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A Psicoeducação

A Psicoeducação é uma abordagem educativa não- formal que tem vindo a ganhar
relevo pelo impacto positivo que exerce no processo de recuperação de determinadas
perturbações (doenças).

Esta abordagem tem como principal objectivo fornecer informação sobre uma
determinada perturbação (doença) e disponibilizar ferramentas para lidar com as
particularidades do problema (de saúde).

A literatura sobre intervenções psicoeducativas refere-se essencialmente a sessões


expositivas de conhecimentos técnicos sobre a perturbação (a doença), parecendo
existir poucas referencias que especifiquem outros métodos e técnicas pedagógicas
utilizadas neste tipo de intervenção .

A Psicoeducação enquadra-se nas formas de educação não-formal, posto tratar-se de


uma acção educativa organizada, que se desenvolve fora dos sistemas formais de
ensino (Tudor, 2003).

É uma bordagem educativa que visa ajudar a pessoa vulnerável a aprender os


principais aspectos sobre a sua situação e a forma singular de a transcender – no caso
de se dispor de estratégias positivas, podemos eventualmente referir de que se trata
de uma Psicoeducação positiva – a esclarecer duvidas e desmistificar crenças sobre as
situações profundamente vulneráveis, estados emocionais positivos apesar de
situações adversas, fornecer estratégias de coping; mais do que reduzir o stress
potenciar o positivo.

Esta abordagem é baseada em métodos experiementais e científicos, e caracteriza-se


por ser estruturada, directiva, limitada no tempo, focada no presente e no
desenvolvimento de forças positivas e estados emocionais positivos que permitam ao
apenas viver o melhor possível a situação de desemprego mas, sobretudo, a potenciar
o bem-estar positivo ou a felicidade subjectiva.

A Psicoeducação surgiu forma complementar de intervir junto de estados emocionais e


mentais negativos (como a ansiedade e a depressão), contudo, no seio da psicologia
positiva, cuja meta é promover e potenciar o florescimento humano por meio do
estudo e de uma intervenção dos aspectos/elementos positivos da vida humana,
podemos referir-nos a uma Psicoeducação positiva.
Utilizada em intervenções dirigidas por exemplo, a familiares de pessoas em situação
de doença mental, dada a sua sobrecarga emocional, impõe-se actualmente como
uma estratégia complementar de intervenção em pessoa emocionalmente vulneráveis,
posto que, apesar de não esquecer a importância e a eficácia das intervenções
centradas no alívio dos aspectos negativos (e.g., ansiedade, medo, depressão, tristeza),
focaliza-se apenas nos aspectos positivos e nas estratégias de os pontenciar.

O sucesso das Intervenções Psicoeducativas reforça o impacto positivo e a relevância


que a educação não formal pode ter nas pessoas que a frequentam, sublinhando a
importância e a pertinência de dispor da educação como modalidade especifica para
conduzir à realização de estratégias postivas que suscitem e potenciem estados
emocionais positivos.

(Carron & Carr-Hill, 1991; Reynoso-Cantú & Marúm-espinosa, 2014).

Varios estudos reforcam a eficacia da psicoeducação (Atkinson, Coia, Gilmour, &


Harper, 1996; Belchdolf et al., 2010; McFarlane et al., 2003; Nasr & Kausar, 2009), no
entanto um dos problemas apontados é a ausência de guias técnicos-pedagogicos que
orientem, em termos pedagógicos, profissionais que pretendam aprofundar/aplicar
esta abordagem (Grevet, Abreu, & Shansis, 2003; Miller, 1989).

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