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Índice

CAPITULO I ................................................................................................................................. 1

1. Introdução ............................................................................................................................ 1

1.1. Lista de Abreviaturas ....................................................................................................... 2

CAPITULO II ............................................................................................................................... 3

2. Farmácia. A Narrativa das Ciências Farmacêuticas no Passado, Presente e Futuro............ 3

2.1. Processo histórico da ciência farmacêutica ...................................................................... 3

2.2. Separação da Farmácia e Medicina. ................................................................................. 5

CAPITULO III .............................................................................................................................. 6

3. Revolução Medicamentosa: De Ervas a comprimidos. ....................................................... 6

CAPITULO IV .............................................................................................................................. 7

4. Farmácia em Moçambique ................................................................................................... 7

CAPITULO V................................................................................................................................ 8

5. Evolução da Farmácia e do Medicamento em Moçambique ............................................... 8

5.1. Situação Actual do Sector Farmacêutico em Moçambique ............................................. 8

5.2. Estrutura e Funções do Sector Farmacêutico ................................................................... 9

CAPITULO VI ............................................................................................................................ 11

6. Conclusão........................................................................................................................... 11

6.1. Referencias Bibliográficas ............................................................................................. 12

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CAPITULO I

1. Introdução

Graças aos estudos e trabalhos dos primeiros manipuladores de substâncias que visavam a cura,
temos hoje a capacidade de desenvolver remédios que priorizem a saúde dos enfermos. O esforço
e reconhecimento destes profissionais tiveram seus altos e baixos na construção das ciências
farmacêuticas, durantes as décadas. Sempre estiveram em busca da fórmula perfeita.

A ciência farmacêutica teve um longo processo até a sua consolidação que existe hoje. Iniciado
pelos árabes e mais tarde espalhado pela Europa ocidental e Ásia, motivado principalmente pela
busca de alguma substancia capaz de neutralizar a peçonha de certos animais, mas tarde recebendo
o nome de antídoto. Este pequeno ato de curar levou outras pessoas a estudar métodos curativos
para outras doenças que afetavam as populações naquela época.

Todos esses preceitos ajudaram a formar e desenvolver a técnica de combinação de substâncias


para produzir compostos e remédios, primordialmente feitos pelos médicos.

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1.1. Lista de Abreviaturas

CMAM Central de Medicamentos e Artigos Médicos

CTTF Comissão Técnica de Terapêutica e Farmácia

FNM Formulário Nacional de Medicamentos e Artigos de Penso

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CAPITULO II

2. Farmácia. A Narrativa das Ciências Farmacêuticas no Passado, Presente e Futuro.

No princípio as ciências envolvendo a saúde, eram realizadas por boticários e farmacistas, eles
exerciam funções do ser “farmacêutico” em várias modalidades como: médicos, farmacêuticos,
psicólogos, entre outros. Por tanto, apresentavam mais o interesse comercial e às vezes, pouco a
atenção individual. Os farmacêuticos no início, incrementaram diversas fórmulas existentes para
melhor atender as necessidades da época, marcadas por um período entre guerras, doenças,
epidemias etc. A partir do século X, houve um avanço no exercício dessa ciência promovendo uma
especialização da profissão separando assim a medicina da farmácia. A maneira como as ciências
farmacêuticas passaram a se relacionar com o cidadão, ficou bem distante daquilo que se tinha
como o tratamento mais correto a ser realizado, fugindo da antiquada terapia medicamentosa para
o novo modelo que prioriza a busca de novas noções visando à prevenção das doenças em geral.
Este, tem se mostrado como um método bem mais eficaz para a prática farmacêutica.

2.1. Processo histórico da ciência farmacêutica

Inicio das Ciências Farmacêuticas.

A farmácia é uma das ciências mais antigas, seu nome deriva do termo “pharmakon” que significa
remédio ou veneno, dependendo apenas da dose administrada. A ciência surge antes mesmo do
seu nome, pois desde épocas remotas o homem já sentia a necessidade de aliviar suas dores, e com
técnicas de erros e acertos era adquirido o poder de misturar substâncias e alcançar a cura. Nas
sociedades arcaicas não existia um profissional específico para essa função, a cada povo era
encontrado uma pessoa que possuía o conhecimento de algumas substâncias e de como manipular
as mesmas. Podiam ser os curandeiros, os pajes e até mesmo sacerdotes, dependendo do povo e
região.

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Origem do termo farmácia

PHARMAKON (vocábulo grego) = remédio ou PH – AR – MAKI (vocábulo egípcio) = “o que


concede segurança”.

Origem do símbolo da farmácia

ASCLÉPIOS – Deus da Medicina bastão com uma cobra enrolada.

HIGYA – Deusa da Saúde taça e uma cobra enrolada no braço.

Sociedades urbanas e arcaicas.

Egito e Mesopotâmia são civilizações que possuem maior importância para a historiografia da
farmácia ocidental, adquirindo grande desenvolvimento na escrita. As mais antigas fontes escritas
médicos-farmacêuticas são provenientes dessas civilizações, O papiro de Ebers é considerado o
mais importante por ter referências de mais de 7000 substâncias medicinais com inclusão de 800
fórmulas. O misticismo e crença nos deuses fundamentam os conceitos terapêuticos desses povos,
os quais designam doença como mal causada por espíritos malignos, alegando-se a falta de
proteção dos deuses.

Farmácia Grega Romana.

E somente na Grécia e Roma começa a surgir a explicação científica da área médica e


farmacêutica. Grandes nomes ganham destaques, como Hipócrates de cós, considerados o pai da
medicina e Galeno o pai da farmácia, a qual este escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos.

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Em suas obras se encontram cerca de quatro centenas e meia de referências de fármacos, e é
também o precursor da alopatia.

2.2. Separação da Farmácia e Medicina.

No século X, a medicina e a farmácia era uma só profissão. Com o desenvolvimento dos


conhecimentos da área de saúde, houve a necessidade de separar o profissional que diagnosticava
a doença daquele que preparava e dispensava o medicamento. A separação ocorreu em 1240 d.C.
Foi o imperador Frederick II que apresentou um decreto separando completamente as
responsabilidades do médico e do farmacêutico.

Os Boticários, antecessores dos Farmacêuticos.

No século XIII surgem os primeiros boticários, que tinham a responsabilidade de conhecer e curar
as doenças, mas para exercer a profissão deveriam cumprir uma série de requisitos e ter local e
equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos. Entretanto, antes disso,
já existiam as especiarias que eram utilizadas para fins farmacêuticos, entrando na composição de
vários medicamentos. Os boticários surgiram depois dos especieiros, vendedores de drogas e
especiarias. Com o passar do tempo surgiu um estabelecimento fixo para a venda de
medicamentos. Portanto, o boticário surge assim com a botica, que servia como depósito dos
remédios. O boticário manipulava e produzia os medicamentos na frente do paciente de acordo
com a prescrição médica. As boticas antecederam as farmácias modernas. Apenas no século XX,
na década de 50 esse estabelecimento passa a se chamar farmácia, e o seu profissional, o
farmacêutico.

Farmacêutico ou Boticário?

Desde que surgiu a designação farmacêutica, a dúvida tomou força, ser farmacêutico ou ser
boticário?

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O farmacêutico Manoel Hilário Pires Ferrão foi o responsável por chamar atenção para a distinção
entre as duas profissões. Em 1875, após proferir uma conferência intitulada “Da farmácia no Brasil
e de sua importância: meios de promover a seu adiantamento e progresso”, o farmacêutico abre
espaço para tal discussão.

Concluiu-se que boticário seria qualquer um que resolvesse abrir uma botica e comercializar a
retalho vários medicamentos sem ter direito para isso. A designação farmacêutico, dava-se aqueles
que eram formados em cursos regulares de farmácia. Oficina ou laboratório farmacêutico
substituía o termo botica.

As boticas ou farmácias, mesmo nos centros urbanos da época, acabavam funcionando como locais
de assistência médica e farmacêutica, incluindo a prescrição e manipulação de medicamentos.

CAPITULO III

3. Revolução Medicamentosa: De Ervas a comprimidos.

Até a primeira metade do século XX, a utilização de medicamentos prontos ainda era muito
pequena. Foi, aproximadamente, após a segunda metade do mesmo século que a utilização desses
produtos sofreu um forte incremento, fazendo com que a procura por produtos elaborados em
laboratórios por farmacêuticos se reduzisse fortemente.

Os médicos foram os principais agentes responsáveis pela ampliação do consumo de produtos


farmacêuticos, receitando, cada vez mais, medicamentos prontos, em substituição aos elaborados
em farmácia.

Farmácia e principalmente oferecer habilidades generalistas, humanistas, com capacidade de


avaliar crítica e humanisticamente a sociedade em seus aspectos biológicos e sociais. O
profissional passa a trabalhar com a comunidade a sua função social, ele atua em todos os níveis
de atenção a saúde e através do seu conhecimento científico passa a lutar por uma Política Nacional
de Assistência Farmacêutica, que é um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à
saúde individual e coletiva.

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Farmacêutico

Os farmacêuticos são profissionais da saúde, especialistas no preparo e utilização de medicamentos


e suas consequências ao organismo humano ou animal. De uma maneira geral, podem trabalhar
numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, desenvolver novos
medicamentos, praticar acupuntura, entre outras funções e lugares.

CAPITULO IV

4. Farmácia em Moçambique

O primeiro boticário em Moçambique aconteceu por conta da coroa portuguesa, decretar que em
Moçambique, só poderia ter sucesso ao medicamento se houvesse algum tripulante com uma
botica portátil cheias de drogas e medicamentos.

Com as mudanças da sociedade relacionada ao consumo, a fabricação dos medicamentos cresceu


cada vez mais no século XX. Assim sendo, são feitos grandes investimentos publicitários que
mostra que o medicamento é o recurso para a resolução dos problemas. A partir de 2005, a
sociedade começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.

O desenvolvimento da História da farmácia tem assentado essencialmente no trabalho realizado


sobre três eixos; as instituições do ensino superior e investigação onde existe esta disciplina, as
sociedades científicas a ela dedicadas e os museus de farmácia.

A inclusão da História da farmácia nos programas de ensino superior farmacêutico encontra-se


hoje generalizada, tanto como disciplina independente como agrupada com outras matérias de
intersecção das ciências farmacêuticas com as ciências sociais e humanas.

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O primeiro país a incluí-la no currículo farmacêutico foi a Espanha em 1852. Estudos de pós
graduação, incluindo doutoramentos, sobre Historia da Farmácia, são actualmente realizados em
vários países, tanto na Europa como nos EUA. Em Portugal, o primeiro doutoramento com uma
tese sobre História da farmácia teve lugar em 1991.

CAPITULO V

5. Evolução da Farmácia e do Medicamento em Moçambique

Breve Perspectiva Histórica

 25 De Junho de 1975 – Proclamação da Independência


 24 De Julho de 1975 – Nacionalização da Medicina
 Decreto-Lei 13/75 de 6 de Setembro – cria a Central de Medicamentos e Artigos Médicos
(CMAM)
 Decreto nº 35/77 de 16 de Agosto – cria a E.E. MEDIMOC
 Decreto nº 34/77 16 de Agosto – cria a E.E. FARMAC
 Portaria nº 46/75 de 6 de Setembro - cria a CTTF (Comissão Técnica de Terapêutica e
Farmácia)
 Portaria nº 27/77 de 25 de Janeiro – é aprovado o Formulário Nacional de Medicamentos
e Artigos de Penso (FNM)
 DM 42/80 de 17 de Maio & DM 28/84 de 16 de Maio – publicação da 2ª e 3ª edição do
FNM respectivamente
 1999 – Publicada a 4ª edição do FNM (em vigor actualmente)
 2007 – Publicada a 5ª edição do FNM

5.1. Situação Actual do Sector Farmacêutico em Moçambique

Política Farmacêutica e demais quadro jurídico

 Decreto nº 21/99 de 4 de Maio – aprova o Regulamento do Exercício da Profissão


Farmacêutica à luz da Lei 4/98 (Lei do Medicamento)

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 Decreto nº 22/99 de 4 de Maio – aprova o Regulamento de Registo de Medicamentos
Farmacêutica à luz da Lei 4/98 (Lei do Medicamento)
 Política Nacional de Saúde – Política Farmacêutica, destacando-se: o uso racional do
medicamento e a assebilidade.

5.2. Estrutura e Funções do Sector Farmacêutico

Sector Farmacêutico – sector público e sector privado

Sector Publico:

 Departamento farmacêutico (DF)


 Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM)
 Laboratório Nacional de Controle de Qualidade de Medicamentos
 Sector de Farmácia Hospitalar

Aspectos Críticos

Órgão Regulador

 Capacidade do órgão regulador no que diz respeito à realização das suas funções
 Falta de suporte técnico principalmente nas áreas de registo e inspecção.

CMAM

 Capacidade de gerir todo o sistema de aprovisionamento, principalmente a nível de


depósitos provinciais e distritais
 Dificuldade na quantificação de necessidades reais

Desafios e Perspectivas Futuras

 Formação do pessoal em áreas específicas

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 Reforço do sistema de registo de medicamentos de modo a englobar o registo para o SNS
 Reforço da inspecção e do controlo do exercício farmacêutico a nível nacional
 Melhoria do sistema de gestão do aprovisionamento da CMAM, incluindo formação e
equipamento
 Reforço das medidas de promoção do uso racional do medicamento

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CAPITULO VI

6. Conclusão

Apos a pesquisa e investigação ocorrida durante a realização desse trabalho, vimos que no nosso
país a com as mudanças da sociedade relacionada ao consumo, a fabricação dos medicamentos
cresceu cada vez mais no século XX. Assim sendo, são feitos grandes investimentos publicitários
que mostra que o medicamento é o recurso para a resolução dos problemas. A partir de 2005, a
sociedade começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.

O primeiro país a incluí-la no currículo farmacêutico foi a Espanha em 1852. Estudos de pós
graduação, incluindo doutoramentos, sobre Historia da Farmácia, são actualmente realizados em
vários países, tanto na Europa como nos EUA. Em Portugal, o primeiro doutoramento com uma
tese sobre História da farmácia teve lugar em 1991.

Por fim a ciência do ensino a farmácia tem sido desenvolvida e crescido constantemente e tem
passado por diversas fases e épocas de evolução.

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6.1. Referencias Bibliográficas

 Bijal Modi, Evolução da Farmácia e do Medicamento em Moçambique, IX Congresso


Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, 23 a 25 de Abril de 2008, Praia – Cabo
Verde.
 SILVA, R.F. Da Pharmacia à Farmácia – Universidade Federal do Pará - 100 anos de
História. Belém, Editora Universitária UFPA, 2003.
 ZUBIOLI, A. Profissão: farmacêutico. E agora? Curitiba, Editora, Lovise Ltda., 1992.
 Pita, J.R. História da Farmácia. Coimbra: Minerva, 1998.

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