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Gresham Machen, uma dos defensores mais articulados da teologia cristã ortodoxa contra o as
tendências do liberalismo e racionalismo cristão no início do Sec. XX. Nascido em Baltimore
em 1981, teólogo pelo Seminário de Princeton em 1902, onde posteriormente ocupa a cadeira
de Literatura e Exegese do NT entre 1906-1929. Estudou com iminentes professores como
B.B. Warfield, Gerhardus Vos, Francis Patton e R.D. Wilson. Estudou na Europa nas
Universidades de alemãs de Maburg e Gottingen com Johannes Weids e Adolf Gulidrer.
Esta obra continua sendo referência segura e de grande relevância e importância quase um
século depois da sua primeira publicação naquele momento de inquietação religiosa, quando
Machen tomou vigorosa posição contra a sutil influência do liberalismo na Igreja
Presbiteriana e no Seminário de Princeton.
Para este conhecimento de Deus, ele evoca o mesmo tipo de relacionamento prático e não
apenas teórico que Jesus tinha com o Pai, o que deve ser característico do cristão.
Machen, no quarto capítulo observa que a doutrina liberal de Deus e do homem são
completamente divergentes à visão cristã acerca destes dois conceitos básicos da fé cristã, ao
afirmar que “a divergência relaciona-se não apenas aos pressupostos da mensagem, mas
também à própria mensagem.”
Portanto ele pontua que a mensagem cristã é oriunda da Bíblia, a revelação acerca do modo
pelo qual o homem pecador pode entrar em relacionamento com o Deus vivo.
Esta revelação, tanto no A.T. quanto no N.T. apontam para o evento histórico do Filho de
Deus sendo oferecido como sacrifício pelos pecados dos homens. Neste aspecto ele faz
objeção à experiência com forma válida para verdadeira fé, desprovida da sedimentação
histórica da vida e obra de Jesus na realização da obra redentora do homem pecador por meio
do sacrifício realizado na Cruz.
Neste aspecto em que o N.T. testemunha sobre o relacionamento com Jesus como objeto da fé
e Salvador em quem os homens deviam confiar o liberalismo diferentemente não goza deste
relacionamento, vendo-o apenas em termos de experiência religiosa.
Ao chegar ao sexto capítulo, depois de vir construindo a sua argumentação à partir das
doutrinas bíblicas basilares, Gresham Machen acrescenta a pedra angular do seu libelo ao
diferenciar entre a compreensão liberal e a bíblica referente à doutrina da salvação e expiação.
Para aqueles salvação é algo encontrado, onde lhes interessa, uma salvação centrada no
homem e a expiação e morte de Cristo apenas como um exemplo de auto sacrifício a ser
imitado. Assim a obra de Cristo, para os teólogos liberais, adquire um significado distinto
daquele que as Escrituras apresentam a respeito da obra redentora de Cristo como base única
para a redenção do homem. Salvação unicamente possível por meio do evento histórico
acontecido há muitos anos atrás, quando o Filho Deus morreu numa cruz em lugar do pecador
por causa do ódio de Deus ao terrível pecado e culpa do ser humano. Os liberais, afirma
Machen, em oposição criticam esta visão da salvação arraigada e dependente da história.
Contudo, ele observa; se a religião fosse independente da história, não haveria evangelho. E
ao tirar a salvação unicamente por meio da aceitação do Evangelho o liberalismo abdica da
característica mais óbvia da mensagem cristã. Por outro lado, o cristianismo vincula a
salvação unicamente à pessoa e obra de Cristo. A doutrina da Cruz é estranha e ofensiva ao
liberalismo.
Por fim, no último capítulo, a apresentação da distinção dos conceitos de igreja pelo
cristianismo é liberalismo são apresentadas. Embora ambos estejam interessados em
instituições sociais, Para o cristianismo este organismo – igreja é a reunião dos perdidos que
foram salvos e agora estão unidos em todos os lugares na irmandade da igreja cristã. Ao
contrário, o liberal afirma que o todos os homens, em todos os lugares, não importa sua raça
ou credo, são irmãos. Para o cristão a verdadeira irmandade é aquela composta pelos remidos,
a quem se reserva o termo “irmão”. Para o cristão conservador a igreja é a comunidade dos
pecadores nascidos de novo, a irmandade dos redimidos, onde o cristão encontra esperança
para a sociedades.
Para sanar estes problemas, Machen apresenta quatro medidas necessárias à igreja, hoje. a)
Encorajar aqueles que estão se engajando em lutas intelectuais e espirituais no propósito de
esclarecer de forma ordenada e positiva as riquezas completas do evangelho; b) Decidir sobre
as qualificações dos candidatos ao sagrado ministério; c) Mostrar sua lealdade a Cristo em sua
capacidade como membros de congregações locais; d) - o mais importante de todas - deve
haver uma renovação da educação cristã no combate da ignorância dos próprios cristãos
acerca do que é Cristianismo. Medidas urgentes e necessárias.
Por fim a obra é concluída com a afirmação de que é na vida cristã não há lugar para o
desespero e que se a Palavra de Deus for entendida, a batalha cristã será lutada tanto com
amor quanto com fidelidade. Como prova disto ele cita que batalha semelhante foi lutada e
vencida no segundo século. Enquanto a luta acontece diz: “as nossas almas são testadas”.
Finalmente, fica claro que para o Cristianismo a Igreja é a resposta cristã mais significativa
aos reclames da sociedade do da pessoa humana individualmente.
Considerações finais
A vida e obra de Greshan Machen é motivo para se dar glória a Deus por haver em um
momento crítico da história da igreja, levantado este servo para defender a verdadeira fé
bíblica dos ataques do liberalismo.