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i.

1
Prof. Welton Duque

Instalações Elétricas
Industriais

Prof. Eng⁰ Welton Sthel Duque


1º Semestre de 2018
Apresentação i.2
Prof. Welton Duque

Histórico: Prof. M.Sc. Eng⁰ Welton Sthel Duque


1998 Nortel
Natural deNetworks:
Vitória-ES Estagiário BCP São Paulo
1999 Nortel
Casado Networks:
com
Graduação: a Profa. Analista
Bruna
Engenharia Desenv.
Lyra Duque
Elétrica Software
(FDV)
– INATEL
✓ Pessoal 2000 Lucent
41 anos
Pós Technologies:
Engenharia Implantação
de Software – UVVCelular ES
2001 VIVO-ES
Gosto de: (Telefônica):
Estudar, deO&M
livros, Comutação
esportes e–música
✓ Profissional 2006
Pós Gerenciamento
Movicel-Luanda(África):
Propósito pessoal:
Certificado PMPSer
Projetos
deGestor
Professor
- Ger.
FGV
TI/Engenharia
/ Educador
Projetos (PMI-USA)
✓ Acadêmico 2008 VIVO-ES:
Metas
Pós Coordenador
comportamentais:
Gestão –deFGV
O&M Infra/RF/TX
de Pessoas Organização e Justiça
2009 Pós
LyraGestão
Duque Empresarial
Advogados: –GestorFGV Financeiro
2011 Pós
VALE: PCM
Mba emTrem Passageiros/Manut.
Inteligência Empresarial –Industr.
FGV
2015 Mestrado
O&G Engenharia: Consultor – FUCAPE
em Administração
2015 Psicodrama
SALESIANO: Pedagógico
Professor Eng. Produção
e Organizacional
2017 PNL
MULTIVIX: ProfessorNeurolinguística
- Programação de Eng. Elétrica / Outras
Contatos:
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2141671994204042
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/wduque
E-mail: professorweltonduque@gmail.com
CREA: ES 8342/D
i.3
Prof. Welton Duque

Exemplos de
Instalações Elétricas
Industriais
Instalações elétricas industriais i.4
Prof. Welton Duque

▪ Conjunto de componentes elétricos interligados


▪ Coordenados para uma finalidade determinada
▪ Para uso eficiente e seguro da Energia Elétrica
i.5
Prof. Welton Duque

Fornecimentos (BT e AT) e


Entradas de Serviço
Tipos de Fornecimento AT/BT i.6
Prof. Welton Duque

Classificações NR10 conforme a tensão nominal


▪ Extra-baixa tensão (EBT ou ELV)
▪ V ≤ 50 V em AC
▪ V ≤ 120 V em DC
▪ Baixa tensão (BT):
▪ V ≤ 1.000 volts em AC (alternating current)
▪ V ≤ 1.500 volts de DC (direct current)
▪ Alta tensão (AT):
▪ V > 1.000 volts em AC
▪ V > 1.500 volts em DC
Entrada de serviço - BT i.7
Prof. Welton Duque

Rede secundária
Ponto de derivação
Ramal de ligação
Ponto de entrega
Ramal de entrada
Proteção e Medição
Aterramento
Padrão de entrada

Quadro de distribuição
Circuitos terminais
Entrada de serviço - BT i.8
Prof. Welton Duque

• Edificações residenciais, comerciais ou industriais de pequeno porte

Fonte: COTRIM, 2009, p. 9


Nota: "Proteção" e "Medição"
invertidos, em relação à fonte
original.

Fonte: COTRIM, 2009, p. 10


Entrada de serviço - BT i.9
Prof. Welton Duque

Fonte: COTRIM, 2009, p. 9


Tipos de Fornecimento - BT i.10
Prof. Welton Duque

EDP Escelsa – Tensão Secundária: 127 / 220 V


Categoria "U" – dois fios: Fase + Neutro
Monofásico 127 V
Até 9.000 W
Categoria "UR" – três fios: FFN:
Monofásico 127/254 V - Até 50.000 W

Categoria "D" – três fios: F + F + N:


Bifásico 220/127 V
De 9.000 W até 15.000 W

Categoria "T" – quatro fios: F + F + F + N:


Trifásico 220/127 V
De 15.000 W até 75.000 W
Entrada de serviço – AT i.11
Prof. Welton Duque
Barramentos Chave Faca Chave Faca
em Cobre Nu
TRAFO Disjuntor AT Entrada AT
Cabine primária (subestação)
convencional

AT

Medidor Transformador
Outros TRAFOS Eletrônico de Corrente (TC)
de distribuição BT Distribuição para AT Transformador
(quando necessários) BT (127/220) de Potencial (TP)
Entrada de serviço – AT i.12
Prof. Welton Duque

Entrada AT e Chave Faca Passagem dos cabos Transformadores de Corrente


Chave não pode ser operada entre os cubículos da cabine (superior) e de Potencial (inferior)
com Carga

Operação da Chave Faca TRAFO (127/220)


EPI's: Luva 17 kV, Bastão de Dutos para a distribuição
Disjuntor de AT (direita) Manobra, Tapete borracha, Óculos, secundária dentro da
TRAFO 127/220 (esquerda) Capacete, Botas de Borracha e edificação (prédio, comércio,
Vestimenta Isolante/Antichamas indústrias, etc.)
Entrada de serviço – AT i.13
Prof. Welton Duque

Fonte: COTRIM, 2009, p. 10


Tipos de Fornecimento - AT i.14
Prof. Welton Duque

EDP Escelsa –11,4 / 13,2 / 13,8 kV trifásico


Carga Instalada > 75 kW e Demanda Contratada ≤ 2.500 kW
Consulta de viabilidade técnica para Fornecimentos
• Vitória, Cariacica, Viana, Vila Velha e Serra
– Carga Instalada > 750 kW ou Demanda > 500 kW
• Todos os demais municípios do ES
– Carga Instalada > 300 KW ou Demanda > 200 KW
• Exceção: Carga Instalada ≤ 75 kW, com:
– Motor trifásico com Pot > 40 CV ~ 29,4 kW (380/220 V)
– Motor trifásico com Pot > 30 CV ~ 22,0 KW (127/220 V)
– Motor monofásico com Pot > 1 CV (127/220/380 V)
– Outras máquinas (solda, GMG, etc.) definidas pela EDP
Nota: A critério da EDP ESCELSA, poderão ser alimentadas potências
inferiores ou superiores aos limites acima estabelecidos.
i.15
Prof. Welton Duque

Elementos de um Projeto
Elétrico Industrial (PEI)
Projeto de Instalação Elétrica i.16
Prof. Welton Duque

Projetar uma instalação elétrica de qualquer


tipo (residencial, comercial ou industrial)
consiste em, de maneira racional, selecionar,
dimensionar e localizar os equipamentos e
componentes que farão a transferência de
energia entre a fonte e os pontos de utilização,
de forma segura e eficiente.

Fonte de
Pontos de
Energia Segurança
Utilização
(Concessi e Eficiência
(Cargas)
onária)

Fonte: COTRIM (2009, p. 125)


Sumário i.17
Prof. Welton Duque

▪ 1 – Introdução (dados iniciais)


▪ 2 – Normas Recomendadas
▪ 3 – Dados para Elaboração do Projeto
▪ 4 – Concepção do Projeto
Sumário i.18
Prof. Welton Duque

▪ 5 – Meio Ambiente
▪ 6 – Graus de Proteção
▪ 7 – Riscos de Incêndio e Explosão
▪ 8 – Fatores de Projeto
Sumário i.19
Prof. Welton Duque

▪ 9 – Roteiro de Elaboração do Projeto


▪ 10 – Simbologia
Projeto Elétrico Industrial (PEI) i.20
Prof. Welton Duque

"O projetista [engenheiro eletricista],


sem ser especialista no ramo de
atividade da indústria que projeta, deve
conhecer o funcionamento de todo o
complexo industrial, pois isto lhe
possibilita um melhor planejamento
das instalações elétricas." (MAMEDE
FILHO, 2010, p. 1, grifo nosso)

MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 8. ed.


Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Etapas do Projeto Elétrico Industrial i.21
Prof. Welton Duque

Considerar: Plantas (leiautes) das áreas, outros projetos


Planos de 1. Análise Inicial (hidráulica, etc.), fluxogramas da empresa,
classificação de áreas e quesitos de segurança
Expansões
Futuras Modalidades e tensões, tipo de entrada,
2. Fornecimento
ponto de entrega, nível de curto-circuito na
da Energia
entrega e esquema de aterramento
Iluminação, tomadas, tensões e setores das
3. Quantificação
cargas, potência instalada e demanda dos
da Instalação
Projeto Elétrico setores, potência global, fontes secundárias
Industrial 4. Diagramas Tipos de componentes e ligações: chaves,
unifilares da fusíveis, seccionadores, condutores,
instalação disjuntores, para-raios, relés, cargas, etc.
5. Memória de cálculo: Entradas, subestações,
Dimensionamento quadros de distribuição, cabos elétricos,
ASPECTOS: dos componentes proteções, aterramento, curto-circuito, SPDA
 Flexibilidade
 Acessibilidade 6. Especificação e Especificação e contagem dos componentes,
 Confiabilidade contagem dos descrição sucinta e normas atendidas,
 Continuidade componentes indicação de marcas de referência
(ou Disponibilidade)
Fontes: COTRIM (2009) e MAMEDE (2010)
1. Introdução (dados iniciais) i.22
Prof. Welton Duque
1.2 Aspectos aumento efetivo de carga
assumir entre 20% e 30%,
quando não for informado
▪ Planos de Expansão permitir mudanças de lugar
▪ FLEXIBILIDADE (leiaute físico) das máquinas
▪ ACESSIBILIDADE às máquinas e a todos os
dispositivos de proteção e manobra
▪ CONFIABILIDADE desempenho quanto a interrupções
▪ CONTINUIDADE de serviço, manutenções e proteção
à integridade física dos trabalhadores
1. Introdução (dados iniciais) i.23
Prof. Welton Duque
Aspectos de um Projeto Elétrico Industrial
▪ Flexibilidade: Admitir mudanças de leiaute e
acréscimos de carga futura (uso de reservas), sem
comprometer as instalações elétricas existentes
▪ Acessibilidade: Facilidade de acesso às máquinas e aos
equipamentos de manobra e proteção
(mantenabilidade ou manutenibilidade)
▪ Confiabilidade: Desempenho total quanto às
interrupções por falhas, proteção à integridade física
dos trabalhadores e preservação das condições locais e
ambientais do empreendimento por um todo
▪ Continuidade: Capacidade de o sistema se manter em
operação, mesmo com interrupções por falhas,
manutenções preventivas, corretivas, etc. (o projeto
deve garantir redundâncias de alimentação e serviços)
1. Introdução (dados iniciais) i.24
Prof. Welton Duque
1.1 Plantas básicas posição dentro do contexto urbano
acessos à edificação
pontos de Derivação e de Entrega
▪ Planta de situação tipo de fornecimento (tensões)
quadro de entrada
▪ Planta baixa de arquitetura do prédio
área da construção com a
▪ Planta de leiaute físico divisão dos ambientes
posicionamento das máquinas,
▪ Plantas de detalhes motores e painéis
Colunas e vigas de concreto
▪ Planta de setorização Pontes rolantes
Vistas e cortes do galpão industrial
Montagem de máquinas grandes

localização e distribuição dos equipamentos


entre as áreas de produção e manufatura
1. Introdução (dados iniciais) i.25
Prof. Welton Duque
1.1 Plantas básicas
Planta de Planta baixa
situação Outros projetos

Leiaute Planta de
Físico setorização
2. Normas Recomendadas i.26
• ABNT NBR 5410:2004 - Instalações Elétricas de BT Prof. Welton Duque

– Objetivo: segurança de pessoas, animais e patrimônios


– Edificações de uso residencial, comercial e industrial
– Canteiros de obra, feiras, instalações temporárias, etc.
– Baseada na IEC 60364:2016 – Electrical Installations of Buildings
– NBR 13570:1996 – Instal. Elétricas em Locais de Afluência de Público
– NBR 13534:2008 – Instal. Elétricas BT em Estabelecimentos de Saúde

• ABNT NBR 14039:2005 – Instalações Elétricas de MT


– Objetivo: segurança e continuidade do serviço
– Tensão nominal: de 1,0 kV até 36,2 kV
– Alimentação de Pontos de Entrega em MT
– Instalações com fontes próprias em MT
"A adoção de normas, além de ser uma exigência técnica
profissional, conduz a resultados altamente positivos no
desempenho operacional das instalações, garantindo-lhes
segurança e durabilidade." (MAMEDE, 2010, p. 2)
2. Normas Recomendadas i.27
Prof. Welton Duque

▪ NBR ISO CIE 8995-1:2013 – Iluminação ambientes


trabalho
▪ Obs.: Antiga NBR 5413:1992 está cancelada desde 2013.
▪ NBR 5419:2015 - Proteção Contra Descargas
Atmosféricas
▪ NR 10:2004 – Segurança em instalações e serviços
em eletricidade

Normas da EDP Escelsa:


▪ PT.DT.PDN.03.14.001:2016 – Instalações AT 15 kV
▪ PT.DT.PDN.03.14.005:2016 – Coletiva BT
▪ PT.DT.PDN.03.14.014:2016 – Individual BT
3. Dados para Elaboração do Projeto i.28
Prof. Welton Duque
3.1 Condições de fornecimento de energia
Condições de
suprimento

Características
funcionais
da indústria
3. Dados para Elaboração do Projeto i.29
Prof. Welton Duque
3.1 Condições de fornecimento de energia

A concessionária local é responsável por fornecer as


seguintes informações:

▪ Tensão de fornecimento
▪ Garantia de suprimento satisfatório da carga
▪ Variação da tensão de suprimento admissível (∆V%)
▪ Tipo de sistema: radial, interligado, anel, etc.
▪ Capacidade de curto-circuito (atual e futura)
▪ Impedância no ponto de suprimento
3. Dados para Elaboração do Projeto i.30
Prof. Welton Duque
3.1 Condições de fornecimento de energia
Pedido de Fornecimento (EDP Escelsa)
Fonte: Norma PT.DT.PDN.03.14.001 - Individual AT 15kv
"Ato voluntário do interessado na prestação do
serviço público de fornecimento de energia, ou
conexão e uso do sistema elétrico da
Concessionária, segundo disposto nos Padrões e
respectivos contratos, efetivado pela alteração
de titularidade de unidade consumidora que
permanecer ligada ou ainda por sua ligação,
quer seja nova ou existente."
3. Dados para Elaboração do Projeto i.31
Prof. Welton Duque
3.2 Características das Cargas
APARELHOS DE UTILIZAÇÃO MOTORES
• Casas, prédios, hotéis, flats, comércio, • Potência, tensão, corrente nominal e de
área administrativa, escritórios, etc. partida, frequência e fator de potência
• Ambientes: Salas, banheiros, cozinha, • Rendimento, número de polos, número de
varandas, áreas externas, etc. fases, ligações possíveis
• Iluminação, tomadas, ar-condicionado, • Regime de funcionamento
chuveiros, eletrodomésticos em geral
• Potência VA por grupos e tipos de pontos

CARGAS ESPECIAIS
• Exigem estudos específicos para o projeto
• Requerem circuitos alimentadores e até
transformadores exclusivos
• Exemplos: Aparelhos de raio X, máquinas
de solda, fornos a arco voltaico e indução,
retificadores, equipamentos de eletrólise,
pontes rolantes, etc.
3. Dados para Elaboração do Projeto i.32
Prof. Welton Duque
3.2 Características das Cargas
Tipos de Equipamentos industriais (COTRIM, 2009):
✓Força motriz: Compressores, ventiladores, bombas,
guindastes, elevadores, pontes rolantes, pórticos,
correias transportadoras, etc.
✓Máquina-ferramenta: tornos, fresas, serras, etc.
✓Fornos elétricos: arco voltaico, resistência e indução
✓Caldeiras elétricas: a resistência e de eletrodo
✓Solda elétrica: eletrodos ou ponto-a-ponto
✓Motores industriais: 2 cv < Pmotor ≤ 200 cv
✓Motores residenciais: Pmotor ≤ 2 cv (1,5 kW)
3. Dados para Elaboração do Projeto i.33
Prof. Welton Duque
3.2 Características das Cargas
✓Potência nominal
✓Tensão nominal
✓Corrente nominal
✓Correntes de partida
✓Fator de potência
✓Número de Fases
✓Frequência
✓Rendimento
✓Regimes de funcionamento
4. Concepção do Projeto i.34
Prof. Welton Duque

▪ 4.1 Divisão das cargas em blocos


setores de
produção
▪ 4.2 Localização dos QD Terminais (QDL, QDF, CCM)
Quadros Terminais:
- no centro de carga
- próximo ao alimentador
▪ 4.3 Localização do QDG (ou QGF)
Quadro Distribuição Geral
- Dentro da Subestação

▪ 4.4 Localização das Subestações (SE)


Alimentação de setores ou
prédios com cargas elevadas
▪ 4.5 Definição dos sistemas
4. Concepção do Projeto i.35
Prof. Welton Duque
4.1 Divisão da carga em blocos
▪ Baseada na planta baixa e no arranjo físico (leiaute
de disposição das máquinas e setores individuais)
▪ Avaliar e agrupar blocos por setores de produção e
quedas de tensão (∆V%) de cada bloco
▪ Um setor com grande carga (kW) ou dimensões
(m2) pode ser subdividido em dois blocos
▪ Pode-se agrupar vários setores em único bloco,
desde que a ∆V% fique dentro do limite permitido
▪ Setores em recintos fisicamente isolados = 1 bloco
▪ Processo iterativo: pode demandar novas
redistribuições durante o agrupamento por blocos
4. Concepção do Projeto i.36
Prof. Welton Duque
4.1 Divisão da carga em blocos
▪ Limites admissíveis de quedas de tensão (∆V%)
4. Concepção do Projeto i.37
Prof. Welton Duque
4.1 Divisão da carga em blocos
▪ 1 setor = 1 bloco: planta baixa e arranjo físico
▪ 1 bloco = 1 QD: proteção e alimentação próprios
No exemplo ao lado,
uma função" de
produção" pode estar
concentrada em um
único QD.

Ou, agrupamentos de
funções em um QD. A
decisão é tomada em
função da carga total
concentrada no bloco,
nas quedas de tensão,
leiaute físico e nas
distâncias entres as
máquinas.
4. Concepção do Projeto i.38
Prof. Welton Duque
4.2 Localização dos QD's Terminais
▪ Buscar posicionar os QDs Terminais (QDL, QDF,
CCM) no centro (baricentro) de carga do setor
▪ Próximos aos seus respectivos circuitos
alimentadores (provenientes dos QDG's)
▪ Trade-off entre o comprimento dos circuitos
alimentadores e dos circuitos terminais
▪ Afastados da passagem de funcionários
▪ Em ambientes bem iluminados, de temperatura
adequada e de fácil acesso
▪ Evitar locais sujeitos a trepidações, inundações ou
de atmosferas explosivas
4. Concepção do Projeto i.39
Prof. Welton Duque
4.2 Localização dos QD's Terminais
▪ Prever reservas de capacidade
▪ Espaço para disjuntores reservas
▪ Folga em dutos para instalação de circuitos reservas
▪ Circuitos separados para Luz e Força (2 para Luz)
▪ Balanceamento de cargas entre as fases
▪ Circuitos individuais para I ≥ 10 A
▪ Comprimento máximo dos circuitos = 30 m
4. Concepção do Projeto i.40
Prof. Welton Duque
4.3 Localização do QDG
▪ QDG: Quadro de Distribuição Geral
▪ Também conhecido como QGF (Quadro Geral de Força)
▪ De preferência, localizá-lo dentro da Subestação ou em
área contígua a esta, próximos aos Trafos (AT→BT)
▪ Seccionamento, proteção e medição dos alimentadores
4. Concepção do Projeto i.41
Prof. Welton Duque
4.4 Localização das Subestações (SE)
▪ Definida pela disposição arquitetônica das áreas físicas e
por quesitos de segurança dos setores de produção
▪ Cabines de medição: mais próximas possível à via pública
▪ Calcular o centro de carga em relação à demanda das SE
▪ PPG: Local de onde partem os alimentadores primários

Posto de Proteção Geral


4. Concepção do Projeto i.42
Baricentro de Carga em função da demanda: Prof. Welton Duque

BC = Baricentro de Carga

BC 90 BC

236
X1 P1 + X2 P2 + X3 P3 + X4 P4 + X5 P5 Y1 P1 + Y2 P2 + Y3 P3 + Y4 P4 + Y5 P5
X= Y=
P1 + P2 + P3 + P4 + P5 P1 + P2 + P3 + P4 + P5
60 ∗ 225 + 150 ∗ 500 + 200 ∗ 750 + 320 ∗ 300 + 320 ∗ 1000
X= ∴ 𝐗 = 𝟐𝟑𝟓, 𝟖𝟔 𝐦
225 + 500 + 750 + 300 + 1000
𝐗 ≅ 𝟐𝟑𝟔 𝐦
150 ∗ 225 + 60 ∗ 500 + 150 ∗ 750 + 110 ∗ 300 + 40 ∗ 1000
Y= ∴ 𝐘 = 𝟖𝟗, 𝟖𝟐 𝐦
225 + 500 + 750 + 300 + 1000 𝐘 ≅ 𝟗𝟎 𝐦
As coordenadas X e Y indicam o local mais adequado, sob o
ponto de vista da Demanda (KVA) de cada bloco.
4. Concepção do Projeto i.43
Prof. Welton Duque
4.4 Localização das Subestações (SE)
▪ Trade-off para MENOR CUSTO KVA INSTALADO: (i) número
de subestações, (ii) número de alimentadores 1rios, (iii)
número de alimentadores 2rios

ALIMENTADORES
SECUNDÁRIOS
ALIMENTADORES

(devido ao Trafo)
CUSTO do KVA
SUBESTAÇÕES
Restrições: limites de (∆V%),

NÚMERO de

PRIMÁRIOS

INSTALADO
comprimento dos condutores,
aspectos logísticos dos setores, etc.
POTÊNCIA de 1
SUBESTAÇÃO

CUSTO do KVA
SUBESTAÇÕES
NÚMERO de

INSTALADO

(devido ao Cobre)
ALIMENTADORES
SUBESTAÇÕES
NÚMERO de

CUSTO do KVA
SECUNDÁRIOS

INSTALADO
Estudos práticos: SE com
potência entre 750 e 1.000 KVA
4. Concepção do Projeto i.44
Prof. Welton Duque
4.5 Definição dos sistemas
Circuitos Principais (1ª hierarquia)
▪ PPG: Posto de Proteção Geral (próx. à via pública)
▪ PPG's alimentam as SUBESTAÇÕES
Circuitos Divisionários (hierarquias intermediárias)
▪ QGF: Quadro Geral de Força
▪ Alimentam os QDL, QDF e CCM (circuitos terminais)
Circuitos Terminais (último nível das distribuições)
▪ QDL: Quadro de Distribuição de Luz
▪ QDF: Quadro de Distribuição de Força
▪ QDFL: Quadro de Distribuição de Força e Luz
▪ CCM: Centro de Comando de Motores
▪ Alimentam as cargas de uso
4. Concepção do Projeto i.45
Prof. Welton Duque
Distribuição radial

QGF ou
QDG

QDL

CCM
Fonte: COTRIM (2009, p. 17)
4. Concepção do Projeto i.46
Prof. Welton Duque
4.5 Definição dos sistemas de suprimento
▪ Sistema Radial Simples (fluxo único: fonte → carga)
Sistema
Primário de
Suprimento
(concessionária)

Sistema
Primário de
Distribuição
Interna
(indústria)
4. Concepção do Projeto i.47
Prof. Welton Duque
4.5 Definição dos sistemas de suprimento
▪ Sistema Radial com Recurso (fluxos configuráveis)
Chaves interpostas
Sistema
Primário de
Suprimento
(concessionária)

Sistema
Primário de
Distribuição
Interna
(indústria)
4. Concepção do Projeto i.48
Prof. Welton Duque
4.5 Definição dos sistemas de suprimento
▪ Sistemas Secundários de Distribuição Interna
Subestação Alimentadores

circuitos terminais
de motores

Circuitos Terminais para Motores: de preferência individuais,


devem ter dispositivos para seccionamento, proteção contra
curto-circuitos, comandos de partida, proteção individual
contra sobrecargas.
4. Concepção do Projeto i.49
Prof. Welton Duque
4.5 Definição dos sistemas de suprimento
✓Circuitos terminais de motores
Da proteção
ao ponto de Seccionamento
utilização na origem: desliga
o motor e o circuito
de comando

✓Circuitos de distribuição
Proteção na origem, Do QGF aos
seccionamento
antes da proteção CCM e QDL
5. Influências externas i.50
Prof. Welton Duque
Classificação das Influências externas
▪ A NBR 5410 define uma codificação das influências
externas que devem ser consideradas na concepção e na
execução das instalações elétricas
▪ Cada influência é formadas por um grupo de duas letras e
um número:
▪ 1a letra = categoria geral da influência externa:
▪ A = meio ambiente;
▪ B = utilização;
▪ C = construção das edificações
▪ 2a letra = natureza da influência externa (A, B, C, etc.)
▪ 3o número = classe de cada influência externa

O projetista deve sempre considerar as particularidades das


influências externas do ambiente em que a instalação elétrica
está inserida.
5. Influências externas
Item 4.2.6 da NBR 5410:2004 i.51
Prof. Welton Duque

• Temperatura e condições climáticas do ambiente


• Altitude
• Presença de água e de corpos sólidos
• Presença de substâncias corrosivas ou poluentes
• Solicitações mecânicas
• Presença de fauna, flora e mofo
• Influências eletromagnéticas, eletrostáticas ou ionizantes
• Radiação solar
• Descargas atmosféricas
• Movimentação do ar e vento
• Competência das pessoas
• Resistência elétrica do corpo humano
• Contato de pessoas com potencial de terra
• Condições de fuga das pessoas em emergências
• Natureza dos materiais processados ou armazenados
• Materiais de construção e estrutura das edificações
5. Influências externas i.52
Prof. Welton Duque
Influencia o dimensionamento de componentes de um circuito
Temperatura ambiente
(dispositivos, eletrodutos, cabos, etc.). É a temperatura no local de
instalação, que inclui a influência de outros componentes instalados
no local e exclui a influência do próprio componente considerado

𝐓𝐚𝐦𝐛𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐢𝐝𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 = 𝐓𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐥𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐧𝐞𝐧𝐭𝐞


5. Influências externas
Altitude e condições climáticas i.53
Prof. Welton Duque
5. Influências externas
Presença de água i.54
Prof. Welton Duque
5. Influências externas
Presença de corpos sólidos i.55
Prof. Welton Duque
5. Influências externas i.56
Prof. Welton Duque
Presença de substâncias corrosivas ou poluentes
5. Influências externas i.57
Prof. Welton Duque

Solicitações mecânicas (impactos e vibrações)


5. Influências externas i.58
Prof. Welton Duque
Radiações solares

Descargas atmosféricas
5. Influências externas i.59
Prof. Welton Duque
Resistência elétrica do corpo humano
5. Influências externas i.60
Prof. Welton Duque
Resistência elétrica do corpo humano
▪ A resistência depende da trajetória da corrente
elétrica que passa pelo corpo humano
5. Influências externas i.61
Prof. Welton Duque
Resistência elétrica do corpo humano
▪ A resistência depende da trajetória da corrente
elétrica que passa pelo corpo humano
5. Influências externas i.62
Prof. Welton Duque
Contato de pessoas com potencial de terra
6. Graus de Proteção i.63
▪ Indicam a proteção dos invólucros metálicos dos
Prof. Welton Duque

equipamentos quanto à entrada de corpos sólidos à


entrada de líquidos, por orifícios, junções, etc.
▪ A norma IEC 60.529:2005 especifica os graus de
proteção através de um código composto pelas
letras IP, seguidas de dois dígitos: IP<díg1><díg2>
▪ Exemplos: IP54, IP23, IPX7, etc.

SÓLIDOS LÍQUIDOS

Obs.: Quando um
dos dígitos não for
requerido, ele pode
ser substituído pela
letra “X”
6. Graus de Proteção i.64
Prof. Welton Duque
6. Graus de Proteção i.65
▪ Um equipamento elétrico deve prever todos os
Prof. Welton Duque

riscos que ele pode causar às pessoas, e todos os


danos que pode sofrer por influências externas dos
locais em que será instalado
▪ Ao ser instalado, operado ou manutenido, o
equipamento deve manter todas as características
que lhe conferem o grau de proteção original de
fábrica, para que ele não perca as suas funções e
garanta a segurança das pessoas
▪ Exemplo: Conforme a ABNT NBR 15129:2012 -
Luminárias para iluminação pública, as luminárias
devem ter um grau de proteção mínimo IP55 para
o compartimento ótico e IP33 para o seu
alojamento
6. Graus de Proteção i.66
Prof. Welton Duque

▪ Com o intuito de obter economias de escala, alguns


fabricantes padronizam e fabricam seus invólucros
metálicos para graus de proteção fixos, sendo os
mais comuns o IP54 e o IP23

Ambiente Código Proteção contra


• Acúmulo de poeira prejudicial ao equipamento
Externo IP54
• Respingos de água em todas as direções
• Entrada de corpos estranhos > 12 mm
Interno IP23
• Água de chuva até 60o de inclinação na vertical
7. Proteção contra Riscos de Incêndio i.67
Prof. Welton Duque
e Explosão
▪ Aplicação de Normas de segurança (Ex: NR10)
▪ Manter disponíveis os diagramas unifilares das IEI e
as especificações do sistema de aterramento
▪ Prontuários atualizados das IEI à
disposição dos trabalhadores
▪ Recursos de travamento e
sinalização da posição desligado
▪ Memorial descritivo indicando
restrições, procedimentos,
proteções contra choques, etc.
▪ Usar proteções complementares:
alarmes, seccionamento
automático, etc.
7. Proteção contra Riscos de Incêndio i.68
Prof. Welton Duque
e Explosão (NR 10)
Cinco passos sequenciais para a desenergização e trabalho
seguro, em uma instalação elétrica:
1. Desligar (Seccionar) o circuito/equipamento
2. Travar o dispositivo de seccionamento
3. Verificar a ausência de tensão
4. Instalar o aterramento temporário
5. Sinalizar o local de trabalho (EPC)
Ao terminar o serviço (manutenção, ampliação, testes, etc.),
executar os passos na ordem abaixo:
1. Obter a autorização para reenergizar
2. Retirar as ferramentas e utensílios de apoio
3. Retirar trabalhadores da área controlada
4. Remover sinalizações (EPC) e aterramento
5. Destravar e Religar o dispositivo de seccionamento
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.69
Prof. Welton Duque
8.1 Fatores de Projeto Elétrico
▪ Para a realizar um projeto elétrico industrial
(PEI), é necessário a aplicação dos fatores de
projeto, a saber:

Fd – Fator de Demanda
Fc – Fator de Carga
Fp – Fator de Perda
Fs – Fator de Simultaneidade
Fu – Fator de Utilização
Fe – Fator de Expansão Futura
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.70
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ É a relação entre a demanda máxima do sistema e
a potência instalada (carga total conectada)
▪ Numerador e denominador são em kW ou KVA
▪ Obtido em tabelas com os tipos de cargas e de
instalações (residencial, comercial, industrial)
▪ Define a potência total de um QDF, QDL ou CCM

Dmáx
Fd =
Pinst
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.71
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Grupo de motores (Indústrias de grande porte)

▪ Grupo de motores (Indústrias de pequeno porte)


8. Formulação de um Projeto Elétrico i.72
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Grupos de outros aparelhos industriais

▪ Em circuitos terminais contendo apenas um motor, usar um Fator de


Partida de 1,25. E só depois disso é que se aplica o fator de demanda.
▪ Em circuitos com mais de 1 motor, usar o fator de partida apenas para o
maior motor.
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.73
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Iluminação e TUG (apartamentos residenciais)
Descrição Fator de Demanda (%)
Residências e 100% para os primeiros 10 kW (0 < Pinst ≤ 10)
apartamento 35% para os seguintes 110 kW (10 < Pinst ≤ 120)
s residenciais 25% para o que exceder a 120 kW (Pinst> 120)
▪ Neste tipo de tabela, a aplicação do Fd ocorre em
"fatias" de intervalos da potência instalada
kW→ 0 Fd = 1 10 Fd = 0,35 120 Fd = 0,25
(0 < Pinst ≤ 10) (10 < Pinst ≤ 120) (Pinst> 120)

Exemplo: Uma instalação com 278 kW de potência instalada para TUG's


e Iluminação terá a seguinte demanda máxima para estes componentes:
Dmáx = 1*10 + 0,35*110 + 0,25*158 = 88 kW
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.74
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Iluminação e TUG (comercial ou industrial)
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.75
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Condicionadores de ar (residencial e comercial)
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.76
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Condicionadores de ar (industrial) - janela, split, k7

▪ Condicionadores de ar (industrial) - equipamento


central, fan coil, self container e similares
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.77
Prof. Welton Duque

1.8.1 Fator de
Demanda – Fd
▪ Equipamentos
de uso
residencial
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.78
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd

▪ 4.2.1.1.1 - A determinação da potência de alimentação é


essencial para a concepção econômica e segura de uma
instalação, dentro de limites adequados de elevação de
temperatura e de queda de tensão
▪ 4.2.1.1.2 - Na determinação da potência de alimentação
de uma instalação ou de parte de uma instalação devem
ser computados os equipamentos de utilização a serem
alimentados, com suas respectivas potências nominais e,
em seguida, consideradas as possibilidades de não-
simultaneidade de funcionamento destes equipamentos,
bem como capacidade de reserva para futuras ampliações
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.79
Prof. Welton Duque
1.8.1 Fator de Demanda – Fd
▪ Equipamentos eletrodomésticos e de aquecimento
para uso comercial ou industrial
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.80
Prof. Welton Duque
1.8.2 Fator de Carga – Fc
▪ É a razão entre a demanda média (kW), durante um
intervalo de tempo, e a demanda máxima (kW)
deste mesmo intervalo considerado
𝐷𝑚é𝑑
𝐹𝑐 =
𝐷𝑚á𝑥
𝐶𝑘𝑊ℎ
𝐹𝑐.𝑚ê𝑠 =
730 ∗ 𝐷𝑚á𝑥
730 = número de horas de
um mês = 365*24/12

▪ Dméd – demanda média do período (é a integral da curva de carga)


▪ Dmáx – demanda máxima do sistema, para o mesmo período
▪ CkWh – consumo de energia do período (usualmente mensal)
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.81
Prof. Welton Duque
Exemplos Fatores de Demanda (Fd) e Carga (Fc)
𝐷𝑚á𝑥 480
𝐹𝑑 = = = 0,64
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 750

𝐷𝑚é𝑑 288
𝐹𝑐 = = = 0,60
𝐷𝑚á𝑥 480

Supondo que o último consumo mensal da instalação acima


tenha sido de CkWh= 183.788 kWh e que a maior demanda
registrada no mês foi a indicada no gráfico (480 kW):
𝐶𝑘𝑊ℎ 183.788
𝐹𝑐.𝑚ê𝑠 = = = 0,53
730 ∗ 𝐷𝑚á𝑥 730 ∗ 480
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.82
Prof. Welton Duque
1.8.2 Fator de Carga – Fc
▪ Melhorar o Fator de Carga é fonte de economias
▪ Melhorar o Fc significa aumentá-lo!
▪ Uso racional e econômico da energia elétrica
𝐶𝑘𝑊ℎ ➢ Conservar o consumo e reduzir a demanda
𝐹𝑐.𝑚ê𝑠 =
730 ∗ 𝐷𝑚á𝑥 ➢ Aumentar o consumo e conservar a demanda

100.000 100.000
𝐹𝐶1.𝑚ê𝑠 = = 0,41 𝐹𝐶2.𝑚ê𝑠 = = 0,80
730 ∗ 330 730 ∗ 171
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.83
Prof. Welton Duque
1.8.2 Fator de Carga – Fc
Preço médio da energia elétrica (industrial):
TD TD: Tarifa de Demanda [R$/kW]
P [R$/kWh] = + TC
Fc.mês ∗ 730 TC: Tarifa de Consumo [R$/kWh]
Exemplo:
Suponha TD = R$ 15,22 R$/kW e TC = R$ 0,22399 R$/kWh
15,22
𝐹𝐶1.𝑚ê𝑠 = 0,41 . : P [R$/kWh] = + 0,22399 = 0,27484 R$/kWh
0,41 ∗ 730
15,22
𝐹𝐶2.𝑚ê𝑠 = 0,80 . : P [R$/kWh] = + 0,22399 = 0,25005 R$/kWh
0,80 ∗ 730
Exemplo: Suponha Consumo mensal igual a 100.000 kWh/mês:
Economia = 100.000*(0,27484 – 0,25005) = 2.479 R$/mês = 29.748 R$/ano
Eco% = (0,27484 – 0,25005)/0,27484 = 9,02% de economia sobre cada kWh
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.84
Prof. Welton Duque
1.8.3 Fator de Perda – Fp
▪ É a relação entre a perda de potência na demanda
média e a perda de potência na demanda máxima,
dentro de um intervalo de tempo especificado,
dada pela fórmula abaixo:

2
𝐹𝑝 = 0,30 ∗ 𝐹𝑐 + 0,70 ∗ 𝐹𝑐
OU

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎 𝐷𝑚é𝑑


𝐹𝑝 =
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎 𝐷𝑚á𝑥
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.85
Prof. Welton Duque
1.8.4 Fator de Simultaneidade – Fs
▪ É a relação entre a demanda máxima de vários
grupos de aparelhos operando simultaneamente,
pela soma das demandas máximas individuais de
cada grupo, dentro de um intervalo de tempo
▪ Obtido por meio de dados empíricos
▪ É aplicado sobre vários grupos de aparelhos (nunca
sobre um grupo isolado (lembre-se de que há o Fd)
▪ Define a potência dos quadros gerais de força (QGF)

𝐷𝑚á𝑥. 𝑠𝑖𝑚𝑢𝑙𝑡â𝑛𝑒𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜𝑠


𝐹𝑠 =
σ 𝐷𝑚á𝑥. 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.86
Prof. Welton Duque
1.8.4 Fator de Diversidade
▪ Trata-se, simplesmente, do valor inverso (recíproco)
do Fator de Simultaneidade
▪ Em nossos estudos e exercícios, utilizaremos apenas
o Fator de Simultaneidade

1
FDiversidade =
FSimultaneidade
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.87
Prof. Welton Duque
1.8.5 Fator de Utilização – Fu
▪ É o fator aplicado à potência nominal do aparelho isolado,
para se obter a sua potência média real absorvida nas
condições de utilização
▪ Pode-se adotar 0,75 para motores e 1,00 para iluminação,
ar-condicionado e aparelhos de aquecimento
▪ Deve ser obtido por meio das especificações técnicas do
aparelho (melhor) ou tabelas (pior)
𝑃𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑙ℎ𝑜
𝐹𝑢 =
𝑃𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑙ℎ𝑜
▪ Sua aplicação exige um perfeito conhecimento do
equipamento e de suas condições de uso
▪ Importante destacar que, se mal aplicado, poderá conduzir
ao subdimensionamento de circuitos
▪ Seu uso foi eliminado da NBR 5410, após a versão de 1980
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.88
Prof. Welton Duque
1.8.5 Fator de Utilização – Fu
▪ Aparelhos diversos (industriais)

Aparelhos Fator de utilização típico


Fornos à resistência 1,00
Secadores, caldeiras, etc. 1,00
Fornos de indução 1,00
Motores de ¾ a 2,5 CV 0,70
Motores de 3 a 15 CV 0,83
Motores de 20 a 40 CV 0,85
Motores acima de 40 CV 0,87
Soldadores 1,00
Retificadores 1,00
Iluminação 1,00
Máquinas de Ar-condicionado 1,00
Equipamentos de Aquecimento 1,00
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.89
Prof. Welton Duque
1.8.6 Fator de Expansão Futura – Fe
▪ É o fator aplicado à demanda máxima calculada no
projeto, com o objetivo de permitir o aumento
futuro de cargas das instalações elétricas
▪ Interfere no cálculo dos disjuntores, seccionadores,
fusíveis, condutores, transformadores, etc.
▪ Mas, não será usado, no início da operação da
planta industrial, para a contratação da demanda
junto à concessionária
▪ Na falta de dados, adotar
entre 20% (1,2) e 30%
(1,3) de aumento futuro
da carga
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.90
Fator de Prof. Welton Duque
Demanda Máxima da Instalação
L1
Simultaneidade QDL1 Fator de Demanda
(Entre diferentes L2
grupos de cargas)
TUG1
FS(a1) TUG2 Fator de Demanda
FS(b)
QDF1 TUGN
QGF1
ARCON1
FS(a2) Fator de Demanda
ARCON2

M1 Fator de
Utilização
SE CCM1 M2 Fator de Fator de
Utilização Demanda
M3 Fator de
Utilização
QDF2
FORNO
ARCO1
QGF2 QDF3 Fator de Demanda
FORNO
ARCO2
QGFN CCM2
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.91
Prof. Welton Duque
Cálculo da Demanda Máxima da Instalação
Se não conhecido, Obtido a
AD Carga = 𝐏 𝐍𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 ∗ 𝐅𝐔𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚çã𝐨 adotar valor = 1 partir de
tabelas
individual 𝐝𝐚 𝐂𝐚𝐫𝐠𝐚 padrão

BD Conjunto de = ෍D Cargas ∗ 𝐅𝐃𝐞𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚


cargas idênticas individuais
idênticas

C D Quadro = ෍ D Conjuntos de
Terminal cargas idênticas
✓ obtido por meio de dados empíricos
✓ se não for conhecido, adotar FS(a) = 1

D DQuadro = ෍ D Quadros ∗ FSimultaneidade (a)


Geral Terminais continua...
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.92
Prof. Welton Duque
Cálculo da Demanda Máxima da Instalação

E DMáxima da = ෍ DQuadros ∗ FSimultaneidade (b)


Instalação Gerais
(PEI)
✓ Usada para a contratação da ✓ obtido por meio de dados empíricos
Demanda [kW] de energia ✓ se não for conhecido, adotar FS(b) = 1
junto à Concessionária ✓ mais complexo de ser definido que o FS(a)
- Se não for informado,
adotar valores entre
1,2 e 1,3
F DFutura = DMáxima da ∗ 𝐅𝐞𝐱𝐩𝐚𝐧𝐬ã𝐨 - Algum valor deverá
Instalação 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚 ser adotado sempre
(PEI)
Usada para o dimensionamento das capacidades de:
✓ Ramal de ligação, ramal de entrada, transformador e chaves seccionadoras
✓ Condutos e circuitos de distribuição (alimentadores) principal e divisionários
✓ Disjuntores gerais e fusíveis da Entrada, dos QGF's, QDFL's e CCM's
✓ Disjuntores de saída dos circuitos alimentadores na SE e nos QGF's
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.93
Prof. Welton Duque
Demanda de grupos de aparelhos
Demanda de Grupo de Motores [kVA] Outros grupos de cargas [kVA]
Nm . PN . 0,736. FU . FD Nc . PC . FU . FD
Dmot = Dgrupo =
𝛈%. cos φ 𝛈%. cos φ
Dmot – Demanda total do grupo [kVA] Dgrupo – Demanda total do grupo [kVA]
Nm – Número de motores do grupo NC – Quantidade de cargas no grupo
PN – Potência nominal de um motor [CV] PC – Potência da carga [kW]
1 CV = 735,5 W / 1 HP = 745,7 W FU – Fator de utilização de uma carga
FU – Fator de utilização do motor FD – Fator de demanda do grupo
FD – Fator de demanda do grupo cos 𝜑 – Fator de potência de uma carga
𝜼 – Rendimento do motor (%)
cos 𝜑 – Fator de potência do motor
Demanda de Iluminação [kVA]
NL . PTLR . FD
Dilum =
1.000
Dilum – Demanda total de iluminação [kVA]
NL – Quantidade de lâmpadas (por cada tipo)
PTLR – Potência total (lâmpada+reator) [VA]
FD – Fator de demanda (por faixas de KVA)
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.94
Demanda de Lâmpadas de Descarga Prof. Welton Duque

▪ São lâmpadas de alta potência e elevado fluxo luminoso,


usadas apenas para fins industriais e comerciais
▪ Tipos: Vapor de Mercúrio, Vapor de Sódio e Multivapores
Metálicos (de alta e de baixa pressão)
▪ Requerem o uso de reatores e ignitores de partida, que
geram baixo fator de potência e correntes harmônicas
▪ O cálculo de potência destas lâmpadas (conjunto lâmpada
+ reatores/ignitores) é bem específico (MAMEDE FILHO, 2017):
Ângulo do fator de potência
2
Pnl + Per 2
conforme o tipo de reator:
PTLR = + Per ∗ tan 𝛼 𝟎 Eletrônico Eletromag-
𝜼% Ângulo 𝜶 nético

PTLR – Potência total do conjunto (lâmpada+reator) em [VA] Compensado 140 230


Pnl – Potência Nominal da Lâmpada em [W]
Per – Perda ôhmica de potência do Reator em [W] Não-
𝜼% – Rendimento do conjunto lâmpada+reator = 85% Compensado 600 660
𝜶𝟎 – Ângulo do fator de potência do Reator/Ignitor
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.95
Prof. Welton Duque

Cargas
nominais de
aparelhos em
geral
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.96
Prof. Welton Duque
Cargas nominais de condicionadores de ar
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.97
Prof. Welton Duque
Potências de motores elétricos monofásicos
Motores assíncronos trifásicos Prof. Welton Duque
i.98
Exercício i.99
Prof. Welton Duque
Considere a planta industrial e os respectivos
dados das cargas instaladas, para determinar a
demanda trifásica do CCM1, CCM2, QDL, QGF e
TRAFO da subestação. Os motores são de indução,
com rotor em gaiola e IV polos. Aplique os
corretos fatores de projeto, rendimentos e demais
informações abaixo:
- Motores: FD, FU, FP (cos φ) e ƞ% (conforme tabela de motores fornecida)
- Iluminação e TUG: Aplicar FD de Escritório, conforme tabela fornecida
- TUE: Usar FD de aparelhos de aquecimento para uso comercial ou industrial
- Fator de Simultaneidade entre o QDL, CCM1 e CCM2 = 0,90
- Fator de Expansão Futura = 1,25
Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação
Administração Lâmp. Fluorescente 380 32 Reator eletrônico não compensado, perda 8W
Administração TUG monofásica 140 Aplicar FD de Escritório
CCM1 Motor (1) 75 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
CCM2 Motor (2) 30 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
CCM2 Motor (3) 50 CV 05 Consultar dados da tabela de motores
Salão Industrial Lâmp. a Vapor Metál. 120 400 Reator eletromag. compensado, perda 26W
Salão Industrial Lâmp. Dicroica 40 150 Lâmpadas incandescentes
Salão Industrial TUG monofásica 40 Aplicar FD de Escritório
Salão Industrial TUE trifásica 10 Capacidade de 30 A por tomada
Subestação Lâmp. Fluorescente 12 32 Reator eletrônico não compensado, perda 8W
Subestação TUG monofásica 5 Aplicar FD de Escritório
Solução: Demanda dos motores M1 i.100
Prof. Welton Duque
Nm . PN . 0,736. FU . FD
DM1 = [kVA]
𝛈%. cos φ
10 ∗ 75 ∗ 0,736 ∗ 0,87 ∗ 0,65
DM1 =
0,92 ∗ 0,86
DM1 = 394,55 kVA
DM1 = 394,55 kVA

DM1 = 394,55 kVA

Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação


CCM1 Motor (1) 75 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
Solução: Demanda dos motores M2 i.101
Prof. Welton Duque
Nm . PN . 0,736. FU . FD
DM2 = [kVA]
𝛈%. cos φ
10 ∗ 30 ∗ 0,736 ∗ 0,85 ∗ 0,65 DM2 = 163,31
DM2 =
0,90 ∗ 0,83
DM1 = 394,55
DM2 = 163,31 kVA

DM2 = 163,31 kVA


DM1 = 394,55 kVA

Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação


CCM2 Motor (2) 30 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
Solução: Demanda dos motores M3 i.102
Prof. Welton Duque
Nm . PN . 0,736. FU . FD
DM3 = [kVA]
𝛈%. cos φ
5 ∗ 50 ∗ 0,736 ∗ 0,87 ∗ 0,70 DM2 = 163,31
DM3 =
0,92 ∗ 0,86 DM3 = 141,63
DM1 = 394,55
DM3 = 141,63 kVA

DM3 = 141,63 kVA


DM2 = 163,31 kVA
DM1 = 394,55 kVA

Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação


CCM2 Motor (3) 50 CV 05 Consultar dados da tabela de motores
Solução: Demanda CCM1 e CCM2 i.103
Prof. Welton Duque
DCCM1 = DM1 [kVA]
DCCM1 = 394,55 kVA

DCCM2 = DM2 + DM3 [kVA]


DCCM2 = 163,31 + 141,63 DM2 = 163,31 DM1 = 394,55
DCCM1 = 394,55
DCCM2 = 304,94 kVA DM3 = 141,63

DCCM2 = 304,94

DCCM2 = 304,94 kVA


DCCM1 = 394,55 kVA
DM3 = 141,63 kVA
DM2 = 163,31 kVA
DM1 = 394,55 kVA

Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação


CCM1 Motor (1) 75 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
CCM2 Motor (2) 30 CV 10 Consultar dados da tabela de motores
CCM2 Motor (3) 50 CV 05 Consultar dados da tabela de motores
Solução: Potência de Iluminação (QDL) i.104
PIlum = 85,39 Prof. Welton Duque
2
Pnl + Per 2
PTLR = + Per ∗ tan 𝛼
𝜼%
Pot. da Lâmpada Fluorescente de 32 W:
2 DM2 = 163,31 DM1 = 394,55
32 + 8
PL32 = + 8 ∗ tan 600 2
DM3 = 141,63
0,85
∴ PL32 = 49,06 VA DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55

Pot. da Lâmpadas a Vapor de 400 W:


2
400 + 26
PL400 = + 26 ∗ tan 230 2
0,85
∴ PL400 = 501,30 VA

Pot. da Lâmpada Dicroica:


PDIC = 150 W = 150 VA (cos φ=1) ∴ PDIC = 150 VA

Pot. Instalada Total de Iluminação:


PIlum = [49,06 ∗ 380 + 12 + 501,3 ∗ 120 + 150 ∗ 40 ∴ PIlum = 85,39 kVA
Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação
Administração Lâmp. Fluorescente 380 32 Reator eletrônico não compensado, perda 8W
Salão Industrial Lâmp. a Vapor Metál. 120 400 Reator eletromag. compensado, perda 26W
Salão Industrial Lâmp. Dicroica 40 150 Lâmpadas incandescentes
Subestação Lâmp. Fluorescente 12 32 Reator eletrônico não compensado, perda 8W
Solução: Potência de TUG / Demanda TUG+ILUM i.105
PIlum = 85,39 Prof. Welton Duque
DTUG+ILU = PTUG Instal + PILUM ∗ FD [kVA]
Fator de Demanda por faixas de KVA (tabela) DTUG+ILU = 91,67

Pot. TUG área industrial → PTUG = 200 VA:


PTUG Instal = 200 ∗ (140 + 40 + 5) DM2 = 163,31 DM1 = 394,55

PTUG Instal = 37 kVA DM3 = 141,63


DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55
Potência instalada de TUG + Iluminação:
PTUG+ILU = 37,00 + 85,39 = 122,39 kVA

Demanda de TUG + Iluminação:


Usando-se "Escritórios" da tabela:
DTUG+ILU = 1 ∗ 20 + 0,7 ∗ 102,39
DTUG+ILU = 91,67 kVA

DTUG+ILU = 91,67 kVA


Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação
Administração TUG monofásica 140 Aplicar FD de Escritório
Salão Industrial TUG monofásica 40 Aplicar FD de Escritório
Subestação TUG monofásica 5 Aplicar FD de Escritório
Salão Industrial TUE trifásica 10 Capacidade de 30 A por tomada
Solução: Potências de TUG e TUE (QDL) i.106
Prof. Welton Duque
DTUE = NTUE ∗ FD [kVA]
FD retirado da tabela de aparelhos industriais DTUG+ILU = 91,67
DTUE3∅ = 102,68
Potência instalada de TUE trifásica de 30 A:
PTUE3∅ = 3 ∗ VL ∗ IL = 19,75 kVA DM1 = 394,55
DM2 = 163,31
PTUE3∅ = 3 ∗ 380 ∗ 30 = 19,75 kVA
DM3 = 141,63
PTUE3∅ Instal = 10 ∗ 19,75 = 197,45 kVA DCCM1 = 394,55
DCCM2 = 304,94

Demanda das TUE's:


DTUE3∅ = PTUE3∅ Instal ∗ 0,52
DTUE3∅ = 197,45 ∗ 0,52
DTUE3∅ = 102,68 kVA

DTUE3∅ = 102,68 kVA


DTUG+ILU = 91,67 kVA
Setor/Bloco Carga Qtd P[W] P[VA] FP Observação
Administração TUG monofásica 140 Aplicar FD de Escritório
Salão Industrial TUG monofásica 40 Aplicar FD de Escritório
Subestação TUG monofásica 5 Aplicar FD de Escritório
Salão Industrial TUE trifásica 10 Capacidade de 30 A por tomada
Demanda Total / Fator de Expansão / Trafo i.107
Demanda Total do QDL: Prof. Welton Duque

DQDL = DTUG+ILU + DTUE3∅


DQDL = 194,35 DQGF = 804,44
DQDL = 91,67 + 102,68
PTRAFO = 1.000
DQDL = 194,35 kVA
Demanda Total do QGF: DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55
DQGF = DCCM1 + DCCM2 + DQDL ∗ FS
Fator de Simultaneidade = 0,90 (empírico)
DQGF = 394,55 + 304,94 + 194,35 ∗ 0,9 = 893,82 ∗ 0,9
DQGF = 804,44 kVA
Potência do TRAFO:
Fator de Expansão Futura: PTRAFO ≥ DFUTURA
Fator de Expansão Futura = 1,25
DFUTURA = 1,25 ∗ 804,44 kVA PTRAFO ≥ 1.005,55 kVA
DFUTURA = 1.005,55 kVA PTRAFO ≅ 1.000 kVA
A decisão sobre o TRAFO que será efetivamente adquirido envolve um
trade-off entre custo e segurança. Neste exemplo, teríamos:
- Comprar 1 TRAFO de 1000 kVA = menor segurança / menor custo
- Comprar 2 TRAFOS de 750 kVA = maior segurança / maior custo
Baricentro de cargas para o QGF i.108
Prof. Welton Duque

DQDL = 194,35 DQGF = 804,44


DQDL = 194,35
PTRAFO = 1.000

DCCM1 = 394,55

𝟐𝟒, 𝟕𝟎 . DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55

DCCM2 = 304,94
𝟓𝟑, 𝟕𝟒
Percebe-se, portanto, que o
baricentro de cargas caiu sobre a
40 ∗ 194,35 + 35 ∗ 304,94 + 75 ∗ 394,55 área ocupada pelos motores M2 e
X= M1. Logo, não foi possível instalar
194,35 + 304,94 + 394,55
o QGF em seu baricentro. Desta
∴ 𝐗 = 𝟓𝟑, 𝟕𝟒 forma, buscou-se um outro melhor
local possível para o QGF, ou
55 ∗ 194,35 + 5 ∗ 304,94 + 25 ∗ 394,55 seja, próximo ao CCM1, que
Y= possui a maior demanda da área
194,35 + 304,94 + 394,55
industrial.
∴ 𝐘 = 𝟐𝟒, 𝟕𝟎
Fator de Demanda Global i.109
• Relação entre a demanda máxima Prof. Welton Duque

prevista e a potência total instalada DQDL = 194,35 DQGF = 804,44

• Numerador e denominador podem PTRAFO = 1.000


ser em kW ou KVA:
DMÁX PN . 736 DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55
Fd = PINST−MOT = [VA]
PTOTAL cos φ
DMÁX = DQGF = 804,44 kVA 804,44
Setor/Bloco Carga Qtd P[VA] unit P[KVA] Total Fd =
Administração Lâmp. Fluorescente 380 49,06 18,64 1.441,68
Administração TUG monofásica 140 200,00 28,00
CCM1 Motor (1) 75 CV 10 69.767,44 641,86
CCM2 Motor (2) 30 CV 10 29.558,23 266,02
CCM2 Motor (3) 50 CV 05 46.511,63 213,95 Fd = 0,5580
Salão Industrial Lâmp. a Vapor Metál. 120 501,30 60,16
Salão Industrial Lâmp. Dicroica 40 150,00 6,00
Salão Industrial TUG monofásica 40 200,00 8,00 Fator de Demanda
Salão Industrial TUE trifásica 10 19.745,38 197,45 global de toda a
Subestação Lâmp. Fluorescente 12 49,06 0,59
Subestação TUG monofásica 5 200,00 1,00
instalação industrial
SUBTOTAL: 1.441,68
Fator de Carga Previsto i.110
Prof. Welton Duque

• Com um Fator de Potência global


DQDL = 194,35 DQGF = 804,44
resultante de 0,8751, a indústria
prevê um consumo mensal de PTRAFO = 1.000

330 MWh
• A partir destes dados, qual é o DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55
Fator de Carga previsto?
CkWh 330.000
Fc.mês = Fc.mês =
730 ∗ Dmáx 730 ∗ 703,96
DMÁX−KVA = 804,44 [kVA]
Fc.mês = 0,6422
FPREAL = cosφ = 0,8751
DMÁX−KW = DMÁX−KVA ∗ cosφ Fator de Carga previsto
DMÁX−KW = 804,44 ∗ 0,8751 = 703,96 kW para a instalação

Referência de valor que será usada para se


DKW = 703,96 kW determinar a demanda que será contratada
junto à concessionária de energia elétrica
Melhoria do Fator de Carga i.111
Prof. Welton Duque

• Após algum tempo em operação, a


DQDL = 194,35 DQGF = 804,44
empresa promoveu um trabalho de
melhoria do seu Fator de Carga, PTRAFO = 1.000

elevando-o de 0,6422 para 0,75.


• Qual foi a economia anual obtida DCCM2 = 304,94 DCCM1 = 394,55
pela empresa, considerando as
tarifas praticadas abaixo?
CkWH−MÊS = 330.000
TDEMANDA = 22,18 R$/kW TD
P [R$/kWh] = + TC
TCONSUMO = 0,28547 R$/kW Fc.mês ∗ 730

22,18
𝐹𝐶1.𝑚ê𝑠 = 0,64 . : P [R$/kWh] = + 0,28547 = 0,33279 R$/kWh
0,64 ∗ 730
22,18
𝐹𝐶2.𝑚ê𝑠 = 0,75 . : P [R$/kWh] = + 0,28547 = 0,32598 R$/kWh
0,75 ∗ 730
Economia = 330.000*(0,33279 – 0,32598) = 2.245 R$/mês = 26.942 R$/ano
i.112
Prof. Welton Duque

Tarifação Industrial
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.113
Prof. Welton Duque
Tarifação da energia elétrica no Brasil
Consumidor Residencial (2rio BT) Resolução ANEEL 414/2010
▪ Tarifado apenas por Consumo (kWh)
Consumidor Industrial (atendimento 1rio MT e AT)
▪ Cobrança Binômia: Demanda (kW) + Consumo (kWh)
▪ Cobrança Horossazonal: Horário + Sazonalidade das chuvas
▪ Tarifas diferentes: hora de ponta e sazonalidade de chuvas
Horário - Ponta de Carga / Fora de Ponta de Carga
▪ Janela de 3 horas do dia, de maior demanda da rede
▪ Válido apenas para dias úteis (exclui sáb, dom e feriados)
▪ Cada distribuidora define sua própria janela, entre 17 e 22h
▪ Na EDP Escelsa-ES, a hora de ponta vai de 18 às 21 h
Sazonalidade das chuvas - Período Seco / Período Úmido
▪ Seco: 01 de maio a 30 de novembro
▪ Úmido: 01 de dezembro a 30 de abril
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.114
Prof. Welton Duque
Classificação da unidade consumidora

➢ tarifa MONÔMIA: aplicada apenas ao consumo [kWh]


➢ tarifa BINÔMIA: aplicada à demanda [kW] e ao consumo [kWh]
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.115
Prof. Welton Duque
Subgrupos do Grupo A
▪ Comercial / Outros Serviços
▪ Industrial
▪ Poderes Públicos
▪ Residencial
▪ Água, Esgoto e Saneamento
▪ Rural Irrigante e Aquicultura
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.116
Prof. Welton Duque
Nova Tarifa Branca para consumidores do Grupo B
• Somente consumidores BT (a adesão é voluntária)
• Incentiva o uso da energia fora do horário de ponta
• Em 2018, apenas consumidores acima de 500 kWh/mês
• Em 2019: acima de 250 kWh/mês; em 2020: todos!
• Na EDP-ES, o horário de ponta vai de 18 às 21 h (+ caro)
• Há um período de tarifa intermediária: 17-18h e 21-22h
ANEEL:
Resolução Normativa
nº 733/2016

Fonte: http://www.aneel.gov.br/tarifa-branca
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.117
Prof. Welton Duque
Unidades consumidoras do Grupo A

➢ Hora de Ponta (pico de consumo no dia): 18 h às 21 h (EDP)


➢ Período Seco (7 meses ao ano): 01/maio até 30/novembro
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.118
Prof. Welton Duque
Tarifação da energia elétrica no Brasil
Resolução ANEEL 414/2010
Demanda Contratada
▪ O valor da demanda contratada (em kW) é independente do
consumo registrado (em kWh)
Tarifa de ultrapassagem
▪ Caso a demanda real supere a demanda contratada (em X%), o
consumidor pagará uma tarifa de ultrapassagem sobre a parcela
de demanda real que exceder a demanda contratada
▪ A tarifa de ultrapassagem é no mínimo três vezes o valor da
tarifa básica da demanda contratada
▪ A demanda real é medida por equipamento da CCS, instalado
no ponto de medição (indireta) da unidade consumidora
▪ A cada 15 minutos, a CCS armazena um registro em seus bancos
de dados, para fins de faturamento
▪ O fator de potência também é medido e guardado pela CCS,
para fins de cálculo da fatura mensal da energia
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.119
Prof. Welton Duque
Tarifação Consumidor Secundário (BT)
Tarifa de DEMANDA

Tarifa de CONSUMO - SEM adesão à Tarifa Branca:

Tarifa de CONSUMO - COM adesão à Tarifa Branca:

tar_b < tar_c < tar_i < tar_p


Preço [R$/KWh]
8. Formulação de um Projeto Elétrico i.120
Prof. Welton Duque
Tarifação Consumidor Primário (MT/AT)
Escolha da melhor Tarifação Industrial i.121
Se a instalação elétrica é nova (projeto novo a instalar): Prof. Welton Duque

1) Estimar a curva de carga: dias → semanas → meses → ano


2) Estimar o fator de carga mensal com base na demanda máxima do
projeto elétrico e no consumo médio mensal estimado
3) Se espelhar, sempre que possível, no comportamento real de outras
instalações elétricas em operação, do mesmo setor produtivo
4) Simular os valores de tarifa média, confrontando os dados estimados
com os preços dos modelos: convencional, horo-verde e horo-azul
Se a instalação elétrica já existe (está em operação):
1) Obter todas as contas de energia elétrica da instalação, dos últimos
12 meses (no mínimo), ou dados da concessionária (quando possível)
2) Estimar o fator de carga mensal, com base na demanda máxima
observada e no consumo mensal real de energia da instalação
3) Identificar as oportunidades de: remanejamento de demandas para
longe da atual janela horária de demanda máxima, redução de
consumo, correção do FP e ultrapassagens na demanda contratada
4) Simular tarifa para cada modelo: convencional, horo-verde, horo-azul
DECISÃO FINAL: Modelo de Tarifação + Valor da Demanda Contratada
9. Roteiro de Elaboração do PEI i.122
Prof. Welton Duque
Projeto Elétrico Industrial
▪ 9.1 Planejamento (cap. 1)
▪ 9.2 Projeto Luminotécnico (cap. 2)
▪ 9.3 Cálculo dos condutores (cap. 3)
▪ 9.4 Correção do Fator de Potência (cap. 4)
▪ 9.5 Correntes de curto-circuito (cap. 5)
▪ 9.6 Valores de partida dos motores (cap. 7)
▪ 9.7 Dispositivos de proteção e comando (cap. 10)
▪ 9.8 Aterramento (cap. 11) e SPDA (cap. 13)
▪ 9.9 Diagrama unifilar
▪ 9.10 Memorial descritivo

Obs.: Itens em AZUL: são tópicos da ementa


10. Simbologia i.123
Prof. Welton Duque

▪ Não existe uma norma exclusiva e oficial para os


símbolos empregados na representação de
equipamentos em projetos elétricos industriais (PEI)
▪ Portanto, é imprescindível a inclusão de uma
legenda dos símbolos utilizados no projeto
▪ Um bom projeto é aquele que permite o seu
entendimento de forma simples e fácil
▪ Portanto, utilize em seus projetos uma simbologia
que seja a mais adequada para a representação de
todos os equipamentos dimensionados
10. Simbologia i.124
Normas para Símbolos Elétricos Prof. Welton Duque

▪ NBR 5444:1989 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais


(cancelada em 2014) e substituída por:
▪ IEC 60.417:2015 - Graphical symbols for use on equipment
(vigente)
▪ IEC 60.617:2001 - Graphical symbols for diagrams (vigente)
▪ IEC - International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica
Internacional), localizada em Genebra (Suíça), organização mundial que
prepara e publica normas internacionais para as áreas da Elétrica, Eletrônica e
tecnologias relacionadas. Os membros da IEC são conhecidos como "Comitês
Nacionais", existindo um comitê por país.
▪ NBR 5446:1980 - Símbolos gráficos de relacionamento usados na
confecção de esquemas (cancelada em 1992), substituída por:
▪ ABNT NBR 12519:1992 - Símbolos gráficos de elementos de símbolos,
símbolos qualificativos e outros símbolos de aplicação geral –
Simbologia (cancelada em 2012) e não tem substituta
▪ NBR 5453:1972 - Sinais e símbolos literais para eletricidade
(cancelada em 2006) e não tem substituta
10. Simbologia i.125
1 para-raios tipo válvula 12 kV Prof. Welton Duque
2 chave fusível 100 A/15 kV
Exemplo de Esquema Unifilar
3 mufla terminal 100 A/15 kV
4 cabo 25 mm2 isolado PVC 15 kV
5 TC de medição, 15 kV
6 TP de medição 13.800/115V, 15 kV
7 bucha de passagem 100 A/15 kV
8 chave seccionadora 100 A/15 kV
9 TC para proteção / 9a relé digital sobrecorrente F-N
10 disjuntor tripolar óleo 400A 15kV / I ruptura 250 MVA
11 TRAFO 300 KVA / 13800-12600/380-220 / Y e ∆
12 cabo 400 mm2 isolado PVC 750 V
13 DTM 600 V/500 A
14 fusível NH 160 A
15 fusível NH 100 A
16 amperímetro de ferro móvel, painel, 0-200A
17 comutador para amperímetro
18 conjunto fusível Diazed
19 lâmpada de sinalização vermelha
20 comutador para voltímetro
21 voltímetro ferro móvel, painel, 0-500 V
22 chave seccionadora tripolar 500 V/100 A
23 contactor tripolar 500 V/80 A
24 relé térmico ajustável aj 70-100A (reg 80 A)
24 DTM 600V/125 A, rup 20kA, relT aj 80-125 (reg 115A)
25 DTM 600V/100A, rup 20kA, relT 60-100A (reg 75A)
26 DTM 600V/100A, rup 20kA, relT 60-100A (reg 75A)
Fonte: Mamede Filho (2017, p. 37)
10. Simbologia i.126
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.127
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.128
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.129
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.130
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.131
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.132
Prof. Welton Duque
10. Simbologia i.133
Prof. Welton Duque

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