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- Institutos fundamentais do Direito Processual Civil: PROCESSO,

JURISDIÇÃO E AÇÃO.

1
Premissas...

- ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – Exercício do Poder


Estatal – Legitimidade = PROCEDIMENTOS QUE SE
DESENVOLVAM EM CONTRADITÓRIO.

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• QUAL CONTRADITÓRIO???

3
• - CONTRADITÓRIO = GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO COM
INFLUÊNCIA E DE NÃO SURPRESA (EFETIVO!!!)

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Participação
+
Influência
+
Não Surpresa

5
• - O contraditório = FATOR DE LEGITIMAÇÃO
DEMOCRÁTICA DOS ATOS DE PODER ESTATAIS

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- PROCESSO = PROCEDIMENTO EM CONTRADITÓRIO.

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- PROCESSO PARTICIPATIVO E POLICÊNTRICO

- PROCEDIMENTO EM CONTRADITÓRIO DESTINADO À


CONSTRUÇÃO DOS PROVIMENTOS ESTATAIS, EM QUE
TODOS OS SUJEITOS INTERESSADOS PARTICIPAM, EM
IGUALDADE DE CONDIÇÕES, NA PRODUÇÃO DO
RESULTADO. = PROCESSO!

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Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador Legislativo

Em relação à função jurisdicional, é correto afirmar:

A) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, em nenhuma hipótese.

B) A possibilidade jurídica da ação é uma das condições preliminares a serem observadas no atual CPC por ocasião da prestação jurisdicional, até mesmo de
ofício.

C) É admissível a ação meramente declaratória, salvo se houver ocorrido a violação do direito.

D) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma
causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

E) Compete à autoridade judiciária brasileira, em qualquer hipótese, o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo
estrangeiro em contrato internacional, por sua ineficácia.

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NCPC:

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.

Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma
causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida
para produzir efeitos no Brasil.

Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo
estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.

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Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC -
Promotor de Justiça - Matutina

Atendendo os princípios processuais da cooperação e da vedação da decisão


surpresa, é vedado ao juiz determinar a oitiva de testemunha independentemente
de requerimento de qualquer das partes, de terceiros ou do Ministério Público.

Certo

Errado

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Art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte: I -
a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou
das testemunhas;

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Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça -
Matutina

O Código de Processo Civil adota o modelo multiportas, de modo que cada demanda deve ser
submetida à técnica ou método mais adequado para a sua solução e devem ser adotados todos os
esforços para que as partes cheguem a uma solução consensual do conflito. Em regra, apenas se
não for possível a solução consensual, o processo seguirá para a segunda fase, litigiosa, voltada
para instrução e julgamento adjudicatório do caso.

Certo
Errado

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Justiça Multiportas - a atividade jurisdicional estatal não é a única nem
a principal opção das partes para colocarem fim ao litígio, existindo
outras possibilidades de pacificação social. Assim, para cada tipo de
litígio existe uma forma mais adequada de solução. A jurisdição estatal
é apenas mais uma dessas opções.

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- Como o CPC/2015 prevê expressamente a possibilidade da arbitragem
(art. 3, §1º) e a obrigatoriedade, como regra geral, de ser designada
audiência de mediação ou conciliação (art. 334, caput), vários
doutrinadores afirmam que o novo Código teria adotado o modelo ou
sistema multiportas de solução de litígios (multi-door system).

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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

- A instauração e regular desenvolvimento do processo dependem do


Preenchimento De Alguns Requisitos, Conhecidos Como
Pressupostos Processuais.

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- PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: PRESSUPOSTOS DE
EXISTÊNCIA E PRESSUPOSTOS DE VALIDADE.

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- DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS
(SIMPLIFICAÇÃO)!

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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DE EXISTÊNCIA DE VALIDADE

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AUSÊNCIA / CONSEQUÊNCIA

PRESSUPOSTO DE EXISTÊNCIA INEXISTÊNCIA DO PROCESSO

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- Não se estará diante de um verdadeiro processo.

- Cancelamento da distribuição e de todos os registros referentes

- Não se pode cogitar de uma sentença de extinção do processo


(processo não há). –em uma análise absolutamente técnica.

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PRESENTES OS PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA >
EXISTE PROCESSO.

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PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA
>>>>> PRESSUPOSTOS DE
VALIDADE

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PRESSUPOSTOS DE VALIDADE / extinção do processo sem resolução do
AUSÊNCIA mérito, nos termos do art. 485, IV

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OBS: LETRA DA LEI!! - Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
IV - verificar a ausência de pressupostos de CONSTITUIÇÃO e de
DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR do processo;

- EXISTÊNCIA E VALIDADE = EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM


RESOLUÇÃO DO MÉRITO

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DOUTRINA 1 (ALEXANDRE FREITAS
CÂMARA)
EXISTÊNCIA VALIDADE

Juízo Juízo Investido de Jurisdição

Partes Capacidade Processual

Demanda Regularidade Formal da Demanda

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DOUTRINA 2 (MISAEL MONTENEGRO
FILHO)
PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO
VÁLIDO E REGULAR

Autoridade Jurisdicional Autoridade Jurisdicional Competente

Citação Citação Válida

Petição Inicial Petição Inicial Apta

Capacidade Postulatória

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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Bauru - SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Bauru - SP - Procurador Jurídico

A relação jurídica processual possui requisitos próprios, denominados pressupostos processuais, que devem estar presentes a fim de que esse processo
suporte resolução de mérito da relação jurídica material que está por detrás da lide. Sobre a capacidade processual, como pressuposto da relação jurídica
processual, é correto afirmar que

A) toda pessoa, que se encontre no exercício de seus direitos ou não, tem capacidade para estar em juízo.

B) o juiz nomeará curador especial ao réu citado pelo correio, enquanto não for constituído advogado.

C) o Município será representado em juízo, ativa e passivamente, por seu prefeito ou procurador.

D) o cônjuge não necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário.

E) verificada a incapacidade processual, o juiz, de plano, deve extinguir o processo, sem resolução de mérito.

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• Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça -
Matutina

• Em atenção ao princípio da ampla defesa, segundo entendimento do Superior Tribunal de


Justiça, o sistema processual civil brasileiro não admite o instituto da “supressio”, ou renuncia
tácita de um direito ou de uma posição jurídica, pelo seu não exercício com o passar dos
tempos, podendo a parte alegar a nulidade de ato processual a qualquer tempo.

• Certo

• Errado

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Supressio (dica: leia supressão): supressão do direito de determinado sujeito, em razão de seu não
exercício de forma reiterada durante certo espaço de tempo.

Surrectio (dica: leia surreição): a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra
um direito não pactuado originariamente.

Assim, podemos perceber que os institutos são uma relação de causa e efeito, estando ambos
presentes simultaneamente: quando o direito é suprimido para um (supressio), nasce para outro
(surrectio).

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* Supressio ou perda de poderes processuais em razão do seu não
exercício por tempo suficiente p/ incutir no outro sujeito a confiança
legítima de que esse poder não mais seria exercido.

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A "nulidade de algibeira" ocorre quando a parte se vale da “estratégia” de não alegar a nulidade logo depois de
ela ter ocorrido, mas apenas em um momento posterior, se as suas outras teses não conseguirem ter êxito.
Dessa forma, a parte fica com um trunfo, com uma “carta na manga”, escondida, para ser utilizada mais a
frente, como um último artifício. Esse nome foi cunhado pelo falecido Ministro do STJ Humberto Gomes de
Barros - Algibeira = bolso. Assim, a “nulidade de algibeira” é aquela que a parte guarda no bolso (na algibeira)
para ser utilizada quando ela quiser. Tal postura viola claramente a boa-fé processual e a lealdade, que são
deveres das partes e de todos aqueles que participam do processo. Por essa razão, a “nulidade de algibeira”
é rechaçada pela jurisprudência do STJ.

STJ. 3ª Turma. REsp 1372802-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/3/2014 (Info 539).

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- O primeiro pressuposto processual de validade é um JUÍZO
INVESTIDO DE JURISDIÇÃO.

- “ÁREA DE ATUAÇÃO” DE CADA UM DOS


ORGANISMOS JURISDICIONAIS
CONSTITUCIONALMENTE PREVISTOS

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JUÍZO JUÍZO
INVESTIDO DE COMPETENTE
JURISDIÇÃO

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EXISTÊNCIA VALIDADE

Juízo Juízo Investido de Jurisdição

Partes Capacidade Processual

Demanda Regularidade Formal da Demanda

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JUÍZO JUÍZO
INVESTIDO DE COMPETENTE
JURISDIÇÃO

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EXPLICAÇÃO AFC “Investidura, e não competência, pois este é termo que
deve ser reservado para designar a área de atuação de cada um dos
órgãos jurisdicionais. Assim, por exemplo, deve-se falar em investidura da
Justiça Estadual e em competência da Vara de Família (ou da Vara
Empresarial, ou da Vara Cível), assim como se deve falar em investidura da
Justiça Federal e em competência das Varas Previdenciárias.

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INVESTIDURA DE CADA UMA DAS JUSTIÇAS =

PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE VALIDADE =

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EXIGÊNCIA DE QUE O PROCESSO TRAMITE PERANTE O
JUIZ NATURAL =

JUÍZO COM “COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL”


PRECONSTITUÍDA.

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- PROCESSO PERANTE JUÍZO SEM INVESTIDURA DE
JURISDIÇÃO > VÍCIO SANÁVEL > Processo Encaminhado Ao
Seu Juiz Natural.

- Princípio da Primazia da Solução de Mérito (lembrar da extinção dos


Juizados Especiais)

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EXISTÊNCIA VALIDADE

Juízo Juízo Investido de Jurisdição

Partes Capacidade Processual

Demanda Regularidade Formal da Demanda

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Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC -
Promotor de Justiça - Matutina
O Código de Processo Civil dispõe que o juiz não pode decidir, em grau algum
de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de se manifestar, salvo se tratar de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.

Certo
Errado

42
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a
qual deva decidir de ofício.

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- O segundo pressuposto processual é
que o PROCESSO TENHA
PARTES CAPAZES.

44
• A capacidade processual é uma TRÍPLICE CAPACIDADE

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CAPACIDADE PROCESSUAL CAPACIDADE DE SER PARTE

CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO

CAPACIDADE POSTULATÓRIA

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CAPACIDADE PROCESSUAL CAPACIDADE DE SER PARTE +
=

CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO +

CAPACIDADE POSTULATÓRIA +

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- Têm capacidade de ser parte todas as pessoas naturais
e jurídicas e, além delas, os chamados “entes
formais”, assim entendidos os entes
despersonalizados que recebem da lei capacidade de
ser parte, como é o caso do espólio, da massa falida e
do condomínio edilício, entre outros.

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- Processo que tenha como demandante ou
demandado uma parte desprovida de tal
capacidade > extinção sem resolução do mérito
(desde que possibilitada a correção)

49
CAPACIDADE PROCESSUAL CAPACIDADE DE SER PARTE +
=

CAPACIDADE PARA ESTAR EM


JUÍZO +

CAPACIDADE POSTULATÓRIA +

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- CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO.

CPC, Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de


seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
CPC, Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por
seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

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RELATIVAMENTE INCAPAZES ASSISTIDOS

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES REPRESENTADOS

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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PauliPrev - SP Prova: VUNESP -
2018 - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico

Assinale a hipótese correta em que magistrado não resolverá o mérito da


demanda que lhe foi posta pelo exercício do direito de ação, de
acordo com o Código de Processo Civil vigente.

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A) Quando o magistrado verificar a ocorrência da impossibilidade jurídica do pedido.

B) Pelo abandono da causa pelo autor, por mais de 30 (trinta) dias, após intimado na pessoa de seu advogado para
que no prazo de 5 (cinco) dias supra a falta da diligência.

C) Quando o magistrado verificar a ocorrência de ausência de pressupostos subjetivos: a capacidade de


ser parte, a capacidade postulatória e a capacidade de estar em juízo, ocasião em que deve ocorrer a prévia
intimação da parte para regularizar o vício de capacidade.

D) Quando o juiz de direito acolher a alegação de incompetência relativa arguida pela parte interessada.

E) Quando o magistrado constatar a ocorrência da perempção, após provocação do réu.

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CAPACIDADE PROCESSUAL CAPACIDADE DE SER PARTE +
=

CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO +

CAPACIDADE POSTULATÓRIA +

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- Incapacidade para estar em juízo > suspenção do processo > designar
prazo razoável para que seja sanado o vício.

- Não sendo corrigido o defeito > estando o processo na instância


originária > processo será extinto se faltar capacidade para estar em juízo
ao demandante (art. 76, § 1o, I);

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Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade
da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e
designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1o
Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância
originária: I - O PROCESSO SERÁ EXTINTO, SE A
PROVIDÊNCIA COUBER AO AUTOR;

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Se for o demandado a não ter corrigido o vício, será considerado revel (art.
76, § 1o, II), prosseguindo o processo em direção ao provimento de mérito.

58
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da
representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo
razoável para que seja sanado o vício. § 1o Descumprida a determinação,
caso o processo esteja na instância originária: II - o réu será considerado
revel, se a providência lhe couber;

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- Em verdade, então, APENAS A CAPACIDADE PARA ESTAR EM
JUÍZO DO DEMANDANTE É VERDADEIRAMENTE UM
PRESSUPOSTO DE VALIDADE DO PROCESSO (pense na
consequência..).

60
CAPACIDADE PROCESSUAL CAPACIDADE DE SER PARTE +
=

CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO +

CAPACIDADE POSTULATÓRIA +

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- CAPACIDADE POSTULATÓRIA

- Aptidão para dirigir petições ao órgão


jurisdicional.

62
- Como regra geral exige-se que a parte se faça representar em juízo
por advogado.

- Excepcionalmente é possível postular em causa própria sem


habilitação para a advocacia.

Exemplos: Juizados Especiais Cíveis Estaduais se o valor da causa não


ultrapassar o equivalente a vinte salários mínimos

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AUSÊNCIA DE CAPACIDADE POSTULATÓRIA > SUSPENSO
O PROCESSO PARA SANAR-SE O VÍCIO (ART. 76) >

64
FALTA DE CAPACIDADE POSTULATÓRIA Demandante = Extinção

Demandado = Revelia

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Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto

De acordo com os princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil, assinale a opção correta.

A) Segundo o princípio da igualdade processual, os litigantes devem receber do juiz tratamento idêntico, razão pela qual a doutrina,
majoritariamente, posiciona-se pela inconstitucionalidade das regras do CPC, que estabelecem prazos diferenciados para o Ministério
Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública se manifestarem nos autos.

B) O conteúdo do princípio do juiz natural é unidimensional, manifestando-se na garantia do cidadão a se submeter a um julgamento
por juiz competente e pré-constituído na forma da lei.

C) O novo CPC adotou o princípio do contraditório efetivo, eliminando o contraditório postecipado, previsto no sistema processual
civil antigo.

D) O paradigma cooperativo adotado pelo novo CPC traz como decorrência os deveres de esclarecimento, de prevenção e de
assistência ou auxílio.

E) O CPC prevê, expressamente, como princípios a serem observados pelo juiz na aplicação do ordenamento jurídico a
proporcionalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e a eficiência.

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- A concessão de prazos diversos para partes em situações jurídicas distintas é, em verdade,
aplicação do princípio da isonomia em sua vertente material.
- Para Nelson Nery, o princípio do juiz natural é tridimensional, compreendendo as seguintes
facetas: (i) proibição de instituição de tribunais ou juízos ad hoc, (ii) garantia de julgamento por juiz
competente, na foram da lei e (iii) imparcialidade do julgador.
- O contraditório postecipado, também chamado de diferido, se justifica em situações de urgência.
A determinação de medidas judiciais in limine encontra amparo no CPC, como, por exemplo, no art.
300, §2º, do codex: A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.
- Não fosse pela inclusão do princípio da moralidade a alternativa estaria correta, por retratar
aplicação do art. 8ª do CPC (que prevê os princípios da proporcionalidade, impessoalidade,
razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência).

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- A doutrina elenca 4 deveres de cooperação do juiz:

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PREVENÇÃO: O juiz deve advertir as partes sobre os riscos e deficiências das manifestações
e estratégias por elas adotadas, conclamando-as a corrigir os defeitos sempre que possível.
ESCLARECIMENTO: Cumpre ao juiz esclarecer-se quanto às manifestações das partes:
questioná-las quanto a obscuridades em suas petições; pedir que esclareçam ou
especifiquem requerimentos feitos em termos mais genéricos e assim por diante.
DIÁLOGO (CONSULTA): Impõe-se reconhecer o contraditório não apenas como garantia de
embate entre as partes, mas também como dever de debate do juiz com as partes
AUXÍLIO (ADEQUAÇÃO): o juiz deve ajudar as partes, eliminando obstáculos que lhes
dificultem ou impeçam o exercício das faculdades processuais.

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A doutrina nacional, que já enfrentou o tema, divisa fundamentalmente três vertentes desse princípio da
cooperação, entendidas como verdadeiros deveres do juiz na condução do processo:

(i) dever de esclarecimento, consubstanciado na atividade do juiz de requerer às partes esclarecimentos


sobre suas alegações e pedidos, o que naturalmente evita a decretação de nulidades e a equivocada
interpretação do juiz a 28 respeito de uma conduta assumida pela parte;

(ii) dever de consultar, exigindo que o juiz sempre consulte as partes antes de proferir decisão, em tema já
tratado quanto ao conhecimento de matérias e questões de ofício;

(iii) dever de prevenir, apontando às partes eventuais deficiências e permitindo suas devidas correções,
evitando-se assim a declaração de nulidade, dando-se ênfase ao processo como genuíno mecanismo
técnico de proteção de direito material

(NEVES, Daniel Amorim Assumpção Neves. Manual de Direito Processual Civil – Volume único. 8. Ed. Salvador:
Juspodivm, 2016.).

70
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

71
EXISTÊNCIA VALIDADE

Juízo Juízo Investido de Jurisdição

Partes Capacidade Processual

Demanda Regularidade Formal da Demanda

72
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DEMANDA REGULARMENTE FORMULADA.

POR DEMANDA DEVE-SE ENTENDER O ATO INICIAL DE


EXERCÍCIO DA AÇÃO.

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EXISTÊNCIA VALIDADE

Juízo Juízo Investido de Jurisdição

Partes Capacidade Processual

Demanda Regularidade Formal da Demanda

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Outra abordagem doutrinária...

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PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO
VÁLIDO E REGULAR

Autoridade Jurisdicional Autoridade Jurisdicional Competente

Citação Citação Válida

Petição Inicial Petição Inicial Apta

Capacidade Postulatória

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DEMANDA REGULARMENTE FORMULADA.

- A Jurisdição é Inerte, só poderá haver processo se ocorrer uma provocação


(art. 2o).

- Demanda é identificada por três elementos (os elementos identificadores ou


constitutivos da demanda): PARTES, CAUSA DE PEDIR E PEDIDO.

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Ano: 2018 Banca: CS-UFG Órgão: SANEAGO - GO Prova: CS-UFG - 2018 -
SANEAGO - GO - Advogado

São elementos da “Ação” no Direito Processual Civil:

A) possibilidade jurídica do pedido, legitimidade processual e interesse de agir.

B) legitimidade processual, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.

C) partes, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.

D) partes, causa de pedir (remota e próxima) e possibilidade jurídica do pedido.

78
DEMANDA = PARTES +

CAUSA DE PEDIR +

PEDIDO +

79
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto
À luz do entendimento jurisprudencial do STJ a respeito de aplicação da lei processual, de atos
processuais e de execução fiscal, julgue os itens a seguir.
I Nos processos judiciais, a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais é regida pela lei
vigente na data de prolação da sentença.
II O prazo recursal da parte que for intimada, por oficial de justiça, a respeito de decisão judicial se
inicia na data de cumprimento do mandado, e não com a juntada do mandado ao processo.
III Na execução fiscal, o prazo de um ano de suspensão do processo, previsto na Lei de Execução
Fiscal, e da respectiva prescrição intercorrente se inicia automaticamente na data de ciência da
fazenda pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no
endereço fornecido.

80
Assinale a opção correta.
A) Apenas os itens I e II estão certos.
B) Apenas os itens I e III estão certos.
C) Apenas os itens II e III estão certos.
D) Todos os itens estão certos.

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I. CERTA - PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MARCO TEMPORAL PARA A APLICAÇÃO DO
CPC/2015. DATA DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA. 1. O marco temporal para a
aplicação das normas do CPC/2015 a respeito da fixação e distribuição dos
ônus sucumbenciais é a data da prolação da sentença ou, no caso dos
feitos de competência originária dos tribunais, do ato jurisdicional
equivalente à sentença. 2. Hipótese em que a sentença foi prolatada ainda
na vigência do CPC/1973, de modo que os honorários devem ser fixados nos
moldes de seu art. 20. 3. Impertinente a condenação em honorários
advocatícios no âmbito do recurso especial. 4. Agravo não provido. (AgInt no
REsp 1509088/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 21/02/2019, DJe 28/02/2019)

82
II. ERRADA - Nos casos de intimação/citação realizadas por correio,
oficial de justiça, ou por carta de ordem, precatória ou rogatória, o
prazo recursal inicia-se com a juntada aos autos do aviso de
recebimento, do mandado cumprido, ou da juntada da carta. STJ. Corte
Especial. REsp 1632777-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
julgado em 17/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 604).

83
III. CERTA - O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do
respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei nº
6.830/80 (LEF) tem início automaticamente na data da ciência da
Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da
inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem
prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar
ter ocorrido a suspensão da execução.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.340.553-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 12/09/2018 (recurso repetitivo) (Info 635

84
Partes...

- Aquele que a propõe (demandante) e

- Aquele em face de quem ela é proposta (demandado).

85
- CAUSA DE PEDIR é o conjunto de fatos em que se funda a pretensão
deduzida em juízo pelo demandante.

- - Causa de pedir é formada exclusivamente por fatos (teoria da


substanciação).

86
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Oficial da Infância e
Juventude

São elementos da ação:

A) partes, juiz e demanda;

B) juiz, processo e demanda;

C) jurisdição, processo e pedido;

D) partes, pedido e causa de pedir;

E) jurisdição, causa de pedir e partes.

87
CAUSA DE PEDIR = CAUSA DE PEDIR REMOTA +

CAUSA DE PDIR PRÓXIMA +

88
REMOTA - (o fato ou conjunto de fatos constitutivo do direito alegado pelo
demandante)

PRÓXIMA - (o fato ou conjunto de fatos de que resulta o interesse de agir).

Ex: quando alguém vai a juízo cobrar uma dívida resultante de um contrato de
mútuo, a causa de pedir remota é o contrato e a próxima o
inadimplemento da obrigação.

89
- PEDIDO é a manifestação processual de uma pretensão / intenção
de submeter o interesse alheio ao próprio.

90
PEDIDO IMEDIATO

MEDIATO

91
PEDIDO IMEDIATO: é o provimento jurisdicional postulado;

PEDIDO MEDIATO: o bem da vida pretendido.

Ex: condenação do demandado a pagar uma quantia em dinheiro, o


pedido imediato é a sentença e pedido mediato o dinheiro que se
pretende receber.

92
- DEMANDA É ATO QUE SE PRATICA ATRAVÉS DE UM
INSTRUMENTO DENOMINADO PETIÇÃO INICIAL

93
- A Petição inicial deve preencher uma série de requisitos indispensáveis
(como se pode ver, por exemplo, no art. 319, que enumera os requisitos da
petição inicial do procedimento comum do processo de conhecimento).

94
DEMANDA REGULARMENTE FORMULADA

- FALTA DE REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL > IRREGULARIDADE


FORMAL DA DEMANDA. =

- Oportunidade para sanar o vício (emendando a petição inicial).

- Não sendo sanado o defeito, porém, deve a petição inicial ser indeferida,
extinguindo-se o processo sem resolução do mérito (art. 485, I).

95
INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PROCESSUAL

JURISDIÇÃO

96
Ano: 2018 Banca: TRF - 3ª REGIÃO Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: TRF - 3ª REGIÃO - 2018 -
TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto

Sobre a jurisdição é CORRETO afirmar que:

A) Ela é invariavelmente uma atividade estatal a cargo do Poder Judiciário.

B) Seu escopo social é a pacificação mediante a eliminação dos conflitos.

C) Seu escopo jurídico abrange a descoberta da verdade e a formação da coisa julgada material.

D) Ela é sempre uma atividade voltada à atuação do direito objetivo em concreto.

97
ESCOPOS DA JURISDIÇÃO = objetivos perseguidos

98
• JURÍDICO

• SOCIAL

• EDUCACIONAL

• POLÍTICO.

99
JURÍDICO: aplicação concreta da vontade do direito, resolvendo a "lide jurídica"

SOCIAL: resolver o conflito de interesses proporcionando às partes envolvidas a


pacificação social – “lide social” – conciliação

EDUCACIONAL: ensinar aos jurisdicionados, seus direitos e deveres – caráter


pedagógico da jurisdição.

POLÍTICO: presta a fortalecer o Estado, pois a jurisdição é o último recurso em


termos de proteção às liberdades públicas e aos direitos fundamentais.

100
Retomando...

101
- JURISDIÇÃO É UMA DAS TRÊS FUNÇÕES CLASSICAMENTE
ATRIBUÍDAS AO ESTADO, AO LADO DA FUNÇÃO
LEGISLATIVA E DA ADMINISTRATIVA

- Arbitragem é Jurisdição?

102
- A jurisdição NÃO É UMA FUNÇÃO ESTATAL DE COMPOSIÇÃO DE
LIDES.

- NEM SEMPRE EXISTE UMA LIDE

Lide = Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida

LIDE = ELEMENTO ACIDENTAL NO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO!

Ex: Jurisdição Voluntária e Constitutivas Necessárias.

103
- Jurisdição é a FUNÇÃO ESTATAL de SOLUCIONAR AS CAUSAS
QUE SÃO SUBMETIDAS AO ESTADO, ATRAVÉS DO
PROCESSO, APLICANDO A SOLUÇÃO JURIDICAMENTE
CORRETA.

104
- É possível que órgãos do Poder Executivo e Legislativo, em função
atípica, exerçam jurisdição, a exemplo do processo de
impeachment.

105
FUNÇÃO ESTATAL

JURISDIÇÃO

SOLUCIONAR CAUSAS

ATRAVÉS DO PROCESSO

SOLUÇÃO JUR. CORRETA

106
- A jurisdição tem TRÊS CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS:

107
INÉRCIA +

SUBSTITUTIVIDADE +

NATUREZA DECLARATÓRIA +

108
INÉRCIA = exigência de que o Estado só exerça função
jurisdicional mediante provocação (art. 2o).

Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por


impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

109
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-AP - Defensor Público

Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

Esse é o princípio da

A) inclusão obrigatória, decorrente da dignidade humana e do mínimo existencial, tratando-se de princípio constitucional
e, simultaneamente, infraconstitucional do processo civil.

B) vedação a tribunais de exceção ou do juiz natural, tratando-se apenas de princípio constitucional do processo civil.

C) legalidade ou obrigatoriedade da jurisdição, tratando-se apenas de princípio infraconstitucional do processo civil.

D) reparação integral do prejuízo, tratando-se de princípio constitucional e também infraconstitucional do processo civil.

E) inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, princípio constitucional e


infraconstitucional do processo civil.

110
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de
Gestão - Julgamento

Com relação ao conceito, à natureza e às fontes do direito processual, julgue o item a seguir.

A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão resistida, sendo
sempre de competência do Poder Judiciário.

Certo

Errado

111
Ano: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Anulada

Escolha a alternativa que não encontra guarida na nova legislação processual em vigor:

A) O agravo retido deixou de existir como procedimento em atenção ao princípio da celeridade, somente se justificando o agravo de
instrumento, em regra, em face do risco de prejuízo real a uma das partes.

B) Sepultando a figura dos embargos infringentes, a decisão não unânime nos tribunais enseja o prosseguimento do julgamento,
convocados outros julgadores para decidir a lide, contanto que da nova composição surja a possibilidade de inversão do julgado.

C) Saneado o feito e ultrapassado o exame de admissibilidade da ação, o processo exige procedimentos que impulsionem solução
final de mérito, operando a preclusão para análise das condições da ação.

D) Em se tratando de obrigações alternativas a critério do devedor, pode o juízo conceder-lhe a opção de cumprir a obrigação de um
ou outro modo, mesmo que o credor tenha deduzido em juízo pedido certo e único.

E) Hoje alargado, o princípio da ampla devolutividade permite ao Tribunal conhecer e acolher uma causa de pedir anteriormente
pronunciada, mesmo se não apreciada pelo juiz, sem que isso importe em supressão de instância.

112
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime,
o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a
presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos
previamente definidos no regimento interno, em número
suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado
inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de
sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores

113
Art. 325, CPC: "O pedido será alternativo quando, pela natureza da
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um
modo". Parágrafo Único: "Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha
couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a
prestação de um ou de outro modo, ainda que não tenha formulado
pedido alternativo

114
Art. 1.013. "A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da
matéria impugnada". § 1º: “Serão, porém, objeto de apreciação e
julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao capítulo impugnado”. § 2º "Quando o pedido ou a defesa
tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. [reexame
amplo da causa com base amplitude da defesa e da cognição"]

115
116
JURISDIÇÃO =

117
INÉRCIA +

SUBSTITUTIVIDADE +

NATUREZA DECLARATÓRIA +

118
- A segunda característica é a SUBSTITUTIVIDADE.

- Jurisdição é uma função estatal exercida em razão da vedação da


autotutela.

- Incumbe ao Estado exercer a jurisdição e praticar os atos necessários


à satisfação do direito que por autotutela não se pode proteger.

119
- JURISDIÇÃO NÃO SE LIMITA A SUBSTITUIR A ATUAÇÃO
DO QUE TEM RAZÃO E NÃO PODE AGIR DE MÃO
PRÓPRIA.

- Jurisdição, SUBSTITUI TAMBÉM AQUELE QUE NÃO TEM


RAZÃO.

120
INÉRCIA +

SUBSTITUTIVIDADE +

NATUREZA DECLARATÓRIA +

121
- Estado não cria direitos subjetivos, mas reconhece direitos
preexistentes.

- Ninguém vai ao Judiciário em busca de um direito que lhe seja


ATRIBUÍDO pelo juiz.

- Busca-se o reconhecimento e a atuação prática de um direito que já se


tem, mas não foi reconhecido.

122
123
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

VOLUNTÁRIA

124
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA = ATIVIDADE DE NATUREZA
JURISDICIONAL EXERCIDA EM PROCESSOS CUJO OBJETO
SEJA UMA PRETENSÃO À INTEGRAÇÃO DE UM NEGÓCIO
JURÍDICO.

125
Existem negócios jurídicos cuja validade e eficácia dependem de um
ato judicial que o complemente, aperfeiçoando-o.

Ex: divórcio consensual de um casal que tenha filhos incapazes

126
- JURISDIÇÃO CONTENCIOSA = “JURISDIÇÃO NÃO
VOLUNTÁRIA”.

Formulado qualquer pedido que não seja de mera integração de


negócio jurídico, instaurar-se-á um processo de jurisdição
contenciosa.

127
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - 2017 - DPE-AC - Defensor Público

No que se refere à jurisdição civil nacional, assinale a opção correta.

A) Pode ser de caráter administrativo ou judicial.

B) A desconstituição de uma sentença transitada em julgado por meio de ação rescisória é um exemplo de
exercício dessa jurisdição.

C) Em decorrência do princípio da inevitabilidade, essa jurisdição não alcança a todos os indivíduos.

D) O exercício dessa jurisdição inclui a expedição de cartas rogatórias, responsáveis por determinar que os
órgãos jurisdicionais brasileiros cumpram atos processuais.

E) Trata-se de direito inerente e exclusivo dos cidadãos brasileiros.

128
Ano: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Anulada

Não seria correto, sobre os princípios constitucionais do processo, fazermos a seguinte afirmação:

A) A moderna processualística tem como base o trinômio ação-jurisdição-processo, cujos aspectos são gerais e incidentes sobre todas
as formas de prestação jurisdicional, desde o processo de conhecimento ao de execução.

B) Atento ao princípio da efetividade, o julgador poderá determinar provisoriamente medidas diversas da pedida pelo autor na inicial
se entender essa adequada para a efetivação do direito.

C) O princípio da preclusão impede que, ultrapassado o tempo próprio para a realização do ato processual, este seja rediscutido em
etapa futura.

D) A efetivação de tutela imediata, à míngua da triangulação processual, não infirma o princípio do due process of law.

E) Prover medida sem ouvir a outra parte, postergando a sua ciência, fere o princípio constitucional do contraditório no processo
civil, mesmo que esta seja confirmada ad referendum.

129
Infirmar
verbo
transitivo direto
enfraquecer, tirar a força, a autoridade, a eficácia de.
jurídico (termo)
retirar a força de (um ato jurídico) ou declarar (esse ato) nulo ou
inválido.

130
Cada fase prepara a seguinte e, uma vez passada à próxima, não mais é
dado retornar à anterior. Assim, o processo caminha sempre para a
frente, rumo à solução de mérito, sem dar ensejo a manobras de má-fé
de litigantes inescrupulosos ou maliciosos. Pelo princípio da
eventualidade ou da preclusão, cada faculdade processual deve ser
exercitada dentro da fase adequada, sob pena de se perder a
oportunidade de praticar o ato respectivo. (Humberto Theodoro
Junior, Curso de Direito Processual Civil, 2016).

131
O art. 297 do CPC prevê que "o juiz poderá determinar as medidas que
considerar adequadas para efetivação da tutela provisória"

132
Apesar da valorização do princípio do contraditório, especialmente em sua
vertente participativa, o novo Código de Processo Civil não impossibilita a
concessão de provimentos sem a prévia manifestação da parte contrária. Há
previsão legal expressa sobre a possibilidade de concessão de liminares
antes da oitiva da parte contrária, postergando-se o contraditório. Contudo,
a concessão de liminares no âmbito do direito como um todo deve sempre
ser acompanhada de muita cautela no caso concreto e concedida em caráter
excepcional, para manter-se a sintonia fina com a Constituição. Isso porque
“toda liminar é uma violência, porque invade a esfera de influência de
alguém sem dar a chance de seu pronunciamento prévio, sem dar a
oportunidade de intervir na decisão” (GRECO, 2011, p. 452)].

133
INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PROCESSUAL

AÇÃO

134
- Jurisdição = Inerte

- O que “move a jurisdição”?

- AÇÃO!

135
Ano: 2017 Banca: IBEG Órgão: IPREV Prova: IBEG - 2017 - IPREV - Procurador Previdenciário

Sobre a Jurisdição e a Ação, assinale a alternativa incorreta.

A) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.

B) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

C) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento
jurídico.

D) Não é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha ocorrido a violação do
direito.

E) O interesse do autor pode limitar-se à declaração de autenticidade de um documento.

136
Ano: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Anulada

Sobre o Direito Processual Civil, não seria correto afirmar:

A) O Direito Processual Civil possui natureza de Direito público e possui inter-relacionamento com o Direito constitucional muito bem
expresso no capítulo III, da Constituição Federal que trata do Poder Judiciário.

B) São constitucionais os pressupostos básicos atinentes ao recurso extraordinário e ao recurso especial, embora possa a União, em
matéria processual, sobre eles legislar.

C) São fontes do Direito Processual Civil, além da própria Constituição Federal, as codificações, as leis de organização judiciária dos
estados, leis processuais esparsas, além dos regimentos internos dos tribunais de justiça.

D) A lei estrangeira não pode determinar a forma processual a ser aplicada no Brasil, embora o juiz possa utilizar-se de prova
alienígena para decidir a causa, sem valorá-la, porquanto rege-se a sua produção pela lei que nele vigorar

E) Sobre a aplicação da lei processual no tempo, diverso das condições da ação que é regulada pela lei vigente quando da propositura
da ação, à resposta do réu é aplicada aquela em vigor quando do surgimento do ônus da defesa produzido pela citação.

137
A - CORRETA: O inter-relacionamento do Direito Constitucional e
Processual Civil é defendido pela teoria constitucionalista do processo
civil, que considera acertadamente o ramo como de direito público.
Apesar de a assertiva omitir o TITULO IV do Capítulo III, não há prejuízo
no entendimento de que o capítulo que trata do Poder Judiciário traz
normas de conteúdo processual, e são várias, por exemplo: a definição
da competência originária dos tribunais, a possibilidade de criação de
Juizados Especiais e os requeisitos processuais para interposição de
recursos como o RExt e o Resp (arts. 102, III e 105, IV,CR).

138
ASEERTIVA B - CORRETA: A CR estabelece os principais requisitos do
RExt e do REsp nos arts 102 e 105. Além disso, é competência privativa
da União legislar sobre direito processual, conforme o art. 22,I, CR
(lembre-se que procedimentos em matéria processual a competência é
concorrente U, E/DF, porforça do art. 24, XI,CR)

139
C) correta, São fontes do direito processual a CF/88, o CPC e toda
legislação esparsa, além da legislação infraconstitucional, os
regimentos internos dos Tribunais e os Códigos de Organização
Judiciária vigente em cada Estado da federação

140
d) incorreta

141
só é possível utilizar a prova estrangeira se ela puder ser admitida no
Brasil.

LINDB: Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se
pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se,
não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira
desconheça.

142
O erro da assertiva está em afirmar que o juiz não pode valorar a prova.
De acordo com o art. 13 da LINDB, o processo civil estrangeiro aplica-se
aos fatos ocorridos no exterior quanto ao ônus da produção da prova e
os meios de produzir essa prova, sendo que não se admitirá tais provas
no Brasil se a lei brasileira as desconhecer. Até aí ok, mas como poderá
o juiz julgar sem valorar a prova alienígena? Impossível. Aliás, os arts.
371 e 372 do CPC admitem expressamente a livre apreciação da prova.

143
e) correta, aplica-se a lei processual vigente no momento da prática do
ato, art. 1.046 do CPC/2015, respeitados o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito, a coisa julgada,

144
AÇÃO

- Direito

- a todos assegurado,

- de atuar em juízo,

- exercendo posições ativas ao longo de todo o processo,

- a fim de postular tutela jurisdicional.

145
DIREITO

A TODOS ASSEGURADO

DE ATUAR EM JUÍZO

EXERCENDO POSIÇÕES ATIVAS

POSTULANDO TUTELA JURISDICIONAL

146
- O direito de ação se exerce no processo (Processo, Jurisdição e Ação).

- Direito de ação é o direito de PARTICIPAR, EM CONTRADITÓRIO,


DO PROCESSO.

- “direito de ação não é somente o direito de dar início ao processo”

- Ação não é apenas um direito do demandante.

147
- Ex: a desistência da ação manifestada pelo demandante depois da contestação só
acarreta a extinção do processo se com ela o demandado concordar (art. 485, § 4o).

- Art. 485, § 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento


do réu, desistir da ação.

- O direito de ação não se esgota no momento em que a parte pratica seu


primeiro ato destinado a postular tutela jurisdicional

148
- Art. 5º, XXXV, CF.

- Não se pode excluir de quem quer que seja o acesso ao Judiciário em


busca de tutela para posições jurídicas de vantagem – é, então, o
direito de, participando do processo em contraditório, buscar obter
um resultado jurisdicional favorável.

149
Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de
Notas e de Registros - Remoção

Com relação à função jurisdicional (jurisdição e ação), as assertivas abaixo estão corretas, EXCETO:

A) A impossibilidade jurídica é uma das condições da ação.

B) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.

C) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

D) Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

150
Direito de Ação = EXISTE MESMO QUE SEU TITULAR NÃO
TENHA, EFETIVAMENTE, O DIREITO MATERIAL
ALEGADO!!!

ABSTRAÇÃO DO DIREITO DE AÇÃO

151
- Aquele que não tem razão também tem o
direito, constitucionalmente assegurado, de
participar do processo e influir na formação do
seu resultado.

152
O EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO SERÁ REGULAR SE
PREENCHIDOS DOIS REQUISITOS, TRADICIONALMENTE
CONHECIDOS COMO “CONDIÇÕES DA AÇÃO”:
LEGITIMIDADE E INTERESSE (ART. 17).

153
LEGITIMIDADE
CONDIÇÕES DA AÇÃO

INTERESSE

POSSIBILIDADE JUR. DO PEDIDO

154
“Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.”
Condições da Ação X Pressupostos Processuais X Mérito

155
- LEGITIMIDADE - é a APTIDÃO PARA OCUPAR, EM UM
CERTO CASO CONCRETO, UMA POSIÇÃO PROCESSUAL
ATIVA.

Não se exige somente para demandar, (“legitimidade para agir”), mas para
praticar qualquer ato de exercício do direito de ação.

156
Legitimidade = Pertinência Subjetiva da Lide

157
- Um ato processual só pode ser praticado validamente por quem
esteja legitimado a fazê-lo.

158
Faltando legitimidade o processo deverá ser extinto sem resolução do
mérito, nos termos do art. 485, VI).

- CPC, art. 485, VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse


processual;

159
Ano: 2018 Banca: INAZ do Pará Órgão: CORE-MS Prova: INAZ do
Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico
Ao longo do tempo, várias teorias surgiram a respeito da natureza
jurídica da ação e da sua relação de dependência com o direito de
ação.
A teoria expressamente consagrada pelo Código de Processo Civil
que defende que a existência do direito de ação não depende da
existência do direito material, mas sim das condições da ação, é:

160
A) Teoria eclética.
B) Teoria abstrata do direito de ação.
C) Teoria concreta da ação.
D) Teoria imanentista.

161
TEORIAS DA AÇÃO

162
TEORIA IMANENTISTA ou CIVILISTA
- ação = direito material em movimento
- processo é mero procedimento
- nega a autonomia do direito de ação.

163
TEORIA CONCRETA DA AÇÃO
- Reconhece o direito de ação, contudo entende que
o provimento deve ser favorável para que
efetivamente se tenha exercido o direito de ação.
- condicionado ao reconhecimento do direito
material

164
TEORIA ABSTRATA
- O direito de ação é autônomo e abstrato.
- direito a um pronunciamento do Estado (procedente ou não)
- direito de ação existe ainda que sem o direito material
- não há condição da ação ou sentença terminativa por carência da ação
- interesse e legitimidade são assuntos de mérito

165
TEORIA ECLÉTICA
- O direito de ação é autônomo, abstrato e condicionado (deve preencher
algumas condições - Legitimidade e interesse).
- carência da ação forma apenas coisa julgada formal
- condição da ação é matéria de ordem pública analisável a qualquer
momento

166
TEORIA DA ASSERÇÃO
- distinção entre direito material e direito de ação
- direito de ação condicionado à legitimidade e interesse
- avaliação das condições da ação à vista das afirmações do demandante em
cognição sumária, que pode levar à carência da ação (avaliação das condições da
ação "in status assertionis".
- avaliação do interesse e legitimidade (em cognição exauriente) como matéria de
mérito que pode conduzir à rejeição do pedido.

167
• ... Continuando...

168
Ano: 2018 Banca: MPE-MS Órgão: MPE-MS Prova: MPE-MS - 2018 - MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto

Analise as proposições a seguir sobre a natureza jurídica do processo.

I. A obra de Oskar Von Bülow foi um marco definitivo para o processo, pois estabeleceu o rompimento do direito material com o
direito processual e a consequente independência das relações jurídicas que se estabelecem nessas duas dimensões, passando o
processo a ser visto como uma relação jurídica de natureza pública que estabelece entre as partes e o juiz, dando origem a uma
reciprocidade de direitos e obrigações processuais.

II. James Goldschimt construiu sua teoria acerca da natureza jurídica do processo de uma nova perspectiva: o processo como
conjunto de situações processuais pelas quais atravessam as partes até chegar a uma sentença definitiva. Na concepção de
Goldschimt, a função do processo se constitui na obtenção de uma sentença com força de coisa julgada, estando os sujeitos
processuais, presididos por esse objetivo, em uma situação essencialmente dinâmica.

III. Para Elio Fazzalari o contraditório se destaca como elemento central do conceito de processo. O contraditório é visto em duas
dimensões, como direito à informação e reação (igualdade de tratamento e oportunidades), sendo que todos os atos do
procedimento são pressupostos para o provimento final, no qual são chamados a participar todos os interessados (partes).

169
Assinale a alternativa correta.
A) Somente o enunciado I está correto.
B) Os enunciados II e III estão corretos.
C) Somente o enunciado II está correto.
D) Somente os enunciados I e III estão corretos.
E) Todos os enunciados estão corretos.

170
- LEGITIMIDADE PARA A DEMANDA

171
LEGITIMIDADE ATIVA

LEGITIMIDADE PASSIVA

172
LEGITIMIDADE ORDINÁRIA

LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA

173
- LEGITIMAÇÃO ORDINÁRIA

- Aquele que afirma, na petição inicial, ser o titular do direito material que
pretende fazer valer em juízo, é o legitimado ativo ordinário para a demanda.

- Aquele que é indicado, na petição inicial, como sendo o sujeito passivo da


relação posta em juízo será o legitimado passivo ordinário.

174
- LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA,

legitimidade atribuída pelo ordenamento jurídico a quem não é sujeito da


relação jurídica deduzida no processo (art. 18).

175
- LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA,

- (o ordenamento jurídico) – pode atribuir legitimidade a alguém que, não sendo


(e nem afirmando ser) sujeito da relação jurídica deduzida no processo, fica
autorizado a ocupar uma posição processual ativa ou passiva

- O legitimado extraordinário ATUA EM NOME PRÓPRIO, MAS DEFENDE


INTERESSE ALHEIO

176
- legitimado extraordinário > fenômeno da substituição processual.

- o substituído (isto é, aquele que é titular da posição jurídica que está a ser
defendida no processo pelo substituto processual) poderá intervir no
processo, na qualidade de assistente litisconsorcial, para ajudá-lo a
obter resultado favorável.

177
LEGITIMIDADE
CONDIÇÕES DA AÇÃO

INTERESSE

POSSIBILIDADE JUR. DO PEDIDO

178
INTERESSE

“Utilidade da tutela jurisdicional postulada”.

179
- Só se pode praticar um ato de exercício do direito de ação quando o
resultado que com ele se busca é útil.

- Só se pode praticar ato de exercício do direito de ação quando através


dele busca-se uma melhoria de situação jurídica.

180
INTERESSE INTERESSE NECESSIDADE

INTERESSE ADEQUAÇÃO

181
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª
REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa

A respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.

O interesse processual deverá estar presente tanto para propor quanto para contestar a ação.

Certo

Errado

182
=

NECESSIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL +


ADEQUAÇÃO DA VIA PROCESSUAL

183
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário -
Administrativa

Julgue o item a seguir, a respeito das ações no processo civil.

O código de processo civil estabelece duas condições para se postular em juízo: o interesse de
agir e a legitimidade da parte.

Certo

Errado

184
INTERESSE INTERESSE NECESSIDADE

INTERESSE ADEQUAÇÃO

185
- INTERESSE-NECESSIDADE: quando a realização do direito
material afirmado pelo demandante não puder se dar
independentemente do processo.

Ex: cobrar dívida não vencida.

186
INTERESSE INTERESSE NECESSIDADE

INTERESSE ADEQUAÇÃO

187
INTERESSE ADEQUAÇÃO

- Impõe-se o uso de via processual adequada para a produção do


resultado postulado.

Ex: processo de execução sem título executivo.

188
LEGITIMIDADE
CONDIÇÕES DA AÇÃO

INTERESSE

POSSIBILIDADE JUR. DO PEDIDO

189
- AFERIÇÃO (TÉCNICA) DAS “CONDIÇÕES DA AÇÃO” = TEORIA
DA ASSERÇÃO.

- TÉCNICA PARA VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DAS


“CONDIÇÕES DA AÇÃO”.

- ASSERÇÃO = AFIRMAÇÃO

190
- “condições da ação” devem ser examinadas in statu assertionis -
NO ESTADO DAS AFIRMAÇÕES FEITAS PELA PARTE EM
SUA PETIÇÃO.

191
- as “condições da ação” podem ser objeto de controle, de ofício ou
por provocação das partes, em qualquer tempo e grau de jurisdição
(art. 485, § 3o).

- § 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V,


VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não
ocorrer o trânsito em julgado.

192
- O exame das “condições da ação” pode se realizar a qualquer tempo,
inclusive após a produção de prova, e até mesmo em grau de
recurso.

193
- Caso se trate de uma decisão que se limitou ao exame, in statu assertionis,
das alegações contidas na petição inicial, estar-se-á diante de um
pronunciamento sobre as “condições da ação”.

194
- Se tiver havido exame de material probatório, a fim de se verificar se as
alegações contidas na petição inicial eram mesmo verdadeiras ou não,
estar-se-á diante de um provimento de mérito (de PROCEDÊNCIA OU
DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO).

195
COMPETÊNCIA

196
COMPETÊNCIA INTERNA

197
- O Código de Processo Civil regula, em seus ARTS. 42 A 66, A
“COMPETÊNCIA INTERNA”.

- Competência = LIMITES DENTRO DOS QUAIS CADA JUÍZO


PODE, LEGITIMAMENTE, EXERCER A FUNÇÃO
JURISDICIONAL.

198
• - É a LEGITIMIDADE DO ÓRGÃO JURISDICIONAL PARA
ATUAR EM UM PROCESSO,

• - APTIDÃO PARA EXERCER FUNÇÃO JURISDICIONAL


NAQUELE PROCESSO ESPECÍFICO QUE PERANTE ELE
SE TENHA INSTAURADO.

199
- Competência é manifestação do modelo constitucional de
processo, já que, nos termos do art. 5o, LIII, da Constituição da
República, “ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente”.

200
- Art. 43, CPC - a COMPETÊNCIA É DETERMINADA NO
MOMENTO DA PROPOSITURA DA DEMANDA, sendo
IRRELEVANTES AS MODIFICAÇÕES DO ESTADO DE FATO
OU DE DIREITO OCORRIDAS POSTERIORMENTE.

201
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da
distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

202
Ano: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: MPE-BA - 2018 -
MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto
A competência pode ser entendida como a repartição da jurisdição
entre os diversos órgãos encarregados da prestação jurisdicional e é
atribuída a cada julgador nos termos normativos dos artigos. 42 ao 66
do Código de Processo Civil.
Assinale a assertiva cuja compreensão não corresponde a esses
dispositivos.

203
A) Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele
intervier a União, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto nas causas relativas à recuperação
judicial, falência, insolvência civil, acidente de trabalho, justiça eleitoral e do trabalho.

B) A competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo


irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito que venham a ocorrer posteriormente, salvo se
delas decorrerem supressão de órgão do judiciário ou alterarem a competência absoluta.

C) É competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita para a ação em que se lhe exigir o
cumprimento, assim como o da residência do idoso para a causa que verse sobre direito previsto no Estatuto
do Idoso.

D) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à
ação contida, será solucionada no seu mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

E) Uma vez demandada a União, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do
ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.

204
- Regra da perpetuação da COMPETÊNCIA (perpetuatio
iurisdictionis).

- A competência deve ser aferida pelas normas vigentes ao tempo do


ajuizamento da demanda.

205
- Modificações posteriores à propositura da demanda são
irrelevantes, preservada a competência do juízo perante o qual se
instaurou o processo.

Ex: alteração do domicílio do demandado nos casos em que este seja o


critério de determinação da competência.

206
- EXCETUA-SE A REGRA DA PERPETUAÇÃO DA
COMPETÊNCIA, porém, QUANDO O ÓRGÃO JURISDICIONAL
EM QUE TRAMITAVA ORIGINARIAMENTE O PROCESSO
FOR SUPRIMIDO OU QUANDO SE ALTERAREM AS REGRAS
DE “COMPETÊNCIA ABSOLUTA”

207
OBS: Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas
públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro
interveniente, exceto as ações:

I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;

II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.

§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.

§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o
mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.

§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do
processo.

208
Art. 45, CPC - trata do caso em que o processo tem de ser remetido de juízo
estadual para juízo federal.

- O juízo estadual deve verificar se há algum pedido cujo conhecimento lhe caiba.
NESTE CASO OS AUTOS NÃO SERÃO REMETIDOS AO JUÍZO
FEDERAL (ART. 45, § 1O), NÃO SE ADMITINDO A CUMULAÇÃO DE
PEDIDOS E NÃO PODENDO, POR CONTA DISSO, O JUÍZO ESTADUAL
CONHECER DO PEDIDO EM RELAÇÃO AO QUAL EXISTA INTERESSE
DA ENTIDADE FEDERAL (ART. 45, § 2O).

209
- Não sendo o caso de manter o processo com o juízo estadual >
serão os autos remetidos para o juízo federal, único
competente para dizer se o ente federal deverá ou não ser
admitido no processo (enunciado 150 da súmula do STJ).

210
- Admitido o ente federal no processo, este terá a competência
alterada, passando a desenvolver-se perante o juízo federal. Não
admitido o ente federal, serão os autos restituídos ao juízo estadual
de origem (art. 45, § 3o).

211
Justiça Federal > Justiça Estadual: Não se aplica na
hipótese de competência delegada

212
• PERPETUAÇÃO DA COMPETÊNCIA...

213
PROCESSO CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA.

EXTINÇÃO DOS GRUPOS DE CÂMARAS CÍVEIS. REDISTRIBUIÇÃO A CÂMARA CÍVEL ISOLADA. ALTERAÇÃO

DE COMPETÊNCIA. PRINCÍPIO DA PERPETUAÇÃO DA COMPETÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES 5.

O art. 87 do Código de Processo Civil estabelece que "se determina a competência no momento em que a ação é proposta. São

irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário

ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia". 6. As exceções ao princípio da perpetuatio jurisdictionis

elencadas no art. 87 do CPC são taxativas, ou seja, somente deve ocorrer quando houver supressão do órgão judiciário

ou alteração da competência em razão da matéria ou da hierarquia, que me parece ser o caso dos autos. (STJ - REsp

1533268 / MG 2014/0343175-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS (1130), Data do Julgamento: 18/08/2015, Data da

Publicação: 01/09/2015, T2 - SEGUNDA TURMA)

214
OBS 1: Criação de Nova Comarca

OBS 2: Cumprimento de Sentença em Foro distinto da Fase de


Conhecimento

OBS 3: Ação de Alimentos e Guarda

215
CRIAÇÃO DE NOVA VARA E “PERPETUATIO JURISDICTIONIS” – 4 – INFO 783 - STF

A criação superveniente de vara federal na localidade de ocorrência de crime doloso contra a vida não enseja a incompetência do juízo
em que já se tenha iniciado a ação penal. Em relação à alegada incompetência superveniente da vara federal de Belo
Horizonte/MG, a Turma asseverou que incidiria, no campo do processo penal, a figura da “perpetuatio jurisdicionis”, reiterado
o que decidido no RHC 83.181/RJ (DJU de 22.10.2004). Nesse julgado, o STF entendera que a criação de novas varas, por
intermédio de modificações na lei de organização judiciária, não alteraria a competência territorial do juízo criminal em que
instaurado o feito criminal de forma pretérita, ressalvados os casos excepcionados no art. 87 do CPC (“Determina-se a
competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia”). Vencido o Ministro Marco Aurélio (relator), que concedia a ordem para fixar a competência da vara federal de Unaí/MG. HC
117871/MG, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 28.4.2015. (HC-117871) HC 117832/MG, rel. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 28.4.2015. (HC-117832)

216
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. MUDANÇA DE DOMICÍLIO NO CURSO DAAÇÃO DE ALIMENTOS. RELAÇÃO JURÍDICA
CONTINUATIVA. PERMEABILIDADE AFATOS SUPERVENIENTES. MENOR HIPOSSUFICIENTE. INTERESSE PREPONDERANTEDESTES.
MITIGAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS (ART. 87 DO CPC). 1. A prestação de alimentos refere a uma relação jurídica
continuativa, por tempo indeterminado, estando sujeita a modificações ditadas por comprovada alteração da situação fática justificadora de sua
fixação. Os alimentos podem ser redimensionados ou afastados. 2. Assim, os alimentos podem ser revistos ainda no trâmite do processo originário ou
em nova ação. Essa demanda posterior não precisa ser proposta em face do mesmo juízo que fixou os alimentos originalmente, podendo ser proposta
no novo domicílio do alimentando, nos termos do art. 100, II, do Código de Processo Civil. Até mesmo a execução do julgado pode se dar em comarca
diversa daquela em que tramitou a ação de conhecimento, de modo a possibilitar o acesso à Justiça pelo alimentando. Precedentes. 3. O caráter
continuativo da relação jurídica alimentar, conjugado com a índole social da ação de alimentos, autoriza que se mitigue a regra da perpetuatio
jurisdictionis. 4. Isso porque se o alimentando mudar de domicílio logo após o final da lide, e ocorrerem fatos supervenientes que autorizem a
propositura de ação de revisão de alimentos, essa vai ser proposta na comarca onde o alimentando tiver fixado novo domicílio. Do mesmo modo, a
execução do julgado pode se dar no novo domicílio do alimentando, como acima visto. Assim, se a troca de domicílio ocorrer durante o curso da ação
originária não parece razoável que se afaste esse entendimento com vistas somente no aspecto da estabilidade da lide, de marcante relevância para
outras demandas, mas subalterno nas ações de alimentos, permeáveis que são a fatos supervenientes. (STJ - CC: 114461 SP 2010/0186742-0, Relator:
Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 27/06/2012, S2 - SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2012)

217
Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: PGE-SC Prova: FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado

No que se refere à competência interna, é correto afirmar:

A) A competência em razão do valor da causa será sempre critério relativo, nunca absoluto.

B) A competência funcional equipara-se à competência territorial e, por essa razão, é considerada competência relativa.

C) Fixada a competência no momento do registro ou distribuição da petição inicial, a alteração da competência absoluta poderá determinar sua
modificação.

D) Fixada a competência pelo registro ou distribuição, caso ocorra a alteração do domicílio do réu durante o prazo de contestação, e a pedido dele,
haverá o deslocamento da demanda para o novo local.

E) Para as ações fundadas em direito real, a competência será do local da situação da coisa, adotando-se o critério territorial (competência relativa).

218
A) Falso. Lei 10259, Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça
Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. § 3o No foro onde estiver instalada Vara do
Juizado Especial, a sua competência é absoluta.

b) A competência funcional sempre é absoluta.

c) CPC Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta.

d) Trata-se de modificação de estado de fato, vide art. 43, CPC.

e) Pode ser de competência relativa ou absoluta, em relação ao critério territorial.

219
- A COMPETÊNCIA É FIXADA, BASICAMENTE, ATRAVÉS DE
TRÊS CRITÉRIOS:

220
TERRITORIAL
COMPETÊNCIA

FUNCIONAL

OBJETIVA

221
- O Código de Processo Civil, porém, só trata expressamente, no
capítulo “da competência”, do primeiro desses critérios
(TERRITORIAL).

222
TERRITORIAL - determina o lugar em que o processo deverá
instaurar-se e se desenvolver.

- A regra geral é do art. 46 > DEMANDAS FUNDADAS EM


DIREITO PESSOAL OU EM DIREITO REAL SOBRE BENS
MÓVEIS DEVERÃO SER PROPOSTAS, EM REGRA, NO FORO
DE DOMICÍLIO DO RÉU.

223
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre BENS
MÓVEIS será proposta, em regra, no foro de DOMICÍLIO DO RÉU.

§ 1.º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer


deles.

§ 2.º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser


demandado onde FOR ENCONTRADO ou no foro de domicílio do autor.

224
§ 3.º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será
proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do
Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4.º Havendo 2 (dois) ou mais
réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de
QUALQUER DELES, à escolha do autor. § 5.º A execução fiscal será
proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde
for encontrado.

225
-OBS: Sendo INCAPAZ O RÉU, A COMPETÊNCIA SERÁ DO
FORO DO DOMICÍLIO DE SEU REPRESENTANTE OU
ASSISTENTE (ART. 50).

226
Ações Fundadas em Direitos Pessoais = relação jurídica entre pessoas.

227
Territorial = em regra relativa.
Exemplo de Exceção: Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre
imóveis é competente o foro de situação da coisa.

§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de


eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da


coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

228
- Sendo RÉ UMA PESSOA JURÍDICA, A COMPETÊNCIA
TERRITORIAL SERÁ DO FORO DE SUA SEDE (ART. 53, III, A) e,

- VERSANDO A CAUSA SOBRE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS POR


AGÊNCIAS OU SUCURSAIS, O FORO DE ONDE ESTAS SE ACHAM
LOCALIZADAS (ART. 53, III, B).

229
- No caso de ser demandada SOCIEDADE OU ASSOCIAÇÃO SEM
PERSONALIDADE JURÍDICA, A DEMANDA SERÁ PROPOSTA NO
LUGAR ONDE ELA EXERÇA SUAS ATIVIDADES (ART. 53, III, C).

- Demanda em que se postula reparação de dano praticado em razão do


ofício notarial ou registral, a competência será do foro da sede da
serventia (art. 53, III, f). ???????????.

230
Atividade Notarial X CDC

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos


e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título,
serão observadas as seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no
domicílio do autor;

231
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. OFENSA AO ART.
535 DO CPC NÃOCONFIGURADA. CARTÓRIO NÃO
OFICIALIZADO. ATIVIDADE DELEGADA. ART. 22DA LEI
8.935/1994. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO TABELIÃO
ESUBSIDIÁRIA DO ESTADO. DESNECESSIDADE DE
DENUNCIAÇÃO À LIDE. DANOMORAL. SÚMULA 7/STJ.
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. SÚMULA 83/STJ. 5. O
Código de Defesa do Consumidor aplica-se à atividade
notarial. (STJ - REsp: 1163652 PE 2009/0207706-5, Relator:
Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento:
01/06/2010, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
01/07/2010)

232
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEAD-AP Prova: FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Jurídico

Joaquim, com dezesseis anos de idade, assistido por sua mãe, Silvana, domiciliada em São
Bernardo do Campo-SP, celebrou, no Rio de Janeiro-RJ, com Fabrísio, domiciliado em
Macapá-AP, contrato de compra e venda de um relógio, pelo preço de R$ 3.000,00.
Operou-se, então, a tradição do bem, mas, injustificadamente, não se realizou o
pagamento. Assim, considerando que não houve eleição de foro, Fabrísio deverá propor
contra Joaquim ação de cobrança do preço no foro da comarca de

233
A) São Bernardo do Campo-SP ou Macapá-AP, à sua escolha.

B) Rio de Janeiro-RJ.

C) Macapá-AP.

D) São Bernardo do Campo-SP.

E) São Bernardo do Campo-SP, Macapá-AP ou Rio de Janeiro-RJ, à sua


escolha.

234
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro
de domicílio de seu representante ou assistente.

235
- PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL, são concorrentemente
competentes o foro do DOMICÍLIO DO EXECUTADO, o de sua
RESIDÊNCIA e o do LUGAR EM QUE FOR ENCONTRADO
(art. 46, § 5o).

236
TERRITORIAL
COMPETÊNCIA

FUNCIONAL

OBJETIVA

237
- A regra geral (do foro do domicílio), porém, comporta EXCEÇÕES.

- Art. 47, CPC - Para as AÇÕES FUNDADAS EM DIREITO REAL SOBRE IMÓVEIS é competente o FORO DE SITUAÇÃO DA COISA.,

- FORO ONDE ESTEJA SITUADO O IMÓVEL.

- Pode o autor optar pelo foro do domicílio do réu ou por foro de eleição se a causa não versar sobre

- propriedade,

- vizinhança,

- servidão,

- divisão e

- demarcação de terras ou

-nunciação de obra nova

238
- A competência para conhecer das DEMANDAS POSSESSÓRIAS
RELATIVAS A BENS IMÓVEIS TAMBÉM É DO FORO DA
SITUAÇÃO DA COISA (ART. 47, § 2O).

239
- A competência territorial para os processos relacionados à sucessão
mortis causa (inventário e partilha, arrecadação, cumprimento de
disposições de última vontade, impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial) e para todos os processos em que o espólio é demandado é
DO ÚLTIMO DOMICÍLIO DO AUTOR DA HERANÇA, POUCO
IMPORTANDO O LUGAR EM QUE SE TENHA DADO O
FALECIMENTO (ART. 48).

240
- DEMANDAS PROPOSTAS EM FACE DO AUSENTE devem ser
propostas no LUGAR EM QUE ELE TEVE SEU ÚLTIMO
DOMICÍLIO CONHECIDO, foro este também competente para a
arrecadação, o inventário e partilha e para o cumprimento de suas
disposições testamentárias (art.49).

241
- Nos processos instaurados por demanda proposta pela União, por
Estado ou pelo Distrito Federal, a competência é do foro do
domicílio do demandado (arts. 51 e 52).

242
- Sendo ela, porém, a DEMANDADA, O PROCESSO PODERÁ INSTAURAR-
SE NO FORO DO DOMICÍLIO DO AUTOR, NO DE OCORRÊNCIA DO
ATO OU FATO QUE ORIGINOU A DEMANDA, NO DE SITUAÇÃO DA
COISA OU NO DO DISTRITO FEDERAL OU DA CAPITAL DO ENTE
FEDERADO (ARTS. 51, PARTE FINAL E 52, PARTE FINAL).

243
Art. 52. É competente o foro de DOMICÍLIO DO RÉU PARA AS
CAUSAS EM QUE SEJA AUTOR ESTADO OU O DISTRITO
FEDERAL. Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o
demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no
de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.

244
- Será competente o FORO DO DOMICÍLIO DO GUARDIÃO DO FILHO INCAPAZ
para os processos de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável (art. 53, I, a).

- Caso NÃO HAJA FILHO INCAPAZ, A COMPETÊNCIA SERÁ DO FORO DO


ÚLTIMO DOMICÍLIO DO CASAL e,

- se nenhuma das partes residir no lugar do último domicílio comum, aplicar-se-á a


regra geral e será competente o foro do domicílio do demandado (art. 53, I, b e c).

245
- Não se parte mais do pressuposto de que a mulher estaria em uma relação de
inferioridade em relação ao homem.

- A preferência é a proteção do incapaz e não do cônjuge ou companheiro.

246
- Havendo filho incapaz, a competência para os aludidos processos será do foro do genitor que tenha a
guarda.

- Nos casos de guarda compartilhada (nos termos do art. 1.584, § 2o, do CC, esta é a regra geral acerca da guarda
de filhos incapazes), e vivendo os genitores em lugares diferentes, ambos os foros serão concorrentemente
competentes.

- O mesmo se aplicará aos casos em que, havendo mais de um filho incapaz, cada genitor tenha a guarda
unilateral de pelo menos um desses filhos.

- Não havendo filhos incapazes (ou no caso de nenhum dos genitores ter a guarda de qualquer dos filhos),
será competente o foro do último domicílio do casal se lá ainda residir pelo menos um dos cônjuges.

247
Na hipótese de não haver filhos incapazes (ou de nenhuma das partes ter
guarda de qualquer filho incapaz) e nenhum deles residir mais no último
domicílio comum, será competente o foro do domicílio do réu.

- De outro lado, será competente o foro do domicílio ou da residência do


alimentando para o processo em que se pede alimentos (art. 53, II).

248
II Jornada de Direito Processual Civil - Enunciado 108

A competência prevista nas alíneas do art. 53, I, do CPC não é


de foros concorrentes, mas de foros subsidiários.

249
Exoneração de Alimentos: Foro Comum

Súmula 1 STJ - O FORO DO DOMICILIO OU DA RESIDENCIA DO


ALIMENTANDO E O COMPETENTE PARA A AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE
PATERNIDADE, QUANDO CUMULADA COM A DE ALIMENTOS.

250
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto
Em matéria de competência, é correto afirmar:
A) a regra de competência estabelecida para quando o réu for incapaz, conforme critério territorial,
é inderrogável e sua inobservância gera incompetência absoluta.
B) para ação fundada em direito real, em regra, será competente o foro da situação da coisa, móvel
ou imóvel.
C) no cumprimento de precatória, se o juiz deprecado reconhecer sua incompetência territorial,
deverá devolver a carta ao juiz deprecante.
D) na execução fundada em título extrajudicial, é concorrentemente competente o foro da
situação dos bens sujeitos a constrição.

251
d) CORRETA. Art. 781 do NCPC – “Art. 781. A execução fundada em título
extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o
seguinte: I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de
eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; II - tendo
mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer
deles; III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução
poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do
exequente; IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a
execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; V - a
execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que
ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o
executado.

252
(a) INCORRETA. “O foro privilegiado do incapaz, nos termos do art. 98 do CPC/1973 (art. 50 do NCPC), é de
competência relativa (AgRg no AREsp 332.957/GO, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe 08/08/2016).

(b) INCORRETA. Arts. 46 e 47 do NCPC – “Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre
bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa”.

(c) INCORRETA. Art. 262 do NCPC – “Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe
ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão
expedidor, que intimará as partes”.

253
- Processos que tenham por objeto o CUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÕES, A COMPETÊNCIA TERRITORIAL É DO FORO
DO PAGAMENTO (ART. 53, III, D).

254
- Já nos processos que versem sobre direitos previstos no Estatuto do
Idoso (Lei no 10.741/2003), é competente o foro da RESIDÊNCIA do
idoso (pouco importando saber qual a posição ocupada pelo idoso no
processo), nos termos do art. 53, III, do CPC.

255
Idoso – direito DE IDOSO. Direitos exclusivos como idosos e não como consumidor, contribuinte,
etc.

Competência relativa (DIDIER) – idoso propõe em seu domicílio se quiser (é um benefício


para o idoso e não uma imposição).

Só vale para ações individuais, pois ações coletivas seguem a regra do estatuto do idoso (local
do ato ou fato – local do ato ilícito). –essa competência é absoluta.-art. 80 do estatuto do idoso
deve ser interpretado como se dissesse respeito somente às ações coletivas.

256
- PROCESSO QUE TENHA POR OBJETO REPARAÇÃO DE
DANOS É COMPETENTE O FORO DO LUGAR DO ATO OU
FATO (ART. 53, IV, A).

257
- Tratando-se de reparação de dano sofrido em razão de delito (penal) ou
de acidente de veículos, são concorrentemente competentes o foro onde
tenha ocorrido o evento e o do domicílio do autor (art. 53, V).

- Competência do foro do lugar do ato ou fato conhecer de causas em que


seja réu administrador ou gestor de negócios alheios (art. 53, IV, b).

258
- Em TODOS OS CASOS PREVISTOS NO ART. 53 SERÁ
POSSÍVEL TAMBÉM DEMANDAR-SE NO FORO DO
DOMICÍLIO DO RÉU, O QUAL DEVE SER CONSIDERADO
CONCORRENTEMENTE COMPETENTE PARA CONHECER
DE TAIS CAUSAS.

259
Ano: 2018 Banca: CETREDE Órgão: EMATERCE Prova: CETREDE - 2018 - EMATERCE - Agente de ATER - Direito

Sobre competência interna no Novo Código de Processo Civil analise as afirmativas a seguir e marque (V) para
as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.

( ) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será sempre proposta no foro de
domicilio do réu.

( ) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de
domicilio do réu.

( ) Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

( ) A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicilio de seu representante ou assistente.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA

260
A) F – V – V – V.
B) F – F – V – F.
C) V – F – F – V.
D) V – V – V – F.
E) F – V – F – F.

261
Exceções do art. 46, que tornam a primeira afirmativa FALSA:
Art. 46, do CPC. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer
deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser
demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será
proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a
ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão
demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua
residência ou no do lugar onde for encontrado.

262
TERRITORIAL
COMPETÊNCIA

FUNCIONAL

OBJETIVA

263
- CRITÉRIO FUNCIONAL

a competência interna é fixada

a) LEVANDO-SE EM CONTA UMA DIVISÃO DE FUNÇÕES A SER EXERCIDA,


POR MAIS DE UM JUÍZO, DENTRO DO MESMO PROCESSO,

b) INCUMBIR A UM SÓ JUÍZO, POR CONTA DA FUNÇÃO EXERCIDA EM UM


DETERMINADO PROCESSO, ATUAR TAMBÉM EM OUTRO, QUE ÀQUELE
SEJA LIGADO.

264
Existem duas situações distintas a que se chama de competência
funcional.

265
1ª - Instaurado um processo perante um determinado órgão jurisdicional
(competente para dele conhecer) > ATRIBUI-SE A OUTRO ÓRGÃO,
DISTINTO DO PRIMEIRO, A COMPETÊNCIA PARA,
DENTRO DO MESMO PROCESSO, EXERCER UMA
DETERMINADA FUNÇÃO.

266
Ex: Tramitando um processo em determinada comarca, atribui-se a juízo de outra
comarca a função de colher uma prova. - (competência funcional no plano
horizontal, dado que ambos os juízos estão no mesmo plano hierárquico).

Ex2: Instaurado um processo perante certo órgão judiciário, a outro,


hierarquicamente superior, incumbe exercer a função de conhecer dos recursos
que nesse processo venham a ser interpostos (competência funcional no plano
vertical ou competência hierárquica).

267
2ª - - De outro lado, existe competência funcional entre processos nos casos em que a
competência para conhecer de um determinado processo é fixada em razão do
fato de que certo órgão jurisdicional já tenha atuado em outro processo.

Ex: Art. 914, § 1o, que estabelece a competência do juízo da execução para
conhecer dos embargos do executado. Nesses casos, diz-se que o juízo do
processo A é competente para conhecer do processo B (e essa competência,
fixada automaticamente de um processo para outro, é também competência
funcional).

268
TERRITORIAL
COMPETÊNCIA

FUNCIONAL

OBJETIVA

269
VALOR DA CAUSA
OBJETIVA

PESSOA

MATÉRIA

270
TERRITORIAL
COMPETÊNCIA

FUNCIONAL

OBJETIVA

271
VALOR DA CAUSA
OBJETIVA

PESSOA

MATÉRIA

272
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB -
Procurador do Município

Gabriel e Mateus envolveram-se em uma colisão no trânsito com seus respectivos veículos. Como eles não
chegaram a um acordo, Mateus decidiu ingressar com ação judicial contra Gabriel.

Conforme o Código de Processo Civil, o foro competente para processar e julgar a referida demanda é o do

A) domicílio de Gabriel.

B) domicílio de Gabriel ou do local do fato.

C) domicílio de Gabriel ou de Mateus.

D) domicílio de Mateus ou do local do fato.

E) local de registro do veículo de Mateus.

273
Art. 53. É competente o foro: V) de domicílio do autor ou do local
do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves;

274
COMPETÊNCIA ABSOLUTA

RELATIVA

275
- ABSOLUTOS os CRITÉRIOS CRIADOS PARA PROTEGER
INTERESSES PÚBLICOS ou INTERESSES PRIVADOS
ESPECIALMENTE RELEVANTES);

- RELATIVOS são aqueles criados para a tutela de interesses


particulares.

276
- Os CRITÉRIOS ABSOLUTOS, uma vez descumpridos, levam a
que se considere o juízo absolutamente incompetente, fato que pode
ser verificado de ofício e pode ser alegado em qualquer tempo e grau
de jurisdição (art. 64, § 1o).

277
Alegação de Incompetência –
Qualquer que seja a modalidade (absoluta ou relativa), deverá ser arguida no bojo
da contestação.
Qualquer arguição de incompetência (absoluta ou relativa) pode ser feita no
domicílio do Réu.
Ministério Público (fiscal da ordem jurídica e não mais fiscal da lei) poderá arguir
incompetência relativa nos casos em que intervier.

278
- Reconhecida a incompetência absoluta, os autos serão remetidos para o juízo
competente, mas não haverá automática declaração de nulidade dos atos
praticados, cabendo ao juízo competente a análise dos atos decisórios prévios.

- Preserva-se, inicialmente, a decisão dada pelo juízo incompetente. Salvo decisão


judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. É uma aposta
no princípio da preservação do processo.

279
- A decisão sobre competência deve ser imediata. § 2o Após manifestação
da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de
incompetência.

280
• A qualquer tempo?

281
É que o dispositivo constitucional apontado como malferido não foi objeto de debate e

decisão pelo Órgão Colegiado, inviabilizando a abertura da via

extraordinária, pela ausência de prequestionamento da questão ora

suscitada, não tendo o recorrente sequer oposto embargos declaratórios para

provocar a apreciação da matéria pelo Tribunal a quo.

282
Incidem, na espécie, os enunciados nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo Tribunal
Federal. Nesse sentido, confira-se: 1. Não se conhece do recurso extraordinário se a
matéria constitucional nele arguida não foi ventilada no acórdão recorrido e,
para sanar a omissão, não se lhe opuseram embargos de declaração.

283
Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel.
Min. Março Aurélio, 1ª Turma, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO
prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a
que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem
não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o
entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. Ressalte-se que, consoante entendimento
desta Corte, o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do
recurso extraordinário, ainda que se trate de matéria de ordem pública.

284
Nesse sentido cito o AI 657.656-ED/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 22.10.2010; e o AI 601.767-AgR/SC, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 23.3.2011, cuja ementa transcrevo: “EMENTA: REPERCUSSÃO GERAL. VÍCIOS PROCESSUAIS
E FORMAIS QUE IMPEDEM A REGULAR FORMAÇÃO E TRAMITAÇÃO DO RECURSO. PREJUÍZO DO EXAME DAS
QUESTÕES DE FUNDO. INVOCAÇÃO DO DEVER DE CONHECIMENTO POR OFÍCIO DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA E
SOCIAL. NÃO CABIMENTO NO EXAME DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. …2. A invocação de normas de ordem pública ou
social não supera deficiência recursal, como a falta de prequestionamento ou a omissão do argumento nas razões
recursais (art. 317, § 1º do RISTF).

(STF - AI: 798934 MG, Relator: Min. ROSA WEBER, Data de Julgamento: 04/10/2012, Data de Publicação: DJe-201 DIVULG
11/10/2012 PUBLIC 15/10/2012)

285
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício.

§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de


incompetência.

§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

286
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-MT Prova: VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto

João e José formam um casal homoafetivo, sem filhos, que possuem domicílio certo em Cuiabá. A empresa Y atua no ramo de
produção de cosméticos e também está localizada na capital do Estado do Mato Grosso. Com base nessas informações e nas regras
de competência fixadas no CPC/2015, assinale a alternativa correta.

A) No caso de falecimento de José ocorrido no estrangeiro, o foro de situação dos bens imóveis será o competente para processar e
julgar a ação de inventário.

B) No caso de ação de dissolução da união estável de João e José, será competente o foro do último domicílio do casal.

C) Se a empresa Y demandar ação de reparação de danos contra serventia notarial com sede no interior do Estado, por ato praticado
em razão do ofício, será competente o foro da Comarca de Cuiabá.

D) Tramitando no juízo da Comarca de Cuiabá ação de falência da empresa Y, a intervenção da União como interessada no feito
implicará na remessa dos autos à Justiça Federal.

E) Caso José proponha uma ação possessória imobiliária, terá competência relativa o juízo do foro de situação da coisa.

287
A- Errada
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito
tenha ocorrido no estrangeiro.

B - Correta
Art. 53. É competente o foro: I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e
reconhecimento ou dissolução de união estável: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do
último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes
residir no antigo domicílio do casal;

288
C - Errada
Art. 53. É competente o foro:
III - do lugar:
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;

289
D - Errada
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo
federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades
autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na
qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I - de recuperação
judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;

E- errada
CPC, art. 47, § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa,
cujo juízo tem competência absoluta.

290
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
RELATIVA

291
- Já a inobservância dos CRITÉRIOS RELATIVOS acarreta a incompetência
relativa, fenômeno que não pode ser declarado de ofício, dependendo de
alegação na primeira oportunidade em que o interessado em seu
reconhecimento tenha para manifestar-se nos autos para ser conhecido
(art. 65). Não havendo tal alegação, prorroga-se a competência (quem era
incompetente, passa a ser competente)

292
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não
alegar a incompetência em preliminar de contestação.

Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo


Ministério Público nas causas em que atuar.

293
OBJETIVO – MATÉRIA
CRITÉRIO ABSOLUTO OBJETIVO - PESSOA
(COMPETÊNCIA ABSOLUTA) FUNCIONAL

CRITÉRIO RELATIVO OBJETIVO – VALOR DA CAUSA


(COMPETÊNCIA RELATIVA) TERRITORIAL

294
OBJETIVO – MATÉRIA
CRITÉRIO ABSOLUTO OBJETIVO - PESSOA
(COMPETÊNCIA ABSOLUTA) FUNCIONAL

CRITÉRIO RELATIVO OBJETIVO – VALOR DA CAUSA


(COMPETÊNCIA RELATIVA) TERRITORIAL

295
OBJETIVO – MATÉRIA
CRITÉRIO ABSOLUTO OBJETIVO - PESSOA
(COMPETÊNCIA ABSOLUTA) FUNCIONAL

CRITÉRIO RELATIVO OBJETIVO – VALOR DA CAUSA


(COMPETÊNCIA RELATIVA) TERRITORIAL

296
- O critério (o territorial) se torna absoluto em alguns casos excepcionais.

- Ex: Competência territorial do foro da situação do imóvel para as demandas


fundadas em direito real imobiliário (art. 47, § 1o, in fine e § 2º) e no caso da
competência do foro de residência do idoso para as causas que versem sobre
direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso (art. 53, III, e, combinado com o
art. 80 da Lei no 10741/2003, na parte em que permanece vigente).

297
OBJETIVO – MATÉRIA
CRITÉRIO ABSOLUTO OBJETIVO - PESSOA
(COMPETÊNCIA ABSOLUTA) FUNCIONAL

CRITÉRIO RELATIVO OBJETIVO – VALOR DA CAUSA


(COMPETÊNCIA RELATIVA) TERRITORIAL

298
- Os critérios Valor da causa e Território PODEM SER MODIFICADOS.

- No interesse das próprias partes ou de interesses públicos superiores.

Ex: eleição de foro – interesse das partes.

Ex2: Evitar decisões conflitantes - interesse público - pode haver modificação de


competência em razão de conexão.

299
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual - Gestão Tributária
(Prova 3)

Em relação à competência, é correto afirmar:

A) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida
será proferida sentença com resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

B) Independentemente de sua natureza, prorrogar-se-á se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.

C) Caso a alegação de incompetência absoluta seja acolhida, o processo será sempre extinto sem resolução do mérito; se for
acolhida a alegação de incompetência relativa, os autos serão remetidos ao juízo competente.

D) Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca a competência já fixada.

E) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é derrogável por convenção das partes.

300
a) Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença SEM resolução
de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) Art. 65. Prorrogar-se-á a competência RELATIVA se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
c) Art. 64, § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos
ao juízo competente.
d) GABARITO (Súmula nº 58 do STJ)
e) Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é
INDERROGÁVEL por convenção das partes.

301
- CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA - só alcançam,
como dito, os critérios relativos de fixação da competência.

302
- Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou
pela continência, observado o disposto nesta Seção.

303
CRITÉRIO RELATIVO OBJETIVO – VALOR DA CAUSA
(COMPETÊNCIA RELATIVA) TERRITORIAL

304
- A PRIMEIRA CAUSA DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA É A
CONEXÃO.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando LHES FOR
COMUM O PEDIDO OU A CAUSA DE PEDIR.

Identidade de objeto ou de causa de pedir entre duas ou mais demandas.

305
- Estando em curso processos instaurados por demandas conexas – e ainda não
tendo sido proferida sentença em qualquer deles (art. 55, § 1o) – serão eles
reunidos para julgamento conjunto.

- A reunião se dará no juízo prevento (art. 58), que as decidirá simultaneamente.

- A prevenção do juízo é fixada pelo primeiro registro ou pela primeira


distribuição de petição inicial (art. 59).

306
- A reunião de causas conexas deverá ocorrer sempre que haja risco
de decisões contraditórias.

- Não havendo risco de decisões contraditórias, não há motivo para


reunirem-se os processos e se modificar a competência previamente
estabelecida.

307
- Deverá haver a reunião de processos para julgamento conjunto
MESMO EM CASOS NOS QUAIS, NÃO EXISTINDO
FORMALMENTE UMA CONEXÃO DE CAUSAS haja o risco de
decisões contraditórias (art. 55, § 3o).

- Ex: despejo por falta de pagamento + consignação de aluguéis e


acessórios da locação.

308
- A segunda causa de modificação da competência é a continência.

- Trata-se de um TIPO ESPECIAL DE CONEXÃO.

- Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto
às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das
demais.

- Mais ampla = demanda continente

- Mais restrita = demanda contida

309
- Continência entre demandas só é verdadeira causa de modificação da
competência quando a demanda continente tenha sido proposta posteriormente
à demanda contida, caso em que a reunião dos processos será sempre
obrigatória.

- Caso a DEMANDA CONTINENTE TENHA SIDO PROPOSTA


ANTERIORMENTE, O PROCESSO DA DEMANDA CONTIDA DEVERÁ
SER EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 57), POR
ABSOLUTA AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR.

310
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando
houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido
de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido


proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será
proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações
serão necessariamente reunidas.

311
COMPETÊNCIA – CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
RELATIVA – ELEIÇÃO DE FORO

- Podem as partes eleger um foro o qual passa a ser competente para conhecer das
causas entre elas.

- A eleição de foro exige forma escrita e tem de referir-se especificamente a um


determinado negócio jurídico.

312
- Proposta a demanda perante foro cuja competência deriva de uma cláusula de
eleição, incumbe ao juízo verificar a validade da convenção.

- CASO ESTA SEJA, DE OFÍCIO, REPUTADA ABUSIVA, O JUIZ


PRONUNCIARÁ SUA INEFICÁCIA E DETERMINARÁ A REMESSA
DOS AUTOS AO JUÍZO DO FORO DO DOMICÍLIO DO RÉU.

313
- Só será abusiva a cláusula de eleição de foro quando criar obstáculos
que tornem muito difícil ou impossível o exercício do direito de
defesa (ex: contrato de adesão celebrado entre uma sociedade empresária
de SP e um aderente domiciliado no Acre com eleição do foro paulista).

314
- Não havendo o controle de ofício da cláusula de eleição de foro O
VÍCIO DA CLÁUSULA NÃO PODERÁ MAIS SER
CONTROLADO SEM INICIATIVA DO INTERESSADO, QUE
DEVERÁ ARGUIR O VÍCIO DA ELEIÇÃO DE FORO NA
CONTESTAÇÃO, SOB PENA DE NÃO MAIS PODER FAZÊ-LO.

315
COMPETÊNCIA RELATIVA

- Prorroga-se a competência do juízo relativamente incompetente NO CASO


DE NÃO ARGUIR O RÉU A INCOMPETÊNCIA NA PRIMEIRA
OPORTUNIDADE DE QUE DISPONHA PARA SE PRONUNCIAR
NOS AUTOS (art. 65).

316
COMPETÊNCIA – CONFLITO DE COMPETÊNCIA

317
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes,
atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da
reunião ou separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência
declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro
juízo.

318
- Haverá conflito de competência sempre que DOIS OU MAIS JUÍZOS:

a) se declarem competentes para o mesmo processo (CONFLITO POSITIVO,


art. 66, I);

b) quando dois ou mais juízos se declarem incompetentes, atribuindo um ao outro


a competência (CONFLITO NEGATIVO, art. 66, II); ou

c) quando surgir, entre dois ou mais juízos, controvérsia acerca da reunião ou de


separação de processos (art. 66, III).

319
Conflito de Competência
- Ministério Público não intervirá em qualquer conflito de competência, mas somente naquelas causas em que ele já
intervenha.

- Juiz que não aceitar o processo declinado por outro, deve suscitar conflito.

320

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