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O termo “De cujus” é o autor da herança, dono do patrimônio que será transferido.
O que será estudado na primeira unidade. Do art. 1784 a 1856, e estudar doutrina
também.
I- Regras gerais da sucessão, ao qual será aplicada tanto na sucessão legitima,
como na testamentária.
II- Sucessão legitima.
Prova subjetiva. Será a avaliação mais difícil. Estude na sequência.
Na segunda unidade será estudado: só a sucessão testamentária, tudo está no código
civil. Que será do art. 1857 a 1990, prova objetiva. Figura de questões de concurso.
Na terceira unidade será estudado: a parte processual, inventário e partilha, como
que aplica as regras na prática. Do artigo 1991 a 2027, do código civil, e algumas
regras do código de processo civil. Avaliação: estudo de caso.
Quais os autores que indicam: Maria Berenice Dias; Pablo Stolze; Carlos Roberto;
Christiano Chaves. Na primeira unidade é importante estudar por dois autores, na
segunda unidade nem tanto.
Tem duas observações que precisam ser feitas, para estudar sucessões, precisa de
regras do direito de família, como saber quem são os: Descendentes; Ascendentes
Cônjuge; Colaterais.
O direito das sucessões com o tempo, sofreu algumas mudanças, pois antigamente,
não se tinha uma preocupação em transferir o patrimônio para seus descendentes,
mas só existia uma preocupação em transferir a questão religioso, e que o primeiro
filho homem, que seria o responsável pela sucessão, já na atualidade, a preocupação
é a transferência patrimonial, para garantir algo para seus familiares, de forma dar
uma tranquilidade financeira. A revolução russa, traz essa necessidade de os
particulares se responsabilizar pela sucessão, visto que o estado ficaria muito
sobrecarregado para fazer esse tipo de coisa. E mesmo assim, tem que se pagar
tributos.
Existe uma construção histórica, e vem fundamentada no artigo 5º, XXX, da
constituição federal:
Art 5, cf, XXX - é garantido o direito de herança;
Indivisibilidade da herança
Ex: josé tem 3 filhos, morre e deixa 3 casas: de 10 mil, cada. No momento da abertura
da sucessão, ele transfere os imóveis para os filhos. Sendo assim, não pode falar que
cada filho irá receber uma casa, visto que existem, impostos e dividas. Os sucessores
ficam no chamado condomínio forçado, tendo cada um 1/3 dos bens, sendo indivisível,
só haverá a divisão, com a partilha de bens.
Cessão de herança: venda de sua parte da herança, mas tem que fazer que os demais
herdeiros tenham sua herança. Art 1794 e 1795.
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a
pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por
tanto.
Art. 1795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão,
poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho,
se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a
preferência, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção
das respectivas quotas hereditárias.
EXCEÇÃO: no pacto antenupcial pode se estabelecer regras entre os cônjuges, mas tem
que obedecer ao limite de 50%.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for
feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe
seguir o casamento.
Partilha inter vivos: entrou em 2018 no código civil:
Art. 2.018. É válida a partilha feita por
ascendente, por ato entre vivos ou de última
vontade, contanto que não prejudique a legítima
dos herdeiros necessários.
Partilha intervivos:
Ou seja, morte. Com a morte abre-se a sucessão. Neste momento se avalia quem tem
capacidade sucessória.
Mas tem a exceção no caso de representação, ou seja, no caso de o filho morrer primeiro que
o pai, o sucessor do filho recebe pelo filho por meio de representação.
Ex: herança testamentaria. Faço um testamento deixo meus bens para uma pessoa que morre
antes de mim, neste caso, ela não terá capacidade sucessória, porque em regra é necessário
que a pessoa esteja viva para suceder.
Assim como a pessoa natural tem que estar viva no momento da abertura da sucessão, a
pessoa jurídica tem que existir do ponto de vista legal no momento da abertura sucessão. Mas
em regra, pois existe a exceção, quando por exemplo, se coloca uma condição ou termo que
com a morte crie-se uma fundação para herdar a herança.
Ordem 1829:
1. Descendente
2. Ascendente
3. Cônjuge/companheiro
4. Colaterais
Exceções
Na sucessão legítima:
- Município
- Distrito Federal
- União
se não tiver herdeiros, a Herança será vacante, sendo quando a herança é devolvida à
fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da
jacência.
Nondon conceptus: ainda não foi concebido. Traz uma exceção da regra do artigo 1798.
Só acontece na sucessão testamentária. Ex: isabela não está grávida, mas o seu pai quer deixar
bens para um possível filho que ela possa ter, sendo assim, coloca esse filho no testamento. O
prazo para ter esse filho é de 2 anos. Caso o filho não sejam concebidos os bens retornam para
a ordem de sucessão (descendentes, ascendentes etc).
“Prazo de espera”
Se não nascer, posso ter substituto. Se não houver, volto para sucessão legítima.
Se o herdeiro for capaz no momento da feitura do testamento, quando, por exemplo, fiz o
testamento dando bens a fainor e ela existia, mas depois da minha morte a fainor não existe
mais, sendo assim, não sucede. Só sucede no caso, de no testamento ter alguma condição ou
termo sobre uma pessoa jurídica que será criada ou algo do tipo, acompanhada de uma
condição.
Outra figura é o nascituro: filho já concebido. Ex: José quando morreu, tinha um filho já
nascido e um já concebido, como faz a partilha? Aplica-se metade e metade, mas ao concebido
é recebido a herança sobre condição resolutiva, no caso ele tem que nascer e respirar para
suceder. Tem que nascer com vida, para confirmar o recebimento da herança.
Se é um natimorto, nasceu sem vida, não respirou, a herança será para apenas o filho vivo.
Mesmo se nascer, respirar e morrer, terá duas sucessões, tanto o do pai, como o dele.
Aceitação de herança, três pontos para se discutir:
A aceitação ou adição da herança (aditio) é o ato jurídico pelo qual o herdeiro manifesta, de
forma expressa, tácita ou presumida, a sua intenção de receber a herança que lhe é
transmitida
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à
herança.
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-
lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando
tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 2oNão importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos
demais co-herdeiros.
Expressa: A aceitação expressa é aquela que se opera por meio de uma explícita declaração do
sucessor, reduzida a escrito (público ou particular) ou a termo nos autos.
Tácita: A aceitação tácita é aquela que decorre da atitude do próprio herdeiro, que, embora
não tenha declarado expressamente aceitar, comporta-se nesse sentido (art. 1.805, 2ª parte),
habilitando-se, por exemplo, no procedimento de inventário ou de arrolamento.
Pratica ato incompatível com a posição de herdeiro
Presumida: A aceitação presumida é aquela que resulta de uma situação fática de omissão.
Note-se que, no caso, se o herdeiro, instado a se manifestar, quedar-se silente ao fim do prazo,
significará que aceitou.
Direito de liberar
- 20 dias Abertura da Sucessão: para que o juiz o notifique
- 30 dias: prazo máximo para se manifestar
Indivisível e Incondicional
Não se pode aceitar só parte dela, é tudo ou nada. E também não pode se colocar uma
condição para aceitá-la, ex: só aceito se a herança for maior que 20 mil, não se pode colocar
condições para o aceite.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou,
aceitando-a, repudiá-los.
§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos
sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que
renuncia.
Herdeiro legatário
Prelagatário/prelegado
herdeiro e legatário ao mesmo tempo: pode aceitar um e renunciar o outro e vice-versa.
Quinhão: parte
Irrevogável: uma vez aceita, não se pode renunciar. Sendo assim, no sentido de não se admitir
a revogação do ato de aceitar.
Renúncia da herança:
2) formal – 1806, por escritura pública ou termo judicial, não existe renúncia tácita;
4) a renúncia é indivisível (art. 1808), incondicional (art 1808) e irrevogável (art. 1812).
A renúncia pode ser anulada, se comprovada uma agressão, manipulação, entre outros. Mas
por vontade não pode.
*RENÚNCIA TRANSLATIVA: uma falsa renúncia. Ex : o pai morre, e o filho diz que renúncia em
favor de um terceiro. A pessoa aceita a herança e faz uma doação intervivas a terceiro, paga
imposto.
Não posso renúncia como forma de prejudicar terceiros, sendo assim, tem que provar que
mesmo com a renúncia não prejudicaria ninguém.
1. Capacidade civil
2. A pessoa casada depende de outorga para renunciar à herança?
2 correntes:
- Não! Exceto no regime de comunhão universal
- Sim! Exceto no regime de separação absoluta
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
3. Forma prescrita
4. Renúncia
- Incondicional
- Indivisível
5. Aceitação
Irrevogável > Não posso aceitar e depois renunciar
6. Objeto lícito
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão
eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do
fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será
devolvido aos demais herdeiros.
SUCESSÃO LEGÍTIMA:
Formas de suceder, não se confundi com espécies de suceder. Existem duas formas de
suceder:
O direito é não é deles, mas é por relação. Exceção. Quando se tem três requisitos: 1. sucessão
legítima; 2. pré-morte (tem um herdeiro que morreu antes. Ex: filho morre antes do pai); 3.
diversidade de graus. Concorrem, na sucessão, descendentes que tenham com o de cujus
graus de parentesco diferentes, ou quando a partilha, em vez de se fazer igualmente entre
pessoas, faz-se entre certos grupos de descendentes, grupos constituídos pelos descendentes
do herdeiro do grau mais próximo. A sucessão por estirpe dá-se na linha reta descendente,
excepcionalmente, na linha transversal, mas nunca na linha reta ascendente. Na linha
ascendente não tem direito de representação.
Vocação indireta
Para haver representação:
- Sucessão legítima
- Pré morte
- Diversidade de graus
REGRAS IMPORTANTES:
a) existindo herdeiros de uma classe não se chamam os herdeiros da classe subsequente, sendo assim, exemplo, se
existir descendentes não se chama os ascendentes;
b) dentro da mesma classe o de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, salvo o direito de representação.
Ex: filho de 2 grau, exclui o neto de 3 grau e o bisneto de 3 grau.
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por
estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge
sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade,
cabendo a outra aos da linha materna.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação
concedido aos filhos de irmãos.
EFEITOS DA RENÚNCIA:
ex: autor da herança falece e deixa três filhos, sendo que um dos filhos renúncia. Quem recebe a herança são os
outros dois. Art. 1811 cc.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua
classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito
próprio, e por cabeça.
Autor da herança, com 3 filhos, cada filho tem outros filhos, um filho pré morreu, um outro renunciou a herança, e
outro foi julgado indigno, como dividi a herança? Representação ao filho da pré morte 3/3, o filho indigno não
recebe, mas seu filho recebe 1/3, e o que renunciou não recebe.
Não tem direito de representação para quem é renunciante, mas se não tiver mais ninguém vai para o próximo.
Art. 1851.: Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os
direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Art. 1856.: O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra.
Ex: renuncio a herança do meu pai, mas aceito a representação minha na herança do meu avô. Sobre os impostos,
quem recebe? Causa mortis: estado intervivos: município.
1. Cessão da herança: possibilidade do herdeiro ceder sua parte da herança mesmo antes da partilha.
O código civil de 2002 veio para fundamentar uma situação que já acontecia, quando as pessoas vendia sua parte
da herança por vários motivos.
Negócios intervivos.
Só pode acontecer:
O 426 cc diz que só pode dizer sobre herança depois da morte da pessoa, pois antes da morte só existe uma
expectativa de direito.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
§ 2oÉ ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
§ 3oIneficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem
componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Só pode vender parte ideal, 1793, §2. só se vende a parte ideal, a parte que se tem na herança.
O negócio realizado é aleatório, que vem de sorte, negócio no escuro, compra sem saber o que é exatamente, pois
só saberá o que representa depois da partilha. Podendo ser maior ou menor do que se espera.
Não inclui o direito de acrescer: o autor da herança falece , e deixa 3 filhos, um deles morre, a parte dos outros
dois aumentam, e se o outro renuncia, esta parte que aumenta não inclui na cessão de herança. Exceto, se for a
cessão citada no testamento etc art. 1793, §1.
Direito de preferência:
O cessionário é parte legitima para acionar o inventário, tendo em vista, que tem direito a sua cota parte. Legatário
nunca pode ceder.
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro co-
herdeiro a quiser, tanto por tanto.
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a
quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
2. Petição de herança é uma ação declaratória cumulada com reivindicatória, que serve para o herdeiro locatário ir
a juízo para pedir que declare sua condição de herdeiro, uma vez reconhecido seu direito, atribuir a parte que lhe
cabe. Ex: sou um herdeiro, filho adotado, o pai morreu e os filhos legítimos faz os inventários só para eles, mas eu
posso propor a ação de petição de herança, para que seja declarado o direito de herança. Se o inventário estiver já
tramitando, propõe contra o espólio, se já estiver terminado contra os filhos que dividiram sozinho.
A legislação não especifica o prazo, mas o art. 205 do cc, diz que a prescrição será de 10 anos quando a lei não
anotar prazo anterior.
Art. 205.A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Se propuser uma ação de investigação de paternidade ( não é prescritivo) cumulada com petição de herança
(prescritivo), sendo assim, 15 anos depois se entrar com esta ação será considerado prescrito a petição de herança,
só prosseguindo com a investigação de paternidade.
Sempre vai haver uma relação entre a pessoa que morreu e a pessoa que vai receber a herança. Então pode
acontecer que a pessoa que vai receber a herança atente contra essa relação, sendo o caso da indignidade e
deserdação, sendo quando as pessoas fazem atos para desmerecer a herança, quando por exemplo, no caso de
parricídio, que é o caso de matar os pais para ficar com a herança.
Indignidade
Para afastar alguém da herança é preciso uma ação, uma defesa, e neste caso, não necessariamente penal, mas
sim civil.
Para propor a ação civil é necessário: Existência do fato e autoria (art. 935, cc), ações penais e civis, são distintas.
Civil: penalidade pecuniária, afastamento da herança. São procedimentos distintos. Quando o juiz civil recebe um
caso de indignidade, ele primeiro bloquea os bens e espera a decisão do juiz penal para saber sobre a questão da
autoria.
Art. 935.A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
Trata-se, pois, de um instituto de amplo alcance, cuja natureza é essencialmente punitiva, na medida em que visa a
afastar da relação sucessória aquele que haja cometido ato grave, socialmente reprovável, em detrimento da
integridade física, psicológica ou moral, ou, até mesmo, contra a própria vida do autor da herança.
Trata-se, pois, de um instituto penal — pois comina uma sanção ou pena — de caráter civil, e que traduz uma
consequência lógico normativa pela prática de um “ato ilícito”, instituto previsto no art. 186 do Código Civil de
2002, dado o seu caráter antijurídico e desvalioso.
ROL TAXATIVO, só posso condenar a pessoa se estiver no rol. Exemplo: não se pode condenar se for por homicídio
culposo. Tem divergência doutrinaria sobre o suicídio, para alguns cabe para outros não.
Note-se que poderão incorrer nas situações acima tanto o herdeiro (sucessor universal que recebe toda a herança
ou uma fração dela) como o legatário (sucessor singular que recebe bem ou direito determinado, componente da
herança).
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados
da abertura da sucessão.
Ex da prova: fulano de tal matou o pai, foi condenado apenas no crime penal, e assim exclui da sucessão tá certo?
Não, é necessário a sentença na ação civil o condenando para excluir da herança.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto
fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Os bens que foram negados ao excluído não poderão favorecê-lo (nem na condição de representante legal dos
beneficiários), nem a ele retornar (por nova relação sucessória), por expressa disposição de lei.
Para que haja o afastamento é necessária uma sentença com trânsito em julgado
- Tem efeito ex tunc
Terceiros de boa-fé: ex nunc. Ex: prevalece o negócio, por exemplo, Suzane Von Richthofen faz uma cessão de
herança antes de matar os pais, e a pessoa que adquiri essa herança não sabia o que ela planejava fazer.
- O indigno não pode administrar, como também não pode suceder. Ex: no caso de Suzane Von Richthofen, se ela
tem um filho, ela não pode administrar a herança do filho quanto aos avós, assim como, caso o filho morra não
poderá suceder a herança do filho.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
§ 1oO direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura
da sucessão. (Redação dada pela Lei nº 13.532, de 2017)
§ 2oNa hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do
herdeiro ou legatário. (Incluído pela Lei nº 13.532, de 2017)
REABILITAÇÃO DO INDIGNO
Pode ser expressa ou tácita, só não pode reabilitar no caso de homicídio consumado, mas por exemplo, no caso de
homicídio tentado, o pai pode perdoar o filho, através do testamento ou de uma escritura pública.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o
ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando
o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
DESERDAÇÃO
Neste caso, precisa de um testamento válido. E a causa tem que está prevista em lei (fundamentada em lei). O
autor da herança que manifesta o direito de deserdar o herdeiro.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus
ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos
descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha
ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade
Primeiramente o juiz vai ver se o testamento é válido, depois ver os motivos se está fundamentado em lei, intima
os interessados para comprovar os fatos, contraditório/defesa, sentença do juiz reconhecendo a deserdação, os
interessados têm o prazo de 4 anos a contar da data da abertura do testamento.
04 anos após a abertura do testamento (art. 1945, § único)
efeitos: Washigton de barros defende que não a representação dos deserdados. Mas por analogia se utiliza o 1816,
cabendo assim representação para os deserdados.
Resumo e diferenças:
Indignidade
- Art. 1814, CC
- Atinge herdeiros e legatários
- Sucessão legítima
- MP e/ou interessados
- 4 anos da abertura da sucessão (1815,§1).
Deserdação
- Art. 1814, 1962, 1963
- Somente herdeiros necessários
- Sucessão Testamentária
- Autor da herança
- 4 anos da abertura do testamento, parágrafo único, 1965.