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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

SEBENTA
EXAME DE ACESSO 2017
ENGENHARIAS E GEOCIÊNCIAS

LÍNGUA PORTUGUESA | LÍNGUA INGLESA | MATEMÁTICA | FÍSICA | QUÍMICA


Sebenta – Engenharias e Tecnologias

MATEMÁTICA

Sebenta Exclusiva para o Exame de Acesso 2017


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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

FICHA TÉCNICA

Título: Exame de Acesso 2016 - Engenharias e Tecnologias


Língua Portuguesa - Autores: Rita Dala, Ana Vasconcelos e João Bento.
Língua Inglesa - Autores: José Augusto, Sansão Norton e Théophile Wadigesil.
Matemática - Autores: Cláudio Bernardo, Francisco Gil, Leopoldina Paz
Colaboradores - Walter Pedro, Luísa Vega, Paulo Kaminda, Joaquim Bumba,
Valdik Fonseca, Paulo Teka, Cláudia Matoso, Valdick Jaime, Manuel Cabenda,
António Delgado, Alexis Carrasco, Cândido João e Odayla Perez.
Física - Autor: Karl Krush.
Química - Autores: Kátia Gabriel, Domingos Santana, Júlio Kuende, Martha
Molina, Magata Nkuba, Mário Rey, Mónica Francisco e Letícia Torres.
Colaborador - Miguel Clemente.
Editores - Kátia Gabriel, Emanuel Tunga e Cláudio Bernardo.
Capas e Separadores - Assessoria de Comunicação e Imagem

Morada
Av. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10
Talatona - Luanda - Angola
Telefone:+244 226 690 417
Email: sebentas@isptec.co.ao

© 2015
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC
Sebenta – Engenharias e Tecnologias

PREFÁCIO

Esta sebenta foi elaborada por uma equipa de Professores do Instituto Superior Politécnico de
Tecnologias e Ciências (ISPTEC) de diversas áreas de conhecimento, com o propósito de auxiliar
os candidatos no estudo dos conteúdos específicos avaliados nos Exames de Acesso, realizados
por esta instituição. Os conteúdos aqui descritos são as principais referências para candidatos que
pretendem ingressar no ensino superior pois, abarcam os conhecimentos mínimos necessários
para frequentar os Cursos de Engenharia desta instituição que é caracterizada pelos processos de
ensino e aprendizagem com qualidade e rigor alicerçados na investigação, inovação e extensão
universitária.

A sebenta contém conteúdos de quatro (4) disciplinas distribuídos da seguinte forma:

Língua Portuguesa: Tipo de texto; Categorias narrativas; Língua e comunicação; Ortografia;


Lexicologia; Verbos e tipos de conjugação.

Matemática: Conjuntos numéricos; Potenciação e radiciação; Equações algébricas;


Desigualdades algébricas; Exponenciais e logaritmos; Trigonometria; Geometria no plano; Noções
básicas de derivadas.

Física: Mecânica; Fundamentos da termodinâmica; Eletricidade.

Química: Teoria atómica; Símbolos e fórmulas químicas; Soluções e unidades de concentração;


Cálculo estequiométrico; Cinética, química e equilíbrio químico; Teorias ácido-base; Trocas de
energia em reações químicas; Hidrocarbonetos.

Cada disciplina referida aborda, de forma resumida, os conteúdos programáticos do Ensino Médio
de Angola, na área de Ciências Exatas.

Para consolidar esses conteúdos, são apresentados exercícios resolvidos que permitem a
orientação e suporte dos candidatos na resolução de outros exercícios propostos.

Nesta perspectiva, o ISPTEC lança esta sebenta como material com valor acrescentado para
suportar os estudos realizados pelos candidatos na compreensão dos temas abordados no
percurso do ensino médio.

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CAPÍTULO 1 - CONJUNTOS NUMÉRICOS

1.1 Principais Conjuntos Numéricos

Os conjuntos denotam-se por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C,… e os seus elementos por
letras minúsculas: a, b, c, x, y, ….Para indicar que a é um elemento do conjunto A, escrevemos:
a A e se a não é um elemento do conjunto A, escrevemos: a A. Para descrever qualquer
conjunto utilizamos dois recursos: 1º) Descrição pela citação dos elementos do conjunto,
Exemplo: M =  a, b, c, d e 2º) Descrição pela propriedade que caracteriza os seus elementos,
Exemplo: M: é o conjunto das quatro primeiras letras do alfabeto.

Os principais conjuntos numéricos são: ; ; Q e R. As relações entre conjuntos são mais


evidentes quando se mostram com Diagramas de Venn.

Exemplo:

 é o conjunto dos números naturais e representa-se por: = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …}

 é o conjunto dos números inteiros e representa-se por: = {0,  1,  2,  3, 4, …}

 Q é o conjunto dos números racionais e representa-se por:

Q =  tal que os seus elementos podem representar-se como uma

fração decimal que possui finitos algarismos após a vírgula (Exemplo: ou como uma

fração decimal de infinitos algarismos de dízima periódica, isto é, após a vírgula repete-se sempre

algum dos algarismos (Exemplo: ).

Se os elementos não podem representar-se como uma fração finita, pois

possui infinitos algarismo após a vírgula, mas não se repete nenhum, então eles não são

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elementos do conjunto Q e chamam-se simplesmente números irracionais (Exemplo:


1
 0,70710678.... ) cujo conjunto se denota por: I.
2

 R é o conjunto dos números reais que inclui os números racionais e os números irracionais. Os
subconjuntos dos números reais representam-se com intervalos.

1.2 Intervalos de Números Reais

Tabela 8 - Representação de intervalos de números reais

Intervalos Representação na recta real Condição Conjunto

a, b
a≤x≤b {x ∈ ℝ : a ≤ x ≤ b}
a b
Fechado

 a, b
a<x<b {x ∈ ℝ : a < x < b}
a b
Aberto

 a, b 
Semiaberto a<x≤b {x ∈ ℝ : a < x ≤ b}
a b
à esquerda

a, b
a≤x<b {x ∈ ℝ : a ≤ x < b}
Semiaberto
a b
à direita

Nota: o primeiro dos casos chama-se intervalo fechado, onde os extremos a e b estão incluídos; o
segundo chama-se intervalo aberto onde não estão incluídos os extremos e os dois restantes são
semiabertos (ou também semifechados).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Usando a notação de conjunto, escreva os seguintes intervalos:

a) ]−3, 6[ b) ]  , 6] c) [ 2 , 3] d) [−1, 0[ e) ]−∞, 0[

Solução: É importante observar se os extremos do intervalo estão incluídos. Neste caso usam-se
convenientemente os sinais  ou . Assim escrevemos:

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a) ]−3, 6[ = x  R :  3  x  6 d) [−1, 0[ = x  R : 1  x  0

b) ]  , 6] = x  R :   x  6 e) ]−∞, 0[ = x  R : x  0

c) [ 2 , 3] = xR: 2x 3 

2. Se A = {x ∈ ℝ : 2 < x < 5} e B = {x ∈ ℝ : 3 ≤ x < 8}, determine:

a)A ∩ B b) B – A c) A – B

Solução: em cada item é conveniente representar sobre a mesma recta numérica os intervalos A
e B, para determinar com precisão os elementos comuns e também observar se os extremos do
intervalo estão incluídos na união ou na intersecção. Nestes casos usam-se convenientemente os
sinais  ou . Assim escrevemos:

a)A ∩ B = { x ∈ ℝ : 3 ≤ x < 5} b) B – A = { x ∈ ℝ : 5 < x < 8 } c) A – B = { x ∈ ℝ : 2 < x < 3 }


3. Represente graficamente os resultados de cada expressão abaixo:

a)]  , 6] ∪ [−1, 1[
-1 1  6

b) [ 2 , 1 , 3]
3] ∩ [
2
1 2 3
3
2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Quais das alternativas abaixo são falsas?

a) {Ø} é um conjunto unitário

b) { } é um conjunto vazio

c) Se A = {1, 2, 3}, então {3} ∈ A

d) M = {x : x = 2n, onde n ∈ ℕ} é o conjunto dos números naturais ímpares

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e) Ø ⊂ [ 1 , 1 ] f) Ø ⊂ [ 1 ,- 1 ] ∪ { }
2 2 2 2

g) B ∩ A ⊂ (A ∪ B) h) Q ⊂ (R − )

2. Escreva cada proposição abaixo usando o sinal de desigualdade.

a) a é um número positivo

b) b é um número negativo

c) a é maior que b

3. Represente graficamente os seguintes intervalos:

a) [−10, 11] b) −∞ < x <−1 c) ]−3, 0] d) √3 ≤ x ≤ √5 e) ]0, +∞ [

f) ]5, 7] ∩ [6, 9] g) ]−∞, 7] ∩ [8, 10]

4. Sejam M = {x ∈ ℝ: 2 ≤ x <10}, N = {x ∈ ℝ: 3 < x < 8} e P = {x ∈ ℝ: 2 ≤ x ≤ 9}.

Determine o conjunto P − (M − N).

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. São falsos os itens:


c) Pois o elemento 3  A, mas o conjunto {3}  A.
d) Pois M é o conjunto dos naturais pares.

e) Pois o intervalo [ 1 , 1 ] não é um conjunto de conjuntos, então não inclui o conjunto vazio
2 2
e tampouco é um conjunto que não tem elementos, logo não é igual ao Ø.
h) Pois  Q e se do conjunto dos reais se elimina , está-se a eliminar uma parte de Q e
então Q não pode estar incluído no conjunto (R − ).

2. a ;b a b

3. Apresentam-se os três primeiros:


11 3 0
a) b) c)

4. M – N =  3, 8   8, 10 [ Logo P − (M − N) = ] 3 , 8 [

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CAPÍTULO 2 - POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO

2.1 Potenciação

A potência é o produto de n factores iguais a a, ou seja:


a n  a.a.a. ... .a
 , n ∈ N.
n fat ores

a é a base;
onde : 
n é o expoente.
Exemplos:

a) 33  3  3  3  27 b)  22   2 2  4 c)  3 
2

3 3
 
9
4 4 4 16

2.2 Propriedades da Potenciação

A) Multiplicação de Potências da Mesma Base


Procedimento: conserva-se a base e somam-se os expoentes.
am . an = am + n

Exemplos:

a) 2 x  2 2  2 x2 b) a4  a7  a47  a11

c) (0,9)8  (0,9)2  (0,9)5  (0,9)825  (0,9)15 d) 24  28  248  212

B) Divisão de Potências da Mesma Base

Procedimento: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.

am am
 a m n ; a  0 ou a m n

an an

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Exemplos:

26 34 4
4 x a4
a) 3
 263  23 b)  3 4 x
c) a  a 45  a 1 d) a  x
2 3x a5 a

C) Potência de Uma Potência

Procedimento: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.

(a m ) n  a m.n

Exemplos:

a) (32 )3  32.3  36 b) 4 
3 2
 432  46

c) b 
x 4
 b x4  b 4 x d)  
37 x  37
x

D)Potências de Um Produto

Procedimento: Eleva-se cada factor a esse expoente.

(a m ) n  a m.n

Exemplos:

a)
x  a2  x2  a2

b) 4 x   43  x 3  64x 3
3

   
4
c) 3 x  3 4   x 2 
4 4 1 4
 34  x  34  x 2
 3 4  x 2  81x 2
 

 x  y  2  x  y
1 1 1
d) x y x 2y 2

e) (5.4) 2  52.4 2  20 2

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E) Potências de Um Quociente

Procedimento: Eleva-se o dividendo e o divisor a esse expoente.


n
a an an a
n
   , com b  0 com n  0 e    ; (b  0)
b bn bn b

Exemplos:

2
a)  2 22 2
4 b)  1  12 1
     
3 32 9 5 52 25

1 1
c) 2 2 2 2 2
2 d)  4 
2
42
 1      
16
3 3 9 

2
3 3 2 9 81

F) Potência decimal ou potência de base 10


Uma potência decimal é um múltiplo da potência de base 10, apresentando algumas vantagens:
a) Evita trabalhar-se com números muito extensos.
b) Estes números extensos podem ser substituídos por expressões com o mesmo significado
e valor.
Exemplos:

a) 103  10  10  10  1000 b) 105  10  10  10  10  10  100000

Conversão de 10 ou múltiplo de 10 numa potência decimal


Para realizar esta conversão, basta contar o número de zeros à direita do algarismo 1 (que
representará o expoente da potência).
O expoente indica-nos quantos zeros devem ser colocados à direita do algarismo 1

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Tabela 9 - Potência de base 10

Números Potência Resolve-se

10 101 10

100 10 2 10  10

1000 103 10  10  10

10000 10 4 10  10  10  10

100000 105 10  10  10  10  10

1000000 10 6 10  10  10  10  10  10

… … …

Múltiplos de potência de base 10


A partir de um número, obtém-se o seu produto e a sua potência.

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Tabela 10 - Múltiplos de potência de base 10

Número Produto Potência

30 3 10 3 101
300 3  100 3 102
7 000 7  1000 7  103
2 000 000 2  1000 000 2  106
9 000 000 000 9  1000 000 000 9 109
11 000 000 000 000 11 1000 000 000 000 11 1012
25 000 000 000 000 000 25  1000 000 000 000 000 25 1015
194 000 000 000 000 000 000 194  1000 000 000 000 000 000 194 1018
214 000 000 000 000 000 000 000 214  1000 000 000 000 000 000 000 214 1021

G) Casos particulares

i) Base negativa:

A potência é Positiva se o expoente for par e é Negativa se o expoente for ímpar.


Exemplos:
a)  24   2 2 2(2)  16 b)  33   3 3 3   27

ii) Base positiva e expoente negativo: é igual ao inverso dessa potência com expoente
positivo.

a n  1
an

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Exemplos:

3
1 1 2 2
a) a 3    b)  2  
1 3
  
9
a3  a   
3  
2
2 2 4
 
3

2
c)  4 2    1   1
3 3
d)  2  1  3 27
       
 4 16  3  2
2
 2 8
 
 3

iii) Expoente fraccionário:


m


n
a n
am , a0

Exemplos:
1
x  2 x1  x
5

2 7
a) b) 3
x7  x 3 c) a 2
a5

1 8
d) 25 2  25  5
e) x 3  3
x8 f) 92  91  3
1

iv) Potência de expoente 1: é igual à base.


Qualquer número natural é uma potência de expoente 1 (um)

Exemplo:

(10)1  10 b) (10)1  10 d) 71  7 (0,8)1  0,8


1
a) c)  1   1 d)
5 5
1
1 1
10  10    3   3
1 1
f) g) h)
2 2

v) Potência de base 1 é igual a 1.


Exemplos:
1
a) 15  1 b) 13  1 c) 1 2
1 d) 21  2 e) 1225  1

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vi) Potência de base 0 (zero) é igual a 0.


1
a) 05  0 b) 03  0 c) 0 2  0 d) 010  0 e) 0225  0

vii) Potência de expoente 0 (zero): qualquer potência de expoente zero em qualquer base é
igual a 1 (um).

a 0  1, (a  0)
Exemplos:
0
a) 12
0
1 b) (3)0  1 1
c)    1 d) 20  1 e) 2250  1
2

f) 32  50  9  1  10 g) (100)0  10  1  1  2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Calcule:

a) 12002 b) 24 c) (2)
4
d) ( 2 ) 4
3

2. Escreva numa só potência:

 5 
3
a) 35.32.37 b)
2 4.2 6 5 3
c) 10 .10 .10 d)
4 2
7
37.33 10 .10 4

3. Calcule cada uma das potências.

2x  8
3
3 2 2 3 6 3
2
a) b)  x  c)
3  2  5 3/ 5

3
 29 
d)  3

 2 2.2  
4. Assinale se as alíneas são verdadeiras ou falsas. Corrija as falsas.

a) 73  43  283 b) (2  5) 2  2 2  5 2 c) (9 4 ) 6  348

d) (0,25) 2  16

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5. Escreva na forma decimal.

a) 10 6 b) 10 8 c) 10 6 d) 10 2

6. Escreva na forma de potência de base 2.

a)  0,53 b)  0,252 c)  0,25  2 3


d) 16 2 : 0,253

7. Simplifique dando a resposta na forma de potência de base 3.

(27 3 ) 6 .(2432 ) 4 .(3)


[(0,1) 2 ]3 .(7292 ) 3 .[(0,34 ) 2 ]6 .9

8. Calcular o valor das expressões:

(7  3) 2 .10 2 5,4.0,036.23 4 7.8 2.2 2 9.2.2 3


a) b) c) d)
10 3.10 1 2,3.0,054.0,36 1024 2 2 4.2 2.2 5

9. Se x  36 e y  93 , então pode-se afirmar que:


a) x é o dobro de y b) x – y = 1
c) x = y d) y é o triplo de x

 
 
1
2
10. Se x = 4, indique o valor de
 x 2  x 2 . x 3  : x 5
 

 52  32   2 
11. Simplifique a expressão 3
1 1
32  
5 2

2.3 Radiciação

A raiz enésima de um número a é indicado por:

n
a  b  bn  a a  0 e b  0, n  Z e n  2

n n - o índice;
Em a , temos : 
a - o radicando.

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Exemplos:

a)
4  2 pois 22  4

b)
5
32  2 pois 25  32

2.4 Número Irracional

É um número real que não pode ser escrito sob a forma p/q, com p e q números inteiros.

Exemplos:

3 4
2, 5, 15

2.5 Conversão de Um Radical em Potência de Expoente Fraccionário

m
n
Um radical pode ser representado na forma de potência com expoente fraccionário: am  a n ,

a  0.

Exemplos:

1 1 2

a) 2 2 2
b)
3
5 5 3
c)
3
5 5
2 3

2.6 Conversão de Um Radical em Potência de Expoente Fraccionário em Radical

Uma potência de expoente fraccionário pode ser transformada num radical

m
a 
n n
am , a0

Exemplos:

3 2 2
( ) 1 ( ) 1
a) 10 2
 b) 5 
3 3
5 2
c) 5 3
 3
103 52

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2.7 Propriedades dos Radicais

a) Produto de radicais com o mesmo índice

Procedimento: Conserva-se o índice e multiplicam-se os radicandos, simplificando sempre que


for possível o resultado obtido.
Exemplos:

Efectue as multiplicações seguintes:

  
a) 2 7  3 5  2  3 7  5  6 35

   
b) 33 2  53 6  83 4  3  5  83 2  6  4  1203 48  2403 6

c)  18x   2x  
3 2 3 3
36x 3  x3 36

1 1 3 2
d) 3  3 2  3 2  2 3  3 6  2 6  6 33  6 2 2  6 108


e) 3 2  2   
2  3  3( 2 ) 2  9 2  2 2  6  6  (9  2) 2  6  7 2

b) Divisão de radicais com o mesmo índice:

Procedimento: Devemos conservar o índice e dividir os radicandos, simplificando sempre que for
possível o resultado obtido.
Exemplos:

Efectue as divisões abaixo:

a) 3
20  3 10  3
20
 3
2 b) 28  7 
28
 4 2
10 7

c) 30 15  5 3  30 15
6 5 d) 12  3
12
2
5 3 3

e) 50  2 
50
5
2

c) Potência de radical

Procedimento: Para elevar um radical a uma potência, conservamos o índice do radical e


elevamos o radicando à potência indicada.

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Exemplos:

Calcule as potências:

 2
1 2
2
a)  (2 2 ) 2  2 2  2

 9
2 4
2
b) 3
 (3 32 ) 2  (3 3 ) 2  (3) 3  3 34  3 33.3  33 3

c) 4 5  3
 43 53  64 53  64 5 2.5  64.5 5  320 5

d)  
7  3  ( 7 ) 2  2 7 3  ( 3 ) 2  7  2 7.3  3  10  2 21  2(5  21)
2

d) Radical de radical

Procedimento: Devemos multiplicar os índices desses radicais e conservar o radicando,


simplificando o radical obtido, sempre que possível (considerando o radicando um número real
positivo e os índices números naturais não-nulos).

m.n
mn
a  1 . a  mn a , a  0
Exemplos:

Reduza a um único radical:

a) 81  2 x 2 1 81  4 81

b)
3
7  3 x 2 1 7  6 7
2 1

c)
3
52  2 x3 x 2 11 52  12 52  512  5 6  6 5

d) 4
23 5  4 x 2 x 3 1  2 3  5  24 40

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2.8 Redução dos Radicais

Para reduzir os radicais ao máximo possível, devemos decompor primeiro os radicandos.

Exemplos:

a) 144  24  32  22  3  12

b) 3
243 
3
243  3 35  3 32  33  3  3 9
c) 8  18  2 2  3 2   2

2.9 Racionalização

Procedimentos: Recorrer às propriedades de radiciação.

1. Temos no denominador apenas raiz quadrada:

4 4 3 4 3 4 3
   
3 3 3  3 2
3

2. Temos no denominador raízes com índices maiores que 2:


2
a) Temos que multiplicar numerador e denominador por
3
x 2 , pois 1 + 2 =3.
3
x

2 3
x2 2  3 x2 2  3 x2 2  3 x2 2  3 x2
    
x1  x 2 x1 2
3 3 3 3 3 x
x x2 x3
1 5
b) Temos que multiplicar numerador e denominador por x 3 , pois 2 + 3 = 5.
5 2
x
5 5 5 5 5
1 x3 x3 x3 x3 x3
    
5
x2 5
x3 5
x2  x3 5
x 23 5
x5 x
3. Temos no denominador soma ou subtração de radicais:
2

2

 7 3

2 7 3   

2 7 3

2  7 3

  7 3 
7 3  7 3  7 3
2
7  3     2
73 4 2

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Dê o valor das expressões e apresente o resultado na forma fraccionária:

1 4
a) b) 0,81 c) 2,25 d)
100 9

2. Calcule a raiz indicada:

9 4 12
a) a3 b) 3 48 c) t7 d) t

3. Escreva na forma de potência com expoente fraccionário:


5
a) 7 b)
4
23 c) 32 d)
6
a5

4. Escreva na forma de radical:


5

a b m n
1 1 1
 7 
a) 8 2
b) a c)
3 4 d)
2 5

5. Calcule as seguintes raízes:

a) 3
125 b) 5
243 c)
3
 125 d)
5
1

6. Factorize e escreva na forma de potência com expoente fraccionário:

3 8 4
a) 32 b) 8
512 c) 625 d) 27

7. Simplifique os radicais:

5
a) a 10 x b) a 4b 2c c) 25a 4 x 3
432
8. Determine as somas algébricas:
73 5
a) 2  23 2  3 2 b) 5
3
2  83 3  2  43 2  83 3
3 4
9. Simplifique as expressões e calcule as somas algébricas:

a)
4
96  4 486  24 6  94 243 b) 43 81  813 375  103 24
64 729 125

10. Simplifique a expressão  4 a 2 y 4  


 1 6 3 10 5 10  .
y a  a y 
2 

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11. Racionalize as expressões:

a) 2 2 b) 3 1 3 1
3 
5 3 2 3 1 3 1

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE RADICIAÇÃO

1 9 15 1
1. a) b) c) d) 
10 10 10 4
2. a) 3
a b) 23 6 c) t3 t d) t
1 3 2 5
2 5 6
3. a) 7 b) 24 c) 3 d) a
1 1
4. a) 8 b)
7
a5 c)
4
a 3 .b d)
5
m 2 .n

5. a) 5 b) 3 c) 5 d)  1
5 3 4 3
7 4
c) 3 d) 3
3 7
6. a) 2 b) 2

7. a) a2 5 x b) a 2b c c) 5a 2 x d) 62 2
11 3
 2
8. a) 12 b)
3
22

9. a) 34 6  273 3 b) 443 3
y
 a
10. 10. 2

11. a) 5  3 3 4 b) 4

CAPÍTULO 3 – POLINÓMIOS

3.1 Definição

Um polinómio na variável real x é definido como sendo uma soma algébrica de monómios.

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Px   an xn  an1xn1  ...  a2 x2  a1x1  a0 , onde (n ∈ℕ0).

3.2 Monómio

Um monómio é uma expressão constituída por um número, por uma variável ou por um produto
de números de expoentes naturais.

3.3 Grau de Polinómio

Dado o polinómio Px   an x n  an1 x n1  ...  a2 x 2  a1 x1  a0 , não identicamente nulo, com

an  0 , o grau do polinómio é dado pela mais alta potência da variável do polinómio P(x).

Tabela 11 - Grau de polinómios

Exemplos Procedimentos Grau do polinómio

Px   4 x3  3x  5 Expoente do maior termo 3

P  7 x 3 y 2  2xy  15 Soma dos expoentes do termo de 5


maior grau
Px  5 Número 0

Observação:

Um Polinômio é nulo, (P(x) = 0) quando todos os coeficientes são iguais a Zero.

Exemplos:

a) P(x) = 0 x 4  0 x 3  0 x 2  0 x  0 = 0

b) Se P( x)  (a  7) x 3  4(2  b) x 2  6(c  2) x  4d é identicamente nulo, concluímos que:

a  7  0 a7
 4(2  b)  0  b  2


6(c  2)  0  c  2

 4d  0 d0

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a) Em relação a uma das variáveis, o grau do polinómio é dado pelo maior expoente
dessa variável.
Exemplos:

a) P( x)  5x3  3x 2  4x  5  gr( P( x))  3  Polinómio do 3º grau

b) P  5yx 3
gr( P)  3  grau do polinómio P(x) em relação a x
gr( P)  1  grau do polinómio P(x) em relação a y

c) P  2xy2  4 x 2 y
gr( P)  2  grau do polinómio P(x) em relação a x
gr( P)  2  grau do polinómio P(x) em relação a y

3.4 Valor Numérico

Quando é atribuído um número à variável x , ou seja x   (  ℝ), e calculamos


P   an n  an1 n1  ...  a2 2  a1 1  a0 , dizemos que P  é o valor numérico do polinómio
para x  .

Exemplos:

Determinar o valor numérico do polinómio Px  x 3  4 x 2  6 x  4 para:

a) x 1 b) x   1 c) x0 d) x  3
2

Resolução:

a) Substituindo a variável x por 1 teremos:

P1  13  41  61  4  1  4  6  4  1


2

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b) Substituindo a variável x por   1  teremos:


 2

3 2
 1  1  1  1 1 1  1 65
P        4    6    4    4     6      4  
 2  2  2  2 8 4  2 8

c) P0  03  402  60  4  0  0  0  4  4

P3  33  43  63  4  27  36  18  4  5


2
d)

EXERCÍCIOS

1. Determine o valor numérico dos seguintes polinómios:

a) P x  
3 2
x para x  3 c) Px  2x 3  2x  5 para x2
4
b) Px   7 x  15 para x  5 d) Px  3x 3  4x 2 para x  1
2. A partir do polinómio Px  x 2  2 x  a , obtenha o valor numérico de a , de modo que

P3  10 .

3. Determine o grau dos seguintes polinómios:


a) F (a)  3ab3  5a 2bc 2  3a 3b d) B( y)  10cx2  4 y

b) G( x)  5a 2 x  3ax2  8x 4  3ax3 e) L( x)  10dx3  4

c) D(b)  4bx2  2bx  2 f) A( x)  33x  41x 2

3.5 Operações com Polinómios

Sejam P x  e Q x  , tais que Px   an x n  an1 x n1  ...  a2 x 2  a1 x1  a0 , e

Qx   bn x n  bn1 x n1  ...  b2 x 2  b1 x1  b0 e a, b  ℝ .

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3.5.1 Adição (ou Soma) e Subtração (ou Diferença) de Polinómios

As operações de adição e subtração de polinómios requerem a aplicação de jogos de sinais,


redução de termos semelhantes e o reconhecimento do grau do polinómio. Vejamos com
exemplos, como são realizadas as operações de adição e subtração.

a) Adição

Px   Qx   a n  bn x n  a n 1  bn 1 x n 1  ...  a1  b1 x1  a0  b 0 

Observação: P  x   Q x   P  Q  x 

Exemplo:

Dados os polinómios P x  e Q x  , calcule P x   Q x 

Px   3x 3  2x 2  7 e Qx   3 x 4  7 x 3.  2x  1.

Somando-se os coeficientes dos termos do mesmo grau, obtemos:

Px  Qx  0  3x 4  3  7x 3   2  0x 2  0  2x  7  1  3x 4  4x 3  2x 2  2x  8

b) Subtração

Subtraindo-se os coeficientes dos termos de mesmo grau, obtemos:

Px   Qx   an  bn x n  an1  bn1 x n1  ...  a1  b1 x1  a0  b 0 

Observação: P  x   Q x   P  Q  x 

Exemplo: Dados os polinómios P x  e Q x  , calcule P  x   Q  x 

Px  3x 3  2x 2  7 e Qx  3x 4  7 x 3.  2x  1.

Subtraindo-se os coeficientes dos termos de mesmo grau, obtemos:

Px  Qx  0  3x 4  3  7x 3   2  0x 2  0  2x  7 1  3x 4 10x 3  2x 2  2x  6

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1. Efectue as seguintes adições de polinómios:

a) 2x 2
 
 9 x  2  3x 2  7 x  1 
b) 5x 2
 
 5x  8   2 x 2  3x  2 
c) 2x 3
 
 5x 2  4 x  2 x 3  3x 2  x 
2. fectue as seguintes subtrações de polinómios:

a) 6x 2
 
 6 x  9  3x 2  8x  2 
b)  2a 2
 
 3a  6   4a 2  5a  6 
c) 4x 3
 
 6 x 2  3x  7 x 3  6 x 2  8x 
Resolução:

   
1.a) 2 x 2  9 x  2  3x 2  7 x 1  2 x 2  9 x  2  3x 2  7 x 1  5x 2  2 x  1

   
1.b) 5x 2  5x  8   2 x 2  3x  2  5x 2  5x  8  2 x 2  3x  2  3x 2  8x  10

   
1.c) 2x 3  5x 2  4 x  2 x 3  3x 2  x  2x 3  5x 2  4x  1  2x 3  3x 2  x  4x 3  2x 2  5x

2.a) 6 x 2  6 x  9  3x 2  8x  2  6 x 2  6 x  9  3x 2  8x  2  3x 2 14x  11

   
2.b)  2a 2  3a  6   4a 2  5a  6  2a 2  3a  6  4a 2  5a  6  2a 2  2a

2.c) 4 x 3  6 x 2  3x  7 x 3  6 x 2  8x  4 x 3  6 x 2  3x  7 x 3  6 x 2  8x  3x 3  5x

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1. Efectue as seguintes adições e subtrações:

a) 5x 2
 
 2ax  a 2   3x 2  2ax  a 2 
b) y 2
 
 3y  5   3y  7  5 y 2 
c) 9x 2
 
 4x  3  3x 2  10 

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d) 7 x  4 y  2  2 x  2 y  5

e) x 2
  
 2 xy  y 2  y 2  x 2  2 xy

f) 7ab  4c  3a   5c  4a  10

Resposta:

a) 2x  ;
2
b)  4 y 2

2 ; c) 12x 2

 4 x  13 ;

d) 5 x  2 y  3 ; e) 0  ; f) 7 ab  c  7 a  10

3.6 Multiplicação de polinómios

3.6.1 Multiplicação de Polinómios por Um Número Real (ou Escalar)

Na multiplicação de um polinómio por um número real (ou escalar), devemos observar o seguinte
procedimento: seguir cuidadosamente a regra dos sinais e a redução dos termos semelhantes.

3.6.2 Regra de Sinais da Multiplicação

     ;      ;      e     

k  Px   k  an x n  k  an1 x n1  ...  k  a2 x 2  k  a1 x1  k  a0 


Observação: k  P  x   k  P  x  , k_constant e

Exemplos:

Multiplique os seguintes polinómios pelas constantes correspondentes:

a) Px   3x3  2 x 2  7 e k  -4

Multiplicando-se os coeficientes dos termos do polinómio pela constante - 4 obtemos:

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 4Px   43x 3  2x 2  7   43x 3   42x 2   47  12x 3  8x 2  28

b) Px   5x 4  3x 3  7 x  3 e k  2.

Multiplicando-se os coeficientes dos termos do polinómio pela constante 2 obtemos:


2Px  2 5x 4  3x 3  7 x  3  25x 4  23x 3  27 x  23  10x 4  6x 3  14x  6

3.6.3 Multiplicação de Um Monómio por Um Polinómio

Para multiplicarmos um polinómio por um monómio devemos multiplicar cada monómio do polinómio
por cada monómio multiplicador, aplicando a propriedade distributiva da multiplicação.

Vejamos o exemplo abaixo:

Multiplicar o polinómio 2 x 2  y pelo monómio 7xy2 .

Efectuando as multiplicações, teremos:

     
7 xy2  2 x 2  y  7 xy2  2 x 2  7 xy2  y  14x 3 y 2  7 xy3

Veja mais exemplos:

a) 2a  7b  3c  2a  7b  2a  3c  14ab  6ac

b) 4x  2 y    3x  4x 3x  2 y 3x  12x 2  6xy

c) 6a  5b   3c  (6a  3c)  5b  3c   18ac  15bc

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Multiplicar o polinómio 7ax 2  4ax  a  2 pelo monómio 3a 2 x .

efetuando as multiplicações, teremos:

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7ax 2
         
 4ax  a  2  3a 2 x  7ax 2 3a 2 x  4ax 3a 2 x  a  3a 2 x  2  3a 2 x 
 21a 3 x 3  12a 3 x 2  3a 3 x  6a 2 x

2. Multiplicar o polinómio 3x 2 y  2 xy2  x 3  5 y 3 pelo monómio  xy1 .  


Efectuando as multiplicações, teremos:

3x 2
       
y  2 xy 2  x 3  5 y 3   xy 1  3x 2 y  xy 1  2 xy 2   xy 1  x 3   xy 1  5 y 3   xy 1   
 3x 3 y 0  2 x 2 y 1  x 4 y 1 x  5 xy 2  3x 3  2 x 2 y  x 4 y 1  5 xy 2

3. Multiplicar o polinómio x 3  5 x 2  10 x  7 pelo monómio  2x .


2

Efectuando as multiplicações, teremos:

x 3
     
 5x 2  10x  7   2 x 2  x 3  2 x 2  5x 2  2 x 2  10x   2 x 2  7   2 x 2     
 6 x  10x  20x  14x
5 4 3 2

4. Multiplicar o polinómio y 2  2 y  1 pelo monómio 0,5 y 3 .

Efectuando as multiplicações, teremos:

y 2
    
 2 y  1  0,5 y 3  y 2 0,5 y 3  2 y 0,5 y 3  1  0,5 y   
 0,5 y 5  y 4  0,5 y 3

x
5. Multiplicar o polinómio x 3  3x 2 pelo monómio .
2

Efectuando as multiplicações, teremos:

   x  3x   x    3x  
 x x 3 x x4 3x 3
3 2 2

2 2 2 2 2

6. Multiplicar o polinómio 2 x 2  1 x pelo monómio


2x .
3 2 3

Efectuando as multiplicações, teremos:

 2x   2 2 1  2x  2 2  x1  4x3 2x 2
  x  x   x   x  
 3  3 2  3 3  22  9 6

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7. Simplifique as expressões:

a)  
2a  a 4  5a  3a 3  a 2  2  

b) 
2y y2  2y


y 2 3 y  7
5 5

Resolução:

  
a) 2a  a 4  5a  3a 3  a 2  2  
 2a 5  10a 2  3a 5  6a 3
 a 5  6a 3  10a 2

b)

2 y y2  2 y


y 2 3 y  7 

5 5
2 y3  4 y 2 3 y3  7 y 2
 
5 5
3 2 3
2y 4y 3y 7 y2
   
5 5 5 5
3 3 2
2y 3y 4y 7 y2
   
5 5 5 5
3 2
y 3y
 
5 5

3.6.4 Multiplicação de Um Polinómio por Um Polinómio

Para multiplicar dois polinómios, aplicamos a propriedade distributiva da multiplicação em relação


à adição e à subtração. Isto é, multiplicamos cada termo do 1º polinómio por cada termo do 2º
polinómio. Em seguida, agrupamos os termos semelhantes.

Exemplos:

1. Se multiplicarmos 3 x  1 por 5x 2


 2, teremos:

3x  1  5x 2 2  → aplicar a propriedade distributiva.

   
3x  5x 2  3x  2  1  5x 2  12  15x 3  6 x  5x 2  2
 
Portanto: 3x  1  5x 2  2  15x 3  5x 2  6 x  2

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2. Multiplicando 2x 2
 x  1 por 5 x  2  , teremos:

2x 2

 x  1  5x  2 → aplicar a propriedade distributiva.

2x 2  5x   2x 2   2  x  5x   x   2  1  5x   1   2


 10 x 3 - 4x 2  5x 2´ 2x  5x  2
 10 x 3  x 2  3x  2
Portanto: 2x 2

 x  1 5x  2  10x 3  x 2  3x  2

3. Dados os polinómios P  x  e Q  x  , calcule P x   Qx 

a) Px   3x 3  2 x 2  7 e Qx   3x4  3


Px Qx   3x3  2 x 2  7 3x 4  3  
 3x 3
        
 3x 4  3x3  3  2 x 2  3x 4  2 x 2  3  7  3x 4  7  3
 9 x 7  9 x3  6 x 6  6 x 2  21x 4  21
 9 x 7  6 x 6  21x 4  9 x3 - 6x 2  21

b) Px   3ab  5ab 2 e Qx   2a  7a 2 b 3

 
P  Q  3a 2b  5ab2 2a  7 a 2b3 
 3a b  2a   3a b  7 a b   5ab  2a   5ab  7 a b 
2 2 2 3 2 2 2 3

3 4 4 2 2 3 5
 6a b  21a b  10 a b  35 a b
 21a 4b 4  35a3b5  6a3b2  10a 2b2

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

Efectue os seguintes produtos:

a) 3 x  5  b) 2 x x  5  c) 4 x a  b 

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d) 
2x x 2  2x  5  e) 3 x  2  x  5  f) x  4 y  x  y 

g) 3x 2

 4x  3 x  1 h) x 3

 2 x3  8 
Resolução

a) 3 x  5   3x  15 ; b) 2xx  5   2 x 2  10x

c) 4 xa  b   4ax  4bx d) 2xx 2  2x  5   2x 3  4x 2  10x

3x  2x  5   6 x 2  15x  2 x  10


e)
 6 x 2  17 x  10

x  4 y x  y   x 2  xy  4 xy  4 y 2
f)
 x 2  4 y 2  5 xy

g) 3x 2

 4x  3 x  1  3x 3  3x 2  4x 2  4x  3x  3  3x 3  x 2  7 x  3

h) x 3

 2 x3  8  x 6
 8x3  2 x3  16  x6  6 x3  16

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Considere os polinómios: Px  x 2  3x  5 ; Qx    x  5 e Rx   3x 3  2 x  1


Calcule:

a) P x   Q x  c) P  x   Q  x  e) 3  Q  x 

b) P x   R x  d) P  x   Q  x  f) R  x   Q  x 

Respostas:

a) x 2
 4 x  10 b) 3x 5
 9 x 4  17 x 3  7 x 2  13x  5  c) x 2
 2x

d)  x 3
 8x 2  20x  25  e)  3x  15 f) 3x 5
 9 x 4  17 x 3  7 x 2  13x  5 
2. Efectue e simplifique as expressões seguintes:

a) xx  2  b) ab  c   ba  c 

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c) 3x  2  1 x 2   3xx  1


 2 
d)  
x 4 x 3  x 2  1  3xx  4

Respostas:

a) x 2
 2x ; b) 2ac  ; c)
 3 3 2 
  x  2 x  3x  ; d) 4x 4
 x 3  3x 2  11x 
 2 

3. Calcule os seguintes produtos:

a) 4 x a  b  b) 2 x x 2
 2 x  5 c) 3 x  2 2 x  1

d) 6 x 2  46 x 2  4 e) x 2

 x  1 x  1

Respostas:

a) 4 xa  4 xb b) 2x 3
 4 x 2  10x c) 6x 2
 7x  2 
d) 36x 4
 16  e) 3x 3
 x 2  7x  3 

3.6.5 Divisão de Polinómios

3.6.5.1 Divisão de Polinómios Pelo Método das Chaves

Dados os polinómios P(x) e Q(x) e

Px   Qx   qx , pois qx   Qx   r x   Px , onde r x  é o resto da divisão.

O resto da divisão r  x  é um polinómio cujo grau não pode ser igual nem maior que o grau do

divisor Q  x  .

As partes que constituem uma divisão são:

P x   Dividendo; Q x   Divisor ; q  x   Quociente e r  x   Resto

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Este método consiste no seguinte formato

P(x) Q(x)

r(x) q(x)

Exemplo 1:

Divida Px  x 3  3x 2  4x  1 por Qx  x2  x  1 .

1º) Escolha o primeiro termo do quociente, que deve ser multiplicado pelos termos do divisor.
Pode também dividir directamente o 1º termo de maior grau do polinómio P  x  (dividendo) pelo

x3
1º termo de maior grau do polinómio Q  x  (Divisor);  x , obtendo assim o 1º termo do
x2
quociente.

2º) Multiplique o termo do quociente obtido e passe o inverso do resultado para subtrair do
polinómio.

3º) Agora deve repetir o primeiro passo, escolher o termo conveniente para multiplicar pelo
primeiro termo do divisor para que fique igual ao primeiro termo do polinómio que foi resultado da
primeira operação.

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4º) Repita o mesmo processo do segundo passo.

Como o resto tem um grau menor do que o grau do divisor não é possível continuar com a

divisão. Assim temos que qx   x  4 e que r x    x  3 .

Exemplo 2:

12 x 3  4 x 2  8x 4x

 12x 3 3x 2  x  2

0x  4x 2

 4x 2

0 x  8x
+ 8x

Assim temos que qx  3x 2  x  2 e o resto r x   0 .

Exemplo 3:

10 x 2  43x  40 2x  5

 10 x 2  25x 5x  9

0 x  18 x  40
18 x  45

5

Assim temos que qx   5 x  9 e o resto r  x   -5 .

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Exemplo 4:

6 x 4  10 x 3  9 x 2  9 x  5 2x 2  4x  5

 6 x 4  10x 3  9 x 2 3x 2  x  1

0x 4  2x 3  6x 2  9x  5

 2 x 3  4 x 2  5x

0x 3  2x 2  4x  5

2x 2  4x  5

Assim temos que qx   3x 2  x  1 e o resto r x   0 .

Exemplo 5:

12x 3  19x 2  15x  3 3x 2  x  2

 12 x 3  4 x 2  8x 4x  5

0 x 3  15x 2  7 x  3

 15x 2  5 x  10

2x  7

Assim temos que qx   4 x  5 e o resto r x   2 x  7

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1) Calcule os seguintes quocientes:

a) 2x 2

 5x  12  x  4 b) 6x 4
  
 11x 3  5x 2  18x  7  2x 2  3x  1

c) 7x  2x 4

 3x 5  2  6x 2  3x  2 d) 4a 2

 7a  3  4a  3

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e) 3x 3
 
 13x 2  37 x  50  x 2  2x  5  f) x 3
 
 6x 2  7 x  4  x 2  2x  1 
Respostas:

a) 2 x e resto 0; b) 3x 2  x  6 e resto  x  1 ; c) x 4  2 x  1 e resto 0 ;

d) a  1 e resto 0 e) 3 x  7 e resto 0 f) x  4 e resto 0

3.7 Dispositivo Prático de Briot-Ruffini

O dispositivo prático de Briot-Ruffini consiste na divisão de um polinómio por um divisor do


primeiro grau da forma ( x   ) , onde  é uma das suas raízes.

Exemplo:

Dados: P(x) = 5x3 – 2x2 + 3x – 1 e Q(x) = x – 2.

Aplicando a regra do Briot Ruffini, teremos:

O primeiro coeficiente de P(x) é o 5. Repete-se o primeiro coeficiente na linha de baixo

Em seguida, multiplica-se o 5 por 2 e soma-se o resultado com o segundo coeficiente de P(x), o


número (– 2), isto é, 5.2 + (– 2) = 8. O resultado 8 deve ser escrito em baixo do coeficiente
(– 2).

Repete-se o processo, multiplicando 8 por 2 e somando-se o terceiro coeficiente de P(x), o


número 3. O cálculo é dado por 8.2 + 3 = 19. Escreve-se o resultado em baixo do coeficiente 3.

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Aplicando o mesmo procedimento pela última vez, multiplica-se o 19 por 2 e soma-se o resultado
ao (– 1), ou seja, 19.2 + (– 1) = 37. O resultado (37) é colocado em baixo de ( –1) e é
o resto da nossa divisão.

O polinómio resultante dessa divisão tem como coeficientes 5, 8 e 19 e terá um grau a menos
que o polinómio inicial. Isto é, a divisão de 5x3 – 2x2 + 3x – 1 por x – 2 é 5x2 + 8x + 19 e
o resto da mesma é r = 37.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Seja o polinómio P (x) = 3x4-2x3+4x-10, efectuar a divisão pelo binómio (x-2).


Vemos que P (x) está incompleto, faltando o termo 0x2. Completamo-lo da seguinte forma:

P (x) = 3x4-2x3+0x2+ 4x-10

Concluímos que o quociente q(x) = 3x3+4x2+8x+20 e o resto r(x)= 30

2. Efectuar, utilizando o dispositivo prático de Briot-Ruffini, a divisão do polinómio


P(x) = 2x4 + 4x3–7x2+12 por Q(x) = (x – 1).

Resolução

Concluímos que o quociente q(x) = 2x3 + 6x2 – x – 1 e o resto r(x) = 11

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3. Obter o quociente e o resto da divisão de


P(x) = 2x5 – x3 – 4x + 6 por Q(x)=(x + 2).

Resolução

Assim sendo, o quociente q(x) = 2x4 – 4x3 + 7x2 – 14x + 24 e o resto r(x) = – 42

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Aplicando o dispositivo prático de Briot-Ruffini, calcule o quociente e o resto, caso exista, da
divisão de:

a) Px  2 x 2  3x  2 por Qx   x  3

b) Px  x 4  3x 2  x  5 por Qx   x  2

c) Px  2x 3  7 x 2  2x  1 por Qx   x  4

d) Px  2x 3  10x 2  8x  3 por Qx   x  5

e) Px  x 2  2x  1 por Qx   3x  1


f) Px  2x 3  3x 2  x  2 por Q x   2 x  1

Soluções:

a) qx   5 x  18 ; r x   56
b) qx  x 3  2x 2  7 x  13 ; r x  21
c) qx  2x 2  x  6 ; r x  25
d) qx  2x 2  8 ; r x  37

e) qx   ; r x  
x 7 16

3 9 9
f) qx  x 2  x ; r x   2

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3.8 Produtos Notáveis e Factorização

3.8.1 Produtos Notáveis (ou Casos Notáveis)

Tabela 12 - Produtos notáveis

Designação Expressão Expansão do


produto
Produto da soma pela diferença x  y x  y  x2  y2
Quadrado de uma soma x  y 2 x 2  2 xy  y 2
Quadrado de uma diferença x  y 2 x 2  2 xy  y 2
Cubo de uma soma x  y 3 x3  3 x 2 y  3xy 2  y 3
Cubo de uma diferença x  y 3 x 3  3x 2 y  3 xy 2  y 3

Produtos especiais

 x  y x  y   x 2  y 2

 x  y x 2  xy  y 2   x 3  y 3

 x  y x 2 
 xy  y 2  x 3  y 3

 x  y x  y x 2  y 2   x 4  y 4
 x  y x 4 
 x 3 y  x 2 y 2  xy3  y 4  x 5  y 5

 x  y x  y x 2  xy  y 2 x 2  xy  y 2   x 6  y 6

 x  y 2  x  y 2  4 xy

Exemplos:

a) x  4x  4  x 2  42  x 2  16

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b) 3x  5 y 3x  5 y   3x 2  5 y 2  32 x 2  5 2 y 2  9 x 2  25 y 2

c) 3  23  2  32  22 94 5

d) x  12  x 2  2x 1  12  x 2  2x  1

e) 3x  4 y 2  3x 2  23x4 y   4 y 2  32 x 2  24xy  4 2 y 2  9 x 2  24xy  16 y 2

f) x  23  x3  3x 2 2  3x22  23  x3  6x 2 12x  8

g) 2x  33  2x3  32x2 3  32x32  33  8x 3  36x 2  54x  27

3.9 Completar Quadrado

O método de completar quadrado consiste em formar trinómios quadrados perfeitos. Este foi
criado por Al-Khowarkmi.

Para completar o quadrado é necessário recordar qual é a forma de um trinómio quadrático


perfeito.

x 2  2ax  a 2

Nesta equação:

O coeficiente do primeiro termo deve ser 1 (repara que x2  1 x2 ).


O último termo a2 é o termo independente.
O coeficiente do termo do meio é o dobro da raiz quadrada do último termo pelo 1º termo

( a 2  a ; e o seu dobro  2 a ).

Desta forma teremos:

x 2  2ax  a 2  0  x  a 2  0   x  a  x  a   0  x  a
(neste caso há uma raiz dupla).

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Exemplos:

a) x 2  8 x  16  0
 O coeficiente do primeiro termo é 1.
 O último termo é o quadrado perfeito de 4.
 O coeficiente do termo do meio é o dobro da raiz quadrada do último termo.

Então x 2  8 x  16  0  x  4  0  x  4 (raiz dupla)


2

b) x 2  11x  24  0

 O coeficiente do primeiro termo é 1.


 O último termo não é um quadrado perfeito.
 O coeficiente do termo do meio não é o dobro da raiz quadrada do último termo.

Nestes casos multiplica-se e divide-se o 2º termo, por 2 e eleva-se a metade desse número ao
quadrado. Em seguida, adiciona-se para completar o quadrado perfeito, e como não podemos
alterar a equação inicial, subtraímos a metade e desse número ao 3º termo.

2 2
 11   11   11 
x 2  2  x        24  0
 2 2 2
2 2
 11   11 
  x       24  0
 2  2
2
 11  121 96
 x     0
 2  4 4
2
 11  25
 x    0
 2  4
2 2
 11  5
  x       0  usando a 2  b 2  a  b a  b  vem :
 2  2
 11 5  11 5 
  x    x     0
 2 2  2 2
 16  6
  x   x    0
 2  2
 x  8x  3  0

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100
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A equação tem duas raízes reais: x1  8 ou x 2  3

b) Resolução de equação quadrática através do método de Completar o quadrado:

Dada a equação 2 x 2  12 x  8  0

 Para tornar o coeficiente do termo x 2 igual a 1, dividimos ambos os termos da equação por 2 :

x 2  6x  4  0
 Multiplica-se e divide-se o 2º termo, isto é, o coeficiente de “ x ” por 2 (dois) e adiciona-se e
subtrai-se o quadrado da metade do coeficiente do termo em “ x ”para formar o quadrado
perfeito:
2 2
6 6 6
x  2  x        4  0  x 2  23x  3  3  4  0
2 2 2

2 2 2


 x  3  9  4  x  3  5  0  x  32   
2
0
2 2
5

 x 3 
5 x 3 
5 0

A equação tem duas soluções (ou raízes): x1  3  5 ou x2  3  5

d) x 2  8 x  16  0

• O coeficiente do primeiro termo é 1


• O último termo é o quadrado perfeito de 4 (reparar que 16  4 2 )
• O coeficiente do termo do meio é o dobro da raiz quadrada do último termo

 x  4  0  x  4 (neste caso há uma raiz dupla)


2
Então x 2  8 x  16  0

3.10 Factorização

A factorização de um polinómio consiste em colocá-lo na forma de um produto de dois ou mais


factores.

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3.10.1 Condições de Factorização de Polinómios

I. Colocação de Factor Comum em Evidência

Coloca-se em evidência o factor comum do polinómio para obter a forma factorizada.

Exemplos:

a) 2 xy  3 y  2 x  y  3  y  y 2 x  3

b) x 2  4 x  x  x  4  x  xx  4

c) 
8x 3  4x 2  12x  4x  x 2  4 x  x  4x  3  4x 2x 2  x  3 
d) x 3 y  xy3  xy  x 2  xy  y 2  xy x 2  y 2  
II. Agrupamento

Agrupam-se termos do polinómio que possuem factores em comum que são colocados em
evidência.

Exemplos:

a)   
2x 3  x 2  4x  2  2x 3  x 2  4x  2  x 2 2x  1  22x  1  2x  1 x 2  2 
b)  
6x 2  5x  4xy  10 y  6x 2  5x  4xy  10 y   x6x  5  2 y2x  5

III. Factorização de Trinómios Quadrados Perfeitos

Os Trinómios quadrados perfeitos são o resultado da expansão do quadrado de uma soma ou do


quadrado de uma diferença de dois termos. Para factorizar um Trinómio quadrado perfeito é
preciso identificar quais são esses termos, o que é feito por inspeção (ou tentativa).

Exemplos:

Factorize as seguintes expressões:

4 x 2  4 x  1  2 x   22 x 1  1  2 x  1


2 2 2
a)

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b) 9 x 2  12 x  4  3x   23x 2  2  3x  2


2 2 2

16 x 2  24 xy  9 y 2  4 x   24 x 3 y   3 y   4 x  3 y 
2 2 2
c)

d) x 2  10 x  25  x   2x 5  5  x  5


2 2 2

e) 64 x 2  80 x  25  8 x   28 x 5  5  8 x  5


2 2 2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1. Factorize as seguintes expressões:

a) 6 x 3  8x 8

b) 4ax 2 6a 2 4 x 2  4a 3 x 2

c) 10000  x 2 y 2

d) a 2b 4  9

e) ax 2  bx 2  3a  3b

f) 25a 4  100b 2

g) 33xy2  44 x 2 y  22 x 2 y

Respostas:

 
a) 2 x 3 3  4 x 5  b) 2ax 12a  2a 
2 2
c) 100  xy100  xy

d) ab 2

 3 ab 2  3  e) ax  3  bx  3
2 2
ou x 2 a  b  3a  b
f) 5a 2

 10b 5a 2  10b  g) 11xy3y  4 x  2 x 

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CAPÍTULO 4 - EQUAÇÕES ALGÉBRICAS

4.1 Definição

Uma equação é uma igualdade entre duas expressões algebraicas, chamadas membros, que
incluem diversas operações matemáticas relacionadas com números e variáveis ou incógnitas.

4.2 Classificação

As equações classificam-se em função dos seus graus. Assim sendo, uma equação pode
ser do 1º grau, 2º grau, 3º grau, etc.

Exemplos:

a) -3x + 4 = 3 (equação do 1º grau)

b) 5x2 + 2x – 7 = 3x2 – 4x + 5 (equação do 2º grau)

c) –x3 + x2 - 2x +4 = 3x3 – 4x – 3. (equação do 3º grau)

4.3 Resolução de Uma Equação

Resolver uma equação significa tentar descobrir os valores que podem assumir as variáveis em um domínio
numérico determinado para converter essa equação numa expressão verdadeira mais simples, ou seja é achar
uma equação equivalente da forma x = c, onde c é denominado a solução da equação.

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A. Procedimento para a resolução de uma Equação Linear

Uma equação linear (ou do primeiro grau) numa variável pode reduzir-se na forma ax =
b, com a, b  e a  0.

Para resolver uma equação linear aplicam-se os seguintes passos:

a) Eliminar os parêntesis;

b) Reduzir os termos semelhantes, caso existam, em cada membro da equação;

c) Passar para o 1º membro as variáveis e para o 2º, os termos independentes;

d) Isolar a variável da equação ax = b;

e) Escrever o conjunto solução encontrado.

Exemplos:

1. Encontrar o número natural que satisfaz a seguinte equação:

6x + 5 – 4 (5x + 0,25) = 3x + 56 – (x + 4)

Resolução

6x + 5 – 4 (5x + 0,25) = 3x + 56 – (x + 4)

Eliminando parêntesis

6x + 5 – 20 x – 1 = 3x + 56 – x – 4

Reduzindo os termos semelhantes

– 14x + 4 = 2x + 52

52 – 4 = – 14x – 2x

48 = – 16x

48 : (– 16) = x

x = -3 S = , pois -3 não é um número natural (-3  N)

2. A Joana perguntou à Ana: quantos conhecidos tens aqui na rua?

A Ana respondeu: a terça parte são jovens, a sexta parte são senhores, a oitava parte,
crianças e há ainda 9 senhoras.

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Resolução

Nesta equação x representa o total de conhecidos da Ana.

Em primeiro lugar, vamos escrever a expressão acima com o mesmo denominador (mmc
). Desta forma, o mmc(3,6,8,1)=24.

Aplicando o princípio de equivalência, multiplica-se por 24 ambos os membros da


equação.

(agrupando os termos semelhantes)

Logo, a Ana tem 24 conhecidos.

B. Procedimento para a Resolução de Uma Equação Quadrática

Uma equação quadrática (ou do 2º grau) numa variável é uma expressão reduzida na
forma ax2 + bx + c = 0,

onde a, b, c são os coeficientes e a, b, c  , com a  0.

Para resolvermos uma equação do 2º grau recorremos à Lei do anulamento do produto e


à fórmula de Bháskara (fórmula resolvente).

a) Lei do anulamento do produto

O produto (x-a)(x-b)=0  x-a=0 ou x-b=0, logo x=a ou x=b.

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Nota: Um produto é nulo se, e somente se, pelo menos um dos seus factores for nulo.

Exemplo:

Vamos resolver a equação

Consideremos a equação

Resolvendo a equação teremos:

Assim sendo, 2 e 5 são soluções da equação.

b) Fórmula de Bháskara (fórmula resolvente)

Dada a equação quadrática ax2 + bx + c = 0

baseada no cálculo do discriminante e representada por:

=b2 – 4ac

onde a, b e c são os coeficientes da equação quadrática.

O discriminante () indica a quantidade de soluções da equação quadrática. Ou seja:

Se  > 0, a equação tem duas raízes reais;



Se  = 0, a equação tem duas raízes reais iguais (ou uma única raiz);
Se  < 0, a equação não tem raízes reais.

 b 
 x1 
 2a

e

 b 
x 

 2
2a

Exemplo:

Determinar o conjunto solução da equação: x2 – 2x – 2= 0

Solução

Como a = 1, b = -2 e c = -2, substituindo na fórmula, temos:

 b  b 2  4ac
x1,2  2a

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2  12 2  2 3
x    1 3
1
2 1 2

2  12 2  2 3
x   1 3
2
2 1 2


S  1  3,1  3 
Equações Biquadráticas

Chama-se equação biquadrática a toda a equação que pode ser reduzida na forma
, onde , com a  0.

Resolução de equação Biquadrática

Dada a equação , se , y  0 teremos

b 
Neste caso y1, 2 
2a

b 
Como então x
2a

Exemplo:

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S  x1  3, x2  2, x3  2, x4  3

Propredades das equações biquadráticas

a)

b) -

c) -

C. Equações Fraccionárias

Uma equação fraccionária a uma variável é uma expressão algébrica que tem a variável,
pelo menos, em algum denominador.

Ou seja, tomam a forma:

P(x)
 0, com Q(x)  0
Q(x)

Para obtermos a solução das equações fraccionárias, procedemos da seguinte forma:

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a) Determina-se o domínio da equação, isto é, exclui-se todos os valores que anulam os


denominadores;

b) Simplifica-se, se for possível, todas as fracções algébricas;

c) Acha-se o denominador comum das fracções e posteriormente eliminamo-lo;

d) Efetua-se os produtos indicados e agrupa-se os termos semelhantes;

e) Isola-se a variável para determinar a solução da equação quadrática aplicando o


algoritmo visto anteriormente.

Exemplo:

Resolver a seguinte equação:

x 4 2
 
x  2 x 1 x  2

Resolução:

x 4 2
  0
x  2 x 1 x  2
D = {x: x -2 e x 1} Determinar o domínio

x( x  1)  4( x  2)   2x  1
0 MMC é (x +2)(x + 1)
x  2x  1
x2  x  4 x  8  2 x  2
0
x  2x  1
x2  x  6
0
x  2x  1
x 2  x  6 =0 Eliminar os denominadores e
Resolver a equação

Como x = -2 anula um dos denominadores, então, a solução da equação é x = 3


S = { 3 }.

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110
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Resolva as equações usando a fórmula resolvente.

1.

2.

3.

4.

5. Determine os valores de K para os quais a equação tenha raízes reais e

desiguais.

6. Determine os valores de a para os quais a equação tenha raízes


reais iguais.

7. Resolva a seguinte equação usando a forma do anulamento do produto.

Soluções

1.

2.

3.
4.
5. k 3

6. a=2 ou a=6
7.

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111
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CAPÍTULO 5 - DESIGUALDADES ALGÉBRICAS

5.1 Introdução Sobre Inequações

Inequações são expressões matemáticas que envolvem os símbolos:

a) > (maior que)

b) < (menor que)

c) ≥ (maior ou igual a)

d) ≤ (menor ou igual a)

Resolver uma inequação em x significa encontrar todos os valores de x para os quais a inequação
é verdadeira.

O conjunto de todas as soluções de uma inequação é o que chamamos conjunto solução.

5.2 Manipulação de Equações

As inequações podem ser manipuladas como as equações e as regras são muito similares, mas
existe uma excepção.

 Se adicionarmos um mesmo número aos dois membros da inequação, esta mantem-se


inalterável.
 Se subtrairmos um mesmo número aos dois membros da inequação, esta mantem-se
inalterável.
 Se multiplicarmos ou dividirmos ambos os membros por um número positivo, a inequação
mantem-se verdadeira.
 Se multiplicarmos ou dividirmos ambos os membros por um número negativo, muda o sinal
da desigualdade.

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112
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5.2.1 Inequações do 1º grau

Uma inequação linear é escrita da forma , , e onde são

números reais com

O conjunto das soluções de uma inequação linear com uma variável forma um intervalo de
números reais. Por este facto, podemos apresentar o conjunto solução por meio da representação
gráfica da recta real ou em forma de intervalos.

Exemplos:

Resolver as inequações:

a)

b)

c)

d) 2
x
1
3 5

3
x
10

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113
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

a)
b)
c)

d)

3x x x
e)   0
2 3 6
2x  5
f) 3 5
3
1  2x x  2 x  3
g)   1
3 6 2
h)

x
i) x  1  7  3x  1
2
x  3 1  x 2( x  5)
j)  
3 2 4

Soluções

a)

b)

c)

d)
e)
f)

g)

h)

i)  
j)

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114
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5.2.2 Inequações do 2º Grau

Considere a função , onde , sendo e números reais. A inequação do 2º


grau é toda a desigualdade tal que:

ou

A resolução de uma inequação do 2º grau consiste na determinação dos valores de x que


satisfaçam a desigualdade, envolvendo o estudo dos sinais de uma função do 2º grau.

Exemplos:

a)
Achando os zeros de , temos:

Os valores que satisfazem a desigualdade são aqueles que .

Avaliando os sinais da função na recta real:

b)

c)

d)

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

a)
b)
c)
d)
e)

f)

g)

 x2 x 1
h)   0
3 2 4
i)
j)

Soluções:

a)

b)

c)
d)

e)

f)

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116
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g)

h) S  
i)

j) S  

5.2.3 Inequações Modulares

As inequações modulares são dadas segundo a definição de módulo.

De modo geral, se é um número positivo, então:

1º caso:

2º caso: ou

Exemplos:

a)

7  2x
b) 2
x4

Elevando ambos os lados da desigualdade ao quadrado, temos:

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117
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c)

d)

1º Caso

Se , temos:

2º Caso

Se , temos:

A solução da inequação proposta é:

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

a)

b)
c)
2x  3
d) 2
3x  1

x3 1
e) 
 x 1 4

f)
g)
h)
i)
j) +3

Soluções:

a)

b)

c)
 1 5 1 
S  x  R :   x  e x  
d)  4 8 3 

e)
f)
g)
h)
i)
S  
j)

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119
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5.2.4 Inequações Produto

Consideremos e funções de variável . Chamamos inequações produto às seguintes


desigualdades:

ou

Para resolvê-las, é necessário fazer o estudo do sinal separadamente, transportar os sinais para
um quadro, efectuar o produto dos sinais e determinar os intervalos de valores em que a
inequação se torna verdadeira.

Exemplos:
a)

x  4  0 ou x  2  0
x  4 ou x  2

S  x  R : x  4 ou x  2

b)

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120
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x  3  0 ou x  3  0
x  3 ou x  3

c)

d)

x  3  0 ou x 2  3x  4  0

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

a)

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121
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b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i) 2

j)

Soluções

a)

b)
c)
d)

e)
f)
g)
h)
i)
j)

5.2.5 Inequações Quociente

Consideremos e funções de variável . Chamamos inequações quociente às seguintes

desigualdades:

f ( x) f ( x) f ( x) f ( x)
 0, 0,  0 ou 0
g ( x) g ( x) g ( x) g ( x)

A resolução da inequação quociente é similar ao da inequação produto pois no conjunto dos


números reais, a divisão ou multiplicação de dois números apresenta a mesma regra de sinais,
lembrando que g ( x)  0.

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122
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Exemplos

a)
3x  4
2
1 x

x6
b) 3x  2
x

3 e

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x 2  8x  12
c) 0
x2  9

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

2x 1
a) 0
x2
3  4x
0
b) 5x  1
5x  3
 1
c) 3x  4
x 2  4x  5
0
d)  x3
x2  7x  6
0
e) x2  2x  3
3x  1
0
f) 2 x  55x  3
x 1 x  3

g) x2 x4
1 2 3
  0
h) x 1 x  2 x  3
x  13  1  1
i) x  13  1

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124
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 x 2

 10x  25 x  3
0
j) x4

Soluções

a)

b)

c)
d)
e)

f)
g)

h)
i)
j)

CAPÍTULO 6: EXPONENCIAIS E LOGARITMOS

6.1 Equações Exponenciais

As equações em que as variáveis aparecem como expoentes de potências, chamam-se equações


exponenciais.

6.2 Resolução de Equações Exponenciais

a) Obter nos dois membros da equação, potências de bases iguais.

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125
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b) Igualar os expoentes.

c) Determinar o valor da variável (x).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1 1 2
1) 8 x  0,25  (23 ) x   23 x  2  23 x  2 2  3x  2  x  
4 2 3
8 x  x  4 x1  (2 3 ) x  x  (2 2 ) x1  2 3( x x)
 2 2( x1)  3( x 2  x)  2( x  1)
2 2 2
2)

3x 2  3x  2 x  2  3x 2  5 x  2  0

Resolvendo a equação do segundo grau temos:

5  25  24 5  7
x1    2  x1  2
6 6

5  25  24 5  7 1 1
x2      x2  -
6 6 3 3

S = { -1/3 ; 2}

3) 3 x1  3 x  3 x1  3x2  306

Colocando 3x 1 em evidência:
306
3 x1 (1  3  32  33 )  306  3 x1.34  306  3 x1   3 x1  9  3 x1  32  x  1  2
34
 x3

6.3 Inequações Exponenciais

As desigualdades que contêm variáveis no expoente chamam-se inequações exponenciais.

a x  a b , a x  a b , a x  a b ou a x  a b com a  1 ou 0  a  1

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6.4 Resolução de Inequações Exponenciais

a) Converter os dois membros da inequação em potências da mesma base.

b) Comparar os expoentes.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) 3 x  9  3 x  32  x  2

S  x  R : x  2

2) 3 x  81  3 x  34  x  4
S  x  R : x  4

 
x x x
1 1 1
1 1 3
3 3
3)    8     82     2
3 2  2  x  2 2   x  / (1)  x  
 2 2  2 2 2
 3
S  x  R : x   
 2
1 1 28
4) 3 x2  3 x1  28  3 x.32  3 x.  28  3 x (9  )  28  3 x.  28  3 x  3  x  1
3 3 3
S  x  R : x  1

4 4
 1  3x  30  x 2  4  0
2 2
5) 3x
S  x  R : x  2 ou x  2

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Resolva as seguintes inequações:

1
x 5 1 1
a) 2  b) 3 2 x 3
3
4 81

x 3
x 1 x 1 1 1
c) 3  3  18 d)   
 3 27

6.5 Logaritmo ( log a b  c )

Chama-se logaritmo do número b em relação à base a a representação

log a b  c  a c  b

6.5.1 Condição de Existência do Logaritmo

Para que exista o logaritmo c é preciso que:


b  0; a  0; a  1

Exemplos:

a) log 2 8  x  2 x  8  2 x  23  x  3
6
b) log 32 64  x  32 x  64  (25 ) x  2 6  5x  6  x 
5

c) log 2
1
32
 x  2x 
1
32
 2 x  321  2 x  25  
1
 x  5

 
1 1 2
2
d) log 10 3 100  x  10 x  3 100  10 x  100 3  10 x  10 2 3  10 x  10 3  x 
3

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Propriedades

a) Logaritmo de 1 em qualquer base é igual a zero.

log a 1  0  a 0  1

b) Logaritmo da base

log a a  1  a1  a

c) Logaritmo de potência da base

log a a n  n  a n  a n

Exemplos:

3
a) log 3 81 3  3  log 3 81  3  4  12 b)  log 1 27   log 1 3  3
3 3

6.5.2 Logaritmos Iguais

Dois logaritmos da mesma base são iguais, se os seus logaritmandos forem iguais.

log a b  log a c  b  c

6.5.3 Logaritmo do Produto

O logaritmo do produto é igual à soma dos logaritmos dos factores.

log a ( A.B)  log a A  log a B

Exemplo:

log 2 (4.8)  log 2 4  log 2 8  log 2 22  log 2 23  log 2 22  log 2 23  2  3  5

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6.5.4 Logaritmo do Quociente

O logaritmo do quociente é igual à diferença entre o logaritmo do dividendo e do divisor:


A
log a ( )  log a A  log a B
B
Exemplo:

 81 
log 3    log 3 81 - log 3 27  log 3 3 4 - log 3 3 3  4 - 3  1
 27 

6.5.5 Cologaritmo de Um Número

É o logaritmo do inverso desse número.

1
co log a b  log a  - log a b
b

6.5.6 Logaritmo da Potência

log a ( B n )  n. log a B

Exemplo:

log 2 (43 )  3 log 2 4  3 log 2 2 2  3.2  6

6.5.7 Logaritmo da Potência da Base


1
log a n b  log a b , com n  0
n

Exemplo:
1 1 1
log 22 4  log 2 4  log 2 2 2  .2  1
2 2 2

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6.5.8 Logaritmo da Raiz n-Ésima

O logaritmo da raiz n-ésima é igual ao inverso do índice da raiz multiplicado pelo logaritmo do
radicando.
1
log a n A  . log a A
n

Exemplo:
1 1 1 1
log 3 81  . log 3 81  . log 3 34  .4. log 3 3  .4.1  2
2 2 2 2

6.6 Mudança de Base

Esta operação permite-nos passar de uma a outra base, segundo a nossa conveniência.
Existem duas formas:

6.6.1 Mudança da Base Como Quociente

O logaritmo de b na base a- é igual ao logaritmo de b numa outra base (c), dividindo pelo
logaritmo de a na base (c).
log c b
log a b 
log c a

Exemplos:
log 7 3 log 5 7
a) log 5 3  b) log 2 7 
log 7 5 log 5 2

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6.6.2 Mudança de Base Como Produto

O logaritmo de x na base a, é igual ao logaritmo de b (nova base) na base a, multiplicado pelo


logaritmo de x numa outra base b.

log a x  (log a b).(log b x)

6.7 Função Exponencial

6.7.1 Definição

Uma função do tipo y  a x com x  R, a  0 e a  1 chama-se função exponencial.

A. Domínio da função exponencial

D = R (o expoente x pode ser qualquer número real).

B. Imagem da função exponencial

+ (a potência y é sempre um número positivo)

C. Zero da função

A função exponencial não possui zeros, pois y0

6.7.2 Representação Gráfica

Para representarmos graficamente uma função exponencial, podemos fazê-lo da mesma forma
que fizemos com a função quadrática, ou seja, atribuímos alguns valores arbitrários ao x,
montamos uma tabela com os respectivos valores de f(x), localizamos os pontos no plano
cartesiano e traçamos a curva do gráfico.

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Para a representação gráfica da função f ( x)  1,8x , Atribuímos ao x os valores representados no


quadro abaixo:

Tabela 13 - Atribuição de valores arbitrário ao x

Gráfico
x y

-6 0.03

-3 0.17

-1 0.56

0 1

1 1.8

2 3.24

a) Função Exponencial Crescente

Se a  1 , temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.

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b) Função Exponencial Decrescente

Se 0  a  1 , temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.

6.8 Função Logarítmica

Toda a função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada
função logarítmica de base a. Neste tipo de função, o domínio é representado pelo conjunto dos
números reais maiores que zero e o contradomínio, o conjunto dos reais.

Exemplos:

a) f(x) = log2x b) f(x) = log3x c) f(x) = log1/2x


d) f(x) = log10x e) f(x) = log1/3x f) f(x) = log4x
g) f(x) = log2(x – 1) h) f(x) = log0,5x

6.8.1 Domínio da Função Logarítmica

Dada a função f(x) = log(x – 2) (4 – x), temos as seguintes restrições:


a) 4 – x > 0 → – x > – 4 → x < 4
b) x – 2 > 0 → x > 2
c) x – 2 ≠ 1 → x ≠ 1+2 → x ≠ 3

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Realizando a intersecção das restrições a, b e c, temos o seguinte resultado:

2 < x < 3 e 3 < x < 4.


Desta forma, D = {x R / 2 < x < 3 e 3 < x < 4}

6.8.2 Gráfico de Uma Função Logarítmica

Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:

1) a > 1 2) 0 < a < 1

a) Função crescente (a > 1)

b) Função decrescente (0 < a < 1)

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6.8.3 Características do Gráfico da Função Logarítmica y  log a x

a) O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois ela é definida para x>0.

b) O gráfico intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), então a raiz da função é x=1.

Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão que ela é uma função
inversa da exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir:

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CAPÍTULO 7: TRIGONOMETRIA

7.1 Relações Trigonométricas no Triângulo Rectângulo: Teorema de Pitágoras

c2 = a2 + b2

cateto oposto a cateto adjacente b


senA   cos A  
hipotenusa c hipotenusa c

sen(A)
tan gA 
cateto oposto

a
ou tan gA 
cateto adjacente b cos (A)
1 b cateto adjacente
cot gA   
tan gA a cateto oposto

1 1
sec A  e cosec A 
cos A senA

7.2 Fórmula Fundamental da Trigonometria

1
sen 2 A  cos2 A  1 1  tg 2 A  , cos A  0
cos2 A

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7.3 Ângulos Notáveis

Os chamados ângulos notáveis são aqueles que aparecem com mais frequência, a saber:

Tabela 14 - Ângulos notáveis

Grau 0º 30º 45º 60º 90º 120º 135º 150º 180º 210º 225º 240º 270º 300º 315º 330º 360º

- - - - - - - - - - - - -90º -60º -45º -30º 0


360 330º 315º 300º 270º 240º 225º 210º 180º 150º 135º 120º

Radianos 0

Seno 0 1 0 -1 0

Cosseno 1 0 -1 0 1

Tangente 0 1 -1 0 1 -1 0

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7.4 Fórmulas Trigonométricas

Tabela 15 - Fórmulas Trigonométricas

Fórmulas de adição Fórmulas de subtracção


sen(  +) = cos  · cos + sen  · cos sen(  -) = sen  · cos – cos  · sen
cos(  +) = cos  · cos – sen  · sen cos(  -) = cos  · cos +sen  · sen
tg   tg tg   tg 
tg(   )  tg(   ) 
1  tg   tg  1  tg   tg 
Fórmulas de duplicação Fórmulas de bissecção
sen(2  ) = 2 . sen  . cos  1  cos
sen( / 2)  
2
cos(2  ) = cos2  – sen2  1  cos
cos( / 2)  
2
2  tg  1  cos
tg (2 )  tg( / 2)  
1  tg 2  1  cos
Fórmulas de transformação
               
sen  sen  2  sen   cos  sen  sen   2  sen   cos 
 2   2   2   2 
               
cos  cos   2  cos   cos  cos  cos   2  sen   sen 
 2   2   2   2 
sen(   ) sen(   )
tan  tan   tan  tan  
cos  cos  cos  cos 

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. No triângulo rectângulo da figura abaixo, determine as medidas de x e y indicadas


(Use: sen 65° = 0,91; cos 65° = 0,42 ; tg 65° = 2,14)

Resolução

y x
cos 65° = sen 65° =
9 9

0,42 * 9 = y 0,91 * 9 = x

y = 3,78 x = 8,19

2. Considerando o triângulo rectângulo ABC da figura, determine as medidas a e b indicadas.


(sen 60° = 0,866)

Resolução

12 3 cos 60° = b / 24
sen 60° =
a
0,5 * 24 = b

0,866 . a = 20,78
b = 12

a = 24

3. Nos triângulos das figuras abaixo, calcule tg Â, tg Ê, tg Ô:

a) b) c)

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Resolução

48 24 3 2 c) 16² = 2² + x²
a) tg  =  b) tg Ô = 1
14 7 3 2
x² = 252
14 7
tg Ê =  3 2
48 24 tg Ê = 1 x= 6 7
3 2
tg Ô, não existe.
tg Â, não existe.
2 7
tg  = =
6 7 21

6 7
tg Ô = 3 7
2

tg Ê, não existe.

4. Sabendo que o triângulo retângulo da figura abaixo é isósceles, quais são os valores das tg
 e tg Ê?

Resposta
Sendo um triângulo isósceles, então os seus lados são
iguais.

CE
1. Logo, tg  =  1, pois, CE  AC , então, tg Ê = 1
AC

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5. Encontre a medida RA sabendo que tg  = 3.

Resolução
9
3= , onde x é o lado YA
x

3x = 9

x=3

( RA )² = 9² + 3²

6. Encontre x e y:
( RA )² = 90

RA = 3 10

a) b)

Resolução
x
a) cos 45° =
20 2

2
x  20 2 
2

x  20

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Como o ângulo entre a hipotenusa e os catetos

é 45º, então, y=x, logo, y=20.

9 3
b) Cos 30° =
y

9 3
y
3
2

y = 18

18² = 9 3   x
2 2

324 = 243 + x²

x² = 81

x=9

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Um navio partiu do porto A, percorreu 70 milhas para sul e atingiu o porto B. Em seguida,
percorreu 30 milhas para leste e atingiu o porto C. Finalmente, navegou 110 milhas para o norte e
chegou ao porto D. Quantas milhas teria poupado se fosse directamente do porto A para o porto
D? (Resposta: 160 milhas)

2. Sendo a, b e c as medidas dos comprimentos dos lados de um triângulo, indique, justificando,


aqueles que são rectângulos:

a) a = 6; b = 7 e c = 13; (Resposta: Falsa)

b) a = 6; b = 10 e c = 8. (Resposta: Verdadeira)

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3. Calcule o valor de x em cada um dos triângulos rectângulos:

a)

(Resposta: x = 13)

b)

(Resposta: x = 6)

4. Calcule as áreas das seguintes figuras.

a)

(Resposta: A = 153)

b)

(Resposta: A = 108)

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5. Qual é a altura do poste?

(Resposta: 9m)

6. Qual é a distância percorrida pelo berlinde?

(Resposta: 256 cm = 2,56 m)

7.5 Equações Trigonométricas

São equações que podem ser reduzidas nas seguintes formas:

senx  sen , cos x  cos  , tgx  tg , ctgx  ctg , etc. Elas são chamadas de equações

fundamentais.

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7.5.1- Equação do Tipo senx  sen

Atendendo à periodicidade do seno, então:

senx  sen  x    k  360º ou x  180º   k  360º , k  Z

ou, em radianos:

senx  sen  x    k  2 ou x      k  2, ou ainda x   1   k , k  Z


k

7.5.2- Equação do Tipo cos x  cos

Devido ao facto do cosseno ter período 2, as soluções que divergem entre si de um múltiplo
inteiro do período também são solução. Logo, são solução geral de cos x  cos

cos x  cos   x    k  360º , k  Z

ou ainda, em radianos:

cos x  cos   x    k  2, k  Z

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Resolve as seguintes equações.

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1)

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7.5.3- Equação do Tipo tgx  tg 

A tangente tem período 180º, ou  radianos. O resultado em radianos é:

tg x  tg   x    k  , k  Z .

7.5.4- Equação do tipo ctgx  ctg

A cotangente, tal como a tangente, tem período  radianos. O resultado em radianos é:


cotg x  cotg   x    k  , k  Z .

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Resolver as seguintes equações.

Dividindo os membros da equação por cosx, vem:

Donde vem que:

Dividindo os membros da equação or cos2x, vem:

Fazendo tgx = u, vem

Donde vem que

Resolvendo o conjunto da equação,

tem se

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c) tg
3
x  tg 2 x  2tgx  0


Fatorizando a tgx, para todo x   k , k  Z , vem:
2

tgx  (tg 2 x  tgx  2)  0 , aplicando o anulamento do produto, tem-se:

tgx  0 , x1  0  k    k ou tg 2 x  tgx  2  0 , e fazendo tgx=t na segunda equação, vem:

t2-t-2=0, onde, teremos, t=-1 ou t=2; voltando à variável x, vem:


tgx  1 ou tgx  2 , onde se tem: x2    n ou x3  arctg2  m onde : k , n e m  Z
4

Solução: x1  k , x2     n ou x3  arctg2  m
4

d) ctg 2 2 x  3  2ctg2 x , fazendo ctg2 x  t , para x  k , vem: t 2  3  2t . Resolvendo esta


equação do segundo grau, temos: t  1 ou t  3 . Voltando à variável x, vem:

ctg2 x  1 ou ctg2 x  3


ctg2 x  ctg , ou ctg2 x  arcctg(3)  n
4


2x   k ou 2 x    arctg3  n
4

 k  n arcctg3
x  ou x    , são as soluções.
8 2 2 2 2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Resolva as seguintes equações em R.

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l) cos 2 x  1 .

m) 2 cos x  30

n) 2sen 2 x  3senx  2  0 .

  1
o) sen 2 x   , x  [0,2 ] .
 4 2

p) 4sent  3  2sent , t  [0,2 ] .

q) cos2 x   sen3 x 

r) senx  2senx cos x  0 .

s) 3tg 2 x  1  2 3tgx .

t) 2 cos 2   11cos   5 .

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u) Se x  [0,  ] , a equação 8sen 2 x  4  0 tem duas soluções reais e distintas a e b . Sabendo que
a > b, é verdade que:

  
a) a  3b b) a  2b c) a  b  d) a  b  e) a  b 
2 3 6


v) A equação tgx  cos x tem, para x no intervalo  0,  , uma raiz x   sobre a qual podemos
 2
dizer:

 2  1 5 1 
a)  b) sen  c) sen  d) cos  e) 
4 2 2 2 3

w) O conjunto solução da equação senx  cos x , sendo 0  x  2 , é:

     5   4   5 
a)   b)   c)   d)  ,  e)  , 
4 3 4 3 3  4 4 


x) Sabe-se que 4tg 2 x  9 e  x   . Então, a expressão E  4senx  6 cos x  cot gx vale:
2

a) 3 b)  3 c) 2 d)  2 e) 9
2 2 3 3 4

1 
y) Sabendo que senx  e  x   , o valor de cos sec x  sec x é:
3 2 cot gx  1

a) 3 2 b) 2 2 c)  3 2 d)  2 2 e) 3
4 3 4 3

Simplifique as seguintes expressões.

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n) Calcule sen 2x sabendo-se que tg x + cotg x = 3.

  senx  seny
o) Sejam x, y ∈ R. Se x + y = ex−y= , calcule o valor de t, sendo t 
2 6 cos x  cos y

7.6 Inequações Trigonométricas Fundamentais

Quase todas as inequações trigonométricas, quando convenientemente tratadas e transformadas,


podem ser reduzidas a pelo menos uma das inequações fundamentais. Vamos conhecê-las, a
seguir, através de exemplos.

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Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

que é uma solução particular no intervalo .

Acrescentando ) às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em

IR, que é:

O conjunto solução é, portanto:

Por outro lado, se a inequação fosse

então, bastaria incluir as extremidades de

e o conjunto solução seria:

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155
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Por exemplo, ao resolvermos a inequação,

encontramos, inicialmente,

que é uma uma solução particular no intervalo .

Acrescentando ) às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em


IR, que é:

O conjunto solução é, portanto:

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156
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3º caso: cos x <cos a (cos x cos a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

que é uma solução particular no intervalo .

Acrescentando ) às extremidades do intervalo encontrado, temos a solução geral em


IR,que é:

O conjunto solução é, portanto:

Por outro lado, se a inequação fosse

então, bastaria incluir as extremidades de

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157
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e o conjunto solução seria:

4º Caso: cos x > cos a ( cos x cos a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

que é uma solução particular no intervalo . Acrescentando ) às extremidades dos


intervalos encontrados, temos o conjunto solução seguinte:

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5º caso: tg x < tg a (tg x tg a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

que é uma solução particular no intervalo .

A solução geral em IR pode ser expressa por

O conjunto solução é, portanto:

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6º Caso: tg x > tg a ( tg x tg a)
Vamos estudar este último caso resolvendo a inequação como exemplo.

Na resolução da inequação

encontramos, inicialmente,

que é uma solução particular no intervalo .

A solução geral em IR pode ser expressa por

O conjunto solução é, portanto:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2

Resolva as seguintes inequações trigonométricas no intervalo 0 ≤ x ≤ 2π:

1  7  11 
a) sen x ≥ 
2
R:
0, 6    6 ,2 

1   5 
b) cos x ≤ R:
2  3 , 3 

     5 3 
c) tg x > 1 R:
 4 , 2    4 , 2 

3    11 
d) cos x >
2
R:
0, 6    6 ,2 

2  5   7 
e) sen x ≥ 
2
R:
0, 4    4 ,2 

     5   3 
f) tg x ≤ 1 R:
0, 4    2 , 4    2 ,2 

g) cos x > −1 R: 

2   7 
h) cos x < R:
2  4 , 4 

   5 
i) sen 2x + cos 2x ≤ 1 R:
 4 ,     4 ,2 

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     5 3 
j) sen 2x > cos x R:
 6 , 2    6 , 2 

k) cos2x<  1 R: 
l) sen5x >1 R: 
m) sen2x ≤ 1 R: 0 ≤ x ≤ 2π

n) sen2x ≥ 1 R: 
 5 
, 
4 4 

CAPÍTULO 8 – GEOMETRIA

A geometria é o ramo das matemáticas que estuda as propriedades e as medidas das figuras no
espaço ou no plano. No seu desenvolvimento, a geometria usa noções tais como pontos, rectas,
planos e curvas, entre outras.

8.1 Unidades de Medida de Área e de Volume

O cálculo de áreas e volumes das figuras geométricas planas ou sólidas exige dos alunos o
conhecimento de unidades de medidas. Quando as unidades de medida são diferentes, devemos
efectuar a redução à mesma medida. Os quadros abaixo apresentam um resumo das Unidades de
medidas.

A. Unidades de Área

Tabela 16 - Unidades de Área

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

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A unidade principal (ou fundamental) da medida de área é o metro quadrado (m2)

Exemplos:

km2 = 100 hm2 ou 1km2 = 102 hm2

1 m2 = 0,01 dam2 ou 1m2 = 10 -2


hm2

B. Unidades agrárias

Tabela 17 - Unidades agrárias

Unidades agrárias
ha a ca
hectar are centiare

Exemplos:

1 ha = 1 hm2 1a = 1 dam2 1ca = 1 m2

C. Unidades de Volume

Tabela 18 - Unidades de Volume

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

A unidade principal (ou fundamental) da medida de volume é o metro cúbico (m3)

Exemplos:

km3 = 1000 hm3 ou 1km3 = 103 hm3

1m2 = 0,001dam3 ou 1m2 = 10 -3


hm3

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D. Unidades de Capacidade

Tabela 19 - Unidades de Capacidade

Unidades de capacidade
kl hl dal l dl cl ml

A unidade principal (ou fundamental) da medida de capacidade é o litro (l)

1 l = 1000 ml 1 kl = 1000 l

Obs.: Quando se calcula a área de uma figura geométrica a sua unidade de medida aparece
sempre ao quadrado (por exemplo, em metros quadrados (m2)).

8.2 Áreas de Figuras Geométricas Planas

Figure 1 - Áreas de figuras geométricas planas

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8.3 Áreas e Volumes de Figuras Geométricas Sólidas

Figure 2 - Áreas e volumes de figuras geométricas sólidas

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Uma mesa rectangular mede 1,2 m x 0,8 m. Se numa das quinas desta mesa eu fixar um
barbante com um prego, qual deve ser o tamanho aproximado do barbante de maneira que eu
consiga percorrer um sector circular com um terço da área da mesa?

(Resposta: o comprimento do barbante é de aproximadamente 0,6383 m)

2. Uma pizza circular tem área de 706,86 cm2. Qual é a área interna da menor caixa quadrada
para transportá-la?

(Resposta: A área interna da menor caixa quadrada para transportar a pizza é de 900
cm2)

3. Se dobrarmos as medidas da base e da altura de um rectângulo, em quanto estaremos a


aumentar a sua área?

(Resposta: Dobrando as medidas das laterais de um rectângulo quadriplica-se a sua


área)

4. Um prato tem 24 cm de diâmetro e o outro tem 30 cm. Em termos de área, o prato menor é
quantos por cento do maior?
(Resposta: 64%)

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5. Observe a figura. Determine a área da parte colorida da figura.

(Resposta:
14,25 cm2)

6. Observe as dimensões do novo aquário do Abel.

O Abel decidiu colocar uma camada de areia de 6 cm de espessura no fundo do aquário e pediu ao
João para ir ao mercado comprá-la. Que quantidade de areia, em cm 3, deverá o João comprar?
(Resposta: 9000 cm3)

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6.1 Introduziu-se na proveta um paralelepípedo, que ficou completamente submerso.

As dimensões do paralelepípedo são:


Comprimento: 8 cm, largura; 2 cm, altura: 3 cm
Qual é a leitura do volume marcado na proveta, depois de colocado na proveta o paralelepípedo?
(Resposta: 108 cm3)

7. Na casa da Inês, gastam-se por mês 50 garrafas de 1,5 litros de água. Para ficar mais
económico, os seus pais resolveram passar a comprar a água em garrafões de 5 litros. Quantos
garrafões são necessários comprar?

(Resposta: São necessários comprar 15 garrafões de 5 litros)

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8.4 O Plano Cartesiano

Para representar graficamente um par ordenado de números reais, fixamos um referencial


cartesiano ortogonal no plano. A recta x é o eixo das abscissas e a recta y é o eixo das ordenadas.
Dá-se o nome de eixo x ou eixo das abscissas à recta horizontal. À vertical denomina-se eixo
y ou eixo das ordenadas.
A orientação positiva das rectas é representada por uma seta como podemos ver na figura1
abaixo.

Figure 3 - Referencial ou sistema de referência

Figure 4 - Quadrantes matemáticos

8.5 Representação de Coordenadas no Plano

Para se determinar as coordenadas de um ponto P qualquer no plano, traçam-se linhas


perpendiculares aos eixos X e y.

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8.6 Distância Entre dois Pontos de Um Plano

Por meio das coordenadas dos pontos A e B pode-se determinar a distância d(A,B) entre dois
pontos representados no plano.

Na figura abaixo, os pontos A, B e C formam um triângulo rectângulo em C. Assim sendo, a


distância de A a B pode ser calculada aplicando-se o teorema de Pitágoras.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Determine a distância entre os pontos A(5,11) e B (2,7).

Resolução.

A (5,11): x1=5 e y1=11 e B (2,7): x2=2 e y2=7

d ( A, B)  (2  5) 2  (7  11) 2

d ( A, B)  9  16

2. Calcule o perímetro do triângulo cujos vértices são A(-1,-3), B(6,1) e C(2,-5).

Resolução:

Para se conhecer a medida de cada lado basta calcular as distâncias entre os pontos

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o perímetro vale

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Calcule as distâncias entre os pontos abaixo:


a) A (4,-1) e B (2,1)
b) B (-3,2) e D (4,-6)
c) E (-1,-3) e F (-2,-5
2. Calcule a distância do ponto P (8,-6) à origem do sistema.
3. A distância entre os pontos A (x, 3) e B(-1, 7) é 5. Então:
a) x = 3 ou x = -5
b) x = 2 ou x = -4
c) x = 1 ou x = -3
d) x = 0 ou x = -2
e) x = -6 ou x = -1
4. Se o ponto P(m, O) é equidistante dos pontos P1(2, 4) e P2(4,6), então m é igual a:
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9
5. Quais as coordenadas do ponto P do plano cartesiano que pertencem à bissetriz do segundo
quadrante e equidistante dos pontos A (0,3) e B(-1,0)?
a) (2, 2) b) (0, 2) c) (2, 0) d) (-2, 2) e ) (2, -2)
6. Dados os pontos A(-1, -1), B(5, -7) e C(x, 2), determine x sabendo que o ponto c é
equidistante dos pontos A e B.
7. O perímetro do triangulo ABC cujos vértices são A(0,0), B(12, 5) e C(0, -4) é:
a) 23 b) 33 c) 22 d) 11 e) 32

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8.7 Equação Geral da Recta no Plano

Recta no plano

As equações na forma ax + by + c = 0 são expressões representativas de rectas no plano. Os


coeficientes a, b e c são números reais constantes, considerando a e b valores diferentes de zero.
A essa representação matemática damos o nome de equação geral da recta.
Podemos escrever a equação geral da recta utilizando duas formas:
1ª – através da determinação do coeficiente angular da recta aplicado na forma geral dada por:

y – y1 = m (x – x1).

Coeficiente angular (ou inclinação) da Equação geral da recta no ponto P(x,y)


recta
y – y1 = m (x – x1).

( y 2  y1 ) y – 6 = –3 (x + 1)
m y – 6 = –3x – 3
( x2  x1 )
y – 6 + 3x + 3 = 0
36 9
m   3  m  -3 y + 3x – 3 = 0
2  (1) 3

Então, a equação da recta é 3x + y – 3 = 0

2ª – através de uma matriz quadrada formada pelos pontos pertencentes à recta dada.
1ª forma
Vamos determinar a equação da recta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e B(2, –3).

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2ª forma
Considerando o ponto genérico P(x, y), pertencente à recta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e
B(2, –3), vamos construir a matriz formada pelas coordenadas dos pontos dados:

Diagonal principal
x * (–6) * 1 = 6x
y * 1 * 2 = 2y
1 * (–1) * (–3) = 3

Diagonal secundária
1* 6 * 2 = 12
x * 1 * (–3) = –3x
y * (–1) * 1 = –y

s: 6x + 2y + 3 – (12 – 3x – y) = 0
s: 6x + 2y + 3 – 12 + 3x + y = 0
s: 9x + 3y – 9 = 0 (dividindo a equação por 3)

A equação de recta desejada é s: 3x + y – 3 = 0

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Encontre a inclinação do segmento com extremos nos pontos

a) A(1, 2) e B(3, 8); b) A(0, – 3) e B(4, 1);

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2. O valor de b para que o coeficiente angular da recta que passa pelos pontos A(4,2) e
B(2b + 1,4b) seja –2 é:

a) –1 b) 0 c) 1 d) 2 e) n.d.a

3. A equação geral da recta que passa pelos pontos (2,3) e (1,5) é:

a) – 2x – y + 7 = 0 b) – 2x + y – 7 = 0

c) 2x – y – 7 = 0 d) 2x + y – 7 = 0 e) n.d.a

4. Dada a equação da recta r: x + y – 1 = 0 e as afirmações:

I – o ponto (1,1) pertence a r II – a recta passa na origem do sistema cartesiano

III – o coeficiente angular de r é –1 IV – r intercepta a recta s: x + y – 2 = 0 no ponto


P(1,2)

a) apenas I é verdadeira b) apenas III é verdadeira c) nenhuma é falsa


d) apenas I é falsa e) n.d.a

5. Determine a equação reduzida da recta r, representada pelo gráfico abaixo:

a) y = x + 3 b) y = -x + 3 c) y = 2x+6 d) y = x – 3 e)
y = - 3x + 2

6. Determine a equação geral da recta representada pelo gráfico abaixo:

a) x – 2y - 8 = 0 b) 2x + y – 2 = 0 c) 4x – 2y – 4 = 0
d) x–y+2=0 e) x–y+4=0

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7. Determine a equação da recta que passa pelos pontos A(-3, 2) e B(5, -4)

a) 4x + 3y + 1= 0 b) 3x + 4y + 1= 0
c) x + y + 3 = 0 d) x + y – 4 = 0 d) x – y – 1 = 0

8.8 Estudo da Circunferência

Circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos do plano que se encontram à mesma


distância de um ponto fixo(centro).

8.8.1 Equação Reduzida da Circunferência

8.8.2 Equação Geral da Circunferência

Desenvolvendo a equação reduzida da recta teremos

equação geral da circunferência

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Determine a equação da circunferência de centro C e raio r, nos seguintes casos:

r 3 1 5
(a) C  (0,0) e r  2 (b) C  (1,3) e (c) C   ,  e r4
2 2

Resolução.

Em cada caso serão substituídos os valores na equação ( x  c1 ) 2  ( y  c2 ) 2  r 2 .

c1  0

a) c2  0  ( x  0)  ( y  0)  2  x  y  4  0
2 2 2 2 2

r  2

c1  1

b) c2  3  ( x  (1))  ( y  3)  3  x  2 x  1  y  6 y  9  9  0  x  y  2 x  6 y  1  0
2 2 2 2 2 2 2

r  3

 1
c1  2
 2 2
 5  1  5 1 25
c2    x     y    4  x  x   y  5 y   16  0
2 2 2

c)  2  2  2 4 4
r  4


 4 x 2  y 2  4 x  y 2  20 y  38  0

2. Determine o centro e o raio de cada circunferência dada.

a) x 2  ( y  3)2  16 b) ( x  2) 2  y 2  12  0 c) 3x 2  3 y 2  6x  12 y  14  0

Resolução.

Podemos completar quadrados ou utilizar as fórmulas de identificação de centro e raio.

C  (0,3)
a) x 2  ( y  3) 2  16  ( x  0) 2  ( y  3) 2  42  
r  4

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b) ( x  2) 2  y 2  12  0  ( x  (2)) 2  ( y  0) 2   12   Cr  (12


2 2,0)
2
 3

14
3x 2  3 y 2  6 x  12 y  14  0  (3)  x 2  y 2  2 x  4 y  0
3
 2
c1  1
 2
c) C  (1,2)
 4 
 c2   2  3
 2 r 
  3
14 14 14 1 3
r  (1) 2
 ( 2) 2
  1  4   5   
 3 3 3 3 3

3. Verifique se as equações dadas representam circunferências. No caso de as representarem,


determine o centro e o raio.

a) 9x 2  9 y 2  6x  36 y  64  0 b) x 2  y 2  7x  y  1  0
c) 4x 2  4 y 2  x  6 y  5  0

Resolução.

Em cada caso, verificar as condições de existência e, se positivo, identificar os termos.

6 64
9 x 2  9 y 2  6 x  36 y  64  0  (9)  x 2  y 2  x  4 y  0
9 9
Coef ( x 2 )  Coef ( y 2 )  0

Coef ( xy)  0
a) 
1  36  64  27
2
  1
   2 
6/9 1 64
      irregular
2
c1   r
 2 3  3  9 9 9
 4
c2  2
 2

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177
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CAPÍTULO 9 - NOÇÕES BÁSICAS DE DERIVADAS

9.1 Propriedades das Derivadas

a) yk y' 0
b) yx y'  1
c) y uv y´ u 'v'
d) y  u.v y´ u' v  uv'
u u '.v  u.v'
e) y y´
v v2

9.2 Regras de Derivação

Seja u = f(x) e v = g(x) e n

a) y  k.u y´ k .u ' k _ cons tan te

b) y  un y'  n. u n1u'
u'
c) y  ln u y' 
u
d) y  au y'  a u .ln a.u'
e) y  sen u y'  u' cos u

f)
y  cos u y'  u' senu
u'
y' 
g)
y  arcsen u 1 u2

h)
y  sec u y'  u' sec u.tgu

i)
y  cosseu y'  u' cos sec u .cot gu
u'
y'  
j)
y  arccos u 1 u2

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u'
y'  
k)
y  arc cot g u 1 u2

l) y  uv y'  vuv1 .u' u v .ln u.v'

9.3 Exemplos

2x 3  5
a) f ( x) 
4x 2  7

6 x 2 (4 x 2  7)  (2 x 3  5)8 x 24 x 4  42 x 2  16 x 4  40 x 8 x 4  42 x 2  40 x 2 x(4 x 3  21x  20)


f ' ( x)    
( 4 x 2  7) 2 ( 4 x 2  7) 2 ( 4 x 2  7) 2 ( 4 x 2  7) 2

b) f ( x)  ln arctag( x)

1
f ' ( x)  1  x
2 1

arctag( x) (1  x )arctag( x)
2

c) 
f ( x)  ln  x 3  15x 2  sen( x) 
 3x 2  30x  cos( x)
f ' ( x) 
 x 3  15x 2  sen( x)

d) f ( x)  x

Transformando a função em potência temos:

1
f ( x)  x 8

7
1 8
f ' ( x)  x
8

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e) f ( x)  cos(ln( 4 x 2  x))

8x  1
f ' ( x)   sen(ln( 4 x 2  x))
4x  x
2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

a) f ( x)  2 x  5 R: f ' ( x)  2
f ( x)  1  4 x 2 R: f ( x)  8x
'
b)
f ( x)  ( x 3  x) . ( x 2  x) R: f ( x)  5x  4 x  3x  2 x
' 4 3 2
c)

d) f ( x)  (3x 2  2x  1).( x 2  x) R: f ' ( x)  12x3  15x 2  2x  1


9x2  1
e) f ( x)  3 x  x
4 3
R: f ( x) 
'

44 (3x 3  x)3

x 1 x5
f) f ( x)  3 R: f ' ( x) 
x 1 63 ( x  1) 4 . x  1

7 x 2  32 x  2
g) f ( x)  x  8 . x  4 3 2
R: f ( x) 
'

63 ( x 2  4) 2 . x  8

h) f ( x)  cos x  senx R: f ' ( x)  senx  cos x


i) f ( x)  cos 2 x R: f ' ( x)  2 cos x.senx
3x 2  5
j) f ( x)  sen x 3  5x R: f ' ( x)  cos x 3  5x
2 x  5x
3

k) f ( x)  x 2 tgx3 R: f ' ( x)  2 xtagx3  3x 4 sec2 x3


3 x 3 x
f ( x)  e x f ' ( x)  (2 x  3).e x
2 2
l) R:
5 x 5 x
f ' ( x)  (2 x  5).5 x
2
f (x)  5 x
2
m) R: . ln 5
x  x2  1
n) f ( x)  log R: f ' ( x) 
x 1
2
x( x 2  1)
x e x  e x
o) f ( x)  ln( e  e )x
R: f ( x)  x
'

e  ex

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Moderna. Volume Único. ISBN 8516036901.

2. CARVALHO, João, 2010. Coleção Explorando O Ensino: Matemática. Ministério da Educação,


Secretaria de Educação Básica. Brasília. Volume 17. ISBN: 978-85-7783-041-1.

3. DANTE, L. Roberto 2003. Matemática: Contexto e aplicações. 3ª ed. São Paulo, Editora Ática.
Volume 1. ISBN 85-322-4514-5.

4. IEZZI, Gelson, et al, 1977. Fundamentos de Matemática Elementar. São Paulo Editora Atual.
Volume 4. ISBN: 8575602985.

5. LITVINENKO, MORDKÓVICH, 1984. Problemas Matemáticos de Álgebra e trigonometria.


Moscovo, Editora Mir. ISBN-13: 978-5-03-000697.

6. MADEIROS, Valeria, el al, 2010. Pré-Cálculo. 2ª ed. São Paulo. Editora CENGAGE Learning.
ISBN 9788522107353

7. N. PISKUNOV, 1977. Cálculo diferencial e Integral, Editoria MIR, MOSCU.


ISBN 9789681839857

8. Programas de Matemática do 2º Ciclo do Ensino Secundário, INIDE, Editora Moderna, S.A, 2.ª
Edição 2013

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