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PLANO DE ENSINO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
2. EMENTA DA DISCIPLINA:
3. OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
3.1. GERAL:
Estudar e debater os efeitos dos dispositivos de vigilância tecnológica e controle social sobre a cidadania,
sendo os direitos humanos o critério ético que permite julgar a pertinência ou a ilegitimidade dos dispositivos
técnicos.
3.2. ESPECÍFICOS:
Analisar os paradoxos, para a cidadania, dos dispositivos que, ao vigiar intensamente, oferecem
segurança, mas também operam como controladores e normatizadores dos comportamentos.
pandemias, crises econômicas, avalanches de refugiados, crises ecológicas etc. intensificam-se a ponto de
se tornarem ameaças quase permanente que se disseminam e inquietam e tornam difusa a vida humana.
Nesse contexto, identifica-se uma propensão tecnológica a exagerar o medo com objetivo de
instrumentalizá-lo na forma de tecnologia política para gestão das populações. Pessoas amedrontadas são
mais facilmente conduzidas e governadas, já que, abdicando de sua autonomia, aceitam ser protegidas
através de dispositivos de controle e vigilância social que, supostamente, oferecem mais segurança ante
potenciais ameaças.
Por outro lado, acompanhamos a um apressado desenvolvimento de novas tecnologias que têm
propiciado a criação e distribuição de uma gama de dispositivos e técnicas de vigilância e controle social
cada vez mais sofisticados. São estas novas tecnologias que possibilitam, por exemplo, uma ampliação da
comunicação e da informação, também suscitam o surgimento de novos recursos de vigilância e controle do
comportamento das pessoas. É verificável um incremento exponencial destes dispositivos de controle social
nos diversos âmbitos da vida humana: no trabalho, no trânsito, no telefone, no computador, na rua, no
hospital, no mercado, no aeroporto etc. Todos os espaços públicos e privados estão atravessados, cada vez
mais, por dispositivos de vigilância e controle.
Este arranjo de sociedades que incentivam o medo como tecnologia política de controle social,
combinado comas as novas e sofisticadas possibilidades tecnológicas de vigilância e controle da vida,
rabiscam um horizonte problemático em que direitos humanos fundamentais ficam em alijados em nome da
segurança. Como contraponto, os direitos humanos são um discurso que possibilita criarmos um
pensamento crítico a partir do qual analisamos a pertinência ou não de determinadas tecnologias de
vigilância e controle social.
Pois bem, é neste contexto que uma disciplina que se propõe a refletir sobre tecnologia e sociedade
se insere no curso superior em Ciência da Computação. A exposição didático-pedagógica a este tipo de
problematização oferece condições de possibilidade ao processo formativo dos acadêmicos por envolver
uma gama de aspectos essenciais para o desenvolvimento do pleno exercício da cidadania e das atividades
profissionais. Nesse sentido, o exercício constante do pensamento crítico presente na disciplina Tecnologia
e Sociedade se faz importante para a contribuição da formação de uma consciência problematizadora, pois
é da natureza de tal exercício a reflexão radical (crítica), rigorosa e de conjunto, sobre as questões que
envolvem o ser humano e sua relação com o mundo e com os outros.
6. METODOLOGIAS DE ENSINO:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE
- Exposição dialogada pela problematização dos conhecimentos nas leituras propostas, reflexões
individuais e em grupo e nas contribuições dos saberes prévios dos acadêmicos.
- Pesquisas individuais e em grupo;
- Seminários;
- Vídeos para problematização, entre outros.
6.2. INTERDISCIPLINARIDADE:
O componente curricular Tecnologia e Sociedade se articula por sua característica, por exemplo, com as
disciplinas de Metodologia Científica, Filosofia, Direito e Ética na Computação, Empreendedorismo, Gestão
de Tecnologia da Informação, Inteligência Artificial,
8. REFERÊNCIAS:
8.1. BÁSICAS:
1. IANNI, Octavio. A era do globalismo . 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
2. IANNI, Octavio. A sociedade global. 15.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
8.2. COMPLEMENTARES:
1. DRUCKER, Peter F. Tecnologia, administração e sociedade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 191p.
3. NEVES, Ricardo. O Novo mundo digital: você já está nele: oportunidades, ameaças e as mudanças
que estamos vivendo. Rio de Janeiro (RJ): Relume Dumará, 2007. 222 p.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE
4. FERRETTI, Celso João (Org). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar.
12. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. 220 p.
5. KAISER, Jakzam; FERREIRA, Carlito. Santa Catarina Brasil: oportunidades & negócios: pano rama
da sociedade catarinense atual. 7. ed. Florianópolis, SC: Letras Brasileiras, 2007. 90 p.
8.3. OBSERVAÇÃO:
14/09 Avaliação.
18/09 Leitura coletiva e debate de texto relacionado ao tema da unidade III
21/09 Revisão e fechamento dos conteúdos da Disciplina. (a disciplina vai terminar aqui)
10. ASSINATURAS:
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Sergio F. M. Corrêa do IFC - Videira Wagner Carlos Mariani do Curso
IFC – Videira
Portaria Nº 038 DOU de 09/02/2017
11. REVISÕES: