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Risco Químico

Higiene e Segurança do Trabalho


ENG 295

Parte 5 - Riscos Químicos

Enete Souza de Medeiros


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Risco Químico
► Conceitos

► Formas de apresentação dos agentes químicos

► Toxicologia dos agentes químicos

► Doenças ocupacionais

► Limites de Exposição Ocupacional (NR 15)

► Avaliações da Exposição Ocupacional.

► Medidas de Controle para Agentes Químicos.

► NR 33 - Espaços Confinados

► Ficha de Informações de Produtos Químicos - FISPQ.

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Risco Químico
Atividades em que estão presentes os agentes químicos

Laboratório Bioquímicos

Laboratório Químicos

Industria Química

Mineração

Automobilistica Metalurgia

Hospital: utilização de
Construção Civil: Agricultura: uso de
anestésicos, esterelizantes
carpintaria, pintura, escavação defensivos agrícolas
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Risco Químico

Gases

Vapores

Líquidos

Aerodispersóides

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Risco Químico
Gases e vapores
Gases: são naturalmente gasosas a Vapores: fase gasosa de uma substância
25 C e 1 atm, mas podem mudar de líquida ou sólida a 25 C e 1 atm, mas
estado físico por uma combinação de podem voltar ao estado original atuando-se
pressão e temperatura. sobre a pressão ou temperatura.

não confie nos sentidos...


• Poucos gases são coloridos (Cl2, NO2).
• Pode ser inodoro (CO).
• Pode inibir o olfato (H2S).
• Pequenos vazamentos são inaudíveis.
• Pode ser tóxico em concentração abaixo do “limiar de odor”.

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Agentes Químicos
Risco Químico
Aerodispersóides
Fumos
Partículas sólidas (0,01 a 5 m)
Condensação dos vapores de compostos
metálicos ou reação química.
Fumos metálicos: Cr, Mn, Cu, Fe, Pb.

Neblina: eletro-obtenção de cobre


Poeiras

Partículas sólidas
(1 a 200 μm)
Trituração, pulverização,
impacto, polimento.

Ex. sílica, madeira


Névoa: pintura a pistola
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Risco Químico
Aerodispersóides

Corpos filamentosos e alongados e de diâmetro diminuto.

Sisal

Algodão Lã de vidro
Asbesto

Polipropileno Linho

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Risco Químico
► Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico

FISPQ

► Fornece informações sobre prevenção de danos à saúde e ao


meio ambiente, no manuseio, armazenamento, transporte,
utilização, processamento e disposição final do produto
químico.

► É um documento público e obrigatório.

► Documento normalizado pela NBR 14.725.

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Risco Químico
► Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico
Classificação de perigo: usado para indicar as propriedades intrinsecamente
perigosas das substâncias e misturas.
Perigos Físicos Perigos à Saúde
•Explosivos Perigos ao Meio Ambiente
•Toxicidade aguda
•Gases/aerossóis inflamáveis
•Gases oxidantes •Corrosão/Irritação da pele •Perigoso para o ambiente
•Gases sob pressão •Danos/irritação nos olhos
•Líquidos inflamáveis aquático
•Sensibilização respiratória
•Sólidos inflamáveis
ou dérmica •Toxicidade aquática aguda
•Substâncias auto-reativas
•Líquidos e sólidos pirofóricos •Mutagenicidade em células
•Toxicidade aquática
•Substâncias auto-aquecíveis •Carcinogenicidade
•Substâncias que, em contato crônica
com a água, emitem gases •Toxicidade à reprodução
inflamáveis •Toxicidade sistêmica em •Bioacumulação
•Líquidos e sólidos oxidantes órgão alvo
•Peróxidos orgânicos •Degradabilidade rápida
•Corrosivo aos metais •Perigoso por aspiração

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Risco Químico
► Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico

Pictogramas de Perigo (ABNT NBR 14.725-3, Anexo D)

!
Explosivo Inflamável Oxidante Gases sob pressão Nocivo para a saúde

Crônico para a saúde Tóxico Corrosivo Perigo ao meio ambiente

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Risco Químico
► Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico

A FISPQ é é constituída de 16 Seções

1. Identificação do produto e da empresa. 9. Propriedades físico-químicas.


2. Composição e informações sobre 10. Estabilidade e reatividade.
ingredientes.
11. Informações toxicológicas.
3. Identificação de perigos.
12. Informações ecológicas.
4. Medidas de primeiros-socorros.
13. Considerações sobre tratamento e
5. Medidas de combate a incêndio. disposição.
6. Medidas de derramamento ou vazamento. 14. Informações sobre transporte.
7. Manuseio e armazenamento. 15. Regulamentações.
8. Controle de exposição e proteção individual. 16. Outras informações.

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Risco Químico
Exposição aguda

• Efeito imediato logo após a exposição ao


agente de risco, em até 24 horas.

• Efeitosgraves no organismo em curto


espaço de tempo, por exposição em
altas concentrações.
• Os efeitos aparecem rapidamente e podem ser reversíveis ou
irreversíveis (com e sem sequelas).

• Em geral são tratáveis se contra-atacados rapidamente, por


exemplo com a administração de antídotos e oxigênio.

Típica de acidentes
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Risco Químico
Exposição crônica

• Efeito pode não surgir por um longo tempo, como anos ou décadas,
enquanto o agente de risco se acumula ou causa pequeno efeito
no corpo até atingir um nível crítico que dispara o efeito adverso.

• Frequentemente não são tratáveis porque a doença só fica evidente


depois que severos danos ocorrem a órgãos, sistemas ou tecidos.

• Podem produzir danos consideráveis ao organismo, porém a longo


prazo, por exposições contínuas a baixos níveis de
concentração.

Exposições objeto das atividades de Higiene Ocupacional


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Risco Químico
Classificação das Substâncias Quanto à Ação Tóxica
Irritantes
Produzem irritação e inflamação dos tecidos nas áreas de contato: pele,
mucosas das vias respiratórias e conjuntiva ocular.
Ex. amônia, cloro, ácido sulfúrico.

Corrosivas
Destoem os tecidos com os quais entram em contato.
Ex. ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica.

Produtores de dermatoses
Causa irritação primária, sensibilização alérgica, fotosensibilização,
independente de outros efeitos que podem causar.
Ex. cimento, ácidos, solventes.

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Risco Químico
Classificação das Substâncias Quanto à Ação Tóxica

Asfixiantes

Impedem a chegada do oxigênio aos tecidos


Simples: nitrogênio, CO2, propano, gases nobres.
Químico: CO, HCN, H2S.

Causadoras de danos pulmonares

Sólidos que se depositam nos pulmões causando degeneração do


tecido pulmonar ou impede a difusão do oxigênio (fibrose).
Ex. sílica, asbesto, sílica, pólens, madeiras.

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Risco Químico
Classificação das Substâncias Quanto à Ação Tóxica

Narcóticos e anestésicos
Ação depressiva sobre SNC (sistema nervoso central), produzindo efeito
anestésico.
Ex. maioria dos solventes, tolueno, xileno, éter etílico, acetona

Tóxicos sistêmicos

Causam efeitos diversos ou seletivos sobre um órgão ou sistema.


- Sistema formador de sangue: benzeno;
- Sistema nervoso central: dissulfeto de carbono.
- Câncer: cloreto de vinila;
- Efeito no feto (teratogênico): talidomida, óxido de etileno, mercúrio.

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Risco Químico
Classificação das Substâncias Quanto à Ação Tóxica

Alérgicos
Não afeta a maioria dos indivíduos, mas se apresenta em indivíduos
previamente sensibilizados.
Ex. cromo, resinas, formaldeído.

Potencial carcinogênico
Grupo IARC Exemplo
1 Carcinogênico para humanos. Asbesto, benzeno.
2A Provável carcinogênico para humanos. Compostos de chumbo.
2B Possível carcinogênico para humanos. Acrilonitrila, estireno.
3 Não classificado como carcinogênico humano. Etileno, fluoretos inorgânicos.
4 Provavelmente não carcinogênico humano. Caprolactama.

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Risco Químico
Concentração Letal - CL 50

Concentração de uma substância química (gás, vapor, neblina ou pó) no


ar que é letal para 50% dos animais de teste, em determinado período.

• Mede a capacidade de um produto causar envenenamento quando


é inalado por animais de teste.

• Parâmetroimportante devido à sensibilidade da via respiratória


como forma de entrada das substâncias no organismo.

Ácido acético ► CL50: 5.620 ppm / 1 hora / rato

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Risco Químico
Dose Letal - DL 50

Quantidade de uma substância que é letal para 50% animais de


teste, em determinado período.

• Mede a capacidade de um produto causar o envenenamento


quando ingerido ou quando é absorvido pela pele.
• Mede “essencialmente” a toxicidade aguda
• Quanto mais baixo o DL 50 mais tóxica é a substância

Ácido acético ► DL50: 3.310 mg/kg / oral / rato

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Risco Químico
Classificação quanto ao grau de toxicidade
Grau Descrição CL50 - Inalação DL50 - Oral DL50 - Dérmica
ppm mg/kg mg/kg
1 Extremamente tóxico ≤10 ≤1 ≤5
2 Altamente tóxico >10 - 100 >1 - 50 >5 - 43
3 Moderadamente tóxico >100 - 1.000 >50 - 500 >44 - 340
4 Ligeiramente tóxico >1.000 - 10.000 >500 - 5.000 >350 - 2.810
5 Praticamente não tóxico >10.000 - 100.000 >5.000 >2.820

Substância Química DL 50 - Oral rato mg/kg


Etanol 7.000
Cloreto de sódio 3.000
Sulfato de cobre 1.500
DDT 100
Tetradotoxina 0,01

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Risco Químico
Toxicologia

Ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das


interações de substâncias químicas com o organismo

SUBSTÂNCIA ORGANISMO
QUÍMICA

EFEITO NOCIVO

Uma das missões da Toxicologia é estabelecer a fronteira em


que uma substância inicia a ser danosa.
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Risco Químico
Toxicocinética
Ramo da toxicologia que estuda os processos que o agente
tóxico segue no organismo.

E
X Absorção Intoxicação Aguda
 E
P
Agente Distribuição F
O
químico  E Intoxicação crônica
S
Metabolismo I
I  T
Dose Ç Eliminação O
à Doença
O Ocupacional

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Risco Químico
Vias de Entrada dos Agentes Químicos no Organismo
• Inalação
Rota de entrada mais comum das substâncias
no organismo.
• Absorção pela pele
Importante via de entrada de produtos
orgânicos, principalmente por contato direto.

• Ingestão
A entrada pode acontecer de forma
acidental ou por má higiene pessoal.
• Olhos
Contato direto e via de entrada
para alguns solventes.

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Risco Químico
Distribuição

• Ao penetrar no organismo, a substância química se


incorpora ao sangue e se distribui por todo o corpo
através do sistema circulatório.

• Após a distribuição, as substâncias tendem a fixar-se em


distintos órgãos ou tecidos a depender de sua afinidade.

• Nos ossos acumulam-se metais como o chumbo, estrôncio, fluoretos.


• No tecido adiposo as substâncias lipossolúveis.

• Metais apresentam vidas médias dentro do corpo muito elevadas.


• Compostos orgânicos apresentam vidas médias menores.

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Risco Químico
Metabolismo

Metabolismo (biotransformação) são as reações sofridas pelas


substâncias e os produtos formados são chamados metabólitos.

• Sequência de troca química e conversões para produzir produtos


mais solúveis ou fáceis de eliminar do organismo.

• Estas trocas geralmente se realizam no fígado, mas também


podem ocorrer no plasma, nos pulmões e outros tecidos.

• Geralmente ocasiona inativação da substância química.

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Risco Químico
Biotransformação do Benzeno

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Risco Químico
Eliminação

As substâncias tóxicas podem ser eliminadas ou excretadas do


organismo sem troca química alguma ou depois de sua
transformação química como metabólitos.

► Os órgãos excretores podem ser:


 Pulmões: ar exalado.
 Rins: urina.
 Tubo digestivo: fezes, saliva ou o vômito.
 Glândulas de secreção: suor, leite materno e outros líquidos
corporais.

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Risco Químico
Doenças Ocupacionais
SILICOSE - Doença pulmonar progressiva e irreversível,
que leva à fibrose pulmonar, devido a inalação de sílica na
forma livre e cristalizada em tamanho inferior a 10 µm.

SATURNISMO - Doença relacionada com a inalação de fumos ou poeira


contendo chumbo. Afeta tecidos moles e acumula-se nos ossos e produz
danos no sistemas nervoso central e periférico, sanguíneo, digestivo e renal.

ASBESTOSE - Doença pulmonar relacionada com a inalação de poeira


contendo fibras de asbesto (amianto). Manifesta-se após prolongado período
de latência, com implicações sobre o processo de reconhecimento.

DERMATOSE - Alteração da pele, mucosas e anexos,


direta ou indiretamente causada, condicionada, mantida
ou agravada pela atividade de trabalho.

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Risco Químico
Doenças Ocupacionais
Dermatite de contato pelo cimento (dicromato de potássio, cromo)

O contato frequente com massa de


cimento causou alergia severa,
comprometendo os membros superiores
do trabalhador.

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Risco Químico
Enquanto isso, no Salão de Beleza...

Escova progressiva contém


FORMOL
Efeitos: irritação, queimadura, coceira,
inchaço, vermelhidão do couro cabeludo,
lacrimejamento, falta de ar, tosse, dor de
cabeça, ardência no nariz.

Suspeito de causar câncer (cerébro,


pulmão, nariz, leucemia), sensibilizante
alérgico.

GOIÂNIA - Dona de casa morreu três dias


depois de fazer uma escova progressiva
para alisar o cabelo. Globo 22/03/2007.

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Risco Químico
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres

Limite de tolerância - Concentração ou intensidade máxima ou mínima,


relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não
causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Os Anexos estabelecem os Limites de Tolerância

► Anexo 1 - Ruído contínuo e intermitente ► Anexo 9 - Frio


► Anexo 2 - Ruído de Impacto ► Anexo 10 - Umidade
► Anexo 3 - Calor ► Anexo 11 - Agentes Químicos
► Anexo 5 - Radiações Ionizantes ► Anexo 12 - Poeiras Minerais
► Anexo 6 - Atividades Hiperbáricas ► Anexo 13 - Agentes Químicos
► Anexo 7 - Radiações não ionizantes ► Anexo 13 A - Benzeno
► Anexo 8 - Vibrações ► Anexo 14 - Agentes Biológicos

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Risco Químico
Limites de Tolerância para os Agentes Químicos
NR 15 - Anexo 11 para Gases e Vapores
Absorção pela via respiratória

Agentes químicos Absorção Até 48/semana Grau


pele insalubridade
ppm mg/m3
Acetaldeído + 78 140 máximo
Acetileno asfixiante simples
Ácido cianídrico + 8 9 máximo
N-Butilamina + 4 12 máximo
Dióxido de nitrogênio 4 7 máximo
Éter etílico 310 940 médio
Formaldeído 1,6 2,3 máximo

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Risco Químico
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
Adicional de Insalubridade - Artigo 192 CLT

• Agente nocivo mencionado na NR-15 e seus anexos, exposição do


trabalhador ao agente, exposição seja acima do Limite de Tolerância.

40 % - Grau máximo

20 % - Grau médio
$
Salário
10 % - Grau mínimo Mínimo

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Risco Químico
Limites de Tolerância para os Agentes Químicos
Substâncias com absorção pela pele

São substâncias que também podem ser


absorvidas pela pele intacta, membranas,
mucosas ou olhos.

• Na utilização dessas substâncias devem ser tomadas medidas adicionais de


proteção para evitar a absorção cutânea.
•A insalubridade será caracterizada se o trabalhador não estiver
adequadamente protegido com luvas, óculos de visão panorâmica, além de
outros EPIs necessários à proteção de outras partes do corpo.

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Risco Químico
Limites de Tolerância para os Agentes Químicos
Substâncias asfixiantes químicos

Alguns gases e vapores, em altas concentrações no ar atuam como


asfixiantes simples, isto é, deslocam o oxigênio do ar sem provocar outros
efeitos fisiológicos significativos.

• Essas substâncias não possuem Limite de Tolerância.


• A concentração mínima de oxigênio no ambiente deve ser de 18% em
volume.
• As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor
serão consideradas de risco grave e iminente.

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Risco Químico
Avaliação da Exposição

► Instrumentos de leitura direta

Instrumentos constituídos por um sensor que produz um sinal elétrico,


proporcional à concentração do agente químico presente no ambiente.

 Disponíveis para vários gases e


vapores: H2S - CO - CO2 - HCN

 Úteis para liberação e


acompanhamento de serviços em
espaços confinados: O2, CO, gases
combustíveis, cloro, etc.

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Risco Químico
Avaliação da Exposição

► Amostragem por adsorção

Consiste em passar um volume de ar em um sólido


adsorvente específico para o agente químico a ser
coletado, utilizando uma bomba de amostragem.

Tubo de amostragem
Foto:Environ
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Risco Químico
Avaliação da Exposição
► Amostragem por retenção em filtros

Consiste em passar o ar em um filtro adequado


para retenção das partículas de poeiras, fumos,
fibras, névoas e neblinas, utilizando uma
bomba de amostragem.

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Risco Químico
Equipamentos analíticos

Espectrofotômetro UV/ Vísivel

Balança analítica Difração de raios -X

Cromatógrafo

Espectrofotômetro de absorção atômica


Espectrofotômetro de infravermelho
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Risco Químico
Controle dos Riscos
Eliminação ou redução das exposições existentes nos ambientes de
trabalho para os níveis considerados "aceitáveis".

NA FONTE NO RECEPTOR

NA TRAJETÓRIA

CAUSA ELEMENTO FORÇA DE


DA EXPOSIÇÃO TRANSMISSOR TRABALHO

Ambiente Homem
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Risco Químico
Controle na Fonte

Substituição de materiais e produtos químicos

► Tintas à base de solventes por tintas à base de água.


► Pigmentos de tintas com chumbo, por dióxido de titânio.
► Tijolos refratários contendo sílica, por tijolos refratários de magnesita
ou de óxido de alumínio.
► Jateamento com granalha de aço, micro-esfera de vidro, óxido de
alumínio. O jateamento com areia seca ou úmida é proibido.

Substituição do amianto nos produtos de


fibrocimento (telhas e caixas d’água).

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Risco Químico
Controle na Fonte

Modificação de processos e equipamentos


► Células com membrana substitui células de mercúrio na produção de cloro.
► Redução da quantidade utilizada (otimização de processo).

Remoção de pintura com Corte a frio de plásticos de


água sob pressão. embalagens

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Risco Químico
Controle na Fonte

Modificação de processos e equipamentos

► Automatização de operações para diminuir o


contato físico do trabalhador com agentes
químicos: ensacamento automático de pós.

► Compra de materiais (ex. pedras, tijolos, azulejos)


já no tamanho certo, para não ter que serrar nos
locais de trabalho.

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Risco Químico
Controle na Fonte

Métodos Úmidos

► Areia molhada em vez de seca.


► Perfuração de rochas com injeção de água.
► Moagem e britagem a úmido.
► Jatos abrasivos com água.
► Polimento a úmido.

O Anexo 12 da NR 15, proíbe o


corte e acabamento de pedras
ornamentais a seco.

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Risco Químico
Controle na Fonte
Manutenção de processos e equipamentos
► Programa completo de manutenção preventiva dos equipamentos para
lubrificação e eliminação de folgas e frestas, evitando vazamento de gases,
vapores e aerodispersóides. Complemento importante nos métodos de
controle de ordem coletiva.

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Risco Químico
Controle na Fonte
Manutenção de processos e equipamentos
► Controle de emissões fugitivas em eixos de bombas, válvulas, hastes de
válvulas, flanges, para detectar vazamentos e providenciar manutenção.

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Risco Químico
Controle na Trajetória

Ações no meio de difusão, para evitar que o agente químico se


disperse na atmosfera e alcance os trabalhadores.

• Lavadores de gases e vapores.

• Controle da emissão de material particulado.

• Isolamento, enclausuramento de operações.

• Ventilação industrial (geral e local exaustora).

• Limpeza e organização dos locais de trabalho.

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Lavadores de gases e vapores
O gás ou vapor são absorvidos sob a ação de um líquido pulverizado

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Lavadores de gases e vapores

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Controle da emissão de material particulado

Filtros de Manga

O fluxo gasoso é
forçado através de
um meio filtrante
onde o material
particulado é
retido.

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Controle da emissão de material particulado

Ciclone

A força centrífuga age


sobre as partículas
empurrando-as na
direção das paredes e
retirando-as do fluxo
gasoso.

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Enclausuramento da operação
Barreira física que isola a fonte do meio ambiente

Caixas com Luvas

O trabalhador opera através de luvas impermeáveis e visores transparentes


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Risco Químico
Controle na Trajetória
Enclausuramento da operação

Cabine para pintura automotiva Cabine para jateamento de peças

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Segregação da operação

Pode ser feito de duas formas:

► No tempo
Realização de operações em uma hora em que a quantidade de
expostos é pequena.
Ex. lavagem de tanques à noite.

► No espaço: isola o processo a distância


Realização de operações em local afastado de outros trabalhadores.
Ex. processamento de materiais tóxicos,

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação

Artigo 176 da CLT - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural


compatível com o serviço realizado, sendo a ventilação artificial obrigatória
sempre que a natural não preencher as condições de conforto.

Ventilação Natural
Deslocamento controlado ou
intencional de ar por meio de
aberturas no edifício, tais
como: janelas, portas,
aberturas no telhado.

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Mecânica
Método de insuflar ar ou de extrair ar do ambiente, ou ambos, a fim de
promover uma redução na concentração dos agentes nocivos.

Insuflamento Exaustão

Um motor insufla ar limpo em Um motor faz exaustão do ar


um ambiente, tomando ar do ambiente para o exterior.
externo. Chamado de Chamado de exaustor.
insuflador. Causa pressão Causa pressão negativa no
positiva no ambiente. ambiente.

Diluição dos agentes nocivos Dispersão dos agentes nocivos

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Mecânica
Pontos a considerar nos projetos de insuflamento de ar
► A toxicidade do poluente no ambiente deve ser baixa (LT acima de 500 ppm)
► As correntes de ar não devem levar o contaminante para a zona de respiração.
► Considerar a densidade do contaminante com relação ao ar.
► Levar em conta que as zonas quentes possuem comportamento ascendente.
► O trabalhador nunca deve estar entre a fonte de contaminação e a extração de ar.

RUIM BOA

Fonte Fonte

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Mecânica
Obtida por meio de ventiladores que circulam o ar no ambiente.

VENTILADORES AR CONDICIONADO

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Local Exaustora
Captação de gases, vapores e aerodispersóides na origem da emissão
antes que possa passar para o ambiente de trabalho.

Extração de fumos de solda Captação de poeiras

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Local Exaustora

Aplicação de sistema de exaustão

Exaustor de telhado
Fáceis de instalar com a substituição
de uma telha de cobertura de prédios
industriais, oficinas, armazéns,
depósitos, galpões. São também
econômicos.

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Local Exaustora

Aplicação em Laboratórios

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Ventilação Local Exaustora

Utilização de Exaustor Portátil

• Marcenarias
• Funilarias
• Marmorarias
• Oficinas
• Laboratórios
• Indústrias mecânicas

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Risco Químico
Controle na Trajetória
Limpeza e organização do local de trabalho
Limpeza é fundamental para o controle dos agentes químicos no ar...

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Risco Químico
Controle Administrativo
Diminuição do tempo de exposição
Controle administrativo que consiste em afastar temporariamente o
trabalhador de um posto e colocá-lo em outras tarefas, estabelecendo
uma rotação entre diferentes trabalhadores.

Trabalho administrativo e verificação


Trabalho no campo de planejamento em escritório
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Risco Químico
Controle Administrativo
Sinais e Avisos
Detetores de vazamentos e conexão com sistema de alarme
sonoro no painel de controle.

Área industrial Sala de controle

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Risco Químico
Controle Administrativo
Sinais e Avisos

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Risco Químico
Controle Administrativo
Frases de segurança

Frases que esclarecem outras medidas para evitar danos decorrentes dos riscos.

Tóxico por inalação

Irritante para os olhos

Não respirar as poeiras

Reage violentamente em contato com a água

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Risco Químico
Controle no Receptor

Proteção no trabalhador para que os agentes químicos não sejam


absorvidos pelo organismo.

• Equipamento de Proteção Individual (EPI)

• Formação e treinamento

• Higiene pessoal

• Controle médico

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Risco Químico
Controle no Receptor
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

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Risco Químico
Controle para o Receptor
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Recursos para remediação em ocorrência de contato de produtos químicos
com o corpo.

Chuveiro de segurança

Lava-olhos

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70
Risco Químico
Controle para o Receptor
Higiene Pessoal
• Local adequado para asseio pessoal (banheiros e vestiários).
• Local para alimentação (refeitórios).
• Local para a prática do fumo (fumódromos).
• Roupas descontaminadas.

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71
Risco Químico
Controle para o Receptor

Formação e Treinamento

Programa básico

• Riscos existentes no local de trabalho


• Efeitos para a saúde
• Procedimentos e instruções de trabalho
• Medidas de controle e suas limitações
• Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
• Utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

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Risco Químico
Controle para o Receptor

Controle Médico

Avaliação de órgãos alvo para os


agentes químicos

• Pulmão: raios X, espirometria


• Fígado: exames da função hepática (TGO, TGP, Gama GT)
• Rins: exames de sangue para função renal (ureia, creatinina)

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Risco Químico
NR 33 - Espaços Confinados

• Ambiente não projetado para ocupação


humana contínua.
• Possui meios limitados de entrada e saída.
• A ventilação existente é insuficiente para
remover os contaminantes e pode existir
deficiência de oxigênio.

Locais onde são realizadas atividades: de manutenção e inspeção.

Exemplo: tubulações, tanques, vasos, galerias subterrâneas, reatores, caixas


de inspeção, fossos e valas, silos, veículos tanque, vagões.

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Risco Químico
NR 33 - Espaços Confinados

Importância da NR 33

► Riscos “invisíveis”, mas existentes...

► Gravidade dos acidentes...

► Diversidade dos espaços confinados...

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Risco Químico
NR 33 - Espaços Confinados

Principais pontos a considerar quando se trabalha em


espaços confinados

• Falta ou excesso de oxigênio.


• Incêndio ou explosão, pela presença de
vapores e gases inflamáveis.
• Intoxicações por substâncias químicas.
• Infecções por agentes biológicos.
• Afogamentos.
• Soterramentos.
• Quedas.
• Choques elétricos.
Ilustrações: Livreto da Fundacentro

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Risco Químico
NR 33 - Espaços Confinados

Dois homens morrem durante manutenção de poço no Paraná

Data: 19/02/2011 / Fonte: G1

Tupâssi/PR - Dois homens morreram enquanto trabalhavam na manutenção


de um poço, na noite de sexta-feira, 18, na região Oeste do Paraná.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o poço tinha 12 m de profundidade e
1,20 m de diâmetro. Um dos homens teria descido para fazer o reparo de
uma bomba do poço que estava com defeito, ele passou mal e desmaiou
por causa do gás tóxico acumulado no poço. O outro trabalhador desceu
para tentar socorrer o colega, mas também desmaiou. Os dois, um de 24
anos e o outro de 49, morreram no local.

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Risco Químico NR 33 - Espaços Confinados
Medição de oxigênio, gases,
vapores tóxicos e inflamáveis

Treinamento Exames médicos

Como evitar acidentes em Supervisor de


entrada e vigia
ESPAÇOS CONFINADOS?

EPIs
Equipamento
de resgate

Equipamentos Ilustrações: Livreto


de ventilação da Fundacentro
Equipamentos de monitoração
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