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Obras Rodoviárias – Técnico em Estradas – DNIT 2012

Teoria e Questões Comentadas


Profs. Fábio Amorim e Marcus V. Campiteli – Aula 4

AULA 4: Controle Tecnológico

Olá Pessoal! Como vão os estudos?

Nesta aula nº 4 abordaremos o item 7 do nosso edital: “Controle


tecnológico de compactação e pavimentação”.

Considero essa aula como uma das mais importantes, pois abrange
um assunto que fará parte do dia-a-dia de boa parte dos futuros
Técnicos do DNIT, nas rodovias pelo Brasil afora.

Além disso, o assunto tratado nesta aula guarda relação com os


temas abordados nas aulas 1 e 2 do nosso curso.

E por fim, posso garantir que o DNIT deseja que seus futuros técnicos
tenham um bom conhecimento sobre o tema desta aula, por isso,
creio que o examinador vai levar isso em consideração! Portanto,
bastante atenção aos conhecimentos repassados nesta aula!

Pessoal, nós traremos muitas informações novas nesta aula.


Basicamente, o controle tecnológico envolve o conhecimento de quais
os ensaios a serem feitos para cada material ou serviço (compactação
e camadas de pavimentação), e também o conhecimento de como
funciona cada um desses ensaios.

Quanto a este último aspecto, não creio que o examinador vá cobrar


detalhes esmiuçados sobre os ensaios. Isso será com certeza,
cobrado para o cargo de Técnico em Laboratório. É importante que
guardem na memória, principalmente, a finalidade de cada ensaio, e
para qual material ele se presta.

Agora, vamos à aula! Abraços a todos e bons estudos!

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AULA 4: CONTROLE TECNOLÓGICO

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução 3

2. Controle Tecnológico da compactação 6

2.1 Controle dos materiais 6

2.2 Controle da Execução da Compactação 7

2.3 Ensaios de Laboratório 8

3. Controle Tecnológico da pavimentação 24

3.1 Regularização do Subleito 24

3.2 Reforço do Subleito 26

3.3 Sub-base estabilizada


28
Granulometricamente

3.4 Base estabilizada Granulometricamente 28

3.5 Revestimento de Concreto Asfáltico 29

3.6 Ensaios de laboratório (Cimento Asfáltico


31
de Petróleo)

3.7 Ensaios de laboratório (Agregados) 35

3.8 Ensaios de laboratório (Mistura Asfáltica) 42

4. Questões Comentadas 43

5. Lista de questões apresentadas nesta aula 89

6. Gabarito 102

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1. Introdução

A execução de uma obra de engenharia, inclusive as obras


rodoviárias, demanda a escolha de materiais adequados, que devem
atender a critérios de qualidade especificados pelos órgãos
contratantes (o DNIT, por exemplo). Esses critérios consistem em
índices mínimos de qualidade necessários.

A escolha dos materiais utilizados se pauta pela realização,


durante o projeto, de estudos técnicos, econômicos e
ambientais, sendo que do ponto de vista técnico, devem atender
principalmente aspectos relacionados a: resistência, facilidade de
execução e durabilidade.

A escolha correta dos materiais, logicamente, influencia na qualidade


da rodovia durante a sua vida útil.

Rodovias bem e mal executadas

Já durante a execução da obra rodoviária, o desempenho de um


determinado material, de uma mistura ou mesmo de sua aplicação
pode ser avaliado de maneira direta, ou seja, durante a
realização dos serviços propriamente ditos. Entretanto, essa
avaliação direta demanda tempo, e nem sempre um determinado
material ou mistura pode esperar a avaliação de desempenho (ou
controle tecnológico) para atestar se as especificações técnicas
exigidas foram obedecidas ou não.
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Por essa razão, desenvolveu-se a avaliação indireta, por meio da


realização de testes (ensaios) em locais apropriados, chamados de
laboratórios, os quais, normalmente, ficam localizados no canteiro de
obras da empresa contratada para a construção da rodovia.

Vista de um laboratório de obras rodoviárias

Assim, o laboratório tem como finalidade sediar a realização de todos


os estudos e ensaios de controle tecnológico de execução de obra.
Compreendem setores para ensaios de solos, materiais
betuminosos, e concreto estrutural, sendo dotado de todo o
instrumental, equipamentos e acessórios necessários.

Cumpre ao contratado a realização das avaliações diretas e indiretas,


a qual deve ser permanentemente acompanhada e validada por
fiscais do órgão contratante.

Apesar de serem feitos indiretamente, as avaliações em laboratório


devem ser realizadas em tempo hábil, possibilitando a correção de
distorções ou erros que porventura tenham ocorrido em uma
determinada obra, garantindo, assim, o seu desempenho esperado.

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Um ponto em comum, é que os ensaios realizados diretamente e


indiretamente utilizam-se de amostras representativas, haja
vista a inviabilidade de se exercer o controle total, a todo tempo, de
todas as etapas da obra.

Nesse contexto, podemos dizer que o controle tecnológico se constitui


na amostragem dos serviços que estão sendo executados e na
realização de ensaios para atestar as diversas fases de execução,
desde a seleção dos materiais, misturas ou aplicação desses
materiais, e fases posteriores.

Como resultado, o recebimento de qualquer etapa de uma obra deve


estar condicionado ao atesto do controle tecnológico dos materiais e
serviços. É importante que tanto o executor da obra quanto o órgão
contratante realizem suas verificações de forma independente, para
que os resultados sejam livres de qualquer pressão e espelhem a
realidade da obra.

Portanto, por todas essas considerações, é de suma importância a


realização do controle tecnológico da obra de acordo com as normas
dos órgãos contratantes.

No programa do nosso concurso foi dada ênfase apenas ao controle


tecnológico realizado nos serviços de compactação e pavimentação
da rodovia, apesar de o controle tecnológico ser exigido também para
os demais serviços executados na obra (drenagem, bueiros,
sinalização, pontes, etc.). Desse modo, vamos nos ater ao programa
do concurso e abordar, apenas, o controle tecnológico necessário
para os serviços de compactação de terraplenagem e os principais
serviços de pavimentação de uma obra rodoviária.

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2. Controle tecnológico da compactação

No item 3.4 da nossa aula 1 vimos os principais aspectos


relacionados à compactação dos aterros. Vale a pena neste momento
reler aquele tópico para se ambientar aos temas que serão tratados
adiante.

Nesta aula, vamos estabelecer os procedimentos relacionados ao


controle tecnológico dessa compactação.

Assim sendo, nos subitens 2.1 e 2.2 seguintes, iremos ver quais as
avaliações diretas e indiretas exigidas pelo DNIT para a execução da
compactação dos aterros. No subitem 2.3 iremos conhecer como são
feitas cada uma dessas avaliações.

2.1. Controle dos materiais

O material a ser utilizado na confecção dos aterros deve ser avaliado


com base em diversos requisitos, em termos de características físicas
e mecânicas, de conformidade com o definido no projeto executivo, e
na norma DNIT 108-2009-ES1.

Nesse sentido, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

1
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT108_2009_ES.pdf
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Para o corpo do aterro:

Ensaio Amostra
01 ensaio de compactação
Para cada 1.000 m³
01 ensaio de granulometria

01 ensaio de limite de liquidez Para cada 10 amostras do


ensaio de compactação
01 ensaio de limite de plasticidade

Para a camada final do aterro: (últimos 60 cm do aterro).

Ensaio Amostra
01 ensaio de compactação Para cada 200 m³
01 ensaio de granulometria

01 ensaio de limite de liquidez

01 ensaio de limite de plasticidade Para cada 04 amostras do


ensaio de compactação
01 ensaio de Índice de Suporte
Califórnia (Proctor
Intermediário) e expansão

2.2. Controle da Execução da Compactação

Durante a compactação do aterro devem ser adotados os seguintes


procedimentos:

Ensaio Amostra
01 ensaio de massa específica
aparente seca “in situ” Deve ser definido em função
do risco de rejeição de um
com determinação do serviço de boa qualidade,
conforme a tabela a seguir.
Grau de compactação

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As determinações do grau de compactação (GC) devem ser


realizadas comparando-se os valores da massa específica aparente
seca "in situ" obtida no campo e da massa específica aparente
seca de laboratório, de modo que:

   í       "  "


  
 çã 
   í       "   ó "

  
 çã  100%

2.3. Ensaios de laboratório

Nos dois subitens anteriores citamos ensaios e termos inéditos, não é


mesmo? A seguir, vamos explicar o que significa cada um deles!

2.3.1. Ensaio de Compactação

O ensaio de compactação de solos é normatizado pelo DNIT pelo


método de ensaio DNER-ME 129/942.

Esse ensaio é realizado em laboratório, a partir das amostras dos


diversos solos que serão utilizados na compactação dos aterros
durante a obra.

2
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME129-94.pdf
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A realização desse ensaio tem como objetivo obter a umidade ótima


de compactação de cada solo a ser aproveitado como aterro durante
os trabalhos de terraplenagem.

Umidade Ótima

Não é desejável que o solo esteja bastante úmido durante o


processo de compactação, pois parte dessa água misturada aos
grãos irá evaporar, causando a diminuição do volume (contração)
do solo, que é um efeito indesejável. Por outro lado, se o solo
estiver muito seco, será maior a chance de absorção de água,
causando um inchamento também indesejável do seu volume.

Assim, cada solo durante a obra apresenta uma umidade ideal, ou


ótima, de compactação.

Além disso, os resultados desse ensaio irão determinar qual a


“massa específica aparente seca” que cada tipo de solo deverá
apresentar, após a realização dos trabalhos de compactação em
campo. É a chamada “massa específica aparente seca máxima”.

Massa específica aparente

As relações entre a quantidade de massa em um determinado


volume são denominadas massas específicas, e são geralmente
expressas em t/m³ ou g/cm³.

A massa específica aparente é determinada quando se considera


o material como um todo (forma aparente), sem descontar os
vazios que ficam entre as partículas.

Solo
Ar
Forma aparente: Água

Solo

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Outra observação importante é que, para cada energia de


compactação, teremos um valor de umidade ótima e o
correspondente valor de “massa específica aparente seca máxima”.

Energia de compactação

É a energia despendida pelo equipamento compactador na


realização dos trabalhos de compactação. As normas
trabalham com três energias padrão: Proctor Normal,
Proctor Intermediário, e Proctor Modificado.

Assim, para se determinar qual a umidade ótima e a massa específica


aparente seca máxima, utiliza-se o ensaio denominado ensaio de
compactação.

Nesse ensaio, verifica-se que o aumento de umidade de um solo


implica diretamente no aumento da massa específica aparente para
uma mesma energia de compactação. Porém esse aumento se dá até
determinado ponto, chamado de umidade ótima. A partir dessa
umidade, ao acrescentar água, a massa específica do solo diminui,
mostrando haver um excesso de água no solo.

No ensaio de compactação é obtida a massa específica aparente seca


do solo para, no mínimo, cinco umidades diferentes desse mesmo
solo. Por meio desses valores, obtém-se a curva de compactação,
conforme a figura a seguir:

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Massa
Específica
Aparente (γ)
Curva de
compactação
Massa específica
aparente máxima

Umidade (h)
Umidade
Ótima

Esses cinco pontos demonstram que, para baixos teores de umidade,


os solos apresentam baixo valor de massa específica aparente seca.
Com o aumento da umidade, a água atua como um lubrificante,
tornando o solo mais trabalhável, permitindo um melhor
entrosamento entre os grãos e reduzindo o percentual de vazios no
solo.

Quando é alcançada a umidade ótima, a massa específica alcança o


seu valor máximo. Com o acréscimo de umidade a partir desse ponto,
a água faz com que os grãos se afastem, aumentando o percentual
de vazios e, consequentemente, diminuindo a massa específica
aparente do solo.

O ensaio consiste inicialmente em secar uma amostra de solo ao ar


(aproximadamente 6 kg):

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Essa amostra de solo é inserida no molde padronizado, em cinco


camadas distintas:

Cada uma das cinco camadas é compactada com um soquete


metálico padronizado:

Verifica-se a massa do conjunto molde + solo compactado:


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Como o volume e a massa do cilindro são conhecidos, a massa


específica aparente seca do solo pode ser obtida por:

 "
 #   $ %  "
$
   í     
& 
  

Separa-se, posteriormente, uma pequena quantidade desse solo para


a verificação da sua umidade.

Esses procedimentos são realizados para cinco umidades diferentes


do mesmo solo, de forma a construirmos a curva de compactação, e,
consequentemente, determinarmos os valores da umidade ótima e
da massa específica aparente seca máxima desse solo.

Por fim, vale destacar que a energia de compactação a ser escolhida


no ensaio depende da finalidade daquela camada de solo. Para as
camadas do corpo do aterro, utiliza-se a energia de compactação
Proctor Normal, quando são realizados 12 golpes com o soquete
compactador por camada de solo dentro do molde.

Para as camadas finais de aterro é utilizada a energia Proctor


Intermediário, quando são realizados 26 golpes com o soquete
compactador por camada de solo dentro do molde. Essa energia é
também utilizada nas camadas de regularização do subleito, reforço
do subleito (quando existente), e camada de sub-base. (veremos isso
mais adiante).
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A energia do Proctor Modificado utiliza-se da compactação de 55


golpes com o soquete padronizado, e é a energia utilizada na
verificação da umidade ótima e massa específica aparente máxima da
camada de base.

2.3.2. Análise Granulométrica

A análise granulométrica dos solos é normatizada pelo DNIT pelo


método de ensaio DNER-ME 051/943.

Esse ensaio também é realizado em laboratório, a partir das amostras


coletadas para os ensaios de compactação, dos solos que serão
compactados nos aterros durante a obra.

Definição

O ensaio de granulometria é utilizado para determinar a distribuição


granulométrica do solo, ou, em outras palavras, a percentagem em
peso que cada faixa especificada de tamanho de grãos representa na
massa seca total utilizada no ensaio.

O ensaio de granulometria4 é dividido em duas partes distintas,


utilizáveis de acordo com o tipo de solo e as finalidades do ensaio
para cada caso particular. São elas: análise granulométrica por
peneiramento e análise granulométrica por sedimentação. Os
solos grossos (areias e pedregulhos), possuindo pouca ou nenhuma
quantidade de finos, podem ter a sua curva granulométrica
inteiramente determinada utilizando-se somente o peneiramento.

Em solos possuindo quantidades de finos significativas, deve-se


proceder ao ensaio de granulometria conjunta, que engloba as fases
de peneiramento e sedimentação.

3
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME051-94.pdf
4
Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=-9rL8MGfoIE
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Por meio dos resultados obtidos nesse ensaio, é possível a construção


da curva de distribuição granulométrica, que possui fundamental
importância na caracterização geotécnica do solo, principalmente no
caso dos solos grossos.

Exemplo de curva granulométrica de um solo

2.3.3. Determinação do limite de liquidez

Quando os solos apresentam uma umidade bastante elevada,


apresentando certa fluidez, dizemos que o solo se encontra em
estado líquido.

Quando ocorre a perda de umidade desse solo, ele passa para o


estado plástico. A umidade equivalente ao limite entre o estado
líquido e plástico é denominada limite de liquidez, ou LL.

Quanto maior a capacidade do solo em absorver a água sem entrar


no estado líquido, maior será o limite de liquidez desse solo.

O limite de liquidez é obtido de forma empírica por meio do


equipamento denominado “aparelho Casagrande”. O ensaio é

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normatizado pelo DNIT pelo método de ensaio DNER-ME 122/945,


sendo também realizado em laboratório, a partir das amostras
coletadas para os ensaios de compactação, dos solos que serão
compactados nos aterros durante a obra.

Aparelho Casagrande

Detalhes do Ensaio6

O ensaio consiste em inserir amostras de solo na concha do aparelho


com diferentes teores de umidade.

Para cada amostra inserida na concha do aparelho, é feito uma


canelura (abertura) na amostra, com um cinzel padronizado.

Em seguida, é iniciado o ensaio propriamente dito. A cada giro da


manivela, a concha se eleva e desce tocando a base do aparelho
(esse ciclo é chamado de golpe). O número de golpes do aparelho é
contado até o momento em que as bordas do solo se unem, numa
extensão de 1 cm.

Normalmente são feitos ensaios com três a cinco umidades


diferentes. Como resultado, tem-se o gráfico “umidade (%) x número

5
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME122-94.pdf
6
Vídeo Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=1N_jc014LH0
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de golpes”. De forma lógica, quanto maior a umidade do solo, menor


será o número de golpes necessários para unir as bordas.

100

Número de Golpes

25

10
45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65
52,8% Umidade h%

O limite de liquidez é o valor da abscissa correspondente ao ponto da


reta cuja ordenada represente 25 golpes. Assim, no exemplo do
gráfico anterior, o LL é igual a 52,8%.

2.3.4. Determinação do limite de plasticidade

O solo em estado plástico, ao perder umidade, chega a apresentar


certa desagregação quando trabalhado. Esse estado é chamado de
semissólido. A umidade equivalente ao limite entre os estados
plástico e semissólido é chamada de limite de plasticidade, ou LP.

O limite de plasticidade também é obtido de forma empírica,


normatizada pelo DNIT por meio do método de ensaio DNER-ME
082/947. Os equipamentos utilizados estão indicados a seguir:

7
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME082-94.pdf
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(3)

(4)
(1) (5)

(2)

Placa de vidro (1), cilindro comparador (2), cápsula de porcelana (3),


cápsulas de alumínio (4), espátula (5).

Esse ensaio também é realizado em laboratório, a partir das amostras


coletadas para os ensaios de compactação, dos solos que serão
compactados nos aterros durante a obra.

O ensaio8 consiste, basicamente, em separar uma amostra de solo e


moldá-la na forma de um cilindro de diâmetro uniforme sobre uma
placa de vidro. Quando o diâmetro do cilindro atinge 3 mm (igual ao
cilindro comparador), a amostra é novamente amassada, e repete-se
sucessivamente a operação de formar cilindros de 3 mm.

A partir do momento que a amostra de solo desagregar antes de o


cilindro atingir os 3 mm, a rolagem da amostra é interrompida, e
seus pedaços são transferidos para uma cápsula de alumínio, com o
objetivo de obter-se a umidade dessa amostra de solo.

8
Vídeo Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=voyfCB9wsiU&feature=relmfu
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As operações anteriores são repetidas até que se obtenham três


valores de umidade que não difiram da respectiva média em mais de
5%.

Assim, o limite de plasticidade é expresso pela média desses teores


de umidade.

Determinação do Índice de Suporte Califórnia


(ISC) ou California Bearing Ratio (CBR)

O CBR é uma medida de resistência do solo. O ensaio para obter


o CBR de um solo consiste em medir a relação entre a pressão
necessária para produzir uma penetração de um pistão num corpo de
prova de solo, e a pressão necessária para produzir a mesma
penetração numa brita padronizada.

Assim, o CBR é expresso em porcentagem, numa comparação entre a


resistência do solo e a resistência padronizada. Sendo que os valores
de CBR para solos podem variar de mínimos 1% até valores altos,
como maiores que 100%.

O ensaio é normatizado pelo DNIT por meio do método de ensaio


DNER-ME 049/949.

Esse ensaio também é realizado em laboratório, a partir das amostras


coletadas para os ensaios de compactação, dos solos que serão
compactados nos aterros durante a obra.

Basicamente, o ensaio consiste em moldar um corpo de prova de solo


que passa na peneira ¾’’, e compactá-lo na umidade ótima em
um molde cilíndrico de 150 mm de diâmetro e 125 mm de altura (1),
provido de um anel complementar de extensão com 50 mm de altura
(2).

9
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME049-94.pdf
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(1)
(3)

(2)

(1) Molde cilíndrico; (2) anel complementar e (3) prensa CBR

Após isso, o corpo de prova é imerso em água durante 4 dias.


Depois, o corpo de prova é inserido em uma prensa (3) e submetido
à penetração por meio do puncionamento, em sua face superior, de
um pistão de 50 mm de diâmetro, sob uma velocidade de penetração
constante. A partir daí anota-se a pressão do pistão correspondente
ao deslocamento de 2,54 mm (P 0,1’’) e 5,08 mm (P 0,2’’). O CBR do
solo será obtido pelo maior dos dois valores:

)*,," - .// )*,1" - .//


'(  e '( 
0/ ./2

Quando o corpo de prova é imerso na água, durante 4 dias, é


avaliada também a expansão axial do material em relação à altura
inicial do corpo de prova. São feitas leituras dessa expansão a cada
24 horas.

Solos com grande expansão sofrem grandes deformações quando


submetidos à ação do tráfego. Assim, um solo com bom
desempenho para a pavimentação deve possuir a menor
expansão possível.

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2.3.5. Determinação da massa específica


aparente seca “in situ”

Esse é muito importante!

Por esse ensaio, verifica-se a massa específica aparente do solo já


compactado no aterro. Diferentemente dos anteriores, esse ensaio é
realizado na pista já compactada, depois de o solo ter sido
compactado pelos rolos compactadores.

O objetivo desse ensaio é verificar se o solo apresenta a massa


específica aparente seca máxima e a umidade ótima
determinada em laboratório, durante o ensaio de compactação.

Esse procedimento é normatizado pelo DNIT por meio do método de


ensaio DNER-ME 092/9410 (Determinação da massa específica
aparente “in situ”, com emprego do frasco de areia).

Em resumo, o ensaio consiste nas seguintes etapas:

 Limpa-se a superfície da camada onde será feita a determinação


da massa específica, tornando-a plana e horizontal;

 Coloca-se a bandeja nesta superfície e faz-se uma cavidade


(furo) cilíndrica no solo com diâmetro igual ao furo da bandeja
e profundidade de cerca de 15cm:

10
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME092-94.pdf
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 Recolhe-se o solo tirado da cavidade, pesando-o:

Cavidade
Cilíndrica

 Toma-se uma amostra de solo determina-se o teor de umidade;

Para obtermos a massa específica aparente, resta


calcularmos o volume de solo retirado da cavidade.

Esse volume é calculado com base na massa de uma areia


padronizada que ocupa o mesmo volume do solo retirado.
Como a densidade dessa área é conhecida, calcula-se o
volume ocupado pelo solo. Para tal:

 Pesa-se o conjunto frasco com areia + funil.

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 Coloca-se o frasco apoiado na bandeja sobre a cavidade e abre-


se o registro, deixando a areia escoar até completar o volume
do furo e do funil + rebaixo, pesa-se o conjunto frasco com o
resto da areia + funil;

Por fim, compara-se o valor da massa específica aparente seca “in


situ” com o valor da massa específica aparente seca obtida em
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laboratório para avaliar qual o grau de compactação daquele solo:

   í       "  "


  
 çã 
   í       "   ó "

  
 çã  100%

No ensaio dos materiais de aterro, a umidade encontrada deve


variar em ± 3% da umidade ótima obtida em laboratório.

Após a realização dos ensaios de massa específica aparente “in situ”


e a avaliação do grau de compactação, a camada compactada
submetida ao ensaio torna-se apta ao recebimento da próxima
camada a ser construída.

3. Controle tecnológico da pavimentação

No item 1 da nossa aula 2 vimos os principais aspectos relacionados


ao pavimento da rodovia. Vale a pena neste momento reler aquele
tópico para se ambientar aos temas que serão tratados adiante.

Nesta aula, vamos estabelecer os procedimentos relacionados ao


controle tecnológico da construção das camadas do pavimento.

Nos subitens 3.1 a 3.5 seguintes, iremos ver quais as avaliações


diretas e indiretas exigidas pelo DNIT para a execução de cada do
pavimento, e, no subitem 3.6, iremos conhecer os principais ensaios
atrelados a esse controle.

3.1. Regularização do Subleito

A regularização do subleito é uma operação destinada a conformar o


leito estradal, transversal e longitudinalmente, obedecendo às
larguras e cotas da camada final de terraplenagem. Esse serviço

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compreende cortes ou aterros, em espessuras variáveis, de até


20 cm.

Por essa definição, podemos dizer que a regularização tem como


objetivo conformar a plataforma de terraplenagem, deixando-a nas
medidas requeridas pelo projeto de terraplenagem, e tornando o leito
estradal apto para receber a primeira camada do pavimento.

A regularização do subleito é uma operação que, se não for


executada com todos os requisitos técnicos, pode comprometer todo
o trabalho de pavimentação, pois, é o suporte sobre o qual vai ser
construído o pavimento. O subleito mal executado fatalmente trará
danos a toda a estrutura.

3.1.1. Controle dos Materiais

Os materiais utilizados na execução da regularização do subleito


devem ser rotineiramente examinados mediante a execução dos
seguintes procedimentos:

Ensaio Amostra
01 ensaio de compactação
01 ensaio de granulometria Para cada 200 m de pista*
01 ensaio de limite de liquidez ou por jornada de trabalho

01 ensaio de limite de plasticidade


01 ensaio de Índice de Suporte
Califórnia (Proctor Intermediário) Para cada 400 m de pista**
ou por jornada de trabalho
e expansão
* Em segmentos homogêneos, esse intervalo poderá ser para cada 400 m de pista
a critério da Fiscalização.

** Em segmentos homogêneos, esse intervalo poderá ser para cada 800 m de


pista, a critério da Fiscalização.

3.1.2. Controle da Execução do Serviço

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O controle da execução da regularização do subleito deve ser


exercido mediante a coleta de amostras e ensaios feitos de maneira
aleatória. Devem ser efetuados as seguintes determinações e
ensaios:

Ensaio Amostra
01 ensaio de Umidade antes da
Para cada 100 m de pista, ou
compactação. por jornada de trabalho.

O número e a frequência de
01 ensaio de massa específica determinações correspondentes
aparente seca “in situ” aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução
com determinação do e do produto devem ser
estabelecidos segundo um Plano
Grau de compactação de Amostragem aprovado pela
Fiscalização.

3.2. Reforço do Subleito

Após a conformação da geometria da plataforma de terraplenagem


(regularização do subleito), a rodovia está apta a receber a primeira
camada do pavimento, que pode ser o reforço do subleito.

Definição

O reforço do subleito é definido como uma camada de espessura


constante, estabilizada granulometricamente, executada sobre o
subleito devidamente compactado e regularizado, utilizada quando se
torna necessário reduzir espessuras elevadas da camada de sub-
base, originadas pela baixa capacidade de suporte do subleito.

Os solos utilizados nessa camada devem possuir resistência superior


à camada final do subleito.

3.2.1. Controle dos Materiais

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Os solos utilizados na execução do reforço do subleito devem ser


rotineiramente examinados mediante a execução dos seguintes
procedimentos, por camada executada, que são idênticos aos
realizados na regularização do subleito:

Ensaio Amostra
01 ensaio de compactação
01 ensaio de granulometria Para cada 200 m de pista*ou
01 ensaio de limite de liquidez por jornada de trabalho

01 ensaio de limite de plasticidade


01 ensaio de Índice de Suporte Para cada 400 m de
Califórnia (Proctor pista**ou por jornada de
Intermediário) e expansão trabalho
* Em segmentos homogêneos, esse intervalo poderá ser para cada 400 m de pista,
a critério da Fiscalização.
** Em segmentos homogêneos, esse intervalo poderá ser para cada 800 m de
pista, a critério da Fiscalização.

3.2.2. Controle da Execução do Serviço

O controle da execução da camada de reforço do subleito deve ser


exercido mediante a coleta de amostras e ensaios feitos de maneira
aleatória. Devem ser efetuados as seguintes determinações e
ensaios:

Ensaio Amostra
01 ensaio de Umidade antes da Para cada 100 m de pista, ou
compactação por jornada de trabalho.

O número e a frequência de
01 ensaio de massa específica determinações correspondentes
aparente seca “in situ” aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução
com determinação do e do produto devem ser
estabelecidos segundo um Plano
Grau de compactação de Amostragem aprovado pela
Fiscalização.

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3.3. Sub-base estabilizada


granulometricamente

A camada de sub-base é definida como a camada de pavimentação,


complementar à base e com as mesmas funções desta, executada
sobre o subleito ou reforço do subleito, devidamente compactada e
regularizada.

O termo estabilizado granulometricamente se refere à maioria dos


materiais que constituem a camada de sub-base e base. São as
camadas constituídas por solos, britas de rochas, ou ainda, pela
mistura desses materiais.

3.3.1. Controle dos Materiais e Execução

Os materiais e a execução das camadas de sub-base estabilizada


granulometricamente devem ser rotineiramente examinados
mediante a execução de procedimentos idênticos ao exposto na
camada de reforço do subleito e regularização do subleito.

3.4. Base estabilizada granulometricamente

A camada de base é definida como uma camada de pavimentação


destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos,
distribuindo-os adequadamente à camada subjacente, executada
sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente
regularizado e compactado.

3.4.1. Controle Tecnológico - Materiais e


Execução

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Os materiais e a execução dos serviços devem ser rotineiramente


examinados mediante a execução dos procedimentos semelhantes ao
exposto nas camadas de reforço do subleito e de sub-base, com
apenas duas diferenças:

 Submetem-se os materiais ao ensaio de equivalente de areia,


para cada 200 m de pista*ou por jornada de trabalho;

 O ensaio de índice de suporte Califórnia é realizado com a


energia de Proctor Modificado.

3.5. Revestimento de Concreto Asfáltico

O Concreto Asfáltico é definido como uma mistura executada a


quente, em usina apropriada, com características específicas,
composta de agregado graduado, material de enchimento
(fíler), se necessário e cimento asfáltico de petróleo (CAP),
espalhada e compactada a quente.

Essa camada é aquela em que mais se demanda um controle


tecnológico durante a obra, pois, além de ser a camada mais nobre
do pavimento, é aquela que receberá os maiores esforços do tráfego
de veículos.

3.5.1. Controle dos Materiais

CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO

O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:

Ensaio Amostra
01 ensaio de penetração
Para todo o carregamento de
01 ensaio de ponto de fulgor cimento asfáltico que chegar
até a obra.
01 ensaio de espuma

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Ensaio Amostra
01 ensaio de viscosidade Saybolt-
Furol
01 ensaio de Susceptibilidade
Térmica
Para cada 100 t
01 ensaio de viscosidade “Saybolt-
Furol” a diferentes temperaturas

AGREGADOS

O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

Ensaio Amostra
Desgaste Los Angeles Somente quando houver
dúvidas ou variações quanto
Adesividade
à origem e natureza dos
Índice de Forma materiais
02 ensaios de granulometria
01 ensaio de equivalente de areia
A cada jornada de 8 horas de
do agregado miúdo
trabalho
01 ensaio de granulometria do
fíler

3.5.2. Controle da Execução e Mistura

O controle da mistura asfáltica, e da sua implantação na pista


(execução) deve ser exercido por meio de coleta de amostras e
ensaios feitos de maneira aleatória de acordo com o Plano de
Amostragem aprovado pela Fiscalização. Ao mínimo, a norma do
DNIT exige os seguintes ensaios:

Ensaio Amostra
Verificação do teor de cimento
Para cada 700 m² de pista
asfáltico de petróleo

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Ensaio Amostra
01 ensaio de granulometria da
mistura
Medida de temperatura do
agregado, no silo quente da usina
Medida de temperatura ligante,
na usina
Medida de temperatura da
mistura, no momento da saída do A cada jornada de 8 horas de
misturador trabalho
03 ensaios de resistência Marshall
01 ensaio de tração por
compressão diametral em material
coletado após a passagem da
acabadora
O número e a frequência de
determinações correspondentes
aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução
01 ensaio de densidade aparente
e do produto devem ser
estabelecidos segundo um Plano
de Amostragem aprovado pela
Fiscalização.

3.6. Ensaios de laboratório (Cimento Asfáltico


de Petróleo)

3.6.1. Determinação da penetração

A dureza é uma medida da consistência dos asfaltos. Para a


determinação da dureza é realizado o ensaio de penetração,
normatizado pela ABNT NBR 6576/98 e Norma DNIT 155/2010-ME11.

Resumidamente, esse ensaio consiste na penetração de uma agulha


padrão de 100g numa amostra de CAP, por 5 segundos, à

11
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT155_2010_ME.pdf
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temperatura de 25ºC. A dureza é representada pela profundidade da


penetração, em décimos de milímetro.

Os resultados dos ensaios de penetração são utilizados para


classificar os cimentos asfálticos no Brasil.

A partir de julho de 2005, segundo Resolução da ANP12 n° 19 de


200513, somente são produzidos quatro tipos de cimentos asfálticos
de petróleo no Brasil: CAP 30-45, CAP 50-70, CAP 85-100 e CAP 150-
200.

Esses números associados representam a faixa de penetração a qual


o CAP deve possuir. Assim, o CAP 50-70, por exemplo, deve possuir
uma penetração entre 50 e 70 décimos de milímetro.

Penetrômetro Universal: equipamento utilizado no ensaio de


penetração.

3.6.2. Determinação do Ponto de Fulgor

O ponto de fulgor representa a menor temperatura na qual os


vapores emanados pelo asfalto se inflamam em contato com uma
chama padronizada.

12
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
13
Disponível em http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2005/julho/ranp%2019%20-
%202005.xml
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Quando produzida a mistura asfáltica, o asfalto pode ser aquecido a


temperaturas de até 177ºC. Deve-se assegurar, porém, que, nessa
temperatura, não exista riscos de explosões ou incêndios.

Assim, a norma estabelece que o ponto de fulgor deva ser de, no


mínimo, 235ºC para os cimentos asfálticos, o que dá certa segurança
para o manuseio na temperatura limite de 177ºC.

A norma brasileira14 que regra esse ensaio é a ABNT NBR


11341/2004, sendo que o equipamento utilizado nesse ensaio é
representado pela figura a seguir (Vaso Cleveland).

Equipamento utilizado no ensaio de Ponto de Fulgor

3.6.3. Ensaio de Espuma

Os cimentos asfálticos de petróleo não devem conter água. O asfalto


aquecido misturado com água pode gerar espumas em razão da
formação de bolhas de água aquecidas.

Desse modo, a liberação dessas bolhas após o aquecimento pode


causar explosões, implicando em acidentes tanto no armazenamento
quanto no transporte dos asfaltos.

14
Vídeos do ensaio disponíveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensa
ios_cimento_asfaltico_02.htm#PontodeFulgor
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Apesar de não haver ensaios normatizados para verificar a presença


de água no CAP, o normativo vigente estabelece que o CAP não pode
apresentar espuma quando aquecido a 175ºC15.

Assim, juntamente com o ensaio de ponto de fulgor, é um ensaio que


atesta a segurança do asfalto utilizado.

3.6.4. Determinação da Viscosidade Saybolt-


Furol

A viscosidade normalmente é associada à consistência dos cimentos


asfálticos. Assim:

 Materiais mais viscosos são mais consistentes, ou menos fluidos;


 Materiais menos viscosos são menos consistentes, ou mais fluidos.

A viscosidade do asfalto convencional é medida no Brasil por meio do


ensaio de viscosidade Saybolt-Furol16, normatizado pela ABNT-NBR
14950/2003.

Resumidamente, o ensaio consiste em inserir o asfalto dentro de um


recipiente, e aquecê-lo em determinadas temperaturas. No caso do
CAP, a viscosidade é medida a 135ºC, 150ºC e 177°C. Após o
aquecimento, o asfalto escoa por um orifício até atingir o volume de
60ml. Assim, a medida de viscosidade é representada pelo tempo
pelo qual o asfalto escoa no aparelho até completar esse volume,
sendo a unidade da medida em segundos Saybolt-Furol (SSF).

15
Vídeos disponíveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensa
ios_cimento_asfaltico.htm#EspumaÁgua
16
Vídeos disponíveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensa
ios_cimento_asfaltico_04.htm#ViscosidadeSayboltFurol
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Viscosímetro Saybolt-Furol

3.7. Ensaios de laboratório (Agregados)

3.7.1. Determinação da Umidade

Definimos teor de umidade (h) de uma amostra de solo como a


razão entre o peso da água (Pa) contida em um certo volume de solo
e o peso da parte sólida (Ps) existente nesse mesmo volume,
expressa em porcentagem.

)4
Assim: 3%  )5
6 100

O método de determinação da umidade de um solo consiste


basicamente em:

a) Determinar a massa total (Mt) da amostra;

b) Secar completamente a amostra;

c) Determinar a massa da amostra seca (Ms);

d) Por diferença, obter a massa da água na amostra original

(Ma = Mt – Ms);

e) Calcular o teor de umidade


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h = (Ma / Ms) x 100 (%)

A maneira de efetuar a secagem completa é a principal distinção


entre os processos para a determinação da umidade baseados neste
método.

Por essa metodologia, tem-se o método expedito do Álcool Etílico


(DNER-ME 088/94), o Método da Estufa (DNER-ME 213/94).

Diferencia-se dessa relação o Método "Speedy" (DNER-ME 052/94).

Por meio de uma reação química entre a água existente na amostra


úmida e o carbureto de cálcio, dentro de um recipiente hermético
(Speedy), nessa reação ocorrerá uma pressão.

Essa pressão que é função da quantidade de água existente na


amostra é correlacionada com valores de uma tabela onde se obtém
a umidade da referida amostra.

O procedimento básico consiste em colocar uma quantidade


conhecida de amostra úmida dentro do equipamento speedy, que é
função do tipo de solo – argila ou silte ou areia, colocar a quantidade
de cápsulas de carbureto de cálcio também função do tipo de solo –
argila ou silte ou areia, colocar duas esferas de aço, fechar o speedy
e agitar de maneira que as esferas de aço quebre as cápsulas de
vidro de carbureto, fazendo com que o carbureto das cápsulas reajam
com a água contida na amostra.

3.7.2. Determinação da Resistência à Abrasão

A resistência ao desgaste dos agregados é medida pelo ensaio de


abrasão “Los Angeles” (DNER-ME 035/9817), realizado em laboratório.

Definição

17
http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME035-98.pdf
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Os agregados utilizados em pavimentação devem possuir uma boa


resistência ao desgaste. O processo de fabricação das misturas
asfálticas, bem como a ação do tráfego de veículos sobre as camadas
mais superficiais revestimento asfáltico, demandam essa resistência
dos agregados.

Com o objetivo de avaliar o desgaste dos agregados é comumente


utilizado o ensaio de abrasão Los Angeles.

A abrasão “Los Angeles” de um agregado é o desgaste sofrido por


esse agregado quando colocado na máquina “Los Angeles”,
juntamente com uma carga abrasiva, submetido a um determinado
número de revoluções desta máquina à velocidade de 30 a 33 rpm. O
equipamento é o mostrado abaixo.

Equipamento para ensaio de abrasão Los Angeles

Basicamente, o ensaio de abrasão Los Angeles consiste em inserir,


dentro do equipamento mostrado na foto abaixo, 5 kg do agregado e
esferas de aço normatizadas.

O equipamento sofre diversas rotações, de modo que os agregados


sofram um desgaste proporcionado pelo contato com as esferas.

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Por meio da avaliação da massa de agregados retidos na peneira nº


12 (1,7mm) antes e depois das rotações, é que se obtém o índice de
abrasão.

O índice pode variar de 0 a 100%. Dessa forma, o índice zero


representa agregados muito duros e extremamente resistentes ao
desgaste, indicando que houve nenhum desgaste após o ensaio de
abrasão. Já o índice 100% representa agregados muito sensíveis ao
desgaste.

3.7.3. Determinação da Adesividade

É desejável que os agregados possuam uma boa adesividade com os


ligantes asfálticos. Essa propriedade não deve ser afetada na
presença de água, o que comprometeria a utilização do agregado e o
desempenho do pavimento.

A fim de verificar o desempenho do agregado quanto à adesividade,


foi normatizado o ensaio DNER-ME 078/9418.

Basicamente, o ensaio consiste em envolver uma amostra de


agregados ao ligante. Posteriormente, essa amostra é imersa na água
no período de 72 horas.

O resultado do ensaio é considerado satisfatório se o ligante envolto


no agregado não se deslocar. Caso contrário, será necessário
acrescentar à mistura asfáltica aditivo, do tipo melhorador de
adesividade.

Podemos dividir esses melhoradores de adesividade em dois grupos:

a) Sólidos – cal extinta, pó calcário, cimento portland;


b) Líquidos – dopes.

18
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME078-94.pdf
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Resultado da amostra e verificação da percentagem de cobertura

3.7.4. Determinação do Índice de Forma

A forma dos agregados influi diretamente na resistência das misturas


asfálticas.

Assim, para se obter uma melhor resistência, é desejável que os


grãos possuam formas cúbicas e de arestas afiladas, resultando
assim num maior intertravamento dos grãos.

Grãos lamelares (em formato de lâmina) ou alongados não são


desejáveis. Vejam as fotos abaixo:

agregados cúbicos (desejáveis) agregados lamelares (indesejáveis)

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Para se avaliar a forma dos grãos, é utilizado chamado o índice de


forma, normatizado pela norma DNER-ME 086/9419. Esse índice varia
de 0 a 1, onde o valor 1 denota uma ótima cubicidade, e o valor 0
denota agregados lamelares.

3.7.5. Determinação do Equivalente de Areia do


agregado miúdo

Os agregados para serem usados na pavimentação asfáltica devem


ser isentos de substâncias nocivas, tais como argila, matéria
orgânica, vegetação, etc. Tais exigências caracterizam, assim, a
limpeza do agregado.

No caso dos agregados miúdos (areia, por exemplo), existe um


ensaio em que é possível avaliar o percentual de impurezas. Trata-se
do ensaio de equivalente de areia (DNER-ME 054/9720).

Basicamente, tal ensaio consiste em obter uma amostra com grãos


inferiores a 4,8 mm e inseri-la em uma solução padronizada de
cloreto de cálcio, glicerina e formaldeído dentro de uma proveta.
Após 20 minutos em repouso, a solução contendo o agregado é
agitada, e, após isso, aguarda novamente em repouso por mais 20
minutos.

O resultado pode ser demonstrado na figura a seguir:

19
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME086-94.pdf
20
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME054-97.pdf
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Solução

Argila (impurezas)

Agregados

O equivalente de areia é obtido a partir da relação entre a altura, na


proveta, dos agregados, e a altura das impurezas.

Desse modo, quanto maior for o resultado dessa relação, maior será
a quantidade de agregados em comparação a quantidade de argila
(impurezas) nos agregados, correto? Portanto, é desejável que o
equivalente de areia seja o maior possível.

3.7.6. Determinação do Teor de Cimento


Asfáltico de Petróleo

Durante a confecção e execução de uma mistura betuminosa surge a


necessidade e a obrigação de se controlar alguns parâmetros
principais que foram definidos durante o processo de dosagem, um
deles é o teor de cimento asfáltico de petróleo projetado para o
concreto asfáltico.

Para isto, normalmente é utilizado um ensaio específico, realizado por


meio de um extrator centrífugo conhecido por Rotarex, que
promoverá a separação da parte granular da parte ligante de uma
amostra da mistura em questão.

Após esta separação pode-se conferir a proporção de agregados e a


proporção de asfalto da mistura e confrontar estes resultados com os
de projeto.

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O ensaio é normatizado pelo DNIT por meio do método de ensaio


DNER-ME 053/9421.

3.8. Ensaios de laboratório (mistura asfáltica)

3.8.1. Determinação da Resistência Marshall

A aplicação de revestimentos asfálticos deve ser precedida por


ensaios que permitam a obtenção do teor (quantidade) de ligante a
ser utilizado na mistura, para que a mesma se enquadre dentro de
especificações que são definidas com a finalidade de evitar a
desagregação da mistura, por falta de ligante, ou superfícies
escorregadias e deformáveis, por excesso de ligante.

Por meio do ensaio Marshall determina-se a quantidade ótima de


ligante a ser utilizada em misturas asfálticas a quente, destinadas à
pavimentação das rodovias.

Com esse ensaio é possível também determinar a estabilidade, que é


a resistência máxima à compressão radial, apresentada pelo corpo de
prova.

Durante a execução da obra, é realizado o ensaio Marshall com vistas


a averiguar se a resistência da mistura prevista em projeto está
sendo atendida com a mistura que está sendo fabricada na usina de
asfalto.

O ensaio é normatizado pelo DNIT por meio do método de ensaio


DNER-ME 043/9522.

21
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME053-94.pdf
22
Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME043-95.pdf
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Prensa Marshall

4. Questões Comentadas
1) (100-E - PETROBRAS/2008 - Cespe) A curva de
compactação relaciona valores de coesão do solo com o grau
de umidade ensaiado.

A curva de compactação relaciona teores de umidade com as


correspondentes massas específicas aparentes secas do solo
analisado.

Essa curva decorre do ensaio de compactação, que consiste na


compactação de camadas de um solo dentro de um cilindro
padronizado por meio de soquete padronizado, cujo número de
camadas, altura e peso do soquete dependem da energia de
compactação utilizada. Esse processo é repetido para diferentes
teores de umidades, em que se calcula as respectivas massas
específicas aparentes secas.

A máxima massa específica aparente seca corresponde à umidade


ótima, conforme a figura abaixo:
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O solo compactado com a máxima massa específica aparente seca


apresenta o mínimo de vazios fornecendo ao solo a máxima
estabilidade diante das cargas previstas e ulteriores variações de
umidade.

Segundo a norma DNER ME 129/94, a amostra de solo pode ser


compactada nas energias de compactação normal, intermediária e
modificada. Essa norma prevê a utilização de soquete de
aproximadamente 4,5 kg, com 5 cm de diâmetro a compactar as
camadas com o soquete caindo a uma altura de 45 cm. Compactam-
se 5 camadas que totalizam 12,5 cm. As diferentes energias de
compactação citadas são obtidas pela aplicação de 12, 26 e 55 golpes
por camada, respectivamente.

Gabarito: Errada

2) (85 - SGA-AC/2008 - Cespe) Com os resultados do ensaio


de compactação proctor, pode-se determinar a umidade ótima
para compactação.

Conforme visto na questão anterior, a finalidade do ensaio de


compactação é correlacionar as massas específicas aparente secas da
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amostra do solo compactado sob uma determinada energia com


diferentes teores de umidade.

A energia de compactação é aplicada no laboratório por meio de um


soquete de 4,5 kg caindo de 45,7 cm com 12, 26 ou 55 golpes por
camada, em 5 camadas – DNER 129/94-ES.

As energias de compactação correspondem ao número de golpes por


camada:

- energia normal – PN: 12 golpes/camada

- energia intermediária - PI: 26 golpes/camada

- modificada - PM: 55 golpes por camada

São compactados corpos de prova em diferentes teores de umidade -


h, a partir dos quais são obtidas, primeiramente, a massa específica
aparente úmida – h, pela divisão entre o peso total da amostra e o
volume total. Conhecendo-se esses dois fatores: teor de umidade e
massa específica aparente úmida, obtém-se a massa específica
aparente seca da amostra compactada, pela fórmula:

A partir dos pares ordenados (h, s) obtém-se um gráfico


denominado Curva de Compactação, conforme a seguir:

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Fonte: Manual de Pavimentação do DNIT

O teor de umidade que corresponde à máxima massa específica


aparente seca corresponderá à umidade ótima - hot.

Em campo, a massa específica aparente seca das camadas


compactadas deverá ser maior ou igual à massa específica aparente
seca máxima obtida em laboratório, na energia especificada, para o
mesmo solo.

Gabarito: Correta

3) (89 - TCE-PE/2004 - Cespe) A energia de compactação


empregada no ensaio Proctor normal é maior que a energia
empregada no ensaio Proctor modificado.

Na questão anterior vimos que no ensaio PM o número de golpes (56


por camada) é maior que no ensaio PN (12 golpes por camada).
Logo, a energia aplicada na compactação das camadas do corpo de
prova do ensaio PM é maior que do ensaio PN.

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Gabarito: Errada

4) (92 - TRT-17/2009 - Cespe) O ensaio de compactação do


tipo Proctor normal emprega energia de compactação menor
que o ensaio do tipo Proctor modificado.

Questão semelhante, apenas com a troca do “maior” pelo “menor”.

Gabarito: Correta

5) (89 – PF Regional/2004 - Cespe) O grau de compactação


do solo em uma obra de pavimentação é dado pela razão entre
o peso específico seco do solo no campo e o peso específico
seco máximo obtido em ensaios de laboratório.

De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, para comprovar


que a compactação está sendo executada devidamente, deve-se
determinar sistematicamente a umidade e a massa específica
aparente do material.

Para esse controle pode ser utilizado o speedy na determinação da


umidade (DNER ME 052/94), e processo do frasco de areia na
determinação da massa específica (DNER ME 092/94).

Chama-se grau de compactação ao quociente resultante da divisão da


massa específica obtida no campo pela massa específica máxima
obtida no laboratório:

Gabarito: Correta
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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para


uma ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a
execução de todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de
sondagem à percussão, executada no local, e cujos resultados
são mostrados na figura. O aterro será compactado com grau
de compactação igual a 80% e com desvio de umidade
máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de
compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do
peso específico úmido de cada camada compactada, ao final
da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia.
Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma
camada de reforço de geogrelha, com resistência a tração
igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para a ponte
é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento.
Com relação a essa proposta, julgue os itens de 129 a 136.

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6) (134 - TCU/2005 - Cespe) As especificações de


compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias
para as características da obra.

As especificações propostas determinam que o aterro será


compactado com grau de compactação de 80%. A norma DNIT
108/2009-ES – Terraplenagem – Aterros – Especificações de Serviço
estabelece massa específica aparente seca correspondente a 100%
da massa específica aparente seca do ensaio realizado pela norma
DNER-ME 129/94, Método A (12 golpes por camada – energia normal
de compactação) para o corpo do aterro e 100% da massa específica
aparente seca do ensaio realizado pela norma DNER-ME 129/94,
Método B (26 golpes por camada – energia intermediária de
compactação) para a camada final do aterro.

Ademais, o controle da compactação do aterro baseia-se na


massa específica aparente seca de cada camada compactada e não
na massa específica úmida.

Portanto, as especificações de compactação do solo de aterro


propostas são insatisfatórias para as características da obra.

Gabarito: Correta

7) (136 - TCU/2005 - Cespe) O controle de compactação do


aterro com base somente na obtenção do peso específico
úmido, como proposto no projeto, é insatisfatório.

O controle de execução do aterro se dá pelo grau de


compactação, que corresponde à relação entre a massa específica
aparente seca da amostra da camada de aterro compactado e a

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massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório,


correspondente à umidade ótima.

A massa específica aparente seca a partir da massa específica


úmida e do teor de umidade. Este pode ser obtido em campo pelo
ensaio denominado speedy - DNER-ME 052/94. A partir da umidade e
da massa específica aparente úmida (obtida em campo, pelo ensaio
do frasco de areia - DNER-ME 092/94) encontra-se o peso específico
aparente seco, por meio das fórmulas:

- Teor de umidade:

- Peso específico aparente seco:

- Peso específico aparente úmido:

- Peso específico aparente seco a partir do peso específico úmido e do


teor de umidade:

Sendo:

Pa – peso da água

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Pg – peso dos grãos sólidos = peso do solo seco

Pt – peso total = Pa + Pg

Vt – volume total

Gabarito: Correta

8) (35 – CGU/2012 – ESAF) A compactação é realizada


visando obter a máxima estabilidade dos solos, na qual são
avaliados os valores de densidade seca máxima e do teor de
umidade ótimo. Com relação a este processo de estabilização
de solos, é correto afirmar que

a) o teor de umidade ótimo aumenta com o aumento da


energia de compactação.

Ao contrário pessoal, quanto maior a energia de compactação


aplicada, menor é o teor de umidade ótima obtido.

b) o grau de compactação é obtido a partir da relação entre o


peso específico máximo obtido em laboratório em relação ao
peso específico máximo obtido em campo.

É o contrário, o grau de compactação é obtido a partir da relação


entre o peso específico obtido no campo em relação ao peso
específico máximo obtido no laboratório.

c) a umidade ótima representa o valor de umidade em que o


solo encontra-se completamente saturado.

A umidade ótima visa obter a máxima densidade do solo de forma a


obter a máxima estabilidade dos solos. Quando o solo encontra-se
saturado, ou seja, com 100% dos volume vazios preenchidos com

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água, as partículas terão parcela mínima de atrito entre elas, não


permitindo-se obter a estabilidade desejada.

d) o ramo úmido coincide com teores de umidade em que o


atrito entre as partículas encontra-se totalmente mobilizado.

A água dos vazios do solo reduz o efeito do atrito entre as partículas.


No ramo úmido estão os teores de umidade acima da umidade ótima,
ou seja, com o atrito entre as partículas reduzido.

e) o coeficiente de permeabilidade tende a decrescer com o


aumento da energia de compactação.

Quanto maior a energia de compactação, maior é a massa específica


aparente seca obtida, ou seja, menor volume de vazios o que implica
em menor coeficiente de permeabilidade do solo.

Gabarito: E

9) (104 - TCU/2009 - Cespe) O método para a realização do


ensaio de índice suporte Califórnia, padronizado pelo DNER
(atual DNIT) fornece também informações acerca da
capacidade de expansão do solo.

Este ensaio é preconizado pela norma DNER-ME 049/94 – Solos –


determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não
trabalhadas.

O índice de suporte Califórnia é a relação entre a resistência à


penetração de um cilindro padronizado numa amostra de solo
compactado e a resistência do mesmo cilindro em uma pedra britada
padronizada.

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E este ensaio permite também obter-se um índice de expansão do


solo durante o período de saturação do corpo-de-prova (4 dias) sob
carga de 4,5 kgf, conforme procedimento previsto no item 5.2 da
norma DNER-ME 049/94.

Esse índice é essencial no dimensionamento do pavimento flexível,


conforme apresentado na Aula Demonstrativa.

Gabarito: Correta

10) (119 - TCU/2009 - Cespe) O valor do índice suporte


Califórnia do subleito e dos materiais constituintes do
pavimento é utilizado no método de dimensionamento de
pavimentos flexíveis, conhecido como método do DNER (atual
DNIT).

Conforme foi apresentado na Aula Demonstrativa, o valor do ISC ou


CBR (California Bearing Ratio) das camadas de solo é utilizado no
dimensionamento. Contudo, o revestimento também faz parte do
pavimento e não cabe este valor a ele, que nesse caso (pavimentos
flexíveis), é o material asfáltico.

Gabarito: Errada

11) (74 – SEPLAG-DETRAN-DF/2009 - Cespe) No CBR


(california bearing ratio) ou índice de suporte califórnia, o
valor da resistência à penetração de determinado material é
computado em porcentagem, sendo 100% o valor
correspondente à penetração em uma amostra do mesmo
material, obtido no ensaio de compactação a 100% do proctor
normal, adotado como padrão de referência.

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Vamos relembrar: o índice de suporte Califórnia é a relação entre a


resistência à penetração de um cilindro padronizado numa amostra
de solo compactado na energia especificada e umidade ótima e a
resistência do mesmo cilindro em uma pedra britada padronizada.

O valor de 100% corresponde à penetração em uma amostra de


pedra britada padronizada (70 kgf/cm2 a 0,1” e 105 kgf/cm2 a 0,2”),
referência para esse ensaio, em vez de uma amostra do mesmo
material ensaiado.

Segundo a norma DNER-ME 049/94, as amostras são submetidas a


12, 26 ou 56 golpes por camada, a depender da finalidade do
material ensaiado: subleito, sub-base e base, respectivamente. Logo,
a amostra pode ser obtida no ensaio de compactação de proctor
intermediário (26 golpes) e modificado (56 golpes) também.

Portanto, a questão apresenta pelo menos dois erros.

Gabarito: Errada

12) (106 - TCU/2009 - Cespe) Na determinação do teor de


umidade de um solo, a massa mínima da amostra úmida a ser
utilizada dependerá do tamanho máximo das partículas de
solo.

Segundo a norma DNER-ME 213/94 – Solos – determinação do teor


de umidade: “5. Amostra – 5.1. Coletar uma amostra representativa
do material do qual se deseja determinar o teor de umidade, na
quantidade prescrita pelo método de ensaio que se estiver
executando. Caso não haja indicação dessa quantidade, adotar as
massas mínimas constantes da Tabela a seguir. “Tabela – Massas

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mínimas das amostras de material úmido, em função do


tamanho máximo das partículas.”

Contudo, a assertiva é questionável, pois a adoção de massas


mínimas das amostras de material úmido em função do tamanho
máximo das partículas ocorre caso não haja indicação dessa
quantidade. E para a determinação do teor de umidade, há outras
duas normas, que estabelecem outros critérios de determinação das
massas mínimas das amostras, conforme a seguir:

- DNER-ME 052/94 – Solos e agregados miúdos – determinação


da umidade com emprego do “Speedy”. Nessa norma consta que o
peso da amostra a ser utilizada é estimado pela umidade que se
admite a amostra possuir.

- DNER-ME 088/94 – Solos – determinação da umidade pelo


método expedito do álcool. Nessa norma consta o seguinte: “Tomam-
se cerca de 50 g de solo a ser ensaiado, passando na peneira de 2,0
mm.

À época entramos com recursos nessa questão, contudo, a banca


decidiu manter o gabarito original. Há apenas uma diferença entre a
primeira norma e as outras duas no título, em que na primeira consta
a determinação do teor de umidade, enquanto nas outras duas consta

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apenas determinação da umidade. Essa pode ter sido a razão para a


manutenção do gabarito.

Contudo, na parte inicial da norma DNER-ME 052/94, no resumo,


consta: “Este documento, que é uma norma técnica, fixa o
procedimento para a determinação expedita do teor de umidade de
solos e agregados miúdos pelo uso em mistura com carbureto de
cálcio, colocada em dispositivo medidor de pressão de gás,
denominado “Speedy”.” (grifou-se)

Gabarito: Correta

13) (52 - SEMAF-RN/2004 - Cespe) A determinação do teor


de umidade pode ser feita diretamente no campo.

Conforme vimos na questão anterior, os métodos denominados


“Speedy” e “expedido do álcool” são destinados para verificação do
teor de umidade em campo, para o controle da compactação.

Gabarito: Correta

14) (34 – CGU/2012 – ESAF) Os limites de consistência


permitem avaliar as diferentes condições dos solos em função
do seu teor de umidade em relação à composição química e
mineralógica dos solos. Assim, considerando o gráfico e a
tabela abaixo, os valores do LP, LL e IP obtidos
respectivamente para o solo analisados são

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a) 53, 39 e 14.
b) 51, 35 e 12.
c) 53, 34 e 19.
d) 53, 42 e 11.
e) 14, 53 e 43.

Segundo a norma DNER ME 122/94, o limite de liquidez é o teor


de umidade do solo com o qual se unem, em um centímetro de
comprimento, as bordas inferiores de uma canelura feita em uma
massa de solo colocada na concha de um aparelho normalizado
(Casagrande), sob a ação de 25 golpes da concha, sobre a base
desse aparelho. O limite de liquidez marca a transição do estado
plástico ao estado líquido. É representado por LL, expresso em
percentagem.

Pelo gráfico, denominado Curva de Fluidez, verifica-se que o


teor de umidade correspondente a 25 golpes é de 53%. Portanto o LL
= 53%.

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O LL é o limite em que, se o solo perder umidade, passa do


estado líquido para o estado plástico.

O Limite de Plasticidade - LP é o teor de umidade (%) do solo


com o qual ele começa a fraturar quando se tenta moldar um cilindro
de 3 mm de diâmetro e 10 cm de comprimento, de acordo com a
norma DNER-ME 082/94.

É o limite em que, se o solo perder umidade, passa do estado


plástico para semi-sólido.

Separam-se cerca de 20 g da amostra de solo misturada com


água, modelando-a na forma elipsoidal. Rola-se esta massa entre os
dedos e a face esmerilhada da placa de vidro, com pressão suficiente,
a fim de moldá-la na forma de um cilindro de diâmetro uniforme. O
número de rolagens deverá estar compreendido entre 80 e 90 por
minuto, considerando-se uma rolagem como o movimento da mão
para a frente e para a trás, retornando ao ponto de partida.

Ao se fragmentar o cilindro, transferem-se imediatamente os


seus pedaços para o recipiente e determina-se o teor de umidade.

O LP é expresso pela média dos teores de umidade obtidos.

Com os dados da tabela fornecida na questão pode-se


determinar o teor de umidade médio a ser atribuído ao LP:

- Cápsula 15: h = ((10,15 – 9,47)/(9,47 – 7,79)) = 40%

- Cápsula 24: h = ((10,02 – 9,38)/(9,38 – 7,7)) = 40%

- Cápsula 33: h = ((10,3 – 9,52)/(9,52 – 7,59)) = 38%

- Cápsula 32: h = ((9,86 – 9,27)/(9,27 – 7,74)) = 38%

- Cápsula 29: h = ((9,62 – 9,06)/(9,06 0 7,63)) = 39%

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Média dos teores de umidade h = 39%. Com isso, o LP = 39%.

O índice de plasticidade – IP = LL – LP = 53% - 39% = 14%.

Pessoal, a forma como está o comando desta questão pode


confundir o candidato, pois ela pediu os valores do LP, LL e IP obtidos
respectivamente para o solo analisados, ou seja, o primeiro valor
deveria corresponder ao LP, o segundo ao LL, e o terceiro ao IP.

Contudo, as opções apresentam o primeiro valor


correspondente ao LL e o segundo valor ao LP. Isso confunde o
candidato.

Gabarito: A

15) (79 - PF/2004 - Cespe) Para um mesmo solo, o ensaio de


compactação tipo proctor modificado fornece uma umidade
ótima menor que a do ensaio proctor normal.

O Proctor Modificado é o ensaio realizado com energia de


compactação maior que o Proctor Normal. Com maiores energias
obtém-se maiores pesos específicos aparentes secos com menores
umidades, conforme a figura 13 abaixo, do Manual de Pavimentação
do DNIT:

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A linha de ótimos passa pelos pontos que representam os pesos


específicos aparentes máximos para as diferentes energias de
compactação sobre o mesmo solo, ou seja, é o lugar geométrico dos
vértices das curvas obtidas com diferentes energias de compactação
e separa os ramos secos dos úmidos.

Quanto mais alta a curva, mais alta a energia de compactação,


resultante de pesos específicos aparentes secos maiores e umidades
ótimas menores.

Gabarito: Correta.

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16) (94 - PF/2004 - Cespe) O ensaio de frasco de areia pode


ser utilizado para a determinação da massa específica do solo
no campo em obras de pavimentação.

Esse ensaio é o mais utilizado para se calcular o peso específico


aparente do solo compactado em campo com o objetivo de controlar
o seu grau de compactação.

O procedimento desse ensaio é descrito na norma DNER-ME 092/94:

• Escava-se um V determinado no solo

• Pesa-se o solo retirado (Ph)

• Enche-se o buraco com areia de densidade conhecida

• Pesa-se o frasco após o derrame da areia obtendo-se o


Volume do solo retirado (Vt)

• Tendo o peso e o volume totais obtém-se a massa


específica aparente.

• Com a determinação do teor de umidade - h (estufa,


speedy, álcool), obtém-se a massa específica aparente
seca a partir da massa específica aparente úmida e h,
pela fórmula:

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Gabarito: Correta

17) (36-1 - PF/2002 - Cespe) O ensaio de frasco


frasc de areia
pode ser utilizado para a determinação do grau de
compactação do material na região B do corpo da barragem.

Pessoal, esta questão foge um pouco de obras rodoviárias, mas o


foco aqui é acerca da aplicação do ensaio do frasco de areia no
controle
e da compactação de solos. Portanto, conforme o Manual de
Pavimentação do DNIT:
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“Para comprovar se a compactação está sendo feita devidamente,


deve-se determinar sistematicamente a umidade e a massa específica
aparente do material. Para esse controle pode ser utilizado o speedy
na determinação da umidade (DNER ME 052/94), e processo do
frasco de areia na determinação da massa específica (DNER ME
092/94).”

Cálculo do grau de compactação:

Não sendo atingida a compactação desejada, a qual não deverá ser


inferior a determinado valor do grau de compactação (fixada pela
especificação adotada), o material será revolvido e recompactado.

Gabarito: Correta

18) (TRE-BA/2010 – Cespe) O peso específico aparente de


um tipo de solo pode ser determinado em campo com o
emprego do processo do frasco de areia.

Conforme vimos nas questões anteriores, a questão está correta.

Gabarito: Correta

19) (119 - STM/2004 - Cespe) Caso o solo empregado na


construção do aterro seja um solo coesivo, o método do frasco
de areia pode ser utilizado para a determinação da sua massa
específica no campo.

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Conforme vimos na questão anterior, cujo solo também era argiloso,


ou seja, coesivo, pode-se utilizar o método do frasco de areia para a
determinação da sua massa específica no campo.

Gabarito: Correta

20) (51 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O ensaio de frasco de


areia destina-se ao controle da umidade de compactação em
obras de aterro.

Conforme vimos, este ensaio destina-se ao controle da compactação


do solo, por meio da determinação da massa específica aparente
úmida, a partir da qual, em conjunto com o teor de umidade,
determina-se a massa específica aparente seca.

Gabarito: Errada

21) (62 - PMV/2008 - Cespe) Ensaio da massa específica


aparente seca in situ é um tipo de ensaio utilizado no controle
tecnológico de aterros.

Conforme verificamos nas questões anteriores, o objetivo do ensaio


de frasco de areia é obter a massa específica aparente, a partir da
qual, em conjunto com o teor de umidade, determina-se a massa
específica aparente seca, que tem que ser maior ou igual à massa
específica aparente seca máxima obtida no laboratório, para o
controle das camadas compactadas de aterro.

Gabarito: Correta

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22) (38-5 - PF/2002 - Cespe) O ensaio de sedimentação visa


a obtenção das dimensões dos grãos da fração fina do solo.

Exatamente, o ensaio de sedimentação visa a estabelecer a


granulometria da fração fina do solo (material que passa na peneira
nº 200 – Ø < 0,075 mm), enquanto o peneiramento é adotado para
se determinar a granulometria da parcela de partículas mais grossas
(Ø > 0,075 mm).

Na análise granulométrica, as partículas do solo são separadas em


grupos pelas suas dimensões (frações de solo) e determinam-se suas
proporções relativas ao peso total da amostra, o que permite a
identificação do solo pelos sistemas de classificação adotados.

Por exemplo, pode-se classificar as frações do solo analisado em:


Matacão, Pedra, Pedregulho, Areia (Grossa, Média e Fina), Silte e
Argila, de acordo com os seus diâmetros.

O processo de Peneiramento é indicado para a fração com diâmetro >


0,075 mm.

E a sedimentação para diâmetro < 0,075 mm. O ensaio de


sedimentação encontra-se preconizado na norma DNER ME 051/94.
Aplica-se a lei de Stokes, que, em termos gerais, correlaciona os
diâmetros com as respectivas velocidades de queda das partículas em
suspensão em um líquido. Adota-se um densímetro para esse
correlação.

Gabarito: Correta

23) (83 - SGA-AC/2008 - Cespe) O picnômetro é utilizado


como uma alternativa para a determinação da massa
específica das partículas do solo.

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O picnômetro é adotado para o cálculo da densidade real dos grãos, a


partir do qual se obtém a massa específica das partículas do solo,
conforme a norma DNER ME 093/94, a partir da seguinte fórmula:

A massa específica dos grãos é igual à densidade real dos grãos


multiplicado pela massa específica da água. Como o seu valor é
próximo a 1, sob condições normais de temperatura, a massa
específica das partículas é numericamente igual à densidade real dos
grãos, com a diferença de que o segundo é adimensional e o primeiro
possui a unidade g/cm3.

Gabarito: Correta

24) (84 - SGA-AC/2008 - Cespe) A separação dos diversos


diâmetros para a análise granulométrica só é possível com o
peneiramento.

Pessoal, como acabamos de ver, a separação dos diâmetros da fração


fina do solo é realizada por meio do ensaio de sedimentação, pela
aplicação da Lei de Stokes, conforme a norma DNER ME 051/94.

Gabarito: Errada

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25) (53 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O limite de liquidez de


um solo é obtido por meio de um ensaio de laboratório, em
que se mede a umidade para a qual um cilindro de solo se
trinca quando rolado seguidamente sobre uma base de vidro
pela ação da mão do laboratorista.

O teor de umidade para a qual um cilindro de solo se trinca quando


rolado seguidamente sobre uma base de vidro pela ação da mão do
laboratorista é denominado Limite de Plasticidade - LP.

Gabarito: Errada

26) (100-D - PETROBRAS/2008 - Cespe) A determinação do


índice de liquidez de um solo é realizada por meio de ensaio
utilizando-se o aparelho de Casagrande.

Cuidado com esses enunciados. Não é o índice de liquidez, mas limite


de liquidez.

Gabarito: Errada

27) (86 – PMV - Cespe) No controle da compactação de solos


para o lançamento de vias, utiliza-se o ensaio com o aparelho
de Casagrande.

Conforme vimos, o controle da compactação de solos se dá pela


determinação da massa específica aparente seca, que pode ser feito
pelo método do frasco de areia. A determinação do teor de umidade
antes da compactação da camada também faz parte do controle de
compactação, que pode se realizada pelo “speedy”.

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O aparelho de Casagrande é utilizado para a determinação do Limite


de Liquidez de solos.

Gabarito: Errada

28) (32-D - SEAD/2007 - Cespe) A análise granulométrica


consiste na determinação das porcentagens, em massa, das
diferentes frações constituintes da fase sólida do solo.

Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, a análise


granulométrica consiste na determinação das porcentagens, em peso,
das diferentes frações constituintes da fase sólida do solo.

Houve a troca do termo “em peso” por “em massa”, o que não torna
a questão errada, conforme considerou a banca examinadora.

Gabarito: Correta

(37 – SEAD-EGPA/2005 - Cespe) Com referência ao esquema


de um aterro a ser construído sobre uma camada de argila
mole saturada, como mostrado na figura acima, e admitindo
que todas as camadas de solo sejam homogêneas, julgue os
itens em seguida.

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29) III A prática corrente recomenda que o controle de


compactação do aterro seja feito com a utilização de
resultados de ensaios de índice suporte Califórnia de campo.

De acordo com a norma DNIT 108/2009-ES, o controle da


compactação do aterro baseia-se na verificação do peso específico
aparente seco de cada camada compactada, ao final da compactação,
com a utilização do ensaio de frasco de areia e não do ISC.

Gabarito: Errada

(68 – MPU/2004 – ESAF) Durante as etapas de projeto e


execução de rodovias devem ser realizados diversos ensaios
para a caracterização de solos, rochas e materiais aplicados.
Sobre estes ensaios, é incorreto afirmar que

30) a) o coeficiente de empolamento do material deve ser


calculado a partir de ensaios de densidade in situ.

Vamos nos lembrar do empolamento que quando se escava o terreno


natural a terra que se encontrava num certo estado de compactação,
proveniente do seu próprio processo de formação, experimenta uma
expansão volumétrica, que chega a ser considerável em certos casos.

Após o desmonte a terra assume, portanto, volume solto (Vs) maior


do que aquele em que se encontrava em seu estado natural (Vn) e,
consequentemente, com a massa específica solta ( )
correspondente ao material solto, obviamente menor do que a massa
específica natural ( ).

Chama-se fator de empolamento a relação:

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Portanto, para a determinação do coeficiente de empolamento deve-


se obter as massas específicas do solo antes do corte e do solo solto,
pela seguinte fórmula:

A densidade obtém-se pela divisão das massas específicas dos solos


pelas massas específicas da água à temperatura do ensaio. Contudo,
em obras rodoviárias costuma-se adotar densidade com o mesmo
significado de massa específica, pois a massa específica da água varia
muito pouco em relação ao valor 1.

Gabarito: Correta

31) b) o ensaio de índice de suporte Califórnia permite


avaliar a capacidade de suporte da plataforma a ser
executada, com solo compactado, para o projeto da
superestrutura do pavimento.

Exato, conforme vimos, o ensaio de ISC ou CBR destina-se a avaliar a


capacidade de suporte do subleito, que conjugado com o número
equivalente de operações do eixo padrão (N), permite obter a altura
mínima do pavimento e a determinar a espessura das suas camadas
(sub-base e base).

O ensaio do ISC realiza-se com o solo compactado na umidade ótima,


com a energia especificada para aquela camada, após submersão por
4 dias, submete-se o corpo de prova à penetração de um pistão
padronizado.

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O valor do ISC ou CBR consiste na relação entre a pressão necessária


para produzir uma penetração do pistão no corpo de prova do solo e
a pressão necessária para produzir a mesma penetração em uma
brita padronizada.

Gabarito: Correta

32) d) informações importantes são obtidas a partir de uma


análise tátil-visual, tais como a plasticidade e a umidade
ótima.

Segundo o Manual de Implantação Básica de Rodovia do DNIT, de


2010, para facilidade de identificação dos solos, sob o ponto de vista
do seu comportamento, existe uma série de testes simples, visuais e
manuais, prescindindo de qualquer instrumento de laboratório que
permita distinguir entre um tipo e outro de solo. A seguir são
enumerados e sucintamente explicados tais testes:

a) Teste visual, que consiste na observação visual do tamanho,


forma, cor e constituição mineralógica dos grãos do solo, permitindo
distinguir entre solos grossos e solos finos;

b) Teste do tato, que consiste em apertar e friccionar, entre os


dedos, a amostra de solo: os solos ásperos são de comportamento
arenoso e os solos macios são de comportamento argiloso;

c) Teste do corte, que consiste em cortar a amostra com uma lâmina


fina e observar a superfície do corte: sendo polida (ou lisa), tratar-se-
á de solo de comportamento argiloso; sendo fosca (ou rugosa),
tratar-se-á de solo de comportamento arenoso;

d) Teste da dilatância, (também chamado da mobilidade da água ou


ainda da sacudidela) – que consiste em colocar na palma da mão
uma pasta de solo (em umidade escolhida) e sacudi-la batendo leve e
rapidamente uma das mãos contra a outra. A dilatância se manifesta
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pelo aparecimento de água na superfície da pasta e posterior


desaparecimento, ao amassar-se a amostra entre os dedos: os solos
de comportamento arenoso reagem sensível e prontamente ao teste,
enquanto que os de comportamento argiloso não reagem;

e) Teste de resistência seca, que consiste em tentar desagregar


(pressionando com os dedos) uma amostra seca do solo: se a
resistência for pequena, tratar-se-á de solo de comportamento
arenoso; se for elevada, de solo de comportamento argiloso.

Contudo, tais testes não permitem obter a plasticidade. Esta obtém-


se pelo ensaio com o aparelho de Casagrande e pelo ensaio do
cilindro. E a umidade ótima obtém-se pelo ensaio de compactação.

Gabarito: Errada

33) (28 – ENAP/2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de


edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o
terreno, envolvendo três operações distintas: escavação,
transporte e aterro. Com relação aos serviços de
terraplenagem é incorreto afirmar que

a) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do
aterro, e de 0,20 m para as camadas finais.

b) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

c) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros,


verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e
programar a realização dos ensaios necessários ao controle de

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qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação,


ensaios de CBR, etc).

d) quando houver possibilidade de solapamento na época


chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do
aterro.

e) no movimento de terra é importante considerar o


empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar
original, há variações de seu volume que influenciam
principalmente a operação de transporte.

Conforme vimos na questão anterior, a norma DNIT 108/2009-


ES – Terraplenagem – Aterros - Especificações de Serviço estabelece
massa específica aparente seca correspondente a 100% da massa
específica aparente seca do ensaio realizado pela norma DNER-ME
129/94, Método A (12 golpes por camada – energia normal de
compactação) para o corpo do aterro e 100% da massa específica
aparente seca do ensaio realizado pela norma DNER-ME 129/94,
Método B (26 golpes por camada – energia intermediária de
compactação) para a camada final do aterro.

No ano desta prova, 2006, admitia-se grau de compactação de


95% com energia Proctor Normal para corpo de aterro e 100% com
energia Proctor Normal para a camada final. Contudo, a partir da
norma DNIT 108/2009, o grau de compatação mínimo passou para
100% PN e 100% PI, respectivamente.

Gabarito: B

34) (119 - INSS/2008 - Cespe) Aterros com volumes


superiores a 1.000 m3 devem ter, obrigatoriamente, controle
tecnológico na sua execução.

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Conforme preconiza a norma DNIT 108/2009-ES, para o


controle do material do corpo do aterro, deverá ser procedido 1
(um) ensaio de compactação, segundo o Método A (12 golpes por
camada) do Ensaio da norma DNER-ME 129/94 para cada 1.000
m3 .

Gabarito: Correta

35) (44 - ANTAQ/2005 - Cespe) O ensaio de compactação faz


parte do controle dos materiais a serem empregados nos
aterros.

De acordo com a questão anterior, a assertiva está correta.

Gabarito: Correta

36) (133 - PETROBRAS/2004 - Cespe) Devem ser controladas


as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento
ou aeração e compactação do material de aterro, de forma que
a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30
m.

Segundo a norma DNIT 108/2009-ES, para o corpo dos aterros


a espessura da camada compactada não deverá ultrapassar 0,30 m.
Para as camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar 0,20
m.

O corpo do aterro é a parte do aterro situado entre o terreno


natural até 0,60 m abaixo da cota correspondente ao greide da
terraplenagem.

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Camada final é a parte do aterro constituído de material


selecionado situado entre o greide da terraplenagem e o corpo do
aterro.

Gabarito: Correta

37) (134 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O grau de


compactação a ser atingido é de, no mínimo, 95%, ou mais
elevado, conforme especificações especialmente elaboradas
para a obra.

Pela norma anterior, DNER-ES 282/97, essa questão estaria


correta.

Contudo, conforme a alínea “c” do item 7.2.3 da norma DNIT


108/2009-ES, deverão ser obedecidos os seguintes limites:

- corpo do aterro – GC ≥ 100% da energia normal (ensaio da


norma DNER-ME 129/94 – Método A)

- camadas finais – GC ≥ 100% da energia intermediária (ensaio


da norma DNER-ME 129/94 – Método B)

Gabarito: Correta

38) (135 - PETROBRAS/2004 - Cespe) A variação máxima no


valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no
máximo, 6%.

Segundo a norma DNIT 108/2009-ES, todas as camadas do


solo deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo dos
aterros, na umidade ótima, mais ou menos 3%.

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Gabarito: Errada

ENSAIOS: AGREGADOS

Pessoal, vamos relembrar as questões que vimos na aula


passada de ensaios de agregados?

39) (115 - TCU/2005 - Cespe) Em pavimentações, o


equivalente de areia é utilizado no controle de finos de
materiais granulares.

Conforme o Manual de Pavimentação do DNIT, equivalente de areia é


a relação entre a altura de areia depositada após 20 minutos de
sedimentação e a altura total de areia mais a de finos (silte e argila)
em suspensão, após aquele mesmo tempo de sedimentação, numa
solução aquosa de cloreto de cálcio.

O Equivalente de Areia é utilizado no controle de finos de materiais


granulares usados em pavimentação.

Definição da DNER-ME 054/97 : Relação volumétrica que corresponde


à razão entre a altura do nível superior da areia e a altura do nível
superior da suspensão argilosa de uma determinada quantidade de
solo ou de agregado miúdo, numa proveta, em condições
estabelecidas neste Método.

Serve para determinar o teor de finos dos agregados.

PROVETA COM FINOS EM SUSPENSÃO E AREIA NO FUNDO:

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Gabarito: Correta

40) (92-E - PETROBRAS/2008 - Cespe) Em pavimentação, o


slump test é o teste padrão para a avaliação do grau de
adesividade do agregado.

Para a avaliação do grau de adesividade do agregado adota-se ensaio


específico de adesividade a ligante betuminoso previsto nas normas
DNER-ME 078 e 079/94.

A adesividade do agregado com diâmetro entre 0,21mm e 0,59 mm é


a propriedade de ele ser aderido por material betuminoso, que é
avaliada pelo não deslocamento da película betuminosa que recobre o
agregado, quando a mistura agregado-ligante é submetida à ação de
água destilada fervente e a soluções molares de carbonato de
sódio ferventes.

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Para avaliação da adesividade do agregado graúdo, com diâmetro


entre 12,7mm e 19mm, a mistura agregado-ligante é submetida à
ação de água destilada a 40°C durante 72h.

Se após 72h, não houver deslocamento da película betuminosa, a


adesividade é satisfatória. Se houver, total ou parcial, a adesividade é
não satisfatória.

Gabarito: Errada

41) (51 - BV-RR/2004 - Cespe) O ensaio de abrasão para


agregados de concreto permite determinar a resistência ao
desgaste.

O ensaio de abrasão mede o desgaste sofrido pelo agregado quando


colocado na máquina “Los Angeles” juntamente com uma carga
abrasiva, submetido a um determinado número de revoluções desta
máquina à velocidade de 30 rpm a 33 rpm.

O desgaste é expresso pela percentagem, em peso, do material que


passa, após o ensaio, pela peneira de 1,7mm.

Gabarito: Correta

ENSAIOS: MATERIAIS E MISTURAS BETUMINOSAS

E agora vamos relembrar as questões que vimos na aula


passada de ensaios de materiais betuminosos.

42) (63 - PF/2004 - Cespe) A penetração é uma medida da


consistência do cimento asfáltico, podendo ser obtida a partir
do ensaio que consiste de uma agulha padronizada de peso

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igual a 100 g aplicada durante 5 s, sendo a sua penetração


medida em décimos de milímetros.

O Ensaio de Penetração mede a consistência de um material asfáltico,


por meio de um conjunto de penetração com 100 g de peso (agulha
+ haste + peso), o qual penetra na amostra de cimento asfáltico por
5 segundos, à temperatura de 25ºC. Mede-se a penetração da agulha
em décimos de milímetros.

Quanto maior a penetração, menor é a dureza do cimento asfáltico.

Segue a figura de um penetrômetro e da agulha, respectivamente:

http://transportes.ime.eb.br

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http://transportes.ime.eb.br

Resposta: Correta.

43) (68 - AUDITOR-ES/2004 - Cespe) O ensaio de penetração


em materiais asfálticos é realizado medindo-se a penetração,
na camada asfáltica, de um pistão cilíndrico com 50 mm de
diâmetro submetido a uma carga padronizada.

Conforme visto na questão anterior, o ensaio de penetração é


realizado por meio da penetração de uma agulha com 100g de massa
por 5s em uma amostra de cimento asfáltico.

Gabarito: Errada

44) (103 - TCU/2009 - Cespe) De acordo com norma


específica, a penetração de materiais betuminosos é definida
como a distância, em décimos de milímetro, que uma agulha
padrão penetra verticalmente na amostra do material sob
condições prefixadas de carga, de tempo e de temperatura.
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É exatamente essa a definição que consta na norma DNIT 155/2010-


ME intitulada “Material Betuminoso – determinação da penetração”.
Nela consta a seguinte definição para penetração: “distância em
décimos de milímetro que uma agulha padrão penetra verticalmente
na amostra de material sob condições prefixadas de carga, tempo e
temperatura.”

Resposta: Correta

45) (101 - TCU/2009 - Cespe) O recipiente utilizado para


acomodar a amostra no ensaio de penetração independe das
características do material a ser ensaiado.

Pessoal, essa é mais uma questão cuja solução encontra-se explícita


na atual norma DNIT 155/2010 intitulada “Material Betuminoso –
determinação da penetração”. O item 4 dessa norma trata do
recipiente a ser utilizado, onde fica claro que ele depende das
características do material a ser ensaiado, conforme abaixo:

Portanto, pela tabela acima, verifica-se que a nova norma manteve o


procedimento de se mudar de recipiente conforme a penetração do
material ensaiado ser maior ou menor que 200.

Gabarito: Errada

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46) (118 - TCU/2005 - Cespe) Um cimento asfáltico de


petróleo classificado como CAP-85/100 é mais duro que outro
classificado como CAP-30/45.

A sigla CAP significa “cimento asfáltico de petróleo”.

Segundo a norma DNER-ME 095/2006, cimento asfáltico de petróleo


é o asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e
consistências próprias para o uso direto na construção de
pavimentos.

Esta norma também prevê que o símbolo CAP deve preceder às


indicações dos vários tipos, conforme a viscosidade ou penetração.

Os CAPs, conforme sua procedência, são classificados:

- segundo a viscosidade a 60ºC, em CAP-7, CAP-20 e CAP-40;

- segundo a penetração, em CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100 e


CAP-150/200.

Portanto, as classificações estão especificadas segundo a penetração,


ou seja, pelo grau de dureza do CAP.

De acordo com a norma DNIT 155/2010, penetração é a distância em


décimos de milímetro que uma agulha padrão penetra verticalmente
na amostra de material sob condições prefixadas de carga, tempo e
temperatura.

CAP-85/100 – corresponde a uma CAP que sofre penetração da


agulha padronizada (100g por 5s) entre 8,5 e 10 mm, ou seja, entre
85 e 100 décimos de milímetro.

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CAP-30/45 - corresponde a uma CAP que sofre penetração da agulha


padronizada (100g por 5s) entre 3 e 4,5 mm, ou seja, entre 30 e 45
décimos de milímetro.

Logo, o CAP-30/45 é mais duro que o CAP-85/100 e, portanto, a


questão está errada.

Gabarito: Errada

47) (108 - TCU/2009 - Cespe) Entende-se por estabilidade


Marshall a resistência máxima à compressão axial
apresentada pelo corpo de prova de material betuminoso,
quando moldado e ensaiado de acordo com procedimento
estabelecido em norma específica.

Na norma DNER-ME 043/95 consta a seguinte definição para


Estabilidade Marshall: “Resistência máxima à compressão radial,
apresentada pelo corpo de prova, quando moldado e ensaiado de
acordo com o processo estabelecido neste método, expressa em N
(kgf).”

Portanto, trocaram o termo “radial” por “axial”.

Resposta: Errada.

48) (32 – CGU/2008 – ESAF) Os ensaios de caracterização e


controle dos materiais betuminosos visam garantir sua
adequabilidade, confrontando os resultados obtidos aos
especificados. A seguir, estão listados alguns ensaios que
avaliam as propriedades fundamentais destes materiais.
Relacione as colunas e, em seguida, marque a opção
correspondente.

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a) 5 – 2 – 1 – 4 – 6 – 3
b) 5 – 3 – 2 – 4 – 6 – 1
c) 4 – 1 – 3 – 5 – 6 – 2
d) 4 – 2 – 3 – 5 – 6 – 1
e) 5 – 1 – 2 – 4 – 6 – 3

Essa questão acaba sendo bastante didática após se saber o gabarito.


A adesividade ativa aplica-se às emulsões asfálticas.
Gabarito: C

Ensaio de Penetração (DNIT-ME 155/2010)


Mede a consistência no estado semi-sólido.
Classificação dos cimentos asfálticos:
CAP 30/45, CAP 50/60, CAP 85/100, CAP 150/200

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Procedimento:
Agulha de 100g penetra por 5s na T = 25ºC.
Quanto maior a penetração menor é a dureza do CAP.
< 15, ou seja 15x(0,1mm)=1,5mm – betumes envelhecidos
CAP-40: 40 x (0,1mm) = 4mm

Ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94)


É o tempo, em s, que 60 ml de material betuminoso leva para fluir
através de um orifício de dimensões padronizadas a uma determinada
temperatura.
Ensaio é realizado em diferentes temperaturas:
121°C, 135°C, ..., 204°C, 232°C – obtenção da curva viscosidade-
temperatura.
Aplicação: determinar as temperaturas de trabalho de cada etapa:
mistura, espalhamento e compactação.
Viscosidade para mistura do CBUQ – de 75 a 150 SSF (DNIT-ES
031/2006).

Ensaio de ponto de amolecimento

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De acordo com o livro “Pavimentação Asfáltica”, encontrado no sitio <


http://www.proasfalto.com.br/07_download.htm>, o ponto de
amolecimento é uma medida empírica que correlaciona a
temperatura na qual o asfalto amolece quando aquecido sob certas
condições particulares e atinge uma determinada condição de
escoamento. Trata-se de uma referência semelhante ao chamado
ponto de fusão bastante usado na Europa.
Uma bola de aço de dimensões e peso especificados é colocada no
centro de uma amostra de asfalto que está confinada dentro de um
anel metálico padronizado. Todo o conjunto é colocado dentro de um
banho de água num béquer. O banho é aquecido a uma taxa
controlada de 5ºC/minuto. Quando o asfalto amolece o suficiente
para não mais suportar o peso da bola, a bola e o asfalto deslocam-
se em direção ao fundo do béquer. A temperatura é marcada no
instante em que a mistura amolecida toca a placa do fundo do
conjunto padrão de ensaio. O teste é conduzido com duas amostras
do mesmo material. Se a diferença de temperatura entre as duas
amostras exceder 2ºC, o ensaio deve ser refeito. A Figura a seguir
ilustra o ensaio e o equipamento utilizado. Devido às condições
descritas, esse ensaio é também referenciado como ensaio do anel e
bola (ABNT NBR 6560/2000).
Esse ensaio é classificatório em especificações brasileira e européia, e
é empregado para estimativa de suscetibilidade térmica, além de
também estar presente em especificações de asfaltos modificados e
asfaltos soprados.

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Ensaio de Adesividade a Ligante Betuminoso (DNER-ME 078 e


079/94) – Adesividade Passiva

Adesividade do agregado com diâmetro entre 0,21mm e 0,59 mm:


propriedade de ser aderido por material betuminoso, que é avaliada
pelo não deslocamento da película betuminosa que recobre o
agregado, quando a mistura agregado-ligante é submetida à ação de
água destilada fervente e a soluções molares de carbonato de sódio
ferventes.

Adesividade do agregado graúdo com diâmetro entre 12,7mm e


19mm: a mistura agregado-ligante é submetida, a 40°C, à ação de
água destilada, durante 72h.

Ensaio de ponto de fulgor

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De acordo com o livro “Pavimentação Asfáltica”, encontrado no sitio <


http://www.proasfalto.com.br/07_download.htm>, o ponto de fulgor
é um ensaio ligado à segurança de manuseio do asfalto durante o
transporte, estocagem e usinagem. Representa a menor temperatura
na qual os vapores emanados durante o aquecimento do material
asfáltico se inflamam por contato com uma
chama padronizada. Valores de pontos de fulgor de CAP são
normalmente superiores a 230ºC. A Figura a seguir mostra um
arranjo esquemático do ensaio e foto de equipamento utilizado para
executá-lo segundo a norma ABNT NBR 11341/2004.

49) (36 – CGU/2012 – ESAF) Para o cimento asfáltico de


petróleo (CAP), são realizados ensaios na determinação de
suas propriedades. Ensaios esses que são: penetração,
viscosidade, ductilidade, ponto de amolecimento, ponto de
fulgor, solubilidade, efeito do calor e do ar, e o índice de
suscetibilidade térmica. De acordo com as definições abaixo,
de alguns desses ensaios, assinale o item incorreto.

a) Penetração – avalia a consistência do asfalto, que é a


resistência a fluir dependente da temperatura.

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b) Ponto de fulgor – determina a temperatura máxima que o


asfalto pode ser aquecido sem perigo de incêndio.

c) Ponto de amolecimento – determina a temperatura em que


o asfalto se torna fluido.

d) Viscosidade – determina o teor de betume no asfalto – grau


de pureza.

e) Ductilidade – é a propriedade de alongar sem romper –


poder cimentante.

De acordo com o livro Pavimentação Asfáltica, dos autores Liedi


Bernucci (et al.), a viscosidade é uma medida da consistência do
cimento asfáltico, por resistência ao escoamento. Portanto, o ensaio
de Viscosidade não serve para determinar o teor de betume do
asfalto, ou seja, o seu grau de pureza.

Para tanto, procede-se ao ensaio específico de Teor de Betume,


previsto na norma DNER-ME 010/94, pelo qual determina-se a
quantidade de material solúvel em dissulfeto de carbono, em %,
calculada sobre o peso da amostra isenta de água.

Com isso, o subitem errado é o D.

Gabarito: D

5. Lista de Questões apresentadas nesta Aula


1) (100-E - PETROBRAS/2008 - Cespe) A curva de
compactação relaciona valores de coesão do solo com o grau
de umidade ensaiado.

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2) (85 - SGA-AC/2008 - Cespe) Com os resultados do ensaio


de compactação proctor, pode-se determinar a umidade ótima
para compactação.

3) (89 - TCE-PE/2004 - Cespe) A energia de compactação


empregada no ensaio Proctor normal é maior que a energia
empregada no ensaio Proctor modificado.

4) (92 - TRT-17/2009 - Cespe) O ensaio de compactação do


tipo Proctor normal emprega energia de compactação menor
que o ensaio do tipo Proctor modificado.

5) (89 – PF Regional/2004 - Cespe) O grau de compactação


do solo em uma obra de pavimentação é dado pela razão entre
o peso específico seco do solo no campo e o peso específico
seco máximo obtido em ensaios de laboratório.

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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para


uma ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a
execução de todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de
sondagem à percussão, executada no local, e cujos resultados
são mostrados na figura. O aterro será compactado com grau
de compactação igual a 80% e com desvio de umidade
máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de
compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do
peso específico úmido de cada camada compactada, ao final
da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia.
Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma
camada de reforço de geogrelha, com resistência a tração
igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para a ponte
é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento.
Com relação a essa proposta, julgue os itens de 129 a 136.

6) (134 - TCU/2005 - Cespe) As especificações de


compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias
para as características da obra.

7) (136 - TCU/2005 - Cespe) O controle de compactação do


aterro com base somente na obtenção do peso específico
úmido, como proposto no projeto, é insatisfatório.

8) (35 – CGU/2012 – ESAF) A compactação é realizada


visando obter a máxima estabilidade dos solos, na qual são
avaliados os valores de densidade seca máxima e do teor de
umidade ótimo. Com relação a este processo de estabilização
de solos, é correto afirmar que
a) o teor de umidade ótimo aumenta com o aumento da
energia de compactação.

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b) o grau de compactação é obtido a partir da relação entre o


peso específico máximo obtido em laboratório em relação ao
peso específico máximo obtido em campo.

c) a umidade ótima representa o valor de umidade em que o


solo encontra-se completamente saturado.

d) o ramo úmido coincide com teores de umidade em que o


atrito entre as partículas encontra-se totalmente mobilizado.

e) o coeficiente de permeabilidade tende a decrescer com o


aumento da energia de compactação.

9) (104 - TCU/2009 - Cespe) O método para a realização do


ensaio de índice suporte Califórnia, padronizado pelo DNER
(atual DNIT) fornece também informações acerca da
capacidade de expansão do solo.

10) (119 - TCU/2009 - Cespe) O valor do índice suporte


Califórnia do subleito e dos materiais constituintes do
pavimento é utilizado no método de dimensionamento de
pavimentos flexíveis, conhecido como método do DNER (atual
DNIT).

11) (74 – SEPLAG-DETRAN-DF/2009 - Cespe) No CBR


(california bearing ratio) ou índice de suporte califórnia, o
valor da resistência à penetração de determinado material é
computado em porcentagem, sendo 100% o valor
correspondente à penetração em uma amostra do mesmo
material, obtido no ensaio de compactação a 100% do proctor
normal, adotado como padrão de referência.

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12) (106 - TCU/2009 - Cespe) Na determinação do teor de


umidade de um solo, a massa mínima da amostra úmida a ser
utilizada dependerá do tamanho máximo das partículas de
solo.

13) (52 - SEMAF-RN/2004 - Cespe) A determinação do teor


de umidade pode ser feita diretamente no campo.

14) (34 – CGU/2012 – ESAF) Os limites de consistência


permitem avaliar as diferentes condições dos solos em função
do seu teor de umidade em relação à composição química e
mineralógica dos solos. Assim, considerando o gráfico e a
tabela abaixo, os valores do LP, LL e IP obtidos
respectivamente para o solo analisados são

a) 53, 39 e 14.
b) 51, 35 e 12.

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c) 53, 34 e 19.
d) 53, 42 e 11.
e) 14, 53 e 43.

15) (79 - PF/2004 - Cespe) Para um mesmo solo, o ensaio de


compactação tipo proctor modificado fornece uma umidade
ótima menor que a do ensaio proctor normal.

16) (94 - PF/2004 - Cespe) O ensaio de frasco de areia pode


ser utilizado para a determinação da massa específica do solo
no campo em obras de pavimentação.

17) (36-1 - PF/2002 - Cespe) O ensaio de frasco de areia


pode ser utilizado para a determinação do grau de
compactação do material na região B do corpo da barragem.

18) (TRE-BA/2010 – Cespe) O peso específico aparente de


um tipo de solo pode ser determinado em campo com o
emprego do processo do frasco de areia.

19) (119 - STM/2004 - Cespe) Caso o solo empregado na


construção do aterro seja um solo coesivo, o método do frasco
de areia pode ser utilizado para a determinação da sua massa
específica no campo.

20) (51 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O ensaio de frasco de


areia destina-se ao controle da umidade de compactação em
obras de aterro.

21) (62 - PMV/2008 - Cespe) Ensaio da massa específica


aparente seca in situ é um tipo de ensaio utilizado no controle
tecnológico de aterros.
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22) (38-5 - PF/2002 - Cespe) O ensaio de sedimentação visa


a obtenção das dimensões dos grãos da fração fina do solo.

23) (83 - SGA-AC/2008 - Cespe) O picnômetro é utilizado


como uma alternativa para a determinação da massa
específica das partículas do solo.

24) (84 - SGA-AC/2008 - Cespe) A separação dos diversos


diâmetros para a análise granulométrica só é possível com o
peneiramento.

25) (53 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O limite de liquidez de


um solo é obtido por meio de um ensaio de laboratório, em
que se mede a umidade para a qual um cilindro de solo se
trinca quando rolado seguidamente sobre uma base de vidro
pela ação da mão do laboratorista.

26) (100-D - PETROBRAS/2008 - Cespe) A determinação do


índice de liquidez de um solo é realizada por meio de ensaio
utilizando-se o aparelho de Casagrande.

27) (86 – PMV - Cespe) No controle da compactação de solos


para o lançamento de vias, utiliza-se o ensaio com o aparelho
de Casagrande.

28) (32-D - SEAD/2007 - Cespe) A análise granulométrica


consiste na determinação das porcentagens, em massa, das
diferentes frações constituintes da fase sólida do solo.

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(37 – SEAD-EGPA/2005 - Cespe) Com referência ao esquema


de um aterro a ser construído sobre uma camada de argila
mole saturada, como mostrado na figura acima, e admitindo
que todas as camadas de solo sejam homogêneas, julgue os
itens em seguida.

29) III A prática corrente recomenda que o controle de


compactação do aterro seja feito com a utilização de
resultados de ensaios de índice suporte Califórnia de campo.

(68 – MPU/2004 – ESAF) Durante as etapas de projeto e


execução de rodovias devem ser realizados diversos ensaios
para a caracterização de solos, rochas e materiais aplicados.
Sobre estes ensaios, é incorreto afirmar que

30) a) o coeficiente de empolamento do material deve ser


calculado a partir de ensaios de densidade in situ.

31) b) o ensaio de índice de suporte Califórnia permite


avaliar a capacidade de suporte da plataforma a ser
executada, com solo compactado, para o projeto da
superestrutura do pavimento.

32) d) informações importantes são obtidas a partir de uma


análise tátil-visual, tais como a plasticidade e a umidade
ótima.
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33) (28 – ENAP/2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de


edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o
terreno, envolvendo três operações distintas: escavação,
transporte e aterro. Com relação aos serviços de
terraplenagem é incorreto afirmar que

a) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do
aterro, e de 0,20 m para as camadas finais.

b) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

c) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros,


verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e
programar a realização dos ensaios necessários ao controle de
qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação,
ensaios de CBR, etc).

d) quando houver possibilidade de solapamento na época


chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do
aterro.

e) no movimento de terra é importante considerar o


empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar
original, há variações de seu volume que influenciam
principalmente a operação de transporte.

34) (119 - INSS/2008 - Cespe) Aterros com volumes


superiores a 1.000 m3 devem ter, obrigatoriamente, controle
tecnológico na sua execução.

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35) (44 - ANTAQ/2005 - Cespe) O ensaio de compactação faz


parte do controle dos materiais a serem empregados nos
aterros.

36) (133 - PETROBRAS/2004 - Cespe) Devem ser controladas


as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento
ou aeração e compactação do material de aterro, de forma que
a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30
m.

37) (134 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O grau de


compactação a ser atingido é de, no mínimo, 95%, ou mais
elevado, conforme especificações especialmente elaboradas
para a obra.

38) (135 - PETROBRAS/2004 - Cespe) A variação máxima no


valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no
máximo, 6%.

ENSAIOS: AGREGADOS

39) (115 - TCU/2005 - Cespe) Em pavimentações, o


equivalente de areia é utilizado no controle de finos de
materiais granulares.

40) (92-E - PETROBRAS/2008 - Cespe) Em pavimentação, o


slump test é o teste padrão para a avaliação do grau de
adesividade do agregado.

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41) (51 - BV-RR/2004 - Cespe) O ensaio de abrasão para


agregados de concreto permite determinar a resistência ao
desgaste.

ENSAIOS: MATERIAIS E MISTURAS BETUMINOSAS

42) (63 - PF/2004 - Cespe) A penetração é uma medida da


consistência do cimento asfáltico, podendo ser obtida a partir
do ensaio que consiste de uma agulha padronizada de peso
igual a 100 g aplicada durante 5 s, sendo a sua penetração
medida em décimos de milímetros.

43) (68 - AUDITOR-ES/2004 - Cespe) O ensaio de penetração


em materiais asfálticos é realizado medindo-se a penetração,
na camada asfáltica, de um pistão cilíndrico com 50 mm de
diâmetro submetido a uma carga padronizada.

44) (103 - TCU/2009 - Cespe) De acordo com norma


específica, a penetração de materiais betuminosos é definida
como a distância, em décimos de milímetro, que uma agulha
padrão penetra verticalmente na amostra do material sob
condições prefixadas de carga, de tempo e de temperatura.

45) (101 - TCU/2009 - Cespe) O recipiente utilizado para


acomodar a amostra no ensaio de penetração independe das
características do material a ser ensaiado.

46) (118 - TCU/2005 - Cespe) Um cimento asfáltico de


petróleo classificado como CAP-85/100 é mais duro que outro
classificado como CAP-30/45.

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47) (108 - TCU/2009 - Cespe) Entende-se por estabilidade


Marshall a resistência máxima à compressão axial
apresentada pelo corpo de prova de material betuminoso,
quando moldado e ensaiado de acordo com procedimento
estabelecido em norma específica.

48) (32 – CGU/2008 – ESAF) Os ensaios de caracterização e


controle dos materiais betuminosos visam garantir sua
adequabilidade, confrontando os resultados obtidos aos
especificados. A seguir, estão listados alguns ensaios que
avaliam as propriedades fundamentais destes materiais.
Relacione as colunas e, em seguida, marque a opção
correspondente.

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a) 5 – 2 – 1 – 4 – 6 – 3
b) 5 – 3 – 2 – 4 – 6 – 1
c) 4 – 1 – 3 – 5 – 6 – 2
d) 4 – 2 – 3 – 5 – 6 – 1
e) 5 – 1 – 2 – 4 – 6 – 3

49) (36 – CGU/2012 – ESAF) Para o cimento asfáltico de


petróleo (CAP), são realizados ensaios na determinação de
suas propriedades. Ensaios esses que são: penetração,
viscosidade, ductilidade, ponto de amolecimento, ponto de
fulgor, solubilidade, efeito do calor e do ar, e o índice de
suscetibilidade térmica. De acordo com as definições abaixo,
de alguns desses ensaios, assinale o item incorreto.

a) Penetração – avalia a consistência do asfalto, que é a


resistência a fluir dependente da temperatura.

b) Ponto de fulgor – determina a temperatura máxima que o


asfalto pode ser aquecido sem perigo de incêndio.

c) Ponto de amolecimento – determina a temperatura em que


o asfalto se torna fluido.

d) Viscosidade – determina o teor de betume no asfalto – grau


de pureza.

e) Ductilidade – é a propriedade de alongar sem romper –


poder cimentante.

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6. Gabarito
1) Errada 14)A 27) Errada 40) Errada
2) Correta 15)Correta 28) Correta 41) Correta
3) Errada 14)Correta 29) Errada 42) Correta
4) Correta 15) A 30) Correta 43) Errada
5) Correta 16)Correta 31) Correta 44) Correta
6) Correta 17)Correta 32) Errada 45) Errada
7) Correta 18)Correta 33) B 46) Errada
8) E 19) Correta 34) Correta 47) Errada
9) Correta 20) Errada 35) Correta 48) C
10) Errada 21) Correta 36) Correta 49) D
11) Errada 22) Correta 37) Correta
12)Correta 23) Correta 38) Errada
13)Correta 26) Errada 39) Correta

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 102 de 102


Prof. Fábio Amorim

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