Brasília-DF.
Elaboração
Marcelo Paiva
Produção
Apresentação................................................................................................................................... 4
Introdução...................................................................................................................................... 7
Unidade i
CONCEITO DE ESTILÍSTICA..................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
Do conceito para a prática............................................................................................. 13
CAPÍTULO 2
Principais recursos estilísticos........................................................................................ 20
Unidade iI
COMPETÊNCIA TEXTUAL...................................................................................................................... 26
CAPÍTULO 1
Leitura................................................................................................................................. 26
CAPÍTULO 2
Produção de texto............................................................................................................ 41
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 48
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de to rná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
O módulo de Recursos Estilísticos foi organizado para que o participante do curso possa adquirir,
cada vez de forma mais específica, a competência de interpretar e transmitir informações conforme
a intenção desejada.
Iniciamos o conteúdo com explicação sobre o conceito de estilística e sua importância no ato de ler e
escrever. Assim, na primeira unidade, abordamos tópicos teóricos e práticos sobre a base de assunto
tão importante.
Objetivos
»» dominar o conceito de estilística e tópicos fins;
7
CONCEITO DE Unidade i
ESTILÍSTICA
Claude de Buffon
Estilística
Fernando Rebouças
Também estuda, além das referências de grupos, a língua descritiva, o uso gramatical
e particular da língua. O termo “estilística” pode designar relações entre a forma
e efeitos no uso de uma determinada língua. Na literatura e na linguística, já há
diversos estudos, por exemplo, sobre o “grande estilo” de John Milton, “o estilo da
prosa” de Henry James, o estilo “épico” e o estilo da “canção popular”.
Cada tipo de uso particular da língua e cada tipo de artigo utiliza um estilo diferente
da língua. Uma carta comercial, jurídica e de amor, entre si, demonstram profundas
diferenças no uso da palavra e ao teor emocional que as palavras usadas podem
gerar. Para cada grupo e objetivo de situação a palavra poder ser regida de modo
particular num contexto específico.
9
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Segundo Pierre Guiraud, no século XX, a estilística teve quatro fases distintas:
O termo stilus (latim) significava objeto afiado com objetivo de escrever em tábuas. Sua origem
refere-se ao instrumento para escrever (daí o termo “estilete”). O uso figurado fez o termo ganhar o
sentido do próprio ato de escrever e, depois, passou a significar características peculiares e especiais
no momento de escrever. Assim, ao abordarmos a estilística, fazemos referência às opções específicas
de um autor na escolha de palavras, construções e estruturas textuais.
Histórico
As primeiras abordagens sobre o assunto ocorreram no início do século XX, com destaque para os
textos do suíço Charles Bally, do alemão Karl Vossler e do suíço Leo Spitzer. Percebe-se claramente,
no início, grande influência da retórica no conceito de estilística. Houve dificuldade em adequá-la a
10
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
Nadiajda Ferreira, redatora da revista Língua Portuguesa, produziu interessante artigo sobre
estilística, literatura e linguística.
No entanto, linguistas que usaram as bases teóricas lançadas por Bally, como
Jules Marouzeau e Marcel Cressot, discordavam da segregação entre os estudos
estilísticos e a teoria literária. O primeiro levou a estilística ao plano discursivo:
11
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
[...]
12
CAPÍTULO 1
Do conceito para a prática
As tarefas da estilística
Guirald
A tarefa mais urgente da estilística é a de definir seu objeto, sua natureza, seus
fins e seus métodos, começando pela própria noção de estilo. Reduzidas ao seu
denominador comum, as diversas concepções de estilo limitam-se à seguinte
definição: o estilo é o aspecto do enunciado que resulta da escolha dos meios
de expressão determinada pela natureza e intenções do indivíduo que fala ou
escreve.
Definição muito ampla, que engloba a expressão, seu aspecto, o sujeito falante, sua
natureza e suas intenções.
13
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Após introdução conceitual sobre a estilística, pode-se examinar o tema em seu aspecto mais prático.
Como a estilística se faz presente nos textos? Castelar de Carvalho, em sua tese acadêmica com o
título Estilística e o Ensino de Português, exemplifica assim:
14
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
Maria Verônica Silva Vilariño Aguilera analisa os recursos de linguagem em poema de Carlos
Drummond de Andrade da seguinte forma.
Cada uma
Trouxeste a chave?
Matéria-prima ou encantamento, a palavra carreia o universo de que nos fala o poeta (Penetra
surdamente no reino das palavras) e a que nos conduzem ambos: ela, a palavra, poesia em estado
latente; ele, o autor, que, por meio de seu texto, nos ajuda a penetrar nesse reino.
Na sua busca pela expressão, o autor interfere na forma e no significado da palavra, o mais das
vezes, combinando diferentes recursos de linguagem e num escopo maior que abrange o texto como
um todo.
A criação lexical é um dos aspectos relevantes nesse procedimento e, conforme nos mostram os
exemplos detectados em poemas e crônicas, verifica-se mediante processos codificados pela
gramática normativa ou por meio de inovações linguísticas introduzidas pelo autor.
Drummond se vale tanto dos processos de agregação (onde os principais são a composição
– formação de uma palavra nova a partir de outras duas ou mais, geralmente com sentido
diferenciado destas e a derivação – formação de palavras a partir de uma forma primitiva à
qual acrescentam-se prefixos ou sufixos), quanto de desagregação vocabular, por meio de
recursos diversos como o uso de sinais gráficos. No âmbito das palavras compostas, encontramos
casos de aglutinação, quando ocorre fusão ou maior integração dos radicais e de justaposição,
composição de radicais livres, em que persiste a individualidade dos componentes, traduzida,
na escrita, pela mera justaposição de um radical a outro, normalmente separados por hífen
e, na pronúncia, pela permanência do acento tônico em cada radical, sendo o último o
mais forte.
Observe o poema Retrato de Cecília Meireles e a análise dos recursos estilísticos feita por Alessandra
Almeida da Rocha em trabalho acadêmico.
15
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Retrato
Cecília Meireles
16
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
Ainda nesta estrofe, no terceiro verso, o eu lírico descreve seu coração, metáfora
para os seus sentimentos, que, antes, eram mostrados, expostos e atualmente
estão retraídos, escondidos, como é dito no quarto verso.
Ocorre na segunda estrofe uma anáfora, com a expressão “eu não tinha” que
introduz o poema. É o “eu” lírico reafirmando a não percepção dessa passagem
de tempo, o que provoca um sentimento de perplexidade.
Na terceira estrofe, no primeiro verso, o “eu” lírico percebe e assume que mudou
fisicamente e interiormente e que isto foi tão simples, tão certa, tão fácil, como
se lê no segundo verso. Mais uma vez, o poeta fala-nos da transitoriedade da
vida, dessa “passagem” para outro lugar, passagem esta que é universal, pois
acontecerá com todos nós, sem saber quando, nem onde, e, mesmo assim,
ficamos surpresos com isto. Há a repetição da palavra “tão” mostrando a
certeza da evolução e o ritmo torna-se acelerado como a passagem da vida.
17
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Ocorre a sugestão ou a impressão de que o “eu” lírico fez uma pausa no seu
pensamento ao constatar todas as mudanças ocorridas.
Este recurso nos sugere a conscientização do “eu” lírico, da sua mudança lenta
e gradual.
O poeta segue a estrutura de três estrofes e cada uma delas é composta por
quatro versos, resquícios da influência simbolista e sua forma tradicional,
nunca abandonadas por Cecília.
18
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
tempo não permitiu e, por isso, ao final do poema se indaga em que momento
de sua vida a sua juventude foi eternizada pela imobilidade, como acontece nos
álbuns de família.
O exemplo acima caracteriza bem essa situação, visto que, ao utilizar a rima,
o anúncio torna-se sonoramente mais agradável, sendo de fácil memorização.
Além disso, é possível perceber que geralmente a rima traz consigo, um ritmo
natural, uma musicalidade, que também pode ser percebida na peça Always.
[...]
O anúncio das sandálias Gooc fine, através da frase “Seja diferente, seja
consciente, use”, faz uso da figura de linguagem da aliteração. Essa é
caracterizada pela repetição dos fonemas consonantais, “n” e “t”, nas duas
palavras centrais da frase, “diferente” e “consciente”.
19
CAPÍTULO 2
Principais recursos estilísticos
Níveis de linguagem
A linguagem pode ser classificada em relação a seu contexto social e cultural. Certamente, você não
escreveria da mesma forma um texto para um adulto e para uma criança. São pessoas com capacidade
de entendimento diferente. Também o seu texto deve ser diferente para cada um deles. É necessário,
assim, preocupar-se e muito com quem receberá o seu texto. Veja, a seguir, os diferentes níveis.
Linguagem coloquial, oral ou informal: utilizada pelas pessoas que falam e (ou) escrevem
com mais espontaneidade. É a linguagem do rádio, da televisão, meios de comunicação de massa
tanto na forma oral quanto na escrita. Emprega-se o vocabulário da língua comum, e a obediência
às disposições gramaticais é relativa, permitindo-se até mesmo construções próprias da linguagem
oral. Observe um texto coloquial.
Brother, dentro dessa nova edição do Concurso 500 testes tem tudo para que
minha prova role na maior. Só de português são mais 800 questões. Ah, tem
uma lista de livros e dicas para todos ficarem por dentro do que é moleza que
caiu na prova. Vou encarar este estudo.
Elementos da comunicação
Emissor – emite, codifica a mensagem.
20
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
Sentido conotativo: é o uso de um termo em seu sentido figurado. Ao caracterizar alguém como
uma pessoa joia, houve uma transferência de sentido facilmente compreensível, mas inadequada
para um concurso.
Funções da linguagem
O modelo a seguir foi proposto por Roman Jakobson.
Função emotiva (ou expressiva): centralizada no emissor, revela sua opinião, sua emoção.
Nela, prevalece a 1a pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias,
memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Função fática: centralizada no canal, tem como objetivo prolongar ou não o contato com o
receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Função poética: centralizada na mensagem, revela recursos imaginativos criados pelo emissor.
Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a
linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, algumas propagandas etc.
Função metalinguística: centralizada no código, usa a linguagem para falar dela mesma. A poesia
que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os
dicionários são repositórios de metalinguagem.
Gêneros literários
Romance: possui um núcleo principal, mas outras tramas se desenvolvem também. É um texto longo,
tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo.
21
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Novela: é uma narrativa menos longa que o romance e se utiliza de menos enredos paralelos.
Conto: é uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens
que existem em função de um núcleo.
Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra
fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o
desenrolar dos fatos.
Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode utilizar-se das mais diversas e alegóricas
personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que
as outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.
Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e
depende de fatores como entonação, capacidade de oratória do intérprete e até representação. Nota-
se, então, que o gênero se produz na maioria das vezes na linguagem oral e pode ocorrer também
em linguagem escrita.
Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais; sendo assim, a realidade
dos fatos e a fantasia estão diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-
se conhecida e só depois é registrada por meio da escrita. O autor, portanto, é o tempo, o povo e a
cultura. Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou revolucionárias.
Editorial: os editoriais são textos de uma publicação periódica em que o conteúdo expressa a
opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de se ater a nenhuma
imparcialidade ou objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço predeterminado
para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas.
Tipos de discursos
Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das palavras dela.
Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.
22
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
mantém suas características diretas) é desenvolvida como parte do texto narrativo do narrador e
não da própria personagem.
Ele afirmou que não era cachorro. Quem ele pensa que é? Quem ele pensa que sou?
Assíndeto: orações ou palavras que deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem
justapostas ou separadas por vírgulas: Fere, mata, derriba denodado.
Zeugma: termo já expresso no contexto. É um tipo de elipse: José tem 30 anos; Maria, 25.
Pleonasmo: repetição da mesma ideia, isto é, redundância de significado: morrerás morte vil.
Saiu para fora.
Polissíndeto: repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma
gramatical (geralmente a conjunção e): Vão chegando as burguesinhas pobres, e as criadas das
burguesinhas ricas e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a sequência
lógica. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem função
sintática definida: Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.
Silepse: a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a elas associada.
23
UNIDADE I │ CONCEITO DE ESTILÍSTICA
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao
seu aspecto semântico.
Paradoxo: não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas de ideias que se
contradizem. É uma verdade enunciada com aparência de mentira: O mito é o nada que é tudo.
Eufemismo: palavra ou expressão empregada para atenuar uma verdade tida como penosa,
desagradável ou chocante: Passou desta para uma melhor.
Gradação: sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia: Ele caminhou, correu,
disparou.
Hipérbole: exagero de uma ideia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto:
Rios te correrão dos olhos, se chorares!
Ironia: pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que
as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica: Moça linda, bem
tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor.
Prosopopeia: atribuir movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres
animados a seres inanimados ou imaginários: Um frio inteligente [...] percorria o jardim... .
Perífrase/Antonomásia: uso de características para expressar uma ideia: O rei dos animais
rugia alto diante da ameaça.
Figuras de palavras
As figuras de palavras consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele
convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
Comparação: estabelecer aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por
conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem
– alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros: Ela é bonita como você.
Metáfora: termo substitui outro por meio de uma relação de semelhança resultante da subjetividade
de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o
conectivo não está expresso, mas subentendido: O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.
Metonímia: relação lógica por meio de extensão do significado: Comprei Machado de Assis.
Catacrese: uso de um termo inadequado por esquecimento ou falta do termo original: folha de
papel, braço da carteira.
24
CONCEITO DE ESTILÍSTICA │ UNIDADE I
Figuras de harmonia
Aliteração: repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição
inicial da palavra: Chove chuva choverando.
Assonância: repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema: Sou Ana, da cama, da
cana, fulana, bacana. Sou Ana de Amsterdam.
25
COMPETÊNCIA Unidade iI
TEXTUAL
Acresce que a nossa língua está tão pouco clarificada que apenas pensa com
precisão e justeza quem escreve correctamente. Julgar que em nome duma postiça
originalidade ou evidenciação do humano haja de se abolir a técnica é pueril. E fazer
tábua rasa da experiência adquirida no domínio da expressão não pode deixar de
representar um inútil, inglório e malogrado intento. A palavra é como o mármore
na estátua; dar a essa matéria semblante de vida, curvas voluptuosas, sombras
quentes, frémito, solidez, eis o difícil objectivo que não se alcança de golpe. Com
verbo desordenado, segundo a flux apocalíptica da imaginação, só poderá obter-se
uma turva e destrambelhada arte.
Fazer uso competente da língua é capacidade de ler e habilidade de produzir adequadamente textos
diversos, produzidos em situações diferentes e sobre diferentes temas. Pensar em texto é pensar em
nossa vida diária. Sempre estamos envolvidos em leituras, escritas, observações e análises. Quantas
decisões importantes não dependem, única e exclusivamente, de uma boa leitura ou redação de
texto? A premissa para o bom uso de recursos estilísticos é dominar os critérios básicos de leitura e
produção de texto.
CAPÍTULO 1
Leitura
A importância da leitura
Maria Carolina (professora de língua portuguesa e redação)
26
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido.
Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha: “o texto
se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido –
nessa textura –, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma
nas secreções construtivas de sua teia”.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele
mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela
como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de
adquirirmos mais conhecimentos e cultura – o que nos fornece maior capacidade
de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de
27
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o
desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, “o verbo ler não suporta o imperativo”.
Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para
suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos
do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou,
até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa
a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura
passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por
sua vez, não deseja desprender-se.
Leitura
Quando se diz que se deve saber ler, essa afirmação pode parecer banal, a não ser que esclareça
melhor o sentido da expressão “saber ler”. Ler adequadamente é mais do que ser capaz de
decodificar as palavras ou combinações linearmente ordenadas em sentenças. Deve-se “enxergar”
todo o contexto denotativo e conotativo. É necessário compreender o assunto principal, suas causas
e consequências, críticas, argumentações, polissemias, ambiguidades, ironias etc.
Unidade
Um texto só pode ser considerado como tal se possuir uma unidade de entendimento. A simples
expressão não caracteriza o texto em si. A origem do termo “texto” está relacionada a “novelo”, ou
seja, um emaranhado de assuntos. Assim, todo o texto perpassa uma ideia maior desenvolvida em
partes. Observe como isso se dá no texto a seguir.
28
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
Perceba que o texto anterior está dividido em três períodos, cada um com uma ideia específica. No
entanto, o tema principal é a destruição do meio ambiente. Aí está a unidade.
Clareza
Clareza é mecanismo relevante do qual o autor deve valer-se para construir um texto facilmente
compreensível pelo leitor.
Coerência
Coerência é a lógica e a organização da estrutura do texto. Ela envolve o texto como um todo de forma
que o leitor o entenda. O primeiro aspecto a ser observado é em relação à organização. Observe o
texto a seguir.
O autor citou as três sedes em ordem crescente e abordou de forma desorganizada. Ocorreu, dessa
forma, falha de coerência.
O parágrafo aborda inicialmente uma visão positiva em relação à cidade e, no final, explora uma
ideia contrária à ideia principal.
29
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
Perífrase, antonomásia, epítetos: ocorre com o uso de um termo ou expressão que se relaciona
à ideia anteriormente apresentada.
Brasília é uma cidade muito boa. A capital do Brasil apresenta uma qualidade de vida que se
destaca em todo o Brasil.
Xuxa apresentará novo programa. A rainha dos baixinhos pretende inovar com um musical.
O deputado afirmou duas coisas: a primeira era que não iria renunciar. A segunda, que tudo
era mentira.
Elipse: omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido
pelas referências do contexto.
Repetição de parte do nome próprio: para não repetir o nome inteiro, recorre-se a uma parte
que faça referência.
30
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
O Congresso acusou o governo de descontrole nos gastos. O Planalto se defendeu no mesmo dia.
Termo catafórico: quando o item de referência antecipa um signo ainda não expresso no texto.
Sinônimo: é obtido pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o mesmo referente.
Fernando Henrique Cardoso não tem dado muitas entrevistas. O ex-presidente prefere o silêncio.
Hiperônimo: quando o termo mantém com o referente uma relação todo-parte, classe-elemento.
Hipônimo: quando o termo mantém com o referente uma relação parte-todo, elemento-classe.
A linguagem
A linguagem surgiu da necessidade de expressão e comunicação. Pode-se afirmar que ela é a forma
propriamente humana da comunicação, da relação com o mundo e com os outros, da vida social e
política, do pensamento e das artes.
O estudo da linguagem sempre fascinou filósofos e estudiosos de diversas correntes. Por exemplo,
Aristóteles defendia a ideia de que o homem é um animal político, pois, embora outros animais
tenham voz, apenas o ser humano tem a capacidade de exprimir valores que viabilizam vida social
e política. Em nosso material, no entanto, abordaremos a questão voltada para concursos públicos.
Nosso conceito será o de destacar a linguagem como um sistema de sinais usados para indicar a
função comunicativa entre pessoas e para a expressão de ideias, valores, intenções e sentimentos.
c. possui palavras que têm função de apontar coisas que elas significam – função
indicativa ou denotativa;
31
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
A linguagem conceitual procura dar às palavras sentido direto e não figurado, evitando analogia
(semelhança entre palavras e sons) e metáfora (uso de palavras para substituir outras, criando
sentido poético para expressão do sentido); evita uso de palavras carregadas de múltiplos sentidos,
procurando fazer com que cada palavra tenha sentido próprio e que seu sentido vincule-se ao
contexto no qual a palavra é empregada; procura convencer e persuadir por meio de argumentos,
raciocínios e provas; busca definir o mundo real, decifrando-o e superando as aparências; busca
focalizar o presente, a atualidade.
Praticando
1. Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá sequência com coerência e coesão.
(José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da ética, São Paulo, Editora Senac, 2002)
b. Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a
ética, pois vários pensadores partem de conceitos diferentes.
32
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
X Paralelamente
Y Depois
X aonde
Y porque
X pois
Y cuja
X Em consequência
Y Senão
33
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
X ao contrário
Y assim
a. X, X, Y, X, Y
b. Y, X, X, Y, X
c. X, Y, X, Y, Y
d. X, Y, Y, Y, X
e. Y, Y, X, X, Y
3. Marque o item em que os dois períodos formam uma sequência coerente e coesa.
Ainda que a lista seja grande, vem da China à Índia, às principais cidades
gregas, à Roma, aos mongóis, aos muçulmanos, de início árabes.
34
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
5. Considere o seguinte período: “Na década de 1940, éramos não só atrasados, como
não achávamos nada de mais em sê-lo”. Assinale a opção cuja reescrita mantém o
sentido do período.
35
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
“A jubarte é uma baleia que mede até 15 metros de comprimento. Ela chega a
pesar 45 toneladas. Ela está ameaçada de extinção em todo o mundo. Ela passou
novamente a ser vista no arquipélago de Abrolhos. O arquipélago de Abrolhos fica
ao sul do litoral da Bahia”.
b. A jubarte é uma baleia que está em extinção em todo o mundo, ela mede
até 15 metros de comprimento e chega a pesar 45 toneladas, onde passou
novamente a ser vista no arquipélago de Abrolhos, os quais ficam ao sul
da Bahia.
36
COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
d. Como não pode alcançar as uvas, a raposa que se finge superior a tudo
e as desdenha, lembra os despeitados.
8. Segundo o texto:
Texto
Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem no
Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer
regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta
ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixão não
37
UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
eram os pampas do Sul com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o
ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura da
Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era
tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.
Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de saúde julgou-o incapaz.
Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria. O ministério era liberal, ele se
fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a “terra que o viu nascer”.
Impossibilitado de evoluir-se sob os dourados do Exército, procurou a administração
e dos seus ramos escolheu o militar.
Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas
naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma
sabia as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha; sabia o valor
do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do
Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixão a
proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao
crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era como este rival do “seu” rio que
ele mais implicaria. Ai de quem o citasse na sua frente! Em geral, calmo e delicado,
o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia a extensão do Amazonas em
face da do Nilo.
– Senhor Azevedo, não seja leviano. Não queira levar ao ridículo aqueles que
trabalham em silêncio, para a grandeza e a emancipação da Pátria.
(BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro, Record, 1998)
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COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
e. Quaresma queria ser militar por causa dos excelentes salários pagos pelo
Exército.
11. Tendo como referência as ideias contidas no texto, assinale a opção incorreta.
e. Quaresma antipatizava com o rio Nilo por ser este mais extenso que o rio
Amazonas.
a. Modéstia.
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b. Cultura.
c. Honestidade.
d. Jocosidade.
e. Respeitabilidade.
14. No texto, por uma questão de elegância de estilo, alguns pronomes foram
usados em substituição a seus referentes. Assinale a opção que apresenta associação
incorreta entre o pronome destacado e o referente.
Gabarito:
1.c 2.e 3.c 4.c 5.e 6.c 7.c 8.e 9.a 10.d 11.e 12.b 13.d 14.e 15.c 16.e
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CAPÍTULO 2
Produção de texto
Ju Bernadino
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A prática da escrita não deve ficar restrita a estudantes, nem tampouco aos que
dominam a forma culta, como os escritores. “Escrever vai muito além das regras
impostas por qualquer sistema teórico ou didático: é um modo privilegiado de se
descobrir e desvelar humanamente a experiência imperdível de viver”, complementa
Jorge Marinho, com sabedoria.
Clareza
Princípio que consiste na habilidade de transmitir com exatidão um pensamento. Mais que inteligível,
o texto deve ser claro de tal forma que não permita interpretação equivocada pelo leitor ou ouvinte.
A compreensão do documento deve ser imediata. Para alcançar esse objetivo, é importante redigir
orações na ordem direta, utilizar períodos curtos e eliminar o emprego excessivo de adjetivos. Além
disso, deve-se excluir da escrita qualquer ambiguidade, obscuridade e rebuscamento. O texto claro
pressupõe o uso de sintaxe correta e de vocabulário ao alcance do leitor.
Recomendações:
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COMPETÊNCIA TEXTUAL │ UNIDADE II
Concisão
Consiste em informar o máximo em um mínimo de palavras. No entanto, contenção de palavras não
significa contenção de pensamentos. Por essa razão, não se devem eliminar fragmentos essenciais
do texto com o objetivo de reduzir-lhe o tamanho. Os itens que nada acrescentam ao que já foi dito
é que necessitam ser eliminados. A concisão colabora para a correção do texto, pois as chances
de erro aumentam na mesma proporção que a quantidade de palavras. Mais que curtas e claras,
as expressões empregadas devem ser precisas. Para redigir um texto conciso, é fundamental ter
conhecimento do assunto sobre o qual se escreve.
Recomendações:
b. dispense, sempre que possível, os verbos auxiliares, em especial ser, ter e haver,
pois a recorrência constante a eles torna a redação monótona, cansativa;
c. prefira palavras breves. Entre duas palavras opte pela de menor extensão.
Objetividade
A objetividade consiste em ir diretamente ao assunto, sem rodeios e divagações. Para ser objetivo,
é necessário escrever apenas as palavras imprescindíveis à compreensão do assunto. Redigir com
objetividade é evidenciar a ideia central a ser transmitida e usar vocabulário de sentido exato, com
referencial preciso, para facilitar a compreensão do leitor. Observe um exemplo de texto com falta
de objetividade retirado de um artigo de uma revista de grande circulação nacional.
Recomendações:
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determinado, pois termos indefinidos juntos não contribuem para maior clareza,
ao contrário, tornam o texto obscuro;
h. se puder optar, escolha a voz ativa. No lugar de Foram feitas muitas alterações
pelos engenheiros, prefira Os engenheiros fizeram muitas alterações;
Correção gramatical
Tópico de fundamental importância. Erros gramaticais comprometem o melhor pensamento.
A escolha da palavra
A palavra é o início da expressão. Nosso objetivo é prepará-lo de forma adequada em todos os
sentidos. Não queira escrever de forma adequada sem antes observar o uso dos termos em seu texto.
A escolha da palavra é o início de um bom texto.
O período adequado
Procure sempre frases curtas. Uma, duas ou, no máximo, três orações por período. A frase curta
tem diversas vantagens: torna o texto mais claro, objetivo e com menor número de erros. Períodos
longos geralmente estão associados a ideias incertas e facilitam falhas na compreensão.
O parágrafo adequado
A ideia e o texto devem seguir um processo de elaboração consistente e progressivo. Escrever um
texto não significa apenas preencher o papel com frases soltas. Escrever pressupõe uma série de
operações anteriores. As qualidades de um parágrafo podem ser agrupadas em quatro características:
4. objetividade.
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Separei dois parágrafos de redações recentes que recebi. Observe como estão bem estruturados. Cada
período apresenta uma ideia que se relaciona com a seguinte e produz uma unidade no parágrafo.
Parágrafo 1
A classe média cresce pouco no Brasil devido a um estado ineficiente que não consegue produzir
um crescimento da economia satisfatório. Estudos do Banco Mundial revelam que existe relação
direta entre o progresso de um país e o desempenho de sua classe trabalhadora. De tal forma que
um interage com o outro e todos são beneficiados.
Parágrafo 2
O primeiro mandato do presidente reeleito teve características sociais bem marcantes. A implantação
de programas como Bolsa-Família e Fome-Zero foi prioridade em seu governo. Tais programas
ocorreram em âmbito nacional e um de seus maiores benefícios foi a troca do trabalho infantil pelas
salas de aula.
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UNIDADE II │ COMPETÊNCIA TEXTUAL
Modelo A
O primeiro parágrafo introduz a ideia e apresenta dois fundamentos que serão desenvolvidos na
argumentação. Logo após vem a conclusão.
A prudência nos orienta que o governo deve conduzir situações com mais rigor
e respeito. Se houve falhas anteriores aos fatos, essas devem ser solucionadas
com diálogo e negociação. Determinados serviços não podem ser paralisados
em hipótese alguma, como é o caso dos controladores de voo, da assistência
médico-hospitalar e da segurança.
Modelo B
O autor preocupa-se em apresentar sua abordagem no parágrafo inicial e desenvolvê-la com
progressividade de um parágrafo para o outro. Nesse caso, deve-se tomar o cuidado de não fugir do
tema abordado inicialmente.
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REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1991.
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1998.
______. Gramática metódica da língua portuguesa. 44. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
ANDRADE, Carlos Drummond de. As impurezas do branco. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,
1978.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
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Técnico, 1997.
CARVALHO, Castelar de. Língua e estilo. Rio de Janeiro: Expansão Cultural, 1999.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3. ed. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
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Referências
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Superior de Educação, Aparecida de Goiânia, ano 2, n. 2, 2008, 102.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2001.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência nominal. 4. ed. São Paulo: Ática, 2002.
MONTEIRO, José Lemos. A estilística: manual de análises e criação do estilo literário. Petrópolis:
Vozes, 2005.
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