Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
interinstitucionais...
Capitulo 3
Federalismo e políticas públicas
Pouco mais de uma década após publicar seu mais famoso trabalho
sobre federalismo, Riker provocou espanto ao afirmar que o federalismo
“não faz diferença significativa para a política pública” (Riker, 1975, p. 143).
Na visão desse autor, o federalismo não poderia ser responsabilizado pela
produção de resultados ou impactos específicos (Arretche, 2001; Souza,
2008) e, na melhor das hipóteses, poderia ser considerado uma variável
interveniente ou de menor importância (Stepan, 1999), sendo muito mais
importantes os padrões de distribuição de gostos ou preferências nas
populações enquanto fator explicativo. O espanto se deu não apenas pelo
conteúdo da afirmação, mas, principalmente, pela autoria, ao envolver um dos maiores
expoentes no tratamento do tema, tendo levado a uma
grande reação contrária (Volden, 2004). Mas, passadas algumas décadas,
a polêmica em torno dos efeitos do federalismo sobre políticas públicas
reemergiu, embora agora enfatizando novas questões, que serão aqui
abordadas.
2) Federalismo partidário
4. Federalismo fiscal
Federalismo partidário
A inexistência de partidos ou coalizões partidárias nacionais, capazes
de atuarem de forma significativa nos governos subnacionais e cuja coesão
interna na arena parlamentar seja suficiente para neutralizar interesses
provinciais na formação das preferências dos representantes na arena
parlamentar, dificulta sobremaneira a construção de políticas sociais de
caráter nacional. Em outra direção, a existência de partidos com essas
capacidades abre oportunidades para que atores ou grupos interessados
no desenvolvimento de políticas pró welfare state (Obinger; Leibfried;
Castles, 2005) sejam bem-sucedidos na estruturação daquelas políticas.