Como movimento o empirismo lógico buscava encontrar critérios para
considerar significativa as preposições cientificas e afastar a metafisica do debate no interior da filosofia. Além disso buscavam encontrar critérios para auxiliar a transposição de preposições factuais em verdade -através do principio da verificabilidade. Afirmavam eles que o método cientifico mais adequado deveria ser o indutivo (conjunto de observações que geram posteriormente conhecimento). Popper tenta refutar essas colocações do Empirismo Logico através da metáfora do Bo Balde e o Holofote. Nessa critica, primeiramente, ele contrapõe o método indutivo frente ao método dedutivo hipotético dedutivo. Em segundo lugar, propõe o um critério de verdade sob o nome de “Falsiabilidade” (ou falsificacionismo). Na indução a partir de experiências que se reptem generalizamos uma dada afirmação. Nessa perspectiva compreendermos a mente humana como um balde que acumula experiências e quando necessário resgatá-las, abrirmos uma torneira e sairia conhecimento (a observação precede a hipótese) (O – H) . Popper questiona essa perspectiva e aponta que o método mais indicado é o hipotético dedutivo, nele a mente é compreendida como um holofote. Nessa perspectiva as hipóteses precedem as observações (H – O). Propõe ele substituir o método indutivo (atreves do qual se tem conhecimento a partir de um numero finito de observações) pelo método hipotético dedutivo (considerado um raciocínio lógico). No método hipotético dedutivo primeiro parte-se de hipóteses, depois realiza-se as observações adequadas e somente se uma das hipóteses atingir plausibilidade segue-se na busca pelo conhecimento. O processo pela busca de conhecimento segue a seguinte ordem: 1o – Levanta-se uma lei geral 2o – Identifica-se uma condição inicial 3o – Tem-se a explicação Ainda que ocorra a identificação da explicação do fenômeno, ela não seria suficiente para responder as inquietações daquele que busca o conhecimento cientifico. É necessário continuar na investigação e tentar investigar, a partir de experiências continuas em que se replique as mesmas leis e condições do fenômeno e reproduzir o fenômeno. Essa prática é tem como objeto realizar predições, ou seja, isso busca não apenas antecipar possibilidades de falhas nas teorias e explicações cientificas que buscam obter a veracidade do conhecimento. Entretanto, afirma Popper que isto não é suficiente, deve-se eliminar qualquer possibilidade de erros futuros, ou se incorreria o risco de cair na metáfora de a mente ser um balde em que se deposita o conhecimento e quando se precisa dele abre-se uma torneira e ele jorra. O objetivo disso é garantir que não haja erros futuros e garanta a legitimidade dos processos científicos, e para isso, é necessário trocar a verificabilidade pela falseabilidade. A verificabilidade afirma que para que uma preposição seja considerada cientifica deve ser possível de ser verificada pela experiência. Popper afirma que esse procedimento não funciona porque também compreende a mente como um balde. Em substituição a isso propõe a falseabilidade, conceito que afirma: Uma proposição para ser considerada cientifica deve poder ser falsificada, ainda que em determinados contextos, através de experiências. A falseabilidade de Popper propõe que uma proposição cientifica seja analisada em contextos distintos e diversos submetendo-a a testes contínuos buscando verificar se esta preposição funciona corretamente em todos os contextos (1,2,3,4,5...). Ao verificar-se que ela não funciona corretamente em um dado contexto (artificial), ao invés de rejeitá-la, deve-se precaver a possibilidade do erro identificada nesse erro, ou seja, uma mudança no contexto não necessariamente significa a rejeição da preposição, mas sim que ela possui uma possibilidade de desvio e é a este desvio que Popper e a falseabilidade querem se precaver. O que Popper esta querendo afirmar é uma preposição para ser cientifica ela deve ser possível de ser falsificada em algum contexto, quando isso não ocorre, quando a verdade já e dada por si, esta se falando de dogma, algo inaceitável na ciência. A ciência busca sempre ampliar as discussões, propondo possibilidades e admitindo mudanças e rearranjos acerca do conceito de verdade. Ou seja, ela sempre está assimilando novos conceitos e conhecimentos ao discurso cientifico. Essa postura cientifica distancia-se da metáfora do balde e aproxima a busca pelo conhecimento de uma metáfora do holofote que, em suma, afirma que ao tentar-se prever as falhas futuras de uma teoria, pode-se abarcar um numero maior de fenômenos e com isso, a ciência estaria mais próxima de um holofote cada vez mais intenso que ilumina pontos obscuros do conhecimento. Esse processo dá-se através da assimilação e acomodação de novos conhecimentos ao discurso cientifico. Dito de outra forma, quando a ciência encontra um novo conceito, ao invés de rejeitar uma preposição ela assimila esse conceito ao cabedal que ilumina a preposição científica.