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Em 1997, a São Paulo Alpargatas mudou sua filosofia organizacional e se adequou aos novos
tempos. A estratégia da empresa estava ultrapassada. A organização era ineficiente, a
comunicação entre as divisões era falha e a centralização, excessiva. O foco da empresa era a
produção em larga escala e não as demandas do mercado. Os custos da antiga produção em
larga escala impediam a criação de novos modelos. Por isso, o departamento de marketing não
tinha a liberdade para trabalhar. Além disso, a hierarquia acentuada tornava lentas as tomadas
de decisões estratégicas. Para piorar, os trabalhadores encontravam-se desmotivados e sem
esperanças quanto ao futuro da empresa. Tudo isso causava estagnação das vendas e muitos
prejuízos. Era preciso uma mudança radical em quase todos os processos e na estrutura
organizacional. As operações da empresa, então, foram divididas em cinco grupos:
1) Calçados esportivos;
2) Produtos Havaianas;
3) Têxteis industriais;
4) Varejo;
5) Produtos Timberland.
Cada unidade ficou responsável por todas as etapas de seu próprio processo, da produção à
venda de seus produtos.
Na nova estrutura, cada diretor ganhou autonomia e começou a criar, junto com a área de
marketing, novos produtos para atender às demandas do mercado. O foco dos negócios
deixou de ser a produção em larga escala e começou a mirar o gosto dos consumidores.
Produtos personalizados e variados foram desenvolvidos com o objetivo de alavancar às
vendas.
Com todas essas mudanças, a Alpargatas teve um crescimento impressionante, atingindo uma
receita de R$ 1,369 bilhão e lucro de R$ 165 milhões em 2005. Além disso, a marca Havaianas
consolidou-se como sucesso no Brasil e no mundo, abrindo novas portas para a empresa no
comércio exterior.
Fonte: SÃO PAULO ALPARGATAS S.A. Relatório dos resultados do exercício de 2005; FERRAZ, E. Operação resgate,
Exame, 754, ano 35, n.24, 28 nov. 2001; CORREA, C. Pé lá fora, Exame, 796, ano 37, n. 14, 09 jul, 2003.
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