ISCED
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Índice
Introdução..........................................................................................................................3
A cidadania em Moçambique............................................................................................5
Conclusão........................................................................................................................10
Bibliografia......................................................................................................................11
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Introdução
A cidadania em Moçambique
A questão de cidadania moçambicana deve ser vista tendo em conta a história do país.
Sendo Moçambique, um país resultado da dominação colonial portuguesa, a diversidade
étnica é conflituosa, afectando directamente o entendimento do conceito de cidadania,
de tal forma que, os moçambicanos transfronteiriços vivem quase sempre num dilema,
pois acabam não sabendo a que realidades efectivamente pertencem, por partilharem,
com os cidadãos dos países vizinhos, não só a mesma língua, como também a mesma
cultura
coesão nacional, que passa pelo respeito e, aceitação pela diversidade étnica, cultural,
religiosa e linguística.
Portanto, o ponto comum das revoluções burguesas é o fato de que as classes sociais
intermediárias se juntaram às classes sociais menos favorecidas contra a classe social
dominante, na expectativa de que fosse reconhecido o status de cidadão, com
participação política e com garantias individuais.
A actualidade é demonstrada pelo fato de hoje se lutar, em todo o mundo, de uma forma
diversa pelos direitos civis, pelos direitos políticos e pelos direitos sociais: factualmente,
eles podem não coexistir, mas, em vias de princípio, são três espécies de direitos, que
para serem verdadeiramente garantidos devem existir solidários.
geração, sendo certo que a cidadania só seria plena se dotada dos três tipos de direito e
esta condição estaria ligada à classe social.
De uma forma geral, Somente no século XX esses “direitos” foram reconhecidos como
“direitos” do cidadão.
Pode-se afirmar que defender a cidadania é lutar pelos direitos humanos e portanto pelo
exercício da democracia que é a constante criação de novos direitos.
Cidadania formal refere-se a maneira como a cidadania está descrita formalmente na lei,
nas constituições nacionais, é a garantia que o indivíduo tem para lutar legalmente por
seus direitos.
Um fato marcante que elevou a cidadania ao que conhecemos hoje foi a Carta de
Direitos da ONU (1948). Nela afirma-se que todos os homens são iguais perante a lei,
independente de raça, credo e etnia. Confere-se o direito a um salário digno, à educação,
à saúde, à habitação e ao lazer. Assegura-se o direito de livre expressão, de militar em
partidos políticos, sindicatos, movimentos e organizações da sociedade civil.
Para DaMatta (1997), o povo percebe que, no trato da coisa pública, boa parte dos seus
representantes convenientemente utiliza um critério para a casa, outro para a rua; um
peso para o cidadão, um afago para os amigos. Carvalho (1987, p. 160) esclarece, ao
tecer sua análise do comportamento popular na cidade do Rio de Janeiro diante do
Estado republicano nascente, que, já naquela época, “o povo sabia que o formal não era
sério”. Enquanto isso, segundo o mesmo autor, eram coincidentes as opiniões dos
observadores estrangeiros, dos membros da elite (até mesmo os mais progressistas) e da
própria liderança do movimento operário sobre o povo brasileiro.
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Conclusão
A questão da cidadania tem se destacado como um debate relevante para a reflexão nos
centros universitários, enquanto relação social colocada a serviço do reconhecimento e
da efectivação de direitos fundamentais, assim, este tema pretende contribuir para o
debate dos estudantes sobre um dos grandes problemas de nosso tempo, qual seja, a luta
para a efectivação dos direitos fundamentais da cidadania.
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Bibliografia
Marshall, T.H.Cidadania, Classe Social e Status, Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967,
p. 76.
TELLES, Vera da Silva. Cidadania e Pobreza. São Paulo, Editora 34, 2001.