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Campo Elétrico Atmosférico

Seja através de partículas extremamente penetrantes com energia elevada (raios


cósmicos), decaimento radioativo na superfície da terra ou emissões intensas de
radiação eletromagnética (relâmpagos) a nossa atmosfera é constantemente
bombardeada com distribuição de carga resultando num campo elétrico atmosférico.

Os estudos dos fenômenos meteorológicos de eletrificação da atmosfera


começaram a ser realizadas no século XVII. No entanto grandes avanços somente
vieram a acontecer no século XX com medições feitas pelo Instituto Carnegie de
Washington.

Os processos de distribuição de carga acometidos a atmosfera atribuem a ela


uma carga negativa de aproximadamente 5*105C. Valor esse que unido a um valor
aproximado da área superficial da terra nos permite estimar sua densidade media de
carga e seu campo elétrico com a ausência de uma tempestade.

No caso de ocorrer uma tempestade, embora seu mecanismo de carregamento


das nuvens não seja totalmente compreendido, sua distribuição típica de carga resulta
em um aumento significativo do campo elétrico atmosférico.

A alta saturação das nuvens da tempestade com cargas gera campos elétricos
muito forte que resultam na descarga de raios como um meio de desfazer a tensão pela
transferência de eletricidade da nuvem para o solo. Ação que é seguida respectivamente
pela luz que percorre o caminho feito pela eletricidade denominado relâmpago e o som
das massas de ar que foram deslocados pela eletricidade se chocando ao voltar à posição
original denominada trovão.

Se formos analisar os efeitos do campo elétrico acima das nuvens da tempestade


encontraremos uma serie de efeitos visuais chamados de eventos luminosos transientes.
Um desses eventos é o chamado Sprite que consiste em um feixe luminoso vermelho
que dura menos de um segundo dificultando sua visualização a olho nu. A luz é liberada
quando os elétrons são recombinados com íons de nitrogênio molecular.

Temos também outros eventos luminosos transientes como os elves que são
luzes representadas como expansão de anéis que ocorrem na ionosfera e que precedem a
aparição de um Sprite. Há também o chamado blue jet que são ejeções luminosas a
partir do topo da nuvem da tempestade mas não apresentam ligação com os relâmpagos.

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