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CRESCIMENTO FOLICULAR:
o Ao nascimento os ovários contem aproximadamente 1 milhão de
folículos primordiais, na menarca são quase 500mil e desses
apenas 400 chegarão até a ovulação – todo restante sofre
atresia, morte celular programada ou apoptose;
o A atresia folicular ocorre em vários estágios;
o O crescimento de folículos primordiais até a fase antral inicial não
depende de gonadotrofinas; acontece permanente durante a
O GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) é um decapeptídeo vida até a menopausa;
produzido por neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo e é o O hormônio antimulleriano (AMH) é secretado pelas células da
responsável pela secreção hipofisária de LH (hormônio luteinizante) granulosa de folículos primários e secundários e quando esses se
e FSH (hormônio folículo estimulante); diferenciam não secretam mais esse hormônio que é considerado
o Durante o ciclo menstrual é secretado de forma pulsátil para agir um regulador negativo do desenvolvimento folicular inicial – inibe
modulando a hipófise; o crescimento e ação do FSH. É um marcador de reserva
o O GnRH tem uma meia-vida curta (2-4min), e não é dosado na ovariana!
circulação sistêmica; o O estimulo com gonadotrofinas é o pré-requisito para o
O ciclo menstrual ovulatório necessita da secreção de GnRH em uma desenvolvimento de folículos antrais iniciais até os pré-
faixa crítica de amplitude e frequência – maior na primeira fase e ovulatórios, sendo que os últimos 15 dias de crescimento folicular
menor na segunda; depende do aumento ciclíco de FSH;
Os pulsos de GnRH são modulados pelo sistema supra-hipotalâmico
noradrenalina-dopamina – nora facilita e dopamina inibe; sendo que
pode ser influenciado por opióides endógenos, catecolestrogênios e
outros neurotransmissores;
A hipófise se localiza na sela túrcica, as gonadotrofinas (LH e FSH),
são produzidas pelo gonadotrofo na adeno-hipofise, esses sobre
ação do GnRH, sintetizam, armazenam e liberam as gonadotrofinas;
º
o Teoria das duas células – duas gonadotrofinas células da granulosa luteinizadas, diminui paralelamente ao
Em folículos antrais, os receptores de LH estão presentes estradiol e à progesterona, mantendo-se baixa na fase folicular.
apenas na célula da teca e os de FSH nas células da Juntamente com o estradiol, a inibina A controla a secreção de
granulosa; FSH na fase de transição luteofolicular
As células da teca, sob estimulo de LH, sintetizam o A inibina B parece ser um bom marcador da função das células
androstenediona e testosterona; da granulosa sob controle de FSH, enquanto a inibina A espelha
As da granulosa, mediante atividade da enzima aromatase, a função lútea sob controle do LH.
dependente de FSH convertem androgênios em estradiol e CICLO ENDOMETRIAL:
estrona; o O ciclo ovulatório é acompanhado por alterações endometriais
A seleção do folículo que ira ovular ocorre no 5º ou 6º dia do visando à implantação de um embrião. Quando não acontece a
ciclo, enquanto os outros entram em atresia; sendo que o gestação, o corpo lúteo regride e, paralelamente, ocorre a
selecionado é chamado de dominante; descamação endometrial (menstruação). Alterações
Ele tem maior atividade da enzima aromatase – permite morfológicas do endométrio espelham a atividade do estradiol e
maior produção de estradiol, maior número de receptores da progesterona. Na fase proliferativa, existe, morfologicamente,
FSH e estimula a expressão de receptores LH; intensa atividade mitótica nas glândulas e no estroma
No inicio da fase folicular o estradiol inibe a secreção de FSH endometrial. O endométrio, que no início da fase folicular tem
– a oferta passa a ser cada vez menor aos folículos e a aproximadamente 2 mm de espessura, atinge 10 mm no período
maioria entra em atresia, exceto o dominante – resulta em pré-ovulatório. As alterações endometriais fisiológicas têm
mono-ovulação; aspecto característico à ultrassonografia transvaginal. Na fase
As células da teca do folículo pré-ovulatório (dominante) são lútea, as alterações predominantes são secreção glandular e
bem vascularizadas; as células da granulosa expressam edema do estroma. Não ocorrendo a gestação, o endométrio pré-
receptores tanto de FSH como de LH e produzem menstrual apresenta infiltração leucocitária e reação decidual do
quantidades cada vez maiores de estradiol, atingindo um estroma.
platô aproximadamente 24 a 36 horas antes da ovulação. Os
altos níveis de estradiol secretados pelo folículo dominante
desencadeiam o pico de LH (retrocontrole positivo do
estradiol sobre as gonadotrofinas)
Com o pico de LH, o ovócito reassume a meiose, a síntese de
prostalglandinas é estimulada e as células da granulosa são
luteinizadas, passando a sintetizar progesterona e estradiol;
Após a liberação do ovócito, o folículo reorganiza-se para
formar o corpo lúteo ou amarelo;
O LDL serve para síntese de progesterona e estradiol;
A função lútea é controlada pela secreção hipofisária de LH;
As concentrações elevadas de progesterona da segunda fase
do ciclo reduzem a frequência e a amplitude dos pulsos de
GnRH, provavelmente pelo aumento dos opioides endógenos.
Se a fertilização do ovócito e/ou a implantação não ocorrer,
o corpo lúteo entra em remissão 12 a 14 dias após a
ovulação. Quando ocorre gestação, a gonadotrofina coriônica
humana (hCG, do inglês human chorionic gonadotropin)
produzida pelo embrião evita a regressão lútea, e a hCG
mantém a esteroidogênese ovariana até a placenta assumir
a produção hormonal da gestação.
Ao fim da fase lútea do ciclo anterior, com o decréscimo do
estradiol, da progesterona e da inibina A, ocorre o aumento
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR OVARIANO:
do FSH nos primeiros dias da fase folicular. Esse é o sinal
o A mulher nasce com um número limitado de óvulos precursores
para que os folículos antrais, capazes de responder ao
(células germinativas). As células germinativas se iniciam como
estímulo do FSH, iniciem o crescimento e para que comece
oogônios primordiais que proliferam marcadamente por meio de
um novo ciclo.
mitoses até o 4º mês de gestação. Durante o 3º mês de
CONTROLE OVARIANO DA SECREÇÃO DE gestação, alguns oogônios começam a entrar em meiose,
GONADOTROFINAS: reduzindo-se o número de cromossomos à metade.
o O estradiol e a inibina A e B são os principais hormônios
o No 7º mês, todas as células germinativas viáveis desenvolvem
ovarianos reguladores da secreção de gonadotrofinas
uma cobertura de células granulares, formando um folículo
o O estradiol exerce retrocontrole negativo sobre a hipófise primordial e param no estágio da prófase da meiose; essas
durante quase todo o ciclo. Existem algumas evidências de que
células são os oócitos primários. Após o início do 4º mês de
esse controle seja realmente em nível hipofisário.
gestação, os oogônios (e posteriormente os oócitos) se perdem
o A progesterona, secretada em níveis baixos ao fim da fase espontaneamente em um processo chamado de atresia;
folicular, é facilitadora do pico de LH e parece ser responsável
eventualmente, 99,9% se perdem. Em mães mais velhas, o longo
pelo pico de FSH no meio do ciclo. Em algumas situações
tempo que os oócitos estão presos na prófase meiótica pode ser
experimentais, apenas o estradiol em níveis elevados pode o responsável pelo aumento da incidência de gestações
desencadear o pico de LH e de FSH, sugerindo que a geneticamente anormais.
progesterona seria apenas facilitadora desse pico.
o FSH induz o crescimento folicular nos ovários. Durante cada ciclo
o O FSH estimula a secreção de inibina B pelas células da
menstrual, de 3 a 30 folículos são recrutados para crescimento
granulosa, enquanto a inibina A é secretada pelo corpo lúteo, acelerado. Geralmente, em cada ciclo, apenas um folículo
sob controle de LH. A concentração da inibina A, secretada pelas
º
alcança a ovulação. Esse folículo dominante libera o oócito na aumentar. O pico de LH estimula enzimas que iniciam a
ovulação e promove a atresia dos outros folículos recrutados. ruptura da parede do folículo e a liberação do óvulo, agora
CICLO MENSTRUAL: maduro, dentro de 16 a 32 h. O pico de LH também
o A menstruação é a perda vaginal periódica de sangue e de desencadeia o complemento da primeira divisão meiótica
endométrio descolado (coletivamente chamado de menstruação do oócito em cerca de 36 h.
ou período menstrual) do útero pela vagina. É causada pelo Lútea (pós-ovulatória — Alterações cíclicas idealizadas nas
rápido declínio na produção progesterona e estrogênio pelo gonadotropinas da pituitária, estradiol (E2), progesterona (P)
ovário que ocorre a cada ciclo na ausência de gestação. A e endométrio uterino durante o ciclo menstrual normal.)
menstruação ocorre ao longo da vida reprodutiva da mulher na O folículo dominante se transforma em um corpo lúteo
ausência de gestação. depois de liberar o óvulo.
o A duração média do fluxo menstrual é de 5 (± 2) dias. A perda A duração dessa fase é a mais constante, com uma média
sanguínea por ciclo é em média de 30 mL (variação de 13 a de 14 dias, depois da qual, na ausência de gestação, o
80 mL), sendo em geral maior no 2º dia. Um absorvente corpo lúteo se degenera.
higiênico ou tampão vaginal saturado absorve de 5 a 15 mL. O O corpo lúteo secreta primariamente progesterona em
sangue menstrual geralmente não se coagula (a menos que o quantidades aumentadas, atingindo um máximo de cerca
sangramento seja muito intenso), provavelmente em razão da de 25 mg/dia, 6 a 8 dias após a ovulação. A progesterona
fibrinolisina e outros fatores que inibem a coagulação. estimula o desenvolvimento do endométrio secretório,
o A extensão de um ciclo menstrual médio é de 28 dias (a variação necessário para a implantação embrionária. Como a
normal é de cerca de 25 a 36 dias). Em geral, a variação é progesterona é termogênica, a temperatura corporal
máxima e os intervalos intermenstruais são mais longos logo basal aumenta em 0,5°C durante essa fase.
após a menarca e logo antes da menopausa, quando a ovulação Em razão dos altos níveis circulantes de estradiol,
ocorre com menor frequência. O ciclo mestrual começa e termina progesterona e inibina durante a maior parte da fase
com o primeiro dia da menstruação (dia 1). lútea, os níveis de LH e FSH diminuem. Quando a
o O ciclo menstrual pode ser dividido em fases, geralmente com gestação não ocorre, os níveis de estradiol e progesterona
base no estado ovariano. O ciclo ovariano ocorre nas seguintes diminuem no final dessa fase, e o corpo lúteo se degenera
fases: em corpo albicans.
Folicular (pré-ovulatório) Se houver implantação, o corpo lúteo não se degenera,
A duração dessa fase varia mais que as outras. mas permanece funcional na gestação precoce e se
Na fase folicular precoce (primeira metade da fase mantém sustentado pela gonadotropina coriônica
folicular), o evento primário é o crescimento de folículos produzida pelo embrião em desenvolvimento.
recrutados Nesse ponto, os gonadótropos na hipófise o O endométrio também cicla em fases:
anterior contêm pouco LH e FSH e a produção de
estrogênio e progesterona é baixa. Como resultado, a Menstrual
secreção de FSH aumenta ligeiramente, estimulando o Proliferativa
Secretório
crescimento dos folículos recrutados. Os níveis circulantes
O endométrio, constituído por glândulas e estroma, possui
de LH sobem lentamente, começando 1 a 2 dias após o
uma camada basal, uma camada esponjosa intermediária e
aumento no FSH. Os folículos ovarianos recrutados logo
uma camada superficial de células epiteliais compactas, as
aumentam a produção de estradiol; o estradiol estimula
quais revestem a cavidade uterina. Juntas, as camadas
a síntese de LH e FSH, mas inibem sua secreção.
esponjosa e epitelial formam a camada funcional, uma
Durante a fase folicular tardia (2ª metade da fase
camada transitória que se desloca durante a menstruação.
folicular), os folículos selecionados para a ovulação
Após a menstruação, o endométrio é tipicamente fino com
amadurecem e acumulam células granulares secretoras
estroma denso e glândulas tubulares estreitas e retas
de hormônios; seus antros aumentam com o líquido
revestidas com pouco epitélio colunar. Quando os níveis de
folicular, atingindo 18 a 20 mm antes da ovulação. Os
estradiol aumentam, a camada basal intacta regenera o
níveis de FSH diminuem; os níveis de LH são menos
endométrio a sua espessura máxima na fase folicular tardia
afetados. Os níveis de FSH e LH divergem em parte, pois
(fase proliferativa do ciclo endometrial). A mucosa se espessa
o estradiol inibe a secreção de FSH mais do que a de LH.
e as glândulas tubulares aumentam e se enrolam, tornando-
Além disso, os folículos em desenvolvimento produzem o
se tortuosas.
hormônio inibina, que inibe a secreção de FSH, mas não
A ovulação ocorre no início da fase secretora do ciclo
de LH. Outros fatores contribuintes podem incluir meia-
endometrial. Durante a fase lútea ovariana, a progesterona
vida diferentes (20 a 30 min para o LH; 2 a 3 h para FSH)
estimula a dilatação das glândulas endometriais, que se
e fatores desconhecidos. Os níveis de estrogênio, em
enchem de glicogênio e se tornam secretórias, ao passo que
particular de estradiol aumentam de modo exponencial.
a vascularização do estroma aumenta. Conforme os níveis de
Ovulatória
estradiol e progesterona diminuem mais tarde na fase
Ocorre a ovulação (liberação do óvulo).
lútea/secretória, o estroma se torna edematoso e o
Os níveis de estradiol atingem o pico assim que se inicia
endométrio e seus vasos sanguíneos entram em necrose,
a fase ovulatória. Os níveis de progesterona também
provocando sangramento e o fluxo menstrual (fase menstrual
começam a aumentar.
do ciclo endometrial). A atividade fibrinolítica do endométrio
O LH armazenado é liberado em quantidades maciças
diminui a formação de coágulos sanguíneos no sangue
(pico de LH), em geral em 36 a 48 h, com aumentos
menstrual.
menores de FSH. O pico de LH ocorre, pois nesse
Como as alterações histológicas endometriais são específicas
momento os altos níveis de estradiol desencadeiam a
da fase do ciclo menstrual, as fases de ciclo ou resposta
secreção de LH pelos gonadótropos (feedback positivo).
tissular aos hormônios sexuais podem ser determinadas de
O pico de LH também é estimulado pelo GnRH e pela
modo acurado por biópsia endometrial.
progesterona. Durante o pico de LH, os níveis de estradiol
diminuem, mas os níveis de progesterona continuam a
º
feedback negativo sobre a hipófise, liberando a secreção de FSH estrogênio parece estar associada com efeitos
e aumentando o recrutamento folicular. O resultado dos níveis depressivos. O aumento do nível de testosterona
elevados de FSH é a aceleração da depleção folicular, o que também influenciam, além das próprias mudanças do
encurta a primeira fase do ciclo menstrual e marca os últimos período: perda de capacidade reprodutiva e
anos antes da menopausa pela intensa atresia e apoptose até o envelhecimento.
esgotamento dos folículos. Alterações a longo prazo:
o A continua perda da reserva folicular diminui os níveis de estadiol Alterações atróficas: a síndrome geniturinária da
que não são suficientes para estimular o pico de LH e encerra os menopausa, também é conhecida como atrofia
ciclos ovulatórios e sem essa não há a produção de corpo lúteo vulvovaginal, e compreende alterações físicas da vulva,
e por fim de progesterona; vagina e trato urinário baixo pela deficiência de
o Na pós-menopausa, na tentativa de estimular uma adequada estrógeno. Possui caráter progressivo. O tecido epitelial
produção de estradiol pelos ovários, a hipófise é ativada por picos vulvovaginal e uretral possui -receptores de estrogênio
de GnRH e secreta grandes quantidades de gonadotrofinas, em grande concentração, a atrofia decorre dos baixos
levando as mulheres a um estado de hipogonadismo níveis sistêmicos de estrogênio. A vulva perde tecido
hipergonadotrófico. Os níveis de FSH e LH são marcadamente adiposo, a pele fica mais fina e plana e com menos pelos;
altos nos primeiros anos após a menopausa, decrescendo com o os pequenos lábios passam a ser fusionados e perdem
envelhecimento tecido e pigmentação; a vagina fica mais curta e estreita
o Não há progesterona e os estrogênios em nível muito menor; e com epitélio fino e com lubrificação prejudicada, além
o No ovário a produção de estradiol é quase nula; da friabilidade – acarreta dispareunia e sinusorragia; o pH
o Ocorre um relativo aumento de estroma ovariano – produtor de está alcalino e propicia infecções e vaginite; a uretra é
testosterona e androstenediona – e a produção remanescente é hiperemiada e proeminente, favorecendo quadros de
suficiente para manter atividade ovariana e produzir hormônios urgência miccional, disúria e outros.
androgênicos, que são os principais hormônios ovarianos Alterações sexuais: a falta de estrogênio diminui a
disponíveis e a androtenediona serve de substrato para formação vascularização vaginal, levando dificuldade a lubrificação;
de estrona perifericamente; Alterações cognitivas: aumenta-se as queixas referentes
o Alterações nos níveis circulantes de esteroides afetam a atividade a esquecimento, além da perda de memoria verbal,
reprodutiva e outros órgãos e funções; processamento rápido das informações, demência e
o Quadro clínico: outros – o estradiol age no hipocampo e lobo temporal;
Alterações precoces: O papel do status menopausal no desenvolvimento da
Alterações no ciclo menstrual: a queixa mais frequente é doença de Alzheimer vai além das alterações dos
a irregularidade menstrual que reflete a perda estrogênios circulantes. A transição menopausal e suas
progressiva da função ovariana; a amenorreia prolongada alterações endocrinológicas e metabólicas favorecem dois
é o sintoma mais característico da deficiência de dos principais fatores para o desenvolvimento e
estrogênio. O padrão do fluxo pode variar, porem agravamento da doença: os fatores relacionados a risco
sangramento uterino intenso deve-se excluir patologias cardiovascular e um ambiente pró-inflamatório.
endometriais; Doença cardiovascular: Durante a menacme, as mulheres
apresentam baixa incidência de eventos isquêmicos
quando comparadas aos homens. Essa diferença de
prevalência é atribuída ao fator protetor do estrogênio
para eventos endoteliais, já que há estímulo para
produção de óxido nítrico e prostaglandinas causando
efeito vasodilatador e antitrobótico e há estímulo para a
inibição da oxidação de lipoproteína de baixa densidade
(LDL, do inglês low density lipoprotein) e proteção do
endotélio diante de molécula oxidada. O resultado é a
menor formação de placas ateroscleróticas e,
Sintomas vasomotores: é conhecido como fogacho, é o consequentemente, menor prevalência de doença
sintoma mais comum da transição menopausa e pós- coronariana. Com a passagem para o período pós-
menopausa, sendo ainda mais comum em mulheres com menopáusico, a produção de estrogênio diminui e o perfil
IMC alto e tabagistas. Manifesta-se como uma súbita hormonal das mulheres passa a ser androgênico. Como
sensação de calor intenso que se inicia na face, pescoço consequência, ocorre aumento da concentração de
e parte superior dos troncos e braços e por fim generaliza- colesterol total e queda dos níveis de lipoproteína de alta
se. Isso acontece por instabilidade no centro densidade (HDL, do inglês high density lipoprotein), o
termorregulador do hipotálamo e o mecanismo é principal preditor para eventos isquêmicos cardíacos. Isso
desconhecido. Cada episódio dura de 2 a 4min, comum a iguala o risco entre homens e mulheres. A redução do
noite, duram em média 7,4 anos. É mais persistente em HDL está dentro da síndrome metabólica.
mulheres negras (10 anos).
Distúrbios do sono: incluem menor duração, episódios de
despertar noturno e menor eficácia do sono. É
responsável por sequelas orgânicas, inclusive o aumento
da prevalência de HAS e DM, além de depressão e
ansiedade. Os fogachos aumentam os despertares
noturnos também.
Alterações do humor: de todas a mais comum é a
depressão, que acumula risco de desenvolvimento
desde a perimenopausa. A variação dos níveis séricos de
º
TRATAMENTO
o Terapia de reposição hormonal: próximo objetivo;
o Terapias não hormonais:
Não farmacológicas: a principal é a perda de peso, visto que
mulheres obesas têm mais fogachos e mudança nos hábitos
de vida gerais;
º
Terapias farmacológicas: podem ser usados os ISRS e os de o Quanto às populações portadoras das mutações de BRCA 1 e 2,
serotonina e noradrenalina – são as primeiras opções em não há incremento do risco de câncer de mama em relação ao
mulheres que não podem realizar terapia hormonal; apesar basal desse grupo com o uso de TRH.
de efetivos exercem efeito negativo sobre a libido. Uma o Embora não existam evidências consistentes que associem a
opção a esses é a gabapentina que também alivia os reposição hormonal com o aumento do risco de recorrência do
sintomas vasomotores. tumor, visto que os dois maiores estudos disponíveis (HABITS e
Stockholm Study) apresentam resultados contraditórios, é
consenso entre as sociedades que a TRH é contraindicação nas
pacientes com história pessoal de câncer de mama;