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Biossegurança em
Laboratório de
Análises Clínicas
Ms. Eloisa Campana
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Biossegurança 4
Principais Causas de Acidentes 4
PCMSO: Programa de Controle de Medicina E SaúdeOcupacional 5
PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 5
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 5
Histórico 5
Planta e Instalação do Laboratório 6
Detalhes da Planta 7
Risco 7
SUMÁRIO Agente de Risco 7
Risco Ocupacional 7
Risco Ocupacional na Saúde 8
Níveis de Contenção Física para Riscos Biológicos 9
Mapa de Riscos 10
Prevenção 13
Princípios para o controle de risco 13
Barreiras Primárias 13
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 13
Máscara N95 14
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 14
Cabines de Segurança 15
Equipamentos de Segurança 15
Barreiras Secundárias 16
Simbologia 16
Sinais para Equipamento de Combate a Incêndios 16
Sinais de Emergência 16
Sinais de Aviso 16
Sinais de Obrigação 16
Sinais de Proibição 17
Procedimentos para Descarte dos Resíduos Gerados em Laboratório de Análises Clínicas
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Rotinas de Esterilização 18
Limpeza 20
Limpeza Manual 20
Limpeza Automatizada 21
Desinfecção 21
Esterilização 22
Embalagem 22
Higienização das Mãos 22
Uso de Água e Sabão 24
Uso de Preparação Alcóolica 24
Uso de Anti-Sépticos 24
O Ambiente Laboratorial e a Infecção por Exposição 25
Exposição ao HIV 25
Exposição ao vírus da Hepatite B 26
Exposição ao virus da Hepatite C 27
Infecção por Neisseira meningitidis 27
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Mycobacterium tuberculosis 27
Referências
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Nenhum trabalho é tão importante é tão urgente, que processos e vai desde a aquisição de produtos e materiais
não possa ser planejado e executado com segurança. laboratoriais de qualidade até a prevenção de doenças
contagiosas.
BIOSSEGURANÇA
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES
O material apresentado nesta disciplina trata da bios-
segurança em Laboratório de Análises Clínicas, sendo dire- • Falta de treinamento, conhecimento ou experiên-
cionado aos profissionais da área da saúde. A constatação cia;
de que os serviços de saúde necessitam de procedimen- • Falta de cuidado, distração;
tos específicos para minimizar os riscos de acidentes pes- • Fadiga, uso de remédios;
soais e de contaminação ambiental gera a necessidade da • Opção pelo caminho “mais curto” ou mais “rápi-
implantação de regras e normas específicas pertinentes. do” ou “mais fácil”;
Em um laboratório de Análises Clínicas, a segurança é de • Tentativa de “ganhar tempo”, pressa na execução;
responsabilidade tanto da direção, no sentido de evitar, • Auto confiança em excesso;
ao máximo, riscos aos seus empregados, como de cada • Teoria do “comigo isso não acontece”
trabalhador, visando a execução dentro dos parâmetros
de segurança.
SITUANDO...
O Laboratório de Análises Clínicas é um lugar de traba-
lho que necessariamente não é perigoso, desde que me- O trabalho vai surgir basicamente junto com o primei-
didas de precauções sejam tomadas. Todos aqueles que ro ser humano e com ele a necessidade de um trabalho
trabalham neste ambiente devem ter responsabilidade e decente, no qual se deve ter a oportunidade de:
evitar atitudes que possam acarretar acidentes, levando
a danos para si e para os demais trabalhadores. Atenção
e cuidados devem ser tomados em todos os ambientes
de um laboratório de Análises Clínicas. Nos últimos anos
avanços consideráveis ocorreram nos trabalhos do labora-
tório de Análises Clínicas, gerando um aumento do núme-
ro de amostras analisadas e o incremento da demanda,
com isso, se fez necessário cuidados mais criteriosos e
uma crescente preocupação com os níveis de segurança. ▪▪ Trabalho produtivo com remuneração justa;
▪▪ Melhores perspectivas para o desenvolvimento
A biossegurança é uma área de conhecimento relativa-
pessoal e integração social;
mente nova, que estabelece desafios e é de fundamental
▪▪ Liberdade de manifestação, organização e partici-
importância em serviços de saúde. Esta área de conheci-
pação nas decisões de suas vidas;
mento aborda medidas para proteção de toda a equipe de
▪▪ Igualdade de oportunidade e de trato para mu-
trabalho e mesmo aos pacientes, e tem um papel funda-
lheres e homens;
mental na promoção da consciência sanitária. É um tema
▪▪ Segurança e saúde no local de trabalho;
de grande importância e vem despertando cada vez mais
▪▪ Proteção social para as famílias.
o interesse dos profissionais comprometidos com um
serviço de qualidade. A biossegurança abrange diversos
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
A Saúde do Trabalhador constitui uma área da Saúde PPRA: Programa de Prevenção de Riscos
Pública que tem como objeto de estudo e intervenção das
relações entre o trabalho e a saúde e tem como objetivos
Ambientais
a proteção e promoção da saúde do trabalhador. Alguns
fatores podem influenciar a saúde do trabalhador, como:
O PPRA tem como objetivo identificar riscos potenciais
fatores sociais, econômicos, tecnológicos e organizacio-
à saúde do trabalhador no seu ambiente de trabalho e
nais responsáveis pelas condições de vida.
definir medidas de eliminação e/ou controle dos mesmos.
As ações devem ser desenvolvidas no âmbito de cada es-
No Brasil um dos instrumentos de gestão da segurança
tabelecimento da empresa e este programa é regido pela
do trabalho é o Serviço Especializado em Engenharia de
NR-9. Um dos aspectos mais importantes deste programa
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), este tem
é o levantamento do mapa de riscos do ambiente do tra-
por finalidade zelar pela segurança e saúde do trabalha-
balho, através da antecipação, reconhecimento e avalia-
dor e, por consequência, influenciar na produtividade da
ção e consequente controle da ocorrência de riscos am-
empresa. Entre as estratégias usadas para a promoção e
bientais, existentes ou futuros no ambiente de trabalho.
prevenção da saúde do trabalhador está a implementação
O PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais
do Sistema Integrado de Prevenção de Riscos do Traba-
NR, em especial com o PCMSO (NR 7).
lho (SPRT). Este sistema consiste no conjunto permanente
de ações, medidas e programas, previstos em normas e
regulamentos, além daqueles desenvolvidos por livre ini-
ciativa da empresa. Juntamente com o SPRT, é de respon-
sabilidade do empregador a implantação do Programa de
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de
Controle de Medicina e Saúde Ocupacional (PCMSO) e
Acidentes
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
além da formação da Comissão Interna de Prevenção de
A CIPA é uma comissão formada por representantes
Acidentes (CIPA).
indicados pelo empregador e membros eleitos pelos tra-
balhadores e que tem por finalidade, prevenir acidentes e
doenças decorrentes do trabalho.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnoló- 2001 – Programa de Indução de ações em biosse-
gico e prestação de serviços que podem comprometer a gurança pelo CNPq.
saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a 2005 – Regulamentação da lei brasileira de Biosse-
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”. A biossegurança gurança Lei n°8974/95.
deve estar presente em Hospitais, Indústrias, Veteriná-
rias, Laboratórios, Hemocentros e Universidades.
As normas de biossegurança englobam as medidas
Em 1941, Meyer e Eddie publicaram uma pesquisa com que visam evitar os riscos e no ambiente do Laboratório
74 casos de brucelose associados a laboratório nos Esta- de Análises Clínicas encontram-se exemplos de todos os
dos Unidos da América. Neste estudo os autores notaram tipos de riscos ocupacionais para o trabalhador de saúde.
que a manipulação de culturas ou a inalação de poeira Com isso existe a necessidade que os laboratórios este-
(aerossol) contendo a bactéria Brucella spp. era eminen- jam perfeitamente adequados e permitam a eliminação
temente perigosa para os trabalhadores do laboratório. ou minimização desses riscos para o trabalhador e para o
Vários dos casos foram relacionados com falta de cuida- ambiente, sob o ponto de vista das instalações, da capa-
do ou manuseio incorreto dos materiais infectados. Em citação dos recursos humanos e da dinâmica de trabalho.
1949 Sulkin e Pike publicaram o primeiro dos seus estu- Cada Laboratório de Análises Clínicas deverá desenvolver
dos sobre infecções associadas a laboratórios. Os autores um manual de biossegurança, onde deverão ser identifi-
constataram 222 infecções virais, sendo 21 destas, fatais. cados os possíveis riscos encontrados. Este manual deve-
Em pelo menos um terço dos casos a provável fonte de rá conter também os procedimentos e práticas para mini-
infecção estava relacionada ao manuseio de animais e te- mizar ou eliminar as exposições a estes riscos.
cidos contaminados. Estes e outros estudos ditavam a ne-
cessidade da implantação de regras para a diminuição de
acidentes relacionados ao trabalho em laboratórios. Com
isso a história da Biossegurança começa a se estruturar PLANTA E INSTALAÇÃO DO
nas décadas de 1970 e 1980. LABORATÓRIO
1974 – Classificação de Risco dos Agentes Etiológi-
cos - CDC- US Centers for Disease Control. A implantação de um Laboratório de Análises Clínicas
1980 – Precauções universais na manipulação de deve ser feita de maneira planejada, e sempre respeitan-
fluídos corpóreos. do as Normas Operacionais ditadas por órgão que regu-
1984 – Primeiro Workshop Brasileiro de Biossegu- lam esse setor. São eles:
rança – Fiocruz.
1986 – Primeiro levantamento de riscos em labora- • Agência de Vigilância Sanitária – ANVISA;
tório na Fiocruz – INCQS. • Ministério da Saúde;
1995 – Lei Brasileira de Biossegurança – Lei • Secretarias Estaduais de Saúde;
n°8974/95. • Órgãos de classe;
1995 – Decreto n°1752 – Formaliza a Comissão Téc- • Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
nica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
1999 – Fundação da Associação Nacional de Biosse-
gurança (ANBio). (www.anbio.org.br) A implantação de um Laboratório de Análises Clínicas
1999 – Primeiro Congresso Brasileiro de Biossegu- deve estar em conformidade com a RDC nº 302/2005 que
rança. define as condições gerais de funcionamento e também
2000 – Biossegurança como disciplina científica os requisitos relacionados aos recursos humanos e infra-
universitária. estrutura. Já a RDC nº 50/2002 dispõe sobre o regulamen-
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
to técnico para planejamento, programação, elaboração e E imprescindível que existam instalações, fora da área
avaliação dos projetos físicos de estabelecimentos assis- de trabalho do laboratório, para guardar os objetos pes-
tenciais de saúde. soais e para alimentação e descanso dos funcionários.
Devemos lembrar que o Laboratório de Análises Clíni- Os laboratórios podem estar localizados em um úni-
cas deve ser projetado para assegurar que os riscos (bio- co salão, dependendo do nível de biossegurança exigido
lógicos, químicos, físicos, ergonômicos e de acidentes) pelos procedimentos realizados em cada um dos labora-
sejam minimizados ou totalmente evitados, provendo as- tórios.
sim, um ambiente de trabalho seguro.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Risco Ocupacional na Saúde conforto. Portanto, são todos os elementos físicos e orga-
nizacionais que interferem no conforto e saúde.
Os profissionais da área da saúde estão constantemen-
te expostos aos mais diversos grupos de riscos ocupacio- Temos como exemplo: a postura inadequada no tra-
nais, como BIOLÓGICOS (agentes infecciosos), QUÍMICOS balho, o levantamento e transporte manual de peso, ilu-
(substâncias tóxicas), FÍSICOS (radiação ou temperatura), minação e ventilação inadequadas, jornada de trabalho
ERGONÔMICOS (posturais) e PSICOSSOCIAIS (estresse). prolongada, monotonia, esforços físicos intensos e repeti-
tivos, a responsabilidade excessiva, entre outros.
Segundo a Portaria do Ministério do Trabalho n°. 3214
os riscos são classificados em:
2) Riscos Ergonômicos
5) Riscos Biológicos
Os riscos ergonômicos são aqueles que podem inter-
ferir nas características psicofisiológicas do trabalhador Consideram-se agentes de risco biológico os micror-
afetando a sua saúde ou até mesmo causando algum des- ganismos como bactérias, fungos, parasitas, vírus, entre
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
outros. São capazes de desencadear doenças devido à Ex: Escherichia coli, Pseudomonas spp., Acinetobacter
contaminação e pela própria natureza do trabalho. spp, Vírus da dengue, adenovirus, HbC, HIV, Toxoplas-
ma spp., Schistosoma mansoni...
Alguns exemplos são: Hepatite A, B, C, D, E; HIV/AIDS;
Cytomegalovirus; Herpes Simples; Influenza; Rubéola; Classe III (Risco 3): Muito patogênicos para o homem,
Difteria; Mycobacterium tuberculosis; Sarampo; SARS; potencialmente letais, no entanto existem medidas
Staphylococcus aureus; Streptococcus spp., entre outros. terapêuticas e/ou profiláticas eficazes (elevado risco
individual para o trabalhador e probabilidade de dis-
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos seminação para a comunidade e meio ambiente).
em 4 classes por ordem crescente de risco, segundo os
seguintes critérios: Ex: Flavivírus, Influenza Aviária, Mycobacterium tuber-
culosis, Bacillus anthracis, Burkholderia mallei, Clostri-
• Patogenicidade; dium botulinum...
• Virulência;
• Transmissibilidade; Classe IV (Risco 4): São extremamente patogênicos
• Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; para o homem e/ou para animas e não existem me-
• Disponibilidade de tratamento eficaz; didas terapêuticas e profiláticas são eficazes (elevado
• Endemicidade. risco individual para o trabalhador e elevada probabi-
lidade de disseminação comunitária).
Classe I (Risco 1): Dificilmente são patogênicos para o Ex: Vírus Ebola, Febres hemorrágicas, Vírus da Aftosa...
homem, animais ou plantas (escasso risco individual
para o trabalhador e comunitário). Em laboratórios de análises clínicas, onde o trabalho
envolve sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou
Ex: Lactobacillus, Bacillus cereus, Bacillus subtilis... linhas de células humanas, aplica-se a classe de risco 2.
Geralmente a presença do agente infeccioso é desconhe-
Classe II (Risco 2): São patogênicos para o homem mas, cida, mas estes apresentam um espectro de gravidade
medidas terapêuticas e profiláticas são eficazes (mo- moderada para a comunidade.
derado risco individual para o trabalhador e limitada
probabilidade de disseminação para a comunidade).
NB-1 - Nível de Biossegurança 1: O nível 1 de contenção representa um nível básico que se baseia nas práticas
padrões (adoção de boas práticas laboratoriais). Não são necessárias barreiras primárias ou secundárias, com
exceção de uma pia para a higienização das mãos. Aplica-se aos laboratórios de ensino básico, nos quais são ma-
nipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco I. Pode ser utilizado também em laboratórios onde
é realizado o trabalho, com cepas definidas e caracterizadas de microrganismos conhecidos por não causarem
doenças em homens adultos e sadios.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
NB-4 - Nível de Biossegurança 4: O Nível de Biossegurança 4 é o nível de contenção máxima e destina-se a mani-
pulação de microrganismos da classe de risco IV. Geralmente é construído em uma unidade geográfica separada
ou em uma zona completamente isolada. Além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de biossegurança
1, 2 e 3, esses laboratórios requerem barreiras de contenção (instalações, equipamentos de proteção) e pro-
cedimentos especiais de segurança. O trabalho é realizado primariamente em cabines de segurança biológica
Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. Aplica-se a laboratórios onde se
trabalha com agentes exóticos perigosos que representam um alto risco por provocarem doenças fatais em
indivíduos.
MAPA DE RISCOS
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
A execução do Mapa de riscos deve seguir algumas e) Analisar os levantamentos ambientais já realiza-
atribuições, entre elas: dos no local de trabalho;
f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da em-
• Conhecer os tipos de Riscos presa, indicando através de círculo:
• Conhecer seu local de trabalho • o grupo a que pertence o risco, de acordo
• Representar graficamente com a cor padronizada;
• o número de trabalhadores expostos ao
risco, o qual deve ser anotado dentro do cír-
Segundo a NR-5 a CIPA terá por atribuição: culo;
• a especificação do agente que deve ser
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e ela-
anotada também dentro do círculo;
borar o mapa de riscos, com a participação do maior nú-
• a intensidade do risco, de acordo com a
mero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
percepção dos trabalhadores, que deve ser
houver;
representada por tamanhos proporcional-
mente diferentes de círculos.
Algumas etapas para elaboração de um mapa de riscos
são necessárias:
Após a sua elaboração, discussão e aprovação pela
a) Reconhecer e avaliar o processo de trabalho no
CIPA, o Mapa de Riscos, deverá ser afixado em cada lo-
local analisado (trabalhadores, instrumentos e ma-
cal analisado, de forma que os trabalhadores tenham fácil
teriais de trabalho; atividades exercidas; ambiente);
acesso ao mesmo e possam ser alertados sobre os perigos
b) Identificar os riscos existentes no local de traba-
existentes no local de trabalho.
lho analisado;
c) Identificar as medidas preventivas existentes e
Os riscos ambientais são agrupados em cinco grupos
sua eficácia (EPI; EPC; organização do trabalho; hi-
e classificados por cores correspondentes a cada tipo de
giene e conforto);
agente, sendo eles:
d) Detectar os indicadores de saúde;
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Tais riscos têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho, como: materiais; equipamentos; instala-
ções e na forma de organização do trabalho. Então, este mapa trata de identificar situações e locais potencialmente
perigosos. Alguns exemplos de riscos estão descritos na tabela a seguir.
Riscos Físicos Riscos Químicos Ríscos Biológicos Riscos Ergonômi- Riscos de Aciden-
cos tes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado
Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e transpor- Máquinas e equipamen-
te manual de peso tos sem proteção
Radiações ionizantes Névoas Protozoários Exigência de postura Ferramentas inadequadas
inadequada ou defeituosas
Radiações não ionizantes Neblinas Fungos Controle rígido de produ- Iluminação inadequada
tividade
Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos Eletricidade
excessivos
Calor Vapores Insetos Trabalho em turno e Probabilidade de incêndio
noturno ou explosão
Pressões anormais Substâncias, compostos Jornadas de trabalho Armazenamento inade-
ou produtos químicos em prolongadas quado
geral
Monotonia e repetitivi- Animais peçonhentos
dade
Outras situações causa- Outras situações de risco
doras de stress físico e/ou que poderão contribuir
psíquico para a ocorrência de
acidentes
No mapa de riscos, os riscos são representados por círculos de três tamanhos diferentes (pequeno, médio e grande)
de acordo com o grau de gravidade. O círculo será colorido de acordo com o tipo de risco a que está associado.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
PREVENÇÃO
Prevenção é o conjunto de medidas e recomendações que visam evitar e/ou diminuir a transmissão direta ou indire-
ta de microrganismos de importância epidemiológica entre pacientes, profissionais de saúde ou visitantes dentro dos
serviços de saúde, evitando assim, as consequências das doenças. A prevenção pode ser a inespecífica ou específica.
• Medidas inespecíficas – São medidas gerais, com o objetivo de promover o bem-estar das pessoas.
• Medidas específicas – São medidas restritas, incluem as técnicas próprias para lidar com cada agravo em par-
ticular.
Gerenciamento de resíduos
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
que o EPI deve proporcionar o mínimo e desconforto e radiações. Precisam proporcionar ao trabalhador visão
nunca tirar a liberdade de movimentos do trabalhador. transparente e sem distorções.
É obrigação do empregador fornecer o EPI adequado Os protetores faciais protegem a face contra riscos de
ao trabalho, instruir e treinar o funcionário quanto ao uso, impactos (partículas sólidas, quentes ou frias), substân-
repor os EPIs danificados e também exigir a correta utili- cias nocivas (poeira, líquidos e vapores), radiações (raios
zação. Os EPIs devem ser de boa qualidade e certificados infravermelho, ultravioleta) Oferecem uma proteção adi-
perante o Ministério do Trabalho e Emprego. cional à face do trabalhador sem necessitar do uso de
óculos de segurança.
A classificação do EPI pode ser feita segundo a parte
do corpo que se protege: proteção para a cabeça, prote- Lembrar ainda que os pés devem estar protegidos. O
ção do corpo, dos membros superiores e dos membros uso de sandálias ou sapatos de pano acarretam proble-
inferiores. mas sérios e podem gerar situações perigosas. O sapato
deverá ser compatível com o tipo de atividade desenvol-
Os principais EPIs que devem estar disponíveis para vida.
todos os profissionais que trabalham em Laboratórios de
Análises Clínicas são: aventais, luvas, máscaras, óculos e Máscara N95
protetores faciais.
Segundo o CDC (Centro para Prevenção e Controle de
O avental protege as roupas contra borrifos químicos Doenças – EUA) é utilizada para o controle da exposição
ou biológicos e ainda fornece uma proteção adicional ao ocupacional ao Mycobacterium tuberculosis. Sendo reco-
corpo. A melhor opção é a seleção de aventais de puro mendada também para redução da exposição a aerossóis
algodão, material não reativo a produtos químicos e resis- contendo outros agentes biológicos potencialmente pato-
tente a chamas. Os aventais devem, de preferência, cobrir gênicos e/ou infecciosos, tais como:
completamente as vestimentas, ser fechados nas costas e
ter mangas compridas. • Agentes etiológicos da Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SARS);
As luvas atuam contra riscos biológicos, queimaduras • Influenza Aviária Altamente Patogênica (A/H5N1);
químicas, calor ou frio excessivo, choques elétricos e ou- • Influenza A/H1N1;
tros riscos físicos. Também fornecem elevado grau de pro- • Varicela;
teção contra dermatites. Lembrar que as luvas precisam • Entre outros.
ser de material resistente, ter baixa permeabilidade e boa
flexibilidade além de serem compatíveis com as substân-
cias que serão manuseadas. Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC)
As máscaras vão proteger o aparelho respiratório e
podem ser: respiradores com filtros mecânicos para pro-
teção contra partículas suspensas no ar, respiradores com Os EPCs são equipamentos que servem para minimizar
filtros químicos que protegem contra gases e vapores or- a exposição dos grupos de trabalhadores aos riscos. Estes
gânicos e respiradores com filtros combinados (mecâni- equipamentos irão possibilitar a proteção da equipe do
cos e químicos). laboratório e do meio ambiente.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Cabines de Segurança
As Cabines de Segurança Biológica (CSB) são o principal exemplo de EPC e tem por finalidade evitar a fuga de ae-
rossóis (infecciosos, gases tóxicos e/ou corrosivos) para o ambiente. As cabines de segurança são indispensáveis em
qualquer laboratório. Há três tipos de cabines de segurança biológica usadas em laboratórios:
• Classe I
• Classe II – A, B1, B2, B3.
• Classe III
Essas cabines de segurança biológica podem ter fluxo equipamentos devem estar instalados em locais de rápido
horizontal ou vertical. A CSB de Fluxo Laminar Horizontal e fácil acesso de qualquer ponto do laboratório. O chuvei-
é utilizada para trabalhar com produtos estéreis não pa- ro e a área próxima devem estar desimpedidos e prontos
togênicos. Já a CSB de Fluxo Laminar Vertical destina-se para a utilização a qualquer momento.
a trabalhos com amostras ou produtos patogênicos, em
que há necessidade absoluta de segurança para o traba- Em Laboratórios de Análises Clínicas a manipulação
lhador. de amostras biológicas podem produzir partículas que
podem entrar pelas vias aéreas, contaminar roupas, ban-
cadas e equipamentos, sendo assim, é de extrema impor-
tância que o trabalhador utilize o EPI e EPC corretamente.
Equipamentos de Segurança
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
xicológicos). Estes resíduos são geralmente oriundos dos É importante seguir a recomendação de autoclavagem
equipamentos automatizados e dos reagentes de labora- ou incineração para tratamento de descartes infeccio-
tórios. Para a realização dos procedimentos adequados sos. E recomenda-se identificar de forma clara e de fácil
de descarte, é importante que se observe o grau de to- visualização os sacos de acondicionamento, recipientes
xicidade e lembrar que não se deve misturar substâncias de coleta interna e externa, os recipientes de transporte
químicas de diferentes naturezas e composições. É neces- interno e externo e os locais de armazenamento. A coleta
sário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica. do material deve ser realizada por funcionário treinado
do serviço de limpeza, em carrinhos fechados e laváveis,
Os procedimentos estabelecidos para a eliminação de sempre que necessário. Quando o transporte for manual,
rejeitos radioativos (Grupo C) foram padronizados pela este deve ser realizado de maneira que nenhuma parte do
Norma Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)- corpo do funcionário responsável entre em contato com
-NE-6.05 (CNEN, 1985). É importante que os rejeitos ra- o resíduo.
dioativos líquidos e sólidos não sejam misturados. Os
containers de descarte devem ser identificados com: Isó-
topo presente, tipo de produto químico e concentração,
volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico res- ROTINAS DE ESTERILIZAÇÃO
ponsável pelo descarte e a data do descarte. Os rejeitos
radioativos devem ser armazenados em local separado do
laboratório, previamente adaptado, até o seu recolhimen- A limpeza das áreas físicas do Laboratório de Análises
to. Clínicas deve ser realizada com o intuito de desinfecção, e
deve acontecer regularmente. Para pisos, paredes, vidra-
Os resíduos do Grupo D não se enquadram em nenhu- ças, bancadas e superfícies não metálicas a limpeza deve
ma das outras categorias e podem ser descartados como ser feita com hipoclorito de sódio 0,5% e para superfícies
resíduos domésticos. Quando destinados à reciclagem ou metálicas, álcool etílico 70%.
reutilização, a identificação deve ser feita nos recipientes
e nos abrigos de guarda recipientes, utilizando-se o códi- A desinfecção do ambiente é empregada antes e após
go de cores. a atividade laboratorial para prevenir contaminação do
ambiente com materiais ou produtos biológicos que ofe-
Os resíduos do Grupo E devem ser descartados sepa- reçam risco, sendo esta tarefa extremamente essencial
radamente e imediatamente após o uso, em recipientes para reduzir os riscos de contaminação acidental pelo la-
rígidos, resistentes à perfuração, ruptura e vazamentos e boratorista ou por outro indivíduo presente no local.
com tampa.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
Através dos processos citados acima, é possível controlar a contaminação por produtos biológicos.
Na tabela a seguir podemos ver a sobrevivência de alguns microrganismos em diversos tipos de superfícies:
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
É o procedimento de limpeza realizado por máquinas Na desinfecção podemos ter níveis diferentes, sendo
automatizadas, que irão remover a sujidade por meio de eles:
ação física e química. Os equipamentos comumente utili-
zados na limpeza automatizada são: • ALTO NÍVEL - Elimina todos os microrganismos na
forma vegetativa, e alguns esporos de microrganis-
• LAVADORA ULTRA-SÔNICA – utiliza a ação com- mos. Requer enxágue do material com água estéril
binada da energia mecânica (vibração sonora), tér- e manipulação com técnica asséptica.
mica (temperatura entre 50º e 55ºC) e química (de- • NÍVEL INTERMEDIÁRIO - Elimina os microrganis-
tergentes). mos na forma vegetativa, a maioria dos fungos e
• LAVADORA DESCONTAMINADORA – utiliza jatos vírus, inclusive o bacilo da tuberculose, porém não
de água associadas a detergentes, com ação de bra- elimina nenhum esporo de microrganismos.
ços rotativos e bicos direcionados sob pressão. • NÍVEL BAIXO - Elimina a maioria dos microrganis-
• LAVADORA TERMO-DESINFECTADORA – utiliza mos na forma vegetativa, alguns fungos e vírus, no
jatos de água e turbilhonamento, associados à ação entanto não elimina o bacilo da tuberculose, nem
de detergentes. Nesta lavadora a desinfecção ocor- esporos de microrganismos.
re por meio de ação térmica ou termoquímica.
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
A desinfecção pode ocorrer por processos físicos, onde Todo processo de esterilização deve ser monitorado
temos um alto nível de desinfecção, como a Pasteurização para se ter a certeza da eficácia do processo. Alguns indi-
(água 75ºC por 30 minutos) e pela utilização da Lavadora cadores podem ser utilizados para este fim, são eles:
Termo-desinfectadora (60 a 95ºC).
• Indicadores Mecânicos - Medição de tempo,
A seleção dos desinfetantes deve ser feita levando-se temperatura e pressão;
em conta que este componente deve ter um amplo espec- • Indicadores Químicos - Mudança de cor (quando
tro de ação antimicrobiana; não deve danificar os artigos; parâmetros físicos são alcançados);
deve sofrer pouca e/ou nenhuma interferência da matéria • Indicadores Biológicos - Esporos biológicos.
orgânica; não ser corrosivo e possuir baixa toxicidade e
ser estável.
Embalagem
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mãos a maioria dos profissionais da saúde ainda não se- As mãos constituem a principal via de transmissão de
guem estas recomendações. microrganismos, pois a pele é um reservatório de diversos
microrganismos. A transmissão desses microrganismos
Alguns motivos relacionados para a não adesão da hi- pode ocorrer de uma superfície para outra, seja por meio
gienização das mãos são: de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do
contato com objetos e superfícies contaminados.
▪▪ Muito ocupados;
▪▪ As mãos se ressecam; Microbiota da pele normal é composta principalmente
▪▪ As mãos não parecem sujas; por dois tipos de população de microrganismos:
▪▪ As pias não estão próximas;
▪▪ Falta papel-toalha; ▪▪ Residente – Coloniza as camadas mais internas da
▪▪ A prioridade é o trabalho; pele, sendo mais difícil de ser removida pela higie-
▪▪ Leva muito tempo. nização das mãos com água e sabão. É constituída
por microrganismos de baixa virulência, pouco as-
sociados às infecções veiculadas pelas mãos (Sta-
A higienização das mãos é, sem dúvida, a rotina mais phylococcus spp., Corynebacterium spp., e Micro-
simples, menos dispendiosa, mais eficaz, e de maior im- coccus spp.).
portância na prevenção e controle da disseminação de in- ▪▪ Transitória – Coloniza a camada mais superficial
fecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre da pele, sendo assim, pode ser removida pela ação
ao inicio e ao término de qualquer tarefa. Lavar as mãos mecânica da higienização das mãos com água e
corretamente, além de prevenir uma série de doenças sabão. Quando se utiliza solução anti-séptica esta
transmissíveis é considerado um princípio básico da higie- microbiota é eliminada com mais facilidade. É cons-
ne pessoal. tituída, basicamente, por bactérias Gram-negativas
(Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa) e cocos
O termo “lavagem das mãos”, utilizado corriqueira- Gram-positivos (Staphylococcus spp.), além de fun-
mente foi substituído recentemente por “higienização gos e vírus.
das mãos” devido à maior abrangência deste processo.
O termo engloba a higienização simples, a higienização
anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúr- Diferentes contagens de microrganismos em diferen-
gica das mãos. Os tipos de higienização das mãos podem tes áreas:
ser vistos no vídeo.
• 1 x 106 UFC/cm2 – couro cabeludo
A higienização das mãos tem por finalidade a remoção • 1 x 104 UFC/cm2 – antebraço
mecânica das sujidades, suor, pelos, células descamativas, • 4 x 104 UFC/cm2 – abdomen
oleosidade e a redução da microbiota transitória da pele. • 5 x 105 UFC/cm2 – axila
Com isso, prevenimos e diminuímos a transmissão das
infecções veiculadas pelo contato (transmissão cruzada).
Já a Anti-sepsia ou Degermação de Mãos tem por finali- Nos profissionais de saúde essa contagem varia de 3,9
dade a redução da microbiota residente e a eliminação x 104 a 4,6 x 106 UFC/cm2.
da microbiota transitória. Será utilizada uma solução com
propriedade germicida denominada anti-séptico. Todos os profissionais da área da saúde devem hi-
gienizar as mãos e existem diversos momentos em que
este procedimento está indicado. Devemos nos lembrar
de que mesmo que as luvas sejam utilizadas durante os
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procedimentos, após a sua retirada, as mãos devem ser • Entre procedimentos num mesmo paciente;
higienizadas. Os profissionais que atuam na área da saú- • Antes de realizar procedimentos assistenciais e
de podem higienizar suas mãos utilizando água e sabão, utilizar dispositivos invasivos;
preparação alcoólica ou anti-séptico. Variando de acordo • Antes e após o uso de luvas;
com as indicações. • Após risco de exposição a fluidos corporais;
• Após contato com objetos inanimados e superfí-
cies imediatamente próximas ao paciente ou com
contato de fluidos.
Uso de Água e Sabão
Uso de Anti-Sépticos
• Mãos visivelmente sujas ou contaminadas com
sangue e outros fluidos corporais;
• No inicio do turno de trabalho; Higienização anti-séptica das mãos
• Antes e após ir ao banheiro; • Precaução de contato para pacientes portadores
• Antes e depois de comer, beber; de microrganismos multirresistentes;
• Depois de manusear material infectante. • Em casos de surtos.
Degermação da pele
• Pré-operatório, antes de qualquer procedimento
Uso de Preparação Alcóolica cirúrgico;
• Antes da realização de procedimentos invasivos.
Para a realização da higienização das mãos os profis- Os lavatórios ou pias devem, preferencialmente pos-
sionais da área da saúde necessitam das seguintes insta- suir torneiras com comandos que dispensem o contato
lações: das mãos.
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tar por dispensadores que evitem o contato direto com a Lavar com água e sabão durante 5 minutos, secar e
mão dos profissionais da área da saúde e de fácil limpeza. aplicar álcool a 70%.
• Mucosas
O papel-toalha deve possuir boa propriedade de se- Lavar abundantemente com água ou soro fisiológi-
cagem e deve-se dar preferência aos papéis em bloco. O co durante 5 minutos.
toalheiro deve ser de fácil limpeza e a sua instalação deve • Lesão pérfuro-cortante
ser de tal forma que não receba respingos de água e sa- Deixar sangrar alguns segundos.
bão. Lavar com água e sabão por 5 minutos.
Os trabalhadores devem ser avaliados na admissão, in- A probabilidade de infecção por HIV após acidentes
cluindo a história das imunizações e exposições anteriores percutâneos é de 0,3% por acidente. Na exposição de mu-
a doenças transmissíveis e o status imunológico. Em cada cosas é de 0,09% por acidente.
laboratório devem ser definidas políticas específicas e de
pós-exposição de: HIV, vírus de hepatite A, B, C, Neisseria A quimioprofilaxia após exposição ocupacional ao HIV
meningitidis, Mycobacterium tuberculosis, vírus varicela- é permeada por questões, no entanto as novas recomen-
-zoster, hepatite E, Corynebacterium diphteriae, Borde- dações do CDC e do Ministério da saúde preconizam que
tella pertussis, e raiva. se deve considerar a exposição e o status do HIV para a
definição da quimioprofilaxia.
Alguns cuidados locais imediatos devem ser seguidos
após a exposição ocupacional a materiais biológicos: É recomendada a quimioprofilaxia após acidentes com
pérfuro-cortantes:
• Pele
• Injúria profunda
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• Agulha oca
• Sangue visível
• Paciente com alta viremia
Percutânea
- Grave Recomendado
HIV+, assintomático, ZDV + 3TC + NFV/LPV
carga viral baixa Membrana, mucosa ou
Grande volume Recomendado
pele íntegra ZDV + 3TC
Pequeno volume Recomendado
ZDV + 3TC
+ Grave Recomendado
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O ideal é que todos os profissionais da área da saúde estejam previamente vacinados. Após uma exposição ao HBV,
o trabalhador que estiver com a vacinação completa não necessita de nenhuma medida adicional. No entanto, aqueles
não vacinados, deverão iniciar vacinação e as medidas específicas. Os trabalhadores que estiverem com o esquema de
vacinação incompleto deverão completar o esquema e iniciar as medidas específicas. A medida mais eficaz é a utiliza-
ção de Gamaglobulina Hiperimune, no entanto este tratamento é extremamente caro.
Exposição ao virus da Hepatite C (≥10mm de induração). A profilaxia será feita com isonia-
zida, mas pode variar dependendo das recomendações
O risco de infecção pelo HCV após acidentes percutâ- locais.
neos com agulhas com lúmen varia de 0 a 7% e após ex-
posição de mucosas é menor que 1%. Não existe qualquer Outras infecções (varicela, hepatite A e E, difteria e
intervenção terapêutica profilática especifica pós-exposi- raiva)
ção para a hepatite C. No entanto, o paciente fonte deve
ser testado para a infecção por HCV. A transmissão destes microrganismos é rara, no en-
tanto recomenda-se a vacinação dos profissionais contra
Infecção por Neisseira meningitidis a varicela e a hepatite A. A vacina da gripe deve ser ad-
ministrada anualmente. A vacina contra a raiva pode ser
As infecções ocupacionais por N. meningitidis são ra- recomendada dependendo da prevalência da doença na
ras, mas dada a gravidade da doença, justifica-se a qui- região.
mioprofilaxia apropriada quando tiver havido suspeita de
infecção. A profilaxia recomendada inclui uma das seguin- É importante lembrar que uma exposição ocupacional
tes: pode ocorrer a qualquer hora do dia, portanto, o acon-
selhamento, testes e tratamento devem estar disponíveis
• rifampicina (600 mg, duas vezes ao dia, durante durante as 24 horas do dia.
dois dias);
• dose única de ciprofloxacina (500 mg);
• dose única de ceftriaxona (250 mg) IM.
Mycobacterium tuberculosis
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Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
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