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1 Introdução
Por muitos anos os municípios brasileiros cobraram uma taxa para custear o
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
características inafastáveis:
prestação de serviços);
UFIR);
tributo não decorre da infração de determinada lei. Pelo contrário, se algo é pago por
ilícitas, embora ele em si não seja um ilícito. Exemplos: quando uma pessoa aufere
devido. Não será realizada uma pesquisa da forma, ou do caminho utilizado, para
jurídica com força de lei estabelecer esta obrigação. São exemplos de normas
jurídicas com força de lei: lei complementar, lei ordinária e medida provisória. Assim,
instituir tributo e
sentido, inclusive, o art. 97, incisos III e IV do CTN. Por fato gerador (abstrato) ou
fator a ser aplicado sobre a base de cálculo para determinar precisamente o valor da
prestação tributária. Sujeito passivo (ou contribuinte latu sensu) é a pessoa obrigada
norma tributária, assim como as normas jurídicas, de uma forma geral, apresenta
consagra definições legais para as primeiras três espécies do gênero tributo. Nestes
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
contribuições sociais).
2.5 Classificações
física. Indiretos - são aqueles em que o contribuinte de direito transfere para outros
serviços.
contribuinte, pelo que inexistindo tal requisito, restará impossível a criação de uma
contribuição.
Insta ressaltar que, tal qual ocorre com a contribuição de melhoria, é preciso
ter em mente que o valor arrecadado com uma contribuição não pode ser superior à
Constituição Federal, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional
deveria ser publicada ainda no exercício de 2002, para que respeitasse o disposto
no art. 150, incisos I e III, que tratam, respectivamente, dos princípios constitucionais
da Legalidade Tributária (art. 150, I), que exige lei, no caso lei complementar (art.
tributária; da Irretroatividade (art. 150, III, a) onde é vedado cobrar tributo em relação
Anterioridade (art. 150, III, b), já que é vedado cobrar tributo no mesmo exercício
I – impostos;
disposto no art. 145, II, CF, e nos artigos 77 e 79 do CTN, cujo art. 77, em seu
parágrafo único, define o fato gerador da taxa bem como sua base de cálculo, sendo
que esta não poderá ser idêntica a dos impostos (§ 2º do art. 145, CF). O mesmo
CTN, em seu artigo 79, define o que vem ser aqueles serviços públicos específicos e
divisíveis, mencionados em seu art. 77, bem como no art. 145, da CF.
a toda coletividade e não apenas a um grupo de pessoas, e não se pode optar entre
querer usar o serviço ou não, pois se trata de um serviço essencial para a vida de
todos os cidadãos, e não se podendo, dessa forma, determinar, como quer a taxa,
“Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador serviço inespecífico,
não mensurável e indivisível, insuscetível de ser referido a determinado
contribuinte, a ser custeado por meio do produto da arrecadação dos
impostos gerais. Recurso não reconhecido, com declaração de
inconstitucionalidade dos dispositivos sob epígrafe, que instituíram a taxa
no município” (RE 233332/RJ, Acórdão do Tribunal Pleno do STF, votação
unânime, com julgamento em 10.03.99).
No ordenamento jurídico pátrio, o controle de constitucionalidade das leis é
“ADIN”, tendo esta ação tem efeito “erga omnes”, isto é, seu resultado atingirá todos
uma lei ou ato normativo, mas seu efeito é “inter partes”, ou seja, atingindo somente
iluminação pública, o que acabava por converter a ação civil pública numa
Municipal.
CF), que diz: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
Aplicável, princípio que se traduz em: quem consome mais energia, paga
mais.
Os Municípios, por força do parágrafo único do art. 149-A, bem como pelo
que for instituído nas respectivas Leis Complementares Municipais, poderão celebrar
contrato ou convênio com a empresa concessionária local para que a cobrança seja
(inciso IV, do art. 167, da CF) porque a receita da CIP será vinculada àquele custeio,
sob pena dos prefeitos incidirem nas penalidades do art. 1º, incisos III e XV, do
país, o que provocará o Supremo tribunal Federal a pronunciar-se sobre este novo
tributo. O que não impede que o contribuinte que se sinta lesado possa, também,
pagamento da CIP, contudo, agora, esta tem fundamento no art. 149-A da CF, que
Constituição Federal deu aos municípios poderes para instituir contribuição para o
natureza daquelas previstas no art. 149 e 195 da Lei Maior, já analisadas neste
estudo.
Ora, já foi visto que o termo contribuição em nosso Direito Tributário pode ter
renda auferida por ele deve obrigatoriamente servir para o custeio de determinado
contribuições sociais: com exceção daquelas previstas no art. 195, não existe
vir a ter, ao contrário dos impostos elencados nos artigos 154, 155 e 156, taxas e
legislador infraconstitucional. Tal fato como já foi dito leva a que elas possam ter
conforme raciocínio antes construído. Além disso, como regra, apenas a União tem
Emenda em questão veio abrir uma exceção a essa regra, passando, pode-se
pensar, uma pequena parcela do poder residual de tributar pertencente a União aos
mencionada na primeira parte do parágrafo anterior, visto o art. 149-A não fazer
formatado quase que a seu bel prazer, apenas este deverá se revestir da natureza
de uma das espécies tributárias previstas na Constituição e sua renda deve ser
características das contribuições são os impostos e as taxas como já foi visto. Assim
“imposto” ou “taxa”.
iluminação pública, visto este ser indivisível, até porque, se tal fosse feito, se estaria
Entretanto, essa espécie tributária não parece ser a mais adequada para
podendo aceitar “que só porque a pessoa política realizou uma atuação estatal, esta
autorizada a cobrar uma taxa no valor que quiser e de quem quiser” (2002, p. 476,
Se, por outro lado, desejar instituir contribuição com hipótese de incidência e
base de cálculo própria de imposto, deverá ter o cuidado de que ela não tenha base
instituir contribuição do que aquele a ele dado para instituir impostos deixando
já citados artigos 153, 155 e 156, dando-se poderes ao município para instituir
pública.
Além disso a referida contribuição não deverá ser cumulativa, ainda por força
5 Conclusão
Concluímos que, por não afrontar nenhuma cláusula pétrea e, justamente, por
Posto isto, cabe ressaltar que a CIP tem a mesma natureza jurídica das
6 Bibliografia
<http: www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=1426>