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Pontos
O circuito engloba uma série de espaços, cada um remetendo a uma dimensão da vida
dos africanos e de seus descendentes na Região Portuária. O Decreto Municipal Nº
34.803 indica os seguintes pontos:[1]
Pedra do Sal: É uma grande pedra com uma escadaria talhada, aos pés do Morro
da Conceição. Tombado em 1984 como patrimônio histórico, o local recebeu esse
nome porque lá era descarregado o sal dos navios que atracavam no porto.
Atualmente, a Pedra do Sal é palco de rodas de samba e de choro.
Cais do Valongo
O Cais do Valongo é um antigo cais localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, entre
as atuais ruas Coelho e Castro e Sacadura Cabral. [1] Recebeu o título de Patrimônio
Histórico da Humanidade pela UNESCO em 9 de julho de 2017 por ser o único vestígio
material da chegada dos africanos escravizados nas Américas. [2]
Construído em 1811, foi local de desembarque e comércio de escravizados africanos
até 1831, com a proibição do tráfico transatlântico de escravos. Durante os vinte anos de
sua operação, entre 500 mil e um milhão de escravizados desembarcaram no cais do
Valongo.[1]
Em 1843, o cais foi reformado para o desembarque da princesa Teresa Cristina de
Bourbon-Duas Sicílias, que viria a se casar com o imperador D. Pedro II. O atracadouro
passou então a chamar-se Cais da Imperatriz.[3]
Entre 1850 e 1920, a área em torno do antigo cais tornou-se um espaço ocupado por
negros escravizados ou libertos de diversas nações - área que Heitor dos Prazeres
chamou de Pequena África.[4][5]
História
Até meados da década de 1770, os escravizados desembarcavam na Praia do Peixe,
atual Praça XV, e eram negociados na Rua Direita (hoje Rua 1º de Março), no centro do
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Redescoberta
Em 2011, durante as escavações realizadas como parte das obras de revitalização
da zona portuária do Rio de Janeiro, foram descobertos os dois ancoradouros - Valongo e
Imperatriz -, um sobre o outro, e, junto a eles, uma grande quantidade de amuletos e
objetos de culto originários do Congo, de Angola e Moçambique. [5][6] O IPHAN e a prefeitura
do Rio de Janeiro elaboraram um dossiê para a candidatura do sítio arqueológico do cais
ao título de Patrimônio da Humanidade da Unesco.[3][7][8]O sítio foi declarado patrimônio da
humanidade na 41ª sessão do comitê da Unesco, em 2017. [9]
Tipo Público
Inauguração 1906
História[editar | editar código-fonte]
Concebido como um jardim romântico, destinado ao passeio da sociedade nos finais de
tarde, ele continha terraço, passeios, arborização, combustores de gás, depósito de água
para irrigação, canteiros e grama, jardim rústico, casa do guarda e depósito de
ferramentas e até mesmo uma cascata. O acesso pode ser feito até hoje por escadas pela
Rua Camerino.
Havia, no jardim, quatro estátuas em mármore representando divindades
romanas: Minerva, Mercúrio, Ceres e Marte. Estas estátuas foram retiradas do Cais da
Imperatriz de Grandjean de Montigny, localizado próximo e que, à época, encontrava-se
em ruínas. Em 2002, as estátuas foram parcialmente danificadas por vândalos e a
prefeitura resolveu transferi-las para o Palácio da Cidade. Réplicas das originais foram
armazenadas temporariamente no Parque Noronha Santos, na Avenida Presidente
Vargas, ao lado da Sede da Divisão de Monumentos e Chafarizes da Fundação Parques e
Jardins. Em junho de 2012, as réplicas foram recolocadas no jardim após
a restauração deste, como parte do projeto de revitalização da região do Porto Maravilha.
Pedra do Sal
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Portal de História
História[editar | editar código-fonte]
Pedra do Sal - 1608
Um grupo baiano se instala na Saúde[3], onde a moradia é mais barata e mais perto
do Cais do Porto, onde os homens buscam vagas na estiva.
As primeiras grandes docas do Rio de Janeiro surgem nesta época, datando daí o
aparecimento de trapiches onde se arregimentavam os estivadores numa zona de ruas
tortuosas e becos em torno da Pedra da Prainha, depois conhecida como Pedra do Sal,
onde ficava o grande mercado de escravos.
Bairro da Saúde - Séc. XVIII
O início do século XIX é um período em que se dá um crescimento mais efetivo, a partir da
chegada da Família Real e Corte. É nesse período que a cidade deixa de ser simples
colônia para se tornar capital político-administrativa do reino. Toda a vida urbana se
expande. Faz-se grande a atividade portuária. Surgem vários trapiches na orla marítima.
Com a virada da metade do século, se agravam as condições de vida na capital da Bahia,
o que propicia uma migração sistemática de negros sudaneses para o Rio de Janeiro.
Com a abolição engrossa o fluxo de baianos para o Rio fundando-se praticamente uma
pequena diáspora baiana na capital.
A Pedra do Sal é, em suma, mais que um bem cultural afro-brasileiro. É um monumento
histórico e religioso, tombado há duas décadas: desde 20 de novembro de 1984,
pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.
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Tombamento[editar | editar código-fonte]
Texto que deu origem ao processo de tombamento da Pedra do Sal, ocorrido em 20
de novembro de 1984 - (E-18/300048/84-SEC)
Pedra do Sal é um monumento histórico da cidade do Rio de Janeiro.
Dali, os moradores da Saúde saudavam os navios que chegavam da Bahia com familiares
e amigos. A Pedra do Sal era, para migrantes, o que é hoje o Cristo Redentorpara os
recém-chegados ao Rio: o primeiro abraço e o primeiro sentimento da cidade.
Ocorre que os moradores da Saúde e seus migrantes eram predominantemente negros
baianos retornados da Guerra do Paraguai (1865/70) ou em busca de melhores condições
de vida. A Saúde, debruçada sobre o porto, era uma pequena Bahia (como a Bahia, por
sua vez, era uma pequena África).
Lá, se encontraram as célebres tias, cabeças de famílias extensas
– Bibiana, Marcelina, Ciata, Baiana... Pretas forras. Foi nas suas "pensões" que
o batuque e o jongose transformaram em partido-alto e, logo, no amplo espaço da Praça
Onze, no samba que conhecemos.
Os pretos da Saúde e suas tias participaram dos principais eventos da
cidade: Abolição (1888), Revolta da Armada (1891/93), as greves de 1903/05, a Revolta
Contra a Chibata (1910) e outros. Participação amplamente documentada, embora
subestimada pela historiografia conservadora.
Já não existe a Praça Onze. Nada sobrou das "pensões" onde nasceu o samba. Boa parte
da Saúde (e da Gamboa, da Conceição, Providência e do Estácio, que a prolongavam) se
descaracterizou. Ficou, como raro testemunho da cidade negra, a Pedra do Sal.
A Pedra do Sal é um monumento religioso do povo carioca.
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Referências
1. ↑ http://www.todorio.com/rio/zonaportuaria/pedradosal
2. ↑ Pedra do sal
3. ↑ http://iserj.net/morro-da-conceicao-uma-pagina-da-historia-do-rio-de-janeiro/
Inauguração 1996 (24 anos)
Website [1]
Geografia
País Brasil
Coordenadas
22° 53' 45" S 43° 11' 34" O
O Cemitério dos Pretos Novos, também conhecido como Memorial dos Pretos Novos,
é um sítio arqueológico e centro cultural situado no bairro da Gamboa, na Zona Central da
cidade do Rio de Janeiro. Localiza-se nos números 32, 34 e 36 da Rua Pedro Ernesto, em
um casarão do século XVIII. O centro funciona sobre o local onde funcionou, entre 1769 e
1830, um antigo cemitério de escravos. É administrado pelo Instituto de Pesquisa e
Memória Pretos Novos.
Atualmente, o casarão funciona como centro cultural, cuja finalidade é resgatar a história
da cultura africana na cidade através da divulgação cultural e artística. No local, são
oferecidos cursos e oficinas.[1] Na Galeria Pretos Novos, são
apresentadas exposições temporárias de arte contemporânea de temática africana. Já
a Biblioteca Pretos Novos, inaugurada em novembro de 2012, conta com cerca de 600
títulos dedicados à cultura, à história e às artes afro-brasileiras e indígenas.[2]
O centro recebeu esse nome por homenagear os Pretos Novos. Pretos Novos era o nome
dado aos escravos recém-chegados ao Rio de Janeiro pelo Cais do Valongo e que eram
negociados no mercado de vendas de escravizados. [3]
Índice
10
1História
2Acervo
3Ver também
4Referências
5Ligações externas
História[editar | editar código-fonte]
O denominado Cemitério dos Pretos Novos funcionou, entre 1769 e 1830, em um dos
barracões do antigo mercado negreiro, localizado no Valongo, faixa do litoral carioca que
ia da Prainha à Gamboa. O barracão era situado na Rua do Cemitério, atual Rua Pedro
Ernesto.[4] O cemitério foi criado por ordem de Luís Melo Silva Mascarenhas, o marquês do
Lavradio, então vice-rei do Brasil, por conta da transferência do porto de desembarque dos
escravos do cais da Praça XV para o Valongo, local na época fora dos limites urbanos.[5]
No mercado negreiro do Valongo, eram "depositados" todos os escravos que chegavam
nas longas viagens dos navios negreiros, denominados como Pretos Novos. Nessas
viagens, praticamente todo o negro que chegava na então colônia portuguesa encontrava-
se muito debilitado. Uma porcentagem significativa destes cativos imigrantes africanos não
resistia às condições desumanas da travessia do Atlântico ou do mercado de escravos e
eram enterrados dentro de barracões ou nos arredores do mercado. Calcula-se que foram
enterrados, no Cemitério dos Pretos Novos, pelo menos entre 20.000 e 30.000 escravos.
[4]
Tal espaço de enterro de escravos substituiu o Largo de Santa Rita, situado em frente
à Igreja de Santa Rita de Cássia, no Centro, que era o local onde, anteriormente, eram
feitos os enterros. Nos seus últimos seis anos de funcionamento, segundo pesquisa feita
nos arquivos da igreja, a média de enterros no Cemitério dos Pretos Novos foi superior a
mil enterros por ano.[5]
Em 1830, o mercado foi fechado, em parte pelo inconveniente das atividades e pelo mau
cheiro, que eram objeto de reclamações por parte dos moradores locais, e também como
uma forma de as autoridades locais mostrarem, aos ingleses, que estavam respeitando
o tratado de extinção do tráfico imposto pela Inglaterra e assinado em 1827. Na realidade,
porém, a atividade só mudou de endereço. [6]
O achado arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos ocorreu no dia 8 de janeiro de
1996.[3] Os proprietários da sede do instituto resolveram reformar o imóvel do qual são
donos e, ao ser feita a sondagem o solo para as obras, foram encontrados fragmentos
de ossos humanos misturados a vestígios de cerâmica, vidro, ferro e outros materiais. A
descoberta foi comunicada aos órgãos responsáveis, que enviaram ao local equipes de
profissionais que confirmaram a existência de um sítio arqueológicode grande importância
histórica.[7]
Em 2012, a fim de proteger os achados arqueológicos do local, foram instaladas pirâmides
de vidro sobre as duas aberturas que deixam visíveis as ossadas dos escravos ali
enterrados.[8] Cinco anos depois, em 2017, o primeiro esqueleto inteiro foi encontrado no
local. As escavações, que duraram cerca de sete meses, ocorreram em uma área de 2 m²
de um dos poços de observação do cemitério. A ossada é de uma mulher, batizada de
Josefina Bakhita, que morreu com aproximadamente 20 anos no início do século XIX. [9]
Acervo[editar | editar código-fonte]
Foram encontrados mais de 5 mil fragmentos arqueológicos no local.
Os ossos não cremados encontrados no local permitiram identificar 28 corpos, a maioria
deles correspondentes a indivíduos do sexo masculino com idades entre 18 e 25 anos.
Painéis, fotos, ossadas, arcadas dentárias, artefatos do cotidiano e fragmentos diversos
fazem parte dos objetos expostos no memorial.[7]
Dentre os artefatos encontrados, há pontas de lança, argolas, colares, contas de vidro,
artefatos de barro (como cachimbos), porcelanas, conchas e vestígios de fogueira. Tais
11
artefatos evidenciam não apenas restos de origem africana, mas também de origem
europeia e indígena.[2]
História