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e c o b io c o n stru ç ã o , a g r ic u ltu r a
biológica e p io n e iro d a p e s q u i
sa g e o b io ló g ic a n a E s p a n h a ,
M ariano B u en o re a liz o u se u s
e stu d o s n a F ran ça e n a S u íça e é
o cria d o r d o C e n tro M e d ite rrâ
n eo de In v estig ação G e o b io ló
gica. N essa in stitu iç ão , d e s e m
p e n h a u m in te n so tra b a lh o d e
análise e d iv u lg a ç ã o n u m c a m
p o que, e m b o ra m u ito n o v o n a
E sp an h a, g o za d e e n o rm e p re s
tígio e d ifu sã o n o re sto d a E u ro
pa. A in d a é p re s id e n te d a A sso
ciação d e E stu d o s G eo b io ló g ico s
(GEA), d e â m b ito n a c io n a l n a
E sp an h a, e p o r su a c o n d iç ã o d e
esp ecialista em g eo b io lo g ia tem
se d e s ta c a d o em v á rio s c o n g re s
so s n acio n ais e in te rn a c io n a is,
p a rtic ip a d o d e p r o g r a m a s d e
rá d io e te lev isão , além d e e sc re
v e r a rtig o s p a ra d iv e rs o s jo rn a is
e rev istas. N o c a m p o d o e n sin o ,
d irig e a m a té ria " S a ú d e e H á-
I
b ita t" n a s u n iv e rs id a d e s d e La
L a g u n a , T e n e rife e J a u m e I,
C astelló n , e m in is tra c u rs o s p o r
to d o o te rritó rio e s p a n h o l, a s
sim com o n a F ran ça, A rg e n tin a ,
C olô m b ia e M éxico. E a u to r d a
o b ra V ivir en casa sana.
0/00
0 Grande Livro
da Casa Saudável
E D IT O R A A F IL IA D A
0 Grande Livro
da Casa Saudável
M ariano Bueno
ROCA
Traduzido do original
El G ran Libr o de la C asa S ana
Copyright © 1992 , M arian o B ueno / 1992, Ediciones M artínez Roca, S. A.
ISBN 84-270-1661-1
N enhum a p arte d esta publicação poderá ser reproduzida, guardada pelo sistem a “retrieval”
ou tran sm itid a de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletrônico, m ecânico,
de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora.
B ueno, M ariano
O g ra n d e livro d a c a s a sa u d á v el / M ariano B ueno; | tra d u ç ã o
de J o s é Luiz d a Silva | . — S ão Paulo: Roca, 1995.
9 5 -3 8 2 3 C D D -613.5
1995
Im presso no Brasil
Printed in Brazil
As realidades que hoje vivemos, ontem foram
tão somente utopias.
As utopias de hoje estão destinadas a ser
as realidades de amanhã.
M . B ueno
A gradecim entos
Este livro não teria sido possível sem toda a colaboração que de form a
desinteressada temos recebido.
Desde aqui, nosso mais sincero agradecimento às pessoas e instituições
(são muitas para enumerar todas sem correr o risco de esquecermos de alguém)
que, com seus conhecimentos, dados, gráficos, correções de texto, comentários ou
sugestões, perm itiram que elaborássemos e oferecêssemos ao grande público um a
obra de consulta amplamente documentada, que bem pode considerar-se de
interesse social, dada a importância que estão exigindo na atualidade
a maioria dos temas abordados nestas páginas.
Gratos a todos.
M ariano Bueno
e colaboradores do GEA
ÍNDICE
2. Radiações e s a ú d e .................................................................................. 28
Referências dos especialistas e o trabalho de campo ..................... 28
Os pioneiros: barão Gustav von P o h l ................................................ 28
Pierre C o d y ............................................................................................. 29
A experiência de um arquiteto: Rémi A lex an d re............................. 30
Trinta anos de experiência: Káthe Bachler ...................................... 31
U m pioneiro na investigação geobiológica: doutor H artm ann . . 38
As investigações na Suíça: informes C E G A ...................................... 39
Investigações sobre o te r r e n o .............................................................. 41
Herda-se a cama, não o c â n c e r ........................................................... 44
O corpo in f o r m a .................................................................................... 46
A complexidade do estudo de uma m o ra d ia .................................... 46
Faça caso de sua in tu iç ã o ..................................................................... 48
Hipersensibilidade às radiações ......................................................... 49
6. R a d io a tiv id a d e ....................................................................................... 78
Radiação cósmica ................................................................................. 79
Radiação terrestre ................................................................................. 81
G E O B IO L O G IA , C IÊ N C IA D O HÁBITAT
croscópios), que nos permitem ver o inspiram ao nosso redor, estes devem
que não está ao alcance de nossa per nos impulsionar a tom ar iniciativas que
cepção ordinária. corrijam cada um de nossos erros co
Porém, a consciência dos perigos metidos até o presente.
ocultos a nossos sentidos ordinários A geobiologia estuda a contam ina
não termina aí; hoje sabemos que insig ção elétrica ou eletrom agnética, os
nificantes partículas tóxicas, assim como materiais tóxicos empregados na cons
muitas substâncias químicas que detec trução e os efeitos das radiações e da
tamos no ar que respiramos, na água radioatividade terrestres em nossa resi
que bebemos ou nos alimentos que dência, às quais devemos somar as
comemos, podem provocar efeitos n o geradas pelo ser humano. N ão deve
civos para nossa saúde. Toda precaução mos nos angustiar (ainda mais, se
será pouca diante da possibilidade de couber, ameaçados como nos sentimos
respirarmos as mortíferas dioxinas (re por guerras e conflitos em todos os
sultantes de certos processos industriais) rincões do planeta); o melhor, ao deci
ou de ingerirm os qu an tid ad es de frarmos em que medida cada um dos
arsênico ou chum bo - contidos na água elementos estudados incide realmente
- superiores ao que nosso organismo nos complexos processos de saúde e
pode tolerar. enfermidade, é que saberemos como
E possível que vejamos cada vez com nos proteger e melhorar, com isso,
mais angústia o m undo em que vive nossas condições de vida.
mos, sentindo-nos ameaçados por uma A cada dia se torna mais patente que
multidão de inimigos que pretendem uma enfermidade não tem uma só cau
nos destruir. Porém, por desconhecê- sa, mas são muitos os fatores que entram
los, seus prejuízos não seriam menores. em jogo. É fato comprovado que um
Uma atitude mental positiva permitirá vírus, para que possa destruir uma célu
que sempre superemos melhor cada la ou todo um órgão e com prom eter
problema que enfrentarmos, e o co nossa saúde, causando-nos febre ou
nhecim ento de todos os elementos uma forte infecção, não basta que seja
incidentes, ou dos possíveis fatores de absorvido pelas vias respiratórias ou por
risco, ajudará a agirmos coerentem en meio de uma lesão. O vírus terá que
te, modificando hábitos ou atitudes vencer todas as barreiras imunológicas
que repercutam de forma negativa so e de autodefesa do organismo que, se
bre nós ou em nosso meio. estiver equilibrado e em plena forma,
Assim, dia a dia tomamos consciên enfrentará corretamente esses milhões
cia do frágil equilíbrio que torna possível de elementos tóxicos com que nos rela
a existência sobre a Terra. Os proble cionamos cotidianamente, através da
mas de contaminação ambiental têm respiração, da ingestão de alimentos ou
efeitos evidentes e em nenhum m o do tato. Os vírus se verão igualmente
m en to poderem o s nos considerar obrigados a vencer a barreira eletro
alheios a eles. A destruição da camada magnética que protege cada uma das
de ozônio acrescentamos a poluição células de qualquer organismo.
das águas, dos alimentos, do ar, etc. E Porém , o que debilita o sistema
a c o n c lu sã o é v e rd a d e ira m e n te im unológico de um indivíduo, até
desalentadora. Porém, apesar do pessi torná-lo vulnerável a vírus, bactérias ou
mismo que tantos fatores de risco determinadas substâncias tóxicas?
GEO BIOLO GIA, C IÊNCIA D O HÁBITAT 17
Alta tensão
Campos eletromagnéticos
Contaminação elétrica
Orografia Contaminação
Situação atmosférica
geográfica
Transporte
Contaminação sonora
E letrodom ésticos
Contaminação
eletromagnética
Linhas geomagnéticas
- Hartmann
- Curry
Meio ambiente
Ar saudável
Luz
Vegetação
Camadas freáticas
Veios de água
Habitat
bioclimático
Materiais de construção
Tintas e solventes
18 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
Hoje conhecemos m uito bem a rela seguinte: existem outros fatores, fora o
ção direta entre certos hábitos de vida e psicofísico, que escapam à nossa per
os processos descritos. A relação dieta- cepção e que poderiam condicionar
saúde é já um fato aceito. Com efeito, nossa existência?
uma alimentação desequilibrada, defi A essa pergunta a geobiologia res
ciente, refinada em excesso ou carregada ponde informando-nos da presença de
de substâncias tóxicas (g o rd u ra s fortes radiações procedentes do subsolo
saturadas em demasia, aditivos químicos, que podem nos desequilibrar física ou
etc.), m uito carente dos aminoácidos psiquicamente. A existência de uma
ou vitaminas adequados, alterará o equi linha de alta tensão cercando nossa
líbrio celular. Por outro lado, a relação residência, um transformador setorial
estresse-saúde também é um fato pro ou uma instalação elétrica incorreta em
vado: as pessoas despreocupadas, com nossa casa pode causar sérios desarranjos
uma atitude mental positiva e que sorri no sistema nervoso ou imunológico,
em para a vida, sofrem muito menos de levando-nos a estados de nervosismo,
transtornos orgânicos ou psicológicos e irritabilidade ou, até mesmo (segundo
se recuperam mais facilmente de inter as estatísticas), a ter as probabilidades
venções cirúrgicas ou traumatismos. A dobradas de padecim ento por uma
influência da mente sobre o corpo, as leucemia ou um tum or cerebral.
sim como do corpo sobre a mente, é já De nenhum m odo os fatores de risco
inquestionável. Até mesmo no âmbito estudados pela geobiologia podem ser
profissional ou social, desenvolver um considerados enfermidades em si mes
trabalho satisfatório e podermos nos mos. Porém, tanto na prática cotidiana
relacionar com pessoas que permitam como no exaustivo estudo de suas
nos sentirmos úteis e felizes, assim como implicações, pode-se observar que in
vivermos de acordo com nossos pró duzem a desequilíbrios suficientemente
prios princípios e enfim “sentirmo-nos graves, que provocam doenças ou nos
realizados na vida” , possibilitará a supe impedem de enfrentá-los de forma satis
ração de qualquer conflito, obstáculo fatória. Ao mesmo tempo, descobrimos
ou problema que a mesma vida nos a influência positiva das zonas harm ô
delineou. Sentirm o-nos fracassados, nicas ou n e u tra s , o b se rv a n d o o
frustrados, amargurados ou insatisfei desaparecimento de antigas moléstias,
tos com nossa existência, ten d o a a melhora em transtornos e enfermida
sensação de não estarmos vivendo de des crônicas, assim como a rápida cura
acordo conosco mesmos, será a ante- ou re c u p e ra ç ã o de ferid as o u
sala de muitas doenças; uma porta aberta traumatismos recentes. Tudo isso so
ao suicídio e à autodestruição, que irá m ente pelo fato de se buscar uma boa
nos impedir de fazer frente a qualquer área e permanecer por certo tem po
dos problemas que enfrentamos cons num local harmônico, isento de fortes
tantem ente na vida, quer se chame alterações energéticas e com o campo
substância tóxica, vírus, alteração cli magnético terrestre em equilíbrio.
mática, acidente ou traumatismo. Ainda que isso pareça uma afirmação
Aceitos socialmente os postulados exagerada, os fatos falam por si mes
psicossomáticos na gênese de inum erá mos. A importância do local de descanso
veis transtornos e enferm idades, a - a cama assim como o lugar de
pergunta que faríamos a seguir seria a estudo ou trabalho, mostrou-se de vital
GEO BIOLO GIA, C IÊNCIA D O HÁBITAT 19
Algo similar seguem fazendo hoje o aluguel era mais caro e, além disso, a
em dia algumas tribos nômades do casa não nos dava sorte. Há casas que
deserto - como os míticos tuaregues - não dão sorte; e a que ocupamos agora,
que se fazem acompanhar em suas cara essa sim dá sorte. N a velha, perdi meu
vanas por cachorros, e o lugar que estes anel de noivado, foi-se pela pia... M eu
elegerem para descansar será autom ati marido perdeu duas vezes a carteira e,
cam ente ocupado pelas tendas de além disso, teve um acidente na estra
campanha. São conscientes de que a da. Não ficamos nem um ano. Q uando
sensibilidade desses animais lhes ofere meu marido perdeu a carteira, vendi
cerá os locais favoráveis para o descanso. tu d o o que tinha... Fartei-me e mudei-
Por outro lado, nas zonas de grande me para Rabat” .
radioatividade natural encontramos os De fato, em cada cultura, em cada
locais sagrados, zonas de culto milenar civilização, fazia-se uso da observação
ou de repouso dos antepassados. Nossas da natureza e inclusive, em certas oca
medições atuais mostram fortes anoma siões, recorria-se a certas percepções
lias geomagnéticas, elevados níveis de extrasensoriais, que permitiam estabe
radioatividade ou outras alterações lecer a salubridade ou nocividade de
geofísicas em tais assentamentos, que cada lugar. Resulta assim de vital im
por regra geral foram marcados por portância as funções desempenhadas
petróglifos, menires, pirâmides ou ou pelo sacerdote, pelo curandeiro, pelo
tras construções de pedras que seguem bruxo, pelo vidente, pelo sábio ou pelo
indicando-nos a presença de algo espe adivinho do lugar.
cial, de uma energia que convêm termos Hoje em dia somos forçados a recor
em conta ou temer, segundo o caso. rer à eletrônica e a seus avançados
T odo esse antigo conhecim ento das instrumentos de medição, porém a ló
energias do lugar, tido como sacro, gica nos diz que em nenhum m om ento
encontram os vivo em muitas culturas podemos menosprezar os conhecimen
primitivas ainda não destruídas pela tos e saberes ocasionados pelos sistemas
influência ocidental, por demais racio e pela metodologia da percepção mais
nal e incapaz de abrir-se ao m undo da tradicional. A atual radiestesia - por
dimensão sutil da realidade. Os livros exemplo - oferece-nos uma via de ex
de Carlos Castaneda sobre os ensina periência e conhecimento que, apoiada
mentos de don Juan brindam -nos com pelo desenvolvimento tecnológico da
um bom exemplo disso. O curandeiro eletrônica, será de grande ajuda no
propõe ao autor concentrar-se, buscar discernimento das diferentes energias e
e sentir os diferentes lugares, até que radiações presentes em cada lugar e em
encontre um “sítio” no solo onde pos cada canto de nossa moradia, percep
sa acomodar-se sem fadiga e sentir-se ção esta que permite aproveitarmos a
fo rte e feliz de form a n atu ral e infinidade de “ bons sítios” que existem
expontânea. Estes conhecimentos tam à nossa volta.
bém nos surpreendem nos relatos de E certo que tampouco podemos sus
uma m ulher de cultura simples, que tentar que a cada dia torna-se mais
lem o s pelas m ãos da s o c ió lo g a difícil encontrar um bom lugar, já que
m arroquina Fatima Mernissi,2 em sua às radiações cósmicas, solares e terres
obra Marrocos segundo suas mulheres'. tres conhecidas, devemos acrescentar
“ (...) Voltamos a viver em Salé, porém as intensas radiações geradas pelo h o
22 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
EXPERIÊNCIA D E H E A L T H T B U IL D IN G S IN T E R N A T IO N A L 1980-1990
RESU M O DOS FATORES MAIS IM PORTANTES
BASE DE DADOS:
CO N TA M IN A N TES
No diagrama, aparecem representadas as porcentagens dos principais contaminantes de
interior, obtidos ao longo de uma década pela empresa especializada Healthy Buildings
International.
POSSÍVEIS RADIAÇÕES N O D O R M IT Ó R IO
Todos os aparelhos elétricos estão rodeados de campos elétricos e radiações, inclusive quando
estão desligados; por isso, convém desconectá-los da tomada durante a noite. Pensemos
também nos aparelhos que se encontram no aposento contíguo, já que as radiações atravessam
as paredes.
diferentes energias e radiações telúricas, horm onal, que regula inúmeros processos m e
assim como sua influência direta ou tabólicos, fazendo-os perder seu equilíbrio.
A conseqüência é o surgim ento de moléstias
indireta sobre a saúde. É assim que inicialmente leves, atribuídas ao estresse, ao
vemos refletido no livro da doutora clima ou a outras condições da vida. Geram um
Sigrid Flade, Tratamento natural das efeito prolongado - segundo a experiência, uns
alergias, pertencente à mesma coleção cinco ou sete anos - e podem desenvolver-se
anteriorm ente mencionada sobre o sis verdadeiras enfermidades crônicas (que inclusi
ve ameaçam a vida); tais com o reumatism o,
tema imunológico. A autora também asma, bronquite crônica, moléstias do baixo
menciona as radiações terrestres e arti ventre, enfermidades gástricas, úlceras estom a
ficiais como causa de transtornos e como cais, afecções e infecções renais, flebite, hiper
fatores incidentes em grande número tensão, arritmia, infarto do m iocárdio, leucemia
de alergias e problemas asmáticos. e câncer.
Em geral, o corpo se debilita sob o efeito das
Apesar de seu ceticismo inicial, deixa radiações, de maneira que suas defesas contra os
bem claro em sua obra as conclusões de alérgenos se deterioram .”
sua experiência profissional:
dos em meus planos com um X, foram confirma O utra investigação realizada nos asilos de
dos pelos atestados de óbito arquivados no idosos de Stettin mostrou-se tam bém muito
cartório. interessante e instrutiva, porque tratava-se de
Além disso, levantou-se uma ata notarial pessoas com idades avançadas, nas quais é maior
detalhada em que se relatou as investigações e a probabilidade de desenvolvimento de doenças
seus resultados em Vilsbiburg, com a seguinte cancerígenas. Um a ala do edifício desse asilo
conclusão: ‘(...) O barão Gustav von Pohl de estava situada sobre um foco de várias linhas de
monstrou perfeitamente que todos os casos de radiação que se cruzavam, onde ocorreram 28
câncer ocorridos em Vilsbiburg aconteceram casos mortais de câncer em 21 anos. Em outra
em casas expostas às influências de radiações ala, ocorreram apenas dois casos de m orte pela
eletronegativas, que emanam de correntes sub mesma doença pela mesma causa. Nessa parte
terrâneas de água (numerosas firmas e selos. do edifício foram encontradas duas zonas de
Vilsbiburg, 19 de janeiro de 1929)’.” forte radiação que, curiosamente, se corres
pondiam com as camas que ocuparam os faleci
dos.
Em outra parte de sua obra, Gustav Na terceira ala do edifício não se encontrou
von Pohl volta a insistir no fenômeno nenhum a zona afetada pelas radiações terres
das “casas-câncer” : tres, e nesta parte não se registrara nenhum a
m orte por câncer. Essa diferença tão chocante
entre o primeiro edifício, m uito irradiado, e o
“(...) O d outor H ager, conselheiro sanitário, terceiro, absolutamente limpo de radiações for
presidente da Associação Científica de Médicos tes, oferece um a prova irrefutável de que o
de Stettin, pode comprovar a existência de ‘ca câncer pode ter sido induzido pelas radiações do
sas-câncer’. Ao tom ar conhecim ento de meu subsolo e de que existem as ‘casas-câncer’. Por
trabalho, esse médico se interessou vivamente outro lado, em seu discurso no congresso, o
pelo exposto em meus cadernos de divulgação doutor H ager declarou seu convencimento de
científica, onde constavam as pesquisas sobre as que um dos agentes indutores do câncer e de
possíveis causas de câncer, e obteve do departa alterações biológicas específicas podia ser iden
mento oficial de estatística de Stettin a lista dos tificado com as radiações que emanam da terra. ”
m ortos por câncer de 1910 a agosto de 1931.
Essa lista dava os seguintes resultados:
SEN H O RA J S E N H O R A . C.
A gua subterrânea na metade da residência. Veio subterrâneo de água na casa, circulando na
- Cruzamento no meio da cama até o baixo vertical da cama.
ventre. - Cruzamento “H ” próximo dagarganta.
- Operada de um quisto no útero. - Morreu há poucos meses de câncer no esôfago.
SEN H O RA C SEN H O R B
Problemas pulmonares. Infarto aos 42 anos.
SE N H O R C - Sua cadeira de trabalho encontrava-se sobre um
Transtornos digestivos e de fígado. cruzamento.
32 O GRANDE LIVRO DA C ASA SAUDÁVEL
SENH ORA J S E N H O R A . C.
A gua subterrânea na metade da residência. Veio subterrâneo de água na casa, circulando na
- Cruzamento no meio da catna até o baixo vertical da cama.
ventre. - Cruzamento “H ”próximo da garganta.
- Operada de um quisto no útero. - Morreu bá poucos meses de câncer no esôfago.
SEN H O RA C SENHOR B
Problemas pulmonares. Infarto aos 42 anos.
SENH OR C - S u a cadeira de trabalho encontrava-se sobre um
Transtornos digestivos e de fígado. cruzamento.
GEO BIOLO GIA, CIÊNCIA D O HÁBITAT 33
Local para dorm ir, com o foi encontrado. Local para dorm ir, com o foi recom enda
do..., ou, em alguns casos, com o estava
(bem!) quando se fez o exame.
••v#
• • «£• • ••• I #•••
Caso 403. Menino de sete anos: dorme encolhido. Caso 923. Dra. P. N.: desperta todas as manhãs
na borda de sua cama.
Algumas crianças, de tanto que se deslocam, acabam caindo da cama. Em centenas de casos, observei
que os bebês e crianças pequenas só choram, desacomodam-se e deslocam-se do lugar onde suas
mães os colocaram se estiverem sobre um sítio irradiado.
Observações similares de com o bebês e crianças pequenas rodam em suas camas quando estão
dorm indo, ou deslocam-se e desacomodam-se, são sucessos cotidianos no m undo inteiro. Tam bém
algumas crianças em idade escolar, jovens e adultos fogem “por puro instinto” das irradiações,
sempre e quando isso é possível. Essa faculdade é exercida tanto na cama com o em qualquer outro
local onde se encontrem.
GEO BIOLO GIA, CIÊNCIA D O HÁBITAT 35
II
Primeiro: Ele (cama I) adoeceu rapidamente de reumatismo. Segundo: Ela (cama II) estava
saudável. Suspeitou-se da corrente de ar da janela situada a 4 m de distância e m udaram de lugar na
cama, pois a esposa pensou que tivesse mais vigor e poderia agüentar a “dita corrente de ar” .
Conseqüências: Ele (agora na cama II) dormia no lado saudável. Ela (agora na cama I) logo ficou
doente, com reumatismo e inflamação nos nervos.
Deslocamento de ambos para locais livres: A mestra escreveu: “ ...Tudo m elhorou substancialmente,
tanto a pressão arterial com o as nevralgias. Estamos agradecidos de coração por seu inestimável
serviço. Creio que não agüentaria mais” .
A A JU D A C H E G O U -L H E TARDE DEMAIS,
porém pode alcançar certa melhora depois da
mudança do local onde estava a cama. T udo isso
aconteceu na idade de 51 anos. A senhora D.,
companheira de colégio então, sofria horrores
apesar do excelente tratam ento médico.
Pleurite, rouquidão, com 52 anos m orreu de
câncer no pulmão.
U m pioneiro na investigação
geobiológica: doutor Hartmann
L
Rede
H artm ann
Corrente
subterrânea Uma mulher de 30 anos, excelente desportista,
de água exercia sem problemas sua profissão de mestra e
S seu casamento era realmente feliz.
subterrânea Com o casamento, mudou-se para um edifício
moderno, construído com m uito vidro. Após três
meses, a mulher começou a emagrecer e sofrer
A; Mulher que morre de câncer no estômago após dores na g a r g a n ta . Os exam es do
vários anos dormindo nessa posição. otorrinolaringologista não deram nenhum re
su lta d o . P o sterio rm en te, v isito u ou tro s
B: O marido, após a morte da mulher, passa a especialistas e outras clínicas, sem que pudessem
ocupar a posição “A ”. Faleceu após dois anos, de descobrir patologia algum a. A tudo isso seguiu-
câncer no estômago. se um a profunda depressão e, algum tempo depois,
u m a in v a lid e z com pleta. U m a m u lh e r
Após o estudo do aposento, descobre-se que, anterior irreconhecível em comparação com a de seis meses
mente, haviam falecido mais trêspessoas de câncer antes.
no estômago, no mesmo local.
“O reconhecim ento geobiológico de seu d o r
mitório revela um cruzam ento de radiações
telúricas exatamente na região do pescoço.
O equipam ento de m edições de ondas
O utro dos casos vividos pelo doutor ultracurtas confirma fortes perturbações nessa
zona precisa.
Hartmann é descrito no folheto As
A partir do estudo da casa, m udou-se im edia
radiações telúricas e sua influência nos tam ente sua cama com a de seu m arido, pois
seres vivos, de que é autora a doutora dorm iam em quartos separados. N a m anhã
Blanche Merz, da Suíça: seguinte, a m ulher se encontrava descansada e
GEO BIOLO GIA, CIÊNCIA D O HÁBITAT 39
IN FO R M E CEGA
A partamento D. A. Prevenereges, Suíça
ANTES
Cama sobre zona alterada e linhas da rede “H ”. A senhora padecia de insônia, fa d ig a pela manhã,
hipernervosismo e outras alterações não menos importantes. A o m udar de quarto (o dormitório mudou-
se para o escritório), os transtornos desapareceram.
GEO BIOLO GIA, C IÊNCIA D O HÁBITAT 41
Campo elétrico
de 700 nT. Isso nos indica que um trocando a antiga linha por uma nova,
lugar neutro pode permitir um equilí trançada e protegida, que registra ape
brio tal, que nos to rn a inclusive nas perda eletromagnética.
resistentes a outros elementos agres Reconheço que, para quem não está
sores, como no caso do forte campo familiarizado com as propostas geo-
eletromagnético procedente da instala biológicas, e nem sequer sabe a quê
ção elétrica. estamos nos referindo ao mencionar
Apesar disso, a mãe, após comprovar uma linha Hartm ann, uma alteração
o fator de risco a que estavam expostos, telúrica, um veio de água ou um campo
formulou queixa à companhia de for eletromagnético, tudo isso parecerá
necimento de eletricidade. E apesar estranho. Por isso, nos capítulos se
desta última opor resistência, acabou guintes abordaremos os estudos dessas
GEO BIOLO GIA, CIÊNCIA D O HÁBITAT 43
O menino ocupou a posição A nos três anos e começou a sofrer transtornos respiratórios que desemboca
ram em um a tuberculose pulmonar. A m udança para a posição B não melhorou as coisas. Após o
translado para a cama D, todos ostranstornos desapareceram. A irm ã (C) sofria de problemas alérgicos,
apesar de aparecer quase todas as manhãs dormindo nos pés da cama.
44 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
afetivos e preocupados com seus filhos, bros de uma mesma família padeceram
não haviam razões lógicas para tais de cânceres similares. Os estudos on-
padecimentos. cológicos parecem desmentir tais su
Durante esse período, sua irmã de posições, e oficialmente não há provas
quatro anos havia sofrido alergias cons que dem onstrem ser o câncer heredi
tantes, agravadas com fortes crises tário.
asmáticas. Curiosam ente, essa menina Nos estudos geobiológicos pode
que ocupava a posição C aparecia mui mos comprovar que em muitas ocasiões
tas manhãs dorm indo nos pés da cama. não se herda a doença (enquanto her
Os pais, que nesse período se acomo da-se uma predisposição ou tendência),
davam na cama D, não tinham m ais porém, em troca, somente herda-se a
transtornos do que a preocupação pela casa, a residência e m uito freqüente
saúde de seus filhos, chegando mesmo a mente “a cama” .
acreditar em maldições, bruxarias e su N o caso de a cama onde dormiram
perstições. O certo é que o pai atravessou nossos pais estar situada sobre uma
um período de freqüentes dores de cabe zona patogênica e que lhes provocasse
ça e enxaquecas, até que as associou ao algum tipo de transtorno ou patologia,
radiorrelógio de sua cabeceira e ao desligá- é provável que também nós padeçamos
lo as moléstias desapareceram. de transtornos semelhantes se ocupar
Um ano depois, os pais assistiam a um mos a mesma localização da cama no
curso de introdução à geobiologia em mesmo dormitório. Fica claro que os
Barcelona e manifestavam aos partici transtornos serão conseqüências do fato
pantes a espetacular transformação que de nos situarmos na vertical da mesma
seu filho acusou ao mudar-se para outro zona alterada, ou seja, na mesma loca
aposento, passando a dormir na posição lização da cama de nossos antecessores,
D. Seu estado era de agilidade, não se e não na mesma cama como alguns
resfriava mais, recuperou o peso perdido pensam.
e estava sempre alegre e dinâmico; até O caso seguinte ilustra em alguma
demais, segundo comentaram seus pais. medida o exposto. Vai, inclusive, mais
Esse caso invoca em mim as recorda além, pois comprova o fato de que
ções de tudo o que sofri em meus 20 quando estamos expostos a um só fator
anos, quando estava afligido de tuber de agressividade, o organismo pode
culose pulm onar e anemia constante, enfrentá-lo, o que não acontece quan
sofrendo fortes depressões, com recaí do são vários os fatores de risco.
das periódicas. Tudo isso apesar de um
tratam ento contínuo. (Esses fatos estão d) Arenys de M ar (Barcelona)
relatados no livro Vivir en casa sana.)
Tudo m udou ao tom ar consciência da U m hom em morria de câncer no pân
existência das radiações telúricas e pra creas, com metástase no fígado, após
ticar os conselhos recomendados. 17 anos ocupando a posição A: zona
freática subterrânea, cruzam ento de
linha H artm ann na parte afetada e
H erda-se a cama, não o câncer forte contam inação eletrom agnética:
200 nT.
Muitas pessoas são de opinião que o C uriosam ente, a mesma posição
câncer é hereditário, pois vários m em da cama foi ocupada d u ran te anos
GEO BIOLO GIA, C IÊNCIA D O HÁBITAT 45
Alterações telúricas
A confluência de vários fatores de risco em um a mesma zona (posição A ) coincide com o câncer de
pâncreas, sofrido pelo homem que ocupava a cama. Sua mãe havia falecido também de câncer hepático:
havia ocupado essa posição durante anos, num a cama no piso superior que correspondia à mesma
vertical.
pelos pais deste hom em , que após o o casal estava há cinco anos desejando
casam ento do filho passaram a d o r um a gravidez (e por conseguinte sem
mir no quarto do piso superior, na tom ar nenhum a precaução anticon-
mesma vertical. A mãe m orreu de ceptiva). Apesar de os médicos lhes
câncer no fígado e o pai de câncer nos assegurarem que am bos eram férteis,
testículos. Daí a pensar que o câncer haviam perdido to d a a esperança. Até
é hereditário, não há mais do que um que num verão, com a visita de alguns
passo. familiares, a quem por cortesia havia
A esposa do referido hom em o cu sido oferecida a cama de casal, o casal
pou d u ran te to d o esse período a passou a ocupar a posição D. Após
posição B. N ão sofreu maiores tran s poucos meses dorm indo ali, a m ulher
to r n o s q u e a lg u n s d o lo ro s o s e engravidou. Seu filho, que agora tem
incôm odos inchaços do ventre, que 12 anos, ocupa a cama E. N ão tem
não tinham explicações e dos quais as sofrido nenhum tran sto rn o sério de
análises clínicas não encontravam a saúde, apesar de a contam inação ele
causa. Desapareciam com certa rapi trom agnética em seu aposento ser de
dez. O interessante, neste caso, é que 100 nT.
46 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
O corpo informa
A complexidade do estudo
A inform ação sobre a influência das de uma moradia
radiações sobre a saúde chegou a essa
m ulher por meio de um vizinho, a F reqüentem ente, nós que nos d e
quem meses antes haviam realizado dicamos aos estudos geobiológicos,
um estudo da casa. Nesse caso, foi seu vemo-nos diante de situações comple
m édico, com a ajuda do V egateste, xas, em que a interação das perturbações
quem lhe aconselhou o estudo. A presentes em uma casa ou terreno to r
análise de biorressonância indicava nam difícil um diagnóstico exato ou que
que 80% das causas de seus tran sto r reflita fielmente a realidade energética.
nos - nervosismo, tensão elevada, etc. Em alguns casos, perm anecem os
- eram induzidas pelas radiações p re desconcertados ao comprovar a incoe
sentes em sua casa. O estudo do rência das medições realizadas, ou a
dorm itório confirm ou o diagnóstico falta de correspondência do estudo rea
médico. Alteração telúrica, cruzam en lizado em uma data concreta e a de
to de linhas H na vertical do peito e outro m om ento. Isso nos causa sérias
campo elétrico em toda a cama, in d u dúvidas, gerando insegurança em nos
zido por cabos da parede da cabeceira, so trabalho e sobretudo infundindo-nos
que não dispunham de aterram ento. a desconfiança se, realmente, o lugar
N o caso, era a m ulher quem ocupava aconselhado será o adequado para a
a zona neutra e não sofria transtornos pessoa que tenha de ocupá-lo.
de im portância, exceto em parte da Entre as razões que podemos identi
cabeça, atingida por algo do veio de ficar como causas de desajuste estão, em
GEO BIOLO GIA, CIÊNCIA D O HÁBITAT 47
Alteração telúrica
N a posição A , o marido sofreu transtornos respiratórios e angina no peito. A mulher ocupou essa posição
nas primeiras noites porém, diante de sua dificuldade em dormir, insistiu em m udar para a posição
B, sem ter sofrido, nos quatro anos sucessivos, nenhum transtorno significativo.
Medições das variações de intensidade do campo magnético terrestre, realizadas com um magnetômetro
de prótons e sistemas de sensibilidade pessoal. (Foto: José M endoza)
ENERGIAS E V ID A
Os efeitos da atenção que um sujeito presta a um a tarefa podem ser indicadospelo magnetoencefalograma.
A s curvas são mais fechadas quando o sujeito presta atenção, o que revela u m campo magnético mais
intenso.
54 O GRANDE LIVRO DA C ASA SAUDÁVEL
A eletricidade terrestre
nas constantes tempestades elétricas que carrega negativamente (-) e cria uma
se produzem continuam ente através de sobrecarga positiva (+) na superfície
toda superfície terrestre: registram-se terrestre. Chega ao ponto em que a
aproximadamente 45.000 diariamente. diferença de potencial elétrico, que
habitualmente é de 130 V /m , passa a
vários milhares de vo lts/m etro (de 25 a
Atmosfera e saúde 40 k V /m ). Neste m om ento, produz-
se uma descarga de elétrons até a
Todos temos acusado, em alguma oca superfície terrestre.
sião, certa sensação de peso, mal-estar, Um canal de elétrons, chamado pre
fadiga e irritabilidade, quando um Sol cursor, flui para fora da nuvem e
carregado e esmagador parece cair so ziguezagueia até a Terra, ao mesmo
bre nossas cabeças. Trata-se desses dias tem po em que um fluxo de cargas
de baixa pressão atmosférica que prece positivas (+) brota da Terra de forma
dem as tempestades e que deixam sentir ascendente. Q uando o precursor des
seu efeito tanto no ar com o nas pessoas. cendente e o fluxo ascendente se
Produzem ansiedade, dores de cabeça, encontram, produz-se uma descarga
cansaço ou sonolência. O que aconte elétrica de milhares de volts, e de cerca
ce, pois, na atmosfera para que reaja- de 10.000 a 20.000 ampères, sob a
mos de forma tão peculiar? forma do temido raio.
Simplesmente, ela está carregada de O forte choque de elétrons produz
íons positivos, conseqüência do exces uma ruptura iônica e uma onda expan
so de radiação solar e / o u da presença siva no ar, que ao com prim ir-se
de nuvens torm entosas chamadas cú- bruscamente se traduz num ruído es-
mulo-nim bos, cuja parte inferior se trepitoso: o trovão.
58 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
/Solas f asfalto
plásticas
Imerso no campo eletroatmosférico terrestre, o corpo comporta-se como um “circuito elétrico condu
tor”. Graças a sua condutividade relativamente alta, quando estamos descalços ou usamos calçados
com solas condutoras, a tensão é nula. Quando estamos isolados por efeito do asfalto, carpetes sintéticos
não condutores ou usamos calçados isolantes (plástico ou borracha), produz-se uma forte tensão
elétrica na superfície do corpo, agravada em certas ocasiões pela eletricidade estática gerada pela
fricção dos tecidos sintéticos.
Essa tensão se torna nula se a pessoa tendem a aparecer nos estados de ner
ou elemento condutor estiver em con vosismo ou estresse. Atenção, portanto,
tato com a terra, como sucede quando ao calçado!
nos descalçamos ou usamos solas Por outro lado, os doutores J.
condutoras (couro, cânhamo, etc.). M õse, G. Fisher e S. Schy com pro
Daí a importância de se descalçar e, varam, em num erosos experim entos
sobretudo, de caminhar sobre a grama com animais, que ao se reduzir dras
molhada, que permite o reequiIíbrio ticam ente as tensões do cam po
elétrico adequ ad o aum entar a elétrico de corrente contínua, reduz-
condutividade. se tam bém em m edida considerável
A resistência que o corpo humano a capacidade do corpo em defender-
oferece à passagem da eletricidade ten se dos agentes patogênicos. Isso
de a ser de 15 a 20 kQ (kiloohms), ocorre quando nos isolam os por
quando estamos descalços ou usamos com pleto do cam po elétrico natural,
solas condutoras. Essa resistência au rodeando-nos de estruturas m etáli
menta para até 100 k£2 quando usamos cas aterradas, “efeito gaiola Faraday”.
solas plásticas secas. Tais níveis de re Essas estruturas são capazes de re
sistência elétrica cutânea tam bém duzir a menos de 100 V /m as tensões
60 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
com bastante concreto armado. Ten de água subterrâneos será decisiva para
do-se em conta que muitos circuitos a atividade harmônica dessas freqüên
biológicos utilizam essas ondas cias de pulsação, com as quais nos
Schuman como padrão referencial para sincronizamos.
sua atividade, será fácil compreender a Nas medições de condutividade elé
desestabilização biológica de que pa trica que realizamos sobre as linhas e
decemos nos grandes núcleos urbanos. cruzamentos Hartmann, vêem-se sen
De outra parte, a formação das on síveis diferenças com relação às zonas
das Schuman requer alguns níveis neutras. De fato, esse é um dos sistemas
adequados de condutividade da super empregados para localizar as correntes
fície terrestre, para os quais a presença subterrâneas de água.
ou ausência de lençóis freáticos ou veios
íons
Membrana
celular
Canal
celular
Embora não exista ainda uma explicação muito clara sobre os possíveis mecanismos da incidência
biológica pelas linhas de alta tensão e pelos campos eletromagnéticos de baixa freqüência, alguns
pesquisadores sugerem que certasfreqüências poderiam fazer “ressonar” os íons, coincidindo com suas
freqüências naturais, acelerando assim sua saída ao exterior da célula.
Entre os muitos transtornos orgâni só têm uma ação direta sobre os recep
cos que os investigadores podem tores nervosos, como também, ao
relacionar com o excesso de ionização, penetrarem nas camadas epidérmicas
destacam-se dores corporais, enxaque profundas, causam modificações funcio
cas acompanhadas de náuseas, vertigens, nais dos órgãos internos. A hipótese da
contrações nervosas e irritação nos importância dos íons e da ionização foi
olhos, fadiga desm esurada, desva- comprovada em 1991, ano em que se
necim entos, desequilíbrios salinos atribuiu o prêmio Nobel de Medicina
(cálcio-magnésio), acúmulo de água, aos cientistas alemães Erwin Neher e
dificuldades respiratórias, alergias, asma, Bert Sakmann, por seu trabalho de
problemas cardíacos e circulatórios, pesquisa sobre a comunicação através
baixa pressão sangüínea ou sua queda, dos intercâmbios iônicos do interior e
retardo no tempo de reação (perda de exterior das células.
reflexos), maior sensibilidade à dor, Cada célula viva está rodeada de uma
inflamações, hemorragias, embolias membrana extremamente delgada, que
pulmonares e tromboses. a separa do meio em que vive. Nessa
Os íons produzem correntes elétri membrana, existem canais que servem
cas sobre a superfície cutânea que não de vias de comunicação com o exterior.
64 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
Cada um deles está constituído por ticos das linhas de alta tensão ou pelos
uma molécula simples ou complexa, computadores com tubos de raios cató-
que tem a propriedade de deixar passar dicos. Todos esses fenômenos geram
os átomos de diferente carga elétrica, elevadas ionizações +. Os mecanismos
denominados íons. Esses canais regu de interação tornam evidente e claro
lam as condições de vida e as funções que devemos culpar não somente os
das células, tanto em circunstâncias “ventos das bruxas” como causas de
normais como no caso de alteração por transtornos na população sensível.
doença. Uma estatística realizada na Alema
Os fisiólogos Neher e Sakmann de nha estabelece as cifras de sensibilidade
senvolveram uma técnica que permite a radiações telúricas como sendo de
registrar a corrente, extremamente dé 30% de pessoas hipersensíveis, 40% de
bil (da ordem de mil milionésimos de sensíveis e 30% de insensíveis ou resis
ampères), que atravessa um canal iônico. tentes a tais radiações. Paralelamente,
Essas pesquisas provaram a existência e os estudos do doutor Felix Gad Sulman,
o funcionamento desses canais iônicos. efetuados em câmaras de ionização onde
As células nervosas, assim como as são controlados o fluxo de cargas elétri
células produtoras de hormônios e as cas e a ionização do ar respirado,
aplicadas na defesa do organismo, têm estabeleceram 25% para pessoas hiper
a propriedade de liberar substâncias sensíveis às mudanças iônicas e ao
armazenadas no interior da célula, em excesso de íons +, em 50% de pessoas
grânulos revestidos por uma membra moderadamente sensíveis e outros 25%
na. Quando essa célula é estimulada, de insensíveis ou que não mostram
produz-se um deslocamento desses grâ alterações aparentes.
nulos até a superfície.
O equilíbrio elétrico e iônico é uma
das chaves do equilíbrio biológico e da O que se entende por ionização?
saúde em geral.
De fato, as afecções psicológicas ca Na matéria, ou seja, na forma sólida,
talogadas e diretamente relacionadas líquida ou gasosa da energia, cada áto
com os desequilíbrios iônicos do ar são mo está constituído por um núcleo
alarmantes: desequilíbrio emocional, complexo provido de cargas neutras e
irritabilidade, indiferença vital e apatia, positivas, assim como de uma nuvem
estado meditativo e ausente, esgota de elétrons carregados negativamente,
mento, baixo rendimento de trabalho, que gravitam ao redor do núcleo como
depressão, maior índice de tentativas os planetas giram em torno do Sol. Pela
de suicídio, ansiedade e certa tendência regra geral, as cargas negativas dos elé
às drogas. Todos esses transtornos - trons correspondem e equilibram com
catalogados como subjetivos - são difí exatidão a carga positiva do núcleo.
ceis de se estudar e correlacionar, porém Conseqüentemente, o átom o, nesse
não deixa de surpreender o fato de estado, torna-se neutro. Porém, esse
serem descritos pelas pessoas que per estado se vê continuamente modifica
manecem ou vivem em zonas alteradas do em numerosos átomos e moléculas,
teluricamente (na vertical dos veios de ao receberem certas doses de energia
água subterrâneos ou de cruzamentos (através da radiação ambiente ou de
H ), expostas aos campos eletromagné forma artificial). O resultado desse fe-
ENERGIAS E VIDA 65
A analogia das linhas deforça, concêntricas e centrífugas, que podemos observar no espectro magnético
de um ímã (a), aparece refletida tanto no corte de um rabanete (b) como no de um tronco de árvore
(d). Afigura representa a distribuição de limalha deferro sobre um papel, à passagem de uma corrente
elétrica contínua. Isso evidencia como se produz uma estruturação da matéria e dos seres vivos, que se
vêem fortemente influenciados pelo magnetismo e a circulação de cargas elétricas. Essas estruturas
eletromagnéticas são observáveis tanto na escala cósmica ou planetária, como a nível atômico.
A M AG NETO SFERA
A magnetosfera que rodeia a Terra forma-se pela interação do campo magnético terrestre com a
matéria ionizada do vento solar. E como um escudo protetor que desvia ou filtra grande parte da
radiação solar. Tem forma de lágrima e contém os cinturões de radiação de Van Allen. As linhas do
campo magnético são pressionadas e estão muito juntas durante o dia, enquanto dilatam-se enorme
mente nas horas noturnas.
EXOSFERA radiação
solar 1 ondas de rádio
IONOSFERA
2 radiação
CAMADA infravermelha
DE O Z Ô N IO
ESTRATOSFERA 3 luz visível
TROPOSFERA
4 radiação
ultravioleta
SUPERFÍCIE 5 raios X
DA TERRA
As diferentes carnudas atmosféricasfiltramgrande parte das radiações solares e cósmicas. Somente nos
chegam algumas doses de radiação diversa, a que todos osseres vivos estão adaptados. O desaparecimento
da camada de ozônio deixa passar maiores doses de radiação ultravioleta, com osperigos que ela contém.
magnéticas; que estas alteram o campo sobre o ingresso de pacientes com for
magnético terrestre e que, quando isso tes depressões e várias tentativas de
acontece, os habitantes do planeta o suicídio.”
acusam em maior ou menor grau, como A relação parecia bem estranha, po
poderemos descobrir no que se segue. rém o episódio não termina aqui. Na
sexta-feira da mesma semana, encon-
trávam o-nos na capital V alência,
Tormentas magnéticas realizando o estudo de uma “casa-cân-
cer” e embora não sejamos partidários
Madri, 8:30 da manhã, estação de trem do emprego de um termo tão alarmista,
de Chamartín. Chegávamos em via havia motivos mais que justificados para
Valência para dar uma conferência e nos dar-lhe esse nome. Tratava-se de um
encontrarmos, no dia seguinte, com o bloco de vários pisos, onde em cada
doutor Bardasano. Estávamos às portas apartamento da ala esquerda ocorria
do verão e como desjejum ocorreu-nos um ou vários casos de câncer. No piso
pedir uma orchata no bar da estação. superior ao estudado, viviam duas me
“Não temos!”, assegurou o atendente. ninas órfas. Seus pais haviam falecido
Isso desconcertou-nos, pois diante de de câncer, de pulmão e estômago. No
nós estava funcionando a máquina com piso mais alto - o sexto -, o inquilino
o depósito repleto daquele refresco. O morreu de um tum or cerebral. Dois
atendente percebeu nossa estranheza e casos de leucemia, outro de câncer pul
se apressou em esclarecer: “Bom, se lhes monar, um de fígado, etc., era o balanço
digo que não a temos, estarei lhes enga do edifício. Enquanto nos andares da
nando. De fato ela existe, porém está parte direita do bloco conhecia-se so
estragada; fermentou. Parece que a tem mente um caso de câncer.
pestade de ontem a afetou”. Naturalmente, os ocupantes do piso
Isso não teria passado de um episó em questão tinham motivos para estarem
dio cotidiano, mas acabou não sendo, mais do que preocupados, sobretudo
porque na entrevista que mantivemos porque nos poucos anos que estavam
no dia seguinte com os doutores J. Luis vivendo ali, seu filho de oito anos sofria
Bardasano e J. Luis Viejo ,1 na Faculda constantes problemas de saúde: aler
de de Medicina da Universidade de gias, transtornos nervosos, dores de
Alcalá de Henares, a conversação ver cabeça, pesadelos e sustos noturnos. A
sou sobre os efeitos dos campos mãe, por sua vez, sofria de enxaquecas e
magnéticos na saúde. Em um ponto de um esgotamento crônico, que não
dessa interessante entrevista, o doutor conseguia superar com nada.
J. Luis Viejo perguntou ao doutor O estudo foi revelador: de um lado,
Bardasano o que havia se passado entre a presença de um transformador no
a segunda e a terça-feira. A resposta foi edifício contíguo e fronteiriço às habi
que haviam se produzido fortes tor tações estudadas, pertencente a uma
m entas m agnéticas nas cam adas central telefônica. Ao que se acrescen
superiores da atmosfera, alterando o tava alguns cabos de 10.000 volts
campo magnético terrestre. “Isso ex passando pelo sótão do edifício (os
plica tudo - foi o comentário do doutor tumores cerebrais e as leucemias ocor
J. Luis Viejo. De imediato, na segunda- reram nos pisos superiores) e a presença
feira, começaram a passar-me informes de fortes correntes telúricas cruzando
76 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
-C
-C 30 — 150
20 —
100 -
10 —
50 -
'3z
8 de março 13 de março 0 -J
1
' I ' ■' ' I ' ' i 'I i ' ' H l ' i i I i i ' i l I
de 1989 de 1989 5 10 15 20 25 31
Comparação da média do número totaldesynaptic M ARÇO
ribbons (atividade pineal) entre ogrupo de con Registro gráfico do índice de atividade magnéti
trole (dias de calma) e ogrupo experimental (dias ca solar. Cálculo diário do número de manchas
de tormenta magnética). solares no mês de março de 1989.
ENERGIAS E VIDA 77
PO D ER DE PENETRAÇÃO DA RADIOATIVIDADE
segundo; antes, utilizava-se o cúrio, que tron retirado de outro átomo, com o
era a radioatividade produzida por uma que fica carregado negativamente (ver
grama de rádio (1 cúrio = 3,7 10 10 cap. 4 “Ionização do ar e equilíbrio
becqueréis). Quanto à ação da radioati iônico”), motivo pelo qual recebe o
vidade sobre a matéria, utiliza-se como nome de radiação ionizante, que difere
unidade o gray, que é a energia de um da radiação eletromagnética chamada
julio absorvida por um quilo de massa de não ionizante, ao não possuir a capa
material. Antes usava-se o rad, que era a cidade de fazer saltar elétrons de sua
centésima parte do gray. Se quisermos órbita.
medir a ação da radioatividade sobre os
tecidos vivos, utilizaremos o sievert, que
é a dose absorvida por um gray, equiva Radiação cósmica
lente em tecido vivo normalizado. Antes
usava-se o rem, que é um centésimo de A maior parte das radiações que os seres
sievert. Também utilizava-se freqüente vivos recebem provém do cosmos, de
mente os submúltiplos dessas medidas, galáxias e estrelas longínquas. Também
como o milirem (mrem) ou o micro- chegam nos grandes doses diretamen
sievert (pSv). te emanadas pelo Sol. Trata-se de par
As partículas que emitem os elemen tículas de energia muito alta, que ao se
tos radioativos possuem uma grande chocarem na atmosfera com átomos de
energia, capaz de arrancar os elétrons hidrogênio, oxigênio e argônio, as fa
dos átomos que atravessam, inclusive zem explodir em núcleos mais diminu
os que compõem as células humanas. tos, porém também radioativos. Estes
O processo de arranque de elétrons depositam-se na estratosfera, até que
recebe o nome de ionização: o átomo acabam precipitando-se sobre a Terra
pode perder um ou vários elétrons por com a chuva ou a neve. Em certas
causa da radiação, ficando carregado ocasiões, caem diretamente sobre o solo
positivamente, ou ganhar algum elé e as plantas. Por exemplo, um dos
80 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
ção de partículas radioativas; ao existir sas próprias casas. Por exemplo, os reló
menos ar, produzem-se menos recom- gios luminosos de pulso, parede e
binações. Viver ao nível do mar equivale despertadores podem ser especialmen
a receber menor radiação cósmica, en te radioativos.
quanto os que vivem em montanhas Outros radionuclídeos abundantes
altas ou viajam de avião recebem doses em nosso lar são os utilizados em bús
muito superiores. Calcula-se que a ra solas, telefones, escovas antiestáticas
diação cósmica seja de 30 a 50% do total para limpar o pó dos discos, detetores
da radioatividade recebida de fontes de fumaça, luminárias de tubos fluores
naturais. centes e televisores à cores, entre outros
artigos, mesmo que sejam em quanti
dades insignificantes.
Radiação terrestre A maior fonte de radiação ionizante
de origem artificial, e uma das mais
Entre os materiais que compõem a perigosas, tem paradoxalmente origem
crosta terrestre, existe uma série de médica.
elementos em processo de desintegra Trata-se das explorações radiológi-
ção que emitem certas doses de radio cas e os medicamentos radioativos. Já
atividade. foi descrita a experiência vivida por
Os elementos principais que emitem alguns membros do GEA e um delega
radioatividade são o urânio e o tório. do de meio ambiente da Comunidade
São conhecidos mais de 100 minerais de Madri, em outubro de 1991. No
que contêm urânio e uns 50, tório. estande da Electron, em Biocultura,
Ao desintegrarem-se, os elementos dispararam os alarmes dos dois conta
originais transformam-se em outros dores geiger ligados naquele momento.
novos, também radioativos, que re A surpresa e perplexidade iniciais,
cebem o nom e de “ filh o s” ou seguiu-se a procura pelo elemento
“descendentes”, até que se chega ao desencadeador do forte alarme radioa
último elo da cadeia, um elemento que tivo. Após passarmos entre os vários
já está estável, como o chumbo. O visitantes da feira, o geiger voltou a
radônio é um descendente daqueles delatar a presença de altos níveis radioa
elementos originais presentes na maior tivos e finalmente pudemos encontrar
parte das rochas e, portanto, nos mate o responsável. Tratava-se de um se
riais de construção: o urânio 238, o nhor, a quem haviam colocado uma
urânio 235 e o tório 232. O radônio agulha de cobalto no peito por padecer
apresenta duas formas: o radônio 222 , de câncer das tiróides. la irradiando a
o mais freqüente e conseqüência da 40 metros ao seu redor. O terrível não
desintegração do urânio 238, e o é somente que o homem estivesse
radônio 220, filho do tório 232. Por altamente contaminado pela radioati
sua vez, o radônio origina descendentes vidade, senão que também irradiava
ou radionuclídeos, também radioati fortes doses a quem dele se aproxi
vos, que emitem partículas alfa. mava.
Além das fontes naturais de radiação, Existe outro fator de risco radioativo
recebemos outro bombardeio radioati bastante desconhecido, que estamos
vo de origem artificial, cujas fontes se sofrendo e sofreremos ainda por mui
encontram, em muitos casos, em nos tos anos. São as conseqüências dos testes
82 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
É possível que, para alguns leitores, dem ser mais gráficas e ilustrativas do
tenha sido difícil nossa incursão ao que as rígidas e áridas definições que a
mundo das radiações e energias que ciência nos dá das coisas e fenômenos
compõem a vida. Somos conscientes da que acontecem na vida.
complexidade do exposto, porém tam A vida é, na realidade, algo tão
bém da necessidade de aprofundar o imensamente grande e complexo para
conhecimento das energias e suas múl a mente racional, que defini-la e estru
tiplas interações. turar suas leis em parâmetros racionais
Fica por definir e investigar em que pode se tornar m uito pretensioso. Isso
medida podem estar afetando-nos e, não irá nos impedir de persistir na
sobretudo, como reconhecer os dife intenção de definir e clarificar alguns
rentes fatores de risco e incidência que dos processos biológicos e psicológicos
temos apontado através desta obra: al que regem parte de nossa existência,
terações telúricas, contam inação intenção que cuidaremos para que
eletromagnética, linhas Hartmann, ra não consista no estabelecimento de
dioatividade, etc. regras fixas (já que freqüentem ente
Aqui tampouco serão fáceis as defini não podemos ir além das hipóteses de
ções, para o que os exemplos e casos se trabalho). Cada um deverá expe
tornam quase obrigatórios. Uma vivên rimentar por si mesmo os postulados
cia ou uma metáfora talvez sofram de aqui expostos e, a partir deles, tirar
escasso “rigor científico”, porém po suas próprias conclusões.
84 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
a)
chega ao paciente por impulsos perió terrenos) das emissões de radiação gama
dicos. Recordem os que o campo procedentes do subsolo; ligeiras dife
magnético terrestre também é pulsante, renças na temperatura infravermelha
com uma periodicidade que oscila entre emanada do solo ou nas emissões de
os 8 e 20 impulsos - ou ciclos - por certas freqüências de ondas curtas. Per
segundo. Poderíamos dizer que a terra cebe-se melhor essas linhas energéticas
emite de 8 a 20 ondas magnéticas por com a observação das principais reações
segundo. O curioso é que não podemos fisiológicas ou elétricas dos organismos
ouvir o som da terra, pois nossos ouvi situados em sua vertical. O doutor E.
dos percebem os sons a partir dos 20 Hartmann realizou mais de 150.000
ciclos por segundo. Em troca, nosso testes, denominados georritmogramas,
cérebro chega a sintonizar-se com esse que consistem em medir as diferenças
campo pulsante terrestre: entre os 8 e os de resistência cutânea corporal em
12 ciclos de atividade elétrica e magné sujeitos que permanecem períodos de
tica cerebral encontramo-nos no ponto 30 minutos sobre uma zona alterada
máximo de relação. E o chamado estado te lu ric a m e n te , sobre linhas ou
alfa cerebral. cruzamento de linhas (denominadas
Não acreditamos ser oportuno insis Hartmann, em homenagem a seu des
tir mais na importância que o campo cobridor) ou em zonas neutras e livres
magnético terrestre e o magnetismo de alteração telúrica. Nos gráficos, qua
em geral exercem em nossa saúde física se sempre observa-se mudanças bruscas
e mental. As investigações seguem na resistência eletrocutânea quando o
multiplicando-se e as aplicações da sujeito permanece na zona alterada,
magnetoterapia são a cada dia mais reação que se estabiliza ao deslocar o
populares. Recordemos somente que indivíduo a uma zona neutra.
sempre será mais lógica uma atitude A estrutura global dessas retículas ou
encaminhada à não-despolarização de redes energéticas terrestres é muito va
nosso organismo, evitando-se os fatores riável, porém percebe-se uma constante
ou os lugares alterados magneticamente, que oscilaria, como média, em um es
do que estar constantemente repola- paço de cerca de 2,5m, entre as linhas
rizando-nos ou remagnetizando-nos. que correm na direção norte-sul, e 2 m
de distância entre as paralelas que cir
culam de leste a oeste. A espessura das
Linhas Hartmann ou rede global linhas ou “paredes energéticas” estabe-
lece-se em torno dos 21cm. Todavia,
São as linhas de força da estrutura ele aqui também observa-se flutuações,
tromagnética terrestre. Sua existência tanto de um lugar a outro como na
continua sendo muito controvertida, mesma linha entre um período e outro
apesar de continuamente e com toda do ano. Sobretudo, percebe-se intensas
clareza comprovarmos a incidência que variações nos momentos que precedem
exercem sobre a saúde. as fortes mudanças atmosféricas, espe
Em sua vertical, podemos medir ener cialmente precedendo movimentos
gias tão diversas como diferenças de sísmicos. Confunde-se a possibilidade
potencial elétrico atmosférico e terres de que flutuações da intensidade nas
tre; diferenças na condutividade do solo; linhas energéticas terrestres sejam as
aumento ou diminuição (segundo os que os animais percebem, já que fogem
88 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
mV
30 35 40
Reações radiestésicas
Nível do terreno
cleares sem carga, que do cosmos à radiação gama na vertical das zonas
terra irradiam o seu entorno, reagindo alteradas teluricamente - correntes de
com relativa facilidade com os núcleos água, fissuras, cruzamentos H.
dos elementos, dando lugar a nêutrons O doutor Wüst realizou numerosas
refreados e radiação gama ao se choca medições de radiação gama procedente
rem com a matéria. A água, a terra da terra. Mediu, por exemplo, uma
molhada, as cisternas, fossas sépticas ou zona onde desenvolveram-se três casos
o próprio concreto, que retém a água de câncer, com os resultados de 11,5 a
da concretagem, bloqueia bastante es 13 (iR /h (microRõntgen/ hora), en
ses nêutrons, produzindo uma radia quanto a poucos metros daquele lugar
ção gama secundária intensa e perma decrescia a 8-8,15 |J.R/h. Em outro
nente. Este efeito é várias vezes mais local, que havia sido indicado por um
prejudicial que o produzido por uma radiestesista como zona alterada telu
radiação gama energeticamente igual. ricamente, mediu 18 (iR /h, enquanto
Nos seres vivos, os nêutrons bloquea somente a um metro descendia a 11 ,8 .
dos nas células e a radiação gama secun O doutor Beck, diretor médico da clí
dária danificam suas estruturas. nica infantil de Beirute, observou a
Freqüentemente observamos, duran existência de um local no edifício onde
te as m edições geobiológicas de ocorriam repetidamente extra-sístoles
radioatividade em terrenos e moradias, em crianças com afecções cardíacas. Ao
que se registra um aumento do nível de medir o local, registrou-se 20,7 JtR/h;
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 93
B = CAMPO M AGNÉTICO
I - CAMPQ ELÉTRICO
V - VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
capazes de gerar intensidades de campo elétricos era mantida durante certo tem
de 25 quilovolts/m etro, devem situar- po: os animais sofriam o que - desde os
se a uma distância mínima de 1 lOm de trabalhos de Seyle - denominou-se in
qualquer edificação. Assim mesmo, re ternacionalm ente com o reação do
gulam os tempos máximos de exposição estresse.
aos campos eletromagnéticos, segundo E se tudo isso foi pouco, McElhaney
sua intensidade. produziu câncer em ratos expostos a
Em 1977, os biofísicos Becker e campos elétricos de 7.000 V /m .
Marino divulgaram suas experiências E possível objetar diante desses dados
com animais em campos eletromagné que as pessoas não são coelhos nem
ticos. Em três gerações sucessivas de ratos. Sem dúvida, esse tipo de experi
ratos submetidos a um campo elétrico mento tenta reproduzir em laboratório
de 15.000 volts/m etro, observaram que as condições a que se acham submetidos
aqueles eram cada vez menores que os os que vivem nas proximidades das linhas
do grupo de controle, não expostos ao de alta tensão, e os campos de 5.000
campo. Em coelhos, os pesquisadores volts por metro e de baixa freqüência
constataram diversas modificações no (similares aos utilizados em experimen
sangue: aumento dos glóbulos bran tos com anim ais) eqüivalem aos
cos, diminuição dos linfócitos e declínio produzidos por uma linha de 400 kV.
do número de glóbulos vermelhos, o O experimento com animais é algo
que significa anemia. corriqueiro na indústria. Normalmen
Domansky descobriu que a atividade te, quando uma substância resulta
da enzima acetilcolina esterase, substân nociva para alguns animais de expe
cia fundamental do cérebro, diminuía riência, não se passa para a fase seguinte,
em 36% quando se expunha os ratos a que seria o experimento com seres hu
campos débeis de 1.000 V /m , durante manos. Ou melhor, a técnica não é
períodos de um a quatro meses, assim considerada perigosa até que se de
como a assimilação do iodo pela glân monstre o contrário. Há anos, milhares
dula tireóide reduzia-se pela metade; de pessoas estão servindo de cobaias
além disso, descreveu a duplicação do sem saber. Na Alemanha, o engenheiro
número de espermatozóides mortos e elétrico Egon Eckert estudou as m or
diminuição da vitalidade dos vivos em tes súbitas de lactentes sem causa
animais submetidos a campos de 5.000 aparente, constatando que a maioria
V /m . Andriyenko também observou dos casos acontecia principalmente nas
uma diminuição das funções repro- imediações de vias eletrificadas, emis
dutoras dos ratos submetidos a campos soras de rádio, radar e linhas de alta
elétricos: a fertilização acontecia mais tensão.
tarde, havia um retardo do desen M arino e Becker sugerem que os
volvimento dos órgãos sexuais, os cânceres hum anos aum entam nas zo
recém-nascidos eram menores e mais nas onde existem, por sua vez, grandes
débeis, existia uma perturbação no fun concentrações de linhas elétricas, an
cionamento dos ovários, do útero e dos tenas transmissoras de ondas de rádio
testículos. e televisão; segundo esses pesquisa
Marino e Becker observaram efeitos dores, produz-se um efeito aditivo
sobre o funcionamento de todo o orga (sinergético) entre todos esses fa
nismo se a exposição aos campos tores.
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 101
Linha primária
Em 1979, a epidemiologista Nancy Wertheimer realizou um estudo que sugeria relações estatísticas
entre alguns cânceres infantis e a proximidade de certas linhas de alta tensão. Os que viviam a menos
de 40 metros de uma linha primária, ou a menos de 15 metros dos dois primeiros ramais de uma linha
que parte de um transformador, registravam o dobro de casos de câncer infantil.
linhas secundárias que partem dos trans- o risco duplica-se, e acima de sete vezes
formadores-detectou-se quase o dobro o perigo multiplica-se por quatro.
de casos de câncer infantil. Ao mesmo tempo, Jerry Phillips, do
Esses estudos foram seriamente Cancer Therapy and Research Center
criticados e tachados de alarmistas, acu de San Antonio, Texas, detecta um cres
sando-os de tão somente terem medido cimento anormal das células cancerosas
os campos eletromagnéticos exteriores submetidas a ondas eletromagnéticas de
às casas, e não os produzidos por ele freqüências baixas, similares às produzi
trodomésticos, e que não se haviam das pelas redes de alta tensão.
considerado outros fatores de risco, como Solokov demonstrou, mediante ex
a presença de fumantes na casa, etc. Tam perimentos com ratazanas, o efeito
bém foram acusados de conhecer com mortífero dos campos alternados de 50
antecedência as casas onde registravam- Hz, quando estes são suficientemente
se mais casos de câncer, pelo que as fortes. Com potenciais de campo de
pesquisas não resultavam como objetivas. 650 kV /m e uma exposição à radiação
Em 1985, Myers e Cartwright não de 270 minutos, 50% das ratazanas
confirm avam os estudos citados, morreram enquanto aumentava sua
enquanto em outras pesquisas apre temperatura corporal. Esses três expe
sentadas como réplica negativa-Fulton, rim entos, m encionados no livro
em 1980, e McDowall, em 1983 - Unsichtbnre Umwelt, de Herbert Konig,
comprovou-se, ao serem revisados os professor da Universidade Técnica de
seus dados, que realmente correspon Munique, são provas científicas do efei
diam com os obtidos por Wertheimer e to extraordinariamente forte que os
Leeper. campos eletromagnéticos produzem
O sueco Lennart Tomenius chega a sobre os seres vivos, após um tempo de
resultados parecidos com suas investi exposição relativamente curto.
gações sobre o surgimento de tumores Está justificado extrapolar esses re
no sistema nervoso de crianças, que sultados para o homem, pois a mesma
moram em zonas próximas a grandes física moderna expressa a tese de que
instalações elétricas, em Estocolmo. tudo está relacionado com tudo e, bio
Em 1987, David Savitz, da Univer logicamente, não há grandes diferenças
sidade de Carolina do Norte, realiza entre as células e os órgãos dos distintos
um cuidadoso e exaustivo trabalho na seres vivos. Além do mais, as investiga
mesma região eleita por Wertheimer e ções sobre o comportamento chegaram
Leeper. Segundo Savitz, as crianças à conclusão de que as reações dos ani
expostas a uma densidade de fluxo ele mais com o seu redor (especialmente
trom agnético da ordem de 0,25 observadas em insetos) podem trans
microteslas correm um risco 1,3 a 1,6 portar-se para o ser humano.
vezes superior de padecimento de cân Brauss, da Universidade de Heidelberg,
cer que as não expostas, elevando-se efetuou experiências com pessoas.
esse perigo ao dobro no caso das Resumiu assim os resultados: “Está
leucemias. Savitz relaciona também a demonstrado que os cabos elétricos de
aparição de tumores benignos com o 220 volts e 50 Hz, instalados nas casas,
número de aparelhos elétricos caseiros geram campos que elevam a pressão
utilizados e o número de vezes que se parcial do oxigênio no sangue em mais
utilizam. De quatro a cinco vezes diárias, ou menos 6 %. Também elevam-se os
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 103
APLICAÇÕES E USOS
emitida através de um aro de cobre que gia de uma mosca são muito diferentes
rodeava a 50cm a cabeça do símio, o das humanas, os processos bioquímicos
qual passava de estados de agressivida de envelhecimento são comparáveis e
de à maior das apatias, em função da permitem determinar a existência de efei
freqüência que lhes aplicavam. tos potenciais nas pessoas. A curta
Consideramos interessante citar os duração do ciclo vital e o fácil manejo em
trabalhos dos doutores Ramírez e laboratório de grande população de
M onteagudo, este último chefe do Ser Drosophilas proporcionam vantagens
viço de Biotecnologia do Hospital indubitáveis para o experimento.
Ramón y Cajal de Madri, expostos no Os resultados das investigações
congresso sobre eletromagnetismo e demonstraram o efeito claramente sig
meio ambiente, realizado em dezem nificativo dos campos eletromagnéticos,
bro de 1990 na Faculdade de Medicina de 50 hertz e 1 militesla, sobre a
da Universidade de Alcalá de Henares, longevidade das moscas estudadas, en
promovido pelo Instituto de Bioele- curtando a vida média das fêmeas em
tromagnetismo Alonso de Santa Cruz.1 25% e a dos machos em 30%.
Em sua palestra, o doutor M onteagudo De tudo isso, podem os deduzir
expôs sua surpreendente pesquisa so que o problema não reside somente
bre os efeitos mutagênicos dos campos na exposição a altas freqüências e
eletromagnéticos de baixa freqüência doses, mas que são as freqüências e
sobre os cromossomos da mosca-de- imensidades mais próximas das pró
fruta: Drosophila melanogaster. prias biológicas que exercem maior
As investigações realizaram-se de incidência, sobretudo em processos
forma rigorosa; analisou-se, ao longo mutagênicos e em exposições pro
de 24 experimentos, cerca de 75.000 longadas, como é o caso de pessoas
cromossomos. Ficou patente que a ex que passam muitas horas em casas
posição a campos eletromagnéticos de expostas à rede de alta tensão ou em
50, 150 e 250 hertz e 10 microteslas, frente a um com putador com m oni
assim como a campos elétricos de mes tor de tubo com raios catódicos.
mas freqüências e 5 quilovolts/m etro
de intensidade, exerciam um efeito
mutagênico cujo índice de mutação Glândula pineal: as defesas contra
estimado (um para cada mil) resultou o a degeneração genética e o câncer
dobro do detectado nos cromossomos
das moscas de controle. A melatonina é um hormônio secretado
Em outra série de investigações, es pela glândula pineal, que regula certos
tudou-se os efeitos da exposição aos processos endócrinos e a que se atri
campos eletromagnéticos de baixa fre buem propriedades anticancerígenas.
qüência (50 hertz) sobre a fecundidade, Os doutores S. Cos, E. J. Sánchez e M.
fertilidade e longevidade da citada D. Mediavilla, do departamento de Fi
mosca. siologia da Faculdade de Medicina da
As investigações mais destacadas em Universidade de Santander, realizaram
gerontologia experimental consideram a em 1988 um experimento visando es
Drosophila como um dos modelos bioló tabelecer alguns dos “fatores poten-
gicos mais adequados para pesquisas nesse cializantes” da atividade pineal e sua
campo. Enquanto a anatomia e fisiolo relação com o câncer de mama.
110 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
tras funções da melatonina, à parte das minada pela freqüência do campo: en
defesas contra o câncer. O ciclo desse tre 6 e 20 hertz havia mais perda de
hormônio estabelece os ritmos diurnos cálcio, ocorrendo a perda máxima a 16
e naturais do corpo, cuja erupção pode hertz, enquanto em freqüências infe
provocar fadiga e depressão. A mela riores ou superiores os níveis de íons
tonina também estimula o sistema começavam a se recompor. Liboff sabia
imunológico e modula a função dos que, para abandonar uma célula, o íon
órgãos endócrinos (gônadas, pituitária, deve passar por um canal na membrana
timo e hipotálamo). Wilson conclui celular. Ao fazê-lo, oscila em certas
que, se a melatonina suspende as fun freqüências características da carga elé
ções endócrinas, também os campos trica do canal e da carga e massa do
magnéticos podem perturbá-las. mesmo íon. Imaginou que um campo
Abe Liboff, um físico da Univer magnético da mesma freqüência pode
sidade de O akland, realizou um ria ressonar com o íon, elevando de
experimento irradiando igualmente a alguma forma sua energia e dando-lhe
células sadias e malignas, tanto ósseas um empurrão expulsivo extra através
como linfáticas, para observar como os da membrana. Usando uma fórmula
campos magnéticos afetavam seu cres para medir a freqüência natural de íons
cimento. Seus resultados sugerem que que atravessam os canais celulares, des
as radiações induzem ambos os tipos de cobriu que os íons de cálcio que
células a produzirem mais DNA (ácido abandonam a célula têm, realmente,
desoxirribonucléico), sinal de que es uma freqüência de 16 hertz, a mesma
tão preparadas para se dividirem. O que corresponde à maior declinação no
incremento de DNA nas células malig experimento de Adey.
nas é, com certeza, de três a cinco vezes Para comprovar se essa correspon
maior que nas células sadias. dência dava-se em outros tipos de íons,
A falta de uma teoria sobre um Liboff e seus colaboradores idealizaram
mecanismo que explique os efeitos um experimento imaginativo, utilizan-
eletromagnéticos sobre as células é um do-se do lítio. Treinaram cinco ratos
dos maiores obstáculos para os pesqui para obterem alimento pressionando
sadores. Liboff começa a obter alguns uma vareta entre 16 e 24 segundos,
progressos nessa área: está promoven depois de um resplendor de luz e um
do, com cautela, o que chama de “teoria apito. Logo os submeteram a uma com
da ressonância íon-ciclotron”, baseada binação de dois campos magnéticos,
em trabalhos próprios e de outros, como separadamente a cada um deles; um era
Adey. de corrente alternada, como a típica
Os íons servem como mensageiros linha elétrica, e outro de corrente contí
químicos que influem em várias fun nua, com cerca da metade do campo
ções celulares básicas, desde a magnético natural da Terra. A com
reprodução à respiração. Em 1976, binação de ambos os campos foi
Adey descobriu que os cérebros de cuidadosamente calculada para ressonar
frangos expostos a certa classe de cam com os íons de lítio, que abundam no
pos m agnét icos m ostram um a cérebro.
deficiência de íons de cálcio. A Liboff Depois de 30 minutos de exposição,
intrigou o fato de que a importância os ratos pareceram perder toda noção
dessa diminuição parecia estar deter de tempo, empurrando freneticamente
112 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
Cabos elétricos
1.500 nanoteslas
Lâmpada halógena
250 nanoteslas
Lavadora de roupas
Inferior a 150 nanoteslas
Barbeador
Inferior a 300
nanoteslas
Densidade do fluxo
eletromagnético a 1 m etro
Secador de cabelos |
1.000 nanoteslas
Geladeira
Inferior a 100 nanoteslas
Aspirador de pó
Televisor
2.000 nanoteslas
Inferior a 150 nanoteslas
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 115
A eletrocussão de um pessoa pode sobrevir quando, por exemplo, toca um cabo desencapado ou um
aparelho com defeito em seu circuito elétrico, ao manipular um contato ou uma lâmpada, estando
descalço ou com o solo molhado. Com um a tensão geral de 220 volts, um a descarga elétrica pode
induzir desde um a leve cãibra até a m orte por parada cardíaca.
A maior ou m enor gravidade das feridas dependerá de vários fatores, como: estado da superfície
cutânea (seca, úmida ou m olhada), a dureza da epiderme, a trajetória da corrente, a superfície e o
tem po de contado, a idade, o sexo, o peso, a quantidade de álcool no sangue e o isolamento (luvas,
sapatos, etc.).
*Fontes: Revista Estar Melhor e M anual Completo de Faça Você Mesmo, Ediciones dei Prado.
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 121
Fornos de microondas
to m aticam en te, p o d e causar-lhe ce dos, embora não será demais levá-los
gueira em q uestão de segundos. em conta.
Um estudo realizado no verão de
1990, em bares e lanchonetes de Paris, Fogões e fornos de indução
revelou que mais de 2 0 % dos aparelhos
apresentavam fugas de microondas aci Funcionam aquecendo os recipientes
ma do permitido. ferromagnéticos que contêm os alimen
O utro informe publicado na Ingla tos. Se os recipientes são adequados,
terra, no mesmo verão, alarmou a têm um alto rendim ento energético,
opinião pública e os serviços médicos pois não se desperdiça calor.
ao comprovar que os casos de infecções Geram campo eletromagnético, p o
alimentares entre os usuários de micro rém por serem aparelhos de surgimento
ondas superavam em mais de 300% a m uito recente, não dispomos de dados
média estatística. sobre sua tolerância.
A resposta dos fabricantes e de al
guns epidemiologistas foi que a causa M antas elétricas, ventiladores, secadores
não residia nos aparelhos, mas no hábi de cabelo, robôs de cozinha, radiogra-
to dos usuários, que consumiam mais vadores e outros aparelhos
produtos pré-cozidos ou só requenta
vam ligeiramente os alimentos. Em bora alguns desses aparelhos pos
O forno de microondas aquece toda suam m otores potentes ou transform a
a massa do alimento, fazendo vibrar dores geradores de intensos campos
suas moléculas aquosas; por isso, ao eletromagnéticos, seu uso restrito ou a
não transmitir o calor pela superfície, escassa exposição não nos perm ite
pode aquecer-se completamente um considerá-los problemáticos ou peri
alimento sem chegar à tem peratura de gosos. Exceto as mantas elétricas, que
esterilização, de 70°C, e isso permite permanecem conectadas - em bora es
que proliferem bactérias e germes noci tejam desligadas pois o forte campo
vos, como salmonelas, listéria, etc. elétrico (ou eletromagnético, quando
Esse efeito secundário do microon em funcionamento) supera em m uito
das nada tem a ver com a eletricidade ou as doses toleráveis. A regra segue sendo
os campos eletromagnéticos aqui trata- o afastamento e a desconexão quando
não estiverem em uso.
Secador de cabelos elétrico
Lampadas
ao reator sempre é benéfica, pois dim i radiações ultravioleta dos tubos fluo
nui a corrente de trânsit o, chamada rescentes são capazes de matar cultivos
reativa, que não produz energia mas de células e aum entam em nove vezes a
aquece a instalação e aumenta o campo taxa de indução de câncer em hamsters
eletromagnético. de laboratório.
O campo elétrico livre, ou eletros-
tático, emitido pelos fluorescentes pode b)As lâmpadas incandescentes são
ser corrigido ou eliminado, telando os de menor rendim ento que as fluores
tubos com uma pequena rede metálica centes e as halógenas, porém não ge
e conectando as próprias luminárias à ram campos eletromagnéticos, em bora
terra. induzam campos elétricos que deve
O utro inconveniente desse sistema mos evitar afastando-nos ou estabele
de iluminação é a estreita faixa do cendo a conexão à terra.
espectro luminoso abrangido, que difi E freqüente encontrar lâmpadas de
culta a discriminação das cores e produz cabeceira e de criado-mudo, cujos in
maior cansaço ocular que as lâmpadas tensos campos elétricos são induzidos à
incandescentes. pessoa que dorm e, que não tem a pos
Alguns pesquisadores são contrários sibilidade de descarregar-se à terra
à iluminação com tubos fluorescentes. devido ao isolamento que pressupõe a
O doutor John Deman, da Universida cama.
de de Guelph, em Ontário (Canadá), O uso de somiês e estruturas metáli
sustenta que a luz fluorescente instala cas propaga melhor as cargas elétricas,
da em áreas de alimentação tem um assim como o uso de fibras sintéticas.
efeito nefasto no sabor e valor nutritivo Aconselhamos, portanto, a madeira e as
dos alimentos expostos, particularmente fibras naturais não-condutoras.
sobre queijos, manteiga, leite e azeite. O “truque” ou o remédio, se o tipo
Segundo afirma, o sabor do leite desa de distribuição da companhia elétrica o
parece em três horas de exposição e permitir, consiste em controlar o inter
destrói-se a vitamina C; na manteiga, ruptor da lâmpada: este corta somente
também as vitaminas A e D são rapida um dos condutores. Se coincide com o
mente destruídas. Desconhecemos se neutro, pelo outro cabo circulará um
esse efeito transmite-se aos alimentos campo elétrico que descarregará o ar
enlatados. através de toda a estrutura da lâmpada.
Tanto educadores franceses como Isso não acontece quando o interrup
norte-americanos coincidem em que a tor corta o cabo de fase (ver p. 166).
iluminação das salas de aula das escolas,
com tubos fluorescentes, agrava a ins c) As lâmpadas halógenas não indu
tabilidade e a irritabilidade dos meninos zem campo elétrico por conectarem-se
e meninas nervosos, que com outro a tensões reduzidas, porém seu trans
tipo de luz tornam-se mais calmos e formador gera intensos campos eletro
cooperativos. Ignoramos se a radiação magnéticos.
eletromagnética dos reatores influi nes Se restringir-se seu uso ou afastar-se
se processo ou somente é motivado o transformador não torna-se preo
pelo tipo de luz. cupante, além disso, levando em conta
Especialistas da Universidade do que a qualidade de sua luz é m uito
Missouri (EUA) descobriram que as agradável.
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 127
Mudanças climáticas
Chuva acida
Contaminação Gases e
do ar fumaça
Cadeias alimentares
Nossos hábitos de vida, nossas casas e as atividades industriais geram um a grande quantidade de dejetos
e de substâncias contaminantes, que passam ao ar, à terra e à água. Acabam integrando-se na cadeia
alimentar, afetam nossa saúde e intervém nas mudanças climáticas.
Fatores de risco no interior das calor e ao fogo, que durante anos foi
residências: “conforto biológico” empregado para a confecção de tecidos
incombustíveis e a fabricação de isolan
Podemos citar os fatores mais importan tes térmicos, sapatas de freio, embrea-
tes: os materiais de construção, a ativida gens e também em algumas tintas.
de desenvolvida em tal espaço, a vo- Na residência, esse elemento aparece
lumetria, a temperatura, os fatores atmos sobretudo nos sistemas de ar condicio
féricos externos, o número de pessoas nado. O amianto pode ser utilizado no
nos locais, etc. Até esta data não se isolamento dos condutores para a cale
haviam considerado de muito interesse fação. Também é utilizado como pro
os ótimos fatores do meio ambiente, e teção das estruturas metálicas. A inevi
que de forma simultânea atuam sobre o tável deterioração desses produtos de
homem como elementos de bem-estar. amianto significa que as fibras despren
Sempre se fala de temperatura, um i didas podem introduzir-se no ar e, atra
dade relativa, etc., porém m uito pouco vés dele, no tecido pulm onar, onde
de outros fatores. Não se levou em chegam a “cravar-se” por sua condição
conta, por exemplo, que para ter-se de fibras m uito fortes e resistentes. Os
uma definição exata do grau de pureza tipos de amianto azul, marrom e bran
do ar num espaço fechado, é preciso co podem ser a causa de fibrose pulm o
considerar outros parâmetros de gran nar e de enfermidades degenerativas
de importância, como a ionização do como o câncer de pulmão. Existe atual
ar, o campo ou a carga elétrica, a luz, os mente na Espanha uma norma que
campos magnético e eletromagnético e indica as precauções que deve-se ter em
alguns outros fatores pouco estudados relação ao amianto. Nesse sentido, cabe
(radioatividade ambiental e dos materi recordar que o Barlimont, o edifício
ais, incidência das cores, etc.). mais simbólico da Comunidade E uro
O utro dos fatores que interagem na péia, foi evacuado devido ao excesso de
qualidade de vida dos moradores de amianto em seu interior.
uma casa é a pureza do ar que se respira.
Essa pureza depende, em grande parte, - Benzeno. E um com posto orgânico
dos materiais empregados na constru que se encontra no petróleo, de forma
ção e dos equipamentos do edifício. natural. Trata-se de uma substância
Será interessante estudar a pureza química bastante tóxica e perigosa que,
do ar, para o que podem os utilizar em doses elevadas, chega a ser can
algumas bom bas de aspiração, que cerígena, ataca o sistema im unológico
nos perm item analisar distintos gases e pode gerar leucemia.
prejudiciais para a saúde através de A maior parte do benzeno atmosfé
reagentes calibrados, que analisare rico chega até nós através das emissões
mos em função de seu ajuste às normas das refinarias de petróleo e, sobretudo,
internacionais. dos gases que desprendem dos canos de
escapamento dos veículos à m otor. Está
presente em alguns produtos químicos
Alguns dos poluentes presentes no ar e nos removedores. Em certas ocasiões,
chega até nós através das fibras sintéti
- A m ianto (asbesto). Trata-se de um cas e do plástico. Esta substância tam
mineral fibroso de alta resistência ao bém pode ser encontrada nas soluções
136 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
Soda cáustica (N a O H ),
D ESCA SCA N TES E b en zen o , diclorom etano, Lixar, polir, soprar u m jato de
Intoxicação, queim aduras na
REM O VED ORES DE areia, carbonato sódico,
p r o dução dc fosfógeno ao pele, cancerígeno (o benzeno).
PIN TU R A S queim a r -se. am oníaco.
D ESC A LC IFIC A N TES Ácido clorídrico (HC1, ácido Ácido cítrico, ácido tartárico,
PARA PANELAS, m uriático), ácido fosfórico, Perigo para as crianças.
vinagre.
CA FETEIR A S, ETC. clorantes.
A M B IEN TA D O R ES Paradiclorobenzeno. C ontam inação aquática. Airar, lim par, colocar flores.
Areia de q u artzo e
P R O D U T O S PARA tensoativos, aromas, Alergias e outras moléstias. Cinzas de lenha, vinagre.
ESFREG A R desinfetantes.
Texto publicado em O berfláchenbehandlung und Pflege im Haus, In stitu tfü r Baubiolojjie + Õkolojjie.
H olzham 25. D-8201 Neubeuern e republicado pela revista Integral.
140 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
PLANTAS Q U E PURIFICA M O AR
EFEITOS D O R U ID O
150 e s t a m p id o s ô n ic o
140 e x p lo sã o a o n ív e l d o s o lo C H O Q U E LABORIAL
130 decolagem de reator UMBRAL DE D OR
125 e s c a p e l iv r e d e m o t o r , t r o v ã o
> >
120 IM PA C T O DA V O Z H U M A N A , M A RTELO PER IG O D E D A N O N O ATO
p n e u m á t ic o a u m m e t r o , c o n c e r t o
D E RO CK
mmmm
40 CASA DE CAMPO, JARDIM SEM CRIANÇAS
35 BIBLIO TECA CO M P O U C O PÚ BLICO LIM ITE PARA O SON O TR A N Q Ü IL O
30 D O R M IT Ó R IO
20 E S T Ú D IO IN SO N O R IZ A D O D E U M A EM IS
SORA
1 1 RUMOR DÉBIL DE FOLHAGEM NO CAMPO
Tn # (
15 M U R M Ú R IO A C IN C O M ETRO S
10 IM PERC EPTÍV EL PARA A M AIORIA
5 UMBRAL D E AUD IÇÃ O
A escala nos informa sobre os danos potenciais - de maior a menor - que determinados ruídos chegam
a provocar no ouvido humano. A lguns são certamente cotidianos; e nem sempre se é consciente da pressão
fisiológica e psicológica a que nos submetem.
146 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
A Luz, que pode considerar-se como recebe uma determinada superfície si
energia visível, est á compost a de um tuada a certa distância da fonte. Na
espectro de freqüência eletromagnética prática, o nível de iluminância se mede
que vai do ultravioleta ao infravermelho, com um luxômetro.
e cujas longitudes de onda oscilam en Para obter a comodidade visual neces
tre 400 e 700 nm (nanômetros). sária em cada atividade ou trabalho que
N a luz branca estão contidas todas as realizemos, são necessários certos níveis
freqüências visíveis, e quando por efei mínimos de iluminância, por exemplo:
to da refração, reflexão ou polarização
predom ina uma faixa estreita de fre - Um dia ensolarado de verão nos
qüências, aparecem as cores visíveis. De oferece 100.000 lux, em pleno sol.
fato, cada fonte luminosa possui um - À sombra 10.000 lux.
espectro particular, que lhe confere al - Com o céu encoberto 20.000 lux.
gum as características e qualidades - Uma noite com lua cheia 0,2 lux.
específicas, assim como alguns efeitos - Em um ambiente de trabalho (ofici
psicofisiológicos no organismo bem nas, escritórios, etc.) recomenda-se
determinados. um mínimo de 500 lux.
O fluxo luminoso de uma fonte é
projetado em todas as direções e a Além da intensidade luminosa ou
iluminância é o fluxo luminoso que iluminância, será de vital importância o
Longitudes Longitudes
de onda curta: de onda longa:
violeta amarelo Preto Branco
azul laran j a
verde vermelh o
V erde: neutro
152 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
já mencionado espectro cromático, que observou-se que nas pessoas que per
deverá nos dar a temperatura de cor ou maneciam com os olhos vendados em
“cor aparente” da fonte luminosa. uma sala onde mudavam-se as cores das
A l u z q u e n t e oscila até o amarelo paredes, variava a temperatura corporal
avermelhado, com uma temperatura de externa: subia com os tons quentes
cor baixa (3.000 K o u até menos). (vermelho, laranja, amarelo) e descia
A l u z f r i a , ao contrário, vai até o com as cores frias (azul, índigo, violeta,
azul-violeta, com uma temperatura de verde).
cor elevada (8.000 a 10.000 K). A resposta neuromuscular e a resis
A l u z b r a n c a n a t u r a l , a que emite tência à pressão de certos músculos
o sol com céu limpo, tem uma tem pe também oferecem informações interes
ratura de cor de 5.000 K quando está santes do ponto de vista da incidência
no apogeu, e de 2.000 K quando en da luz e da cor nas constantes biológi
contra-se no horizonte. cas: uma pessoa com óculos de lentes
Existem lâmpadas cuja luz é mais verde-escuras perde até 12% da tensão
vermelha - lâmpadas incandescentes muscular, e 8% quando se tratar da cor
com resistência infraverm elha-enquan marrom. Somente as lentes ligeiramente
to em outras predomina o azul - muitos escurecidas não incidiram diretam ente
dos tubos fluorescentes - e em outras nos testes realizados.
predomina mais o amarelo: halógenas e Os seres vivos têm se adaptado às
algumas incandescentes. condições de luz e cor que abrangem
O utros usos possíveis da luz e da cor ampla gama de freqüências cromáticas
são os que oferecem impressões de e intensas luminescências. Qualquer po
volume ou de espaços difusos. larização induzirá respostas específicas
As cores vermelho e laranja, chama que deverão ser estudadas de forma
das também quentes, dão volume, corpo individual e personalizada, a fim de
e relevo às imagens que iluminam. E n aproveitar seus possíveis efeitos benéfi
quanto o azul, chamado frio, aplaina as cos ou evitar disfunções ou transtornos
imagens e as torna difusas. que, pelo fato de serem sutis, não devem
ser depreciados. Por isso, estudaremos
minuciosamente os distintos sistemas
Respostas fisiológicas à cor de iluminação, luminárias, lâmpadas,
etc., otimizando-as às necessidades que
As respostas de nosso organismo à luz, nos im põem , tentando harm onizar
à cor e aos diferentes tons cromáticos nossa realidade pessoal com a luz e a
vão mais além do puramente subjetivo. cromatologia ambiental,3 natural ou
Nas provas realizadas nos laboratórios artificial.
de luz das empresas Philips e Mazda,
FATORES DE RISCO E SUA INCIDÊNCIA 153
1 O o lh o h u m a n o p o d e d ife re n c ia r
100.000.000 de tons diferentes.
2 As cores-luz primárias são o vermelho, o
verde e o azul-escuro, que ao unirem-se formam
o branco. Nas cores-matéria, a união do azul-
cian, do verm elho-m agenta e do amarelo for
mam o preto.
3 Recordemos os trabalhos de M onteagudo,
onde descreve-se um excesso de horas de luz
com o fator de diminuição da atividade pineal e
a conseqüente perda, por parte do organismo,
de respostas imunológicas e antimutagênicas,
assim com o o efeito oposto que sofrem. Ao
contrário, a falta de luz gera estados de ansieda
de e tendência depressiva, algo m uito habitual
nos povos nórdicos.
154 O GRANDE LIVRO DA CASA SAUDÁVEL
A radioatividade caseira
Gesso natural (R U )
Fosfogisgina (RFA)
M icrofone de ventosa
Fones de ouvido
Uma opção realmente “caseira” consiste em conectar o microfone de ventosa (à venda em lojas de
eletrônica) a um magnetofone ou a um walkman, colocando-o na função de g ra va r e em posição de
escuta da gravação. O microfone captará as ondas eletromagnéticas, que serão registradas e escutadas
através do aparelho magnetofônico.
PRÁTICA GEOBIOLÓGIC A 165
Bip.Bip.Bip....
fase
neutro fase
campo elétrico campo elétrico
Bússola, plana.
M agnetô metros
Y: L a rg u ra C 1 X: D ireçã o a ser m e d id a
M edidor de íons.
PRÁTIC A G E O B IO LÓ G IC A 171
Sonômetro
Temperatura e umidade
C O N FO R T O C LIM Á TIC O
49
Insuportável
Calor seco
43
U 32 Ar abafado
Necessidade de ventos
(i.
27
o Demasiado seco ZO N A C O M O D A M uito úm ido
~5 21
_c
15 Frio nocivo
Frio cruel
10
Cu
E
4
-1
Gelado
-6
10 30 50 70 100
Umidade relativa %
dade que nos cerca, porém o certo é que mento eletrônico mais confiável que o
ainda não se dispõe de um aparelho ou próprio corpo humano. E, definitivamen
equipam ento de medição que assinale o te, a ele deveríamos nos remeter sempre
que ocorreu com todas essas energias e que desejássemos ter uma idéia aproxi
suas múltiplas interações com o ser h u mada do que ocorre ao nosso redor.
mano ou com qualquer outro ser vivo, Por tais circunstâncias, no próximo
pelo que talvez o mais lógico seja per capítulo abordaremos os sistemas de
guntar diretamente ao organismo. detecção que fazem uso da sensibilida
Após muitos anos de experiência, de de e das reações do corpo hum ano,
vemos reconhecer que, todavia, não dis para informar-nos de quanto sucede ao
pomos de nenhum aparelho ou equipa nosso redor.
mente, que pode perceber isso ou, ao tela, dando-nos a resposta para nossa
contrário, passar-lhe desapercebido. Se pergunta. A qualidade da resposta ou
percebe, nossa parte consciente pode sua veracidade dependerão de múltiplos
ajudar nesses processos, tom ando deci fatores, nos quais poderemos encontrar
sões conscientes que seriam, no caso, a maneira de formularmos a pergunta, o
colocar ou tirar mais roupa, dependen código e o programa empregados, o
do da circunstância. Com o apontáva bom estado dos circuitos, a nitidez da
mos no início do capítulo, com a respi tela, etc. Definitivamente, um conjunto
ração ou os impulsos cardíacos há uma de fatores onde todos os elementos de
parte controlada conscientem ente e verão funcionar com perfeição, de for
outra que funciona de forma incons ma coerente e coordenada. Possuir iso
ciente. Voltaremos a esses exemplos ladamente o melhor dos teclados ou a
mais tarde. Agora vejamos o que se melhor das telas não nos servirá de nada
passa quando tivermos em nossas mãos se não dispomos do restante.
um pêndulo, que pode ser qualquer Dispor do melhor ou mais sofistica
objeto mais ou menos geométrico e do dos pêndulos não servirá de nada se
estável, de maior ou m enor peso e não soubermos com o usá-lo: se não
suspenso por um fio, corrente, etc., ca estamos familiarizados com seus códi
paz de oscilar em um sentido ou outro gos, não saberemos como teclar as per
quando recebe um ligeiro impulso. guntas, inserir o disquete ou pôr em
Se atamos esse pêndulo a algo rígi funcionamento o circuito.
do, veremos que não oscila. E se o faz,
será devido ao movimento do ar ou do
elemento a que esteja sujeito. Biossensores
Em troca, se o sustentamos com os
dedos da mão, talvez permaneça im ó Para completar o exemplo e antes de
vel ou efetue certas oscilações, que passar a descrever o uso correto dos
serão percebidas como resultado do instrumentos de radiestesia, indicando
movimento consciente de nossa mão a m ultiplicidade de exercícios de
ou talvez por um movimento im per sensibilização aos quais podem os re
ceptível. De fato, a pergunta é: por que correr, gostaria de acrescentar a análise
o pêndulo oscila da direita para a es dos biossensores que em nosso orga
querda, respondendo a uma pergunta nismo se encarregam de codificar as
formulada pelo operador, ou diante de informações, enviando os sinais ade
uma zona do corpo acometida por quados para regular as múltiplas fun
alguma doença, ou sobre uma zona ções corporais que permitem sua sobre
sólida de um terreno, por cujo subsolo vivência.
corre um veio de água, um filão m etá Tom em os com o base o processo
lico ou uma falha geológica? digestivo, em cujo transcurso milhares
Se seguirmos o exemplo do com pu de biossensores dispostos estrategica
tador, a quem formulamos uma pergun mente nas papilas gustativas enviam
ta através de um código especial e medi informações codificadas de cada uma
ante um teclado, vemos como os circui das substâncias ingeridas ao cérebro e
tos se põem em marcha, transformando aos demais órgãos digestivos. Q uando
os sinais em impulsos elétricos até se digo cada uma, não estou me referindo
converterem em símbolos e letras na somente aos sabores conhecidos - doce,
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 181
amargo, ácido, etc. estamos levando dos ruídos e freqüências sonoras das
em conta a com posição química e que estam os co n stan tem en te su b
molecular de cada alimento ingerido, mersos, e assim sucessivamente. Po
suas doses, mesclas, possíveis com bina rém, apesar disso, nosso corpo reage ao
ções e reações químicas com a saliva e o efeito das cores sobre a temperatura
restante dos alimentos: a quantidade corporal ou o excesso de ruído am
de água, de oxigênio... O u seja, mi biente.1
lhões de dados e informações que per Da mesma forma que podemos afi
mitirão elaborar e dosificar a quantida nar nossos ouvidos, colocando as mãos
de e a composição dos sucos gástricos, sobre os pavilhões auditivos - a orelha
capazes de digerir corretam ente cada - ou ampliar nosso campo visual com a
tipo de alimento. T odo esse processo ajuda de lentes ou de um telescópio,
se realiza em frações de segundo e também podemos acessar as inform a
constantem ente, sem que tenhamos ções dos milhares de biossensores que
consciência dele. possuímos. Porém, para isso, teremos
Infinidades de biossensores distri que fazer uso de um m étodo adequado
buídos por todo o corpo fornecem para cada elemento que pretendemos
to d o tipo de informação: tem peratura perceber ou classificar.
am biente, grau de umidade, quantida D iante da impossibilidade de dis
de de oxigênio no ar, ionização, campo por de milhares de aparelhos eletrô
magnético terrestre, diferentes subs nicos providos dos sensores específi
tâncias químicas necessárias ou tóxicas, cos, adaptados a cada circunstância
presentes no ar que respiramos, na ou objeto de estudo - além do fato de
água que bebemos ou na roupa que serem caríssimos, m uitos nem foram
vestimos. Os complexos biossensores desenvolvidos tecnicam ente e nem o
eletrônicos mais recentes são capazes serão em m uitos anos - , será mais
de distinguir partículas de uma subs adequado usar o próprio co m p u ta
tância química determinada, que mani d o r pessoal que é nosso corpo, com
pulamos com nossas mãos no transcur suas múltiplas faculdades. Apesar da
so das últimas semanas e que ficaram margem de erro, que sempre d ep en
impregnadas nelas. derá do grau de experiência ou sensi
O que serão capazes de detectar bilidade pessoal, o certo é que pode
nossos próprios biossensores? nos fornecer valiosíssima inform ação
O problema reside na classificação sobre fatos e circunstâncias que esca
de toda essa informação, nos milhões pam à nossa m ente racional.
de dados que processamos constante Resumindo: quando perguntamos
mente e que nos deixariam loucos, se ao pêndulo por um fato concreto, esta
de repente ficássemos conscientes de mos perguntando a nós mesmos, e a
les. Acaso entenderíamos algo se toda a resposta, coerente ou incoerente, apa
informação contida num com putador recerá na “tela” mental, traduzida em
aparecesse de um golpe na tela? Talvez um movimento oscilatório do mesmo.
por isso limitamos nossa consciência a D o despertar da sensibilidade pessoal,
uma escala de percepção m uito reduzi da coerência e do bom funcionamento
da. Vemos somente uma gama m uito do conjunto de elementos postos em
reduzida de cores com relação às exis jogo com um ato tão simples, depende
tentes, ouvimos somente uma parte rá o resultado final.
182 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
cristal ornamental
(lustres)
bola de madeira
fio de algodão
correntinha
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 185
a)
Oscilação
direita-esquerda
T
Oscilação
acima-abaixo
PRÁTICA G EO BIO LÓ G I C A 187
g r á f ic o s p a r a a p r á t ic a c o m p ê n d u l o
C)
Sentido dextrógiro
Sentido levógiro
188 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
U so prático em geobiologia
5.000 e 5.500, et c. Cada doença dava cruzam ento 5 .000 e se, além disso, este
uma freqüência abaixo dos 6.500. As estivesse sobre uma corrente telúrica
pessoas sadias e com m uita vitalidade ou próxima de forte campo eletrom ag
superavam essa medida, situando-se nético, podia declinar a 4.000, dedu
entre 7.000 e 8.000. Em bora existis zindo-se disso que o órgão que ocupas
sem casos de pessoas cuja energia glo se esse espaço seria afetado pela energia
bal estava em 6.500, enquanto um do lugar e terminaria vibrando na mes
órg ão d eterm in ad o dava som ente ma freqüência.
4.500, com que estabelecia-se que tal Se levarmos em conta que tanto
órgão estava enfermo ou afetado. Bovis como Sim onetton observaram
Anos mais tarde, essa mesma escala que cada vírus, bactéria, fungo ou en
seria recuperada por alguns radies fermidade tinha uma freqüência vibra
tesistas praticantes da geobiologia, que tória inferior a 6.500, com preendere
observaram que os lugares negativos mos a relação direta entre a energia do
ou geopatogênicos davam medidas in lugar e o transtorno padecido, já que o
feriores às 6.500 unidades Bovis. As órgão, por indução ou ressonância,
sim, portanto, na vertical de uma linha terminará vibrando na mesma freqüên
H podia-se medir 5.500, sobre um cia que a enfermidade em questão.
192 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
Daí a pensar que m udando a fre vimento na vertical, para cima e para
qüência vibratória do órgão o proble baixo. Nesse ponto, olhamos para as
ma se resolve, é um passo. De fato, cifras e sabemos que esse lugar está por
muitas terapias atuais vão nessa dire exemplo a 7.500, o que nos indica que
ção. Em bora talvez não seja preciso tem boas energias e será positivo como
terapia alguma, já que somente deslo local de descanso ou estadia. Ao seguir
cando-nos do lugar conseguiremos deslocando o pêndulo sobre a escala,
mudar a freqüência vibratória do órgão observaremos que muda o giro, osci
em questão e este começará a funcionar lando da direita à esquerda. Ao retroce
corretam ente, p erm itindo o resta der, voltará a parar ou oscilar acima e
belecimento rápido ou a não-prolifera- abaixo quando estiver em 7 .500.
ção do vírus ou germe patogênico que Recordemos que não é nem o pên
nos afeta. dulo nem o biôm etro que estão infor
E evidente que não só o lugar afetará mando sobre a energia do lugar, mas
nossas vibrações. Já mencionamos que nossa sensibilidade pessoal e a inform a
certos alimentos desvitalizados tam ção de nossa parte inconsciente, à qual
bém o fazem, assim com o determ ina estamos dando a oportunidade de m a
dos hábitos de vida, de estresse ou de nifestar-se através de um pêndulo e de
permanecer frente à tela do com puta uma escala.
dor ou do televisor... A mesma operação realizada para
medir um lugar podem os em pregar
para alimentos, pessoas, órgãos, etc. A
U so do biôm etro imaginação e as necessidades de cada
um serão os únicos limites.
Repetimos que trata-se de uma escala
referencial, que nos informa da quali
dade dos alimentos, água, plantas me As outras escalas
dicinais, lugares, etc.
Seu uso servirá com o ponto de refe Poderíamos empregar, com o mesmo
rência, e não creio que seja coerente fim, qualquer outra escala que sirva de
usá-lo quando vamos ao supermercado referência. Por exemplo, já que esta
para medir a energia do que com pra mos habituados à escala de 0 a 10 dos
mos (embora bem podemos fazê-lo exames escolares, zero seria a mais ne
logo, em casa). gativa possível, cinco normal ou neutra
e 10 a mais positiva.
Para- medir um lugar O percurso do pêndulo sobre a esca
la pode ser o mesmo, com eçando pela
Seguramos a escala com a mão não unidade mais baixa e term inando pela
empregada para sustentar o pêndulo e, mais alta. A parada do pêndulo ou a
com ela, lhe daremos um ligeiro movi oscilação vertical indicarão o positivismo
mento. Geralmente, começa-se impri ou negativismo do objeto medido.
mindo um giro no sentido dos pontei Algo parecido acontece com a escala
ros do relógio. Uma vez feito isso, desenvolvida p o r B. Legrais e G.
vamos deslocando o pêndulo sobre a Altenbach, autores do livro Salud y
escala, até observarmos que modifica a cosmotelurismo (Saúde e cosmotelu-
oscilação e termina realizando um m o rism o), ao que deram o nom e de
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 193
194 O GRANDE LIVRO D A C A S A SAUDÁVEL
da e 10% de cloreto de cobre, tam pan b)A rapidez com que absorvem a
do-os im ediatamente para evitar que o água do recipiente onde foram coloca
pó ou outras substâncias interfiram na das. As plantas em zonas alteradas con
cristalização. Depois distribuiremos os somem a água com avidez. Para obser
recipientes como no m étodo do sal var bem esse fenômeno é interessante
comum. A harmonia ou desarmonia que o recipiente seja transparente.
nas ramificações da cristalização nos
darão as referências sobre a energia Prova D bis: Reação do feto macho
presente nos determinados lugares que
estudamos. Em alguns trabalhos de radiestesia, re
Uma vez encontrada uma zona n eu corre-se a uma variante da prova ante
tra que dê cristalizações harmônicas, rior. Consiste em colocar folhas recém
poderemos efetuar provas de cristaliza cortadas de feto macho em um recipi
ção sensível sobre a saúde ou vitalidade ente que contenha água. Se após 24
das pessoas (uma gota de sangue derra horas as folhas de feto aparecem
mada no recipiente com a diluição de ressecadas ou como queimadas, é sinal
cloreto de cobre) ou de plantas (uma de zona geopatogênica.
gota de seiva, sumo de frutas, etc.). Pessoalmente, não temos realizado
A interpretação das alterações de tal experiência devido à dificuldade em
saúde de uma pessoa, através da crista identificarmos o feto macho. Com efei
lização sensível, requer grande experi to, ignoramos se trata-se de Filix mas
ência e muitos conhecimentos. Asse ou de Aspidium filix mas. Os autores
melha-se ao diagnóstico pela íris, e dessa prova assinalam a diferença, onde
somente os profissionais podem ofere o feto macho apresenta uma linha de
cer análises confiáveis. Nunca devemos pontos centrais na seção de corte da
tirar conclusões prematuras e sem co folha, enquanto o feto fêmea tem p o n
nhecimento de causa. tos margeando o contorno (ver ilustra
ções da pág. 202). Vocês mesmos p o
Prova D: Reação nas plantas cortadas dem realizar as provas que considerem
convenientes e fazer-nos participantes
Para esse diagnóstico, usaremos qualquer de seus experimentos e resultados.
tipo de planta a que tivermos acesso. E
uma prova relativamente simples e con Prova E: A s reações dos anim ais
siste em observar o estado da planta,
uma vez cortada, em um lugar determ i Com o se com entou em capítulos pre
nado da residência ou de aposentos. cedentes, os animais possuem uma alta
Será im portante que as flores sejam sensibilidade às zonas geopatogênicas
irmãs ou m uito parecidas e que tenham ou de fortes radiações. Na medida de
sido cortadas ao mesmo tempo. suas possibilidades e em plena liberda
Deveremos fixar-nos em dados im de (física ou afetiva), buscarão as zonas
portantes: mais sadias para seu equilíbrio e bem-
estar. É sabido que alguns animais ele
a) Se permanecem frescas e viçosas gem preferencialmente as zonas mais
durante m uito tem po ou se, ao contrá alteradas ou de maior radiação, com o as
rio, deterioram-se com facilidade. As formigas, as abelhas e os gatos. Q uanto
conclusões são evidentes. a estes últimos, apreciam tam bém a
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 203
macho
a) b)
a) Sobre zona neutra, os músculos b) Sobre zona alterada, será difícil
oferecem boa resistência à pressão. oferecer resistência à pressão.
em casa, a resposta não nos oferecerá sas, as mãos deveriam estar paralelas ao
informação, em caso afirmativo, se essa uni-las, e as pontas dos dedos tocando-
alteração concreta está lhe prejudicando. se simetricamente, como observamos
Igualm ente se perguntarmos simples na figura da página 206.
mente se a contaminação eletromagné O normal deve ser que, quando nos
tica lhe afeta, e não determinamos se é encontramos sobre zona neutra, os
a da casa ou de outro lugar, então a dedos encontrem-se paralelos e simé
resposta será evidentemente ambígua. tricos ao realizar essa prova. Se, ao
Com o algumas pessoas alegaram que contrário, ao repetir várias vezes a ope
nem sempre dispõe-se de outra pessoa ração a posição dos dedos apresenta
que nos ajude a realizar essas provas, é uma certa assimetria, é provável que
interessante informar sobre alguns tes nos encontrem os sobre uma zona de
tes de características similares. forte alteração, que deverá ser evitada
O teste do “paralelismo” pode ser o em permanências prolongadas.
mais indicado para ser efetuado solita Devemos levar em conta que, no
riamente. Consiste em colocar-se sobre caso de tensão prévia, lesão ou desequi
o local a comprovar, relaxar e levantar, líbrio estrutural, esta prova será difícil
sem tensão nenhum a, os dois braços de se efetuar ou não será concludente,
por cima da cabeça até unir as palmas pelo que aconselhamos buscar algum
das mãos. Não se deve forçar uma união amigo ou familiar para poder realizar
paralela das pontas dos dedos, pois isso os testes de tensão dinâmica muscular.
falseará a prova, que consiste em obser
var sua simetria ou assimetria. Georritmofjra ma
Em princípio, por não ter nenhum a
tensão muscular prévia causada por uma Esta prova precisa de algo mais do que
lesão, desvio de coluna ou outras cau meticulosidade e tem po para ser reali-
206 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
mão esquerda
mão direita
reita /
► i 4 »
dessas pedras, algumas das quais com gar ou estabilizá-las de tal forma que se
dimensões impressionantes e cujo peso convertessem em zonas harmônicas para
supera em m uito as considerações de o desenvolvimento da vida.
caráter puram ente estético. Tam pouco O exposto não impede que ali, onde
lograremos decifrar sua funcionalida se encontram e em suas proximidades
de, nem sequer ao considerá-los calen imediatas, possa sentir e medir-se um
dários astrológicos ou astronômicos. alto nível energético, que inclusive al
Nas medições realizadas, descobriu- gumas pessoas têm utilizado com fins
se que estão plantados sobre zonas de terapêuticos e outras com fins mágicos,
forte alteração geofísica ou telúrica. O inclusive negativos. M uitos são os rela
alinham ento de Carnac, na Bretanha tos de missas negras e reuniões de
francesa, está localizado sobre uma bruxas à sombra de tais zonas mega-
grande falha geológica. U m a zona líticas. Todo o descrito reforça-se com
granítica que, por outro lado, possui os nomes que receberam algumas des
um forte efeito piezelétrico e cujo nível sas pedras ou lugares onde se acham:
de radioatividade supera em dobro a “pedras do diabo” , “rincão das bru
média do território francês. xas” , “ bosque dos dem ônios” , etc.
Demasiadas coincidências, quando O que, em realidade, interessa-nos
estabelecemos a analogia com o Am- aqui é decifrar sua possível utilidade.
purdán gerundense, onde repete-se essa Vemos que o princípio físico no qual
presença de menires, falhas geológicas, poderia basear sua ação seria a famosa
granito e alto nível radioativo. A tudo teoria das pontas. Com o existem car
isso une-se a circunstância de que cada gas elétricas no ar e outras na terra, com
pedra erguida verticalmente sobre o diferenças de potencial elétrico que
solo coincide com um cruzam ento de oscilam entre 100 e 300 V /m , obser
linhas H artm ann e segue alinhamentos va-se que qualquer ponta unida à terra
sobrepostos a determinadas alterações exercerá um efeito de descarga entre o
telúricas, como correntes subterrâneas solo e a atmosfera ou entre a atmosfera
de água. Aí aparece a analogia com os e o solo. É bem conhecido por todos o
pontos de acupuntura e os meridianos princípio de funcionamento do fami
corporais, que teriam sua réplica a nível liar pára-raios.
terrestre e de cuja existência pareciam Partindo desse princípio, alguns in
já ter conhecim ento nossos remotos vestigadores levantaram a possibilida
antepassados, com o tiveram dos meri de de neutralizar um certo lugar, ou ao
dianos e pontos de acupuntura os an menos reduzir seu negativismo, des
tigos chineses, 3.000 anos antes de carregando o excesso de energia atra
Cristo. vés de pontas metálicas estrategicamen
Do mesmo m odo que um acupuntor te colocadas. Os resultados foram satis
especialista é capaz de estabilizar o fatórios, em bora sua eficácia depende
excesso de energia de um órgão ou em grande parte da habilidade para
uma zona de nosso corpo, nossos ante encontrar os pontos exatos.
passados foram capazes de distinguir as
zonas mais alteradas teluricamente e Lanças
em conseqüência mais agressivas para a
vida próxima a tais sítios, conseguindo Onde melhor pode-se realizar esse sis
com essa geopuntura derivar, descarre tema de neutralização é nas residências
210 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
Espirais
4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 2 6 27 28 29 30 3
0 1 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
3 ( T 3 ( r3 ( r 3 0 ^ 0 3(T^0 3(T30 3(T 30^0 3 r3 IT 3 0 30 30 30 30 30 30 30 30 3 0 -# H o ral D ia d o mês ▲
___ I______I______I______ 1______ I______1_____ I______1______ 1______1______I______ I______ 1______1_____ 1______1______ I______ I_____ I______ 1______ I---------- 1-------- J —------ 1------------------------------ 1------------------------------------------------m -
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31. 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
J __ l_l__ l_ l __ !_ l _ J __ L J __ l_l__ l_ l __ I I 1 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I__ I__J__ I__ I_____ 8
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Reproduzindo estegráfico em escala métrica, disporemos de um a escala “multiuso” que, com a ajuda
de um pêndulo e a sensibilidade pessoal, facilitará a obtenção de informações precisas sobre o diâmetro
adequado de um circu-ito oscilante e sobre o melhor mês para fa ze r um a terapia.
bem, será provável encontrar o famoso aum ento dos níveis de consciência inte
selo: “Made in Taiwan” . Na melhor rior, maior relaxamento e necessidade
das hipóteses, pelo menos ao fabricante de menos horas de descanso noturno,
ou ao vendedor haverá proporcionado para os usuários de pirâmides em escala
êxito e fortuna. maior.
Isso não significa que os quartzos, Porém, quem nos fala dos efeitos
ametistas, ágatas, rubis, diamantes e secundários de seu uso? Se, com o p ro
demais pedras preciosas ou semiprecio metem, exercem influência sobre as
sas não possuam qualidades específicas, energias físicas e psíquicas, será sua
reequilibradoras ou terapêuticas. C o utilização inócua?
nhecemos usos tão variados como o Nos estudos sistemáticos de residên
emprego de quartzos para harmonizar cias, temos observado muitos amantes
ou desbloquear as energias do corpo, e experimentadores de pirâmides: des
ou de ametistas para criar ambientes de pequenas maquetas utilizadas como
harmônicos ou descarregar tensões, neutralizador, a projetos de residência
colocando-as sobre as mesas em salas unifamiliar em forma piramidal, pas
de reuniões ou despachos. Os geodos7 sando pelas pirâmides de 3m aptas para
de ametistas e as pirâmides de cristal de meditação.
rocha costumam ser colocadas também As medições efetuadas e os relatos
sobre mesinhas de cabeceira, e temos de seus usuários nos mostram o nível de
visto inclusive sobre o televisor para desconhecimento e a falta de consciên
descarregar a eletricidade estática. Nes cia clara do que se está fazendo. Quase
se terreno tão pessoal, também reco todos fazem referência a algo lido em
mendamos informarem-se sobre as pro livros ou ao contado por terceiros.
priedades das pedras, seja com a leitura Poucos haviam experimentado de for
de livros ou, melhor ainda, fazendo uso ma consciente e sistemática. Os que o
da própria sensibilidade pessoal. fizeram, reconheciam estar um pouco
confusos com os resultados díspares e
freqüentem ente contraditórios.
Entre o fogo e as brasas Em m uito poucos casos observamos
um uso correto de certas pirâmides (de
Quando alguém descobre o m undo das cartolina, cristal ou cobre), que foram
energias, acaba fascinado por seus efei colocadas em pontos específicos da
tos e pelas dimensões físicas e psíquicas habitação, com excelentes resultados
que engloba. Não sem razão, encontra de harmonização energética ou n eu
mos entre livros bem vendidos El poder tralização de algum fator agressivo. O
mágico de laspirâmides (O poder mági certo é que trata-se sempre de pessoas
co das pirâmides) e El poder de las hipersensíveis, que “sentem ” de algu
pirâmides 2 (O poder das pirâmides). ma forma especial “as energias” , e isso
Neles, são relatados surpreendentes efei permite-lhes ir colocando as pirâmides
tos sobre a mente e a matéria exercidos (ou outro dispositivo corretor) no lu
pela “energia da forma” , graças a sim gar preciso onde entra em ressonância
ples pirâmides em escala, feitas com harmônica, conseguindo seu esperado
cartolina: desde afiar lâminas de barbear, efeito neutralizador, que tam bém p o
podendo fazer um uso contínuo - 200 dem sentir ou “visualizar” sem grande
barbas com a mesma lâmina - até o dificuldade.
PRÁTICA G E O B IO L O G IA 219
lo: curiosamente, era o último exem nicos e hidráulicos, funcionou sem pro
plar que restava na livraria. Já em casa, blemas desde o dia em que foram colo
abriu-o ao acaso e... Acaso? Começou cados vários cartões de neutralização
a ler a página em que trata-se dos na parede onde estava instalado.
neutralizadores e dos cartões de cor Não podem os descartar a priori as
reção. t entativas de harmonização. São mui
Demasiadas coincidências! Tudo pa tos os casos em que são possíveis e
recia ir num mesmo sentido, sobretudo inclusive desejáveis, já que certas altera
se levarmos em conta que sua intuição a ções parciais ou globais dificultam uma
fez suspeitar, dias atrás, dos “adesivos” vida em harmonia com alguém e com o
na parede e no teto do quarto de sua meio. Nesses casos, recorremos à gama
filha, embora não se atrevesse a removê- de métodos, sistemas e práticas, que
los para não desobedecer o terapeuta com maior ou m enor êxito têm sido
que recom endou sua colocação. empregados ao longo dos anos, em bo
Com o num at aque de raiva, enfure ra sua execução resulte complexa e re
ceu-se com os cartões, arrancando-os e queira uma grande dose de discerni
tirando-os do quarto. m ento, assim como uma comprovação
Talvez tudo tenha sido casual nesse periódica por parte das pessoas “sensí
relato, porém o certo é que nessa mes veis” , assegurando-nos de que aquilo
ma tarde a filha começou a recuperar- funciona corretamente e de que a ener
se, seus olhos recuperaram o brilho e a gia presente é positiva para todos.
partir desse m om ento e segundo ela O que tampouco podemos fazer é
“graças a umas ervas que to m o u ” , sua confiar tanto no sistema de neutralização
apatia e astenia desapareceram e voltou que, podendo deslocar a cama ou lugar
a uma atividade normal. de trabalho a uma zona mais neutra ou
Ignoram os em que medida essa his favorável, a mantenhamos num lugar
tória pode servir de exemplo, porém alterado, confiando que o sistema de
preocupa-nos a “manipulação” cons neutralização nos protegerá por com
ciente ou inconsciente de algumas ener pleto. A busca do “ bom sítio” deve
gias, das quais desconhecemos quase centrar toda nossa atenção e energias.
tudo e chegamos apenas a percebê-las. Neutralizar será o complemento ideal,
Seria injusto de nossa parte des porém complemento, definitivamente.
considerar esse sistema de neutralização, O simples fato de desconectar um
assim com o a quem o recomenda ou radiorrelógio da cabeceira da cama e
emprega. Temos comprovado alguns aterrar corretam ente a instalação elétri
casos efetivos. Inclusive em certa oca ca da casa podem ser considerados sis
sião, surpreendeu-nos que um radia t emas de neutralização, com o são tam
dor de calefação por água quente, que bém a eliminação de uma pintura tóxi
durante anos negou-se a funcionar ape ca ou alérgica, ou o isolamento do
sar de todas as tentativas e ajustes t éc ruído na casa.
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 221
Paisagem
de construção
Isolamento Tintas
térm ico e Vernizes
acústico T ratam ento da madeira
terreno
Q uando não nos fo r possível construir totalmente sobre zona neutra, podemos reduzir a incidência
negativa das alterações telúricas, com um a distribuição tal do edifício que as zonas alteradas
correspondam-se com os lugares de passagem ou os espaços de pouca permanência.
A s plantas e grupos de árvores, colocados nos locais adequados, podem desviar as correntes de a r frio.
Porém, podem também bloquear as correntes de ar ou conduzi-las pelos canais desejados.
Talvez neste ponto o mais difícil seja insolação, direção predom inante dos
a escolha do especialista ou grupo espe ventos, vegetação... Em suma, trata-se
cializado. Deveremos exigir sempre de aproveitar a própria natureza para
garantias de seriedade e profissio que as diferenças térmicas no interior
nalismo. A menos que decidamos nos de um edifício, ao longo de to d o o ano,
especializar através da ampla literatura resultem mínimas, independentem en
existente ou assistindo a cursos ou se te de no exterior as diferenças serem
minários, dos que regularmente reali bastante notadas.
zam-se em toda a Espanha. N a Espanha, tem os exem plos p rá
ticos de a rq u ite tu ra bioclim ática,
com o a aula-laboratório do centro
Correta orientação e aproveita educativo do m eio am biente Los
m ento das energias passivas M olinos, em Crevillente (A licante),
onde m antém -se um a tem p eratu ra
A correta orientação de um edifício estável em seu interior de 23°C d u
cum pre múltiplas funções, com o o rante to d o o ano, sem aporte en erg é
aproveitam ento da radiação solar, a tico externo: m uros coletores, massas
proteção do frio e dos ventos d o m i térm icas, espelhos refletores e siste
nantes, a econom ia energética e o mas de circulação do ar in telig en te
m aior conforto térm ico e lum inoso, m en te d istrib u íd o s e d esen h ad o s
sem gastos adicionais. M elhor, to d a aproveitam a radiação solar e as co r
via, se puderem ser reduzidos ao m í rentes de ar para m anter essa estabili
nim o e inclusive a zero os gastos com dade. Ampliaremos os dados sobre
calefação ou refrigeração, segundo as arquitetura bioclim ática ao abordar o
estações ou o lugar geográfico, se as p o n to dedicado ao conforto térm ico.
inovações da arquitetura bioclimática A orientação cardinal, com as facha
forem levadas em conta. das principais e janelas ao sul e os
A arquitetura bioclimática busca a espaços fechados ou de serviços ao
racionalidade na construção e baseia-se norte, será uma das mais inteligentes
no aproveitam ento das condições em climas frios e temperados. Algumas
ambientais do entorno: a temperatura aletas sobre as janelas, cuja inclinação
média nas distintas épocas do ano, a esteja bem estudada, nos protegerão da
PRÁTIC A G E O B IO L O G IA 227
chaminé
térmica fechada
solar espelho
.12
deposito
M ediante a otimização da localização, é possível
o aproveitamento das radiações solares no verão e
no inverno.
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Quantidades de material que podem ser fabricadas com 1.000 kW de energia térmica (segundo Bogusch)
Os materiais de construção naturais, como a madeira, são ótimos do ponto de vista eco-harmônico. A
madeira de construção, até sua disponibilidade para uso, consome a terça parte de energia que o ladrilho
cerâmico, a quarta parte que o cimento, a sexta parte que os plásticos sintéticos, a 20a parte que oferro
e 120 vezes menos que o alumínio.
tornem-se mais fáceis de limpar. A agres cidade, assim como por estarem isentos
são ao meio ambiente deverá ser consi de possíveis substâncias alérgicas.
derada tanto nos processos de fabrica O utra alternativa que consideramos
ção, como nas substâncias tóxicas ou ótima é o uso de tintas de silicato.
poluentes, que desprendem-se de seu Trata-se de tintas totalm ente minerais,
uso no m om ento de sua eliminação. que cristalizam-se durante a secagem,
O uso do chum bo como aditivo está integrando-se com o material de supor
proibido, porém ainda podem os inge te. São microporosas e mantêm a respi
rir grandes doses ao rasparmos as ve ração da residência. São ininflamáveis e
lhas camadas de tinta, antes da repintura. resistem tanto à radiação solar quanto à
A maioria das tintas sintéticas são alta contaminação. Por serem minerais, nelas
mente poluentes em seu processo de não se desenvolvem germes, fungos ou
fabricação. São mais perigosas ainda bactérias de possíveis efeitos alérgicos.
quando queimam. Todos conhecemos São laváveis e sua durabilidade é
numerosos casos de mortes em incên inquestionável. Existem casas cujas fa
dios de edifícios. A maioria dessas pes chadas foram pintadas em fins do sé
soas não morreram pela ação das cha culo passado e continuam m antendo a
mas, mas pelos gases tóxicos despren vivacidade das cores inalterada.
didos de tintas, vernizes, telas e carpetes Seus inconvenientes são, por um lado,
sintéticos, que recobrem móveis, pisos que somente podem ser aplicadas em
e paredes. O utro dos pontos desfavorá paredes que não receberam outras tin
veis é que a composição orgânica da tas, obrigando-nos a raspar todo vestí
maioria das tintas converte-se em caldo gio de pinturas anteriores; e por outro
de cultivo ideal para os mais variados lado seu preço, mais elevado que o das
m icroorganismos: ácaros, bactérias, pinturas sintéticas. Este segundo in
fungos, etc., tão problemáticos para as conveniente é relativo pois amortiza-se
pessoas alérgicas. Muitas são também rapidamente, graças às suas múltiplas
as pessoas alérgicas aos compostos quí contribuições e sua grande durabili
micos que desprendem-se de num ero dade. De todos os modos, é preferível
sas tintas: terpeno, benzeno, cádmio, gastar mais em tintas do que em medi
pentaclorofenol (proibidos na atuali camentos.
d ad e), lin d an o , xilênio, to lu e n o , Para a proteção da madeira, conti
formol, formaldeído, cetonas, uretana nua sendo m uito válido o popular óleo
e mais de 1.500 substâncias diferentes. de linhaça. Requer um pouco de paci
ência, já que sua secagem é lenta. Para
Pinturas que respeitam o ambiente e as o acabamento, podem os recorrer aos
pessoas vernizes naturais, fabricados por nós
mesmos com resinas, própoles, óleos e
Uma alternativa ao problema talvez essências de plantas ou com cera n atu
esteja no uso de pinturas fabricadas por ral de abelha, ao que podem os acres
empresas especializadas em tintas natu centar essências de plantas aromáticas,
rais: “química doce” . que protegerão a madeira de parasitas e
Tintas e vernizes em cuja composi servirão de am bientador natural para
ção não chegam a entrar mais de 150 nossa moradia.
componentes químicos, especialmente N ão deveria dar-nos preguiça repe
selecionados pela nula ou baixa toxi tir com periodicidade - anualmente ou
PRÁTICA G E O B IO LÓ G IC A 237
a cada dois ou t rês anos - uma caiação alterações do campo magnético que
da casa ou a aplicação de um camada de provocam, às quais adicionam-se as
cera ou óleo de proteção da madeira. perturbações do campo elétrico am
Q uando isso é feito com substâncias e biental e suas diferenças de potencial,
cores naturais, será um prazer do qual que serão excessivas quando mal ater
toda a família pode participar. M uito radas (efeito condensador) ou quase
diferente do odor desagradável e agres nulas quando estão em demasia (efeito
sivo da maioria das tintas sintéticas, que gaiola Faraday). Os resultados são uma
quase nos obrigam a abandonar a casa superexcitação e nervosismo em alguns
por alguns dias. Essas “repintagens” casos, depressão e desvitalização em
tam bém cumprem uma função limpa- outros. Transtornos m uito freqüentes
dora e desinfetante nada desprezível, na maioria dos edifícios, moradias e
sobretudo quando empregamos cal ou escritórios modernos.
tintas naturais antialérgicas. As estruturas e construções de ma
deira podem resultar onerosas, a m e
nos que recorramos ao pré-fabricado,
Sistemas construtivos solução ótima em muitas ocasiões. Pode
resultar inicialmente mais econômica
Este ponto é um dos mais complexos por m2 que a construção em obra. O
neste m om ento, já que as revolucioná conforto biológico interno pode ser
rias técnicas construtivas modernas, ótim o se não se empregar tratamentos
encaminhadas sobretudo ao baratea de madeira, vernizes e pinturas tóxicas.
m ento dos custos de mão-de-obra, im Entretanto, o nível de manutenção
põem critérios que nos levam a incre desse material de construção é m uito
mentar o uso de materiais sintéticos, superior ao da obra, e deverá ter-se em
estruturas metálicas e sistemas pré-fa- conta na hora de fazer os cálculos.
bricados, os quais somente requerem a O utro grande inconveniente é sua in
montagem na obra. Na maioria dessas tegração com a arquitetura local, devi
“casas quebra-cabeça” robotizadas não do à maioria das empresas que com er
se tem em conta o elemento “qualidade cializam casas pré-fabricadas de madei
biológica” , e somente atendem à rapi ra serem de procedência nórdica, com
dez, às contribuições técnicas e ao bara modelos nórdicos, nem sempre de acor
team ento de custos. Não negamos as do com a arquitetura e a climatologia
possíveis “ bondades” de alguns desses mais meridional.
materiais ou sistemas construtivos, p o U ltim am en te, estão aparecendo
rém a qualidade e o conforto biológicos empresas que constroem residências
deveriam estar presentes e ser levados semi pré-fabricadas. Dispõem de um
m uito em consideração. amplo sorti men to de materiais mistos -
As estruturas de concreto armado são as tanto madeira com o cerâmica e outros
mais habituais: deverão derivar-se correta - padronizados, com o que conseguem
m ente ao aterram ento bem feito e levantar casas em tem po recorde e na
compatibilizar-se com o uso de blocos, ladri medida dos gostos e necessidades do
lhos e cerâmicas abobadilhadas, de grandes cliente.
contribuições técnicas e biológicas. As estruturas e sistemas mais tradicio
As estruturas integralm ente metáli nais não cederam seus privilégios e
cas não são m uito aconselháveis pelas importância real, porém a necessidade
238 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
4 cm de madeira
• •W:
40 cm de concreto
fluxo de calor
convecção livre
Para conseguir um isolamento da mesma magnitude, necessita-se de diferentes espessuras para cada
material.
JARDIM DE INVERNO
MUROS DE ANTEPARO g ra n d e s v a n ta g e n s n ã o e s tã o s o m e n te
na economia de energia, mas também
no aspecto econômico. Em bora sejam
mais caros de projetar e instalar, am or
tizam-se a curt o ou longo prazo. N o
m om ento, ainda não temos que pagar
pela radiação solar nem pelo ar ou
vento.
Conforto acústico
N oite de inverno
“A transmissão dos ruídos em um edifício pro
duz-se essencialmente por duas vias: a aérea, em
que as ondas sonoras vão direta ou indiretam en
te (por reflexão) do emissor ao receptor, atraves
sando os obstáculos (paredes, pisos, etc.) e
sendo em maior ou m enor medida absorvidas; e
a via material, em que a onda sonora de trans
missão aérea ou a vibração devido a um impacto
(ruídos de passos, quedas de objetos, tubulações
no interior das paredes) é conduzida pelos cor
pos sólidos para, em seguida, tornar-se aérea e
chegar até nós.
Para im pedir os incôm odos sonoros, deve-se
respeitar dois princípios: impedir a transmissão,
Verão favorecendo o isolamento, ou im pedir a refle
xão, favorecendo a absorção. Em resumo, tratar
o ruído em sua origem: m elhor isolar o ruído do
que isolar-se do ruído.”
As propriedades de amortecimento
sonoro dos materiais obedecem a vá
rios fenômenos que atuam em sinergia,
246 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
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A CONEXÃO À TERRA
a própria água que flui da torneira pode - Azul para o condutor neutro (que
dar choques. está conectado pela companhia dis
Se são previstas im portantes descar tribuidora à terra e, portanto, não
gas eletrostáticas (edifícios metálicos possui tensão im portante).
altos, zonas de m uito vento) e em - Preto ou marrom, para os co n d u to
instalações industriais e das companhias res ativos (que possuem tensão rela
elétricas, devem construir-se tomadas tivamente ao neutro e, portanto, re
de terra “profundas” que garantam lativamente à terra; em corrente al
gradientes de potencial ou “tensões de ternada, corresponde às fases).
passo” não perigosas para as pessoas, - Verde com faixas amarelas, para os
nem para os animais. condutores de proteção conectados
à terra pela instalação do usuário.
As FASES
nismo, deixando-o nas mãos dos chama N osso organism o é suficientem en
dos “especialistas” , como fazemos cor te inteligente e capaz de fazer frente
rentemente com nosso carro, do qual a qualquer eventualidade. C onhe-
ignoramos tudo, tranqüilos e seguros de çam o-nos e ajudem o-nos para que
que quando tiver um problema - avaria flua a vida! O resultado será o perfei
- o levaremos ao especialista - oficina to equilíbrio global - físico e mental
mecânica - e de lá, com seus amplos - , a saúde e a felicidade em seus mais
conhecimentos e muita experiência, virá amplos sentidos.
com a solução. E assim vivemos mais
tranqüilos, sem necessidade de saber
absolutamente nada de mecânica. O corpo tem suas razões
Essa atitude está, inclusive, colocan
do mais ênfase na troca de peças gastas Supomos um erro considerar as reações
ou defeituosas - transplantes - , susci de nosso organismo como puros capri
tando mais interesse e inversão investi chos sem razão aparente.
gadora que as outras vias de gestão de Seria como considerar que a luz do
saúde, com o são a prevenção, o conhe painel de controle do carro, que acen
cim ento real dos fatores de risco ou as de-se indicando-nos que o m otor está
circunstâncias ou atitudes que possibi esquentando ou falta óleo, é o proble
litam o ótim o funcionamento do orga ma real e nós o solucionamos cortando
nismo (exercício, alimentação, respos o cabo que permite acender-se essa luz.
tas psicológicas, afetividade, etc.). F re q ü e n te m e n te desligam os os
Esperemos que, nas próximas déca sinalizadores de nosso corpo - em for
das, essa atitude irracional-embora muito mas de dores - , tom ando alguns com
lucrativa para alguns poucos - inverta-se primidos ou a tão famosa aspirina e
em potencializar muito mais o desenvol esquecemo-nos que esse mal-estar ou
vimento de nossas próprias respostas na dor persistente estava informando-nos
turais diante de qualquer agressor exter sobre um transtorno mais grave, que
no - chame-se de vírus, germe, substân afeta o estômago ou o sistema nervoso.
cia tóxica, frio, calor ou campo eletro Eliminando os sinais, nunca consegui
magnético intenso - e o melhor conheci remos eliminar a causa do problema,
mento das atitudes e atividades mais coe embora temporariamente nos sentire
rentes para o bom funcionamento orgâ mos mais tranqüilos. Prove, a seguir,
nico, biológico ou psicológico. circulando a grande velocidade quan
E bem sabido que o estresse, o esgo do a luz de excesso de temperatura
tam ento físico ou mental ou as carên piscar no console do seu automóvel...
cias afetivas diminuem nossa capacida A febre, outro dos sintomas eviden
de de resposta imunológica, abrindo tes de desajuste interno, não deveria ser
de par em par as portas do desequilíbrio cortada tão alegremente. Em bora pa
e da enfermidade. O mesmo acontece reça aparatosa, não somente é indicativa
com um a alim entação d eficiente, de transtorno ou infecção, como tam
carencial ou excessiva - m uito freqüen bém que com a hipertermia - elevação
te em nossos dias - , o que resulta tão da tem peratura - o organismo protege-
desequilibrador com o a carência de se de certos vírus e bactérias, que não
atividade física (anquilosamento) ou podem desenvolver-se em tem peratu
seu excesso (esgotam ento). ras superiores a 38°C.
264 O GRANDE LIVRO D A C ASA SAUDÁVEL
As reações do organismo não deve cionará o problema, por m uito que nos
riam ser tomadas sob nenhum conceito alivie no m om ento.
tão precipitado, por muitos antibióti Com o risco de parecermos redun
cos e armas químicas de que dispomos dantes, insistimos em algo que já repe
para seu controle (desde logo tem porá timos incessantemente nestas páginas:
rio). Será mais coerent e e até mesmo se o corpo tem razões “reais” e profun
positivo que busquemos sempre a cau das para queixar-se, por que limitarmo-
sa de tal reação. nos com as “aparências” , fazendo caso
Diante de enjôos, calafrios, suor frio, apenas dos sintomas externos? Se o
cãibras, etc., não busquemos somente as próprio corpo sabe o que se passa, por
causas clássicas: intoxicação alimentar, que não perguntar-lhe diret amente? T e
má digestão, cansaço e outras; tentemos mos que reconhecer as limitações que
averiguar se existem razões mais profun nossa percepção tem na hora de aceder
das para tais reações orgânicas: dieta à informação “profunda” de nosso ser.
inadequada, falta de exercício, desajuste Essas limitações, porém , são freqüente
energético profundo, estresse crônico... mente culturais e podem ser superadas,
Ou ainda, no que se refere às nossas se abrirmos um pouco mais nossa es
investigações, má colocação da cama, treita mente ou nos preocuparmos em
contaminação eletromagnética ou ra aprender alguma técnica de expansão
dioativa, deficiente ionização do ar, etc. da consciência.
Eliminar o sintoma ou a dor, sem
incidir nas causas que os induzem, nunca
solucionará realmente o problema: este Nossas limitações:
será apenas adiado ou será mascarado. consciência, percepção e coerência
Se eliminamos a causa, o sintoma ou
sintomas desaparecem. Se repassarmos os diversos temas abor
U