
Os valores preferenciais são dispostos dentro de uma série padronizada, obedecendo a uma progressão
geométrica definida pela fórmula:
N = 10((n-1)/k)
sendo que:
N é o valor nominal de resistência na posição n
k é um coeficiente relacionado com a tolerância
A cada série corresponde uma tolerância. Observe que menores tolerâncias irão exigir um maior
número de componentes dentro de uma mesma faixa, para não deixar “buracos” sem valor de
componentes.
A tabela a seguir mostra a associação entre a série “E” e a tolerância correspondente. O numero
representa o numero de componentes em cada década. Assim, a série E12 terá 12 valores diferentes
entre 1 e 10. A série E96 terá 96 valores e assim por diante.

Número EIA Tolerância


E12 10%
E24 5%
E48 2%
E96 1%
E192 0.5 0.25 0.1% e maiores
Nas tabelas a seguir apresentamos os valores comerciais disponíveis em cada série.

Valores padrões na série E12


1.0 1.2 1.5
1.8 2.2 2.7
3.3 3.9 4.7
5.6 6.8 8.2

Valores padrões na série E24


1.0 1.1 1.2
1.3 1.5 1.6
1.8 2.0 2.2
2.4 2.7 3.0
3.3 3.6 3.9
4.3 4.7 5.1
5.6 6.2 6.8
7.5 8.2 9.1
 

Valores padrões na série E48


1.00 1.05 1.10
1.15 1.21 1.27
1.33 1.40 1.47
1.54 1.62 1.69
1.78 1.87 1.96
2.05 2.15 2.26
2.37 2.49 2.61
2.74 2.87 3.01
3.16 3.32 3.48
3.65 3.83 4.02
4.22 4.42 4.64
4.87 5.11 5.36
5.62 5.90 6.19
6.49 6.81 7.15
7.50 7.87 8.25
8.66 9.09 9.53

Valores padrões na série E96


1.00 1.02 1.05
1.07 1.10 1.13
1.15 1.18 1.21
1.24 1.27 1.30
1.33 1.37 1.40
1.43 1.47 1.50
1.54 1,58 1.62
1.65 1.69 1.74
1.78 1.82 1.87
1.91 1.96 2.00
2.05 2.10 2.16
2.21 2.26 2.32
2.37 2.43 2.49
2.55 2.61 2.67
2.74 2.80 2.87
2.94 3.01 3.09
3.16 3.24 3.32
3.40 3.48 3.57
3.65 3.74 3.83
3.92 4.02 4.12
4.22 4.32 4.42
4.53 4.64 4.75
4.87 4.99 5.11
5.23 5.36 5.49
5.62 5.76 5.90
6.04 6.19 6.34
6.49 6.65 6,81
6.98 7.15 7.32
7.50 7.68 7.87
8.06 8.25 8.45
8.66 8.87 9.09
9.31 9.53 9.76

Valores padrões na série E192


100 101 102 104 105 106 107 109 110 111 113 114
115 117 118 120 121 123 124 126 127 129 130 132
133 135 137 138 140 142 143 145 147 149 150 152
154 156 158 160 162 164 165 167 169 172 174 176
178 180 182 184 187 189 191 193 196 198 200 203
205 208 210 213 215 218 221 223 226 229 232 234
237 240 243 246 249 252 255 258 261 264 267 271
274 277 280 284 287 291 294 298 301 305 309 312
316 320 324 328 332 336 340 344 348 352 357 361
365 370 374 379 383 388 392 397 402 407 412 417
422 427 432 437 442 448 453 459 464 470 475 481
487 493 499 505 511 517 523 530 536 542 549 556
562 569 576 583 590 597 604 612 619 626 634 642
649 657 665 673 681 690 698 706 715 723 732 741
750 759 768 777 787 796 806 816 825 835 845 856
866 876 887 898 909 920 931 942 953 965 976 988

O código de cores dos resistores


Os resistores (a menos dos SMDs que possuem marcação diferente) utilizam listas coloridas para
marcar o seu valor, segundo a seguinte sistemática:
Algarismos
Cor Multiplicador Tolerância
significativos
Prata 10-2 +- 10%
Dourado 10-1 +- 5%
Preto 0 1
Marrom 1 10 +- 1%
Vermelho 2 102 +- 2%
Laranja 3 103
Amarelo 4 104
Verde 5 105 +- 0.5%
Azul 6 106 +- 0.25%
Violeta 7 107 +- 0.1%
Cinza 8 108
Branco 9 109
Nenhuma +- 20%

Caso1: Resistores com quatro faixas


As primeiras duas faixas (a primeira faixa é a mais próxima de um extremo do resistor) indica o valor,
a terceira indica o multiplicador e a quarta indica a tolerância.

Caso 2: Resistores com cinco faixas


As primeiras três faixas indicam o valor, a quarta indica o multiplicador e a quinta indica a tolerância.

Determinando o valor preferencial de forma


automática
Quando desenvolvemos programas para o calculo de componentes, é interessante que os valores finais
retornados pelo programa já sejam os valores “reais” ou comerciais. O pequeno script python
apresentado a seguir faz exatamente isto. Recebe o valor calculado, a tolerância desejada e o tipo de
aproximação desejada, ou seja, o valor mais próximo do calculado, o valor imediatamente inferior e o
valor imediatamente superior.
A escolha por entre a opção “mais próximo”, “imediatamente superior” ou imediatamente inferior” é
um caso a caso. Depende da avaliação do circuito pelo projetista. Na dúvida, selecione a opção “mais
próximo”.
Caso você não saiba como utilizar um script python e gostaria de aprender esta linguagem a partir de
cursos disponibilizados em nossa home page, envie-nos uma mensagem através do formulário de
contato de nossa página. Se houver interesse criaremos um curso especial para quem deseja
desenvolver programas nesta linguagem

Código fonte para seleção de valor preferencial


Se você preferir, pode fazer o download deste script diretamente em nossa
página http://cadernodelaboratorio.com.br/scripts-softwares-e-arquivos-de-configuracao/ , sob o nome
pack150511.tar.gz.
 
1 #!/usr/bin/env python
2 # -*- coding: utf-8 -*-
3 #
4 #  resistorPadrao.py
5 #
6 #  Copyright 2015 tavares
7 #
8 #  This program is free software; you can redistribute it and/or modify
9 #  it under the terms of the GNU General Public License as published by
10 #  the Free Software Foundation; either version 2 of the License, or
11 #  (at your option) any later version.
12 #
13 #  This program is distributed in the hope that it will be useful,
14 #  but WITHOUT ANY WARRANTY; without even the implied warranty of
15 #  MERCHANTABILITY or FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE.  See the
16 #  GNU General Public License for more details.
17 #
18 #  You should have received a copy of the GNU General Public License
19 #  along with this program; if not, write to the  Free Software
20 #  Foundation, Inc., 51 Franklin Street, Fifth Floor, Boston,
21 #  MA 02110-1301, USA.
22 #
23 #  Este programa identifica o valor padrão correspondente ao valor de entrad
24 #segundo as séries E12, E24 e E92, para 10% 5% e 1% respectivamente
25 #
#
26
#  valorOriginal- valor calculado em ohms
27
#  tolerancia   10, 5, 1 para 10, 5 1%
28
#  selecao  0->; retorna valor mais proximo 1-> retorna valor imediata
29
#      imediatamente superior
30
#  v 1.0     17/02/2015
31
  
32
from numpy  import *
33
34   
35 def retornaValorPadrao(valorOriginal,tolerancia,selecao):
36     E12=array([1.0,1.2,1.5,1.8,2.2,2.7,3.3,3.9,4.7,5.6,6.8,8.2])
37     E24=array([1.0,1.1,1.2,1.3,1.5,1.6,1.8,2.0,2.2,2.4,2.7,3.0,3.3,3.6,3.9,4
38     E96=
39 array([1.00,1.02,1.05,1.07,1.10,1.13,1.15,1.18,1.21,1.24,1.27,1.30,1.33,1.37
40         1.78,1.82,1.87,1.91,1.96,2.00,2.05,2.10,2.16,2.21,2.26,2.32,2.37,2.4
41         3.09,3.16,3.24,3.32,3.40,3.48,3.57,3.65,3.74,3.83,3.92,4.02,4.12,4.2
42         5.23,5.36,5.49,5.62,5.76,5.90,6.04,6.19,6.34,6.49,6.65,6,81,6.98,7.1
43 ])
44   
45         #escala o valor original para algo entre 1 e  10
46     multiplicador = 1.0
47     while valorOriginal > 10.0:
48         valorOriginal= valorOriginal / 10.0
49         multiplicador= multiplicador * 10.0
50                  
51          
52     if tolerancia == 10:
53         indice= searchsorted(E12, valorOriginal)
54         if indice < len(E12):
55             valorInferior= E12[indice-1]*multiplicador
56             valorSuperior= E12[indice]*multiplicador   
57         else:
58             valorInferior= E12[indice-1]*multiplicador
59             valorSuperior= E12[0]*multiplicador*10    
60   
61     if tolerancia == 5:
62         indice= searchsorted(E24, valorOriginal)
63  
64         if indice < len(E24):
65             valorInferior= E24[indice-1]*multiplicador
66             valorSuperior= E24[indice]*multiplicador   
67         else:
68             valorInferior= E24[indice-1]*multiplicador
69             valorSuperior= E24[0]*multiplicador*10   
70  
71   
72     if tolerancia == 1:
73         indice= searchsorted(E96, valorOriginal)
74         if indice < len(E96):
75             valorInferior= E96[indice-1]*multiplicador
76             valorSuperior= E96[indice]*multiplicador   
77         else:
78             valorInferior= E96[indice-1]*multiplicador
79             valorSuperior= E96[0]*multiplicador*10    
80  
81     if (valorSuperior - valorOriginal) >  (valorOriginal - valorInferior) :
82         valorMaisProximo= valorInferior
83     else:
84         valorMaisProximo= valorSuperior
85      
86     if selecao == 0:
        return valorMaisProximo
87     if selecao == 1:
88         return valorInferior
89     if selecao == 2:
        return valorSuperior

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