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Universidade Federal do ABC

Dr. S. N. M. Mestanza.

Construção de um Amperimetro, a partir de um Galvanômetro

Introdução
Um galvanômetro é um dispositivo eletromecânico no qual se produz um torque como
resultado da interação entre uma corrente elétrica, que passa pela bobina do instrumento e
o campo magnético existente no entorno da bobina.
Existem muitos tipos diferentes de galvanômetros. Vamos estudar o galvanômetro de
d'Arsonval que pertence ao tipo de bobina móvel e imã permanente (IPBM)

As principais propriedades de um galvanômetro de D´Arsonval

1. Baixíssimo consumo de energia.


2.Requer pequena corrente para deflexão a plena escala (Ifsd).
3.A operação do instrumento está relativamente livre dos efeitos dos campos magnéticos
parasitas.
4. Escala uniforme.
5.Ampla margem de sensibilidade.
6. Característica dinâmica que permite uma rápida velocidade de resposta as variações da
corrente, e capacidade de ser criticamente amortecido.
7. Baixo custo.

Principio físico galvanômetro

• Existem duas origens diferentes das forças elétricas que atuam sobre uma carga elétrica.
São chamadas: “força eletrostática” e “força magnética”. Os dois campos vetoriais são: a
intensidade de campo elétrico E [volts/metro], e a densidade de fluxo magnético, B
[weber]. A força instantânea sobre uma carga pontual de q Coulomb, que se move com
uma velocidade de v [m/seg.], está relacionada com os dois campos pela lei:

• f = q (E + v x B)

 No caso particular de que as cargas elétricas se movam dentro de um condutor, como na


bobina do galvanômetro, a lei de força pode formular-se em função da corrente de
condução em vez da carga.
• A amplitude da força total exercida sobre uma bobina de n voltas é:

f=inBL

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Figura1: Representação esquemática do efeito Seebeck.

a. Galvanômetro de imã móvel

Um ímã permanente, NS, suspenso pelo centro de gravidade, é colocado no interior de


uma bobina. Quando não passa corrente pela bobina, o ímã fica com o eixo na direção do
meridiano magnético do lugar. Quando passa a corrente i, que desejamos medir, ela cria
um campo magnético. Os polos do ímã ficam sujeitos a forças, e o ímã se desloca,
girando de um ângulo (fig. 279).
Pode-se demonstrar que esse ângulo é diretamente proporcional à corrente i, isto é, que:

i  K .
K é uma constante que depende do instrumento e do lugar em que o galvanômetro está
sendo usado, pois o campo magnético da Terra também exerce ação sobre o ímã. Para um
mesmo galvanômetro essa constante deve ser determinada no lugar em que ele vai ser
usado.

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Para medirmos o ângulo  em geral há um espelho E preso à suspensão do ímã. O ângulo
é então medido pelo método de Poggendorff (de rotação de espelho).

b. Galvanômetro das tangentes, ou bússola das tangentes

É um tipo particular de galvanômetro de ímã móvel. Neste galvanômetro a bobina é


chata, de espiras circulares e é colocada com o plano dos círculos coincidindo com o
plano meridiano magnético do lugar (fig. 280). O ímã NS é muito pequeno em relação à
bobina e é colocado no centro O dela. Quando não passa corrente pela bobina, o ímã,

suspenso pelo centro de gravidade, indica a direção do campo magnético terrestre, .


Quando passa a corrente i, que desejamos medir, ela produz um campo magnético
perpendicular ao plano das espiras, e, portanto, horizontal. Se a bobina tivesse uma só
espira, o campo H valeria:

2 i
H
R

Fig. a

Fig. b

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Fig. c
2 i
Para uma bobina com n espiras: H n
R
O campo que atua no ímã, que era Ht , agora é HR , soma de Ht com H.
O ímã gira então de um ângulo  , sob a influência de dois campos horizontais: o
campo H produzido pela corrente i, e a componente horizontal do campo magnético
terrestre, H0. Pela figura c vemos que:
2. .i
H 2 .n.i R.H 0
tg   R  i tg
H0 H0 R.H 0 2 .n
Finalmente ao valor da corrente será:

R.H 0
 K  i  k .tg
2 .n

isto é, a intensidade da corrente é diretamente proporcional à tangente do ângulo de que


girou o ímã. Daí o nome, galvanômetro das tangentes.

Objetivo:
Construir um Amperimetro (CC). Previamente projete e fabrique um Galvanômetro, é
indispensável que o grupo levante a curva característica do instrumento.

Parte experimental
Materiais:

 Fio de cobre;
 Agulha magnetizada (agulha de costura);
 Pilhas (fonte CC)
 Potenciometro;
 Suportes;
 Interruptor;
 Linha.

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Procedimento:

Guiar-se do dezenho que tenho feito.

Nota: O aluno tem toda a liberdade de poder fazer qualquer outro projeto de
Amperimetro, a partir de um Galvanômetro.

Nota:
Este sistema consume muito pilhas, os alunos podem projetar uma fonte tensão com só
diodos ou só transistores ou só CI. Ou simplesmente pilhas.

Potenciômetro

Pilhas
Nota:

 ESTA PROIBIDO COMPRAR BOBINAS PRONTAS. O aluno é quem que


deve fabricar suas bobinas.
 As bobinas podem ser com ou sem núcleo. Devera-se avaliar a influencia: do
diâmetro do fio, número de voltas, etc.
 A agulha, podem fabricar uma agulha magnética ou usar a agulha magnética
de uma buxola de R/. 1,99
 Será que é possível utilizar qualquer potenciômetro?

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