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Resumo sobre a NBR 5626

A NBR 5626 é a norma técnica que define os requisitos para garantir


bom desempenho nas redes, segurança sanitária e potabilidade de
água, quando aplicável.

A NBR 5626 é a norma técnica que define os requisitos de projeto,


execução e manutenção das instalações hidráulicas prediais de água fria
para garantir bom desempenho nas redes, segurança sanitária e
potabilidade de água, quando aplicável. Esta norma se aplica a qualquer
edificação (residencial ou não) que faça uso de água, sendo potável ou
não.
Neste resumo sobre a NBR 5626 tentamos reunir todas as informações
mais importantes a serem consideradas para facilitar o entendimento e
aplicação da norma. Se tiver qualquer dúvida, escreva-nos um
comentário ao final do texto. Boa leitura!

Termos e definições importantes

A NBR 5626 define alguns termos importantes que envolvem esse tipo
de instalação e são fundamentais para que um engenheiro possa projetar
ou prover assistência técnica garantindo o desempenho e segurança
nesse tipo de instalação.

Dentre eles, destacam-se:

 Abastecimento direto: É utilizado caso não haja necessidade de


reservação de água na edificação e a pressão da rede de
distribuição seja suficiente para abastecer os pontos de água.
Neste caso, corre-se o risco de ficar desabastecido em caso de
manutenção da rede pela concessionária.
 Abastecimento indireto: vem do reservatório interno da
edificação. Neste caso, será necessário realizar
o dimensionamento do reservatório de água.
 Água fria: água à temperatura ambiente.
 Alimentador predial: tubulação que abastece a edificação. Pode
vir da concessionária (cidades) ou algum outro corpo d’água (zona
rural).
 Conexão cruzada: união, em algum ponto, entre água potável e
águas de qualidade desconhecida. É proibida por esta norma.
 Diâmetro nominal: valor, geralmente em milímetros, que define o
diâmetro das tubulações.
 Extravasor ou ladrão: serve para eliminar água do reservatório
em caso de defeitos na torneira de boia. Deve, preferencialmente,
jorrar água em ponto externo visível, denunciando o problema.
 Instalação elevatória ou de recalque: sistema que bombeia
águas a um reservatório superior, quando a ação da gravidade for
insuficiente / pressão de fornecimento for inferior à necessária nos
locais críticos.
 Plásticos e metais sanitários: peças em plásticos ou metais
diversos utilizadas em equipamentos de uso de água potável,
como pias, lavatórios e louças.

Como definir as tubulações

As tubulações podem ser feitas de diferentes materiais. Entretanto, para


água fria, aquelas compostas de PVC apresentaram melhor
desempenho, por não sofrerem problemas de corrosão.

Projeto de Instalações de Água Fria

Para o projeto de instalações de água fria, a NBR 5626 define:


 Fonte de abastecimento: definir se virá de concessionária, poço,
açude, pluvial ou mista. Deve-se respeitar a segurança e
necessidade ou não de potabilidade. Uso de água pluvial possui
norma específica.
 Reservatório: deve ser em material estanque e inerte, que não
interfira na qualidade da água. O projeto deve garantir que possa
ser higienizado, bem como que permita pressão estática mínima
de funcionamento aos equipamentos hidráulicos. Caso não atenda
a pressão, pode ser necessário inserir pressurizador ou elevar a
cota da base. A NBR 5626 recomenda seguir norma local
(concessionária / prefeitura – código de obras) para definir o
volume. Nas suas entradas e saídas, para permitir limpeza e
manutenções, deve haver registros de esfera / adaptadores com
registro para interrupção do fluxo de água.
 Barriletes, colunas de distribuição e ramais: as tubulações vão
se ramificando a partir do barrilete em colunas de distribuição e
ramais, de modo a atender aos dispositivos que utilizam água fria.
Deve-se prover um registro de gaveta para cada cômodo molhado.
Para dimensionar, a norma sugere o método dos pesos, onde são
somados os pesos de todos os equipamentos a atender, obtendo-
se a vazão correspondente. Deve-se estipular, então, um diâmetro
igual ou maior ao necessário para atender ao limite de velocidade
da água e os diâmetros mínimos para cada equipamento. Também
se deve verificar quanto à perda de carga (pressão mínima).

Há ainda um ábaco que pode auxiliar nesse dimensionamento, onde são


relacionados os diâmetros nominais, somas de pesos e vazões. Este
ábaco não consta na NBR 5626:1998, mas facilita o processo de cálculo:
Fonte: Tigr
e
Outra parte do projeto de instalações de água fria está na representação
gráfica. Deve-se fazer plantas de distribuição das colunas de água fria
sobre lajes de cobertura, esquemas isométricos ou vistas em escala
grande.

Estas representações servem tanto para auxiliar o processo executivo


como para orientar o dimensionamento, facilitando a identificação e
quantificação das conexões, maiores responsáveis pela perda de carga.

Outras Recomendações

 Posição entre alimentador e instalações de esgoto: preferir


adotar posições opostas em um terreno, quando possível.
 Desenho: o mais simples possível, buscando economia de
material e facilidade de execução. Também é importante prever
locais com instalações não unidas à alvenaria e demais elementos
construtivos, mochetas e outras configurações que facilitem a
manutenção sem quebradeira. Uma última dica é concentrar as
instalações no menor número de paredes, ou mesmo em uma,
caso for possível e o projeto arquitetônico deixar.
 Verificação: antes da execução de revestimentos, deve-se ter
garantias do bom funcionamento do sistema.
 Norma a adotar: verificar sempre qual a norma técnica que está
em vigor, por ocorrerem revisões periódicas.

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