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PROJETOS ELÉTRICOS

TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


1. INTRODUÇÃO
A compreensão da forma como é cobrada a energia elétrica e
como são calculados os valores apresentados nas contas de
luz é fundamental para a tomada de decisão em relação a
projetos de eficiência energética e para avaliação dos custos
inidentes no usos de energia elétrica
A conta de luz reflete o modo como a energia elétrica é
utilizada e sua análise por um período de tempo adequado,
permite estabelecer relações importantes entre hábitos e
consumo.
Dadas as alternativas de enquadramento tarifário disponíveis
para alguns consumidores, o conhecimento da formação da
conta e dos hábitos de consumo permite escolher a forma de
tarifação mais adequada e que resulta em menor despesa com
a energia elétrica.
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2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Potência: simplificadamente, podemos dizer que é a capacidade
de consumo de um aparelho elétrico. A potência vem escrita nos
manuais dos aparelhos, sendo expressa em watts (W) ou
quilowatts (kW), que corresponde a 1000 watts.

Um condicionador de ar Springer Carrier, modelo XCJ108D, de


10500 BTU, por exemplo, tem uma potência de 1100 W (ou 1,1
kW).

Energia: simplificadamente, é a quantidade de eletricidade


utilizada por um aparelho elétrico ao ficar ligado por certo tempo.
Tem como unidades mais usuais o quilowatthora (kWh) e o
megawatt-hora (MWh).
O condicionador acima, se ficar ligado por duas horas, .gastará. 2,2
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Na conta de energia elétrica dos pequenos consumidores, como


por exemplo as residências, cobra-se apenas a energia utilizada
(.consumo.).

Médios e grandes consumidores pagam tanto pela energia


quanto pela potência

A potência aparece nas contas desses consumidores com o


nome de Demanda

na verdade, corresponde à potência média verificada em


intervalos de 15 minutos
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O horário de ponta. é o período de 3 (três) horas consecutivas


exceto aos Sábados,domingos e feriados nacionais, definido pela
concessionária em função das características de seu sistema
elétrico. Em algumas modalidades tarifárias, nesse horário a
demanda e o consumo de energia elétrica tem preços mais
elevados
O horário fora de ponta. corresponde às demais 21 horas do dia.

Finalmente, precisamos definir os períodos seco e úmido. Para


efeito de tarifação, o ano é dividido em dois períodos, um período
seco que compreende os meses de maio a novembro (7 meses)
e um período úmido, que compreende os meses de dezembro a
abril (5 meses). Em algumas modalidades tarifárias, no período
seco o consumo tem preços mais elevados.
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3. CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES

Os consumidores são classificados pelo nível de tensão em que


são atendidos.
Os consumidores atendidos em baixa tensão ( 75KW de carga
instalada) em geral em 127 ou 220 volts, como residências, lojas,
agências bancárias, pequenas oficinas, edifícios residenciais e
boa parte dos edifícios comerciais, são classificados no Grupo B.
É o caso da maioria dos prédios públicos federais.

Os consumidores atendidos em alta tensão, acima de 2300 volts,


como indústrias, shopping centers e alguns edifícios comerciais,
são classificados no Grupo A. ( salvo TR até 112,5KVA com
opção B)
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Grupo B Grupo A

4. MODALIDADES TARIFÁRIAS E TARIFAÇÃO


Os consumidores do Grupo B (baixa tensão) tem tarifa monômia,
isto é, são cobrados apenas pela energia que consomem.
Exemplo: uma carga com demanda de 5KW funcionando 08 horas diária,
durante 30 dias, consumirá: 5x8x30 = 1200 KWh – energia consumida
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Os consumidores do Grupo A tem tarifa binômia, isto é, são
cobrados tanto pela demanda quanto pela energia que
consomem.

Exemplo: uma carga com demanda máxima de 50KW , que durante os


periodos de funiconamento registrou 5000 KWH, terá uma demanda máxima
registrada de 50KW e um consumo de energia registrado de 5000 KWh

Ptotal = Pconsumo + Pdemanda


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4. MODALIDADES TARIFÁRIAS E TARIFAÇÃO
Os consumidores do Grupo B (baixa tensão) tem tarifa monômia,
isto é, são cobradosapenas pela energia que consomem.
Os consumidores do Grupo A tem tarifa binômia, isto é, são
cobrados tanto pela demanda quanto pela energia que
consomem. Estes consumidores podem enquadrar-se em uma de
três alternativas tarifárias:

· Tarifação Convencional,
· Tarifação horo-sazonal Verde, ou
· Tarifação horo-sazonal Azul
(compulsória para aqueles atendidos em tensão  69 kV).
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4.1 A Tarifação Convencional

O enquadramento na tarifa Convencional exige um contrato


específico com a concessionária no qual se pactua um único
valor da demanda pretendida pelo consumidor (.Demanda
Contratada.), independentemente da hora do dia (ponta ou fora
de ponta) ou período do ano (seco ou úmido).

Ptotal = Pconsumo + Pdemanda


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4.2 A Tarifação horo-sazonal Verde
Essa modalidade tarifária exige um contrato específico com a
concessionária no qual se pactua a demanda pretendida pelo
consumidor (.Demanda Contratada.), independentemente da hora
do dia (ponta ou fora de ponta). Embora não seja explícita, a
Resolução 456 permite que sejam contratados dois valores
diferentes de demanda, um para o período seco e outro para o
período úmido.

Ptotal = Pconsumo + Pdemanda


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4.3 A Tarifação horo-sazonal Azul
Essa modalidade tarifária exige um contrato específico com a
concessionária no qual se pactua tanto o valor da demanda
pretendida pelo consumidor no horário de ponta (.Demanda
Contratada na Ponta) quanto o valor pretendido nas horas fora de
ponta (.Demanda Contratada fora de Ponta). Embora não seja
explícita, a Resolução 456 permite que sejam contratados valores
diferentes para o período seco e para o período úmido.
Ptotal = Pconsumo + Pdemanda
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Lembre-se que...
...a demanda medida é a máxima verificada ao longo do mês.
Basta você deixar todos os seus aparelhos ligados por 15
minutos que você pagará a demanda como se eles tivessem
permanecidos ligados o mês todo !
...as tarifas são diferenciadas por concessionária e os reajustes
tarifários anualmente homologados pela ANEEL. Os valores das
tarifas podem serobtidos através da Internet, no endereço
http://www.aneel.gov.br/defaultinf.htm .
...em todas as modalidades tarifárias, sobre a soma das
parcelas incide o ICMS, com alíquotas variando entre 20 e 25%
dependendo do Estado;
... nas contas de luz, a unidade usada para expressar o consumo
de energia elétrica é kWh, porém a ANEEL divulga as tarifas de
consumo em MWh. Assim, ao utilizar as expressões para calcular
P consumo, divida a tarifa informada por 1000.
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5. A ENERGIA REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA


Além da energia ativa, sobre a qual discorremos até agora, existe
um outro tipo de energia elétrica, denominada energia reativa.
Essa é uma energia .diferente.: embora não se possa classificá-la
de inútil, não realiza trabalho útil e produz perdas por provocar
aquecimento nos condutores. A energia reativa tem como
unidades de medida usuais o VArh e o kVArh e a potência reativa
a unidade de VAr ou kVAr.
Até certo limite, as concessionárias não são autorizadas a cobrar
essa energia e até recentemente não a cobravam dos
consumidores do Grupo B mesmo quando o limite era excedido.
Esse panorama pode mudar em breve, mas o fato é que a
cobrança, em geral, é encontrada apenas nos consumidores do
Grupo A.
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O limite é indicado de forma indireta, através de um parâmetro
denominado .fator de potência., que reflete a relação entre as
energias ativa e reativa consumidas. De acordo com a Resolução
456, as instalações elétricas dos consumidores devem ter um
fator de potência não inferior a 0,92 (reativo ou indutivo).

Pela energia reativa, os consumidores do Grupo A são cobrados


da mesma forma que pela energia ativa, apenas mudam as
medições e os nomes.
Os consumidores do Grupo A, tarifa Convencional, pagam tanto o
consumo de energia reativa (UFER) quanto a demanda reativa
(UFDR):

(FER: Faturamento de Energia Reativa e FDR: Faturamento de Demanda Reativa)


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Os consumidores do Grupo A, tarifa Verde, pagam o consumo de


energia reativa na ponta e fora de ponta (UFER) e a demanda
reativa (UFDR):

Os consumidores do Grupo A, tarifa Azul, pagam tanto o consumo


de energia reativa (UFER) quanto da demanda reativa (UFDR),
para as horas de ponta e horas fora de ponta.
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6. REDUZINDO A CONTA DE LUZ

A existência de alternativas de enquadramento tarifário permite a


alguns consumidores escolher o enquadramento e valor
contratual de demanda que resultam em menor despesa com a
energia elétrica. A decisão, porém, só deve ser tomada após
adequada verificação dos padrões de consumo e demanda nos
segmentos horários (ponta e fora de ponta) e sazonais (períodos
seco e úmido).
Além de revelar relações entre hábitos e consumo de energia
elétrica, úteis ao se estabelecer rotinas de combate ao
desperdício, a análise da conta de luz é a base para a avaliação
econômica dos projetos de eficiência eletro-energética.
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A análise pode ser dividida em duas partes:


· correção do fator de potência;
· enquadramento tarifário e determinação do valor da demanda
contratual,

Embora uma análise completa exija certa experiência e


conhecimento técnico, com um exemplo servindo de guia e algum
treino, qualquer pessoa pode identificar as oportunidades de
redução de despesas com a energia elétrica.
Análise da Conta de Luz
1 – Correção do Fator de Potência
2 – Demanda Contratual
3 – Enquadramento Tarifário
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2 – Demanda Contratual
Para mostrar como determinar a demanda a ser contratada,
usamos como exemplo o histórico de consumo de parte de uma
Universidade, parte essa enquadrada na tarifa Convencional,
sub-grupo A4.
A leitura da conta de luz cobre o período que vai do dia 15 do
mês anterior a 15 do mês do pagamento. Deve ser registrado que
a administração da Universidade funciona de 08:00h às 22:00h e
que as aulas se estendem de 08:00h às 22:30h, com maior
número de alunos no período noturno.
Como a Resolução 456 permite revisão anual do contrato com a
concessionária, o objetivo da análise é calcular um valor de
demanda contratada tal que nos 12 meses seguintes se pague o
mínimo possível na parcela da conta referente à demanda.
Lembre-se que se o valor contratado for insuficiente, você pagará
caro pelas ultrapassagens e se for excessivo, você pagará pelo
que não utiliza.
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O primeiro passo é registrar, mês a mês, a demanda medida


informada nas contas de luz . o .histórico de demanda.. Quanto
mais longo o histórico melhor e você perceberá com mais nitidez
a evolução da demanda se fizer dois gráficos, como mostrado
abaixo.
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3 – Enquadramento Tarifário
A última análise a ser realizada é aquela relativa à seleção do
grupo tarifário.
Como as informações registradas nas contas de luz das
modalidades de tarifação menos complexas são insuficientes
para analisar vantagens ou desvantagens de modalidades mais
complexas, nem sempre esta análise pode ser realizada sem um
bom conhecimento de engenharia elétrica e sem medições
confiáveis.

Devemos determinar os valores contratuais mais adequados às


duas modalidades de tarifação (Azul e Verde).
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Fator de Carga
Fator de carga é a razão entre a demanda média e a demanda máxima
da unidade consumidora, ocorrida no mesmo intervalo de tempo
especificado
- Fator de Carga – Tarifação Convencional
Onde:
FC = fator de carga;
kWh = consumo medido no mês;
KW = demanda máxima medida no mês;
730 = número de horas de um mês médio.
- Fator de Carga – Tarifação Horo-Sazonal Verde
Onde:
FC = fator de carga;
KWhp = consumo medido na ponta;
KWhfp = consumo medido fora de ponta;
KW = demanda máxima;
730 = número de horas de um mês médio
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§ Fator de Carga Fora de ponta – Tarifação Horo-Sazonal Azul


Onde:
FCfp = fator de carga fora de ponta;
KWhfp = consumo medido fora de ponta;
KWp = demanda máxima medida fora de ponta;
664 = número de horas fora de ponta de um mês médio.

- Fator de Carga na ponta – Tarifação Horo-Sazonal Azul

Onde:
FCp = fator de carga na ponta;
KWhp = consumo medido na ponta;
KWp = demanda máxima medida na ponta;
66 = número de horas de ponta de um mês médio
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Legislação do Fator de Potência (Resolução ANEEL nº 456)


“Resolução Nº 456, de 29 de novembro de 2000”

Art. 64. O fator de potência de referência “fr”, indutivo ou capacitivo,


terá como limite mínimo permitido, para as instalações elétricas das
unidades consumidoras, o valor de 0,92.

- estrutura tarifária convencional


faturamento de energia e demanda de potência reativas excedentes

onde:
onde: DM = demanda medida em KW no período,
CA = consumo medido em KWh no período, DF = demanda faturada em KW no período, e
fm = fator de potência do período fm = fator de potência do período.
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- Havendo montantes de energia elétrica estabelecida
em contrato, o faturamento correspondente ao consumo de energia
reativa, verificada por medição apropriada, que exceder às quantidades
permitidas pelo fator de potência de referência “fr”.

- Para fins de faturamento de energia e demanda de potência


reativas excedentes serão considerados somente os valores ou parcelas
positivas das mesmas.

- faturamentos relativos a demanda de potência


reativa excedente não será aplicada às tarifas de ultrapassagem.
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a) durante o período de 6 horas consecutivas, compreendido, a critério


da concessionária, entre 23 h e 30 min e 06h e 30 min, apenas os fatores
de potência “ft” inferiores a 0,92 capacitivo, verificados em cada
intervalo de 1 (uma) hora “t”; e

b) durante o período diário complementar ao definido na alínea anterior,


apenas os fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 indutivo, verificados
em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”.
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Exemplo: para consumidores do grupo B (monômio)

Consumo medido = 10086 KWh, e


Fp = 66,65 %, portanto abaixo de 92 %
tarifa de consumo = 0,15206 R$/KWh
Fatura = consumo x tarifa do consumo ( sem multa )
Fatura = 10086 x 0,15206
Fatura = R$ 1.533,68
O valor da multa, dado o valor abaixo de 92 % do fator de potência, será:
FER = 10086 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,15206
FER = R$ 588.10
Assim, esta unidade consumidora pagará a concessionária:
Consumo................ = R$ 1.533,68
Reativo Excedente...... = R$ 588,10
ou seja, um total de R$ 2.121,78
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Exemplo: para consumidores do grupo A - convencional (binômio)

KWm = 89 KW – demanda medida


KWf = 96 KW – demanda contratada
KWhm = 10086 KWh, e
Fp = 66,65 %, portanto abaixo de 92 %
tarifa de consumo = 0,08379 R$/KWh
Tarifa de demanda = 5,7300 R$/KW

Fatura = consumo x tarifa do consumo + demanda faturada x tarifa da


demanda
Fatura = 10086 x 0,08379 + 96 x 5,73000
Fatura = R$ 1.395,19
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O valor da multa, dado o valor abaixo de 92 % do fator de potência, será:

FDR = ( (89 x 0,92 / 0,6665) - 96 ) x 5,73000


FDR = R$ 153,85

FER = 10086 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,08379


FER = R$ 321,43

Logo, a multa será :


Multa = FDR + FER
Multa = R$ 505,89
Assim, esta unidade consumidora pagará a concessionária:
Consumo................ = R$ 1.395,19
Reativo Excedente...... = R$ 505,89
ou seja, um total de R$ 1.901,08.
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Exemplo: para consumidores do grupo A – THS Verde (binômio)

Na ponta :KWhm = 1009 KWh, e


Fora de ponta :KWhm = 9077 KWh,
KWm = 89 KW – demanda medida
KWf = 89 KW – demanda contratada
KWhm = 10086 KWh, e
Fp = 66,65 % ( ponta e fora de ponta) , portanto abaixo de 92 %
tarifa de consumo : ponta = 0,44884 R$/KWh , e
F.Ponta = 0,04717 R$/KWh
Tarifa de demanda = 5,03000 R$/KW

Fatura = 1009 x 0,44884 + 9077 x 0,04717 + 89 x 5,03000


Fatura = R$ 1.328,71
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Na ponta :
FER = 1009 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,44884
FER = R$ 172,25
Fora de ponta :
FER = 9077 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,04717
FER = R$ 162,85
Geral :
FDR = ( (89 x 0,92 / 0,6665) - 89) x 5,03000
FDR = R$ 170,27
Logo, a multa será :
Multa = FDR + FER de ponta + FER fora de ponta
Multa = R$ 505,37
Assim, esta unidade consumidora pagará a concessionária:
Consumo................ = R$ 1.328,71
Reativo Excedente...... = R$ 505,37
ou seja, um total de R$ 1.834,08
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Exemplo: para consumidores do grupo A – THS Azul (binômio)

Na ponta :
KWhm = 1009 KWh, e
KWm = 36 KW – demanda medida
KWf = 36 KW – demanda contratada
Fora de ponta :
KWhm = 9077 KWh,
KWm = 89 KW – demanda medida
KWf = 89 KW – demanda contratada
KWhm = 10086 KWh, e
Fp = 66,65 % ( ponta e fora de ponta) , portanto abaixo de 92 %
tarifa de consumo : ponta = 0,09919 R$/KWh , e
F.Ponta = 0,04717 R$/KWh
Tarifa de demanda = ponta = 15,12000 R$/KW , e
F.Ponta = 5,03000 R$/KWh
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Fatura = consumo na ponta x tarifa do consumo na ponta + consumo
fora de ponta x tarifa do consumo fora de ponta +demanda faturada na
ponta x tarifa da demanda na ponta + demanda faturada fora da ponta x
tarifa da demanda fora da ponta

Fatura = 1009 x 0,09919 + 9077 x 0,04717 + 36 x 15,12000 + 89 x 5,03000


Fatura = R$ 1.520,23
O valor da multa, dado o valor abaixo de 92 % do fator de potência, será:

Na ponta :
FER = 1009 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,09919
FER = R$ 38,07

FDR = ( (36 x 0,92 / 0,6665) - 36) x 15,12000


FDR = R$ 207,03
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Fora de ponta :
FER = 9077 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,04717
FER = R$ 162,85

FDR = ( (89 x 0,92 / 0,6665) - 89) x 5,03000


FDR = R$ 170,27

Logo, a multa será :


Multa = FDR de ponta + FDR fora de ponta + FER de ponta + FER
fora de ponta
Multa = R$ 578,22
Assim, esta unidade consumidora pagará a concessionária:
Consumo................ = R$ 1.520,23
Reativo Excedente...... = R$ 578,22

ou seja, um total de R$ 2.098,45.


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Tendo em vista que os registros de Demanda são integralizados de 15 em
15 minuteos e, os registros de fator de potência de hora e hora, a
concessionária efetiva o cálculo das multas, considerando somatória
das parcelas considerando cada um destes registros .
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EXERCÍCIO
Para a curva de demanda diária dada a seguir de um consumidor alimentado em 13,8 kV,
determinar:

a) qual é a tarifa mais adequada nestas condições, para um período de 12 meses;


b) que proponha um rearranjo na curva de demanda você adotaria para alcançar um custo
menor que o obtido no item a) mantendo a energia consumida.
O período de pico está entre 17 e 20 h. Os meses do período úmido vão de novembro a abril.
Considerar a seguinte quantidade de dias para cada mês : janeiro: 31, fevereiro: 28, março:
31, abril: 30, maio: 31, junho: 30, julho: 31, agosto: 31, setembro: 30, outubro: 31,
novembro: 30, dezembro: 31.

Contrato de Demanda Ponta e Fora de Ponta = 160KW úmido e 140 KW seco

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