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Pós-crise de 2008, se dá um acentuamento da perspectiva que a taxa de juros como

instrumento de controle da inflação, parte de um modelo de política econômica


esgotado e equivocado a se aplicar. Sendo que se um equilíbrio da inflação alcançado,
se desdobra em equilíbrio macroeconômico e aumento do produto, a realidade da
economia nos últimos anos tende a demonstrar que tal assumpção é errônea. Com os
exemplos que: mesmo a inflação e a taxa de juros no Brasil se encontrando em um
patamar baixo, não há qualquer sinal de aumento da produção e investimento
consideráveis no Brasil; e em países que se utilizaram da taxa de juros em uma política
monetária expansionista, como no caso dos Estados Unidos na crise de 2008, em que
emitiram um massivo volume de liquidez, e mantiveram a taxa de juros próximo de zero
por um significativo período, ocorreu que tal fato não implicou em um aumento da
inflação. O que contradiz o modelo da relação de controle da taxa de juros como
controle da inflação, e que isso seria o fim da maior parte do trabalho do BaCen para
manter o sistema econômico ajustado.
O que se dá pelo autor é a condição que ao invés de balizar uma economia a partir de
políticas que visam controlar a inflação, sendo que tais têm uma efetividade
consideravelmente baixa, o que se deve buscar são politicas que trabalhem a taxa de
juros como instrumento de estimulo ao investimento, condicionando o juros à um nível
abaixo da taxa de eficiência marginal do capital, e da taxa de longo prazo da variação de
crescimento da economia, pois estes fatores são indiscutivelmente sensíveis e afetados
diretamente pela condição geral da taxa de juros, e por sua vez equilibrar tais condições
com a realização da manutenção da liquidez e saúde do sistema financeiro.

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