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arquitetura e
montagem de
computadores
Série TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - hardware
arquitetura e
montagem de
computadores
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
arquitetura e
montagem de
computadores
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Goiás, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Sede
2 Arquitetura de Computadores...................................................................................................................................25
2.1 Conceito de arquitetura de Von Neumann.........................................................................................26
2.1.1 Introdução à arquitetura de computadores.....................................................................26
2.1.2 Conceito de arquitetura de John Von Neumann............................................................28
2.1.3 Classificação de arquiteturas – modelo de VN e modelo não VN.............................30
2.1.4 Arquitetura de Von Neumann – elementos componentes e máquinas atuais...32
2.2 Processadores e organização...................................................................................................................35
2.2.1 O processador – função e histórico.....................................................................................35
2.2.2 O processador – organização interna.................................................................................37
2.2.3 O processador – conjunto de instruções...........................................................................40
2.2.4 O processador – multithread, multicore, multiprocessamento..................................42
2.2.5 Elementos de apoio – memória principal e memória secundária...........................45
2.2.6 Conexão com elementos de apoio – barramento de endereços,
dados e controle........................................................................................................................47
2.2.7 Tratamento de periféricos – interrupção...........................................................................51
2.2.8 Processadores no mercado – AMD e Intel........................................................................52
2.2.9 O processador – suporte a virtualização e identificação.............................................57
2.3 Placa-mãe........................................................................................................................................................58
2.3.1 Características da placa-mãe.................................................................................................58
2.3.2 BIOS e UEFI....................................................................................................................................61
2.3.3 Principais periféricos integrados..........................................................................................63
2.4 Memória...........................................................................................................................................................65
2.4.1 Memórias – histórico e características...............................................................................65
2.4.2 Tipos comuns de memória.....................................................................................................68
2.4.3 Tipos de memória comuns em notebooks........................................................... 73
2.4.4 Memória não volátil..................................................................................................................74
2.5 Barramentos e placas de expansão.......................................................................................................76
2.5.1 Plataforma pc e placas de expansão...................................................................................76
2.5.2 Características de barramento de expansão....................................................................77
2.5.3 Barramento ISA ..........................................................................................................................79
2.5.4 Barramentos MCA e EISA........................................................................................................81
2.5.5 Barramentos PCI.........................................................................................................................83
2.5.6 Barramento PCI e suas variantes..........................................................................................84
2.5.7 Barramento AGP e variantes..................................................................................................87
2.5.8 Barramento PCI-express..........................................................................................................89
2.5.9 Barramentos de expansão em notebook..........................................................................90
2.6 Armazenamento secundário....................................................................................................................93
2.6.1 Histórico de mídias de armazenamento...........................................................................93
2.6.2 Disco rígido – características e organização....................................................................94
2.6.3 Disco rígido – SCSI – características....................................................................................96
2.6.4 Disco rígido – IDE/PATA – características...........................................................................97
2.6.5 Disco rígido – IDE/PATA – características........................................................................ 100
2.6.6 Armazenamento de estado sólido................................................................................... 102
2.6.7 Armazenamento de estado sólido – SSD....................................................................... 103
2.6.8 Armazenamento de estado sólido – pen drive............................................................. 104
2.6.9 Armazenamento óptico........................................................................................................ 106
2.6.10 Armazenamento óptico – CD, DVD e Blu-ray............................................................. 107
2.6.11 Armazenamento em fitas.................................................................................................. 109
2.6.12 Armazenamento em fitas – tipos ................................................................................... 110
2.7 Fontes............................................................................................................................................................ 112
2.7.1 Características de fonte de alimentação........................................................................ 112
2.7.2 Tipos de fontes e conectores.............................................................................................. 114
2.7.3 Conversão entre fontes......................................................................................................... 119
2.7.4 Fontes para notebooks.......................................................................................................... 121
2.7.5 Fontes redundantes............................................................................................................... 122
2.8 Periféricos e outras tecnologias vigentes......................................................................................... 124
2.8.1 Periférico, controladora de comunicação e interface de comunicação.............. 124
2.8.2 Principais interfaces: serial, paralela, psaux e fireware.............................................. 125
2.8.3 Principais interfaces: USB .................................................................................................... 128
2.8.4 Organização de I/O na arquitetura X86.......................................................................... 130
2.8.5 DMA na arquitetura X86....................................................................................................... 132
2.9 Servidores.................................................................................................................................................... 133
2.9.1 Características de um servidor........................................................................................... 133
2.9.2 Multiprocessadores................................................................................................................ 135
2.9.3 Memória ECC, registrada...................................................................................................... 136
2.9.4 Armazenamento RAID – conceitos................................................................................... 137
2.9.5 Armazenamento RAID – tipos............................................................................................ 139
2.9.6 Armazenamento RAID – controladoras e on-board................................................... 141
Referências......................................................................................................................................................................... 363
Minicurrículo do Autor.................................................................................................................................................. 365
Índice................................................................................................................................................................................... 367
Introdução
Caro aluno, um profissional da área da informática deve, além de ser capaz de realizar ma-
nutenções corretivas e preventivas, ter conhecimento sobre a arquitetura e montagem dos
computadores.
Pensando nisso, nesta unidade curricular você conhecerá os componentes da arquitetura
dos computadores, compreenderá como ocorre a montagem e a real necessidade de um pla-
nejamento adequado de manutenção para os computadores.
A seguir, são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares do curso,
assim como suas cargas horárias.
Carga Horária
Módulos Unidades Curriculares Carga Horária
Módulo
• Fundamentos para Documentação Técnica 140h
Bons estudos!
Arquitetura de computadores
A forma como diversos componentes de um computador são organizados define aquilo que
é conhecido por arquitetura de computador e determina aspectos relacionados à qualidade,
ao desempenho e à aplicação para a qual o computador vai ser orientado. A CPU adotada, a
capacidade de memória, a capacidade do disco rígido, a existência de memória cache e outros
menos conhecidos fazem parte dos componentes desta arquitetura.
Estudar as características destes componentes de maneira isolada ou em conjunto são ex-
tremamente necessárias e fundamentais para que o computador como um todo venha a nos
oferecer as facilidades de que tanto buscamos e necessitamos no dia a dia. Este conhecimen-
to otimizará tempo e planejamento, permitindo especificar computadores com melhor custo-
-benefício ou de alto desempenho, permitindo aproveitar mais o seu dia de trabalho, como por
exemplo, ter pleno domínio durante a montagem de hardwares e instalação de softwares que
irão ajudar nas tarefas do seu local de trabalho ou em casa durante uma atividade qualquer.
Ao final deste capítulo você será capaz de:
a) compreender o que é a arquitetura de neumann;
b) conhecer os componentes da arquitetura dos computadores;
c) definir os processadores e sua organização;
d) conhecer a placa mãe, suas características, modelos e principais periféricos integrados;
e) conhecer as características de memórias e seus tipos mais comuns;
f) definir barramentos e placas de expansão;
g) conhecer armazenamento secundário;
h) definir as características e tipos de fontes;
i) conhecer periféricos e outras tecnologias vigentes;
j) compreender as características de um servidor.
arquitetura e montagem de computadores
26
Você já imaginou vivermos, nos dias atuais, sem a internet e os recursos tecno-
lógicos que nos trazem conforto no dia a dia? Já pensou em um mundo sem com-
putadores? Poderíamos afirmar que seria praticamente impossível, não é verdade?
Vários anos se passaram desde o surgimento dos computadores, e as tecno-
logias continuam se renovando a passos largos. Hoje são milhares e milhares de
empresas trabalhando com produtos tecnológicos voltados para a sociedade,
seja para entretenimento, para fins profissionais ou para necessidades sociais. É
fato que o computador está presente direta ou indiretamente na vida de todas as
pessoas e se tornou fundamental para as ações do dia a dia. Com certeza, durante
os próximos anos os sistemas ainda irão evoluir muito, propiciando cada vez mais
conforto em diversos segmentos.
Por trás desse desenvolvimento profissional e social está a Arquitetura de
Computadores. Em outras palavras, a Arquitetura de Computadores é que de-
fine as características dos diversos componentes dos computadores e o modo
como se organizadm. A estrutura e a organização desses componentes (como
processadores, memórias, placas de vídeo, chips etc.) determinam sua qualidade
e desempenho.
Estudar as características dos componentes do computador, de maneira isola-
da ou em conjunto, é fundamental para que o computador seja capaz de desem-
penhar as facilidades que a sociedade demanda no dia a dia. Esse conhecimento
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
27
LANL (2012)
Figura 2 − John Von Neumann
Mas o que Von Neumann fez a ponto de mudar a história e a evolução dos
computadores? Considere que, antes de o primeiro computador ser criado, vários
precedentes já eram utilizados pela humanidade. Podemos dizer, por exemplo,
que tudo começou com o ábaco chinês, um instrumento utilizado para realizar
cálculos matemáticos. Depois veio a máquina de diferenças, por volta de 1823,
reconstruída por Charles Babbage. Blaise Pascal também contribuiu muito, inven-
tando a primeira calculadora mecânica, conhecida como Pascalina.
A contribuição de John von Neumann aparece em 1946, a partir do ENIAC
(Electronic Numerical Integrator and Computer). Ele é considerado o primeiro
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
29
computador para cálculos balísticos, construído nos Estados Unidos, sendo que
nesse período começou-se a se trabalhar com os conceitos do matemático. Na-
quela época, as operações de carregar e modificar tarefas de um programa no
ENIAC eram extremamente tediosas, e isso poderia ser facilitado se um programa
pudesse ser armazenado juntamente com os dados. Dessa forma, o computador
poderia obter as instruções diretamente a partir da memória, e o programa no
caso poderia ser modificado apenas atribuindo valores às posições da memória.
Surgiu assim o conceito de programa armazenado, atribuído aos projetistas do
ENIAC, principalmente porque John von Neumann liderava como consultor do
projeto ENIAC. (STALLINGS, 2003).
Porém, já no ano seguinte, John von Neumann inicia o projeto de um novo
computador, o IAS. Tratava-se basicamente de um computador de programa ar-
mazenado que iria contar com um sistema de memória baseado em tubos ico-
noscópicos (desenvolvidos pela empresa RCA), semelhantes aos tubos de televi-
são. Este projeto também teve apoio do Exército e da Marinha norte-americanos.
A partir de então, os documentos relacionados ao projeto de Von Neumann
nortearam os embasamentos para a Arquitetura de Computadores de quase to-
dos os projetos de computadores subsequentes daquela época, tanto no meio
acadêmico como na indústria, originando então o termo arquitetura de Von
Neumann. Mais tarde, grandes empresas como a IBM passaram a usar em seus
projetos de Arquitetura de Computadores os “ensinamentos” de Von Neumann,
que são explorados e utilizados até os dias atuais.
Veja a figura ilustrativa da estrutura do IAS.
Unidade Lógica
Aritmética - ULA
Entrada e
Memória Saída
Thiago Rocha (2012)
(Periféricos)
Unidade Central de
Processamento - CPU
John von Neumann foi o responsável pelo projeto de arquitetura que conhe-
cemos hoje como modelo Von Neumann. Esse modelo consiste basicamente no
armazenamento de dados em memória para o processamento das informações.
Neumann. Elas atingem uma ampla categoria, que inclui sistemas computacio-
nais como (RICARTE, 1999):
a) máquinas paralelas: várias unidades de processamento executando pro-
gramas de forma cooperativa, com controle centralizado ou não;
b) máquinas de fluxo de dados: não executam instruções de um programa,
mas realizam operações de acordo com a disponibilidade dos dados envol-
vidos.
Bons exemplos de máquinas não Von Neumann seriam máquinas baseadas na
arquitetura MIMD (várias instruções, dados múltiplos, múltiplos processadores
operando em paralelo). Outros exemplos são computadores ópticos, computa-
dores Quantum, processadores Cell e redes neurais (RICARTE, 1999).
Outro modelo bastante difundido na época, e que ia contra as características
iniciais do modelo de Von Neumann, foi a arquitetura de Harvard. Essa arqui-
tetura ficou conhecida como uma espécie de atualização da arquitetura Von
Neumann. Com a necessidade de tornar os microcontroladores mais rápidos,
apresentava como característica o uso de duas memórias diferentes e totalmente
independentes com o sistema de barramento e comunicação direta com o pro-
cessador. Assim, o sistema conseguia ser mais rápido que os modelos Von Neu-
mann, já que era possível acessar a memória de dados independentemente do
acesso da memória aos programas.
DATA INSTRUCTION
MEMORY MEMORY
Control
& ADDR
data instruction
IN
ALU CONTROL
control
OUT
Thiago Rocha (2012)
status
CLOCK
COMPONENTES
Figura 5 − Memória
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
33
FabriCO (2012)
Mas não foi sempre assim. Na verdade, levamos décadas para chegar aos mode-
los atuais de processadores. Não era claro como esses equipamentos se comporta-
riam diante do tamanho desempenho que ao longo dos anos foi sendo cobrado.
O processador, ou CPU, trabalha como um “cérebro” no computador, sendo
o responsável por processar as informações obtidas de outros componentes do
computador, como disco rígido, memória, placa de vídeo e de rede etc. O resul-
tado do processamento das informações dependerá do programa que está soli-
citando o processamento. Todos os programas, desde um editor de texto até um
jogo, enviam instruções para o processador, que as executa, disponibilizando um
resultado. Por exemplo, o projeto do EDIVAC liderado por John von Neumann já
trazia a ideia de uma Unidade Central de Processamento capaz de realizar várias
tarefas ao mesmo tempo (SILVA; DATA; PAULA, 2009).
arquitetura e montagem de computadores
36
Figura 11 − Processadores atuais encontrados no mercado (INTEL – Core i7 e AMD Phenom II x6)
ração aritmética ou lógica sobre os dados. Por fim, a escrita de dados, ou seja, os
resultados de uma execução podem obrigar a escrita de dados na memória ou
num módulo de entrada/saída (SILVA; DATA; PAULA, 2009).
Unidade de processamento
Barramento
de endereços
PC
Banco de
registos
Unidade de Controle
Palavra de IR
controle
Barramento
de dados
Bits de
estado ULA
b) Memória cache – Imagine que você trabalhe numa bancada, na qual fre-
quentemente é necessário apertar um parafuso, mas a chave de fenda está
num armário que fica a 100 metros de distância. Ou seja, cada vez que você
tiver que aperta um parafuso é preciso buscar a chave de fenda, usa-lá e
depois colocá-la novamente no lugar. Isso será muito pouco eficiente e vai
demorar bastante, concorda? Mas como sempre há parafusos para apertar,
para agilizar esse processo você deve guardar essa chave em uma gaveta na
sua bancada, perto do parafuso.
O cache seria equivalente a essa gaveta, um artifício que agiliza o seu traba-
lho. A memória cache é um tipo rápido de memória localizada no proces-
sador. Ela armazena as informações mais utilizadas pelo processador para
que sejam acessadas mais rapidamente. Com a evolução da tecnologia dos
processadores, eles começaram a ser mais rápidos que a memória RAM, obri-
gando o processador a esperar a liberação da RAM para terminar sua tarefa.
Com isso surgiu a memória cache, e a partir daqui o processador reduz o
número de acessos na memória RAM “lenta”. Dessa forma, ele não perde o
seu desempenho. Os chips de memória cache utilizam a memória do tipo
SRAM, que é mais rápida e não precisa ser atualizada o tempo todo.
A cache trabalha como uma memória intermediária entre a memória prin-
cipal e os registradores do processador, dividida em níveis LX, onde X é um
número natural. Ela é bastante comum na arquitetura dos processadores
atuais, onde podem vir em dois níveis ou até mesmo três níveis: L1, L2 e L3.
Geralmente as caches L1 e L2 estão embutidas (on-chip ou on-die) no chip
do processador. Nos computadores mais antigos, era possível encontrar a
cache L2 fora do chip da CPU, por isso reduzia o custo de fabricação do pro-
cessador. Já os processadores mais recentes, como o Core i7, possuem três
níveis de cache (L1, L2 e L3). Com o passar do tempo, vários tipos de cache
foram desenvolvidos (STALLINGS, 2003).
c) ULA – A Unidade Lógica Aritmética é um dos núcleos de processamento
do processador. A ULA processa informações dos registradores para ge-
rar outros dados que são resultados de uma operação. A ULA realiza ope-
rações com os operadores matemáticos como soma, subtração, multiplica-
ção e divisão, e também operações lógicas como AND, OR, XOR, entre outras
(STALLINGS, 2003).
d) UC – A Unidade de Controle (UC) é um componente do processador res-
ponsável por gerar sinais que controlam outros componentes, como a ULA
e os registradores. Os sinais são gerados com base na instrução que está
sendo processada. A ULA recebe esses sinais para saber qual operação exe-
cutar (soma, divisão, AND, OR, XOR), quais registradores fornecerão dados de
entrada para ULA e qual será o registrador que armazenará o resultado da
operação (STALLINGS, 2003).
arquitetura e montagem de computadores
40
Programa em Linguagem
Comandos de Alto Nível
de Alto Nível
Compilador
Programa em
Instruções da Arquitetura
Linguagem Assembly
Assembler
Linker/Loader
Programa Executável
MULTITHREAD
MULTICORE
FabriCO (2012)
Figura 15 − Gerenciador de dispositivos do Microsoft Windows
MULTIPROCESSAMENTO
Hoje podemos definir bem esse sistema, porque encontramos com facilidade
processadores com vários núcleos, onde cada um dos núcleos age independen-
temente, permitindo a subdivisão do processamento quando uma tarefa é acio-
nada. Com isso, houve uma revolução no mercado de softwares. Empresas como
a Microsoft e o próprio Google já projetam sua linha de produtos destinados a
arquiteturas de processadores que utilizam esse recurso. No SMP (Simetrical Multi
Processor) – em outras palavras, multiprocessamento simétrico –, o processador
possui sistema Multithreads e aloca essas threads de acordo com o processador
que está menos sobrecarregado. Assim, ele garante uma alta performance entre
arquiteturas de PCs e também em dispositivos móveis, mesmo que as aplicações
não sejam desenvolvidas para multiprocessamento (RODRIGUES, 2007).
Hoje, os principais processadores com múltiplos núcleos de processamento pre-
sentes em uma única placa de silício são o i7, da Intel, e o Phenon 2 – X6, da AMD.
Intel / AMD (2012)
Você já parou para analisar como funciona nosso cérebro? A ciência de hoje já
sabe que possuímos a capacidade de guardar informações, algumas por muitos e
muitos anos, e outras apenas passageiras. Isso porque associamos o que é e o que
não é importante para nós. No que se refere ao hardware dos computadores, en-
tendemos como memória os dispositivos que armazenam os dados com os quais
o processador trabalha. Entre esses dispositivos, podemos classificar as memórias
como memória principal e memória secundária.
MEMÓRIA PRINCIPAL
Para saber mais sobre BIOS, POST e SETUP, faça uma leitura
SAIBA complementar dos capítulos 5 e 10 do livro “Manutenção
MAIS completa em computadores”, de Camila Ceccato da Silva et
al. (Santa Cruz do Rio Pardo: Editora Viena, 2009).
FabriCO (2012)
Figura 18 − Memória RAM
MEMÓRIA SECUNDÁRIA
memória principal. São memórias não voláteis, porém não são vitais para as ope-
rações do computador, permitindo o armazenamento permanente. Bons exem-
plos são: discos rígidos (HD) e os ópticos (CD, DVD, Blu-ray) etc. (SILVA; DATA;
PAULA, 2009).
FabriCO (2012)
FabriCO (2012)
Processador
Memória
Cache
Endereço
Dados
Controle
Memória
Principal
sub-sistema de memória
sub-sistema de E/S
Uma das funções da interface é deixar bem claro para o processador todos
os dados de operação e de controle de todos os dispositivos periféricos − assim,
sua estrutura genérica visada pelo processador controla os registradores, que por
sua vez controlam alguns tipos de periféricos acoplados à interface. Também em
sua estrutura está presente pelo menos um registrador de dados, de controle e
de estado, onde o acesso é feito pelo processador através de endereços de E/S
diferentes (HENNESSY; PATTERSON, 2003).
Existem, também, vários tipos de barramentos, que são conjuntos de linhas
que permitem a comunicação e a integração entre os dispositivos. Por exemplo, a
CPU, memória e outros periféricos. São caminhos por onde trafegam sinais elétri-
cos, levando informações e conectando esses dispositivos.
Quando falamos em barramentos, podemos citar vários exemplos pelos quais
eles são responsáveis: a comunicação de dispositivos auxiliares, como placas
gráficas, de rede, som, mouse, teclados, modem (periféricos), além das conexões,
como AGP, AMR, EISA, ISA, PCI, USB, PS/2, entre outras.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Programa em
execução
Salvamento de
Interrupção End. de tratamento parâmetros
A HISTÓRIA DA INTEL
Intel (2012)
Figura 23 − Sede da Intel
Uma das sedes principais da Intel Corporation fica na cidade de Santa Cla-
ra, no estado da Califórnia (Estados Unidos), no entanto a Intel está fisicamente
presente em vários países, inclusive no Brasil. A empresa se destacou no segmen-
to de microprocessadores, chipsets para placas-mãe e placas de vídeo, além de
milhares de dispositivos presentes em diversas outras tecnologias, como MP3
Players, por exemplo.
Sua história começou por volta de 1970, quando a empresa desenvolveu seu
primeiro circuito integrado de memória e se tornou uma das maiores desse seg-
mento. Com relação aos processadores, na mesma época, por volta de 1971, a
empresa introduziu no mercado seu primeiro processador, chamado de Intel
4004, porém esse microprocessador não teve destaque como fonte de renda nes-
se período. Apenas mais tarde alavancou suas vendas, a partir da construção de
processadores significativos como o 286, 386 e o 486. Hoje é uma líder de merca-
do, dona de uma das arquiteturas mais famosas da atualidade. O seu processador
Pentium foi e é um dos seus principais produtos até hoje.
A HISTÓRIA DA AMD
AMD (2012)
Lançado em 1993.
Em 1996 nasce o K6.
Nascia aqui uma lenda,
Sua principal carac-
uma das principais
terística era que esse
marcas da Intel. Deu-se
modelo adaptava-se
origem à arquitetura de
à arquitetura da Intel,
Pipelines (que executa
e seu custo era muito
mais de uma instrução
menor.
por cada ciclo de clock).
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
55
Nascem Athlon e
Lançados Pentium II Athlon XP, por volta de
(1997) e Pentium III. 2001. Tinham melhor
Trabalhavam com fre- desempenho em
quências que variavam comparação com os
de 450 a 600 Mhz e processadores da Intel
com dois sistemas de nesta época, devido
cache (L1 com 32 KB e à nova arquitetura de
L2 com 512 KB). memória derivada do
Alpha.
O Intel Celeron foi
lançado em 1998. Duron e Sempron são
Caracterizado por ser lançados em 2000. O
a segunda linha do Sempron veio mais
Pentium II, sem cache. tarde, em substituição
Posteriormente se lan- ao Duron, que teve seu
çou com cache, tendo preço baixo como prin-
uma melhor aceitação cipal característica.
no mercado.
O Athlon 64 foi
O Pentium 4 foi lança-
lançado por volta de
do em 2000. Aqui já
2005, já como um dos
eram presentes quatro
processadores da nova
transferências por
geração que possuíam
ciclo de clock. Também
a tecnologia de 64b. Era
ficou caracterizado por
baseado na arquitetura
dissipar muito calor
de processadores para
(esquentar bastante).
servidor.
Lançado em 2006 o
O Athlon 64 X2 foi o pri-
Pentium D, a primeira
meiro processador da
versão Intel de dois
AMD com dois núcleos,
núcleos, baseada na
produzido em 2005.
arquitetura do Pentium
Pesquisas apontam
4. Neste caso, a arquite-
a AMD como melhor
tura simulava dois pro-
arquitetura na nova ge-
cessadores, tornando
ração de processadores
o sistema operacional
com dois núcleos.
mais robusto e ágil.
O Phenom é conside-
rado a décima geração
Por volta de 2006
dos processadores da
começa a construção
AMD, caracterizado
da família Core, com
pela presença de três
Pentium Dual Core. Ele
ou quatro núcleos.
mais tarde deu origem
Posteriormente a AMD
aos Core i3, i5 e i7.
lança o Phenom 2
(2008).
Fontes das imagens: Intel e AMD (2012)
arquitetura e montagem de computadores
56
Intel (2012)
Figura 25 − Processador da Intel: Core i7
Com os processadores da linha Core i3, Core i5 e o mais famoso e atual proces-
sador da Intel, o Core i7, a empresa se destaca pelo surgimento de novas tecno-
logias empregadas nas arquiteturas da família Core, como por exemplo a Hyper
Threading, que realmente faz o processador executar várias tarefas ao mesmo
tempo, além de contar com sistema de virtualização de memória.
AMD (2012)
criar várias máquinas virtuais, pelas quais essas máquinas poderão trabalhar vá-
rios softwares diferentes? A resposta é simples: pense em qual componente tem
tempo de resposta mais rápido − o processador ou o software? A partir desse
raciocínio, fica mais simples entender que, com essa tecnologia empregada nos
processadores, eles passaram a controlar a virtualização. E isso, com certeza, me-
lhora o desempenho das máquinas, podendo agregar muito mais recursos de vir-
tualização sem exigir tanto do hardware (SILVA; DATA; PAULA, 2009).
2.3 PLACA-MÃE
ALIMENTAÇÃO
FabriCO (2012)
Você sabia que, antes mesmo de o sistema operacional entrar em ação, é exe-
cutado um complexo sistema de teste das informações de todos os componentes
de um computador, incluindo os periféricos? Este processo acontece sempre que
um sistema é inicializado, e a BIOS é uma das partes responsáveis por esse pro-
cedimento.
A BIOS (Basic Input/Output System), ou simplesmente “sistema básico de en-
trada e saída“, nada mais é do que um código de programação escrita aciona-
do pelo computador a fim de gerenciar e realizar alguns testes relacionados aos
componentes (hardware) do computador. Durante esse processo, ela verifica a
existência de conexão e comunicação com os periféricos, de certa forma ajudan-
do o sistema operacional. Imagine que você, antes de ligar um computador, es-
quecesse de conectar o teclado, o mouse ou até mesmo uma placa de vídeo, ou
ainda se houvesse uma memória mal encaixada. Quando algo desse tipo acon-
tece, a BIOS emite um sinal alertando que existe algo errado. Dessa forma, ela
sinaliza a ocorrência específica e permite que o usuário corrija o atual problema
(VASCONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
62
O PROBLEMA DA BIOS
A BIOS tem uma história fantástica e podemos considerar sua função como
algo extraordinário. No entanto, devemos levar em consideração o processo evo-
lutivo dos computadores atuais. Na verdade, a BIOS pouco evoluiu. Se conside-
rarmos que hoje o processo de inicialização que é gerenciado por ela demora em
média 30 segundos, sendo considerado lento e prejudicando muito a performan-
ce dos computadores, ainda praticamente não temos novidade nesse segmento.
Ou melhor, não tínhamos!
Essa tecnologia foi lançada no mercado com um propósito. Substituir uma tec-
nologia que está presente na arquitetura dos computadores atuais há muitos e
muitos anos. Você acha que é uma tarefa fácil? Bom, para a Intel foi. Na verdade
a empresa pesquisou durante anos uma maneira de melhorar o processo de ini-
cialização do computador, desenvolvendo uma nova tecnologia EFI que promete
acelerar o sistema de inicialização, além de outras características. Uma das suas
principais características é o seu sistema de interface intuitiva e operada através
do mouse, onde podemos configurar algumas opções melhorando o sistema de
inicialização do PC. Esta tecnologia promete realmente uma revolução, ou seja, se
a BIOS consegue inicializar o PC com 30 segundos em média, a UEFI promete fazer
isto em bem menos tempo, cerca de 5 segundos.
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
63
Hoje em dia existe uma grande variedade de placas-mãe com circuitos de ví-
deo, de som, rede e modem integrados. Um PC produzido com esse tipo de placa
acaba sendo mais barato, já que não é preciso utilizar placas de expansão, porém
seu desempenho normalmente é inferior ao daqueles que usam componentes
especializados.
arquitetura e montagem de computadores
64
CONEXÕES
HDMI Sistema
USB Paralela Rede de som
Mouse/teclado Saída
Serial áudio digital USB
2.4 MEMÓRIA
TIPOS DE MEMÓRIA
FabriCO (2012)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
-side bus) incrivelmente rápidos, pois permitem acessos tanto à escrita como à
leitura em velocidades satisfatórias, que aumentam, e muito, a performance das
máquinas.
Este é um caso típico de evolução de hardware: há alguns anos a RDRAM ou
Rambus DRAM, que foi utilizada nas primeiras placas-mãe para Pentium 4, era a
única memória suficientemente veloz a ponto de acompanhar a velocidade do
processador. Trabalhava a uma velocidade de 400 MHz (400 milhões de acessos
por segundo) (VASCONCELOS, 2007).
Essas memórias foram bastante usadas entre 1994 e 1997. Estavam presentes
nas placas-mãe que suportavam os processadores 386, 486 e também nas primei-
ras fabricações do Pentium. As mémorias EDO (Extended Data Out) e FPM (Fast
Page Mode) eram produzidas em módulos chamados de SIMM/72 (Single In-Line
Memory Module). Para serem usadas nas placas com processador Pentium, tinham
que ser instaladas em duplas. Ou seja, duas memórias de 16 MB resultavam em
uma memória de 32 MB (VASCONCELOS, 2009).
MEMÓRIAS SDRAM
FabriCO (2012)
A SDRAM (Synchronous DRAM) foi muito utilizada entre 1997 e 2002, nas pla-
cas-mãe que usaram os processadores Pentium nas suas versões MMX, Pentium
2, Pentium 3, Celeron, K6-2, entre outros. Esses módulos usam um sistema de
encapsulamento (formato) chamado DIMM/168 (Dual In-Line Memory Module),
com 168 vias e operando a velocidades entre 66 até 133 MHz, podendo variar
entre 533 MBytes/s até 1.066 MBytes/s (VASCONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
70
MEMÓRIAS RAMBUS
Kingston (2012)
Figura 34 − Memória Rambus
MEMÓRIAS DDR
MEMÓRIAS DDR2
MEMÓRIAS DDR3
Dreamstime (2012)
Figura 37 − Memória DDR3
Memórias DDR3 são suportadas pelos mais novos chipsets da Intel e AMD,
compatíveis com processadores Core 2 Duo, Core i3, i5 e i7 e os AMD (socket
AM3). Em 2009, estas memórias já eram acessíveis, porém o mercado ainda resis-
tia ao padrão DDR2. Empregando a mesma tecnologia da sua antecessora, que
consequentemente empregava a tecnologia da DDR, este modelo pode chegar
a oito dados de transferência por ciclo de clock. Seus modelos sugiram a partir
de 800 MHz, ou seja, com clock interno de 100 MHz e clock externo de 400 MHz,
poderia facilmente chegar a um clock definitivo de 800 MHz processando 6.400
MB/s. Em seus atuais modelos DDR3/1600, consegue perfeitamente a transfe-
rência de 12.800 MB/s.
DDR
DDR 2
DDR 3
Thiago Rocha (2012)
cm.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
MEMÓRIAS SO-DIMM
FabriCO (2012)
1 DIMM Você já imaginou como seria trabalhoso encaixar uma memória de desktop,
com o tamanho padrão DDR ou DDR2, em um computador portátil notebook? Na
(Dual Inline Memory
Module), Módulo de verdade isto não seria possível, pois na arquitetura dos notebooks os tamanhos
Memória em Linha Dupla. “reais” destas memórias não poderiam ser encaixadas na sua placa-mãe. Sendo
assim, foi preciso criar um novo padrão para que se utilizasse o mesmo sistema
das memórias SDRAM ou DDR-SDRAM, porém em versões “pequenas”, mais ade-
2 DDR-SDRAM
quadas à enxuta estrutura dos notebooks. Foi dessa forma que surgiram as me-
(Double-Data-Rate mórias SO-DIMM¹.
Synchronous Dynamic
Random Access Memory),
Memória de Acesso
As memórias SO-DIMM (Small Outline Dual In-line Memory Module) po-
Aleatório Dinâmica dem ser entendidas como uma opção menor das memórias DIMM dos compu-
Síncrona de Dupla Taxa de
Transferência. tadores de mesa. Essas memórias trabalham com uma velocidade que varia de
66 MHz até 133 MHz, e possui 144 pinos (como a SDRAM). Já as tradicionais me-
mórias DDR-SDRAM², com 200 pinos (DDR e DDR2), podem chegar a 800 MHz e
transferência de dados de 32 bits (VASCONCELOS, 2007).
EVOLUÇÃO
Um tipo bem comum de memória não volátil são as memórias ROM, que hoje
em sua grande maioria permitem o processo de leitura e escrita, através de sof-
twares que reescrevem seus arquivos, permitindo sua atualização e suprindo as-
sim algumas carências do hardware ou software (VASCONCELOS, 2007).
Outros tipos comuns de memória não volátil são as memórias FeRAM e as fa-
mosas memórias FLASH. As memórias FeRAM (Ferro-magnetic Random-Access
Memory) são pouco menos conhecidas e também mais recentes. Elas mantêm os
dados sem a presença de energia por meio de um material revestido com óxido de
ferro. São memórias de baixo consumo de energia e extremamente velozes. Esti-
ma-se que esta memória será a sucessora das memórias FLASH, bastante utilizadas
nos dias de hoje. Apesar de ter uma capacidade de armazenamento ainda conside-
rada baixa, esta “barreira” provavelmente durante os próximos anos será quebrada.
FabriCO (2012)
As famosas memórias FLASH, por sua vez, são bastante conhecidas e utiliza-
das. Seu sistema utiliza milhares de células que são “apagáveis”. Essas células fi-
cam dispostas em uma matriz (linhas e colunas) que são totalmente acessíveis in-
dividualmente ou em blocos. Funcionam com dois transistores (porta de controle
e porta flutuante) separados por uma camada fina de óxido. A porta de controle é
ligada à linha de bytes dessa matriz, enquanto a outra porta “flutuante” conecta-
-se à linha de bits através de um terminal chamado dreno. Sendo assim, utiliza o
sistema elétrico para o seu funcionamento, porém não precisa de energia para
manter os dados armazenados.
Permitindo a leitura e escrita dos dados, esse tipo de memória possibilita que
os dados sejam inseridos e apagados durante as operações. Possui um sistema
de armazenamento considerável, permitindo que muitas tecnologias o utilizem.
Classificada como rápida e detentora de uma resistência excelente, essa memória
é muito utilizada, por exemplo, nos dispositivos móveis como MP3 Player e pen
drive, entre outros (SILVA; DATA; PAULA, 2009).
PLATAFORMA PC
PLACAS DE EXPANSÃO
SAIBA Para saber mais sobre placas, você pode ler a obra de Laércio
Vasconcelos “Hardware na prática” (Rio de Janeiro: Digerati
MAIS Books, 2007).
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
77
CPU
Support Signals
Processor
1 266 MHz
AGP 4X Slot Memory
66 MHz System 266 MHz
3 Controller 2
North Bridge
PCI Bus (33 Mhz/32 bit)
4
slot
slot
slot
slot
slot
South Bridge
2 EIDE (33/66/100)
Peripheral
PS/2 Keyboard Super I/O Bus
Thiago Rocha (2012)
Nos dias atuais, com certeza o barramento ISA (Industry Standard Architectu-
re) não tem mais valor financeiro ou de uso para o mercado. Porém, foi de suma
importância para o surgimento de novas tecnologias, até chegarmos aos siste-
mas de comunicação existentes nas arquiteturas atuais de placas-mãe, seja qual
for o seu fabricante.
FabriCO (2012)
Em 1981, esse barramento começou a ser difundido por uma famosa empresa,
a IBM. Inicialmente seu sistema de comunicação utilizava 8 bits e trabalhava nas
frequências utilizadas pelos processadores da época. Dessa forma, a disputa do
mercado pelo uso desse barramento começou a ganhar espaço.
Mais tarde, com a evolução dos processadores, esse barramento sofreu adap-
tações para se adequar aos sistemas de processamentos das CPUs, ou seja, onde
inicialmente havia uma velocidade de clock de 8 MHz, e os processadores já su-
peravam os 10 MHz, foi preciso fazer essa adaptação. Seu sistema tem como base
a arquitetura dos computadores IBM-PC-AT, onde, ligados em paralelo, podia-se
fazer a expansão de placas em qualquer slot. O sistema possuía conectores de 62
a 96 pinos, logo os barramentos ISA tinham suas “versões” para 8 e 16 bits com o
clock de transmissão a 8 MHz. Com isso, conseguia uma taxa de transmissão de
dados de um pouco mais de 5 MB/s (SILVA; DATA; PAULA, 2009).
arquitetura e montagem de computadores
80
SOLDSIDE
COMPONENTSIDE:
A1 A31
SOLDSIDE
B1 B31
B1 B31
SOLDSIDE
COMPONENTSIDE:
A1 A31 C1 C18
SOLDSIDE
B1 B31 D1 D18
A1 A31 C1 C18
B1 B31 D1 D18
BARRAMENTO EISA
FabriCO (2012)
Porém, toda essa “engenharia” teve um alto custo para o seu desenvolvimento, e
como ficava inviável o repasse para o mercado em competição aos slots ISA, esse
projeto também não fluiu como as empresas esperavam (VASCONCELOS, 2009).
Um dos principais slots usados na grande maioria das arquiteturas das placas-
-mãe atuais e disponíveis no mercado sem dúvida é o tipo de slot PCI. O PCI (Peri-
pheral Component Interconnect) surgiu nos anos 1990 e foi criado pela Intel. Na
ocasião a Intel investia em um tipo de barramento que superasse os padrões até
então existentes no mercado. No início não obteve grandes sucessos, pois o custo
de repasse e a ligação direta com periféricos específicos tornou-o inviável para o
consumo (VASCONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
84
Dreamstime (2012)
Figura 47 − Placa para slot PCI
Você já estudou que o barramento PCI foi responsável por um processo evolu-
tivo de vários segmentos de hardware. Com o tempo, suas variantes conseguiram
atender a praticamente todos os dispositivos de conexão externa que encontra-
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
85
mos hoje em periféricos para computador. Você também já leu que, em sua pri-
meira versão, esse barramento trouxe melhorias de comunicação, de transferên-
cia de dados, além de outras características. Ainda foi preciso que o sistema de
barramento se aperfeiçoasse cada vez mais para acompanhar o mercado compe-
titivo e tecnológico, e assim criaram-se algumas variantes de modelos. É isso que
você vai estudar nesta unidade.
Sabe-se que o sistema de barramento PCI consegue conectar mais dispositi-
vos que seus antecessores. Nos modelos atuais existem até cinco slots como op-
ção de conexão para periféricos externos. Inicialmente, esse sistema operava em
32 bits de largura, a 33 MHz de velocidade, e conseguia transmitir até 132 MB/s,
que já era uma velocidade aceitável para os dispositivos. Mas quem disse que os
periféricos não iriam sofrer modificações também? Se o barramento inicial não
fosse melhorado com o passar dos anos, com certeza também cairia no esqueci-
mento (VASCONCELOS, 2009).
Dreamstime (2012)
Em sua segunda versão, o sistema de barramento com slots PCI teve modifi-
cações consideráveis. Para acompanhar os periféricos da época, ele passou de
32 bits de largura para 64 bits, já permitindo o dobro da taxa de transferência.
Mantendo ainda uma velocidade de 33 MHz, porém a 64 bits, conseguiu pratica-
mente dobrar a capacidade de transferência de dados, subindo de 132 MB/s para
264 MB/s. Mas não parou por aí. Ainda houve a necessidade (novamente para
acompanhar o sistema de evolução dos periféricos) de disponibilizar slots que
operavam a 64 bits. Porém, agora com sua velocidade dobrada (33 MHz para 66
MHz), o resultado foi conseguir mais uma vez o dobro da taxa de transferência,
que antes era de 264 MB/s, para 528 MB/s (VASCONCELOS, 2007).
Apesar de tanto investimento, o barramento PCI de 64 bits a 66 MHz também
não teve tanto sucesso como os outros, devido ao fato de as empresas terem que
investir nos periféricos para atuarem com a mesma tecnologia presente nesse
barramento. Dessa forma, a Intel voltou a apostar em um novo projeto.
arquitetura e montagem de computadores
86
Mixabest (2012)
Figura 49 − Barramento PCI-X
Com este avanço, o mercado ficou ainda mais promissor, levando as empresas
a desenvolverem novos processadores e periféricos. No entanto, alguns proble-
mas ocorreram com esse barramento PCI-X. Um deles era a quantidade de slots
disponíveis com essa tecnologia na placa-mãe, ou seja, poderia ter todos os slots
com a mesma velocidade. No caso dos barramentos com maior velocidade, só era
possível ter um slot com as velocidades mais altas.
A Intel obteve um grande passo para o domínio do mercado nesse segmento,
pois além de as versões PCI-X 1.0 e 2.0 serem compatíveis com os slots anteriores
(PCI), também tinham suporte à grande maioria das placas expansoras presentes
no mercado. Havia problema apenas com as placas mais recentes, que tinham
alimentação elétrica de 5 V (VASCONCELOS, 2007).
Entre as muitas inovações da empresa Intel, uma foi a criação de um slot que
tivesse um papel exclusivo no mundo das tecnologias de comunicação entre pe-
riféricos e processador, o slot AGP (Accelerated Graphics Port). Na ocasião a Intel
tinha apostado suas fichas em um sistema de comunicação que resolvesse as pos-
síveis taxas de transferências de dados entre esses dispositivos. No caso, as placas
gráficas estavam cada vez mais robustas e exigindo mais hardware para que aten-
dessem às expectativas de seus idealizadores. Essas placas estavam sendo usadas
pelo barramento PCI, porém esse barramento, em sua velocidade máxima, já não
suportava as velocidades dessas taxas, que cada vez eram maiores. Como a de-
manda de mercado exigia cada vez mais, com softwares voltados a gerenciamen-
to de vídeos, imagens e jogos, a demanda por essas placas realmente aquecia o
mercado.
Na época a Intel adotou a estratégia de lançar esse slot próprio para conexões
de placas gráficas 3D em apenas alguns modelos, com a intenção de difundir e
alavancar as vendas de determinados produtos de seus parceiros. Os slots AGP
possuem em seus controladores o objetivo de acesso à memória RAM como uma
linha direta, assim ela consegue gerenciar a taxa de transferência de modo que
fosse mais rápida que a conexão com os slots PCI (VASCONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
88
ficou empregado ao barramento de 16x o uso dessas placas. Dessa forma, nesse
barramento a placa gráfica consegue uma transmissão de dados de 16 x 250 MB/s,
atingindo facilmente os 4 GB de transferência de dados (VASCONCELOS, 2007).
Curiosamente, a Intel não se deu por satisfeita. A empresa já lançou uma nova
versão do slot PCI-Express, no caso a versão 2.0. Ela oferece nada menos do que
o dobro de velocidade de transmissão de dados em relação à versão anterior, ou
seja, no slot de 16x, por exemplo, em vez de trafegar 4 GB/s, ela consegue a taxa
de 8 GB/s, superando assim todas as expectativas. Outro fator importante que
deve ser considerado é o fato de serem totalmente compatíveis, porém o uso de
sistemas mais lentos nos slots padrão 2.0 com certeza acarreta a redução de per-
formance desse dispositivo.
Existem pesquisas que demonstram que a Intel deve lançar alguma novidade
do mercado de barramento nos próximos anos. E isso realmente é uma notícia
boa, pelo fato de sabermos que hoje temos tecnologia de ponta e cada vez mais
os barramentos serão exigidos.
Dreamstime (2012)
Figura 52 − Primeiros padrões de barramento criados para notebook
OCZ (2012)
Figura 53 − MiniPCI e MiniPCI Express
Também existiram os barramentos mini-PCI, que nada mais eram que a ver-
são dos slots PCI com as mesmas características do barramento utilizado nas ar-
quiteturas dos computadores em miniaturas adaptadas para os notebooks. Esses
slots foram bastante utilizados, principalmente para se conectarem placas de rede
wireless (conexão sem fio), embora outros periféricos também pudessem utilizar
esse padrão de barramento. Note na imagem que há dois padrões Mini-PCI: o
primeiro à esquerda e o MiniPCI Express, já mais aperfeiçoado, assumindo as mes-
mas características do PCI-Express para computadores (VASCONCELOS, 2007).
Você já imaginou o seu computador sem HD (disco rígido)? Onde você arma-
zenaria suas coleções de MP3, seus vídeos, seus textos? Como você faria para ins-
talar o sistema operacional? Com certeza seu cotidiano seria bem diferente, não
é mesmo?
Pois saiba que nem sempre tivemos esses espaços gigantescos para armaze-
namento de informações. Em épocas passadas havia HDs com incríveis 2 MB, 3MB
e até 5MB para armazenamento. Essa capacidade pode até parecer engraçada
para os dias atuais, afinal hoje com 5 MB de armazenamento é possível no máxi-
mo ocupar com uma música em MP3 e poucos textos. Nada mais.
Da mesma forma que os componentes que você estudou até agora evoluí-
ram, o mesmo ocorreu com as unidades de armazenamento que encontramos
disponíveis hoje no mercado. Atualmente é bastante fácil armazenar milhares de
imagens, vídeos, produções musicais e outros tipos de arquivo como textos, pla-
nilhas, pois há disponível unidades de armazenamento com mais de 1 Terabyte
(1.024 GB) em espaço.
Falando em evolução de mídias, você se lembra do antigo disco de vinil? Anti-
gamente vários sistemas de armazenamento foram utilizados para se guardarem
informações em grande quantidade. Thomas Edison, por exemplo, contribuiu
e muito inventando algumas engenhocas para se armazenarem músicas. Um
exemplo foi os discos de vinil. Em gerações passadas esse dispositivo foi bastante
usado e com certeza contribuiu e muito para os formatos atuais de armazena-
arquitetura e montagem de computadores
94
mento que temos hoje. Porém, quando comparado a um CD, onde cabem muitos
mais dados e em formato digital, confere-se que é uma mídia obsoleta.
Appaloosa (2012)
HD é a sigla de hard disc (disco duro ou disco rígido), também conhecido como
Winchester. É uma unidade de armazenamento em massa, que funciona como
um dispositivo para armazenar informações. É um tipo de memória não volátil,
considerado hoje o principal meio para o armazenamento de dados.
Hoje, um dos principais atributos relacionados aos HDs é a quantidade de es-
paço disponível para o armazenamento de nossos arquivos. Até meados dos anos
90, a capacidade dos HDs era medida em MB (megabytes), onde cada megabyte
equivale a mais ou menos 1 milhão de bytes. Nas unidades atuais de armazena-
mento, já é possível ler o armazenamento em gigabytes e também em terabytes
(VASCONCELOS, 2009).
Compaq (2012)
Porém, essa tecnologia não ficou presa somente aos HDs: todos os sistemas
compatíveis podem usufruir de seus benefícios, entre eles as altas velocidades de
transferência de dados. Outro fator importante é a compatibilidade entre as tec-
nologias, que faz com que a troca de dados entre dispositivos seja feita de manei-
ra efetiva, rápida e estável, permitindo assim um ganho enorme de performance.
As conexões SCSI são ideais para aplicações em servidores ou operações que
exigem mais da máquina. Aproveitada melhor nos discos rígidos, essa tecnolo-
gia impactou tanto que as grandes empresas passaram a ter “outros olhos” com
relação ao SCSI. Já em sua segunda versão, com uma nova tecnologia adaptada
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
97
Dreamstime (2012)
O IDE (Integrated Drive Eletronics) foi desenvolvido por duas empresas que
disputavam o mercado dessas interfaces. Já em 1986 algumas arquiteturas em-
pregavam o uso dessas interfaces, apesar de que ainda não possuíam um sistema
muito bem determinado pelas fabricantes. No entanto, o sistema já demonstrava
indícios de grandes melhorias, na tecnologia, e o sistema que melhor aproveitava
dessa interface era o HD.
Esse sistema utiliza um cabo flat de 40 pinos para conexão entre a interface e
o barramento. Em seus primeiros modelos a velocidade final era controlada, pois
o uso do sistema de comunicação dos barramentos impossibilitava grandes me-
lhorias de transferência de dados.
Hoje praticamente todas as arquiteturas das placas-mãe trazem em sua estru-
tura conexões para interface IDE, podendo ser utilizados periféricos como CDs e
DVDs, além dos HDs. Se a placa possuir duas conexões IDE, significa que podem-
-se ligar até quatro dispositivos, entre HDs, CD-ROMs e DVD-ROMs, entre IDE Pri-
mária (Master e Slave) e IDE Secundária (Master e Slave) (VASCONCELOS, 2009).
Dreamstime (2012)
bits por vez, sendo um ao lado do outro (por isso a utilização dos cabos flat), em
um sistema de barramento de 16 bits.
Porém, o sistema de transmissão em paralelo tinha seus pontos negativos, e
um deles era o ruído causado durante a transferência, o que causava diminuição
da velocidade de transferência de dados. Uma das modificações necessárias nes-
se caso foi a readapatação dos cabos, que antes eram de 40 vias, para 80 vias, as-
sim o problema de ruído era minimizado e, por consequência, conseguia-se uma
taxa de transmissão e velocidade maior que o conseguido nas versões anteriores.
Um bom exemplo é a interface de comunicação ATA 133, que permite no máximo
133 MB/s de transmissão de dados (FERREIRA, 2005).
Dreamstime (2012)
Mesmo com os avanços dos HDs, os dispositivos que armazenam grandes vo-
lumes de danos, eles continuaram tendo muitas adaptações. Como o computa-
dor passou de ferramenta de trabalho e pesquisa para também ser uma podero-
sa ferramenta de entretenimento, hoje o espaço de armazenamento é um dos
quesitos mais procurados pelos consumidores. Isso porque permite aos usuários
armazenarem mais e melhores arquivos de jogos, imagens, filmes, músicas etc.
(FERREIRA, 2005).
Por volta do ano 2000, surgiu um novo padrão que agregaria dispositivos de
armazenamento em massa, como os HDs e unidades de leitura óptica, entre ou-
tros. O SATA veio com processos e melhorias, e a promessa de substituição do an-
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
101
tigo padrão, o PATA. Esse novo padrão utiliza o sistema de comunicação em série
(a transmissão ocorre em “fila”, ou seja, os dados vão um atrás do outro), porém
em grupos de 32 bits por vez. O padrão SATA possui um sistema de conexão de
apenas quatro vias, através de um cabo conectado diretamente ao barramento,
assim esse sistema permite uma maior velocidade, melhor transferência de da-
dos, e ainda elimina de vez o ruído do antigo padrão PATA (VASCONCELOS, 2007).
Dreamstime (2012)
COMO FUNCIONA
Com a fabricação de dispositivos cada vez menores, mais rápidos e com maior
capacidade, a tecnologia de armazenamento ganhou destaque entre os demais
componentes. No entanto, quando se avalia a variedade de HDs isoladamente,
pode-se dizer que “pouco se evoluiu”. Isso porque até existem vários modelos,
tamanhos, com taxas de transferência diferenciadas, porém o mecanismo de gra-
vação dos dados se mantinha o mesmo.
Era uma questão de tempo para que se desenvolvesse um dispositivo que pu-
desse realmente fazer a diferença, não só pela capacidade de armazenamento,
mas que mudasse realmente a sistemática de gravação dos arquivos e eliminasse
dispositivos mecânicos, como os presentes nos velhos e bons HDs.
A chegada dos sistemas de armazenamento SSD (Solid State Drive ou Unida-
de de Estado Sólido) consistiu basicamente na materialização de uma unidade
de armazenamento de gravação de dados não voláteis, adicionando ainda um
sistema de comunicação (interface) compatível com as tecnologias de ponta do
mercado. Em outras palavras, os dispositivos de armazenamento SSD utilizam o
sistema de memória Flash, que por sua vez não necessita de sistemas mecânicos
para o armazenamento de dados. Dessa forma, os arquivos armazenados nesses
dispositivos, por definição, são bem mais rápidos tanto para leitura como para
escrita. Mas por que eles são mais rápidos? (VASCONCELOS, 2007).
Dreamstime (2012)
Figura 65 − HD SSD
arquitetura e montagem de computadores
104
Figura 66 − Disquete
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
105
Dreamstime (2012)
O pen drive trabalha com sistema de leitura e escrita em alta velocidade. Ele
possui um sistema sequencial de acesso às células da memória em blocos (tec-
nologia NAND), dessa forma é bem superior aos sistemas mecanizados antigos,
superando os HDs convencionais e também os disquetes. Enquanto um disquete
comum tinha capacidade de 1,44 MB, atualmente as maiores unidades de pen
drive possuem de 100 GB a 250 GB.
Outro aspecto importante é sua fonte de alimentação ser carregada pela porta
USB. Como hoje praticamente toda estrutura possui portas USB para esses dispo-
sitivos, os drives de disquetes foram simplesmente abolidos do mercado (VAS-
CONCELOS, 2007).
Dreamstime (2012)
Figura 68 − Disco de armazenamento óptico (CD)
Dreamstime (2012)
Figura 69 − CD-RW
O CD foi uma das primeiras mídias ópticas a serem desenvolvidas com a finali-
dade de armazenar informações. O CD-ROM (Compact Disc-Read Only Memory)
possui a capacidade de armazenamento de mais ou menos 700 MB, ou 80 minu-
tos. Mais tarde surgem os CD-R, que já permitiam gravar dados uma única vez
no CD. Na sequência surgiram discos que aceitavam várias gravações (CD-RW),
porém ainda são registrados alguns problemas relacionados ao processo de gra-
vação, principalmente por características de hardware.
Como o custo final dessa mídia ainda é relativamente baixo, então até hoje é
amplamente utilizada como alternativa de armazenamento de dados (DARLAN,
2004).
Dreamstime (2012)
Figura 70 − DVD-RW
arquitetura e montagem de computadores
108
Dreamstime (2012)
Figura 71 − Blu-ray
Mas o DVD-DL não era suficiente. Com o passar dos anos foi necessário apri-
morar não só o dispositivo, mas suas características principais, então surge o Blu-
-Ray. Essa tecnologia veio para aposentar de vez seus antecessores, pois além de
possuir várias características diferentes, o espaço para se armazenarem informa-
ções também aumentou significativamente. Sua capacidade pode variar de acor-
do com o disco, ou seja, para os dispositivos simples (uma camada) é possível
armazenar 25 GB; enquanto os de DL (Dual Layer) suportam até 50 GB.
O processo de gravação se dá através de um laser cor azul-violeta (nos dispo-
sitivos antigos era um feixe de cor vermelha), possuindo ainda menos espaços
entre as camadas, consequentemente aumentando a qualidade das informa-
ções gravadas. Esse dispositivo consegue armazenar clipes, filmes e gravações
de multimídia em alta qualidade, chamados de Full-HD (Sistema de Alta Defini-
ção) (DARLAN, 2004).
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
109
Um tipo de fita comum é a DDS (Digital Data Storage), do tipo cassete, que
usa o sistema de gravação helicoidal. Ela possui capacidade de armazenamento
de acordo com suas “versões”, que variam de acordo com sua metragem (tama-
nho da fita), ou seja, em uma fita tipo DDS de 60 metros pode-se armazenar nor-
malmente até 1,2 GB de informação. Outra característica importante é sobre sua
utilização: o sistema de gravação helicoidal utiliza cabeças rotativas apoiadas
em um mecanismo, que giram em alta velocidade e gravam os dados diagonais
no mesmo sentido da fita. Sendo assim, as fitas sofrem um desgaste natural, per-
mitindo que as informações permaneçam com grau de confiabilidade de acordo
com a quantidade de vezes que a fita for usada (VASCONCELOS, 2009).
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
111
DDS 90 metros 2 GB
Já a fita do tipo DLT (Digital Line Tape) surgiu em 1984, fabricada pela Digital
Equipment Corporation. Estima-se que a duração dos dados gravados nesse tipo
de fita magnética mantenha confiabilidade por 30 anos, porém nesse sistema
também se perdem as informações pelos processos de gravação com muita facili-
dade. O próprio processo de escrita era sujeito a falhas, o que podia comprometer
todo o sistema de armazenamento.
Outro ponto em comum nesses tipos de fitas é que o sistema permite a com-
pressão dos dados (normalmente gerenciado pelos leitores de fitas – hardware),
aumentando a capacidade de armazenamento, que varia de 40 GB (550 metros)
até 160 GB, com taxas de transferência de até 16 MB/s.
arquitetura e montagem de computadores
112
Dreamstime (2012)
Figura 75 − Modelo LTO
Outro tipo bastante difundido é o LTO (Linear Tape-Open). Esse modelo foi
desenvolvido com um propósito: funcionava como uma alternativa a mais para
os padrões abertos disponíveis à época. Se for feita uma comparação entre os
tipos de armazenamento magnético, a LTO vai se destacar por ser viável, possuir
grande capacidade de armazenamento, alta taxa de transferência, e assim é utili-
zada nos principais meios para backups, entre outras finalidades.
Disponíveis principalmente em cartuchos, as LTO podem armazenar em seus
modelos mais comuns (que possuem aproximadamente 600 metros de compri-
mento) incríveis 100 GB. Nos modelos mais modernos e atuais, chegam a 1,5 TB
de informação com cartuchos de 846 metros.
Liderado por grandes empresas como a HP, esse modelo sem dúvida é o que
há hoje de melhor no sistema de armazenamento magnético, além de ter uma
relação custo-benefício satisfatória (DARLAN, 2004).
2.7 FONTES
Dreamstime (2012)
Hoje é bastante comum o uso dessas referências quando se vai trabalhar com
as fontes, principalmente no varejo, tendo como referências a quantidade de po-
tência que se irá necessitar de acordo com os periféricos instalados no PC.
Chama-se de potência nominal a fonte que traz de fábrica uma potência
como referência, porém quando em uso, não consegue chegar ao número exato
desta potência. Em outras palavras, uma fonte de 400 W pode chegar apenas a
300 W em termos reais.
Esse tipo de desapontamento não acontece com as fontes de potência real.
Ainda que sejam mais caras em relação aos modelos nominais, essas fontes con-
seguem, mesmo que por um período pequeno, trabalhar no potencial total de-
clarado por fábrica (VASCONCELOS, 2009).
arquitetura e montagem de computadores
114
Para saber qual é a verdadeira potência nominal de uma fonte, será necessá-
rio realizar alguns cálculos, usando os próprios números presentes nas etiquetas.
Esses números são equivalentes às saídas da fonte (+ 3,3 V, + 5 V, + 12 V, -5 V, -12
V e +5 VSB (esta última chamada de stand by). A indicação na fonte se dá através
de amperes (A). Sendo assim, para saber a potência que cada uma dessas saídas
possui, multiplique a tensão da mesma em volts pela corrente em amperes. Para
as indicações negativas, desconsidere o sinal de negativo.
Ou seja, em uma fonte onde a indicação é de 400 W, podemos ter:
15 A * (+3,3 V) = 49,5 W
29 A * (+5 V) = 145 W
11,5 A * (+12 V) = 138 W
0,5 A * (-5 V) = 2,5 W
0,5 A * (-12 V) = 6 W
1,5 A (+5 VSB) = 7,5W
Vamos ao cálculo?
Lembre-se de que para o processo de cálculo, nas saídas de +3,3 V e +5 V,
deve-se considerar somente o valor da maior potência entre essas duas saídas.
Neste exemplo então, desconsideraremos o valor de 49,5. Assim ficaria: 145 W +
138 W + 2,5 W + 6 W + 7,5 W = 299 W. Isso mostra um valor bem abaixo dos 400
W indicados na etiqueta (VASCONCELOS, 2009).
Com a evolução dos dispositivos eletrônicos para computador, cada vez mais
energia é demandada nesse melhor desempenho. A partir dessa imagem, pode-
-se dizer que a fonte de energia é um dos principais componentes do computa-
dor. Assim, entender suas características e padrões se torna necessário, pois é fato
que para cada tipo de PC temos um padrão de fonte de alimentação correto,
alimentando adequadamente todo o conjunto de hardware e oferecendo a ali-
mentação necessária para o bom desempenho da máquina.
Imagine um carro equipado com um grande motor e acessórios que fazem a
diferença. Agora imagine esse mesmo carro sem uma bateria. De que adiantaria
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
115
FabriCO (2012)
GBTech (2012)
Figura 78 − Padrão ATX
Você já estudou que o padrão ATX possui um conector de 20 pinos para ligar
na placa-mãe, com quatro conectores para discos rígidos e um ou dois conecto-
res para drives de disquete, entre outros. Sua versão ATX 2.1 também possui os
mesmos 20 pinos, porém com um conector auxiliar de 6 pinos e conector de 12
V de alta corrente (para ligar a placa-mãe) e ainda mais 4 conectores para discos
rígidos e 1 ou 2 conectores para drives de disquete, entre outros.
Já a versão mais recente, o padrão ATX 12 V, versão 2.2, traz consigo altera-
ções importantes em relação à versão anterior. O conector principal foi aumentado
para 24 pinos. O conector auxiliar foi simplesmente eliminado, e foram acrescen-
tados conectores de alimentação para discos serial ATA (VASCONCELOS, 2009).
Power On (2012)
Outro padrão que está sendo explorado pelo mercado é o padrão BTX (acrô-
nimo para Balanced Technology Extended), para atender ao crescente aumento na
dissipação de calor e consumo de energia dos processadores mais novos. Para
o gerenciamento térmico interno do gabinete, esse padrão simplifica e muito a
montagem das novas arquiteturas de PC que encontramos hoje. Esse padrão al-
terou mais uma vez o layout das placas-mãe, rearranjando todos os componentes
integrados na placa. No novo padrão BTX, as placas modificaram totalmente sua
estrutura, reposicionando processador e os slots (PCI, PCI-Express e AGP). Os com-
putadores com essa arquitetura tendem a apresentar menos ruídos e um melhor
gerenciamento térmico em comparação com as arquiteturas anteriores.
Compare nas imagens abaixo uma placa-mãe com padrão ATX e uma padrão
BTX. Note a disposição dos “encaixes” e o posicionamento do processador. São
detalhes que fazem a diferença tanto no gerenciamento térmico como na dispo-
sição de componentes, que ajudam na refrigeração apenas pela fonte de alimen-
tação (RODRIGUES, 2007).
Figura 81 − BTX
MSi (2012)
FabriCO (2012)
Figura 83 − Diferença entre os conectores ATX (à esq.) e BTX (à dir.)
Considere que você tem em mãos uma fonte recém-comprada, mas foi surpre-
endido com a necessidade de usar uma nova especificação de fonte. O que fazer
neste caso?
Antes de tudo lembre o papel da fonte de alimentação em um microcompu-
tador: transformar a energia alternada (AC) para contínua (DC), garantindo uma
alimentação adequada e limpa de ruídos elétricos.
Independentemente do tipo de fonte, os níveis de voltagem acabam se man-
tendo como na listagem a seguir:
a) + 5 V: utilizada na alimentação de chips, como processadores, chipsets e mó-
dulos de memória;
b) - 5 V: aplicada em dispositivos periféricos, como mouse e teclado;
c) + 12 V: usada em dispositivos que contenham motores, como HDs (cujo
motor é responsável por girar os discos) e drives de CD ou DVD (que pos-
suem motores para abrir a gaveta e para girar o disco);
d) - 12 V: utilizada na alimentação de barramentos de comunicação, como o
antigo ISA (Industry Standard Architecture);
e) + 3,3 V: usada por chips (principalmente pelo processador), reduzindo o
consumo de energia.
Isso pode ser visto nas figuras a seguir:
arquitetura e montagem de computadores
120
FabriCO (2012)
FabriCO (2012)
Figura 86 − Conversor ATX 20 para 24 pinos
Respondendo à pergunta do início: fique atento para não ter que trocar sua
fonte de alimentação a cada nova mudança tecnológica.
Hipro (2012)
Figura 88 − Fonte redundante 1
Essa fonte é tão especial que agrega várias garantias, que pode ser do hardwa-
re, onde caso haja falha no sistema elétrico essas fontes podem ser acionadas e
garantir o seu funcionamento; ou também a garantia do sistema elétrico, onde
através de uma única saída de força podemos alimentar várias fontes redundantes.
Nesse caso a estrutura da rede elétrica pública deve ser bem elaborada para
suprir as necessidades que essas fontes vão exigir, podendo haver ou não as fa-
lhas nessas redes, as fontes são a garantia de que o hardware terá um perfeito
funcionamento.
As fontes redundantes são também usadas em sistemas de servidores, onde
há a necessidade do funcionamento constante. Elas desempenham um papel
primordial, garantindo à empresa a total integração do funcionamento dos seus
sistemas. Em outras palavras: a não utilização dessas fontes pode comprometer
financeiramente uma empresa, causando grandes prejuízos (RODRIGUES, 2007).
O que você entende por “periférico”? Já parou para pensar como é feita a co-
municação entre os vários dispositivos que ligam o computador ao meio exter-
no? Como o computador nos “escuta”? Acompanhe a seguir.
Nos dias atuais, temos disponíveis no mercado milhões de “acessórios” que
desempenham tarefas diferentes, nos auxiliando, controlando, apresentando re-
sultados e contribuindo para as tomadas de decisão no dia a dia das empresas.
Todo material eletrônico que pode ser interligado no computador através de
suas portas de comunicação (interfaces) para desempenhar alguma tarefa pode
ser denominado periférico.
Os periféricos podem ser classificados em três grandes grupos:
a) periféricos de entrada de dados – responsáveis pelo envio de informação
ao processador. Ex: teclado, scanner;
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
125
Dreamstime (2012)
Figura 92 − Conectores PS/S
Outro padrão bastante difundido é o para teclado e mouse (PS/2). Até aproxi-
madamente 1997, o mouse era conectado à porta serial. A partir de então surgi-
ram modelos com conectores mini-DIN, ou padrão PS/2. As placas na época ATX
padronizaram a presença desse tipo de conector para a ligação do mouse. Hoje
esse conector possui 6 pinos, é usado tanto para conexão de teclados como de
mouses, e está presente na grande maioria das arquiteturas de placas-mãe. No
entanto, já estão sendo substituídos pelos USBs (VASCONCELOS, 2009).
Thiago Rocha (2012)
Figura 93 − Firewire
Outro padrão que se destacou no mercado tem fatos curiosos. Primeiro pela
quantidade de “nomes” que as empresas lhe deram. O padrão firewire (bus IEEE
1394), referência à norma, foi criado em 1995. Seu projeto era fornecer uma cone-
xão onde o tráfego de dados seria em alta velocidade e em tempo real. O nome
firewire foi dado pela empresa Apple, porém outras empresas (como a Sony) lhe
chamaram de i.Linke, outras de Lynx. Estas portas são usadas normalmente para
conectar dispositivos como câmaras digitais com taxas elevadas de transmissão
de dados. Normalmente possui conectores com 4, 6 até 9 vias, e existem também
cartões de expansão que permitem a conexão desses dispositivos aos PCs (VAS-
CONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
128
Dreamstime (2012)
Figura 94 − Conectores e cabos firewire
Para esses e todos os outros conectores existem normas que regem seus mo-
delos e padrões, ou seja, para cada tipo de conector válido e reconhecido pelo
mercado, existe uma norma correspondente ao seu padrão e característica.
Estes canais IEEE que determinam os padrões dos conectores utilizam apenas
um cabo composto de fios que são separados em dados para o relógio e alimen-
tação elétrica. Assim suas taxas permitem alcançar valores de 100 MB/s até 3.200
MB/s (VASCONCELOS, 2007).
As interfaces seriais, paralelas, de teclado e de joystick usados nos PCs não evo-
luíram muito em relação às usadas no início dos anos 80. São interfaces obsole-
tas para os padrões atuais. Apesar de funcionarem, não apresentam os recursos
avançados que a eletrônica moderna proporciona.
Por volta de 1990, os fabricantes de hardware criaram uma nova interface mais
moderna, versátil e veloz, a chamada USB (Universal Serial Bus). Hoje encontra-
mos interfaces USB em todos os PCs modernos, e todos os fabricantes de perifé-
ricos produzem modelos USB.
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
129
Que tal estudar agora as técnicas que os computadores usam para se co-
municar? Acessar dispositivos de entrada e saída, através de unidades de inter-
face, é um bom exemplo de como o processador interage com os periféricos
externos. Mas como são feitos os procedimentos de transferência, como as I/O
(entrada e saída) programadas? Vamos entender um pouco mais sobre as orga-
nizações de I/O.
Sabe-se que os dispositivos de entrada e saída de um computador são conhe-
cidos como E/S ou I/O (input/output). Esse sistema fornece um modo eficiente de
comunicação entre o sistema central e o ambiente externo. E para isso existem al-
guns “mecanismos” que ajudam a controlar o acesso dos periféricos (dispositivos)
ao processador (HENNESSY; PATTERSON, 2003).
As interfaces de entrada e saída fornecem métodos para transferência de in-
formações entre o armazenamento interno e os dispositivos externos de E/S. Peri-
féricos conectados ao computador necessitam de links especiais de comunicação
para fazer interface com a unidade central de processamento (CPU) (HENNESSY;
PATTERSON, 2003).
Antes de começarmos, é importante que você saiba que os periféricos são dis-
positivos eletromecânicos e eletromagnéticos, e a sua forma de operação difere
da operação da CPU e memória, que são dispositivos eletrônicos. Portanto, uma
conversão de valores de sinais pode ser necessária. A taxa de transferência de
dados dos periféricos é normalmente menor que a taxa de transferência da CPU
e, consequentemente, um mecanismo de sincronização pode ser necessário. Os
modos de operação dos periféricos são diferentes uns dos outros, e cada um deve
ser controlado de forma que não interfira na operação dos outros periféricos co-
nectados à CPU (HENNESSY; PATTERSON, 2003).
As IRQs (Interrupt Request ou requisição de interrupção) são processos (cha-
madas) especiais que os dispositivos requisitam do processador quando necessi-
tam de “enlaces” de tempo. Ou seja, quando acionamos o mouse, por exemplo, o
dispositivo responsável por ele solicita uma maior atenção do processador para
que estas ações (movimento, click etc.), possam ser efetuados, porém sem im-
possibilitar que o processamento de outras ações aconteçam. Sendo assim, esses
dispositivos são organizados de maneira tal que o processador consiga enxergar
todos os processos e atendê-los sucessivamente, efetuando várias ações de ope-
ração junto ao sistema operacional.
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
131
Hoje em dia o DMA virou requisito básico e fundamental presente nas arqui-
teturas de computadores. Imagine nos dias atuais o volume de transferência de
dados que o processador teria que executar e transferir para memória RAM sem
a presença dos “canais” de comunicação DMA. Com certeza isso acarretaria em
perdas no desempenho, já que dispositivos como placas gráficas e de som, além
de tipos de unidades de armazenamento em massa, utilizam esse recurso.
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
133
2.9 SERVIDORES
Servidor
Cliente Cliente
Figura 96 − Servidor
arquitetura e montagem de computadores
134
Dreamstime (2012)
2.9.2 MULTIPROCESSADORES
tes, ou seja, cada processador instalado no meio físico possui sua própria cache.
Esse fenômeno não acontece nos encapsulamentos atuais da família Core e Phe-
nom (RODRIGUES, 2007).
Veja o esquema abaixo que mostra a divisão dos processadores e suas respec-
tivas memórias cache, interligados na interface de comunicação (representação
gráfica).
CPU 1 CPU 2
Cache Cache
MMU MMU
RAID
CONTROLLER
Karina Silveira (2012)
Hoje podemos considerar o uso da RAID como uma opção segura e relativa-
mente barata, já que a grande maioria das placas dispõe dessa tecnologia. Porém,
toda essa carga que a controladora RAID exige ficará por conta do processador,
baixa o desempenho do computador de uma maneira geral.
Porém, ainda assim o fato de combinar múltiplos discos de baixo custo e ofe-
recer confiabilidade, operacionalidade e integridade das informações faz deste
meio uma opção de grandes resultados, pois no que diz respeito a armazenamen-
to de informações, o quesito segurança nunca é demais.
Devemos considerar que o sistema RAID é eficiente quando precisamos sim-
plesmente fazer “espelhos” dos arquivos principais de um servidor, porém o siste-
ma também está sujeito a falhas. Apesar de fornecer uma opção a mais de segu-
rança, uma simples falta de energia elétrica já sujeita a máquina à perda de dados.
Outras tecnologias, como no-breaks ou fontes alternadas, devem ser considera-
das (VASCONCELOS, 2007).
Outra característica dos sistemas RAID é fazer com que os sistemas de comu-
nicação dos discos (carregamento de dados) passem a ser mais eficientes e ágeis
(até 50% mais rápidos). Para isto existem técnicas específicas (Data Striping) que
realizam a divisão dos dados em pequenas camadas, garantindo assim alta per-
formance desses discos, além de fazer o espelhamento dos dados.
Porém, todas as técnicas empregadas em um servidor, ainda mais no sistema
de armazenamento, devem ser estudadas minuciosamente. A divisão de informa-
ções adotadas por essa técnica pode fazer com que partes de um arquivo possam
ficar em setores diferentes dos HDs. Caso esses setores venham a falhar, provavel-
2 ARQUITETURA DE COMPUTADORES
139
mente não terá como recuperar a informação, sendo aqui uma desvantagem para
o sistema (VASCONCELOS, 2007).
RAID 0 – STRIPPING
RAID Stripping
1 2 3 4 5
Karina Silveira (2012)
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
O RAID modo 0 (Stripe) não tolera falhas e tem como objetivo aumentar o
desempenho dos discos que estão interligados nesse modo. Por exemplo, supo-
nha que você tem uma máquina com dois HDs de 160 GB cada ligados em RAID
0 − estes no caso são vistos pelo sistema operacional como um único disco de 320
GB, com o dobro da velocidade. Na verdade este papel é feito pelo chip do con-
trolador RAID que “engana” o sistema, fazendo enxergar que controla um disco
maior. Quando solicitado para gravar dados, este chip aciona os dois HDs fazendo
a gravação dos dados em ambos (metade em um e metade no outro), assim ele
consegue realizar esta tarefa na metade do tempo, oferecendo um maior desem-
penho para a máquina (VASCONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
140
RAID 1 – ESPELHAMENTO
RAID Nível 1
dados paridade
RAID Nível 10
Tipo de
Característica Função do modo
RAID
Alta performance Neste caso, também opera com 4 discos idênticos, porém se um
RAID 0 + 1
com tolerância dos discos falhar automaticamente passa para RAID modo 0.
Oferece ao disco que estiver operando em modo 2, uma carac-
RAID 2 ECC terística de detecção de erros (ECC). Porém pouco usado, pois os
discos hoje em dia já saem de fabrica com esta tecnologia.
Divide a informação em tamanhos idênticos (bytes) e grava a pa-
Cópia em Paralelo
RAID 3 ridade em um outro disco. É necessário que o hardware ofereça
com Paridade
este tipo de suporte para RAID 3.
Aqui a divisão dos dados acontece em níveis de Blocos entre os
discos. Exige no mínimo 3 discos, atua com o sistema de grava-
RAID 4 Paridade Separada
ção parecido com RAID 0, porém por precisar de atualização das
informações, o modo se torna mais lento.
Bem parecido com RAID 4, porém armazena as informações em
RAID 5 Paridade Distribuída
vários discos durante a gravação.
Trabalha de forma idêntica ao RAID 5 , porém com o sistema de
RAID 6 Dupla Paridade
dupla paridade.
Aqui existem controles de modo assíncrono das informações,
Altíssima Perfor-
RAID 7 onde são totalmente controladas de modo independente,
mance
aumentando e muito o desempenho.
Trabalha com o mesmo modo e RAID 3, porém existe a necessi-
RAID 53 Alta performance
dade de se ter 5 discos para este modo.
Fonte: VASCONCELOS, 2007
Para isto, contamos com o papel importante das controladores de RAID. Hoje
na grande maioria das arquiteturas atuais de computadores, as placas-mãe são
totalmente compatíveis com esse tipo de tecnologia, oferecendo as mais diversas
interfaces de comunicação com a empregabilidade do sistema RAID.
Controladoras podem tanto ser instaladas a partir de um slot de expansão (PCI
ou PCI-E), ou podem vir integradas à placa-mãe (on-board), utilizando os drives
comuns para tal comunicação. Esta por sua vez ficará responsável pela gerência
desses drives, que irão realizar o controle das características de RAID e também
realizar cálculos de espelhamento dos dados.
As controladoras mais comuns são: IDE/ATA, SATA, SCSI, SSA, entre outras.
Cada qual possui características diferenciadas, e algumas o hardware deve ofere-
cer condições para as operações dos níveis de RAID.
Uma IDE/RAID precisa ter uma placa-mãe com chip controlador IDE/RAID, ou
então usar uma placa de interface IDE/RAID. Já nas SATA/RAID, é preciso ter uma
placa-mãe com interface serial ATA capaz de operar em modo RAID, caso contrá-
rio também será necessária a instalação de uma controladora nos slots de expan-
são (VASCONCELOS, 2007).
Recapitulando
Anotações:
Montagem de computadores
3.1 INTRODUÇÃO
Dreamstime (2012)
Figura 105 − Montagem de computador
A crescente demanda por tecnologia utilizada por computadores faz com que,
cada vez mais, precisemos conhecer mais sobre esse “mundo” presente em pra-
ticamente todos os segmentos no mercado de trabalho. Conhecer a arquitetura
de um computador é fundamental, pois, ainda que surja um problema pequeno,
ele poderá acarretar grandes prejuízos. Assim, você terá a chance de conhecer
um pouco mais sobre montagem de computadores e, com certeza, adquirir a
capacidade de montar seu próprio PC, além de realizar manutenções corretivas e
preventivas. Para se ter uma ideia, o mercado anseia por profissionais qualificados
capazes não só de identificar o problema como apresentar propostas de melho-
ria, com a finalidade de oferecer aos usuários maior comodidade, segurança e
confiabilidade em seus arquivos, sejam eles pessoais ou empresariais.
Hoje, diversas lojas oferecem arquiteturas de computadores totalmente confi-
guráveis, porém você deve conhecê-las bem ao fazer qualquer compra, pois pode
haver complicações se você precisar “melhorar” esse equipamento em um futuro
próximo. Chamamos de upgrade a esse processo de melhoria do equipamento.
Após um tempo de uso, sempre há a necessidade de uma nova placa gráfica, pla-
ca de rede, HD, memória, e o mercado está sempre nos oferecendo novas oportu-
nidades de melhorias. No entanto, para realizarmos qualquer manutenção, pre-
cisamos, por exemplo, saber de detalhes que vão nos auxiliar na substituição de
hardware ou no seu processo de configuração (VASCONCELOS, 2007).
A conexão das partes que formam um micro é bastante simples: resumida-
mente, vários dispositivos são interligados na placa-mãe, a qual, por sua vez, irá
3 montagem de computadores
147
Dreamstime (2012)
Figura 109 − Fonte de alimentação
Alguns periféricos não são fundamentais para que o PC funcione, como as pla-
cas auxiliares, de som, de rede e modem.
Podemos dividir a montagem de um computador em 5 etapas:
a) Preparação do gabinete: neste momento, fazemos os preparativos mecâ-
nicos para a alocação da placa-mãe e demais placas;
b) Preparação da placa-mãe: instalam-se as memórias, o processador, os coo-
lers, os jumpers (este recurso necessita de consulta ao manual da placa-mãe);
c) Fixação da placa-mãe no gabinete: existem parafusos próprios para fixa-
ção da placa-mãe no gabinete; normalmente esses parafusos vêm junto no
kit de aquisição;
d) Fixação dos dispositivos: aparafusa-se o HD, o drive de CD/DVD ao gabine-
te, de modo que fiquem seguros;
e) Fixação das placas de equipamento: placas de vídeo, de som, de rede,
modem, devem ser cuidadosamente fixadas aos slots de expansão e parafu-
sadas ao gabinete, de modo que não saiam do slot (VASCONCELOS, 2007).
3 montagem de computadores
149
Para compreendermos melhor este termo, empregado até os dias atuais, pre-
cisamos voltar um pouco no tempo. Com a evolução da história da tecnologia e,
consequentemente, dos computadores, muitos de nós não sabemos da origem
das arquiteturas atuais. Os motivos pelos quais usamos o teclado e o mouse, ou
pelo qual o principal periférico de saída de dados é sem dúvida o monitor. Enfim,
praticamente encontramos uma arquitetura pronta e adaptada às nossas neces-
sidades, mas será que sempre foi assim?
IBM (2012)
3.2 PCs
PCS A TUAIS
Você já parou para pensar nas inúmeras tarefas existentes nos aparelhos celu-
lares, desde os mais comuns aos mais modernos? Hoje encontramos com facili-
dade aparelhos que nos oferecem diversos dispositivos com câmeras, Sistema de
Posicionamento Global (GPS), gerenciamento de lista telefônica e álbuns fotográ-
ficos, enfim, são milhares de aplicativos disponíveis. Porém, tudo isto é possível
porque hoje esses aparelhos estão cada vez mais parecidos com os computado-
res convencionais, não é verdade? Tudo isso se deve à evolução das tecnologias
e à fabricação de um processador para esses aparelhos capaz de realizar todas
essas tarefas. É claro que esses processadores possuem algumas características
que os diferenciam dos que encontramos disponíveis para computadores, porém
sua estrutura base e características comuns foram herdadas das características
baseadas na construção dos processadores.
Intel (2012)
tablets, o processador da família Z series. Esse processador, o Z-01, conta com dois
núcleos de 1 GB cada e está disponível em alguns modelos de tablets.
AMD (2012)
Figura 114 − Processador AMD Fusion
AMD OU INTEL?
Discutir entre as duas marcas é muito complicado, pois envolve gosto pessoal
e afinidade, fenômeno semelhante ao que acontece com Windows versus Linux.
Fato é que as duas empresas possuem processadores compatíveis, ou seja, com
números (especificações) praticamente iguais, que vai fazer você se decidir por
custo-benefício, ou por demanda, porém muitos acabam escolhendo pela pró-
pria marca.
3 montagem de computadores
155
DEMANDA OU TECNOLOGIA?
Intel (2012)
Figura 115 − Processador Intel
Ao fazer a escolha de uma placa-mãe, você deve ter em mente qual será o tipo
ideal de placa para suprir as necessidades do seu hardware. As placas dividem-se
em três categorias: as placas básicas, as placas que vão lhe oferecer uma melhor
relação entre custo e benefício; placas intermediárias; e as placas de alto de-
sempenho (VASCONCELOS, 2009).
As placas básicas são ideais para todos aqueles que não vão exigir muito de
seu hardware por conta das tarefas desempenhadas no PC, ou seja, navegar na
internet, usar pacotes de aplicativos para produzir documentos, planilhas eletrô-
nicas, baixar programas da internet, escutar músicas, enfim, trabalhos que hoje
consideramos rotineiros e que não necessitam de um hardware mais robusto
para tal desempenho. Essa placa funcionará muito bem, por exemplo, com pro-
cessadores de soquet LGA 775, ou seja, processadores Core 2 Duo, Dual Core, com
3 montagem de computadores
157
FSB de 800 até 1333 MHz, suportando o sistema Dual Channel (memória até 4 GB)
DDR2 de 667/800 MHz. Traz consigo itens on-board, como som/rede/vídeo, além
de slots de expansão PCI e PCI-E (VASCONCELOS, 2009).
ASUS (2012)
Figura 118 − Placa-mãe intermediária ASUS M3A78
até 32 GB (barramento entre 1.666/2.000 MHz). Gerencia até duas placas de vídeo li-
gadas em série, além de slots de expansão PCI e PCI-Express (VASCONCELOS, 2009).
Mas o que você deve saber quando for escolher esse dispositivo? Quais
são as características comuns entre eles? E o que os diferencia? Com certeza
escolher entre os vários sistemas de armazenamento não chega a ser uma tarefa
complicada, porém irá exigir algum conhecimento técnico. Quando falamos em
dispositivos de armazenamento principal, hoje você encontra praticamente duas
opções no mercado: os famosos HDs, ou seja os discos rígidos tradicionais, e as
unidades de estado sólido (SSD), cada qual com suas características, vantagens
e desvantagens.
Hoje podemos dizer que as placas de vídeo são dispositivos quase indispen-
sáveis para uma arquitetura de computador. Mas por quê? Com o processo de
evolução dos computadores, cada vez mais buscamos a perfeição na qualidade
de imagem, seja para filmes, jogos ou até mesmo para a aplicação de recursos
e tratamento de imagens por meio de softwares desenvolvidos para esse fim. Se
você for utilizar um computador para fins básicos, não haverá a necessidade de
um grande investimento nesse componente, já que vários modelos de placas-
-mãe trazem o recurso de gerência de processamento de imagens emprega-
dos na própria placa-mãe (on-board).
Falar nas grandes empresas e apontar uma como sendo a melhor é uma tarefa
complicada, pois, aqui devemos considerar acima de tudo a afinidade que cada
um tem com essas gigantes, além do fato de elas produzirem Unidades de Pro-
cessamento Gráfico (GPUs) com extremo poder de processamento. No final, o
usuário irá quase sempre decidir pelo gosto entre as duas gigantes. Mas e você,
como irá decidir qual GPU usar? (VASCONCELOS, 2007.)
Veja a seguir algumas características que você deve pesquisar entre os mode-
los de placas de vídeo antes de fazer sua escolha (VASCONCELOS, 2007):
a) velocidade de refresh (60 Hz, 70 Hz): este aspecto determina a quantidade
de vezes que a tela é atualizada por segundo, ou seja, quanto maior essa ve-
locidade, melhor será a imagem e menos você cansará sua vista;
b) aceleração 3D: neste caso, o trabalho do chip será aliviar o processador du-
rante a formação das imagens em 3D;
c) aceleradores gráficos: alivia o processador e trabalha o processo de pro-
fundidade de formação das imagens, acelerando tanto em 2D quanto em
3D;
d) memória: quanto mais memória melhor, pois essa memória irá auxiliar di-
retamente na qualidade e agilidade com que os gráficos são armazenados
pelo processamento da GPU, assim é fator primordial, por exemplo, na qua-
lidade final da imagem gerada, determinando sua resolução;
arquitetura e montagem de computadores
162
de, ergonomia, adaptação para jogos, ou para pessoas canhotas, até os modelos
mais básicos a um custo relativamente baixo. Teclados com vantagens que auxi-
liam, por exemplo, na prevenção de doenças como lesão por esforço repetitivo
(LER) os teclados ergonômicos, podem chegar a valores bem mais altos Veja o
quadro a seguir (VASCONCELOS, 2009).
Imagem Especificação
ROCCAT (2012)
Teclado multimídia
Logitech (2012)
Teclados flexíveis
VD Computers (2012)
Teclados ergonômicos
Microsoft (2012)
arquitetura e montagem de computadores
164
Imagem Especificação
Mouse ergonômico
Smartfish (2012)
Mouse ergonômico
Hippus (2012)
Mouse flexível
Microsoft (2012)
3 montagem de computadores
165
Razer (2012)
Dreamstime (2012)
OS MONITORES
Imagem Modelo
CRT - Tubo - Convencional
Vantagens
a) Apresenta boa resolução e contraste.
b) Baixo custo.
c) Possui “vida longa”.
Desvantagens
a) Grandes dimensões e peso.
b) Alto consumo de energia.
Philips (2012)
c) Pode causar problemas de saúde visual.
LCD - Cristal Líquido
Vantagens
a) Baixo consumo de energia.
b) Alta definição de imagens.
c) Não causa radiação.
d) Dimensões bem menores que o modelo anterior.
Desvantagens
a) Alto custo.
FabriCO (2012)
b) Contraste não tão bom quanto os CRTs.
c) Vida útil menor.
LED - Diodo Emissor de Luz
Vantagens
a) Consumo de energia ainda mais reduzido.
b) Melhor resolução de imagens.
c) Dimensões bem menores (extremamente fino).
d) Sistema de contraste melhorado.
BenQ (2012)
Desvantagens
a) Apresenta má definição em vídeo composto analógico.
arquitetura e montagem de computadores
168
PLASMA
Vantagens
a) Possui uma maior gama de cores.
b) Ângulo de visão é maior (considerando os modelos
maiores em polegadas).
c) Possui um sistema de contraste excelente.
Desvantagens
a) Disponível somente em grandes polegadas devido ao
Panasonic (2012)
sistema de iluminação e formação da imagem.
b) Alto consumo de energia.
c) Vida útil menor, se comparado ao LCD, LED e CRT.
Dreamstime (2012)
seja, a fonte no caso não consegue atingir a potência máxima que o fabricante
promete, por isso a necessidade de instalarmos uma fonte superior ao total de
potência exigida pelo conjunto de hardware para garantir o perfeito funciona-
mento de todos os periféricos (VASCONCELOS, 2007).
Com as várias tecnologias que encontramos hoje disponíveis no mercado
que, de algum modo, servem para dar uma “turbinada” no computador, como
as poderosas placas gráficas, entre outras, devem ser levadas em consideração
principalmente suas características de alimentação, e cabe a você determinar se
a fonte de alimentação que você escolheu conseguirá fornecer a potência neces-
sária para o conjunto de periféricos que irá compor a estrutura do computador.
Lembre-se de que é extremamente necessário que você faça uma soma do to-
tal da potência que o conjunto de hardwares que você instalou irá utilizar, ou seja,
você deve considerar o consumo de todos os periféricos envolvidos, como placas,
processador, HDs, leitores de CD, DVD e Blu-ray, entre outros, em que cada qual
possui uma característica de alimentação que pode variar. Portanto, é necessário
você conhecer bem as suas características de consumo para que possa escolher
adequadamente a fonte de alimentação que irá suprir a necessidade de cada um
deles. É extremamente importante que você sempre ofereça por meio da fontes
escolhidas uma potência superior que o total da potência utilizada pelo conjunto
de hardware, ou seja, trabalhe com uma margem de folga em relação à potência,
pois assim não comprometerá o funcionamento do seu PC (VASCONCELOS, 2007).
Você deve estar pensando que a escolha de um gabinete não tem nenhuma
importância para o desempenho de um computador, não é verdade? Afinal, trata-
-se apenas de uma “caixa” que acomodará a instalação de algumas peças. No
entanto, se você tem esse pensamento, saiba que está totalmente enganado, e
que esta “caixinha” influencia e muito no desempenho final de um PC. Vamos
verificar o porquê? Quem comprar um PC qualquer, genérico e baratinho, vai
provavelmente receber um gabinete simples e pequeno. O fato de um gabinete
ser mais feio ou mais bonito não influencia no funcionamento do computador,
mas o seu tamanho tem grande influência. Gabinetes compactos tendem a deixar
o interior do computador mais quente (VASCONCELOS, 2007).
Com o avanço da tecnologia, encontramos hoje disponíveis no mercado mi-
lhares de gabinetes, nos mais diversos formatos possíveis: horizontais, verticais,
pequenos, médios e grandes, espaçosos ou extremamente compactos. Não exis-
te muita diferença entre montar um PC com um gabinete horizontal ou com um
gabinete vertical (torre). A questão é que gabinetes de maior tamanho têm como
vantagem a dissipação do calor, sendo muito importante nas arquiteturas atuais,
além de proporcionar uma maior comodidade quando formos expandir essa es-
trutura. Veja a seguir vários modelos de gabinete.
Fortrek (2012)
Figura 129 − Gabinete com poucas baias e gabinete com muitas baias
Como você pôde observar, são vários os componentes que geram muito calor.
É extremamente necessário que, durante o processo de escolha dos gabinetes,
você dê preferência para os gabinetes que possuem um bom sistema de dissi-
pação de calor, evitando assim os possíveis problemas com superaquecimento.
Se você preferir montar um computador com gabinetes compactos, deve ter em
mente que é necessário escolher aqueles que possuem um sistema de refrige-
ração extra por meio de ventiladores próprios, além de entradas de ar frontal e
saídas de ar quente na parte traseira do gabinete (VASCONCELOS, 2007).
3.3 NOTEBOOKS
A constante busca no mercado por equipamentos cada vez menores e que su-
portem os mais variados tipos de serviços em um só equipamento é fator primor-
dial para muitos. E, hoje, o uso de tecnologias, dentre elas, um notebook, um net-
book ou um tablet, são bastante procurados para suprir essas necessidades, porém
o que eles têm em comum? O que os diferenciam? Você sabe? Vamos descobrir?
NOTEBOOK
Dreamstime (2012)
NETBOOK
Dreamstime (2012)
TABLET
Dreamstime (2012)
Figura 133 − Tablet (iPad)
Com certeza, os notebooks são bem menos flexíveis à expansão do que os PCs
convencionais; porém, hoje temos condições de substituir peças como HD, me-
mória, processador, entre outras, devido ao fato de ficarem totalmente obsoletas
com o tempo. Normalmente, independentemente do modelo do notebook, as ca-
racterísticas para substituição dos componentes citados e os procedimentos são
bastante comuns, bastando remover a tampa traseira para ter acesso a eles. Mas
o que você deve levar em consideração durante a expansão?
3 montagem de computadores
177
Figura 136 − HD
arquitetura e montagem de computadores
178
Outro dispositivo que é de fácil substituição, seja por problemas técnicos, seja
por insuficiência de espaço, são os HDs, um problema bem comum devido ao
fato de possuirmos milhares de arquivos que geralmente temos a necessidade de
armazenar. O que você deve observar é que eles são bem menores quando com-
parados aos HDs convencionais (PCs), tanto no aspecto físico como em questão
de espaço para armazenamento, bem como estão disponíveis com conexão SATA
e IDE. Hoje, conseguimos encontrar HDs com uma boa quantidade de espaço
para armazenamento (1 terabyte), além das possibilidades que você tem de utili-
zação de HDs externos conectados diretamente a saídas USB (RODRIGUES, 2007).
Veja a seguir uma imagem de HD instalado em um notebook.
Samsung (2012)
Você já deve ter se deparado com alguns avisos importantes que normalmen-
te encontramos nas embalagens dos produtos eletroeletrônicos que adquirimos,
não é verdade? Normalmente, essas imagens ou frases são colocadas para preven-
ção, avisando sobre a possibilidade de algum perigo. Com relação aos notebooks,
você deve sempre ficar atento, pois se trata de um dispositivo que precisa de ener-
gia elétrica para carregar a bateria principal quando disponível e/ou alimentar di-
retamente os componentes eletrônicos que fazem parte de sua arquitetura, por-
tanto, é sempre necessário que você tome alguns cuidados para evitar acidentes.
No entanto, devemos nos preocupar somente com a conexão? Claro que não,
os procedimentos também valem para a retirada dos periféricos, ou seja, desligue
o notebook totalmente e desligue o periférico, porém tome cuidado, pois muitos
usuários, ao retirarem os cabos de alimentação, puxam pelo fio, desconectando-
-o diretamente da fonte de energia, ou seja, além de ser uma ação totalmente
errada, você ainda pode causar risco de queimar o equipamento provocando um
curto-circuito (famosa pane elétrica) ou arco voltaico, não só ao equipamento
em si, mas também à porta de entrada do seu notebook.
arquitetura e montagem de computadores
184
Dreamstime (2012)
Figura 143 − Arco voltaico
EFEITO MEMÓRIA
O efeito memória é um sistema incorporado junto aos mode-
SAIBA los antigos de baterias que exigiam o descarregamento total
MAIS da carga para realizar uma nova recarga, e esta nova recarga
também deveria ser feita por completo, e só então, depois
desse processo, você poderia utilizar novamente a bateria
(RODRIGUES, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
186
Dreamstime (2012)
Figura 146 − Bateria de Níquel Metal Hydride (NiMH)
Alguns modelos de baterias podem trazer esse recurso de efeito memória com
o gerenciamento por meio de um software, portanto, leia sempre o manual do
fabricante.
Outro modelo presente nos notebooks são as baterias de Níquel-Metal Hydri-
de (NiMH), consideradas mais eficientes que as baterias de NiCad, nas quais seu
armazenamento chega até 35% de carga a mais em uma bateria do mesmo tama-
nho, além de não trazerem consigo metais tóxicos, sendo menos poluentes, po-
rém uma grande vantagem é que nesses modelos o “efeito memória” foi totalmen-
te eliminado, exigindo menos cuidados durante as recargas (RODRIGUES, 2007).
Já as baterias de Lítio Ion (Li-Ion) são as baterias mais usadas atualmente nos
modelos de notebooks, entre outros equipamentos, armazenando o dobro da car-
ga de uma NiMH, ou até três vezes mais carga do que uma de NiCad, porém sua
vida útil é bem mais baixa (aproximadamente 400 recargas). Hoje em dia, encon-
tramos os três modelos de bateria com sistemas de comunicação inteligentes
(circuitos inteligentes) entre a bateria e o carregador, assim, o sistema de carga
e recarga é mais eficiente, aumentando também a vida útil das baterias (RODRI-
GUES, 2007).
Porém, não é só o fato da escolha da bateria, você deve saber que todos os
recursos que um notebook oferece consomem esta carga da bateria para serem
executados. O que você deve fazer é sempre estar atento e configurá-lo de tal
maneira para que o consumo seja reduzido, como, por exemplo, reduzir as luzes
3 montagem de computadores
187
do display que podem ser reduzidas, desligar o Bluetooth ou Wi-Fi quando não
houver necessidade. Recursos como assistir filmes, jogos, ou simplesmente gra-
var um CD/DVD consomem muita carga da bateria, portanto, fique atento.
Danny (2012)
COMO EVITAR?
Dreamstime (2012)
Para que isto não ocorra, basta igualar o potencial elétrico de ambos os lados
e, para isto, você deve realizar alguns procedimentos: o mais comum é você utili-
zar uma pulseira antiestática, que possui um fio para aterramento com a função
de eliminar as cargas acumuladas. Na falta do sistema de aterramento, você po-
derá fixar este fio no próprio gabinete do PC, porém é extremamente importan-
3 montagem de computadores
191
te que você fixe essa pulseira em uma área do gabinete que não esteja pintada
(VASCONCELOS, 2007).
AS CHAVES DE FENDA
Essas chaves são bastante comuns e, é claro, não podem faltar na sua male-
tinha de manutenção. Sabemos que existem vários tipos de parafusos, porém,
nos gabinetes e nos componentes internos (fixação de apoio), você irá encontrar
dois tipos deles. Logo, você precisará de no mínimo duas chaves diferentes, ou
seja, a chave de fenda com apenas uma fenda para parafusos comuns, e a chave
Philips ou “estrela”, apropriada para os parafusos que possuem uma “estrelinha”
(padrão ponta cruzada) em uma das extremidades. Se puder, dê preferência para
os modelos com as pontas imantadas, pois assim você evitará que os parafusos
caiam sobre os componentes durante a manutenção.
arquitetura e montagem de computadores
194
ALICATES
Performance (2012)
Os alicates também são essenciais e não podem faltar no seu kit de manuten-
ção. Sempre opte por bons alicates e totalmente apropriados para a situação de
manutenção em computadores. Sabemos que existem vários modelos, porém o
mais indicado é o alicate com o bico fino (mais estreito − indicado na figura), ideal
para as tarefas como pressionar objetos, pinçar os parafusos ou cortar fios. No
entanto, sempre tome cuidado e trabalhe com os modelos emborrachados para
evitar acidentes como, por exemplo, as descargas elétricas.
PINÇAS
e, ainda, para colocar e retirar jumpers (pequenas peças plásticas móveis que ser-
vem para interligar dois pontos de um circuito eletrônico em placas-mãe, drives
ópticos etc.).
Entre os modelos que podemos encontrar, os mais utilizados são as pinças
de três pontos, tipo “chifre”, pinças retas e com curvas, inclusive com modelos
antiestáticos e de pontas serrilhadas.
As ferramentas apresentadas são simples e de baixo custo, mas, acredite, tra-
balhar com as ferramentas corretas é muito importante para a sua segurança.
Lembre-se de sempre optar por ferramentas totalmente apropriadas, ou seja,
com revestimento adequado para evitar acidentes.
Dreamstime (2012)
Beurer (2012)
FabriCO (2012)
REBITADEIRAS
Refal (2012)
Ferramenta de uso comum em várias situações, onde você precisa fechar, la-
crar, selar ou simplesmente rebitar algo de modo que impeça a reabertura com
a utilização, por exemplo, de uma chave de fenda simples. Em várias situações,
para que possa ser permitida a “garantia” da manutenção, as empresas optam por
“lacrar” o gabinete, impedindo o usuário de abri-lo, portanto, se você comprou um
computador novo e ele veio rebitado, lembre-se de que quebrar este rebite sem a
autorização da empresa pode significar a perda da garantia, portanto fique atento.
Nedo (2012)
Figura 156 − Rebite
CHAVE TESTE
Quando foi a última vez que você levou o seu micro para fazer uma limpeza
geral? Você que pretende trabalhar como técnico em Montagem e Manutenção
de Computadores, com certeza irá receber vários computadores “imundos”, pois
a disposição dos gabinetes e dos sistemas de refrigeração contribuem para o acú-
mulo de poeira. Com certeza, uma boa limpeza nos componentes do computa-
dor como um todo é, sim, um processo importante que deve ser realizado pelo
menos de seis em seis meses, evitando o acúmulo de sujeiras e o aquecimento
excessivo de alguns componentes, como o processador.
arquitetura e montagem de computadores
198
COMPRESSOR DE AR E ASPIRADOR DE PÓ
Dreamstime (2012)
AirTech (2012)
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO
FabriCO
PINCÉIS
Dreamstime (2012)
DETERGENTE MULTIUSO
Dreamstime (2012)
Figura 162 − Detergente multiuso
BORRACHA BRANCA
Bruno Lorenzzoni (2012)
PARAFUSADEIRA/FURADEIRA
FERROS DE SOLDA
A soldagem é sem dúvida uma técnica antiga e muito conhecida por vários
técnicos em diversas áreas diferentes. Na prática de montagem e manutenção
de computadores, não é tão complicado realizar este trabalho, porém deve-se ter
muita atenção ao realizar este tipo de tarefa associada às placas-mãe e a outros
componentes do computador, pois, em um simples acidente com o ferro de solda,
você pode danificar o componente. Então, antes é preciso você treinar muito em
kits que são vendidos exclusivamente para este tipo de tarefa. Estes kits possuem:
ferro de solda, sugador de solda, rolo de solda fina, placa universal de circuito im-
presso, resistores, capacitores, transistores, entre outros (VASCONCELOS, 2009).
Cabos FLAT
Bruno Lorenzzoni (2012)
Se você for buscar por normas ou padrões preestabelecidos por alguma em-
presa regulamentadora, você não irá achar um padrão adequado. Neste caso, o
conhecimento necessário sobre a arquitetura dos computadores é essencial para
que você possa organizar os cabos de maneira que isso traga benefícios para a
refrigeração (fluxo de ar) e ainda facilite trabalhos futuros. Para isto, há inúmeras
maneiras de se organizarem os cabos internos de um PC, assim como os acessó-
rios utilizados para tal; o que você sempre deve levar em consideração é a quanti-
dade de periféricos internos, os quais serão instalados e o layout e disposição dos
componentes relacionados ao gabinete (VASCONCELOS, 2009).
É recomendável usar abraçadeiras ou fitas próprias para prender os cabos.
Essas fitas não sofrem o desgaste natural em relação a outros materiais com o
3 montagem de computadores
205
excesso de calor (como, por exemplo, o uso de borrachas elásticas para prender
os cabos).
O QUE SE DEVE USAR: Para a organização interna, dê preferência para o uso
de fitas velcro ou abraçadeiras Hellman´s; e para a organização dos cabos ex-
ternos dos periféricos e alimentação elétrica, as fitas em espiral Hellman’s.
Fitas Hellman's
O QUE NÃO SE DEVE USAR: Nunca utilize borrachas elásticas (liguinhas), fios
ou arames desencapados, pois podem sofrer desgastes com o calor interno, além
de causar curto-circuitos e queimar os componentes internos do PC.
Fios
Tenha certeza de que o espaço lhe ofereça condições de segurança, como lo-
cais apropriados para extintores e outros equipamentos de segurança exigidos,
além de espaços para bancadas ou mesas do tipo de escritório, armários para fer-
ramentas de manutenção, entre outros. Lembre-se também de sempre verificar
a rede elétrica, como fiação, tomadas, aterramento, a fim de evitar acidentes rela-
cionados a carga elétrica. Certifique-se de que o piso e o forro das bancadas e me-
sas não sejam cobertos por materiais que acumulam cargas eletrostáticas, como,
por exemplo, carpetes, materiais plásticos, toalhas etc. Dê preferência a superfí-
cies emborrachadas exclusivas para cargas eletrostáticas (VASCONCELOS, 2007).
ESCOLHENDO O MOBILIÁRIO
Um dos primeiros móveis que você terá que dimensionar será sua bancada
de trabalho. Assim sendo, você poderá comprar uma pré-moldada (bancadas
prontas e próprias para ambientes de montagens e manutenção) ou, ainda, pe-
dir a fabricação de uma bancada adaptada e padronizada, seguindo os critérios
de segurança e aterramento para a manutenção. Dê preferência para bancadas
que não retêm energia estática, como madeira (não envernizada), pedras (ardó-
sia, mármore, granito), superfícies cimentadas, entre outras. Caso você não queira
utilizar bancadas apropriadas, você poderá utilizar mesas apropriadas para esse
tipo de serviço, como mesas com tampo de madeira revestida de cor clara, com
arquitetura e montagem de computadores
208
Dreamstime (2012)
Figura 171 − Bancada de madeira individual
Dreamstime (2012)
Dreamstime (2012)
Figura 174 − Mesa convencional – exemplo 2
Você deve estar atento também para móveis que o permitam organizar suas
ferramentas (tanto para ferramentas manuais, como para ferramentas elétricas);
para isto, você pode dar preferência para armários que, além de oferecer gavetas
para a organização de ferramentas, também otimize espaço para algum tipo es-
pecífico de manutenção. Para os kits de ferramentas como alicates, chaves, ferros
de solda, multímetro, entre outros, dê preferência para as bolsas específicas para
guardar esse tipo de objeto.
arquitetura e montagem de computadores
210
Dreamstime (2012)
Figura 177 − Kits para guardar pequenas ferramentas de manutenção
Leadership (2012)
FAZENDO O CORRETO
FabriCO
Figura 180 − Tomada padrão 2P+T
Mariana Duarte (2012)
Imagine-se você agora dentro do seu ambiente de trabalho. Toda aquela ban-
cada preparada adequadamente para o processo de montagem e manutenção
de computadores, com toda a instalação elétrica realizada adequadamente por
profissionais competentes, bem como a disposição e a quantidade de tomadas
para eliminar o uso de adaptadores que podem causar acidentes elétricos, porém
sem os dispositivos elétricos de segurança. Realmente você poderá colocar todo
o trabalho em risco, portanto, fique atento aos sistemas de segurança.
ATERRAMENTO
F1 Computador
F2
F
F3 +
N FONTE
Karina Silveira (2012)
Neutro -
Terra
OUTRAS OPÇÕES
FASE
N F
NEUTRO
Exija sempre um projeto elétrico do ambiente que será preparado para a práti-
ca da manutenção de computadores, pois, assim, futuramente você terá ideia de
expansão desta rede, caso necessite. Inclua, no projeto, todo o sistema de aterra-
mento, além de todos os componentes envolvidos no sistema de segurança ou
corrente alternativa de energia.
PERIFÉRICOS BÁSICOS
Você deve saber que serão necessários alguns investimentos, pois você pre-
cisará de uma série de periféricos, tanto para o meio interno como para o meio
externo, que irá auxiliá-lo no processo de montagem e manutenção. Outro ponto
importante é você conhecer todas as conexões disponíveis para esses periféricos,
podendo comprá-los com variados modelos de conexão ou simplesmente com-
prar os adaptadores disponíveis para eles.
arquitetura e montagem de computadores
218
Conexão RGB
FabriCO (2012)
FabriCO (2012)
Outro fator bem importante é que você provavelmente irá trabalhar com
substituição de periféricos internos, sendo assim, você poderá adquirir kits para
testes, como HDs, diversas placas (som, rede, gráfica), memórias, processadores,
além da própria placa-mãe, então seria interessante você se precaver e ter um kit
completo para testes, pois dessa forma será muito mais fácil você diagnosticar
problemas relacionados a hardware.
Sabe-se que a palavra “cuidar” tem muito a ver com o processo de construção,
não só do homem como indivíduo, mas também de uma sociedade. Quando nas-
cemos, já estamos sob cuidados, sejam ele médicos, sejam sob os cuidados de
nossos pais. Praticamente durante toda a nossa existência, estamos cuidando de
alguém ou de alguma coisa à qual temos apego.
arquitetura e montagem de computadores
222
Cuidar significa: compreender, ter zelo, estar presente, estabelecendo uma re-
lação direta (quando associado a indivíduos) e indireta, quando relacionada a ob-
jetos.
Mas por que estamos associando este termo, “cuidar”, com a análise de pro-
blemas comuns em ambientes de montagem de computadores?
Vários cuidados devem ser tomados com os PCs durante o dia a dia, não é ver-
dade? Pois bem, tratar de todos os cuidados com o ambiente no qual você realiza
as manutenções não é diferente. Este, por sua vez, inspira cuidados que devem ser
completamente organizados para que não ocorram acidentes de trabalho e ou al-
gum tipo de dano físico aos componentes ou a você durante a manutenção dos PCs.
Claro que é de suma importância que dentro do layout (disposição dos mó-
veis e objetos que compõem o ambiente de manutenção), você especifique e
organize bem todos os componentes e ferramentas que irão fazer parte desse
ambiente. Normalmente, maus técnicos não organizam o seu ambiente de traba-
lho e gastam muito tempo procurando ferramentas, CDs e DVDs de configuração,
entre outros.
Deixar o ambiente organizado com certeza facilitará para você e sua equipe
de manutenção os mais variados trabalhos relacionados ao dia a dia com os PCs.
Assim sendo você poderá criar padrões de identificação para CDs, DVDs, cha-
ves, entre outros, além da estrutura lógica (softwares, relacionados para manu-
tenção) em pastas totalmente organizadas e separadas por áreas afins, como:
drivers, sistema operacional, internet, segurança, entre outros. Ter as ferra-
mentas e a relação de softwares que você mais utiliza, organizadas e perto de
você, com certeza será importante para um bom desempenho do seu trabalho
(RODRIGUES, 2007).
3 montagem de computadores
223
Shutterstock (2012)
Figura 190 − Diagnóstico do problema
Dreamstime (2012)
Figura 191 − Entulho de material de computador
Você sempre deve ter perto de você os manuais de instalação dos compo-
nentes, principalmente das placas-mãe, pois suas configurações podem variar de
modelo para modelo, portanto, certifique-se de incluir a revisão desses manuais
no seu roteiro de montagem.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Que tal, agora, analisarmos juntos como ficaria nosso roteiro de montagem,
predeterminado nas ações elencadas anteriormente? Você poderá averiguar
3 montagem de computadores
227
quanto é fácil estabelecer esse roteiro e quanto ele é importante para o desenvol-
vimento do trabalho como um todo. Vamos lá?
Primeiramente, citamos que o levantamento do roteiro consiste em uma se-
quenciação de passos que irão norteá-lo durante o desenvolvimento do trabalho,
portanto, o que você precisa fazer é anotar esses passos e, posteriormente, checá-
-los para verificar se não esqueceu de algo.
Quadro 15 − Tipos de componentes internos e externos que fazem parte da arquitetura de um computador
Centronics (2012)
Cables to Go (2012)
Dreamstime (2012)
ICPDas (2012)
3 montagem de computadores
231
São os famosos cabos FLAT utilizados para comunicação de drives como: leito-
res de disquetes (3 ½), CDs, DVDs e HDs. Possuem praticamente dois modelos, sen-
do o modelo de 37 vias para conexão com drives de disquete e o modelo de 80 vias
para conexões com HDs e unidades ópticas (CDs, DVDs) (VASCONCELOS, 2007).
Dreamstime (2012)
Figura 192 − Cabo FLAT e unidade de disquete
Com o mesmo sistema do cabo FLAT de 40 vias, este cabo possui uma cone-
xão para a interface e mais duas conexões de 80 vias disponíveis, tanto para HDs
quanto para leitores ópticos.
Dreamstime (2012)
Figura 193 − Disco rígido PATA/IDE e cabo FLAT
FabriCO (2012)
Aline Pimentel (2012)
Figura 194 − Cabo SATA; cabo de força SATA e disco rígido SATA
Canal Externo
Adaptador SCSI
Canal Interno
Scanner
Figura 195 − Esquema de conexão de vários periféricos SCSI em uma controladora SCSI
Dreamstime (2012)
3 montagem de computadores
235
Dreamstime (2012)
Figura 196 − Placa controladora SCSI e placa-mãe com SCSI integrada
Aqui podemos dizer que está o “segredo” das terminações SCSI, ou seja, os
seus cabos e conectores. É extremamente recomendável que o tamanho do cabo
não ultrapasse 6 metros entre o periférico externo e a controladora, ou 15 centí-
metros para periféricos internos, pois a transmissão dos dados pode sofrer inter-
ferências, como ruídos no sinal, causando a perda do sinal e comprometendo a
transferência. Esse cabo pode ser de 50, 68 ou 80 vias. Porém, é importante que
você saiba que existem inúmeros tipos de cabos SCSI, para os mais variados fins
de conexão, bem como seus conectores e terminadores. Para todo tipo de co-
nector, existe um terminador, que nada mais é do que um circuito que garante o
envio e o recebimento dos sinais de dados.
Veja no quadro a seguir uma lista com alguns terminadores externos (RODRI-
GUES, 2007).
Imagem Descrição
DateMate (2012)
Active (2012)
arquitetura e montagem de computadores
236
FabriCO (2012)
FabriCO (2012)
Dreamstime (2012)
FabriCO (2012)
HP (2012)
Dreamstime (2012)
Dreamstime (2012)
FabriCO (2012)
Dreamstime (2012)
Entre os vários tipos de cabos existentes hoje para interligar os mais variados
tipos de periféricos ao computador, alguns possuem características importantes
que determinam taxas de velocidade, tipos de conexões, carga elétrica, entre
outros. E uma dessas características que vamos abordar agora é o tamanho do
cabo. Você acredita que o tamanho do cabo pode ter alguma relação com o
desempenho geral entre o PC e o periférico, ou simplesmente que o tama-
nho pode influenciar ou retardar as taxas de transferência de sinais (dados)?
Vamos descobrir juntos, a partir de agora!
Sabemos que hoje, na informática, existe uma infinidade de cabos únicos ou
globais, ou seja, que aceitam uma grande variedade de periféricos com um único
modelo, como, por exemplo, os cabos USB. Porém, o que a grande maioria não
sabe é que esses cabos possuem características próprias, e que elas são essenciais
no seu entendimento para predeterminar ações ligadas diretamente ao uso do
periférico, ou seja, uma escolha errada do cabo, ou simplesmente usar um cabo
fora dos padrões normais, pode acarretar muitos prejuízos (RODRIGUES, 2007).
Cabos USB (Universal Serial Bus): Hoje em dia bastante disseminado e utili-
zado por uma grande variedade de periféricos que se interligam com os PCs que
possuem esta interface de comunicação. O comprimento máximo de um cabo
USB padronizado (2.0 ou inferior) é de 5 metros. Mas por quê? A principal ra-
zão está empregada ao limite que está ligado ao sistema de atraso máximo per-
mitido que é de 1.500 nanossegundos, ou seja, se o sistema não responder dentro
desse prazo fixado, simplesmente o comando é perdido (RODRIGUES, 2007).
3 montagem de computadores
239
Cabos SATA: São utilizado em conexões internas com HDs, leitores de CD/
DVD e Blu-ray. Porém, esses cabos costumam ter tamanhos padronizados: 50
centímetros ou 1 metro. Esse cabo possui algumas variações com características
próprias e adaptadas para os periféricos que utilizam essa interface de comuni-
cação, ou seja, os cabos E-SATA, que possuem podem atingir até 3 metros com
conectores blindados, e os cabos X-SATA, que operam com cabos de até 8 metros
(RODRIGUES, 2007). Dreamstime (2012)
Cabos HDMI: São muito comuns hoje em dia para interligar a interface das
controladoras gráficas (placas de vídeo em dispositivos externos, como os mo-
nitores de LCD ou LED), pois são responsáveis por levar o “áudio e vídeo” com
grandes definições de qualidade. Este cabo pode interligar outros dispositivos,
como consoles de videogames nas TVs, entre outros. Com a necessidade que se
tem entre os dispositivos comuns que suportam a tecnologia de definição alta, é
bastante comum encontrar cabos que variam de 1 metro até 20 metros, porém
você deve saber que quanto maior o cabo, maior a probabilidade de interfe-
rência na transmissão dos dados. Algumas empresas fabricantes desses cabos,
arquitetura e montagem de computadores
240
mesmo tendo sinal digital, recomenda o uso de cabos de até 3 metros, pois foram
testados e têm a qualidade de som e imagem garantida (RODRIGUES, 2007).
FabriCO (2012)
Figura 200 − Cabo HDMI padrão – 1 metro
Kuati (2012)
Cabos RGB: Estes cabos são usados para ligar as interfaces das controladores
gráficas (placas de vídeo) com saída RGB para monitores CRT ou LCD com saída
RGB, e também periféricos como data show. Porém, é importante que você saiba
que estes cabos sofrem muita perda de sinal quando usados em grandes metra-
gens. O ideal é que você utilize cabos de até 20 metros (testados e garantidos
pelas fabricantes), mesmo que encontre cabos de até 100 metros com facilidade
na internet, porém são cabos caseiros, fabricados sem garantia, comprometendo
bastante a qualidade de imagem dos dispositivos (RODRIGUES, 2007).
3 montagem de computadores
241
Dreamstime (2012)
Você deve saber que existem vários modelos de cabos cujo tamanho deve
variar de acordo com o uso, ou seja, cabos para imagens em geral têm metragem
diferente em relação aos cabos de som. Você sempre deve buscar auxílio junto
aos fabricantes, consultando manuais para saber sobre as metragens. Portanto,
fique atento!
tos básicos que devemos seguir para evitar que os cabos possam apresentar al-
gum defeito com o passar do tempo? Neste momento, convidamos você a saber
mais sobre estes cuidados básicos. Vamos em frente?
É importante que você saiba que os cabos possuem características próprias e,
portanto, você deve sempre ler o manual dos fabricantes para conhecer os cuida-
dos referenciados por cada fabricante/modelo.
Além de sempre termos à disposição os manuais dos cabos, que podem nos
nortear sobre os cuidados básicos, sempre devemos levar em consideração al-
guns fatores. Vamos lá?
Honk (2012)
Um dos erros mais comuns cometidos pelos usuários, quando o cabo apre-
senta algum mal contato ou sujeira, é que eles simplesmente assopram o cabo
na tentativa de “consertar” a falha ou limpar a sujeira acumulada. Em nosso sopro
há muita umidade, e isto contribui diretamente para a oxidação dos contatos do
cabo. O correto é você usar um pequeno aspirador de pó, ou uma pequena bom-
binha de ar. O álcool isopropílico também pode ser utilizado para essa limpeza
(VASCONCELOS, 2007).
3 montagem de computadores
243
3.8 INSTALAÇÃO
DISSIPADOR DE CALOR
INSTALANDO O PROCESSADOR
FabriCO (2012)
Figura 208 − Processador LGA − Não pinado (contato)
SAIBA Você pode saber muito mais sobre os diferentes tipos de so-
quetes para processadores acessando o artigo na íntegra no
MAIS site: <http://www.clubedohardware.com.br/artigos/1275>.
001
Trava
Alavanca
Thiago Rocha (2012)
material térmico que ficará em evidência sobre a base inferior do dissipador. Caso
não possua este material térmico, cabe a você aplicar uma fina camada de “pasta
térmica” (passe com o próprio dedo ou com uma espátula plástica bem de leve
ou até mesmo com um cotonete) (RODRIGUES, 2007).
Pasta térmica:
FabriCO (2012)
Figura 215 − Aplicando a pasta térmica
D
D
B D A
D
C = Alavancas do clip
D = Cantoneira da estrutura do clip
E = Fecho da estrutura do clip
F = Gancho do mecanismo de retenção G
G = Mecanismo de retenção
1
2
Karina Silveira (2012)
Figura 219 − 4º Passo – Feche as alavancas do clipe, porém faça isto com uma alavanca de cada vez
arquitetura e montagem de computadores
252
Figura 220 − 5º Passo – Feche a alavanca do clipe (1), ao mesmo tempo que segura a face superior do dissipador de calor (A)
Figura 222 − 7º Passo – Ligue o cabo de energia do ventilador à placa-mãe (para este procedimento, consulte o manual da
placa-mãe para averiguar o local correto de encaixe)
cure sempre trabalhar em uma bancada ou mesa que lhe ofereça um apoio sufi-
ciente para trabalhar em segurança. Certifique-se de estar protegido contra car-
gas eletrostáticas, pois elas podem danificar sua placa. Apesar dos mais variados
modelos de placas-mãe e gabinetes (ATX, AT, BTX), o processo de fixação destas
placas ao gabinete é bastante comum, portanto, os passos a seguir irão lhe dar
subsídios para a fixação de qualquer modelo de placa ao chassi do gabinete (RO-
DRIGUES, 2007).
VAMOS COMEÇAR?
MONTANDO A PLACA-MÃE
Pegue a placa-mãe pelas bordas e compare os seus furos com os que existem
no chassi.
arquitetura e montagem de computadores
254
Dreamstime (2012)
Figura 235 − Aplicando a pasta térmica
Dreamstime (2012)
Sempre pegue nos módulos de memória pelas extremidades, pois assim você
evita a carga eletrostática (VASCONCELOS, 2009).
INSTALANDO AS MEMÓRIAS
Após ter encaixado, as alças plásticas prenderão a fenda existente nas laterais
do modulo de memória, fixando-a na placa. Lembre-se de verificar se o encaixe
foi realizado corretamente, pois qualquer folga, aqui, causará mal contato e o PC
acusará o erro, não localizando os módulos de memória (VASCONCELOS, 2009).
Para você retirar a memória para substituí-la ou efetuar algum processo de lim-
peza, basta você desprendê-la cuidadosamente, puxando as alças que prendem as
fendas, e elas irão se desencaixar facilmente. Ao pegar, lembre-se de retirá-la pelas
bordas para evitar problemas com a eletricidade estática (VASCONCELOS, 2009).
CUIDADOS
Durante a instalação dos discos rígidos é necessário que você se atente para
alguns cuidados muito importantes de configuração, conservação e instalação, a
fim de evitar qualquer tipo de problema. Veja a lista a seguir (RODRIGUES, 2007):
a) durante o manuseio em geral com o HD, é necessário que ele não sofra im-
pactos e que seja manipulado com extremo cuidado;
arquitetura e montagem de computadores
262
Discos rígidos do tipo PATA necessitam ser configurados para atuarem como
mestre ou escravo, por isso, lembre-se de configurar o HD corretamente, ajustan-
do-lhes os jumpers. Para este procedimento, sempre consulte o manual do HD
(normalmente as informações vêm descritas na parte superior do HD). Também é
importante ressaltar que em alguns modelos de HD você pode delimitar a quan-
tidade de GBs que será usada, entre o mínimo e o máximo. Para isto, basta apenas
observar as posições de chaveamento dos jumpers, como mostra a figura a seguir.
Drive is Slave
Cable Select
Drive is Slave
Cable Select
7 6 3 1
Karina Silveira (2012)
8 6 4 2
Control Board
Benchmark (2012)
Figura 243 − Posição dos jumpers no disco rígido
3º Passo: Conecte o cabo IDE (40 ou 80 vias, dependendo do modelo para HDs
PATA) ou o cabo SATA para os HDs SATA. Lembre-se de que, nos cabos IDE, existe
uma listra vermelha ou azul em uma das extremidades, a qual no caso é referên-
cia ao pino 1, que deve ser conectado ao pino 1 da controladora IDE do HD, que,
por sua vez, fica próximo ao conector de alimentação (energia) do dispositivo
(RODRIGUES, 2007).
Dreamstime (2012)
Figura 251 − Disco rígido IDE conectado e disco rígido SATA conectado
arquitetura e montagem de computadores
266
Após ter conectado os HDs, seja o PATA ou SATA, não esqueça de organizar
internamente os cabos de modo que o fluxo de ventilação seja facilitado. Prenda-
-os corretamente e feche o gabinete novamente.
HDs SCSI
Dreamstime (2012)
Figura 252 − Controladora da placa-mãe
Dreamstime (2012)
O sistema SCSI possui uma particularidade, da mesma forma que os HDs PATA,
em que se deve setar a identificação do dispositivo SCSI (com exceção do SCA
que é hot plug em que o HD se identifica no barramento), neste caso com valores
de 0 a 15, visto podermos ter 16 dispositivos no barramento SCSI.
As unidades de armazenamento SSD estão cada vez mais sendo utilizadas por
usuários finais. Apesar de seu preço ainda ser relativamente alto, está cada vez
mais comum encontrarmos, nos PCs atuais, um HD deste tipo. Ele permite que
o sistema operacional bem como os seus aplicativos, seja “carregado” em uma
velocidade bem superior aos HDs convencionais, devido ao seu sistema de arma-
zenamento ser totalmente diferenciado dos modelos antigos. Devemos lembrá-
-lo de que alguns cuidados durante a instalação deste HD devem ser levados em
arquitetura e montagem de computadores
268
Intel (2012)
Antec (2012)
Figura 257 − Gabinete apropriado para disco SSD
SENAI (2012)
Você ainda pode optar por suportes apropriados para os HDs SSD.
Corsair (2012)
Kingston (2012)
Dreamstime (2012)
Figura 262 − Conexão SATA e conexão IDE
3º Passo: Certifique-se dos cabos de energia e dados que você irá utilizar, ou
seja, cabos IDE ou cabos SATA.
6º Passo: Depois dos cabos fixados devidamente, basta você fechar as tampas
do gabinete.
Apesar de não existir uma padronização, é bastante comum que esses encai-
xes fiquem no canto inferior direito da placa-mãe, porém você poderá encontrar
modelos de placas em que a posição pode ficar mais em cima ou, até mesmo, no
meio da placa-mãe − neste caso, considere o manual da placa e fique atento!
2º Passo: Agora, basta você seguir o manual da placa e encaixar os fios nos
conectores correspondentes. Veja um modelo na figura a seguir:
arquitetura e montagem de computadores
278
MSG+
PW+
SPEAK+
SPEAK-
MSG-
PW-
2 20
1 19
CI+
HD-
RES+
PWR+
PWR-
HD+
CI-
RES-
Saiba que fazer a conexão destes fios na placa-mãe (neste caso, a placa-mãe
deve conter a “placa de som” integrada, ou seja, on-board) ou na controladora de
som (placa de som off-board) é bastante simples (VASCONCELOS, 2009).
arquitetura e montagem de computadores
280
À primeira vista, pode parecer complicado. Para retirar qualquer dúvida, tenha
sempre o manual da placa-mãe e siga-o cuidadosamente, identificando os fios
que estão presos às saídas frontais do gabinete, com as indicações na placa-mãe.
1º Passo: Identifique o conjunto de sete fios. Note que, na ponta de cada fio,
tem um conector preto onde está escrita a função de cada um dos fios: Mic In (mi-
crofone), Ret L, Ret R, L Out e R Out e dois Gnd. Em alguns casos, se o gabinete
oferecer entrada de linha, poderá haver mais dois fios, ou seja Line In L e Line In
R (VASCONCELOS, 2009).
ECR (2012)
Figura 282 − Conectores frontais
3º Passo: Agora basta você encaixar os fios; é importante que você entenda
que existem 10 pinos, porém um dos finos é removido (pino 8), assim sendo, so-
bram 9 pinos. Normalmente, vêm ligados dois jumpers de configuração que você
3 montagem de computadores
281
deve retirar para efetuar a ligação dos fios. Observe o seguinte esquema (VAS-
CONCELOS, 2009):
10 9
FabriCO (2012)
Figura 285 − Fontes de alimentação
OS CONECTORES
Figura 286 − Conectores de alimentação elétrica para placa-mãe (modelo com 20 e 24 pinos)
3 montagem de computadores
283
Figura 288 − Conectores de alimentação de drivers (disco rígido, CD/DVD padrão SATA)
Aline Pimentel (2012)
Figura 289 − Conector (ATX 12V) que pode ser acoplado em alguns modelos de placas-mãe (normalmente fornecem energia
ao processador)
Agora que você já conhece os componentes de uma fonte, o que acha de ini-
ciarmos os passos para fixá-la ao gabinete? Vamos em frente!
Antes de começar: tome bastante cuidado com as cargas eletrostáticas. Lem-
bre-se de usar equipamentos de proteção, como pulseiras e sapatos antiestáticos,
além de uma bancada apropriada devidamente aterrada.
1º Passo: A primeira coisa a se fazer é retirar a tampa do gabinete cuidadosa-
mente. Para este procedimento, utilize as chaves com as fendas adequadas para
os parafusos do gabinete.
arquitetura e montagem de computadores
284
Dreamstime (2012)
Figura 290 − Gabinete sendo preparado para instalação da fonte
2º Passo: Note que a fonte possui dois lados, ou seja, o lado do ventilador,
que deverá ficar voltado para o lado de fora do gabinete, e o lado dos cabos, que
deverão estar voltados para o lado de dentro do gabinete.
a) Pegue a fonte, insira-a mesma de dentro para fora do gabinete, de modo
que a parte da chave de voltagem fique posicionada do lado de fora do ga-
binete;
b) Após inseri-la, verifique se os buracos dos parafusos estão alinhados com os
buracos do gabinete;
c) Aperte com cuidado os parafusos que irão prender a fonte ao gabinete;
d) Não se esqueça de verificar a voltagem (chave seletora) da fonte (RODRI-
GUES, 2007).
Dreamstime (2012)
Em alguns modelos de fonte, os cabos são mais robustos, assim sendo não
esqueça de distribuir bem os cabos e organizá-los de maneira que facilite o fluxo
de ar.
Antes de falarmos dos possíveis componentes externos que você poderá ins-
talar em um PC, é importante que você se certifique de que:
a) todos os cabos de sinais internos estejam encaixados adequadamente em
seus respectivos conectores;
b) todas as placas adicionais estejam encaixadas em seus respectivos slots.
Feito isso, vamos ao próximo passo!
Mantendo o gabinete ainda aberto, você agora deverá instalar os possíveis
componentes (básicos) externos no PC. Estes componentes lhe permitirão que o
sistema básico de interação entre o homem e o computador se realize, ou seja, é
por meio deles que vamos interagir com o PC, repassando instruções e medindo os
resultados por intermédio dos dados processados como resposta (DARLAN, 2004).
arquitetura e montagem de computadores
286
Para você ter uma ideia, veja na imagem a seguir as conexões disponíveis na par-
te traseira do gabinete do PC, na grande maioria das placas-mãe, e depois vamos
analisar os possíveis periféricos externos que podemos instalar. Vamos em frente!
Saída
áudio digital Sistema
de som Fonte de
Paralela Interface da Alimentação
USB Rede placa de vídeo
Line In
Serial VGA
R45 R45
DVI
Karina Silveira (2012)
Serial
Para que você possa se familiarizar com o restante das imagens, note que as
pequenas imagens representam os dispositivos periféricos que podem ser liga-
dos aos conectores. Lembramos que o que vale para as portas seriais (podem
ser conectados vários dispositivos com esta saída), também vale para os diversos
tipos de monitores VGA (DARLAN, 2004).
Já as portais USB são universais, ou seja, existe uma série de dispositivos que
podem usar esta interface, além disso, também permite que se conecte o peri-
férico com o computador ligado, o qual fará a sua detecção e/ou instalação. As
portas de saída e entrada de som funcionam da mesma maneira das entradas
USB, ou seja, não é necessário desligar o PC para a instalação de periféricos neste
dispositivo (DARLAN, 2004).
Analise outras imagens:
OR Line In
R45
DVI-D VGA
Karina Silveira (2012)
RJ45
IEEE Line In
DVI-I
1394A
Karina Silveira (2012)
DVI-D DisplayPort
eSATA
(USB 3.0)
eSATA
RJ45 RJ45
Back to BIOS Line In
IEEE
1394A
(USB 3.0)
Figura 299 − Placa modelo DX58SO2 (modelo recente da Intel)
Audio Reer
Left/Right RJ45
Out Line In
Optical
Karina Silveira (2012)
S/PDIF
Coaxial Line Out
S/PDIF Audio Center
Line Out LFE
Você também deve atentar para os periféricos que requerem fonte de alimen-
tação (elétrica) para o seu funcionamento, como: impressoras, scanners, kits de
som, entre outros. Para todos os periféricos que não se conectam por entradas
USB, sempre desligue o PC (caso esteja ligado) e monte o periférico conforme
indicação do manual, ligando o cabo de energia, bem como o cabo de comunica-
ção com a saída indicada na placa-mãe, e ligue o PC novamente. Em seguida ao
reconhecimento do novo periférico, ele já estará pronto para uso (DARLAN, 2004).
3 montagem de computadores
289
Código Significado
FabriCO (2012)
Exemplo 2
FabriCO (2012)
Figura 302 − Tela inicial do PC – exemplo 2
Já nas primeiras telas, você conseguirá identificar parte dos componentes ins-
talados, como as unidades de armazenamento, discos ópticos, processador, placa
de vídeo e memória. Portanto, fique atento aos detalhes.
arquitetura e montagem de computadores
292
Exemplos:
FabriCO (2012)
Figura 304 − Tela inicial do PC
FabriCO (2012)
Em certas situações, pode ser necessário realizar um Clear CMOS para que o
computador possa funcionar. O CMOS é a memória ligada na bateria da placa-
-mãe e que mantém os dados do setup. Eventualmente, a programação existente
no CMOS pode ser incompatível com o processador e com a memória instalados,
e pode ser necessário apagar totalmente o conteúdo da memória CMOS para que
a BIOS a preencha novamente com o padrão de fábrica. Para este procedimento,
sempre recorra aos manuais de instalação das placas-mãe, pois possuem pina-
gem diferenciadas (VASCONCELOS, 2007).
3 montagem de computadores
297
Outro erro bem comum é a placa de vídeo estar mal encaixada ou defeituosa.
É necessário que todos os contatos do conector da placa de vídeo fiquem aloja-
dos dentro do slot, e não à mostra. Se necessário, afrouxe os parafusos, remova
a placa, encaixe-a novamente e torne a apertar os parafusos com cuidado (VAS-
CONCELOS, 2007).
arquitetura e montagem de computadores
298
O mesmo jumper usado para apagar o CMOS (Clear CMOS) pode também fun-
cionar como um desabilitador de bateria. Alguns fabricantes colocam este jumper
na posição desabilitada para que a corrente da bateria não seja consumida en-
quanto a placa-mãe não é instalada. Para isto, verifique as instruções no manual
da placa, procure por informações referentes ao jumper do (Clear CMOS, Clear
RTC, JBAT ou similar) e o coloque na posição de habilitado, para que a bateria
passe a funcionar (VASCONCELOS, 2007).
STRAP
Strap
Karina Silveira (2012)
(1-2)
Com o passar dos anos percebemos que configurar jumpers está cada vez mais
incomum. É bem possível que durante a montagem de um computador mais re-
cente, você não vá precisar configurar nenhum tipo de jumper. Porém nem sem-
arquitetura e montagem de computadores
302
pre foi assim, há poucos anos para se configurar uma simples placa era preciso
manusear vários jumpers, permitindo a esta placa alguns estágios de configura-
ção. Atualmente algumas placas-mãe ainda utilizam jumpers, bem como discos
rígidos e unidades de CD/DVD IDE que precisam ser jampeados para o perfeito
funcionamento sem conflito de hardware (VASCONCELOS, 2007).
Veja as principais funções dos jumpers presentes em alguns modelos de
placas-mãe (VASCONCELOS, 2007):
a) habilitar o funcionamento da bateria;
b) apagar a memória CMOS;
c) indicar o clock externo do processador;
d) indicar o clock interno do processador;
e) indicar a voltagem do processador;
f) indicar a velocidade das memórias;
g) indicar a velocidade dos barramentos PCI e AGP.
SENAI (2012)
Figura 316 − Placa-mãe jumperless
fonte de energia, pois um mal contato aqui pode ser crucial para o hardware em
si, comprometendo vários circuitos, inclusive a própria placa-mãe.
Como os jumpers são extremamente pequenos, é muito difícil trabalhar com
eles diretamente com a mão, sendo assim utilize de ferramentas apropriadas
como pinças revestidas em plástico ou material isolante, inclusive contra descar-
gas eletrostáticas.
Dreamstime (2012)
Figura 318 − Utilizando pinças antiestáticas para mexer nos jumpers
Na sua vida profissional como técnico, você irá se deparar com situações em
que será preciso efetuar o chamado reset de CMOS ou Clear CMOS. Na maioria das
placas, o jumper que habilita a bateria também funciona como Clear CMOS. Esta
operação apaga rapidamente os dados armazenados no CMOS (setup), inclusive a
data e a hora. Geralmente, as placas saem da fábrica com a bateria ligada, ou seja,
com este jumper na posição NORMAL (VASCONCELOS, 2007).
Existem certos casos em que desejamos apagar propositadamente os dados do
CMOS. Por exemplo: quando ativamos uma senha para permitir o uso do compu-
tador e depois esquecemos esta senha, ou quando fazemos alterações erradas no
arquitetura e montagem de computadores
306
3.10 CHECKLIST
Você ja saiu de casa com uma “lista de compras” na cabeça e logo após chegar
do supermercado, nota que esqueceu algo? Saiba que isso é bastante comum
devido às inúmeras tarefas que temos de realizar no dia a dia.
O checklist, de uma maneira geral, são itens que você irá anotar para realizar
uma tarefa específica. Ele pode ser feito em um papel ou no próprio computador
através de documentos ou planilhas, também podem ser feitos em fichas, porém
nunca confie somente na sua memória, pois ela pode falhar e deixá-lo na mão.
Ao usar o checklist você irá notar que realizar suas tarefas ficará mais fácil e clara,
sempre buscando objetividade e segurança.
O que você deve entender e sempre ficar alerta é que um checklist não é um
procedimento, ou seja, não importa a ordem que você anota ou realiza as ta-
refas, o importante e relacionar os itens necessários para a realização da tarefa,
e à medida que for concluindo pode eliminar o item do checklist, através de um
simples sinal (checado, concluído, entre outros).
Outro ponto a ser relacionado e que difere dos procedimentos, é que um che-
cklist é apenas uma lista das tarefas que você deve executar, ou seja, não existem
dados técnicos de orientação relacionados de “como fazer” tal tarefa. Sendo as-
sim se você achar necessário você deve criar procedimentos para que estas tare-
fas tenham um norte de como executá-las, diferenciando do checklist.
Note que não há uma sequência lógica ou procedimentos para a execução das
tarefas, ou seja, há apenas uma listagem das tarefas que precisam ser executadas. As-
sim, você conseguirá efetuar com objetividade e confiança a tarefa como um todo.
Imagine que um cliente o procura para que você, técnico responsável e ha-
bilitado à prática de montagem e manutenção em computadores, realize uma
manutenção preventiva no computador dele. Como proceder?
Elabore um checklist com a descrição das tarefas para a execução do trabalho.
Lembre-se de que não existem modelos predefinidos de checklist, ou seja, você
pode elaborar um de maneira que lhe agrade e que realmente funcione.
3 montagem de computadores
309
a) Desligar o computador;
Verificar conexões – b) Verificar todas as conexões (teclado, mouse, som, impressora);
cabos e placas c) Verificar as placas de expansão;
d) Limpar os contatos com a borracha;
Você percebeu quanto é simples? Comece a praticar, e você verá que seu tra-
balho irá render muito mais. A organização compete a você, portanto a prática
leva à perfeição.
Uma das práticas mais confiáveis usada no mercado de uma maneira geral, por
profissionais que estão devidamente preocupados com as ações, rendimentos,
objetividade, segurança, foco, entre outros, é a boa prática do checklist.
O checklist possui como foco central, a anotação de pequenas tarefas que as-
sociadas irão realizar o trabalho (objetivo) como um todo. Portanto, uma boa ela-
boração de um checklist é sem dúvida essencial.
arquitetura e montagem de computadores
310
Você deverá, antes de mais nada, saber e perceber que relacionar itens a uma
determinada tarefa não é extremamente fácil de se fazer. Ou seja, apesar de ser
um procedimento simples, durante o processo de anotações dos passos a serem
seguidos, com certeza você poderá esquecer-se de algum, e no final, o trabalho
não sair de acordo com o planejado. Portanto, realizar uma bateria de testes antes
de aplicar o checklist funcional para uma equipe de trabalho e ou departamento
relacionado à manutenção é um trabalho que deve ser feito para de aprimorar a
eficiência dessa ferramenta.
a) Desligar o computador;
Verificar conexões − b) Verificar todas as conexões (teclado, mouse, som, impressora);
cabos e placas c) Verificar as placas de expansão;
d) Limpar os contatos com a borracha;
Por mais que o checklist acima transmita objetividade e confiança para a exe-
cução da tarefa, aplicar as tarefas relacionadas acima sem testar pode não ser
suficiente para completar o trabalho, havendo a necessidade de novas marcações
de itens no checklist original. Desta forma, sempre que possível, altere o checklist
com novos itens para garantir que o trabalho será realizado com qualidade.
3 montagem de computadores
311
Note que este item pode ser melhorado, incluindo nas opções de checklist no-
vas atribuições. Porém isto só foi possível depois que você percebeu a necessida-
de de inserção após o teste na prática.
3.11 SERVIDOR
Por mais fácil que seja nos dias atuais encontrar peças para montagem e ma-
nutenção de computadores, montar um bom servidor não é uma tarefa simples.
É necessário um grau de conhecimento sobre o conjunto de hardware e software
para que as especificações e características do computador sejam devidamente
levantadas e configuradas de modo que venham a gerenciar outros computado-
res e suas respectivas tarefas. Afinal, este é o papel de um servidor, não é verdade?
Você deve levar em consideração que a arquitetura de um servidor deve ser di-
ferenciada porque esses supercomputadores precisam usar vários processadores
(cada qual com vários núcleos), uma grande quantidade de memória RAM, várias
unidades de armazenamento para arquivos, entre outras características que fa-
zem desses computadores os “verdadeiros servidores”.
Outro ponto importante é uma boa estrutura entre servidor e estações (com-
putadores nos quais serão conectados ao servidor), ou seja, é necessário que atra-
vés de dispositivos físicos como hubs, switches, entre outros, haja conexão entre
todos os computadores de modo que eles sejam gerenciados por um único com-
putador, o servidor.
arquitetura e montagem de computadores
312
PC principal
ou servidor
modem roteador
ou hub
Primeiramente, você deve saber que existem hoje diversos modelos disponí-
veis no mercado, de diversos fabricantes, nos quais as placas possuem caracterís-
ticas próprias para servidor.
Normalmente um servidor fica ligado 24 horas por dia, durante os sete dias da
semana, ou seja, sua função requer uma estrutura que permita que este computa-
dor trabalhe normalmente sem a necessidade de desligá-lo, porém a quantidade
3 montagem de computadores
313
FabriCO (2012)
Figura 324 − Placa-mãe com vários processadores
Para exemplificar, vamos citar um modelo da Intel próprio para servidor (Placa
Intel S3420GPLC), com características bem robustas. Devemos lembrar que po-
deria ser utilizado como exemplo qualquer outro modelo da TYAN, SUPERMICRO,
arquitetura e montagem de computadores
314
ARIMA, entre outras, o mais importante é que você deve observar as limitações
da placa, ou seja, harmonia com processador e as tecnologias disponíveis, siste-
ma de memória (barramento de velocidade e quantidade), além das capacidades
de gerenciamento de unidades de armazenamento.
Intel (2012)
Figura 327 − Placa-mãe S3420GPLC
Este modelo acima já possui várias conexões on-board como: saída para vídeo
(imagem), que normalmente não é requisito importante para servidores, ou seja,
placas gerenciadoras gráficas 3D, som, várias conexões USB, entre outras. Possui
dimensões ATX - 12x, com soquete integrado LGA 1156 (suportando o chipset In-
tel 3420 Servers Chipsets) para processador Intel Xeon 3400 Séries (processadores
com até 8 núcleos e barramento até 3 GHz), além da capacidade do gerenciamen-
to de até 32 GB de memória com barramento de até 1.333 MHz.
Intel (2012)
Outro processo importante é a escolha das memórias que irão compor a ar-
quitetura do servidor. Lembramos que é importante que você fique atendo às
características da placa-mãe escolhida, pois no caso das memórias é importante
você saber até quantos gigabytes a placa-mãe suporta e a velocidade máxima do
barramento.
Dependendo das tarefas que você for executar em seu servidor, não há a ne-
cessidade de você adquirir as memórias com o barramento mais alto e tampouco
trabalhar com a quantidade máxima de memória suportada pela placa, que em
nosso caso é de 32 GBs, porém se você quer o máximo de seu servidor, é extre-
mamente importante que você trabalhe com as opções de ponta da placa-mãe
escolhida, pois assim é certeza de que você aproveitará o máximo do hardware e
das configurações de sua arquitetura.
Um elemento importante em memórias de servidores é do tipo ECC e registra-
das, permitindo melhor desempenho e segurança.
Thiago Rocha (2012)
exclusivas do sistema RAID poderem ficar prejudicadas em HDs IDE, por exemplo.
Assim sendo, a escolha para HDs destinados a servidores deverá ser feita entre
HDs SATA ou HDs SAS. Mas qual é a diferença entre eles? (VASCONCELOS, 2007).
Antes de abordarmos sobre as diferenças entre SAS e SATA, é importante que
você saiba sobre o sistema RAID, isto porque é bastante comum e empregado em
servidores, por proporcionar vários mecanismos de segurança e controle do fluxo
de informações nestes servidores. Vamos lá?
O RAID (Redundant Array of Independent Drives), ou seja, um conjunto redun-
dante de discos independentes, é conhecimento como um dos principais meios
de se criar um sistema de armazenamento de informações composto por várias
unidades de armazenamento (discos) totalmente independentes, oferecendo se-
gurança e desempenho (VASCONCELOS, 2007).
Desta forma, o correto e aplicar os níveis de RAID em HDs com interface SATA
ou SAS, que são interfaces melhoradas e oriundas da IDE e SCSI. Porém existem
algumas diferenças entre estas duas interfaces que você deve entender para apli-
car a sua escolha.
Fonte: Intel.
rência durante muitos anos com a interface IDE. Atualmente, a interface SATA é
sua principal concorrente, porém o barramento SAS é voltado para grandes ser-
vidores. Suas versões iniciais permitiam taxas entre 150 MB/s e 300 MB/s, hoje já
existem modelos que ultrapassam os 1,2 GB/s (VASCONCELOS, 2007).
Dreamstime (2012)
Figura 332 − Disco rígido com conector SAS
9º Passo: Na opção “Strip Size”, você deve selecionar o tamanho dos blocos,
ou você poderá optar por manter a opção “default” (padrão), após o procedimen-
to, avance com a tecla ENTER.
10º Passo: A próxima tela será para configurar a opção “Capacity”. Aqui você
poderá particionar o volume de dados que você criou. Se preferir prossiga com o
tamanho máximo já informado pelo sistema, bastando apenas confirmar com a
tecla ENTER.
Thiago Rocha (2012)
Apesar dos mais variados modelos de gabinetes que encontramos hoje para
arquitetura de PC em geral, é importante que você saiba sobre os gabinetes des-
tinados a servidores. Existem modelos próprios destinados a servidores em geral,
com algumas especificações que não encontramos nos gabinetes comuns (pa-
drão). Porém, devemos salientar que nada impede que você monte a estrutura
do seu servidor nesses gabinetes considerados padrão (tipo torre), desde que eles
forneçam a refrigeração necessária para o bom funcionamento e desempenho do
hardware.
Veja abaixo alguns modelos básicos de gabinetes (tipo torre) nos quais pode
ser montada a estrutura adequada de um servidor.
arquitetura e montagem de computadores
322
Dreamstime (2012)
Figura 341 − Gabinete comum tipo torre para servidores
Figura 342 − Gabinete denominado 2U (gabinete apropriado para rack com duas baias)
Opteron (2012)
Dreamstime (2012)
Figura 345 − Rack apropriado para gabinetes tipo U (até 16 gabinetes tipo U); (até 44 gabinetes tipo U)
Dreamstime (2012)
Zippy (2012)
FabriCO (2012)
Zippy (2012)
Figura 348 − Fonte redundante para gabinete 3U (rack) e fonte para gabinetes 4U
Orion (2012)
HP (2012)
Figura 351 − Fonte para chassi Intel
Intel (2012)
Figura 352 − Placa-mãe Intel (S3420GP)
Dell (2012)
Figura 353 − Adaptador de rede DELL PRO/1000 PT
FabriCO (2012)
Intel (2012)
Figura 355 − Placa de alto desempenho modelo da Intel
Nos dias atuais, podemos dizer que as informações são os “bens” mais precio-
sos que uma organização pode ter, ou seja, as organizações necessitam de dados
processados para a gerência de suas ações internas e externas, criando produtos
e serviços de alto nível para a competitividade no mercado.
Uma das estratégias de segurança da informação está justamente nas cópias
de segurança dos arquivos, ou seja, um backup bem definido e executado, além
de proteger as informações (dados) são a base para atender futuras solicitações e
análises delas, fornecendo disponibilidade e acessibilidade aos dados.
Sabe-se que hoje os servidores estão dotados de componentes redundantes
e de algumas tecnologias que protegem contra falhas, tanto de hardware quanto
de software, exemplo dos espelhamentos de dados, discos entre outros. Porém,
sabemos que alguns erros podem acontecer, como a exclusão de informações
cruciais para as organizações (vírus, quebra de segurança ou até mesmo erros co-
muns de operação causados pelos usuários), além do fato de que a manutenção
desses arquivos implicam diretamente auditorias, entre outras ações legais para
as empresas (VASCONCELOS, 2007).
Durante o processo de análise de um backup, você deve considerar vários fato-
res para efetuar as cópias dos arquivos somente do necessário, pois cópias desne-
cessárias implicam diretamente em espaço de armazenamento e custos.
Durante a escolha e estratégia do backup, é importante que você saiba que o
objetivo principal, além da segurança, claro, é poder restaurar os dados de ma-
3 montagem de computadores
331
Além do fato de escolher bem os arquivos que deverão compor o seu backup,
você também deve levar em consideração mais dois fatores:
a) A programação do horário/agendamento deste backup: como implica
a cópia de um grande volume de dados, esta ação pode deixar o servidor
bem lento, portanto agendar em horários diferentes da rotina de trabalho
é certeza de uma cópia mais segura e com menos transtornos aos usuários
(VASCONCELOS, 2007);
b) Escolher bem a mídia de armazenamento: hoje temos disponíveis vários
mecanismos de cópias de segurança, além de softwares exclusivos para este
processo. Lembre-se de levar em consideração os seguintes fatores (VAS-
CONCELOS, 2007):
a) a quantidade de arquivos que você irá copiar;
b) o tempo que gastará para efetuar a cópia;
c) orçamento;
d) os tipos de backup e ambiente para tais cópias (sistemas e hardware);
e) a escolha das mídias de backup (vamos analisar abaixo as vantagens e
desvantagens de cada uma).
Tipo de Mídia
Vantagens Desvantagens
de Backup
Backups rápidos com longa retenção
Apresenta grande desgaste;
dos dados;
Fragilidade a erros;
Grandes capacidades de armazena-
Fita Difícil configuração;
mento;
Precisa de limpeza constante das
Baixo custo;
unidades;
Fácil configuração;
Fácil manutenção;
Discos Magnéticos Alto custo;
Pode ser utilizado com facilidade para
ambientes de testes;
Processo lento para backup;
Vida útil mais longa;
Discos Ópticos Possui grandes limitadores para escolha
Menor degradação da mídia;
do hardware;
arquitetura e montagem de computadores
332
Com as constantes demandas de mercado por serviços cada vez mais qualifi-
cados, grandes empresas buscam, através de estruturas apropriadas para a sua
centralização de serviços/rotinas, computadores com recursos como desempe-
nho, segurança, confiabilidade e disponibilidade dos dados processados para
resolver problemas de processamento/operacionalização dessas empresas. Hoje
é comum encontrarmos grandes centros como a Nasa (Agência Espacial America-
na), que utilizam mais de 10 mil processadores ligados entre si para executar seus
serviços de pesquisa.
Dreamstime (2012)
Figura 357 − Montando computador
ORIENTAÇÕES GERAIS