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DECIFRANDO

MOLOQUE

1a Edição

© 2017 por Ricardo Max

Decifrando Moloque / Ricardo Max,

-- São Paulo, 2017. 48 f.:

1. Religião. 2. Idolatria. 3. (Mitologia).


Sumário
O culto a Moloque. 9
Afinal Quem era Moloque? 14
A sedução para servir Moloque 19
Os Asernokoitai e Malakoi. 29
O culto Sodomita de Roma. 37
Considerações finais. 41
Sobre o Autor 43
Introdução

O culto a Moloque era uma grande abominação, motivo pelo qual qualquer prática
relacionada a este culto era chamada de abominável. Neste livro eu vou falar sobre o assunto
“homossexualismo” com base na palavra abominação e no culto ao deus da fertilidade
chamado Moloque.

Para isso é preciso que desde o início fique claro o emprego da palavra usada no antigo
testamento referente as práticas dos sodomita e que geraram falsas interpretações para
compor a teologia de condenação aos homossexuais e que se estendeu até os dias atuais na
igreja cristã.

Em Levítico o termo abominação é usado para se referir a abominação ritualística, de acordo


com a palavra original ''Toevah'', que coibia a prática do sexo entre dois homens no templo de
Moloque, indicando idolatria ligada ao culto da fertilidade.

A palavra “Sodomita” que passou a se chamar asernoikoiytai, é a tradução para “Homens de


cama” fazendo referência a cama que os moradores de Sodoma tinham armada nas ruas para
violentar estrangeiros.

A doutrina exagerada das religiões cristãs da atualidade contra a homossexualidade foram


influenciadas pela interpretação descontextualizadas de textos da Torá, que parecem
condenar a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo à pena de morte.

A pena de morte ao culto da fertilidade e suas práticas de orgia se liga a este culto terrível a
Moloque, que exigia dos seus seguidores sangue de crianças no seu altar.

Neste estudo você poderá confirmar que não existe e nunca existiu nenhuma doutrina de
condenação aos gays como é pregado pelas igrejas fundamentalista, que buscaram sua base
teológica em textos do antigo testamento para sustentar sua equivoca pregação até os dias de
hoje.
O culto a Moloque.

A grande escultura de ferro e bronze estava posta, os cananeus haviam preparado o


espaço onde o ritual daria início. Algumas mulheres Israelitas já haviam chegado e tinham
crianças em seus colos para o sacrifício, vários homens fortes e musculosos trajavam roupas
leves e finas e estavam em volta da grande estátua, eram homens que dançavam e batiam
tambores durante a festa ao deus Moloque.
Aquela grande estátua tinha uma cavidade em seu ventre em forma hexagonal,
representando o deus Moloque. Os sacerdotes chegavam à altura da cavidade usando uma
escada de pedra que dava acesso a grande estátua em forma de touro.
Era uma estátua de meter medo, no culto haviam crianças, jovens, homens e mulheres,
era um grande espaço junto ao deserto, as mulheres apanhavam a lenha e levavam em
procissão para ser jogada dentro daquele monstro de bronze.
Havia uma grande estrela de metal, formada por dois triângulos entrepostos, que já
começava a brilhar diante das chamas da grande fornalha na cavidade do deus. Haviam
mesas de pedra e muito vinho disponível, não demorou muito todo o lugar estava tomado de
pessoas que vinham de toda parte.
Até que um sacerdote de roupas longas e brancas começou a balbuciar palavras ao deus.
Tambores começaram a soar e as chamas da grande cavidade da estátua se agitavam em altas
labaredas como se estivessem sendo atiçadas por uma força sobrenatural.
Então começou uma frenética movimentação, pessoas que pareciam em transe
articulavam palavras de grande euforia. Todos começaram a beber e pareciam inebriadas pelo
som dos tambores e pelo movimentar de homens seminus em roupas leves esvoaçantes.
Até que o sacerdote subiu os degraus para entregar uma criança ao deus ao qual uma
mulher lhe havia entregue, ele se aproximou da cavidade, era difícil chegar muito perto, era
uma grande fornalha que ardia na face.
Então, ele pronunciou algumas palavras que contagiaram os adoradores do deus
Moloque.
_Recebe oh Moloque esta oferenda, e derrama do teu poder esta noite!
Aquela criança chorava, mas seu choro era quase inaudível diante de toda aquela euforia,
então ela foi jogada na cavidade e logo seu choro foi abafado pelo crepitar das chamas que
devoraram rapidamente a oferenda.
A embriaguez do vinho e a louca euforia tomaram conta do culto ao deus, logo
começaram as orgias diante do deus, homens e mulheres eram violentados por aqueles
homens sacerdotes prostitutos. Eram deflorados perante o deus animal, inebriadas pelo
êxtase do vinho e das chamas acesas da fornalha.
Eles também se tatuavam com objetos de ferro ardente que eram usados para fazer
marcas em seus corpos. Havia também homens que se castravam, cortavam seus pênis sem
parecer sentir qualquer dor e então jogavam nas chamas dizendo.
_Recebe Moloque!
Depois estes homens eram deflorado por outros homens ali entre a grande escada de
pedra que levava ao deus no alto. Nem todos se castravam, alguns apenas se abrasavam em
lascívia com outros homens.
Homens que eram sacerdotes prostitutos, eles tinham órgãos sexuais enormes como de
jumentos e finalizavam seus atos sexuais enchendo taças de prata com seu farto sêmen.
Eles eram despejados nas entranhas daquelas mulheres ou eram tomados misturados ao
vinho por homens ou mulheres. Eis o néctar dos deuses diziam!
Algumas mulheres eram defloradas por animais no cio, beijavam e cometiam torpeza com
animais e eles entravam nelas, haviam outras que dançavam seminuas com cobras em volta
ao seu corpo ou se rastejavam como tivessem sido tomadas por um espírito de serpente.
Naquela noite cinco crianças foram lançadas a Moloque, e o culto se estendeu pela
madrugada, todo aquele local no meio do deserto foi tomado por um cheiro de pecado e orgia,
fumaça de gordura animal com pele de humano queimado no fogo.
Afinal Quem era Moloque?

M oloque era um dos principais deuses cananeu, desde a antiguidade foi conhecido
como Saturno, sua fama se espalhou por toda antiguidade, chegou a Babilônia, Egito, Grécia
Roma e outros países.
A bíblia narra a linhagem que deu origem aos Cananeus e posteriormente a babilônia.
“E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos
cananeus.”
E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e
Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. (Gênesis 10:15-19)
Mas, acredito que o culto a Moloque deve ter iniciado desde a descendência de Caim,
após matar seu irmão ele saiu errante mundo à fora e se afastou do Deus de Israel cheio de
ódio e se aliou a anjos caídos que lhe ensinaram a invocar todo exército do céu,
principalmente Saturno.
Enoque que é um dos descendentes de Caim voltou a servir a Deus e escreveu sobre a
corrupção dos anjos que passaram a seduzir o homem e ensinar a invocar outros deuses e
praticar o ocultismo.
“Além disso, Azazyel ensinou os homens a fazerem espadas, facas, escudos, armaduras
(ou peitorais), a fabricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de
pinturas, o embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras
valiosas, e toda sorte de corantes, para que o mundo fosse alterado.
A impiedade foi aumentada, a fornicação multiplicada; e eles transgrediram e
corromperam todos os seus caminhos. Amazarak ensinou todos os sortilégios, e divisores de
raízes: Armers ensinou a solução de sortilégios; Barkayal ensinou os observadores das
estrelas, (9)
(9) Observadores das estrelas. Astrólogos (Charles, p. 67). Akibeel ensinou sinais; Tamiel
ensinou astronomia; E Asaradel ensinou o movimento da lua, E os homens, sendo destruídos,
clamaram, e suas vozes romperam os céus.” (Enoque 08:01-09)
Eu vejo a oferta de Caim de frutos da terra a Deus como o primeiro exemplo de oferenda
aos deuses da fertilidade e culto da vegetação. No sincretismo o deus da vegetação é Tamuz
(Osíris) um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Estudiosos
apontam uma forte relação de Osíris a Saturno.
Caim provavelmente honrou o deus Saturno ao qual passou a se chamar de Moloque
depois, Na Grécia ele é conhecido como o deus Cronos, para os Romanos ele era Saturno, ele
devorava seus filhos ao nascer, ele recebeu o nome de Moloque pelos Cananaeus.
O deus Moloque tinha um símbolo criado a partir do grande vórtice hexagonal que é visto
no planeta Saturno, embora esta forma hexagonal tenha sido descoberta recentemente por
pesquisadores, os povos da antiguidade deviam conhece-la muito bem, pois não se explica a
perfeição da estrela de Moloque criada a partir dela.

Veja a seguir as referência sobre a estrela do deus Saturno, o hexagrama de Salomão.


“Antes tomastes o tabernáculo de Moloque, E a estrela do vosso deus Caim, figuras que
vós fizestes para as adorar. Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia. (Atos 7:43)
Antes levastes a tenda de vosso Moloque, e a estátua das vossas imagens, a estrela do
vosso deus, que fizestes para vós mesmos. (Amós 5:26)
Havia anjos que se rebelaram e deixaram seu posto e sua hierarquia e seduziram homens
terrenos para lhe segui-los, muitos destes anjos tomaram até mulheres para gerar criaturas
diferentes daquelas que Deus determinou.
O culto dos sodomitas começou provavelmente neste contexto, quando se misturou carne
humana a carne celestial decaída. Veja o que diz na epistola de Judas;
“Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à
fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena
do fogo eterno. (Judas 1:7)
Os anjos que deixaram sua habitação ou seu principado praticando orgias com homens
foram condenados a escuridão
“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no
inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;
E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da
justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-
as para exemplo aos que vivessem impiamente;”
(2 Pedro 2:4-6)
Quando Moises guiou o povo para fora do Egito ele viu como este culto a Moloque havia
se proliferado por aquelas bandas ele logo criou uma lista de leis e regras para que aquele
povo de Deus não se aproximasse daqueles deuses estranhos.
Estudando sobre mitologia descobrimos que Saturno castrou seu pai e jogou seus
testículos no mar, por isso a castração era um elemento forte no culto a Moloque ou Saturno,
homens se castram em um culto ao deus.
A ordem de castração teria sido ideia de Cibele, ou a deusa terra. Ela era a grande deusa
mãe dos Romanos, eles a reverenciavam também num culto especial, homens se trajavam com
as vestes de Cibele se castram em um culto em Roma.
A adoração ao deus Moloque era considerada uma grande abominação na época de
Moises, ele deu sérias advertências ao povo hebreu de quão terrível era este culto onde
haviam orgias, mutilações e até sacrifícios de Crianças.
Ao sair do Egito e conduzir o povo Hebreu para uma nova terra, Moisés deu regras
rígidas sobre a santificação e como o povo escolhido por Jeová deveria viver, até hoje muitas
destas leis são mal compreendida por muitas pessoas criando doutrinas estranhas fora do
contexto daquelas proibições.
A sedução para servir Moloque

A gora os Hebreus estavam vivendo junto ao povo Cananeu e haviam costumes e crenças
no qual eles deviam se manter distante. Os cananeus eram os descendentes de Caim que
cultuavam os deuses da vegetação, entre eles Moloque o deus da estrela descrita em Amós.
Moisés viu como o povo se inclinava a idolatria mesmo no deserto, eles desejaram adorar
o bezerro de ouro e até a serpente de metal que Deus havia ordenado como símbolo para
escapar da maldição das serpentes.
Segundo os relatos de Ezequiel o povo Hebreu se prostituiu com os ídolos das outras
nações, elas em sua maioria cultuava algum deus da fertilidade.
Mesmo tendo saído do Egito muitos ainda tinham desejo de servir aqueles deuses que
eram venerados com prostituição sagrada e outras abominações condenadas pelo Deus de
Israel. Veja o que Ezequiel fala sobres esta prostituição:
“Estas se prostituíram no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os
seus seios, e ali foram apalpados os seios da sua virgindade.”
(Ezequiel 23:03)
A palavra prostituição não diz respeito apenas a mistura de nações ou de relacionamentos
entre dois povos, mas misturas de crenças e práticas idólatras.
“Assim cometeu ela as suas devassidões com eles, que eram todos a flor dos filhos da
Assíria, e com todos os de quem se enamorava; com todos os seus ídolos se contaminou.
E as suas prostituições, que trouxe do Egito, não as deixou; porque com ela se deitaram
na sua mocidade, e eles apalparam os seios da sua virgindade, e derramaram sobre ela a sua
impudicícia.” (Ezequiel 23:7,8)
Estas veneração a ídolos da fertilidade sempre envolveram algum tipo de prostituição, os
termos usados pelos profetas para designar suas práticas são bem explícitos veja:
“Então vieram a ela os filhos de babilônia para o leito dos amores, e a contaminaram com
as suas impudicícias; e ela se contaminou com eles; então a sua alma apartou-se deles.”
(Ezequiel 23:17-20)
Os ídolos que eram cultuados no Egito e outras nações eram ídolos antigos que vinham
de culturas pagãs bem antigas como Suméria, Babilônia e outras.
“Todavia ela multiplicou as suas prostituições, lembrando-se dos dias da sua mocidade,
em que se prostituíra na terra do Egito.”
O povo Hebreu que ficou escravo no Egito foi pouco a pouco absorvendo aquela cultura e
muitos deles adoravam aquelas divindades pois não conheciam mais o Deus de seus pais.
O desejo para servir estes deuses era intenso e o profeta Ezequiel usa palavras picante
para descrever as lascívia idolatra relacionada ao culto da fertilidade com estes deuses.
“E enamorou-se dos seus amantes, cuja carne (pênis) é como a de jumentos, e cujo fluxo
(sêmen) é como o de cavalos.” (Ezequiel 23:17-20)
Por esta razão fica fácil de entender porque Moisés ao resgatar o povo do Egito e leva-los
para uma nova terra prescreve uma lista de regras bastante rígidas para eles.
No Livro de Levítico que era um tipo de código da santidade, Moisés cita quais os tipos
de práticas o povo devia se manter longe, todas estas práticas estavam relacionadas aos
cultos que eram oferecidos a diversas divindades pagãs, entre elas o deus Moloque.
De acordo com (1 Reis 11;07) até o próprio rei Salomão se desviou da palavra de Deus e
passou a adorar outros deuses, assim como o terrível deus Moloque.
A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi e no seu ventre havia
uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios.
Moisés advertiu em Levítico sobre as práticas de adoração de Moloque, todas aquelas
proibições tinha relações a estes cultos de orgia e prostituição.
Tudo indica que os povos da antiguidade tinha um grande conhecimento de astronomia,
já que o planeta Saturno foi descoberto recentemente, mas os antigos conheciam muitas
peculiaridades sobre ele para reverencia-lo como deus.
Os deuses em muitas culturas recebem nomes variados, mas são todos os mesmos, os
gregos identificaram como Cronos. (deus Saturno) segundo a mitologia Saturno devorava
seus filhos ao nascerem.
Por isto as oferendas de crianças ao este terrível deus. Cronos, Saturno, comeu todos
filhos exceto Zeus, que Reia sua mãe conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma
pedra em um pano, o qual ele engoliu sem perceber a troca.
O culto a Moloque (Saturno) em volvia todas aquelas práticas abomináveis condenadas
em Levítico, marcas ou golpes no corpo, sexo diante da divindade com os prostitutos e as
prostitutas, e até com animais.
Como o próprio deus Moloque tinha cabeça de boi, é possível que a pratica de sexo com
animais tenha alguma referência com a adoração destes animais. No deserto o povo fez um
bezerro de ouro e passou a adora-lo, encontramos muitas referências a um tipo de deus
chifrudo e de forma animalesca.
Há uma referência em Genesis que em Sodoma aqueles moradores estavam indo após
outra carne, que pode ser uma referência tanto ao sexo com anjos caídos e até com animais. A
prostituição a Moloque levava famílias inteiras a cometer incesto, adultérios e fornicação com
pessoas do mesmo sexo ou da mesma família.
Por isso havia todas aquelas regras rígidas sobre a santidade sexual, já que estas práticas
aconteciam envolvendo o culto a Moloque e não propriamente no meio familiar.
Aquilo que se chama de homossexualismo, com base nesses textos, estupro masculino e
outras orgias, é bem diferente do contexto que aconteciam e do que se interpreta hoje.
Os homens se deitavam com outros homens por motivos de culto e prostituição sagrada,
por isso Levítico classificava aquelas práticas do culto a Moloque como uma pratica
abominável digna de morte. Veja que as proibições ligadas ao culto a Moloque é bem
detalhadas em Levítico, já que homens praticavam orgia com homens perante o deus e até
com animais.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; Nem te deitarás com
um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para
ajuntar-se com ele; confusão é.
Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se
contaminaram as nações que eu expulso de diante de vós.”
(Levítico 18:22-24)
Os cultos a estas divindades sempre incluía orgias sexuais, basta pesquisar as relações
que existem entre a mitologia destes deuses com suas práticas de adoração que fica bem
claro porque isto acontecia.
Como apresentei Moloque, Saturno ou Cronos, na verdade são o mesmo deus. Cronos é
um dos titãs, que com uma foice dada por sua mãe arrancou o pênis do seu pai, Urano com
uma foice de ferro, com esta mutilação do pênis de Urano dá origem a deusa Afrodite, deusa
da fertilidade, da fecundação.
Por isso de existir toda esta relação com um culto envolvendo sexo e a orgia e até com
mutilação. Os tempos e as culturas mudam, mas os deuses são os mesmo, apenas usando
novas roupagens, entre os deuses do panteão Romano havia uma celebração especialmente
dedicadas a Saturno, Cronos. Entre os dias 17 e 23 do mês de Dezembro, celebração chamada
de Saturnais.
As celebrações iniciavam-se com um sacrifício em honra ao deus no templo de Saturno,
ao pé da colina do Capitólio e prosseguiam com um banquete público que dava azo à mais
absoluta permissividade e libertinagem.
Há um baixo-relevo no museu do Capitólio, uma réplica de um modelo grego, ele
apresenta Cronos, sentado no seu trono, com sua mulher (Ops ou Cíbele).
Daí encontramos a relação que existe do Culto de Cibele com Cronos, no culto de Cibele
havia muitas práticas de orgias sexuais e homens se fazendo afeminado e se mutilando,
arrancando seu pênis fora. Ou seja Cronos mutilando pênis de Urano seu pai.
Acho que deu pra compreender claramente a relação do culto aos deuses com as práticas
de mutilação, orgias e sacrifícios humanos, chamados de Abominação.
Moises então alertou o seu povo que tinha saído do Egito que não deveriam servir a
Moloque, e proibiu que homens deitassem com outros homens, para proibir o culto à
Moloque. Nem mulheres deviam deitar com animais e realizar outras práticas sexuais que
eram consideradas impuras.
O sêmen do homem ou o fluxo da mulher não deviam ser tocados, homens ou mulheres
não deviam se prostituir perante aqueles deuses nem lançar seus filhos no fogo a Moloque.
Talvez isso explique porque o sêmen e a menstruação era algo sujo que exigia separação, era
um código de santidade relacionado a muitas práticas idolatras, numa forte tentativa de
afastar aquele povo delas.
Mesmo assim muitos Israelitas se curvaram aqueles deuses e foram após Moloque,
deuses que eram imagens de estrela, bezerro, serpente e outras formas de ídolos. O apostolo
Paulo chamou atenção dos Romanos que voltaram a fazer as práticas destes antigos
sodomitas, eles sempre criaram outras alegorias sobre este antigo deus, Moloque ou saturno,
Crônos.
Os Asernokoitai e Malakoi.

O culto a Moloque se proliferou em diversas culturas, como apresentado ele é Saturno


ou Cronos, o culto da fertilidade acontecia em Roma em larga escala.
Ao falar sobre esse culto o apóstolo Paulo usou em grego alguns termos que até hoje
trouxe muita confusão entre interpretes e teólogos.
Os prostitutos homens de cama, (Sodomitas) ou afeminados (Malakoi) que se castravam a
Cibele e Saturno, tanto Homens quanto mulheres, estavam novamente se entregando as
orgias perante estes deuses, figuras feitas pela mão do homem.
Paulo ao usar a palavra Malakoi se refere homens que vestiam roupas de tecidos moles
ou finos para o culto idolatra a Cibele, eram um tipo de prostitutos culturais, a tendência de
considerar Malakoi como homossexual passivo foi pura conveniência dos tradutores cristãos.
Os Asernoikoitai (homens de cama) são os Sodomitas, e não gays ativos como fizeram
crer os tradutores, o fato das duas palavras aparecerem juntas levou muitos tradutores a
seguir uma interpretação bem equivocada.

Malakoi (que literalmente significa “mole”, “macio”) mas já houve versões bíblicas que a
traduziram como “depravados”, “pervertidos”, “efeminados”, “efebos”, “meninos prostitutos”
“homossexuais”. Mas hoje há uma tendência de ser traduzido como devassos.
Hoje grande parte dos estudiosos da bíblia tem questionado essa interpretação,
mostrando que a palavra Malakoi, mesmo quando traduzida como “efeminado” jamais pode
ser entendida como uma referência aos homossexuais de hoje em dia, já que no contexto se
relacionava com algum tipo de culto idólatra.
Acima vemos uma ilustração antiga do culto a Cibele, rapazes de roupas finas (Malakoi)
durante um ritual a deusa.
O recebimento do colar são as joias e apetrechos usados nos culto a Cibele possivelmente
após a iniciação ou castração.
Veja que nesta imagem os Malakoi estão envolto de vestes finas, o rapaz do meio está
com uma vara de castração, o da esquerda já foi castrado, nota-se uma marca de sangue e
apenas os seus testículos.
O rapaz do meio mira em direção ao Pênis do rapaz da esquerda que será também
castrado. Dentro deste contexto entendemos que Paulo estava se referindo não aos
efeminados, mas aos rapazes que se castravam no culto a Cibele
Os Malakoi portanto participavam dos rituais aos deuses pagãos no templos, eram
sacerdotes que costumavam se travestir com roupas afeminadas em honra a deusa Cibele,
eles se castravam em hora a deusa e se travestiam como mulheres.
“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os Malakoi, nem
os Asernokoitai, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes,
nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 conrinthios 1: 06-10)
Os homens de cama, Asernokoitai, são os Sodomitas ou prostitutos dos templos, que
geravam lucro ao templo. Neste contexto Paulo pode estar falando que os homens que se
castram e os prostitutos de cama não podem herdar o reino dos céus.

Paulo cita na carta aos Romanos que os homens e as mulheres que eram casados
passaram a deixar seus pares, ou o uso natural dos seus parceiros para ir a estes templos
para se prostituir com os (Asernoikoitai) homens de cama.
Paulo fala descreve que os homens mudaram a verdade de Deus em uma mentira, pois
criaram ídolos, imagens para adorar com a semelhança de imagens de animais quadrupedes e
repteis.
“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia,
para desonrarem seus corpos entre si;
Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do
que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”
Estes culto a estes ídolos estava sempre relacionados a algum tipo de culto da fertilidade
com muita orgias e práticas sexuais abomináveis.
“Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o
uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso
natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com
homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu
erro.” (Romanos 1:23-27)
Embora o texto sempre foi usado para condenar gays o contexto revela que não se
tratava de gays, mas de heterossexuais em atos libidinosos e em orgia idolatra com deuses e
sacerdotes e sacerdotisas prostitutos.
Arsenokoitai remete ao conceito de prostituição cultual que era bastante comum no
Antigo Testamento, quando meninos eram vendidos como kadeshim, ou “prostitutos cultuais”,
para os templos pagãos como os de Dionísio, Baal e Diana, ou mesmo homens livres se faziam
sacerdotes sexuais para se dedicarem a esses templos de idolatria e orgia.
O culto Sodomita de Roma.

A palavra Sodomita que foi traduzida para homossexual, palavra que no original grego é
''Arsenokoitai'', termo usado por Paulo nunca teve uma tradução correta no meio da
cristandade.
Tecnicamente significa ''Homem'' ''Cama'', fazendo referência a Sodoma e Gomorra,
cidades que foram condenadas porque havia desrespeito aos estrangeiros, inclusive abuso
sexual, e também a antiga ''Cama de Sodoma'',

A cama de Sodoma é citada no livro de Jasar, eram camas que por indicação dos reis da
cidade eram postas nas ruas para torturar os estrangeiros que adentravam na cidade.
“Conforme o desejo de seus quatro juízes as pessoas de Sodoma e Gomorra tinham camas
montadas nas ruas das cidades, e se um homem chegasse nestes lugares eles os agarravam e
o levavam para uma de suas camas, e o fazia deitar nelas pelo uso da força.
E quando ele se deitava, três homens se posicionavam junto à sua cabeça e três junto aos
seus pés, e o mediam conforme o comprimento da cama, e se o homem fosse menor que a
cama estes seis homens o esticariam em ambas as extremidades, e mesmo que gritassem eles
não paravam.
E se ele fosse mais longo que a cama eles juntariam ambas as extremidades da cama, até
que o homem tivesse chegado aos portões da morte.” ( Jasar; capitulo 18)
Então eles levavam estes forasteiros para as camas e esticavam a pessoa ou
pressionavam até mata-las. Os sodomitas tentaram até estuprar os hospedes de Ló não
sabendo que eram anjos. Ló ofereceu as filhas dele, mulheres, para os homens pouparem os
anjos que estavam em sua casa. Isto nunca teve nenhuma relação com homossexualismo, mas
ódio contra estrangeiros e o abuso sexual aos mesmos, independentemente de sexo;
Em Ezequiel 16;49 diz claramente a iniquidade que levou a destruição de Sodoma:
'' Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e próspera
ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.
Também elas se ensoberbeceram, e fizeram ABOMINAÇÃO.
Como foi visto Ezequiel e outros profetas sempre denunciaram os pecados de Israel e sua
prostituição cultural, muitas vezes esta prostituição cultural não é percebida, pois tradutores
usaram muito eufemismo, atenuaram muitas palavra para evitar tantos termos pesados ligado
a sexo na bíblia.
Eufemismo é uma figura de linguagem que emprega termos mais agradáveis para
suavizar uma expressão mais forte e que pode chocar os leitores.
Considerações finais.

P rocurei apresentar como Moloque se tornou o deus mais cultuados por todas as
culturas da antiguidade, embora ele recebeu outros nomes, sabemos que sempre foi o mesmo
deus com novas roupagens.
As leis do Levítico dadas por Moisés era uma lista de proibições para afastar o povo que
ele havia tirado do Egito da adoração a Moloque. O culto envolvia práticas abomináveis como
orgias, prostituição, castração e até sacrifícios humanos, razão pela qual a lei de levítico
condenava a morte quem o adorasse.
No novo testamento apóstolo Paulo falou também sobre a prostituição sagrada a
Moloque, Saturno: O apóstolo Paulo descreveu os prostitutos Sodomitas e sua idolatria a
Saturno, homens deixando suas mulheres para se prostituir e adorar animais, repteis e
praticar orgias sexuais em templos.
Todo este contexto foi desvirtuado para dar a entender a condenação de Deus contra
homossexuais por muito tempo.
A tradução da palavra homossexual no novo testamento é uma fraude, a palavra gays,
homossexual não existia ainda naquela época, mas se encontra em muitas traduções do novo
testamento. Os Malakoi e Asernocoitai, Sodomitas eram os mesmo da época do Levítico e
Sodoma, os homens prostitutos de cama do templo de Moloque.
Malakoi pode significar (rapazes que se castravam) com respeito ao culto a Cibele e
outros deuses. “Sacerdotes de veste finas (efeminado) vestes da deusa, que se deixam ser
explorado por outros homens no templo pagão. Eram práticas homossexuais com relação à
prostituição sagrada. As leis de Levítico também são uma advertência aqueles homens
Sodomitas que se prostituição no templo do culto cananeu em adoração a Moloque
Sobre o Autor

R icardo Max é professor, pesquisador autodidata, e entre suas várias atividades adora
escrever sobre espiritualidade e religião.
Mas seu intersere não se restringe ao campo da religião e espiritualidade, escreve
também contos poesias, romances e outros textos diversificados da literatura.

Outras obras do autor:


Matrix o Despertar
Simbologia secreta das mãos
A Física Quântica de Jesus
A dimensão do espírito
A Seita Secreta
Os Segredos da Walt Disney
A Chave de Abraão

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